anfiteatro ponto turístico eixo vivo · de uma paisagem mais contemplativa do que interativa e à...

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carro pessoas natureza contemplativa fragmentação uniformidade de usos fluxos unidirecionais experiência inativa 0 10 20 50 100 O projeto EIXO VIVO é o resultado de um processo de reestruturação do Eixo Monumental de Maringá que recupera a vida urbana e a unicidade da área central da cidade. A pluralidade do espaço oferece oportunidades para uma proposição de estratégias capazes de potencializar o existente e ao mesmo tempo preservam a memória local. EIXO VIVO é o impulso que possibilita a criação de uma identidade e promove oportunidades distintas de interação e apropriação dos lugares, potencializando a articulação do território da cidade e configurando um panorama de desenvolvimento, inclusão e conservação. A análise da atual configuração da região demonstra os distintos níveis de complexidade presentes na perspectiva de uma transformação do espaço urbano. A cidade de Maringá apresenta uma paisagem única marcada pelo traçado urbano planejado e por seu projeto de arborização urbana que realça as principais avenidas da cidade. O plano urbanístico se desenvolveu considerando dois eixos principais: o da ferrovia, traçado no sentido leste-oeste, e o do Eixo Monumental, conformado a norte-sul. Hoje o Eixo encontra-se descaracterizado, situação enfatizada pela presença de elementos que conformam barreiras que resultam na fragmentação do espaço, prejudicando sua compreensão como eixo conector e estruturador. O protagonismo dos carros configura uma das principais barreiras identificadas – além dos fluxos viários, o transporte individual ocupa com estacionamentos extensões significativas ao longo do Eixo. A fragmentação também se intensifica diante da pouca diversidade de usos nos diferentes setores do eixo. Esse fator, aliado à conformação de uma paisagem mais contemplativa do que interativa e à priorização do espaço dos carros, produz uma experiência inativa de vida urbana, resultando numa representatividade atenuada da área cujo potencial pulsa por maior aproveitamento. A proposta busca valorizar a essência do Eixo como espaço público e recupera a integridade da região, trazendo o espaço útil de lazer e vida urbana sob a perspectiva de acolher diversas formas de interação entre pessoas, espaço urbano, natureza e tecnologias. Inverte-se a lógica de ocupação do ambiente urbano: mais espaço para as pessoas, ao mesmo tempo em que os carros possuem seu lugar no sistema, no entanto com menor prevalência. EIXO VIVO promove uma costura do espaço atual, ressaltando o protagonismo da escala humana no território e a experiência do usuário ao permear este lugar que oferece encontros, conexões e relações dinâmicas e afetivas com a cidade. Ao partir da perspectiva do usuário, o desenho urbano desenvolve-se como plataforma que sustenta e revela as diversas potencialidades do lugar. O elemento unificador é a materialização de uma paisagem urbana na qual confluem distintos processos: Três camadas de atuação se sobrepõem para uma abordagem integrada e construção de um cenário de ocupação sustentável do território: paisagem viva Resgata a memória e história do município como local produtor, recuperando a memória agrícola, que se relaciona diretamente com o resgate do projeto urbanístico. Incorpora a natureza além da contemplação visual, produzindo um espaço dinâmico, que alimenta, conscientiza e sensibiliza, traz senso de pertencimento e comunidade, gera ambientes lúdicos, conformando lugares de complexa interação do indivíduo com o ambiente. mobilidade Configura um cenário de pedestrianização do Eixo, com piso em nível em toda sua extensão. O transporte ativo a pé ou de bicicleta como protagonista é uma premissa básica para atender aos propósitos de requalificação do espaço urbano, alinhada ao movimento mundial da prática de um desenho urbano voltado à escala humana, privilegiando qualidade de vida e ambientes urbanos mais saudáveis e sustentáveis. O transporte coletivo e o transporte individual possuem seu lugar no sistema, conformando vias compartilhadas ao longo do Eixo. infraestrutura ativa Ao priorizar a escala do pedestre, a vida urbana surge, abrindo espaços que promovem maior relação dos edifícios e atividades do entorno com o espaço público, conferindo vivacidade e ativação da vida nas ruas. A infraestrutura ativa relaciona os equipamentos, sistemas, tecnologias e demais elementos à experiência do usuário no espaço. A proposta cria uma plataforma que incentiva usos diurnos semanais, que dão suporte às atividades cotidianas; usos noturnos, criando espaços que acolham atividades e eventos que possam ocorrer à noite, aumentando a segurança dos lugares; usos de fim de semana, valorizando o potencial do Eixo como um parque urbano e grande espaço de lazer, cultura e turismo. A ativação do eixo acontece em diferentes dias e horários através de um processo contínuo de transformação, apropriado pelos próprios usuários. e econômico: agregar valor ao investir nas melhorias; eficiência operacional, energética, e hídrica gerando economia; fortalecer uso por moradores e turistas gerando benefícios econômicos; fomentar consumo de qualidade; desonerar prefeitura com gastos ao incentivar parcerias com iniciativa privada para viabilizar alguns investimentos. Foram traçados princípios orientadores que buscaram traduzir os propósitos e diretrizes do concurso a fim de alcançar os objetivos desejados, norteando as propostas e ações em cada camada de atuação. Os princípios permeiam a criação de benefícios à toda sociedade, que perpassam pelos aspectos ambientais, sociais e econômicos: A viabilidade econômica é um dos principais fatores para o sucesso do projeto. Foi elaborada uma estratégia para implementação que associa os investimentos às diferentes fases de intervenção: fase 1 (trechos A, B e G): início das intervenções nas extremidades do eixo – as primeiras ações aumentam a qualidade do espaço público e do pedestre, promovendo o impulso que movimenta a ocupação do espaço urbano. Ademais, são trechos que independem da execução do futuro VLT, criando um espaço de tempo na hipótese de tal projeto vir a ser desenvolvido. fase 2 (trechos E e F): ativa os usos já existentes do mercado e as conexões com os usos da quadra relacionada ao futuro equipamento cultural no Novo Centro, que nessa fase possivelmente terá um projeto desenvolvido e integrado com o projeto deste trecho. Requer menos investimentos, conferindo margem entre os investimentos mais densos da primeira e última fase. fase 3 (trechos C e D): considera a possibilidade de implantar o projeto do Eixo integrado às obras de implementação do futuro VLT, de forma a concentrar as intervenções viárias e maior complexidade da obra em um único momento. Uma estratégia para geração de receitas é o fomento e a formação de parcerias público privadas para usos com potencial comercial, com o objetivo de incentivar a iniciativa privada a assumir responsabilidade por parte dos investimentos, adotando mecanismos de incentivos e contrapartidas que beneficiarão o poder público. O orçamento foi elaborado com base no estudo preliminar apresentado, sendo uma estimativa dos serviços e obras propostos. Os custos unitários foram obtidos através de Bancos de Preços oficiais da SINAPI-PR (jul/18) e CUB SINDUSCON-PR (set/18), além de cotações de mercado. Foram considerados, para cada trecho, os custos para pavimentação; paisagismo; mobiliário e equipamentos públicos; iluminação; drenagem, esgoto e água; elementos de água. Também considerou-se um valor para adequações nos trechos de cruzamento das vias perpendiculares com o Eixo. Para o custo total foram estudados dois cenários: cenário 1, considerando a implementação de dois edifícios–garagem e cenário 2, considerando a readequação das vagas existentes, sem implementação de edifício garagem para parte das vagas suprimidas. Identificação das atividades, usos existentes e potenciais, edifícios e lugares com atratividade, e usuários associados a eles. As diferentes características entre os setores conformam oportunidades que conferem a possibilidade de oferta de distintas experiências e formas de interação. Identificação das rotas de desejo, fluxos de pedestres, cruzamentos e travessias. As diagonais buscam as rotas mais desejadas pelos pedestres e quebram a monotonia que poderia ser conformada. Como um fio condutor, o novo desenho permeia a extensão do eixo criando novos lugares e possibilidades de ocupação dos espaços, ao mesmo tempo em que conecta os setores ao longo do espaço urbano. O processo resulta em um desenho que estrutura caminhos, áreas verdes e espaços de atividades, e que reforça a estrutura do Eixo e fortalece a imagem da cidade. Ressaltam-se potencialidades ocultas, oferecendo espaço para fomentar atividades existentes e estimular apropriação e novos usos. O Eixo torna-se um lugar ativo, atrativo e dinâmico – o espaço público como extensão do espaço privado, com maior qualidade para um desfrute da vida ao ar livre. Identificação de polos de maior densidade e atração relacionados aos usos e sua conformação como lugares afetivos. eixo vivo visão de futuro para o eixo monumental de maringá costura estratégias princípios orientadores faseamento e investimentos 1. usos / usuários / âncoras 3. fluxos 4.partido 5.trama 2. lugares carro pessoas natureza interativa costura diversidade de usos fluxos múltiplos experiência ativa situação atual espaço dos carros espaço das pessoas espaço dos carros espaço das pessoas espaço compartilhado situação proposta gramado atividades bem-estar piquenique pista de caminhada e corrida eventos ar livre eventos ar livre anfiteatro ao ar livre pista de skate fonte luminosa marquise multiuso marquise multiuso marquise multiuso canteiros elementos de água elementos de água turismo e contemplação / monumento catedral / ponto turístico quiosques quiosques comércio jogos ao ar livre horta quiosques quiosques quiosques quadras poliesportivas futuro equipamento cultural quiosques quiosques quiosques quiosques espaço multiuso quiosques terminal intermodal cachorródromo parque infantil áreas de estar monumento ambiental: manejo e conservação dos elementos naturais; criar um ambiente saudável, garantindo áreas permeáveis que permitem distintos graus de interação; garantir intervenções sustentáveis com mínimo impacto ao meio ambiente e à paisagem; preservar vegetação existente; conectar aos parques urbanos e possibilitar criação de corredor ecológico, além de agregar valor turístico. a social: melhorar infraestrutura existente, implantar novos usos e potencializar convívio e interação da população com o espaço urbano e natureza; Eixo como referência local e global de lazer e espaço público de qualidade, estimulando a preservação do patrimônio urbanístico e paisagístico da cidade; potencializar atividade sociocultural, econômica e comercial existente; garantir acesso democrático ao espaço público. s paisagem viva trama mobilidade infraestrutura ativa 24 h fase 3 fase 2 fase 1 fase 1 *Cenário 1: com implementação de dois edifícios–garagem / Cenário 2: readequação das vagas existentes, sem implementação de edifício garagem para parte das vagas suprimidas. **Foi considerada uma taxa de 23% sobre o custo total (BDI) contemplando custos de administração da obra, impostos e lucro de 8% sobre o custo direto total. Valores em reais (R$). R$ 7.504.833,26 R$ 10.282,50 R$ 40.213.317,28 r$ 49.729.122,01 R$ 32.718.766,52 r$ 40.461.111,94 estacionamento cenário 1* custo total cenário 1 + bdi** custo total cenário 2 + bdi** estacionamento cenário 2* cenário detalhado na proposta cenários obras estacionamento CUSTO TOTAL CENÁRIO 1 CUSTO TOTAL CENÁRIO 2 TOTAL POR FASE + VIAS PERPENDICULARES (sem inclusão de estacionamento) r$ 17.638.489,97 r$ 10.657.129,36 fase 3 r$ 4.412.864,69 fase 2 fase 1 pavimentação 3.192.301,72 2.751.978,24 1.601.885,26 2.960.707,19 1.642.050,45 653.972,15 548.432,11 3.089.320,00 618.540,00 179.270,00 457.600,00 227.890,00 96.200,00 1.021.800,00 750.923,22 1.022.069,69 293.561,69 1.388.434,88 179.156,64 283.888,69 420.210,27 686.210,18 567.541,47 639.788,61 559.514,01 294.648,35 317.838,79 480.383,24 521.156,64 425.987,38 165.717,79 301.302,18 218.550,94 2.562.296,37 1.421.629,22 2.573.530,81 69.729,60 102.705,19 495.521,97 8.735.433,73 2.144.695,50 300.000,00 5.686.116,78 2.927.223,35 47.000,00 990.000,00 6.657.558,26 - - - paisagismo elementos de água total por trecho vias perpendiculares iluminação mobiliário e equip. público drenagem, esgoto e água trecho a trecho b trecho c trecho d trecho e trecho f trecho g fase 1 fase 3 fase 2 fase 1 marquise multiuso parque infantil monumento 01

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Page 1: anfiteatro ponto turístico eixo vivo · de uma paisagem mais contemplativa do que interativa e à priorização ... mesmo tempo em que os carros possuem seu lugar no sistema, no

carro pessoas natureza contemplativa

fragmentação uniformidade de usos

fluxos unidirecionais

experiência inativa

0 10 20 50 100

O projeto EIXO VIVO é o resultado de um processo de reestruturação do Eixo Monumental de Maringá que recupera a vida urbana e a unicidade da área central da cidade. A pluralidade do espaço oferece oportunidades para uma proposição de estratégias capazes de potencializar o existente e ao mesmo tempo preservam a memória local. EIXO VIVO é o impulso que possibilita a criação de uma identidade e promove oportunidades distintas de interação e apropriação dos lugares, potencializando a articulação do território da cidade e configurando um panorama de desenvolvimento, inclusão e conservação.

A análise da atual configuração da região demonstra os distintos níveis de complexidade presentes na perspectiva de uma transformação do espaço urbano. A cidade de Maringá apresenta uma paisagem única marcada pelo traçado urbano planejado e por seu projeto de arborização urbana que realça as principais avenidas da cidade. O plano urbanístico se desenvolveu considerando dois eixos principais: o da ferrovia, traçado no sentido leste-oeste, e o do Eixo Monumental, conformado a norte-sul.

Hoje o Eixo encontra-se descaracterizado, situação enfatizada pela presença de elementos que conformam barreiras que resultam na fragmentação do espaço, prejudicando sua compreensão como eixo conector e estruturador. O protagonismo dos carros configura uma das principais barreiras identificadas – além dos fluxos viários, o transporte individual ocupa com estacionamentos extensões significativas ao longo do Eixo.

A fragmentação também se intensifica diante da pouca diversidade de usos nos diferentes setores do eixo. Esse fator, aliado à conformação de uma paisagem mais contemplativa do que interativa e à priorização do espaço dos carros, produz uma experiência inativa de vida urbana, resultando numa representatividade atenuada da área cujo potencial pulsa por maior aproveitamento.

A proposta busca valorizar a essência do Eixo como espaço público e recupera a integridade da região, trazendo o espaço útil de lazer e vida urbana sob a perspectiva de acolher diversas formas de interação entre pessoas, espaço urbano, natureza e tecnologias. Inverte-se a lógica de ocupação do ambiente urbano: mais espaço para as pessoas, ao mesmo tempo em que os carros possuem seu lugar no sistema, no entanto com menor prevalência. EIXO VIVO promove uma costura do espaço atual, ressaltando o protagonismo da escala humana no território e a experiência do usuário ao permear este lugar que oferece encontros, conexões e relações dinâmicas e afetivas com a cidade.

Ao partir da perspectiva do usuário, o desenho urbano desenvolve-se como plataforma que sustenta e revela as diversas potencialidades do lugar. O elemento unificador é a materialização de uma paisagem urbana na qual confluem distintos processos:

Três camadas de atuação se sobrepõem para uma abordagem integrada e construção de um cenário de ocupação sustentável do território:

paisagem viva

Resgata a memória e história do município como local produtor, recuperando a memória agrícola, que se relaciona diretamente com o resgate do projeto urbanístico. Incorpora a natureza além da contemplação visual, produzindo um espaço dinâmico, que alimenta, conscientiza e sensibiliza, traz senso de pertencimento e comunidade, gera ambientes lúdicos, conformando lugares de complexa interação do indivíduo com o ambiente.

mobilidade

Configura um cenário de pedestrianização do Eixo, com piso em nível em toda sua extensão. O transporte ativo a pé ou de bicicleta como protagonista é uma premissa básica para atender aos propósitos de requalificação do espaço urbano, alinhada ao movimento mundial da prática de um desenho urbano voltado à escala humana, privilegiando qualidade de vida e ambientes urbanos mais saudáveis e sustentáveis. O transporte coletivo e o transporte individual possuem seu lugar no sistema, conformando vias compartilhadas ao longo do Eixo.

infraestrutura ativa

Ao priorizar a escala do pedestre, a vida urbana surge, abrindo espaços que promovem maior relação dos edifícios e atividades do entorno com o espaço público, conferindo vivacidade e ativação da vida nas ruas. A infraestrutura ativa relaciona os equipamentos, sistemas, tecnologias e demais elementos à experiência do usuário no espaço.

A proposta cria uma plataforma que incentiva usos diurnos semanais, que dão suporte às atividades cotidianas; usos noturnos, criando espaços que acolham atividades e eventos que possam ocorrer à noite, aumentando a segurança dos lugares; usos de fim de semana, valorizando o potencial do Eixo como um parque urbano e grande espaço de lazer, cultura e turismo. A ativação do eixo acontece em diferentes dias e horários através de um processo contínuo de transformação, apropriado pelos próprios usuários.

e econômico: agregar valor ao investir nas melhorias; eficiência operacional, energética, e hídrica gerando economia; fortalecer uso por moradores e turistas gerando benefícios econômicos; fomentar consumo de qualidade; desonerar prefeitura com gastos ao incentivar parcerias com iniciativa privada para viabilizar alguns investimentos.

Foram traçados princípios orientadores que buscaram traduzir os propósitos e diretrizes do concurso a fim de alcançar os objetivos desejados, norteando as propostas e ações em cada camada de atuação. Os princípios permeiam a criação de benefícios à toda sociedade, que perpassam pelos aspectos ambientais, sociais e econômicos:

A viabilidade econômica é um dos principais fatores para o sucesso do projeto. Foi elaborada uma estratégia para implementação que associa os investimentos às diferentes fases de intervenção:

fase 1 (trechos A, B e G): início das intervenções nas extremidades do eixo – as primeiras ações aumentam a qualidade do espaço público e do pedestre, promovendo o impulso que movimenta a ocupação do espaço urbano. Ademais, são trechos que independem da execução do futuro VLT, criando um espaço de tempo na hipótese de tal projeto vir a ser desenvolvido.

fase 2 (trechos E e F): ativa os usos já existentes do mercado e as conexões com os usos da quadra relacionada ao futuro equipamento cultural no Novo Centro, que nessa fase possivelmente terá um projeto desenvolvido e integrado com o projeto deste trecho. Requer menos investimentos, conferindo margem entre os investimentos mais densos da primeira e última fase.

fase 3 (trechos C e D): considera a possibilidade de implantar o projeto do Eixo integrado às obras de implementação do futuro VLT, de forma a concentrar as intervenções viárias e maior complexidade da obra em um único momento.

Uma estratégia para geração de receitas é o fomento e a formação de parcerias público privadas para usos com potencial comercial, com o objetivo de incentivar a iniciativa privada a assumir responsabilidade por parte dos investimentos, adotando mecanismos de incentivos e contrapartidas que beneficiarão o poder público.

O orçamento foi elaborado com base no estudo preliminar apresentado, sendo uma estimativa dos serviços e obras propostos. Os custos unitários foram obtidos através de Bancos de Preços oficiais da SINAPI-PR (jul/18) e CUB SINDUSCON-PR (set/18), além de cotações de mercado. Foram considerados, para cada trecho, os custos para pavimentação; paisagismo; mobiliário e equipamentos públicos; iluminação; drenagem, esgoto e água; elementos de água. Também considerou-se um valor para adequações nos trechos de cruzamento das vias perpendiculares com o Eixo.

Para o custo total foram estudados dois cenários: cenário 1, considerando a implementação de dois edifícios–garagem e cenário 2, considerando a readequação das vagas existentes, sem implementação de edifício garagem para parte das vagas suprimidas.

Identificação das atividades, usos existentes e potenciais, edifícios e lugares com atratividade, e usuários associados a eles. As diferentes características entre os setores conformam oportunidades que conferem a possibilidade de oferta de distintas experiências e formas de interação.

Identificação das rotas de desejo, fluxos de pedestres, cruzamentos e travessias. As diagonais buscam as rotas mais desejadas pelos pedestres e quebram a monotonia que poderia ser conformada.

Como um fio condutor, o novo desenho permeia a extensão do eixo criando novos lugares e possibilidades de ocupação dos espaços, ao mesmo tempo em que conecta os setores ao longo do espaço urbano.

O processo resulta em um desenho que estrutura caminhos, áreas verdes e espaços de atividades, e que reforça a estrutura do Eixo e fortalece a imagem da cidade. Ressaltam-se potencialidades ocultas, oferecendo espaço para fomentar atividades existentes e estimular apropriação e novos usos. O Eixo torna-se um lugar ativo, atrativo e dinâmico – o espaço público como extensão do espaço privado, com maior qualidade para um desfrute da vida ao ar livre.

Identificação de polos de maior densidade e atração relacionados aos usos e sua conformação como lugares afetivos.

e i x o v i v ovisão de futuro para o eixo monumental de maringá

costura

estratégias

princípios orientadores

faseamento e investimentos

1. usos / usuários / âncoras

3. fluxos 4.partido

5.trama

2. lugares

carro pessoas natureza interativa

costura diversidade de usos

fluxos múltiplos

experiência ativa

situação atual

espaço dos carrosespaço das pessoas

espaço dos carrosespaço das pessoas

espaço compartilhado

situação proposta

gramado atividadesbem-estarpiquenique

pista de caminhada

e corrida

eventos ar livre

eventos ar livre

anfiteatro ao ar livre

pista de skate

fonte luminosa

marquise multiuso

marquise multiuso

marquise multiuso

canteiros

elementos de água

elementos de água

turismo e contemplação /

monumentocatedral /

ponto turístico

quiosques quiosques comércio jogos ao ar livre

hortaquiosques quiosques quiosquesquadras poliesportivas

futuro equipamento

cultural

quiosques quiosques quiosques quiosquesespaço

multiusoquiosques

terminal intermodal cachorródromo parque

infantil

áreas de estar

monumento

ambiental: manejo e conservação dos elementos naturais; criar um ambiente saudável, garantindo áreas permeáveis que permitem distintos graus de interação; garantir intervenções sustentáveis com mínimo impacto ao meio ambiente e à paisagem; preservar vegetação existente; conectar aos parques urbanos e possibilitar criação de corredor ecológico, além de agregar valor turístico.

a

social: melhorar infraestrutura existente, implantar novos usos e potencializar convívio e interação da população com o espaço urbano e natureza; Eixo como referência local e global de lazer e espaço público de qualidade, estimulando a preservação do patrimônio urbanístico e paisagístico da cidade; potencializar atividade sociocultural, econômica e comercial existente; garantir acesso democrático ao espaço público.

s

paisagem viva

trama

mobilidade

infraestrutura ativa

24 h

fase 3 fase 2fase 1 fase 1

*Cenário 1: com implementação de dois edifícios–garagem / Cenário 2: readequação das vagas existentes, sem implementação de edifício garagem para parte das vagas suprimidas.

**Foi considerada uma taxa de 23% sobre o custo total (BDI) contemplando custos de administração da obra, impostos e lucro de 8% sobre o custo direto total.

Valores em reais (R$).

R$ 7.504.833,26

R$ 10.282,50

R$ 40.213.317,28

r$ 49.729.122,01

R$ 32.718.766,52

r$ 40.461.111,94

estacionamento cenário 1*

custo total cenário 1 + bdi**

custo total cenário 2 + bdi**

estacionamento cenário 2*

cenário detalhado na

proposta

cenários obras estacionamento

CUSTO TOTAL CENÁRIO 1

CUSTO TOTAL CENÁRIO 2

TOTAL POR FASE + VIAS PERPENDICULARES (sem inclusão de estacionamento)

r$ 17.638.489,97

r$ 10.657.129,36fase 3

r$ 4.412.864,69fase 2

fase 1

pavimentação 3.192.301,72 2.751.978,24 1.601.885,26 2.960.707,19 1.642.050,45 653.972,15 548.432,11

3.089.320,00 618.540,00 179.270,00 457.600,00 227.890,00 96.200,00 1.021.800,00

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521.156,64 425.987,38 165.717,79 301.302,18 218.550,94

2.562.296,37 1.421.629,22 2.573.530,81

69.729,60 102.705,19

495.521,97

8.735.433,73

2.144.695,50

300.000,00

5.686.116,78 2.927.223,35

47.000,00 990.000,00

6.657.558,26

- - -

paisagismo

elementos de água

total por trecho

vias perpendiculares

iluminação

mobiliário e equip. público

drenagem, esgoto e água

trecho a trecho b trecho c trecho d trecho e trecho f trecho gfase 1 fase 3 fase 2 fase 1

marquise multiuso

parque infantil

monumento

01