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ANESTÉSICOS LOCAIS
Guilherme Martins RA 033124Virgínio Rubin RA
Felipe Nacimento RAFilipe Caparica RA
CONCEITO
Substâncias que, em concentrações apropriadas bloqueiam, de forma totalmente reversível, a geração e propagação de impulsos elétricos em tecidos excitáveis.
Agem em qualquer parte do SNC e em todo tipo de fibra – tanto bloqueio sensitivo, quanto motor
UM POUCO DE HISTÓRIA...
1860Albert Niemman
descobre propriedades
anestésicas da cocaína
1884Koller emprega a
cocaína para obter anestesia tópica do
olho
1885Hasltead utiliza
cocaína em bloqueio periférico
1898Bier utiliza cocaína
por via subaracnóidea
1905Cria-se a procaína – 1º anestésico local
sintético
1944Loefgren
sintetiza a lidocaína
1996Síntese da Ropivacaína
2000Síntese da Levobupivacaína
ESTRUTURA QUÍMICA Possuem uma estrutura molecular básica (exceto
cocaína): Anel aromático hidrofóbico unido a uma amida terciária
hidrofílica por uma cadeia intermediáriaPorção lipofílica
constituída de um resíduo
aromático insaturado
que pode ser o acido P-
aminobenzóico ou a anilina
Usualmente um resíduo
alcoólico com dois átomos de carbono
Porção hidrofilica composta
pela amina
terciária (aceptora
de prótons, faz com que se
comportem como bases fracas)
Ligação entre a cadeia intermediária e o grupo aromático pode ser do tipo ésterou do tipo amida
CASSIFICAÇÃO QUÍMICA
O tipo de ligação entre a cadeia intermediária e o grupo aromático permite classificar os anestésicos locais em:
1. Amino-ésteres
2. Amino-amidas
Diferente biotransformação e potencial alergênico
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Determinam as propriedades dos anestésicos locais:
Potência Ínicio de ação Duração da ação
Importante: a estrutura química do anestésico local esta estritamente relacionada com a sua função, portanto, modificações na sua estrutura química acarretam em alterações dos efeitos farmacológicos dessas substâncias
Peso molecular:
Relevante na movimentação dos anestésicos locais através dos canais de sódio da membrana nervosa
Fator preponderante no grau de permeabilidade através da dura-máter
Influencia a taxa de dissociação dos anestésicos locais de seus sítios receptores
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Lipossolubilidade:
Principal determinante da potência anestésica intrínseca
Aumenta a toxicidade (menor margem de segurança para os agentes mais lipossolúveis)
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Grau de ionização (pKa):
Primeiro determinante do início de bloqueio de condução (início da ação esta diretamente ligado à proporção do composto que existe na forma eletricamente neutra)
Lidocaína, mepivacaína, etidocaína Início de ação rápido
Peocaína, tetracaína Latência mais longa
Bupivacaína Posição intermediária
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Afinidade protéica:
A duração da anestesia esta primariamente relacionada ao grau de afinidade protéica dos anestésicos locais
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
MECANISMO DE AÇÃO Anestésicos locais inibem a condução dos
nervos periféricos, basicamente, por um decréscimo na permeabilidade ao sódio que impede a despolarização da membrana, sendo este o primeiro evento do processo de excitação-condução no tecido nervoso
Exercem seu principal efeito sobre a condutância do sódio
Muitas teorias e algumas evidências
Hipótese mais plausível: AL interagem com receptores de membrana celular que regulam os canais responsáveis pela condutância do sódio
Outras hipóteses:1. A fração lipossolúvel de AL expande a membrana celular
interferindo com a condutância ao sódio2. AL alteram a carga de superfície da membrana impedindo a
propagação do potencial de ação3. AL deslocam o cálcio de locais que controlam a condutância ao
sódio
MECANISMO DE AÇÃO
As formas ionizadas e não-ionizadas estão envolvidas na atividade farmacológica
MECANISMO DE AÇÃO
A base, lipossolúvel, difunde-se através da membrana celular, enquanto a forma carregada atua bloqueando o canal de sódio
CEM: concentração efetiva mínima de AL necessária para o bloqueio da condução dos impulsos nervosos Varia com o diâmetro das fibras, pH, e freqüência
da estimulação nervosa A CEM para as fibras motoras é duas vezes maior
que a das fibras sensitivas (anestesia sensitiva vem antes da motora)
OBS: Fibras pequenas sensações térmicas e dolorosas Fibras grossas informação postural, tátil, pressão
e motora
MECANISMO DE AÇÃO
Nervos periféricos são formados por fibras mielinizadas A e B, e não-mielinizadas C Uma superfície mínima da fibra mielinizada
precisa ser exposta a uma concentração adequada de AL para que o bloqueio da condução ocorra (três nódulos de Ranvier sucessivos)
Ausência de barreiras de difusão nas fibras C permite que os AL alcancem os sítios receptores na membrana das fibras C causando anestesia sensorial
MECANISMO DE AÇÃO
Maior pH, mais lipofílico, ocorrendo predomínio da forma molecular que atravessa a membrana neuronal aumentando a atividade anestésica na presença desse pH. Já na inflamação o pH do meio é ácido, ocorrendo menor atividade anestésica
Freqüência: quanto maior a freqüência da estimulação nervosa, maior será o bloqueio Bloqueio tônico (baixa freqüência) Bloqueio fásico (freqüência mais alta)
MECANISMO DE AÇÃO
VASOCONSTRITORES Retarda a absorção da droga e aumenta a
duração da atividade anestésica de agentes de curta ou média duração no local da aplicação
Obs: pesar o seu uso em extremidades com pouca circulação colateral