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CADERNO DE APOIO TEÓRICO PARA EDUCAÇÃO FÍSICA PROF. TIAGO CARNEIRO PROF. ALEXANDRA CARNEIRO

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Page 1: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

C A D E R N O D E A P O I O T E Ó R I C O P A R A E D U C A Ç Ã O F Í S I C A

P R O F . T I A G O C A R N E I R O

P R O F . A L E X A N D R A C A R N E I R O

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EDUCAÇÃO FÍSICA

História e Evolução do AndebolHistória e Evolução do Andebol

Nem sempre é fácil determinar com precisão a origem dos vários desportos que hoje

em dia atraem muitos praticantes e espectadores. Este é o caso do Andebol, considerado um

dos desportos mais jovens, se bem que tenha as suas origens na mais remota antiguidade.

Em Atenas um magnífico baixo-relevo que deve datar de 600 A. C. durante a Idade

Média, os jogos de bola com a mão eram praticados principalmente nas cortes e foram

baptizados pelos trovadores como «os primeiros Jogos de Verão».

Nos finais do século dezanove, em 1890, o professor de ginástica Konrad Kech criou

um jogo com características muito semelhante às do Andebol.

Na Bélgica, no curso normal provincial de Educação Física da província de Liège, em

1913, o professor Lucien Dehoux apresentou o Andebol das três casas, que depressa se

expandiu chegando, entre 1915 e 1918, a organizar-se campeonatos.

Em plena guerra, em 1917, apareceu na Alemanha um novo jogo de equipa, o

Andebol, imaginado pelo professor de Ginástica Feminina Wasc Heiser, que jogava com as

duas alunas nas principais avenidas de Berlim. Todavia, qualquer destes jogos não conseguiu

impor-se e o Andebol, como desporto devidamente codificado, só apareceu após a I Guerra

Mundial.

Na antiga Grécia praticava-se um jogo de bola na mão, conhecido por jogo da Ucrânia,

que Homero descreve na Odisseia e do qual foi descoberto em 1926.

Na Checoslováquia, praticava-se já há muito um jogo popular e parecido como

Andebol, o azena, nome pelo qual este desporto ainda é conhecido naquele país.

Também muito antes de ser divulgado o Andebol, em Portugal, existia na cidade do

Porto um jogo muito semelhante, conhecido por “malheiral”, nome que lhe adveio do facto do

seu criador ter sido o professor de Educação Física Porfírio Malheiro.

Correntemente, atribuiu-se a sua criação aos alemães Hirschmann e Carl Schelenz. No

entanto, o Uruguai reivindica para si a paternidade deste jogo, hoje tão popular em todo o

Mundo.

Teria sido o seu criador o professor de Educação Física António Valeta, criador aliás

de muitos outros jogos nacionais uruguaios e que pretendeu fazer com ele uma réplica do

futebol, tendo-lhe dado o nome de “balon”.

Pretendem os Uruguaios que foram alguns marinheiros alemães pertencentes a vários

navios, detidos no porto de Montevideu ao iniciarem-se as hospitalidades da I Guerra Mundial

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EDUCAÇÃO FÍSICA

e internados em campos de fixação, que, como praticantes entusiastas de educação física,

tomaram contacto com o balon e desde logo se entusiasmaram. Mais tarde, ao serem

repatriados, teriam difundido aquele jogo teria sido, Dr. Carl Schelenz o autor da compilação

da suas regras, o que deu origem à suposição que teriam sido os Alemães os criadores do

Andebol.

O grande incremento a nível do Andebol mundial deve-se ao aparecimento da variante

do Andebol de sete, em vez do Andebol de onze praticado originalmente. Esta variedade foi

criada nos países nórdicos (Suécia e a Dinamarca), onde, devido ao rigor dos Invernos, se

tornava impossível praticar este desporto nos campos ao ar livre, tendo este ser substituídos

por salas fechadas, o que obrigou à diminuição do número de jogadores em campo.

Esta modalidade veio despertar grande interesse, tendo-se disputado o I Campeonato

do Mundo em 1938, com a vitória da Alemanha. Porém, só a partir de 1954 as competições

internacionais de Andebol de sete passaram a ser disputadas com regularidade.

Em Portugal, o Andebol de onze começou a ser praticado na cidade do Porto, onde foi

introduzido nos finais de 1929 pelo desportista alemão Armando Tshopp. A primeira

apresentação oficial de um jogo de Andebol teve lugar em 31 de Janeiro de 1931, no Porto, e

ainda nesse ano foi formada a Associação de Andebol de Lisboa, seguida, em 1932, pela

Associação de Andebol do Porto.

O Andebol de sete foi introduzido em Portugal em 1949, por outro alemão, Henrique

Feist, residente no nosso país. O primeiro torneio oficial da nova modalidade foi organizado

por Feist na vila de Cascais no Verão de 1949.

A crescente popularidade do Andebol de sete, tanto no nosso país como

internacionalmente, levou à gradual extinção do Andebol de onze, que desde há alguns anos

deixou completamente de se praticar.

Datas Importantes

• 1928 – Fundação da Federação Internacional de Andebol Amador (FIHA).

• 1936 – O andebol foi modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos.

• 1946 – Dissolução da FIHA e criação da Federação Internacional de Andebol (IFH).

• 1949 – Introduzido o Andebol de 7 em Portugal pelo alemão Henrique Feist.

• 1972 – Primeira participação do andebol como modalidade olímpica nos Jogos

Olímpicos de Munique. Sagrou-se campeã masculina a equipa da Jugoslávia.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

História do Andebol em Portugal

O Andebol em Portugal foi introduzido por Armando Tshop. O entusiasmo criado no

Porto pela modalidade levou-o a publicar, em Novembro de 1929, as regras da modalidade no

já extinto jornal “Os Sports”. Ele foi o principal responsável e o verdadeiro “suporter” pelo

lançamento da modalidade no nosso país.

A 31 de Janeiro de 1931 dá-se a apresentação oficial do Andebol na cidade do Porto,

como número de abertura de um programa desportivo organizado pela Casa dos Jornalistas,

em que se defrontaram o Futebol Clube do Porto e “Os Sports”, empatando a zero. Neste

mesmo ano é criada a Associação de Andebol de Lisboa (A.A.L.), mais precisamente a 30 de

Novembro, sendo sócios fundadores o Atlético Clube Lisboense, ”Os Treze” e o Grupo

Desportivo da Academia de Lisboa.

No ano seguinte, em 1932, é fundada a Associação de Andebol do Porto (A.A.P.), sendo

sócios fundadores o clube Desportivo do Porto, Clube Fluvial Portuense, Clube Desportivo

Nun’ Alvares Pereira, Estrelas e Vigorosa Sport, Futebol Clube do Porto, Porto Atlético

Clube, Sport Clube do Porto, Sport Progresso, Sporting Clube Araújo e Vilanovense Futebol

Clube.

O Andebol de 11, pela sua beleza suplantava o Futebol, pela precisão dos seus passes e

pela força e localização dos remates à baliza. Abriu a rivalidade Porto – Lisboa e estes

encontros disputavam-se anualmente nas duas cidades. O seleccionador da equipa de Lisboa

era Acácio Rosa e o seleccionador do Porto era Alves Teixeira.

Numa visita a Lisboa, em 1937, o cruzador alemão Graft Spie e a sua equipa, (da qual

faziam parte vários jogadores de grande categoria), considerado na época o melhor jogador do

mundo, fez vários jogos com equipas de clubes lisboetas, onde se viu pela primeira vez o

aproveitamento dos três passos, o remate em corrida e a mudança de mão portadora da bola,

coisa que até então os nossos árbitros não permitiam por deficiente interpretação das regras.

Por acção conjunta das Associações de Lisboa, Porto e Coimbra, em Maio de 1938 é

fundada a Federação Portuguesa de Andebol (F.P.A.), surgiu como corolário de um primeiro

e decisivo arranque das referidas Associações, tornando realidade, a nível nacional, a

definitiva oficialização do nosso Andebol.

• 1990 - Portugal vence a 1º Taça Latina

• 1992 - Os juniores Portugueses sagram-se “CAMPEÕES DA EUROPA”.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

• 1993 - O 10º lugar no “Mundial” de Juniores; ABC finalista vencido da Taça dos

Campeões Europeus.

• 1994 - Portugal é o organizador do 1º Campeonato da Europa em Seniores, Suécia

vencedora, a Rússia obteve o 2º lugar.

• 1995 - Portugal 3º no Mundial de juniores, na Argentina.

Identificação do JogoIdentificação do Jogo

O Andebol é um jogo desportivo colectivo, praticado por duas equipas, cada uma

delas com 7 jogadores efectivos (1 guarda-redes e 6 jogadores de campo) e 5 suplentes, um

dos quais pode ser guarda-redes.

O Campo

O campo é rectangular, 40x20 m, delimitado por duas linhas laterais e duas de baliza.

A Bola

A bola é feita de couro ou de material sintético. Tem de ser esférica. A sua superfície

não deve ser brilhante ou escorregadia.

As medidas da bola - circunferência e peso - a ser utilizada pelas diferentes categorias de

equipas são as seguintes:

. 58-60 cm e 425-475 g (Tamanho 3 da IHF) para Equipas Seniores e Juniores

Masculinos (acima dos 16 anos);

. 54-56 cm e 325-375 g (Tamanho 2 da IHF) para Equipas Seniores e Juniores

Femininas (acima de 14 anos de idade ), e equipas de jovens masculinos (entre 12 - 16 anos);

. 50-52 cm e 290-330 g (Tamanho 1 da IHF) para equipas femininas jovens ( entre 8 -

14 anos) e equipas masculinas jovens (entre 8 - 12 anos).

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Objectivo do Jogo

O objectivo do jogo é marcar golo na baliza da equipa adversária e evitar que esta

marque na nossa baliza.

O golo acontece sempre que a bola ultrapasse totalmente a linha de baliza, entre os

postes e por baixo da barra.

Duração do Jogo e contagem do tempo de jogo

O tempo de jogo normal para todas as equipas com jogadores de idade superior a 16

anos (inclusive) é de 2 partes de 30 minutos cada. O intervalo entre ambas é normalmente de

10 minutos.

O tempo de jogo normal para as equipas mais jovens é 2 x 25 minutos para as idades

entre os 12 e os 16 anos e de 2 x 20 minutos para as idades entre os 8 e os 12 anos. Em ambos

os casos o intervalo entre as duas partes é normalmente de 10 minutos.

O prolongamento é jogado, após um intervalo de 5 minutos, caso o jogo se encontre

empatado até ao final do tempo regulamentar e seja imprescindível determinar um vencedor.

O período de prolongamento consiste em 2 partes de 5 minutos cada, com um minuto de

intervalo entre ambas.

Caso o jogo continue empatado após este período suplementar, deverá ser determinado

um segundo prolongamento, antecedido de um intervalo de 5 minutos. Este período

suplementar terá igualmente 2 partes de 5 minutos, com um minuto de intervalo entre ambas.

Caso o jogo continue empatado, o vencedor será determinado de acordo com as regras

particulares para a competição em curso. No caso da decisão de desempate ser através de

lançamentos de 7 metros, proceder-se-á como a seguir se indica:

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EDUCAÇÃO FÍSICA

O Tempo de Paragem (Time – Out)

Um tempo de paragem é obrigatório quando:

a) Exista uma exclusão de 2 minutos, desqualificação, ou expulsão;

b) É concedido tempo de paragem de equipa;

c) Há um sinal de apito do Cronometrista ou do Delegado Técnico;

d) Sejam necessárias consultas entre os árbitros.

Em princípio, os árbitros decidem quando se deve interromper o tempo de jogo e

quando deve ser novamente iniciada a contagem durante uma paragem de tempo de jogo.

A interrupção do tempo de jogo será indicada ao cronometrista através de três apitos

curtos e do sinal manual.

No entanto, no caso de existir uma paragem de tempo obrigatória, quando o jogo é

interrompido por um apito proveniente do cronometrista ou do delegado , o cronometro

oficial será parado em simultâneo, sem esperar qualquer sinal de confirmação por parte dos

árbitros.

O apito deve sempre soar para indicar o reinício do jogo após um tempo de paragem.

Resultado

Uma equipa vence o encontro quando, no final o tempo regulamentar, obteve o maior

número de golos. Também pode haver uma igualdade (empate) quando o numero de golos

obtido por ambas as equipas é igual ou quando nenhum foi marcado – zero a zero.

Constituição das Equipas

Uma equipa é constituída até um máximo de 14 jogadores. Somente 7 jogadores, no

máximo, poderão estar no terreno de jogo ao mesmo tempo. Os restantes jogadores são os

suplentes.

Durante todo o tempo de jogo, a equipa deverá ter um dos jogadores no terreno de

jogo designado como guarda-redes. Um jogador designado como guarda-redes poderá tornar-

se um jogador de campo a qualquer momento. De forma semelhante, um jogador de campo

pode tornar-se guarda-redes a qualquer momento.

Uma equipa tem de ter no mínimo 5 jogadores no terreno de jogo no inicio do jogo.

O jogo pode continuar, mesmo que uma equipa seja reduzida a menos que 5 jogadores

no terreno de jogo. Caberá aos árbitros decidir se e quando o jogo deve ser definitivamente

terminado

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Substituições

Não há limite para o número de substituições por jogo. O acto de substituição pode

acontecer com o jogo a decorrer, não sendo necessária a autorização prévia de qualquer

membro da equipa de arbitragem.

O jogador só pode entrar no terreno de jogo pela zona de substituição, situada até 4,5

metros de cada lado da linha lateral a partir da linha central. O jogador suplente só pode entrar

após a saída do jogador a substituir.

Uma substituição irregular será penalizada com uma exclusão de 2 minutos para o

jogador infractor. Se mais do que um jogador da mesma equipa efectuar uma substituição

irregular dentro da mesma situação, só o primeiro jogador que cometeu a infracção será

penalizado.

O jogo é reiniciado com um lançamento livre para o adversário

Regulamento do Jogo

Juízes

O jogo é dirigido por 2 árbitros, 1 árbitro central e 1 árbitro de baliza, ambos com os

mesmos direitos.

Início e Recomeço do Jogo

A posse da bola ou escolha do campo faz-se por sorteio do árbitro entre os dois

capitães de equipa. O início do jogo é dado após o apito do árbitro, com o jogador possuidor

da bola a pisar a linha de meio-campo. Cada equipa está situada no seu meio-campo, com o

jogador adversário mais próximo a uma distância mínima de 3 metros. Após o intervalo o

recomeço do jogo é efectuado pela equipa que não o fez no início do encontro.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Após um golo ter sido marcado, o jogo é retomado com um lançamento de saída executado

pela equipa que sofreu o golo.

O lançamento de saída é executado em qualquer direcção a partir do centro do

terreno de jogo. O jogador que executa o lançamento de saída deve estar com pelo menos um

pé em contacto com a linha central e o outro pé sobre ou atrás da linha.

Não é permitido aos companheiros de equipa do executante atravessar a linha central

antes do sinal de apito.

Para o lançamento de saída no começo de cada parte (inclusive qualquer período de

prolongamento), todos os jogadores devem estar dentro do seu próprio meio campo.

Porém, para o lançamento de saída depois de um golo ser marcado, é permitido aos

adversários do lançador estar em ambos os meios campos.

Em ambos os casos, porém, os adversários devem estar a pelo menos 3 metros do

jogador que executa o lançamento de saída.

Bola Fora / Reposição da Bola em Jogo

Quando a bola transpõe totalmente uma linha limite do terreno de jogo, é reposta em

jogo através de:

• Lançamento pela Linha Lateral – situação em que a bola sai pela linha lateral, sendo

a reposição feita no local por onde a bola saiu. No acto do lançamento, o jogador

deve colocar um dos pés sobre a linha lateral e o outro fora do terreno de jogo;

• Lançamento de Canto – situação em que a bola sai pela linha de baliza tendo sido

tocada pela última vez por um defensor, excepto o guarda-redes. O jogador que

efectua o lançamento deve ter um pé colocado no canto do lado mais próximo da

linha lateral por onde a bola saiu;

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EDUCAÇÃO FÍSICA

• Lançamento de Baliza – situação em que a bola sai pela linha de baliza, tendo sido

tocada pela última vez por um atacante ou guarda-redes adversário. A bola só pode

ser colocada em jogo pelo guarda-redes em qualquer parte da sua área de baliza,

não sendo necessário o apito do árbitro.

Faltas e Sanções

As acções consideradas faltas são sancionadas com lançamento livre. Para a marcação

destes lançamentos livres, o jogador adversário mais próximo tem de estar a uma distância

mínima de 3 metros. Se a falta ocorrer entra a linha dos 6 e dos 9 metros, a distancia de 3

metros continua a ser obrigatória, mas o lançamento livre é marcado fora da linha dos 9

metros, o mais próximo possível do local da falta.

Exemplo de Livre de 9 metros

Em qualquer caso, o lançamento é executado por um jogador que tem de ter

obrigatoriamente uma parte do pé em apoio. Este lançamento pode ser executado sem o apito

do árbitro, sendo possível rematar directamente á baliza e marcar golo.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Para punir uma falta sobre um jogador em situação clara de golo é assinalado lançamento

(livre) de 7 metros. Nesta falta é assinalada uma interrupção do tempo de jogo. Todos os

jogadores têm de estar atrás da linha dos 9 metros e o marcador do lançamento livre tem de

ter os apoios atrás da linha de 7 metros, não podendo mexer um dos apoios. O guarda-redes

pode colocar-se em qualquer local da área de baliza, desde que não ultrapasse a marca dos 4

metros. Após o apito do árbitro, o marcador tem 3 segundos para rematar directamente à

baliza.

Exemplo de Livre de 7 metros

Limitações

• Manter a posse de bola sem que haja intenção de rematar ou qualquer acção de

ataque – jogo passivo.

• Após a execução do lançamento de baliza, o guarda-redes não pode jogar

novamente a bola se esta não tiver sido tocada por qualquer outro jogador.

• Bola não pode ser tocada abaixo dos joelhos, excepto quando é lançada pelo

adversário.

• O jogador não pode lançar-se sobre a bola que se encontra a rolar ou parada no

solo.

Contacto com a Bola

A bola é jogada com as mãos, podendo ser lançada, batida, empurrada, parada com a

ajuda de qualquer parte do corpo acima dos joelhos (inclusive). Não é permitido ficar com a

bola na mão mais de 3 segundos consecutivos, mesmo que esta esteja parada no solo.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Passos

A cada jogador é permitido dar um máximo de 3 passos com a bola; um passo é

considerado dado quando:

a) Um jogador que está com ambos os pés no solo levanta um pé e o baixa novamente,

ou move um pé de um lado para o outro;

b) Um jogador só tem um pé assente no solo e, ao apanhar a bola, pousa o outro pé;

c) Um jogador, após um salto para apanhar a bola, só toca o solo com um pé, e salta

sobre o mesmo pé ou toca o solo com o outro pé;

d) Um jogador, após um salto para apanhar a bola, toca simultaneamente com ambos

os pés no solo, levanta um dos pés e volta a pousa-lo, ou muda um dos pés de um lado para o

outro.

Dribles

Não se pode efectuar dois dribles consecutivos, ou seja, driblar a bola, agarrá-la com

as duas mãos e voltar a driblar. Não se pode passar a bola de uma mão para a outra. Não se

pode driblar com as duas mãos em simultâneo.

Violação da área de baliza.

Só ao guarda-redes é permitido entrar na área de baliza. A área de baliza, que inclui a

linha de área de baliza, é considerada violada quando um jogador de campo a tocar com

qualquer parte do corpo.

Quando um jogador de campo viola a área de baliza, deverão ser tomadas as seguintes

decisões:

a) Lançamento de baliza, quando um jogador de campo da equipa em posse da bola

entra na área de baliza com a bola ou entra sem ela, obtendo vantagem ao fazê-lo;

b) Lançamento livre, quando um jogador de campo da equipa defensora entra na área

de baliza, conseguindo desta forma obter alguma vantagem, mas sem impedir uma clara

ocasião de golo;

c) Lançamento de 7 metros, quando um jogador da equipa que defende entra na área

de baliza e anula uma clara ocasião de golo.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

A entrada na área de baliza não é penalizada quando:

a) Um jogador entra na área de baliza depois de jogar a bola, sempre que isto não crie

uma desvantagem para os adversários;

b) Um jogador de qualquer das equipas entra na área de baliza sem a bola e não obtém

nenhuma vantagem;

Se um jogador jogar a bola para a sua própria área de baliza, as decisões deverão

ser as seguintes:

a) Golo, se a bola entrar na baliza;

b) Lançamento livre, caso a bola fique na área de baliza, ou se o guarda-redes tocar a

bola e esta não entrar na baliza

c) Lançamento de reposição em jogo, caso a bola saia pela linha de saída de baliza ;

d) O jogo continua, se a bola atravessar a área de baliza e voltar para a área de jogo,

sem ser tocada pelo guarda-redes.

Sanções

• Advertência: situação em que um jogador tem uma conduta antidesportiva ou

irregular (por exemplo, barrar o caminho do adversário com os braços).

Penalização – cartão amarelo e lançamento livre.

• Exclusão: situação em que um jogador comete, por exemplo, irregularidades

repetidas, substituição irregular, repetição de uma atitude antidesportiva, entre

outras. Penalização – lançamento livre e saída do jogador por um período de 2

minutos, não podendo ser substituído por nenhum colega.

• Desqualificação: situação em que um jogador acumula a terceira exclusão,

comete irregularidades grosseiras para com o adversário ou entra no terreno de

jogo sem autorização. Penalização – cartão vermelho e lançamento livre. O

jogador é desqualificado sai definitivamente do jogo e, por um período de 2

minutos, nenhum colega o pode substituir.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

• Expulsão: situação em que qualquer elemento da equipa comete uma agressão.

Penalização – lançamento livre, o jogador é expulso sai definitivamente do jogo e

a sua equipa joga o resto do jogo com menos um jogador.

A Lista de Sinais Manuais dos Árbitros:

1 - Violação da área de baliza

2 - Drible ilegal

3 - Passos, ou segurar a bola mais de 3 segundos

4 - Cinturar, agarrar, ou empurrar

5 - Bater no braço

6 - Falta do atacante

7 - Lançamento de Reposição em Jogo - Direcção

8 - Lançamento de baliza

9 - Lançamento livre - Direcção

10 - Respeito pela distância de 3 metros

11 - Jogo passivo

12 - Golo

13 - Advertência (Amarelo) – Desqualificação (Vermelho)

14 - Exclusão (2 Minutos)

15 - Expulsão

16 - Paragem de Tempo de Jogo

17 - Autorização para duas pessoas entrar ( que tenham “direito a participar” ) no terreno

de jogo durante o “tempo de paragem”.

18 - Sinal de advertência de Jogo Passivo

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Page 15: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

3. Passos (ou) mais de 3 segundos

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Page 16: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

11. Jogo passivo

15. Expulsão 16. Interrupção do tempo de jogo

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EDUCAÇÃO FÍSICA

TÁCTICA

A componente táctica do andebol pode ser dividida em 3 parâmetros e cada um deles

numa componente ofensiva e outra defensiva. Todos os parâmetros estão ordenados em

função do nível de jogo, no sentido do nível mais baixo para o nível mais elevado.

Intenções tácticas ofensivas

- Ocupação racional do espaço;

- Criação de linhas de passe;

- Fixar os defesas;

- Assegurar a continuidade do jogo;

- Criar superioridade numérica;

- Assegurar a amplitude ofensiva.

Intenções tácticas defensivas

- Enquadramento correcto;

- Intercepção;

- Impedir a progressão;

- Ajudar.

Meios tácticos de grupos ofensivos

- Passe e vai;

- Cruzamento.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 17

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Meios tácticos de grupo defensivos

- Ajuda;

- Bloco.

- Troca de marcação.

Apesar de existirem mais parâmetros tácticos, que se poderiam incluir, estes que acima

foram enunciados, são aqueles mais ajustados para o ensino do Andebol na escola.

Técnica

O Andebol é uma modalidade muito abrangente que envolve o domínio dos diversos

requisitos técnico-tácticos. No contexto escolar torna-se necessário seleccionar o essencial

desta modalidade que permita aos alunos atingir um nível de jogo consentâneo com a

realidade em que se insere. Não é um objectivo a formação de jogadores, mas antes ensinar os

conteúdos básicos.

A técnica assume-se com um suporte para a táctica, sendo o gesto que o atleta deve

realizar, em cada uma das acções individuais que têm influência no desenrolar do jogo. A

técnica dita as regras para a execução apropriada e racional dos gestos específicos, aceitando

sempre, e tendo em linha de conta a eficácia, a possibilidade de o jogador contribuir com algo

que possibilite a melhoria da sua execução. Nesta perspectiva, os aspectos técnicos serão

exercitados e contextualizados no jogo e não exercitados por si só.

Trata-se de efectuar o gesto de acordo com os padrões estabelecidos, sem rigidez

absoluta na sua execução, aproveitando sempre as características sócio-físicas do atleta, de

modo a conseguir um movimento mais espontâneo e natural. Assim, a técnica deve ser

entendida como um ponto de partida mais, do que um objectivo final, de modo a que o

aluno/atleta em formação de acordo com a sua evolução desenvolva outras capacidades tendo

como ponto de partida a técnica base.

Elementos técnicos ofensivos

- Atitude base

- Passes

- Recepção

- Remates em apoio e suspensão

- Mudanças de direcção

- Fintas

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 18

Page 19: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Elementos técnicos defensivos

- Marcação Individual

- Atitude base

- Deslocamentos

- Desarme no drible

- Controlo do adversário

- Bloco

- Fintas

Deslocamentos sem bola

Estes são classificados, de acordo com a orientação definida pela trajectória do

movimento:

- Frontais

- Laterais

- Recuo ou de acordo com a técnica de execução:

- A passo

- Em corrida

Ou ainda de acordo com a trajectória adoptada:

- Mudança de direcção

- Mudança de sentido

Deslocamentos com bola

Frontais, laterais e de recuo

Os deslocamentos com bola, estão à partida limitados pela imposição da regra dos apoios

(Max 3 passos sem drible) no entanto não deve ser esquecido o variado leque de opções

que esta regra permite.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 19

Page 20: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 20

Page 21: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Posição Base Defensiva

Componentes Críticas Erros mais comuns

Cabeça em posição normal;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

MI ligeiramente flectidos e afastados à

largura dos ombros, colocados de forma simétrica

ou assimétrica;

Pés completamente apoiados no solo;

MS semi-flectidos e bem afastados do corpo,

dirigidos para cima;

Palmas das mãos voltadas para a frente com

dedos bem abertos.

MI em extensão;

Tronco no alinhamento dos

MI;

Cotovelos caídos;

Posição Base Ofensiva

Componentes Críticas Erros mais comuns

Cabeça em posição normal;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

MI ligeiramente flectidos e afastados à

largura dos ombros, colocados em posição

assimétrica (perna contrária ao braço que tem a

bola, mais adiantada)

Pés completamente apoiados no solo, na

posição estática, ou apoios consecutivos no terço

anterior do pé na posição dinâmica;

MS semi-flectidos e ligeiramente afastados

do corpo, dirigidos para cima; com as mãos em

posição adequada para receber a bola.

MI em extensão;

Tronco no alinhamento dos

MI;

Cotovelos caídos;

Recepção da bola

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 21

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Voltar o corpo para o portador da bola;

Formar uma concha com as palmas das mãos

com os dedos bem afastados e descontraídos

e os polegares tocando-se;

Estender os braços ao encontro da bola;

Dedos abertos;

Mão firme;

Flectir os braços, ao contacto com a bola

amortecendo-a contra o peito.

Braços rígidos no momento de

contacto com a bola;

Mãos e dedos em extensão completa;

Não tem a totalidade do corpo orientado

para o passador;

Após a recepção, a bola não é

imediatamente protegida, isto é, levada

ao peito;

Não "ataca" a bola aguardando,

estaticamente, que esta lhe chegue as

mãos.

Pega da Bola

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 22

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Com uma mão

Mão sobre a bola formando uma

superfície ampla e côncava;

Dedos ligeiramente flectidos e afastados,

exceptuando o polegar que se encontra

em extensão completa de modo a

garantir uma eficaz pressão da bola.

Com duas mãos

Mão sobre a bola formando uma

superfície ampla e côncava;

Dedos ligeiramente flectidos e afastados,

devendo os polegares e indicadores

formar um “W”.

Com uma mão

Falta de pressão dos dedos sobre a bola

não a conseguindo agarrar;

Palma da mão totalmente voltada para

cima sustentando a bola.

Com duas mãos

Palmas das mãos a tocar na bola;

Dedos unidos e em extensão.

Os passes

Existindo uma enorme variedade de técnicas de passe, devem no entanto ser sempre

respeitados os seguintes princípios fundamentais:

- No momento do passe não olhar exclusivamente para o receptor. É conveniente que

se domine a capacidade de atenção repartida.

- Deve sempre realizar-se com a tensão adequada. A força do passe deve regular-se de

acordo com a distância até ao receptor, tendo sempre presente que a bola no ar é sempre

favorável ao defesa.

- Deve ser preciso, para que o receptor tome contacto com a bola no ponto ideal, de tal

modo que não lhe limite as acções posteriores à recepção.

- Cada atleta deve dominar o maior nº de técnicas de passe possível, de forma a

encontrar sempre as soluções adequadas em função dos movimentos dos adversários.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 23

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Passe de Ombro

Componentes Críticas Erros mais comuns

Pegar a bola com os dedos bem afastados;

Colocar o pé contrário à mão que tem a bola

ligeiramente mais à frente que o outro, para

dar mais equilíbrio;

“Armar” o braço (antebraço no

prolongamento do Ombro e o braço virado

para cima);

Enviar a bola com um movimento do braço

de trás para a frente;

Terminar o movimento com uma extensão do

braço e simultaneamente uma “chicotada”

da mão.

Com uma mão

Falta de pressão dos dedos sobre a bola

não a conseguindo agarrar;

Palma da mão totalmente voltada para

cima sustentando a bola.

Com duas mãos

Palmas das mãos a tocar na bola;

Dedos unidos e em extensão.

Passe picado

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 24

Page 25: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Pegar na bola com os dedos bem afastados;

Colocar o pé contrário à mão que tem a bola

ligeiramente mais à frente que o outro, para

dar mais equilíbrio;

“Armar” o braço (antebraço no

prolongamento do ombro e o braço virado

para cima);

Enviar a bola com um movimento do braço

de trás para a frente;

Dirigir a bola para o solo, através da flexão

do pulso, de forma que ela ressalte para o

colega.

Colocar o pé do mesmo lado do braço

portador da bola, mais adiantado;

Cotovelo demasiado próximo do tronco;

Deficiente pega da bola;

O corpo não está totalmente orientado

para o receptor;

Não flectir o pulso no momento do

passe.

Outros passes

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 25

Page 26: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

O Drible

Sendo este determinado por um conjunto variado de factores (Protecção, progressão,

velocidade, altura, etc.), devem no entanto ser sempre respeitados os seguintes princípios

fundamentais:

- Só deve ser utilizado quando a distância a percorrer é superior a três passos.

- Só deve ser utilizado, mediante a obrigatoriedade de jogar a bola, quando não se tem

um companheiro desmarcado a quem passar a bola

- Sempre que o jogador necessite de realizar algum ajuste momentâneo

- Deve ser dominado com as duas mãos,

- Deve permitir a manutenção da bola afastada do adversário,

- Nunca deve ser um factor que diminua o ritmo o ritmo colectivo do jogo.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 26

Page 27: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Empurrar e amortecer a bola, com os dedos

afastados;

Flexão / extensão de todas as articulações do

MS (pulso, cotovelo e ombro);

Flectir ligeiramente o tronco à frente;

Bater a bola à frente e ao lado do pé, sem

ultrapassar a altura da cintura;

Manter a cabeça erguida, evitando olhar

constantemente para a bola.

Conduzir a bola à frente do corpo;

Olhar dirigido para a bola;

Bola conduzida ou demasiado alta ou

demasiado baixa;

Não coloca o corpo entre a bola e o

adversário;

Não realiza o movimento de

flexão/extensão do MS de batimento,

"batendo" a bola;

Quando conduz a bola em progressão,

a bola não é conduzida obliquamente.

Os remates

Estando estes sempre condicionados pelos movimentos dos adversários, deve o aluno

dominar o maior nº possível de técnicas de remate (1º linha, 2ª linha, em queda, em salto, em

apoio, etc.), devendo no entanto respeitar sempre os seguintes princípios fundamentais:

- O remate deve ser sempre rápido, tendo em consideração ao espaço de tempo

disponível para a sua execução.

- A bola deve sempre percorrer a trajectória escolhida, no mínimo espaço de tempo.

- Deve ser preciso e rápido

- Deve ser seguro de forma a garantir o êxito do mesmo.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 27

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Remate em Apoio

Componentes Críticas Erros mais comuns

Executado com um ou dois apoios no

solo;

Colocar o pé contrário à mão que remata

ligeiramente à frente do ombro;

Transferir a bola para a mão de remate e

“armar” o braço;

Rotação do tronco para trás;

Realizar um movimento, com o braço, de

trás para a frente e de cima para baixo com

uma “chicotada” final da mão;

Após o remate, avançar simultaneamente

o pé mais recuado.

Na armação do braço, o cotovelo está

demasiado próximo do tronco;

A perna do mesmo lado do braço

portador da bola está mais avançada;

Insuficiente rotação do tronco, para o

lado do braço rematador;

Incompleta extensão do braço

rematador à retaguarda;

A bola é largada antes do momento

da extensão do braço à frente estar

concluída.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 28

Page 29: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Remate na Passada

Componentes Críticas Erros mais comuns

Após recepção ou drible, o jogador

controla a bola com as duas mãos;

O remate propriamente dito é executado

com um ou dois apoios no solo;

Colocação do pé contrário à mão que

remata, ligeiramente à frente do outro;

Transferência da bola para a mão de

remate e “armar” o braço;

Realizar um movimento, com o braço, de

trás para a frente e de cima para baixo com

uma “chicotada” final da mão;

Após o remate, avançar simultaneamente

o pé mais recuado.

A perna do mesmo lado do braço

portador da bola está mais avançada

quando realiza o remate;

Receber a bola parado;

Iniciar a contagem dos apoios com a

perna do lado do braço rematador;

Efectuar mais de 4 apoios com a bola

nas mãos;

A bola é largada antes do momento da

extensão do braço à frente estar

concluída.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 29

Page 30: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Remate em Suspensão

Componentes Críticas Erros mais comuns

Efectuar uma corrida preparatória (no

máximo 4 apoios ou 3 passos) com a bola

nas mãos;

Flectir ligeiramente o membro inferior

contrário à mão que remata realizando uma

impulsão;

Colocação do último apoio ao mesmo

tempo que se dá início ao “armar” do braço

rematador, transferindo a bola para a mão

desse braço;

Rematar na fase de suspensão, acima do

adversário;

Terminar o remate caindo sobre o mesmo

pé de impulsão.

Impulsão realizada com o MI do lado

do braço rematador;

Inicio da corrida de preparação com o

MI contrário ao do braço rematador;

Não efectuar o remate no ponto mais

alto da impulsão;

A bola é largada antes do momento da

extensão do braço à frente estar

concluída.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 30

Page 31: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Outros remates

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 31

Page 32: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

As Fintas

As fintas são condicionadas por variados factores tais como:

- O momento de recepção da bola

- A orientação do movimento prévio à recepção da bola

- Do nº de mudanças de direcção

- etc.

Importa assim que o aluno domine um leque variado de fintas, pois estas tanto são

condicionadas pela colocação dos adversários, como pelas condicionantes no momento da

recepção.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 32

Page 33: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 33

Page 34: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Fornecimento de falsas informações ao

adversário, no sentido de lhe provocar um

desequilíbrio;

Rápida mudança de ritmo assim que o

adversário reage;

Explorar o momentâneo desequilíbrio do

adversário para ultrapassá-lo.

A finta é executado demasiado perto ou

demasiado longe do adversário;

Não há mudança de velocidade;

É executada com excesso de "passos", pois

não faz coincidir o seu início com o

"momento zero" dos apoios.

Desmarcação

Componentes Críticas Erros mais comuns

Ganhar uma posição de vantagem que permita

receber a bola;

Ocupação dos espaços livres;

Explorar a linha jogador/baliza deixada livre

pelo defesa.

Não aproveitamento dos espaços livres,

utilizando movimentos rápidos;

Ocupar espaços onde existe superioridade

numérica do adversário;

Ficar "tapado" pelo adversário directo não

vendo a bola.

Marcação HxH

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Page 35: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Componentes Críticas Erros mais comuns

Pés afastados à largura dos ombros, orientados

para o adversário directo;

Peso do corpo igualmente distribuído pelos

dois pés;

O pé do lado por onde interessa fazer deslocar

o atacante deve estar ligeiramente recuado;

Flexão dos MI;

Tronco em posição vertical sem estar rígido;

Defesa enquadrado entre o atacante e a baliza.

Não se enquadrar entre o adversário

directo e a baliza;

Deixar o adversário directo nas suas

"costas";

Não pressionar o adversário directo.

Bloco

Componentes Críticas Erros mais comuns

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 35

Page 36: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Colocação à frente do adversário;

Braços em extensão acima da cabeça e

próximos um do outro;

Palmas das mãos abertas e viradas para a bola;

Salto na vertical sempre que o adversário salte

em suspensão, deve efectuar-se

imediatamente depois do salto do atacante.

Braços muito separados;

Saltar antes do adversário directo;

Não se enquadrar entre a baliza e o

atacante.

O Cruzamento

Acção de passar por um ponto duas ou mais pessoas em direcções opostas.

Como meio táctico, o cruzamento é uma interacção entre dois atacantes que actuam

frente à defesa e que realizam trajectórias em sentido contrário, fazendo-as coincidir num

ponto, de tal forma que o possuidor da bola fixa o oponente directo, dificultando ou atrasando

a sua intervenção sobre o atacante seguinte, que procura o espaço criado.

Componentes Críticas

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 36

Page 37: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

- O êxito do cruzamento depende em grande parte da intervenção inteligente do jogador

na posse de bola que inicia o cruzamento, mantendo sempre a intenção de rematar e

penetrar, orientado para a baliza, fixando o defensor mais próximo e protegendo a bola.

- A direcção do deslocamento é rectilínea em direcção à baliza, atacando o intervalo entre

os defensores.

- O jogador na posse de bola deve perceber a todo o momento três elementos que aparecem

em planos diferentes:

- O oponente directo, evitando a antecipação

- A bola, protegendo-a adequadamente

- O colega que vai receber a bola, percebendo a trajectória e velocidade para ajustar o

momento do passe.

- O momento do passe deve corresponder ao instante em que os protagonistas se encontram

no mesmo eixo com a baliza adversária.

- O jogador que inicia o cruzamento não deve perder nunca de vista a possibilidade de

rematar à baliza.

-O jogador que vai receber a bola deve efectuar uma corrida rápida e explosiva, ao

comprovar a fixação do defensor por parte do seu colega iniciador, acelerando e dirigindo-

se para o espaço livre criado.

- A trajectória do jogador beneficiário deve ser inicialmente directa à baliza antes de

receber ante de receber a bola, de forma a fixar o seu defensor, dirigindo-se posteriormente

para o cruzamento.

- O jogador que inicia o cruzamento deve alternar os espaços de penetração, não se

limitando exclusivamente à zona central.

O Bloqueio

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 37

Page 38: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Um ou mais atacantes, após uma ocupação espacial antecipada, colocam o seu próprio

corpo no caminho do adversário de forma a dificultar o seu deslocamento.

Componentes Críticas- O deslocamento prévio ao bloqueio deverá ser feito em corrida rápida e na sua direcção,

dificultando o beneficiário de utilizar dita ajuda, sem perder de vista que poderá receber a

posse de bola.

- A corrida deve ser equilibrada, de forma que o jogador seja capaz de correr rápido e

travar, controlando a inércia do movimento.

- No momento do bloqueio, o bloqueador realizará uma paragem, evitando o contacto

físico com o bloqueado (30 a 40cm)

- A base de sustentação deve ser equilibrada e suficientemente ampla sem infringir as

regras.

- A posição deve ser estável, sólida e tensa para não se desequilibrar no momento do

contacto físico.

- A colocação do bloqueador deverá ser perpendicular à linha dos ombros do bloqueado.

- A saída dos bloqueios pelo bloqueador será em profundidade e em direcção ao espaço

livre criado, podendo ou não receber a bola

O ecrã.

Este meio táctico guia-se pelos princípios do bloqueio, contudo, o seu objectivo

específico é proteger o colega rematador, através da posição dos atacantes à frente dos

defensores na zona de remate, de forma a obstruírem os deslocamentos frontais dos

defensores na tentativa de estes anularem o rematador, beneficiário principal deste meio

técnico.

Componentes Críticas

- A técnica de realização é a mesma que se utiliza para os bloqueios frontais, de tal forma

que podem estar de frente ou de costas para os defensores, mas sempre à sua frente e

dentro dos limites regulamentares.

- Devem situar-se à frente dos defensores numa zona em que o beneficiário possa ser

eficaz coma s suas trajectórias.

- A velocidade do deslocamento deve ser rápida mas regulada de forma a poderem parar

antes do contacto físico com os defensores.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 38

Page 39: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Deslizamento

Actuação defensiva que consiste em um defensor deslizar por trás de outro para

neutralizar uma acção atacante, sem que haja troca de marcação.

Componentes Críticas

No momento da acção, os defensores devem estar em linhas defensivas diferentes.

O defensor que desliza, deverá faze-lo o mais próximo possível do seu companheiro para

poder anular o atacante o mais rápido possível.

Contra-bloqueio.

Actuação defensiva para anular uma acção de bloqueio por parte da equipa atacante.

Componentes Críticas-O contra-bloqueio realiza-se quando o bloqueio atacante já se realizou.

- Na prática é uma acção de troca de marcação com a particularidade de um dos defensores

( o bloqueado) ter mais dificuldade para conseguir controlar o bloqueador, porque

necessita de anular o bloqueio.

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 39

Page 40: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Técnica do Guarda-Redes

Relativamente à técnica específica do guarda-redes importa referir que:

- Na sua deslocação, deve procurar o enquadramento com a bola e o jogador que

a possui;

- Deve deslocar-se por meio de pequenos passos (deslizamentos laterais), com o

objectivo de assumir uma posição que lhe permita uma intervenção imediata; para que

isto seja possível, é fundamental que o guarda-redes tenha sempre os pés em contacto

com o solo.

A maior parte das bolas que são rematadas à baliza não podem ser agarradas, devido à

força e velocidade do remate; deste modo, este tipo de bolas deve ser defendido:

- Bolas altas e com altura média: defendidas com o braço;

- Bolas baixas: defendidas com a parte interna do pé e o braço do mesmo lado;

- Nos remates imprevistos: defesa com o corpo (saltar e oferecer o corpo à

bola).

Remates a meia altura

Remates altos Remates baixos

Remates das pontas (extremos)

Conceitos técnico/tácticos

Prof. Tiago Carneiro / Prof. Alexandra Carneiro Página 40

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EDUCAÇÃO FÍSICA

-Posto específico, é a zona do terreno de jogo sob “responsabilidade” de um

determinado jogador, de acordo com o sistema táctico adoptado, tanto no ataque, como na

defesa.

- Guarda-redes

- Lateral direito

- Lateral Esquerdo

- Central

- Pivot

- Extremo (ponta) esquerdo

- Extremo (ponta) Direito

No ataque, a equipa é dividido em: Pontas (Extremos) Direito e Esquerdo, Laterais

Direito e Esquerdo, Central, Pivot e Guarda-redes.

Central: É a "locomotiva" da equipa no ataque. Este jogador está no centro do ataque

e comanda o curso e o tempo do mesmo. Este é geralmente o jogador mais experiente da

equipa, ter um grande repertório de passes e remates. Deve possuir grande visão de jogo para

se adaptar às mudanças na defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes

certos são o que destacam um bom Central.

Laterais: O "combustível" da equipa no ataque. Os laterais geralmente possuem os

mais remates mais fortes e são, geralmente, os jogadores mais altos da equipa. (No masculino

variam de 180cm a 210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm). Entretanto existem

jogadores excepcionais que são de estatura inferior à média, mas possuem grande capacidades

de remate e uma técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores mais perigosos

durante o ataque, pois os remates costumam partir deles ou de outro jogador o qual tenha

recebido um passe dele.

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Page 42: ANDEBOL Apontamentos de Apoio Teorico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Extremos (Pontas): Geralmente são eles que começam as jogadas de ataque. Os

pontas são velozes e ágeis; e devem possuir a capacidade de rematar em ângulos fechados. O

destaque no remate não é a força, mas a habilidade e a direcção dos mesmos, podendo mudar

o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em direcção à baliza. Estes jogadores

também são muito importantes nos contra-ataques, apoiados na sua velocidade e

posicionamento.

Pivot: Posicionam-se entre as linhas de 6m e a de 9m. Seu objectivo é abrir espaço na

defesa adversária para que seus companheiros possam rematar de uma distância menor, ou

posicionar-se estrategicamente para que ele mesmo possa receber a bola e rematar. O pivot

possui o maior repertório de remates da equipa, pois ele deve marcar golo geralmente sem

muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente rápidas.

Guarda-redes: Se o guarda-redes defender um remate, ele deve ter a habilidade e o

raciocínio rápido para observar se algum jogador se encontra em uma posição de contra-

ataque, fazendo assim o lançamento que deve ser rápido e certeiro. O guarda-redes não é

apenas um jogador de defesa, mas um importante armador de contra-ataques.

Linhas de jogo: Quando as equipas em jogo estabelecem um determinado sistema de

jogo, tanto no ataque como na defesa, a posição, estática ou dinâmica, dos jogadores, é

representada no seu conjunto mediante duas linhas denominadas “Primeira” e “ Segunda”, de

acordo com a seguinte lógica:

- No ataque, a primeira linha é composta pelos jogadores que se colocam mais

próximos da linha central, enquanto que a segunda linha é formada pelos jogadores que se

situam mais próximos da área de baliza.

- Na defesa este princípio é invertido, pelo que, a primeira linha é composta pelos

jogadores que se situam mais próximos da área de baliza, enquanto que a segunda linha é

formada pelos jogadores que se colocam mais próximos da linha central.

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