anexo 01 - resolucao 125-2010 cnj

Upload: antonio-michelon

Post on 19-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    1/37

    onselho Nacional de Justia

    RESOLUO N 125, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010.

    Dispe sobre a Poltica Judiciria

    Nacional de tratamento adequado

    dos conflitos de interesses no mbito

    do Poder Judicirio e d outras

    providncias.

    O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA, no

    uso de suas atribuies constitucionais e regimentais,

    CONSIDERANDOque compete ao Conselho Nacional de Justia

    o controle da atuao administrativa e financeira do Poder Judicirio, bem

    como zelar pela observncia do art. 37 da Constituio da Repblica;

    CONSIDERANDO que a eficincia operacional, o acesso ao

    sistema de Justia e a responsabilidade social so objetivos estratgicos do

    Poder Judicirio, nos termos da Resoluo/CNJ n 70, de 18 de maro de

    2009;

    CONSIDERANDOque o direito de acesso Justia, previsto no

    art. 5, XXXV, da Constituio Federal alm da vertente formal perante osrgos judicirios, implica acesso ordem jurdica justa;

    CONSIDERANDO que, por isso, cabe ao Judicirio estabelecer

    poltica pblica de tratamento adequado dos problemas jurdicos e dos conflitos

    de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na sociedade, de

    forma a organizar, em mbito nacional, no somente os servios prestados nos

    processos judiciais, como tambm os que possam s-lo mediante outros

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    2/37

    onselho Nacional de Justia

    mecanismos de soluo de conflitos, em especial dos consensuais, como a

    mediao e a conciliao;

    CONSIDERANDO a necessidade de se consolidar uma poltica

    pblica permanente de incentivo e aperfeioamento dos mecanismos

    consensuais de soluo de litgios;

    CONSIDERANDO que a conciliao e a mediao so

    instrumentos efetivos de pacificao social, soluo e preveno de litgios, e

    que a sua apropriada disciplina em programas j implementados nos pas tem

    reduzido a excessiva judicializao dos conflitos de interesses, a quantidade de

    recursos e de execuo de sentenas;

    CONSIDERANDOser imprescindvel estimular, apoiar e difundir

    a sistematizao e o aprimoramento das prticas j adotadas pelos tribunais;

    CONSIDERANDO a relevncia e a necessidade de organizar e

    uniformizar os servios de conciliao, mediao e outros mtodos

    consensuais de soluo de conflitos, para lhes evitar disparidades de

    orientao e prticas, bem como para assegurar a boa execuo da poltica

    pblica, respeitadas as especificidades de cada segmento da Justia;

    CONSIDERANDO que a organizao dos servios de

    conciliao, mediao e outros mtodos consensuais de soluo de conflitos

    deve servir de princpio e base para a criao de Juzos de resoluo

    alternativa de conflitos, verdadeiros rgos judiciais especializados na matria;

    CONSIDERANDO o deliberado pelo Plenrio do Conselho

    Nacional de Justia na sua 117 Sesso Ordinria, realizada em de 23 de2010, nos autos do procedimento do Ato 0006059-82.2010.2.00.0000;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    3/37

    onselho Nacional de Justia

    RESOLVE:

    Captulo I

    Da Poltica Pblica de tratamento adequado dos confl itos de interesses

    Art. 1 Fica instituda a Poltica Judiciria Nacional de tratamento

    dos conflitos de interesses, tendente a assegurar a todos o direito soluo

    dos conflitos por meios adequados sua natureza e peculiaridade.

    Pargrafo nico. Aos rgos judicirios incumbe, alm da soluo

    adjudicada mediante sentena, oferecer outros mecanismos de solues de

    controvrsias, em especial os chamados meios consensuais, como a mediao

    e a conciliao, bem assim prestar atendimento e orientao ao cidado.

    Art. 2 Na implementao da Poltica Judiciria Nacional, com

    vista boa qualidade dos servios e disseminao da cultura de pacificaosocial, sero observados: centralizao das estruturas judicirias, adequada

    formao e treinamento de servidores, conciliadores e mediadores, bem como

    acompanhamento estatstico especfico.

    Art. 3 O CNJ auxiliar os tribunais na organizao dos servios

    mencionados no art. 1, podendo ser firmadas parcerias com entidades

    pblicas e privadas.

    Captulo II

    Das Atribuies do Conselho Nacional de Justia

    Art. 4 Compete ao Conselho Nacional de Justia organizar

    programa com o objetivo de promover aes de incentivo autocomposio delitgios e pacificao social por meio da conciliao e da mediao.

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    4/37

    onselho Nacional de Justia

    Art. 5 O programa ser implementado com a participao de

    rede constituda por todos os rgos do Poder Judicirio e por entidades

    pblicas e privadas parceiras, inclusive universidades e instituies de ensino.

    Art. 6 Para desenvolvimento dessa rede, caber ao CNJ:

    I estabelecer diretrizes para implementao da poltica pblica

    de tratamento adequado de conflitos a serem observadas pelos Tribunais;

    II desenvolver contedo programtico mnimo e aes voltadas

    capacitao em mtodos consensuais de soluo de conflitos, para

    servidores, mediadores, conciliadores e demais facilitadores da soluo

    consensual de controvrsias;

    III providenciar que as atividades relacionadas conciliao,

    mediao e outros mtodos consensuais de soluo de conflitos sejam

    consideradas nas promoes e remoes de magistrados pelo critrio do

    merecimento;

    IV regulamentar, em cdigo de tica, a atuao dosconciliadores, mediadores e demais facilitadores da soluo consensual de

    controvrsias;

    V buscar a cooperao dos rgos pblicos competentes e das

    instituies pblicas e privadas da rea de ensino, para a criao de disciplinas

    que propiciem o surgimento da cultura da soluo pacfica dos conflitos, de

    modo a assegurar que, nas Escolas da Magistratura, haja mdulo voltado aos

    mtodos consensuais de soluo de conflitos, no curso de iniciao funcional eno curso de aperfeioamento;

    VI estabelecer interlocuo com a Ordem dos Advogados do

    Brasil, Defensorias Pblicas, Procuradorias e Ministrio Pblico, estimulando

    sua participao nos Centros Judicirios de Soluo de Conflitos e Cidadania e

    valorizando a atuao na preveno dos litgios;

    VII realizar gesto junto s empresas e s agncias reguladoras

    de servios pblicos, a fim de implementar prticas autocompositivas e

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    5/37

    onselho Nacional de Justia

    desenvolver acompanhamento estatstico, com a instituio de banco de dados

    para visualizao de resultados, conferindo selo de qualidade;

    VIII atuar junto aos entes pblicos de modo a estimular a

    conciliao nas demandas que envolvam matrias sedimentadas pela

    jurisprudncia.

    Captulo III

    Das Atr ibuies dos Tribunais

    Seo I

    Dos Ncleos Permanentes de Mtodos Consensuais de Soluo de

    Conflitos

    Art. 7 Os Tribunais devero criar, no prazo de 30 dias, Ncleos

    Permanentes de Mtodos Consensuais de Soluo de Conflitos, compostospor magistrados da ativa ou aposentados e servidores, preferencialmente

    atuantes na rea, com as seguintes atribuies, entre outras:

    I desenvolver a Poltica Judiciria de tratamento adequado dos

    conflitos de interesses, estabelecida nesta Resoluo;

    II planejar, implementar, manter e aperfeioar as aes voltadas

    ao cumprimento da poltica e suas metas;

    III atuar na interlocuo com outros Tribunais e com os rgosintegrantes da rede mencionada nos arts. 5 e 6;

    IV instalar Centros Judicirios de Soluo de Conflitos e

    Cidadania que concentraro a realizao das sesses de conciliao e

    mediao que estejam a cargo de conciliadores e mediadores, dos rgos por

    eles abrangidos;

    V promover capacitao, treinamento e atualizao permanente

    de magistrados, servidores, conciliadores e mediadores nos mtodosconsensuais de soluo de conflitos;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    6/37

    onselho Nacional de Justia

    VI na hiptese de conciliadores e mediadores que atuem em

    seus servios, criar e manter cadastro, de forma a regulamentar o processo de

    inscrio e de desligamento;

    VII regulamentar, se for o caso, a remunerao de conciliadores

    e mediadores, nos termos da legislao especfica;

    VIII incentivar a realizao de cursos e seminrios sobre

    mediao e conciliao e outros mtodos consensuais de soluo de conflitos;

    IX firmar, quando necessrio, convnios e parcerias com entes

    pblicos e privados para atender aos fins desta Resoluo.

    Pargrafo nico. A criao dos Ncleos e sua composio

    devero ser informadas ao Conselho Nacional de Justia.

    Seo II

    Dos Centros Judicirios de Soluo de Conflitos e Cidadania

    Art. 8 Para atender aos Juzos, Juizados ou Varas com

    competncia nas reas cvel, fazendria, previdenciria, de famlia ou dos

    Juizados Especiais Cveis e Fazendrios, os Tribunais devero criar os Centros

    Judicirios de Soluo de Conflitos e Cidadania (Centros), unidades do Poder

    Judicirio, preferencialmente, responsveis pela realizao das sesses e

    audincias de conciliao e mediao que estejam a cargo de conciliadores e

    mediadores, bem como pelo atendimento e orientao ao cidado. 1 Todas as sesses de conciliao e mediao pr-

    processuais devero ser realizadas nos Centros, podendo, excepcionalmente,

    as sesses de conciliao e mediao processuais ser realizadas nos prprios

    Juzos, Juizados ou Varas designadas, desde que o sejam por conciliadores e

    mediadores cadastrados junto ao Tribunal (inciso VI do art. 7) e

    supervisionados pelo Juiz Coordenador do Centro (art. 9).

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    7/37

    onselho Nacional de Justia

    2 Os Centros devero ser instalados nos locais onde exista

    mais de um Juzo, Juizado ou Vara com pelo menos uma das competncias

    referidas no caput.

    3 Nas Comarcas das Capitais dos Estados e nas sedes das

    Sees e Regies Judicirias, bem como nas Comarcas do interior, Subsees

    e Regies Judicirias de maior movimento forense, o prazo para a instalao

    dos Centros ser de 4 (quatro) meses a contar do incio de vigncia desta

    Resoluo.

    4 Nas demais Comarcas, Subsees e Regies Judicirias, o

    prazo para a instalao dos Centros ser de 12 (doze) meses a contar do incio

    de vigncia deste ato.

    5 Os Tribunais podero, excepcionalmente, estender os

    servios do Centro a unidades ou rgos situados em outros prdios, desde

    que prximos daqueles referidos no 2, podendo, ainda, instalar Centros nos

    chamados Foros Regionais, nos quais funcionem dois ou mais Juzos,Juizados ou Varas, observada a organizao judiciria local.

    Art. 9 Os Centros contaro com um juiz coordenador e, se

    necessrio, com um adjunto, aos quais caber a sua administrao, bem como

    a superviso do servio de conciliadores e mediadores. Osmagistrados sero

    designados pelo Presidente de cada Tribunal dentre aqueles que realizaram

    treinamento segundo o modelo estabelecido pelo CNJ, conforme Anexo I desta

    Resoluo. 1 Caso o Centro atenda a grande nmero de Juzos, Juizados

    ou Varas, o respectivo juiz coordenador poder ficar designado exclusivamente

    para sua administrao.

    2 Os Tribunais devero assegurar que nos Centros atuem

    servidores com dedicao exclusiva, todos capacitados em mtodos

    consensuais de soluo de conflitos e, pelo menos, um deles capacitado

    tambm para a triagem e encaminhamento adequado de casos.

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    8/37

    onselho Nacional de Justia

    3 O treinamento dos servidores referidos no pargrafo anterior

    dever observar as diretrizes estabelecidas pelo CNJ conforme Anexo I desta

    Resoluo.

    Art. 10. Cada unidade dos Centros Judicirios de Soluo de

    Conflitos e Cidadania dever obrigatoriamente abranger setor de soluo de

    conflitos pr-processual, setor de soluo de conflitos processual e setor de

    cidadania, facultativa a adoo pelos Tribunais do procedimento sugerido no

    Anexo II desta Resoluo.

    Art. 11. Nos Centros podero atuar membros do Ministrio

    Pblico, defensores pblicos, procuradores e/ou advogados.

    Seo III

    Dos Concil iadores e Mediadores

    Art. 12. Nos Centros, bem como em todos os demais rgosjudicirios nos quais se realizem sesses de conciliao e mediao, somente

    sero admitidos mediadores e conciliadores capacitados na forma deste ato

    (Anexo I), cabendo aos Tribunais, antes de sua instalao, realizar o curso de

    capacitao, podendo faz-lo por meio de parcerias.

    1 Os Tribunais que j realizaram a capacitao referida no

    caputpodero dispensar os atuais mediadores e conciliadores da exigncia do

    certificado de concluso do curso de capacitao, mas devero disponibilizarcursos de treinamento e aperfeioamento, na forma do Anexo I, como condio

    prvia de atuao nos Centros.

    2 Todos os conciliadores, mediadores e outros especialistas

    em mtodos consensuais de soluo de conflitos devero submeter-se a

    reciclagem permanente e avaliao do usurio.

    3 Os cursos de capacitao, treinamento e aperfeioamento de

    mediadores e conciliadores devero observar o contedo programtico e carga

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    9/37

    onselho Nacional de Justia

    horria mnimos estabelecidos pelo CNJ (Anexo 1) e devero ser seguidos

    necessariamente de estgio supervisionado.

    4 Os mediadores, conciliadores e demais facilitadores do

    entendimento entre as partes ficaro sujeitos ao cdigo de tica estabelecido

    pelo Conselho (Anexo III).

    Seo IV

    Dos Dados Estatsticos

    Art. 13. Os Tribunais devero criar e manter banco de dados

    sobre as atividades de cada Centro, com as informaes constantes do Anexo

    IV.

    Art. 14. Caber ao CNJ compilar informaes sobre os servios

    pblicos de soluo consensual das controvrsias existentes no pas e sobre o

    desempenho de cada um deles, por meio do DPJ, mantendo permanentementeatualizado o banco de dados.

    Captulo IV

    Do Portal da Conci liao

    Art. 15.Fica criado o Portal da Conciliao, a ser disponibilizado

    no stio do CNJ na rede mundial de computadores, com as seguintesfuncionalidades, entre outras:

    I publicao das diretrizes da capacitao de conciliadores e

    mediadores e de seu cdigo de tica;

    II relatrio gerencial do programa, por Tribunal, detalhado por

    unidade judicial e por Centro, com base nas informaes referidas no Anexo IV;

    III compartilhamento de boas prticas, projetos, aes, artigos,

    pesquisas e outros estudos;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    10/37

    onselho Nacional de Justia

    IV frum permanente de discusso, facultada a participao da

    sociedade civil;

    V divulgao de notcias relacionadas ao tema;

    VI relatrios de atividades da Semana da Conciliao.

    Pargrafo nico. A implementao do Portal ser gradativa,

    observadas as possibilidades tcnicas, sob a responsabilidade do CNJ.

    Disposies Finais

    Art. 16. O disposto na presente Resoluo no prejudica a

    continuidade de programas similares j em funcionamento, cabendo aos

    Tribunais, se necessrio, adapt-los aos termos deste ato.

    Art. 17. Compete Presidncia do Conselho Nacional de Justia,

    com o apoio da Comisso de Acesso ao Sistema de Justia e

    Responsabilidade Social, coordenar as atividades da Poltica Judiciria

    Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses, cabendo-lhe

    instituir, regulamentar e presidir o Comit Gestor da Conciliao, que ser

    responsvel pela implementao e acompanhamento das medidas previstas

    neste ato.

    Art. 18. Os Anexos integram esta Resoluo e possuem carter

    vinculante, exceo do Anexo II, que contm mera recomendao.

    Art. 19. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Ministro Cezar PelusoPresidente

    ANEXO I

    CURSOS DE CAPACITAO E APERFEIOAMENTO

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    11/37

    onselho Nacional de Justia

    JUSTIFICATIVA

    Estabelecida pela Resoluo n. --- a Poltica Pblica deTratamento Adequado de Conflitos, destacando entre seus princpiosinformadores a qualidade dos servios como garantia de acesso a uma ordem

    jurdica justa, desenvolveu-se contedo programtico mnimo a ser seguidopelos Tribunais nos cursos de capacitao de serventurios da justia,

    conciliadores e mediadores.

    Para esse fim mostrou-se necessrio compatibilizar a formaomnima exigida para a atuao desses facilitadores e as diferentes realidadeseconmicas, sociais e geogrficas de cada Tribunal, com a adoo de ummodelo factvel em mbito nacional.

    O modelo composto por trs mdulos sucessivos ecomplementares, que correspondem a diferentes nveis de capacitao. Todosaqueles que iro atuar nos Centro de Resoluo de Disputas, inclusiveservidores e conciliadores e mediadores j capacitados, necessariamente tero

    que cursar o Mdulo I. Conciliadores e Mediadores tero que cursar osMdulos I e II e finalmente os mediadores tero que se capacitar nos trsmdulos.

    O Mdulo I, com 12 horas/aula, denominado Introduo aosMeios Alternativos de Soluo de Conflitos versar sobre os diferentes meiosno adversariais de soluo de conflitos, com noes bsicas sobre o conflito ea comunicao, disciplina normativa sobre o tema, experincias nacionais einternacionais, assegurando a compreenso dos objetivos da poltica pblicade tratamento adequado de conflitos.

    O Mdulo II, com 16 horas/aula,denominado Conciliao e suasTcnicas se prope a habilitar os facilitadores na utilizao de tcnicasautocompositivas de soluo de conflitos, com enfoque na negociao econciliao, trazendo padres de comportamento tico e posturas exigidas norelacionamento com partes e diferentes profissionais envolvidos no CRD.

    O Mdulo III, com 16 horas/aula, denominado Mediao e suasTcnicas se prope a habilitar os facilitadores na utilizao de tcnicasautocompositivas de soluo de conflitos, com enfoque na mediao,

    identificando as diferentes Escolas, a multidisciplinaridade, as formas de suaaplicao, com destaque para a mediao judicial.

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    12/37

    onselho Nacional de Justia

    Os Mdulos II e III sero necessariamente seguidos de estgiosupervisionado. Para o Mdulo II a carga horria ser de 12 horas e para oMdulo III ser de 24 horas.

    Os certificados de capacitao apenas sero emitidos aps aconcluso do estgio supervisionado.

    Em relao aos servidores, o mdulo I ser complementado pormdulo especfico, destinado a detalhar o modus operandi do CRD, osprocedimentos administrativos, de orientao ao pblico e de encaminhamento

    a entidades parceiras e outros rgos pblicos.

    Finalmente, desenvolveu-se Mdulo especfico para osmagistrados, com o objetivo de integr-los Poltica Pblica de tratamentoadequado de conflitos, apresentando os principais mtodos alternativos desoluo de conflitos e suas aplicaes, bem como detalhando o funcionamentodos CRDs.

    MODULO I -

    Ttulo: INTRODUO AOS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUO DE

    CONFLITOS

    Pblico Alvo: Conciliadores, Mediadores, Serventurios da Justia

    Objetivos: Conscientizao sobre a poltica pblica de tratamento adequado de

    conflitos; Trazer reflexo o conflito e seus vrios aspectos; Desenvolver habilidades na rea da Comunicao; Informar sobre panorama nacional e internacional dos meios alternativos

    de soluo de conflitos e principais mtodos existentes; Informar normatizao sobre o tema;

    Carga horria: 12 horas/aula tericas, sendo a hora/aula de 50 (cinquenta)minutos.

    Disciplinas:

    1) Poltica Pblica de Tratamento Adequado de Conflitos (1hora/aula)a) Princpios Constitucionais: Princpio do acesso Justia e pacificao social.Princpio da dignidade de pessoa humana;

    b) Importncia da capacitao.c) Mudana de mentalidade: papel do CNJ, Tribunais e Instituies pblicas eprivadas.

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    13/37

    onselho Nacional de Justia

    2) Comunicao e Conflito (8 horas/aula):a) Teoria da Comunicao. Axiomas da comunicao. Escuta ativa.Comunicao nas pautas de interao e no estudo do interrelacionamentohumano: aspectos sociolgicos (ilusrios/imaginrios, paradigmas epreconceitos) e aspectos psicolgicos (identidade, interesses, necessidades,interrelaes e contrato psicossocial tcito; interrelaes pessoais, profissionaise sociais);b) Teoria Geral do Conflito. Conceito e estrutura. Aspectos objetivos esubjetivos. Formas de resoluo dos conflitos: adversariais e no adversariais;

    3) Mtodos Alternativos de Soluo de Conflitos (MASCs) (2 horas/aula):a) Histrico. Panorama nacional e internacional. Cultura de Paz;b) Noes gerais e diferenciao entre os principais mtodos de resoluo deconflitos: judicial, negociao, conciliao, mediao e arbitragem.c) Diferenas e Semelhanas entre Mediao e Conciliao

    4) Enfoque normativo e tico da conciliao e suas aplicaes no PoderJudicirio (1 hora/aula):a) Legislao brasileira sobre conciliao-mediao e Juizados Especiais.Resoluo do CNJ. Provimentos dos Tribunais;

    c) O terceiro facilitador: funes, postura, atribuies, limites de atuao,imparcialidade X neutralidade, tica, Cdigo de tica, remunerao esuperviso;

    Mtodo:Aulas presenciais, interativas e expositivas, com exerccios, atravsdas tcnicas de simulao de casos e exerccios para fixao dos conceitosaprendidos.

    Recursos materiais:Data ShowDVD e filmesApostilasCadeiras mveisFlip-chartSonorizao

    Avaliao:AssiduidadeApresentao de relatrioParticipao nas aulas

    Referncias:Livros didticosFilmes e artigos temticos

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    14/37

    onselho Nacional de Justia

    MODULO II -

    Ttulo: CONCILIAO E SUAS TCNICAS

    Pblico Alvo: Conciliadores e Mediadores

    Objetivos:

    Ensinar tcnicas autocompositivas de soluo de conflitos e sua

    aplicao prtica

    Carga horria: 16 horas/aula tericas, sendo a hora/aula de 50 (cinquenta)minutos.

    Disciplinas:

    1) Introduo (7 horas/aula):a) Conceito e filosofia. Conciliao judicial e extrajudicial;b) Conciliao ou mediao?;c) Negociao. Conceito. Integrao e distribuio do valor das

    negociaes.Tcnicas bsicas de negociao (a barganha de posies; aseparao de pessoas de problemas; concentrao em interesses;desenvolvimento de opes de ganho mtuo; Critrios objetivos; melhoralternativa para acordos negociados). Tcnicas intermedirias de negociao(estratgias de estabelecimento de rapport; transformao de adversrios emparceiros; comunicao efetiva).

    2) Conciliao e suas tcnicas (7 horas/aula):a) Etapas (planejamento da sesso, apresentao ou abertura,esclarecimentos ou investigao das propostas das partes, criao de opes,escolha da opo, lavratura do acordo);b) Tcnicas (recontextualizao, identificao das propostas implcitas, afago,escuta ativa, espelhamento, produo de opo, acondicionamento dasquestes e interesses das partes, teste de realidade).

    3) Finalizao da conciliao (1 hora/aula):a)Formalizao do acordo. Dados essenciais do termo de conciliao(qualificao das partes, nmero de identificao, natureza do conflito...).Redao do acordo: requisitos mnimos e exeqibilidade;b) Encaminhamentos e estatstica.

    4) O papel do conciliador e sua relao com os envolvidos no processo deconciliao (1 hora/aula):

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    15/37

    onselho Nacional de Justia

    a) Os operadores do Direito (o magistrado, o promotor, o advogado, o defensorpblico, etc) e a mediao.b) Papel e Resistncia. Tcnicas para estimular advogados a atuarem de formaeficiente na conciliaoc) Contornando as dificuldades: descontrole emocional, embriaguez,desrespeito.

    Mtodo:Aulas presenciais, interativas e expositivas, com exerccios, atravsdas tcnicas de simulao de casos e exerccios para fixao dos conceitos

    aprendidos.

    Recursos materiais:Data ShowDVD e filmesApostilasCadeiras mveisFlip-chartSonorizao

    Avaliao:AssiduidadeApresentao de relatrioParticipao nas aulas

    Referncias:Livros didticosFilmes e artigos temticos

    MDULO III -

    Ttulo: MEDIAO E SUAS TCNICAS

    Pblico Alvo: Mediadores

    Objetivos:

    Ensinar tcnicas autocompositivas de soluo de conflitos e suaaplicao prtica

    Carga horria: 16 horas/aula tericas, sendo a hora/aula de 50 (cinquenta)minutos.

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    16/37

    onselho Nacional de Justia

    Disciplinas:

    1) A Mediao e sua origem (1hora/aula):a) Introduo histrica;b) Panorama mundial;

    2) As Escolas ou Modelos de Mediao (04 horas/aula):a) Os diferentes modelos e suas ferramentas: Harward ou facilitativo,transformativo, circular-narrativo, avaliativo;b) A negociao cooperativa de Harward (posies e interesses, aspectos

    emocionais que envolvem a negociao, soluo ou solues parciais outotais).

    3) Mediao e suas tcnicas (08 horas/aula):a) Conceito e filosofia. Mediao judicial e extrajudicial, prvia e incidental;b) Etapas Pr-mediao e Mediao propriamente dita (acolhida, declaraoinicial das partes, planejamento, esclarecimentos dos interesses ocultos enegociao do acordo);c) Tcnicas ou ferramentas (co-mediao, recontextualizao, identificao daspropostas implcitas, formas de perguntas, escuta ativa, produo de opo,acondicionamento das questes e interesses das partes, teste de realidade ou

    reflexo).

    4) reas de utilizao da mediao (1 hora/aula):a) empresarial, familiar, civil, penal e Justia Restaurativa.b) o envolvimento com outras reas do conhecimento.

    5) A mediao judicial (02 horas/aula):a) Vinculao ao Poder Judicirio?b) O gerenciamento do processo e os Centros de Resoluo de Disputas;c) A Cultura de Paz (Poltica Pblica e a necessidade de mudana dementalidade).d) Cdigo de tica do mediador.

    Mtodo:Aulas presenciais, interativas e expositivas, com exerccios, atravsdas tcnicas de simulao de casos e exerccios para fixao dos conceitosaprendidos.

    Recursos materiais:Data ShowDVD e filmesApostilas

    Cadeiras mveisFlip-chartSonorizao

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    17/37

    onselho Nacional de Justia

    Avaliao:AssiduidadeApresentao de relatrioParticipao nas aulas

    Referncias:Livros didticosFilmes e artigos temticos

    MDULO SERVIDORES

    Ttulo: Da atuao no Centro de Resoluo de Disputas

    Pblico Alvo: Servidores

    Objetivos:

    Detalhar procedimentos e rotinas do CRD

    Carga horria: 4 horas/aula tericas, sendo a hora/aula de 50 (cinquenta)minutos.

    Disciplinas:

    1) Procedimento no CRD (1hora/aula):a) Pr processual. Encaminhamentos aos Juizados Especiais e rgos deassistncia judiciria;b) Processual;c) Servios de orientao e cidadania.

    2) Prticas administrativas (1hora/aula)a) Incluso e excluso de conciliadores/mediadores no cadastro dos Tribunais.b) Pauta. Livros. Estatstica.

    3) Fiscalizao dos servios de conciliadores e mediadores (1hora/aula)a) tica;b) Impedimento/suspeio;c) Comunicaes ao Juiz Coordenador do CRD

    4) Rede de cidadania (1hora/aula)

    a) Convnios. Parcerias.b) Encaminhamentos. Padronizao

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    18/37

    onselho Nacional de Justia

    Mtodo:Aulas presenciais, interativas e expositivas, com exerccios, atravsdas tcnicas de simulao de casos e exerccios para fixao dos conceitosaprendidos.

    Recursos materiais:Data ShowDVD e filmesApostilasCadeiras mveis

    Flip-chartSonorizao

    Avaliao:AssiduidadeApresentao de relatrioParticipao nas aulas

    Referncias:Livros didticosFilmes e artigos temticos

    MDULO MAGISTRADOS

    Ttulo: OS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUO DE CONFLITOS

    Pblico Alvo: magistrados

    Objetivos: Conscientizao sobre a poltica pblica de tratamento adequado de

    conflitos; Trazer reflexo a importncia da utilizao dos meios no adversariais

    de soluo de conflitos; Informar sobre panorama nacional e internacional dos meios alternativos

    de soluo de conflitos e principais mtodos existentes; Detalhar o funcionamento dos Centros de Resoluo de Disputas e a

    fiscalizao dos servios de conciliadores/mediadores.

    Carga horria: 8 horas/aula tericas, sendo a hora/aula de 50 (cinquenta)minutos.

    Disciplinas:

    1) Poltica Pblica de Tratamento Adequado de Conflitos (2 horas/aula)

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    19/37

    onselho Nacional de Justia

    a) Princpios Constitucionais: Princpio do acesso Justia e pacificao social.Princpio da dignidade de pessoa humana;b) Legislao brasileira sobre conciliao-mediao e Juizados Especiais.Resoluo do CNJ. Provimentos dos Tribunais;c) Importncia da capacitao.d) Mudana de mentalidade: papel do CNJ, Tribunais e Instituies pblicas eprivadas, bem como do juiz coordenador do Centro de Resoluo de Disputas.

    2) Mtodos Alternativos de Soluo de Conflitos (MASCs) (2 horas/aula):a) Histrico. Panorama nacional e internacional. Cultura de Paz;

    b) Noes gerais e diferenciao entre os principais mtodos de resoluo deconflitos: judicial, negociao, conciliao, mediao e arbitragem.c) Diferenas e Semelhanas entre Mediao e Conciliao. Indicao domtodo de soluo de conflito adequado pelo magistrado.

    3) Funcionamento dos Centros de Resoluo de Disputas (1 hora/aula)a) Pr processual. Encaminhamentos aos Juizados Especiais e rgos deassistncia judiciria.b) Processual.c) Servios de orientao e cidadania.d) Prticas administrativas. Pauta. Livros. Estatstica.

    4) Da relao dos magistrados com os conciliadores/mediadores (2 horas/aula)a) Recrutamento;b) Capacitao. Estgio Supervisionado. Reciclagem;c) Cadastro dos Tribunais. Incluso e excluso. Procedimento. Controle deFreqncia.d) O terceiro facilitador: funes, postura, atribuies, limites de atuao,imparcialidade X neutralidade, Cdigo de tica, remunerao e superviso;e) Satisfao do usurio. Formulrio.

    5) Da rede de cidadania (1 hora/aula)a) Convnios. Parcerias.b) Encaminhamentos. Padronizao

    Mtodo:Aulas presenciais, interativas e expositivas, com exerccios, atravsdas tcnicas de simulao de casos e exerccios para fixao dos conceitosaprendidos.

    Recursos materiais:Data ShowDVD e filmes

    ApostilasCadeiras mveisFlip-chart

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    20/37

    onselho Nacional de Justia

    Sonorizao

    Avaliao:AssiduidadeApresentao de relatrioParticipao nas aulas

    Referncias:Livros didticosFilmes e artigos temticos

    ANEXO II

    SETORES DE SOLUO DE CONFLITOS E CIDADANIA

    Abaixo segue sugesto do procedimento a ser adotado nos

    setores de soluo de conflitos pr processual e processual e no setor de

    cidadania, abrangidos pelo Centro Judicirio de Soluo de Conflitos eCidadania, cuja regulamentao est prevista nos artigos 8 a 11 da

    Resoluo:

    1) Setor de Soluo de Conflitos Pr Processual:

    O setor pr processual poder recepcionar casos que versem

    sobre direitos disponveis em matria cvel, de famlia, previdenciria e da

    competncia dos Juizados Especiais, que sero encaminhados, atravs deservidor devidamente treinado, para a conciliao, a mediao ou outro mtodo

    de soluo consensual de conflitos disponvel.

    Assim, comparecendo o interessado ou remetendo pretenso via

    e.mail com os dados essenciais, o funcionrio colher sua reclamao, sem

    reduzi-la a termo, emitindo, no ato, carta convite parte contrria, informando a

    data, hora e local da sesso de conciliao ou mediao. E, observadas as

    peculiaridades locais, o convite poder ser feito por qualquer meio idneo de

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    21/37

    onselho Nacional de Justia

    comunicao; sendo que a nica anotao que se far sobre o caso no setor

    ser a referente aos nomes dos interessados na pauta de sesses.

    Obtido o acordo na sesso, ser homologado por sentena, aps

    a manifestao do representante do Ministrio Pblico, se for o caso, com

    registro em livro prprio, sem distribuio. E ainda, o termo do acordo ser

    arquivado em meio digital e os documentos restitudos aos interessados.

    No obtido o acordo, os interessados sero orientados a buscar a

    soluo do conflito nos Juizados Especiais ou na Justia Comum. Nos casos

    de competncia dos Juizados Especiais, desde logo ser reduzida a termo a

    reclamao, com seu encaminhamento ao Juizado competente,

    preferencialmente por meio digital, dispensada a realizao de nova sesso de

    conciliao.

    De qualquer forma, obtido ou no o acordo, ser colhida aqualificao completa dos interessados com CPF ou CNPJ, para fins

    estatsticos.

    Por fim, descumprido o acordo, o interessado, munido do

    respectivo termo, poder ajuizar ao de execuo de ttulo judicial segundo as

    regras de competncia.

    2) Setor de Soluo de Conflitos Processual:

    O setor de soluo de conflitos processual receber processos j

    distribudos e despachados pelos magistrados, que indicaro o mtodo de

    soluo de conflitos a ser seguido, retornando sempre ao rgo de origem,

    aps a sesso, obtido ou no o acordo, para extino do processo ou

    prosseguimento dos trmites processuais normais.

    3) Setor de Cidadania:

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    22/37

    onselho Nacional de Justia

    O setor de cidadania prestar servios de informao, orientao

    jurdica, emisso de documentos, servios psicolgicos e de assistncia social,

    entre outros.

    ANEXO III

    CDIGO DE TICA DE CONCILIADORES E MEDIADORES JUDICIAISINTRODUO

    O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA, a fim de assegurar odesenvolvimento da Poltica Pblica de tratamento adequado dos conflitos e aqualidade dos servios de conciliao e mediao enquanto instrumentosefetivos de pacificao social e de preveno de litgios, institui o Cdigo detica, norteado por princpios que formam a conscincia dos terceirosfacilitadores, como profissionais, e representam imperativos de sua conduta.

    Dos princpios e garantias da conciliao e mediao judiciais

    Artigo 1 - So princpios fundamentais que regem a atuao de conciliadores emediadores judiciais: confidencialidade, competncia, imparcialidade,neutralidade, independncia e autonomia, respeito ordem pblica e s leisvigentes.

    1. Confidencialidade Dever de manter sigilo sobre todas as informaesobtidas na sesso, salvo autorizao expressa das partes, violao ordempblica ou s leis vigentes, no podendo ser testemunha do caso, nem atuarcomo advogado dos envolvidos, em qualquer hiptese;

    2. Competncia Dever de possuir qualificao que o habilite atuaojudicial, com capacitao na forma desta Resoluo, observada a reciclagemperidica obrigatria para formao continuada;

    3. Imparcialidade Dever de agir com ausncia de favoritismo, prefernciaou preconceito, assegurando que valores e conceitos pessoais no interfiramno resultado do trabalho, compreendendo a realidade dos envolvidos noconflito e jamais aceitando qualquer espcie de favor ou presente;

    4. Neutralidade Dever de manter equidistncia das partes, respeitando

    seus pontos de vista, com atribuio de igual valor a cada um deles;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    23/37

    onselho Nacional de Justia

    5. Independncia e autonomia - Dever de atuar com liberdade, sem sofrerqualquer presso interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ouinterromper a sesso se ausentes as condies necessrias para seu bomdesenvolvimento, tampouco havendo obrigao de redigir acordo ilegal ouinexequvel;

    6. Respeito ordem pblica e s leis vigentes Dever de velar para queeventual acordo entre os envolvidos no viole a ordem pblica, nem contrarieas leis vigentes.

    Das regras que regem o procedimento de conc iliao/mediao

    Art. 2. As regras que regem o procedimento da conciliao/mediao sonormas de conduta a serem observadas pelos conciliadores/mediadores paraseu bom desenvolvimento, permitindo que haja o engajamento dos envolvidos,com vistas sua pacificao e ao comprometimento com eventual acordoobtido, sendo elas:

    1. Informao - Dever de esclarecer os envolvidos sobre o mtodo detrabalho a ser empregado, apresentando-o de forma completa, clara e precisa,informando sobre os princpios deontolgicos referidos no captulo I, as regrasde conduta e as etapas do processo.

    2. Autonomia da vontade Dever de respeitar os diferentes pontos de vistados envolvidos, assegurando-lhes que cheguem a uma deciso voluntria eno coercitiva, com liberdade para tomar as prprias decises durante ou aofinal do processo, podendo inclusive interromp-lo a qualquer momento.

    3. Ausncia de obrigao de resultado Dever de no forar um acordo e deno tomar decises pelos envolvidos, podendo, quando muito, no caso daconciliao, criar opes, que podem ou no ser acolhidas por eles.

    4. Desvinculao da profisso de origem Dever de esclarecer aosenvolvidos que atua desvinculado de sua profisso de origem, informando que,caso seja necessria orientao ou aconselhamento afetos a qualquer rea doconhecimento poder ser convocado para a sesso o profissional respectivo,desde que com o consentimento de todos.

    4. Teste de realidade Dever de assegurar que os envolvidos, ao chegarema um acordo, compreendam perfeitamente suas disposies, que devem serexeqveis, gerando o comprometimento com seu cumprimento.

    Das responsabilidades e sanes do conciliador/mediador

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    24/37

    onselho Nacional de Justia

    Art. 3. Apenas podero exercer suas funes perante o Poder Judicirioconciliadores e mediadores devidamente capacitados e cadastrados pelostribunais, aos quais competir regulamentar o processo de incluso e exclusono respectivo cadastro.

    Art. 4. O conciliador/mediador deve exercer sua funo com lisura,respeitando os princpios e regras deste Cdigo, assinando, para tanto, noincio do exerccio, termo de compromisso e submetendo-se s orientaes do

    juiz coordenador da unidade a que vinculado;

    Art. 5. Aplicam-se aos conciliadores/mediadores os mesmos motivos deimpedimento e suspeio dos juzes, devendo, quando constatados, sereminformados aos envolvidos, com a interrupo da sesso e sua substituio.

    Art. 6. No caso de impossibilidade temporria do exerccio da funo, oconciliador/mediador dever informar com antecedncia ao responsvel paraque seja providenciada sua substituio na conduo das sesses.

    Art. 7. O conciliador/mediador fica absolutamente impedido de prestar serviosprofissionais, de qualquer natureza, pelo prazo de dois anos, aos envolvidosem processo de conciliao/mediao sob sua conduo.

    Art. 8. O descumprimento dos princpios e regras estabelecidos neste Cdigo,bem como a condenao definitiva em processo criminal, resultar na exclusodo conciliador/mediador do respectivo cadastro e no impedimento para atuarnesta funo em qualquer outro rgo do Poder Judicirio nacional.

    Pargrafo nico Qualquer pessoa que venha a ter conhecimento de condutainadequada por parte do conciliador/mediador poder representar ao JuizCoordenador a fim de que sejam adotadas as providncias cabveis.

    ANEXO IV

    Dados Estatsticos

    O banco de dados sobre as atividades dos CENTROS dever

    conter as seguintes informaes:

    1) Em relao estrutura de pessoal:

    (i) quantidade de servidores com dedicao exclusiva;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    25/37

    onselho Nacional de Justia

    (ii) quantidade de servidores responsveis pela triagem;

    (iii) quantidade de funcionrios cedidos por entidades parceiras;

    (iv) quantidade de conciliadores cadastrados;

    (v) quantidade de mediadores cadastrados

    2) Em relao ao setor pr processual

    (i) quantidade de reclamaes recebidas em determinado

    perodo;

    (ii) perodo de tempo entre o atendimento e a data designada

    para a sesso de conciliao;

    (iii) perodo de tempo entre o atendimento e a data designada

    para a sesso de mediao;

    (iv) quantidade de sesses de conciliao designadas em

    determinado perodo;

    (v) quantidade de sesses de mediao designadas em

    determinado perodo;

    (vi) quantidade de sesses de conciliao realizadas emdeterminado perodo;

    (vii) quantidade de sesses de mediao realizadas em

    determinado perodo;

    (viii) quantidade de acordos obtidos em sesses de conciliao

    realizadas em determinado perodo;

    (ix) quantidade de acordos obtidos em sesses de mediao

    realizadas em determinado perodo

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    26/37

    onselho Nacional de Justia

    (x) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    conciliao realizadas em determinado perodo;

    (xi) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    mediao realizadas em determinado perodo;

    (xii) quantidade de sesses prejudicadas pela ausncia do

    reclamante;

    (xiii) quantidade de sesses prejudicadas pela ausncia do

    reclamado;

    (xiv) quantidade de sesses prejudicadas pela ausncia do

    reclamante e do reclamado ;

    (xv) quantidade de reclamaes encaminhadas a rgos judiciais;

    (xvi) quantidade de sesses de conciliao realizadas em

    determinado perodo por conciliador cadastrado;

    (xvii) quantidade de sesses de mediao realizadas em

    determinado perodo por mediador cadastrado;

    (xviii) quantidade de acordos obtidos em sesses de conciliao

    realizadas em determinado perodo por conciliador cadastrado;

    (xix) quantidade de acordos obtidos em sesses de mediao

    realizadas em determinado perodo por mediador cadastrado

    (xx) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    conciliao realizadas em determinado perodo por conciliador;

    (xxi) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    mediao realizadas em determinado perodo por mediador;

    3) Em relao ao setor processual

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    27/37

    onselho Nacional de Justia

    (i) quantidade de sesses de conciliao designadas em

    determinado perodo;

    (ii) quantidade de sesses de mediao designadas em

    determinado perodo;

    (iii) quantidade de sesses de conciliao realizadas em

    determinado perodo;

    (iv) quantidade de sesses de mediao realizadas em

    determinado perodo;

    (v) quantidade de acordos obtidos em sesses de conciliao

    realizadas em determinado perodo;

    (vi) quantidade de acordos obtidos em sesses de mediao

    realizadas em determinado perodo;

    (vii) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    conciliao realizadas em determinado perodo;

    (viii) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    mediao realizadas em determinado perodo;

    (ix) quantidade de audincias prejudicadas pela ausncia do

    autor;

    (x) quantidade de audincias prejudicadas pela ausncia do ru;

    (xi) quantidade de audincias prejudicadas pela ausncia de

    ambas as partes;

    (xii) perodo de tempo entre o encaminhamento do processo ao

    CENTRO e a data designada para a audincia de conciliao;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    28/37

    onselho Nacional de Justia

    (xiii) perodo de tempo entre o encaminhamento do processo ao

    CENTRO e a data designada para a sesso de mediao;

    (xiv) quantidade de sesses de conciliao realizadas em

    determinado perodo por conciliador cadastrado;

    (xv) quantidade de sesses de mediao realizadas em

    determinado perodo por mediador cadastrado;

    (xvi) quantidade de acordos obtidos em sesses de conciliao

    realizadas em determinado perodo por conciliador cadastrado;

    (xvii) quantidade de acordos obtidos em sesses de mediao

    realizadas em determinado perodo por mediador cadastrado;

    (xviii) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    conciliao realizadas em determinado perodo por conciliador;

    (xix) percentual de acordos obtidos em relao s sesses de

    mediao realizadas em determinado perodo por mediador;

    4) Em relao ao setor de cidadania

    (i) quantidade de atendimentos prestados em determinado

    perodo;

    (ii) quantidade de orientaes jurdicas prestadas em determinado

    perodo;

    5) Em relao aos participantes

    (i) identificao dos reclamantes, reclamados e partes, com

    qualificao completa e CPF ou CNPJ;

    (ii) 100 (cem) maiores reclamantes, reclamados, autores e rus,

    com os respectivos CPFs e CNPJs em determinado perodo;

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    29/37

    Pode r Judicirio

    EMENDAN91 DE

    d

    DE

    TIKNJzlR

    DE2 13

    Alteraos arts. 1o 2, 6o 7, 8

    9o

    10,12, 13,15,

    16, 18 e os Anexos I,

    II

    e IV da

    Resoluo

    n 125, de 29 de novembro de 2010.

    O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA no

    uso de suas atribuies

    constitucionais

    e

    regimentais,

    CONSIDERANDO a deciso plenria tomada na 161a Sesso

    Ordinria, realizada

    em

    11 de

    dezembro

    de 2012, nos autos

    do procedimento

    de

    ton 0004616-28.2012.2.00.0000;

    CONSIDERANDO competir

    ao

    Conselho Nacional

    de

    Justia o

    controle

    da atuao administrativa e financeira

    do

    Poder Judicirio,

    bem como

    zelar pela observncia do art. 37 da Constituio Federal;

    CONSIDER NDO

    que

    a eficincia operacional, o acesso ao

    sistema

    de Justia

    e a responsabilidade social

    so

    objetivos

    estratgicos

    do

    Poder Judicirio, nos termos da Resoluo n 70/CNJ, de 18 de maro de

    2009;

    CONSIDERANDO

    que o direito

    de acesso

    Justia

    previsto no

    art. 5o

    XXXV

    da Constituio Federal, alm da vertente formal perante os

    rgos

    judicirios, implica acesso ordem jurdica justa;

    CONSIDER NDO

    caber

    ao

    Poder Judicirio estabelecer poltic

    pblica de tratamento

    adequado

    aos problemas jur dicos e aos conflitos de

    interesses, que ocorrem em larga e

    crescente

    escala na

    sociedade, de

    forma

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    30/37

    Poder Judicirio

    organizar,

    em

    mbito nacional, os servios

    prestados nos processos

    judiciais,

    bem como

    incentivar

    sua soluo

    mediante outros mecanismos, em

    especial os

    consensuais,

    como a

    mediao

    e a conciliao;

    CONSIDERANDO que a conciliao e a

    mediao

    so

    instrumentos efetivos

    de

    pacificao social,

    soluo

    e

    preveno de

    litgios, e

    que

    os

    programas

    j

    implementados

    no

    pas tm

    reduzido

    a judicializao

    dos

    conflitos de interesses, a quantidade

    de

    recursos e de

    execuo de sentenas;

    CONSIDERANDO que a organizao dos servios

    de

    conciliao,

    mediao,

    pr ticas autocompos tivas

    inominadas

    e outros mtodos

    consensuais de soluo de conflitos

    devem

    servir de princpio e base para a

    criao

    de

    Juzos

    de

    resoluo consensual de conflitos, verdadeiros rgos

    judiciais

    especializados na matria;

    CONSIDER NDO o disposto na Resoluo n

    2002/12

    do

    Conselho

    Econmico e Social da

    Organizao

    das Naes Unidas, que

    estabelece

    princpios bsicos de Justia Restaurativa;

    RESOLVE:

    Art. 1o Os arts. 1o

    2o

    6o 7o 8o, 9o, 10, 12, 13, 15, 16, 18 e os

    Anexos I e da Resoluo n 125, de 29 de novembro de 2010, passam a

    vigorar

    com

    a

    seguinte

    redao:

    Art.

    1o

    Fica instituda

    a

    Poltica Judiciria Nacional de t r at amento dos conflitos

    de

    interesses, tendente

    a assegurar a todos o direito soluo dos conflitos

    por meios

    adequados

    sua

    natureza e

    peculiaridade.

    Pargrafo nico. Aos

    rgos

    judicirios incumbe

    o fe rece r mecan ismos de

    solues

    de

    controvrs ias, em

    especial o s ch amados meios consensuais.

    como

    a mediao e a conciliao bem assim prestar

    atendimento

    e

    orientao ao cidado. Nas hipteses em que este atendimento de cidadaniaj

    no

    for

    imediatamente

    implantado,

    esses

    servios

    devem

    ser

    gradativamente

    ofertados

    no

    prazo de

    12 doze)

    meses.

    Art. 2o Na implementao da poltica Judiciria Nacional, com vista boa

    2/

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    31/37

    Pode r Judicirio

    i cvzJ n? ^>/actb?z

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    32/37

    P o d e r Judicirio

    0nd06n0 ^racmtfae

    Zeg

    concentraro a realizao das

    sesses

    de conciliao e mediao que

    estejam

    a cargo

    de

    conciliadores e mediadores,

    dos

    rgos por eles

    abrangidos;

    V - incentivar ou

    promover

    capacitao, t re inamento e atualizao

    permanente

    de

    magistrados,

    servidores,

    conciliadores e mediadores

    nos

    mtodos

    consensuais de

    soluo

    de conflitos;

    VI - propor ao Tribunal a real izao de

    convnios

    e parcerias com entes

    pblicos e

    privados

    para atender

    aos

    fins desta Resoluo.

    1o

    A criao dos Ncleos e sua composio devero se r informadas ao

    Conselho Nacional de Justia.

    2o Os Ncleos podero estimular programas

    de

    mediao comunitria,

    desde que esses

    centros comunitrios

    no

    se

    confundam

    com

    os

    Centros de

    conciliao e

    mediao

    judicial, previstos no Captulo

    III Seo II.

    3o Nos termos do art. 73

    da

    Lei n 9.099/95 e dos arts.

    112

    e

    116 da

    Lei n

    8.069/90, os Ncleos

    podero

    centralizar e estimular

    programas de mediao

    penal ou qualquer outro processo restaurativo, desde que

    respeitados

    os

    princpios

    bsicos

    e processos restaurativos previstos na Resoluo n

    2002/12 do

    Conselho

    Econmico e Social

    da Organizao

    das

    Naes

    Unidas e a participao do titular

    da ao penal

    em

    todos

    os atos.

    4o Na hiptese de concil iadores e

    mediadores

    que atuem em seus servios,

    os

    Tribunais devero criar e manter cadastro, de forma a regulamentar o

    processo de

    inscrio

    e de desligamento desses facilitadores.

    Art. 8o

    Para a tender ao s

    Ju zo s, Jui zados ou Varas

    com

    competncia

    na s

    reas

    cvel, fazendria, previdenciria,

    de

    famlia ou

    dos Juizados Especiais

    Cveis, Criminais e Fazendrios,

    os Tribunais

    devero

    criar os

    Centros

    Judicirios de Soluo de Conflitos e Cidadania Centros ), unidades do

    Poder Judicirio, preferencialmente, responsveis pe la

    realizao

    das

    sesses

    e audincias de conciliao e

    mediao que estejam

    a

    cargo de

    conciliadores e mediadores,

    bem

    como pelo

    atendimento

    e

    orientao

    ao

    c idado

    1o As

    sesses de

    conciliao e

    mediao

    pr-processuais devero

    ser

    realizadas nos Centros, podendo, excepcionalmente, serem

    realizadas nos

    prprios Juzos, Juizados ou

    Varas

    designadas, desde que o sejam por

    conciliadores e mediadores cadastrados pelo Tribunal inciso

    VI

    do art.

    7o

    e

    supervisionados pelo Juiz Coordenador do Centro art.

    9o .

    2o Os Centros podero ser instalados nos locais

    onde

    exista mais de uma

    unidade jurisdicional com pelo menos uma das competncias referidas no

    caput e, obrigatoriamente,

    sero

    insta lados a partir de 5 cinco) unidades

    jurisdicionais.

    3o Nas

    Comarcas

    das Capitais

    dos Estados

    e nas

    sedes

    das

    Sees

    e

    Regies Judicir ias , bem

    como

    nas

    Comarcas

    do interior, Subsees e

    Regies

    Judicirias de

    maior movimento

    forense,

    o

    prazo para

    a instalao

    dos

    Centros ser

    de

    4 quatro) meses a contar

    do

    incio

    de

    vigncia des

    Resoluo.

    4o Nas demais Comarcas, Subsees e Regies Judicirias, o prazo pafa a

    instalao

    dos Cen tros ser de

    12 doze) meses a

    contar

    do incio de

    vigncia

    deste

    ato.

    5oOs Tribunais

    podero,

    excepcionalmente,

    estender os

    servios do Centr

    a

    unidades

    ou rgos situados em locais diversos, desde que prximo

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    33/37

    P oder

    Judic ir io

    6?ze

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    34/37

    P oder Judicirio

    c-?ze'6n

    t^Srace m cde eeg

    mediadores

    e conciliadores devero

    observar

    o contedo programatico, com

    nmero

    de exercc ios simulados e

    carga

    horria mnimos

    estabelecidos

    pelo

    CNJ Anexo

    e

    devero se r seguidos

    necessariamente

    de estgio

    supervisionado.

    4o Os mediadores, conciliadores e

    demais

    facilitadores do

    entendimento

    entre

    as partes

    ficaro sujeitos

    ao

    cdigo

    de

    tica

    estabelecido pelo Conselho

    Anexo II).

    Art. 13.

    O s

    Tribunais devero

    criar

    e manter banco de dados sobre a s

    atividades de cada

    Centro,

    com as informaes

    constantes

    do Portal da

    Conciliao.

    [...]

    Art. 15. Fica cr iado o Portal da Conciliao, a ser disponibilizado no stio do

    CNJ na rede mundial de

    computadores,

    com as seguintes funcionalidades,

    e n t re o u tr a s:

    I -

    publicao

    das diretrizes

    da capacitao de conciliadores

    e

    mediadores

    e

    de

    seu cdigo

    de tica;

    - relatrio

    gerencial

    do programa, por Tribunal, detalhado por unidade

    judicial e por Centro;

    III - compartilhamento de boas

    prticas, projetos,

    aes,

    artigos,

    pesquisas e

    outros estudos;

    IV - frum permanente de discusso, facultada a participao da sociedade

    civil;

    V - divulgao de notcias relacionadas

    ao

    tema;

    VI - relatrios

    de atividades da

    Semana

    da

    Conciliao .

    Pargrafo nico. A implementao do Portal ser gradativa, observadas

    as

    possibilidades

    tcnicas, so b a responsabilidade do CNJ.

    Art. 16. O disposto na presente Resoluo no prejudica a continuidade de

    programas similares j em funcionamento, cabendo aos Tribunais,

    se

    necessrio,

    adapt-los aos termos

    deste

    ato.

    Pargrafo nico. Em relao aos Ncleos e Centros, os

    Tribunais

    podero

    utilizar siglas e denominaes distintas

    das

    referidas

    nesta

    Resoluo,

    desde

    que mantidas

    as

    suas atribuies previstas no Captulo III.

    [...]

    Art. 18. Os Anexos integram esta Resoluo e

    possuem carter

    vinculante.

    ANEXO

    I

    DOS URSOS DE P IT O E PERFEIO MENTO

    Considerando que

    a poltica pblica

    de

    formao

    de

    instrutores em

    mediao

    e

    conciliao

    do Conselho Nacional de Justia tem destacado entre seus

    princpios informadores a qualidade dos servios

    como

    garantia

    de acesso

    a

    uma ordem jurdica justa, desenvolveu-se inicialmente contedo programatico

    mnimo a

    ser

    seguido pelos Tribunais nos cursos de capacitao de

    serventurios

    da

    justia, conciliadores e mediadores.

    Todavia, constatou/se

    que

    os

    referidos

    contedos

    programticos

    estavam sendo

    implantados

    sem

    os

    exerccios

    simulados e estgios

    supervisionados

    necessrios formao

    d e m e d ia d or es

    e concil iadores .

    Para

    esse

    fim mostrou-se

    necessrio

    alterar o

    contedo

    programatico

    para

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    35/37

    P oder Judic ir io

    0 7i

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    36/37

    ff.* fc

    Poder Judicirio

    vu) 6n

  • 7/23/2019 Anexo 01 - Resolucao 125-2010 CNJ

    37/37

    P oder

    Judic ir io

    (hevzde n?'

    ^lacwztzcde

    jfagtz

    Art.

    7o O conciliador ou mediador fica absolutamente impedido de prestar

    servios profissionais, de qualquer natureza, aos envolvidos em processo de

    conciliao/mediao

    so b

    sua

    conduo.

    Art. 8o O descumprimento dos princpios e regras estabelecidos neste Cdigo,

    bem

    como a condenao definitiva em processo criminal, resultar na

    excluso do conciliador/mediador

    do

    respectivo

    cadastro

    e no impedimento

    para

    atuar

    nesta

    funo

    em qualquer

    outro

    rgo do Poder Judicirio

    nac iona l

    Pargrafo

    nico -

    Qualquer pessoa que

    venha a

    ter conhecimento de conduta

    inadequada por parte

    do

    conciliador/mediador poder representar ao Juiz

    Coordenador

    a fim

    de

    que sejam

    adotadas

    as

    providncias cabveis.

    Art.

    2oFicam revogados os Anexos e IV

    da

    Resoluo n 125, de

    2 9 d e

    novembro

    d e 2 1

    Art. 3o Publique-se e d-se cincia aos Tribunais.

    Ministro J