anestésicos locais

56
ANESTÉSICOS LOCAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Alberto Vieira Pantoja Alberto Vieira Pantoja HUAP/UFF HUAP/UFF HUGG/UNI-RIO HUGG/UNI-RIO HERF/SES HERF/SES [email protected] [email protected]

Upload: avpantoja1

Post on 25-Jun-2015

24.506 views

Category:

Health & Medicine


15 download

TRANSCRIPT

Page 1: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAISAlberto Vieira PantojaAlberto Vieira Pantoja

HUAP/UFFHUAP/UFFHUGG/UNI-RIOHUGG/UNI-RIO

HERF/SESHERF/[email protected]@terra.com.br

Page 2: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISINTRODUÇÃO

• São moléculas capazes de bloquear a geração, propagação e oscilações dos impulsos elétricos em tecidos elétricamente excitáveis.

• Atuam principalmente sobre o canal de sódio.• Além de atuarem pelo bloqueio dos canais de

Na também exercem seus efeitos através do bloqueio decremental, bloqueio parcial das informaçoes carreadas por oscilações elétricas e através da interação com outros neurotransmissores como o GABA.

• Possuem efeitos anti-inflamatórios, antibióticos, antifúngicos e antivirais.

Page 3: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISCLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS

CLASSIFICAÇÃO DIAMETRO MIELINA CONDUÇÃO LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO

A-alfaA-beta

6-22 + 30-120 Aferente e eferente para músculos e articulações

Motora e propriocepção

A-gama 3-6 + 15-35 Eferente ao fuso muscular

Tônus muscular

A-delta 1-4 + 5-25 Nervo sensorial aferente

DorToque Temperatura

B <3 + 3-15 Simpática pré-ganglionar

Autonômico

C 0,3-1,3 - 0,7-1,3 Simpático pós-ganglionarNervo aferente sensorial

AutonômicoDortemperatura

Page 4: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISELETROFISIOLOGIA: A PROPAGAÇÃO DO

ESTÍMULO NERVOSO

Page 5: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISNÓDULO DE RANVIER

Page 6: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISELETROFISIOLOGIA: A PROPAGAÇÃO DO

ESTÍMULO NERVOSO

AUMENTO DA PERMEABILIDADE AO Na

CORRENTE DE ENTRADA DE Na

DESPOLARIZAÇÃO

REDUÇÃO DO GRADIENTE DE Na

INATIVAÇÃO DOSCANAIS DE Na

EFLUXO DE K

Page 7: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISELETROFISIOLOGIA: O EFEITO DO

ANESTÉSICO LOCAL

Page 8: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISMECANISMOS DE AÇÃO

Page 9: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISESTRUTURA

Page 10: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO

Page 11: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISHISTÓRICO

Page 12: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISESTRUTURA E FUNÇÃO

Page 13: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISESTRUTURA E FUNÇÃO

Page 14: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISESTEREOISOMERISMO

Page 15: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFARMACOCINÉTICA

• Absorção• Distribuição• Biotransformação e excreção• Alterações farmacocinéticas devido ao

estado do paciente– Idade– Insuficiência hepática– ICC

Page 16: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFARMACOCINÉTICA

Page 17: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFARMACOCINÉTICA

Page 18: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISPROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS

ANESTÉSICO pKa % IONIZADO (EM pH=7.4)

COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE

LIGAÇÃO PROTEICA

AMIDAS

BUPIVACAÍNA 8,1 83 3420 95

ETIDOCAINA 7,7 66 7317 94

LIDOCAÍNA 7,9 76 366 64

MEPIVACAÍNA 7,6 61 130 77

PRILOCAÍNA 7,9 76 129 55

ROPIVACAÍNA 8,1 83 775 94

ESTERES

CLORPROCAÍNA 8,7 95 810 -

PROCAÍNA 8,9 97 100 6

TETRACAÍNA 8,5 93 5822 94

Page 19: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DECREMENTAL

Page 20: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DECREMENTAL

Page 21: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL

Page 22: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISANATOMIA DO NERVO

Page 23: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL

Page 24: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL

Page 25: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL

Page 26: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL

Page 27: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 28: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 29: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 30: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 31: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 32: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 33: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 34: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO

Page 35: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISASPECTOS CLÍNICOS

• Falhas de bloqueio• Situações especiais:

– Bloqueio epidural– Anestesia regional intravenosa

Page 36: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE DOS

ANESTÉSICOS LOCAIS

• Dose• Adição de vasoconstritores• Sitio de injeção• Bicarbonato• Mistura de anestésicos• Gravidez

Page 37: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE DOS

ANESTÉSICOS LOCAIS: adição de adrenalina

DROGA AUMENTO DA DURAÇÃO

REDUÇÃO DOS NÍVEIS SANGÜÍNEOS

DOSE/CONCENTRAÇÃO DE ADRENALINA

BUPIVACAÍNA +- 10-20 1:200000

LIDACAÍNA ++ 20-30 1:200000

MEPIVACAÍNA ++ 20-30 1:200000

ROPIVACAÍNA -- 0 1:200000

Page 38: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISFATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE DOS

ANESTÉSICOS LOCAIS

Page 39: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC

• Sua capacidade de gerar convulsões é paralela a sua potência.

• A toxicidade do AL pode ser aumentada por acidose, hipercarbia e hiperóxia

• A pré-medicação com banzodiazepínicos é protetora

• A atividade epileptiforme é desencadeada a níveis sub-corticais, principalmente no sistema límbico.

• A adiçõa de vasoonstritor ao AL é responsável pelo aumento na sensibilidade do SNC aos anestésicos locais

Page 40: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC

• É uma complicação rara ocorrendo em 1/10000 anestesias epidurais e 7/10000 bloqeuios periféricos.

• Ainda assim a anestesia epidural (principalmente obstétrica) responde por todos os casos de morte ou dano cerebral por injeção intravascular acidental em análise por acusações de má prática nos EUA no período de 1980 a 1999.

Page 41: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC

Page 42: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC

Page 43: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC – prevenindo convulsões

• Limitar a dose total de AL e lentificar a absorção da droga

• Ficar atento aos eventos premonitórios.

• Hiperventilar e suplementar oxigênio• Pré-medicação com

benzodiazepínicos

Page 44: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC

Page 45: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: SNC – tratando convulsões

• As convulsões são em geral de curta duração.• Prevenir lesões físicas decorrentes da convulsão.• Iniciar oxigenação. Solicitar ao paciente que respire

fundo. Se necessário ventilar.• Elevar pernas e baixar a cabeça para sobrepujar a

depressão cardiovascular decorrente do AL e aumentar a perfusão cerebral

• Tiopental 50 a 100 mg IV. Resistir a tentação de usar muito e muito rápido. Melhor seria titular um benzodiazepínico mg por mg.

• Se a convulsão interfere com a manutenção da ventilação, utilizar BNM. Também devem ser utilizados nas convulsões recorrentes que resistem aos benzodiazepínicos e aos barbitúricos.

Page 46: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

• Os anestésicos muito lipossolúveis parecem ter maior cardiotoxicidade, e uma relação entre toxicidade do SNC :SCV muito pequena.

• A estereoseletividade parece ter papel fundamental na diferença de comportamento entre bupivacaína, levobupivacaína e ropivacaína.

• A toxicidade parece ser mediada pelo SNC e localmente no coração.– No SNC: reduz a atividade do núcleo do trato solitário e a

injeção direta de bupivacaína no produz arritmia e PCR– A inibição do SNS parece ter relevância.– A bupivacaína parece ter atividade vasodilatadora.– No SCV lentificam a condução do elétrica do coração e

pode haver interferência com o canal de cálcio

Page 47: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

Page 48: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

Page 49: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

Page 50: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

Page 51: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR

Page 52: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR-prevenção

• Limitar a dose total e lentificar sua absorção.

• Evitar bupivacaína.• Manter ventilação e oxigenação.• Bloquedores do canal de cálcio fornecem

proteção.• Midazolam aumenta o limiar para a

cardiotoxicidade e diminui sua letalidade• Evitar associação de adrenalina e AL

Page 53: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR-gestante

Page 54: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR-gestante

• Um fator endógeno digoxina-like parece estar envolvido.

• A progesterona também parece aumentar a depressão da condução elétrica da bupivacaína.

• Há redução nas proteínas plasmáticas.• Os tecidos nervosos parecem ser mais

facilmente bloqueados.• A ropivacaína não parece apresentar maior

risco de toxicidade para as gestantes

Page 55: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISTOXICIDADE: CARDIOVASCULAR-

tratamento

• Suporte avançado de vida• Emulsão lipídica• Circulação extra-corpórea

Page 56: AnestéSicos Locais

ANESTÉSICOS LOCAISBIBLIOGRAFIA

1. Clinical Anesthesia, Barash, Paul G.; Cullen, Bruce F.; Stoelting, Robert K., Lippincott Williams & Wilkins, 5th Edition.

2. Local anesthetics, de Jong, Rudolph H., Mosby, 2004

3. Pharmacology and physiology in anesthetic pratice, Stoelting, Robert K., LWW, 4th edition

4. Miller’s anesthesia, Miller, Ronald D., Elsevier, 6th edition.