análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos...

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS Lucas Caetano Chaves Maicon Antonio Colturato de Azambuja Matheus Sant’Anna Flávio ANÁLISES DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E DO PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA DOS UROPATÓGENOS ISOLADOS NO LABORATÓRIO ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS - FIFE/FEF; durante o primeiro semestre de 2012. FERNANDÓPOLIS 2012

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Page 1: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

Lucas Caetano Chaves

Maicon Antonio Colturato de Azambuja

Matheus Sant’Anna Flávio

ANÁLISES DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E DO PERFIL

DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA DOS UROPATÓGENOS

ISOLADOS NO LABORATÓRIO ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS -

FIFE/FEF; durante o primeiro semestre de 2012.

FERNANDÓPOLIS 2012

Page 2: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

Lucas Caetano Chaves

Maicon Antonio Colturato de Azambuja

Matheus Sant’Anna Flávio

ANÁLISES DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E DO PERFIL

DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA DOS UROPATÓGENOS

ISOLADOS NO LABORATÓRIO ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS-

FIFE/FEF; durante o primeiro semestre de 2012.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em farmácia.

Orientador: Prof. Ms. Jeferson Leandro de Paiva

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS - SP

2012

Page 3: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

Lucas Caetano Chaves

Maicon Antonio Colturato de Azambuja

Matheus Sant’Anna Flávio

ANÁLISES DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E DO PERFIL

DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA DOS UROPATÓGENOS

ISOLADOS NO LABORATÓRIO ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS -

FIFE/FEF; durante o primeiro semestre de 2012.

Trabalho de conclusão de curso sujeito à aprovação

como requisito parcial para obtenção do título de

bacharel em farmácia.

Aprovado em: ______ de novembro de 2012.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Prof. Ms. Jeferson Leandro de Paiva

(Orientador)

Profª. Esp. Nayara Gomes Felix da Silva

(Avaliador 1)

Esp. Maria Laís Devólio

(Avaliadora 2)

Prof. Ms. Jeferson Leandro de Paiva

Presidente da Banca Examinadora

Page 4: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

Dedicamos este trabalho para Deus, que esta acima

de tudo, pela paciência e pela conclusão do

trabalho.

Aos nossos pais, que nos deram apoio e

reconhecimento pelo nosso trabalho.

Page 5: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Laboratório Escola de Análises Clínicas pela colaboração e

pelo apoio que nos concedeu durante a realização deste trabalho. Ao nosso

orientador Prof. Msc. Jeferson Leandro de Paiva pelos conhecimentos e

ensinamentos transmitidos e pelo tempo desde o início deste trabalho.

Agradecemos a Prof. Esp. Nayara Gomes Felix da Silva e a Esp. Maria Laís

Devólio por terem aceitado o convite para a participação da banca.

Agradecemos a Mariana Martins Tosta, pelo apoio durante a realização do

trabalho e pela ajuda para realizar a formatação.

Agradecemos de forma geral a todos que tiveram participação durante a

realização do nosso trabalho.

E por fim agradecemos a nós mesmo, pela união e força de vontade do

grupo.

Page 6: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

RESUMO

A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções mais comuns nos seres

humanos, e são responsáveis por 35 a 45% das infecções nosocomiais, gerando um

aumento na morbidade em hospitais e na própria comunidade, elevando os gastos

financeiros em saúde. Este estudo tem como principal objetivo analisar a prevalência

dos uropatógenos isolados presentes nas infecções do trato urinário e a sua

sensibilidade e resistência perante aos agentes antimicrobianos utilizados no

método de Kirby e Bauer, seguindo as normas do NCCLS Teste de Sensibilidade a

Antimicrobianos (TSA). A pesquisa se deu através da análise das uroculturas

realizadas no Laboratório Escola de Análises Clínicas, na cidade de Fernandópolis-

SP no período de Janeiro a Abril de 2012, apresentando a Escherichia coli (65,21%)

como o micro-organismo de maior prevalência, seguido de Enterobacter sp

(13,04%), Klebsiella sp (13,04%), Staphylococcus saprophyticus (4,34%) e

Morganella morgani (4,34%). As cepas de Escherichia coli apresentaram maior

sensibilidade ao Cefepime, seguido da Amicacina e maior resistência a Ampicilina.

As cepas de Enterobacter sp apresentaram maior sensibilidade ao Cloranfenicol e

ao Cefepime, e maior resistência ao Acido Nalidixico. Já as cepas de Klebsiella sp

apresentaram maior sensibilidade ao Cefepime e a Cefoxitina, e maior resistência a

Ampicilina, seguido de outros agentes antimicrobianos. A cepa de Staphylococcus

saprophyticus apresentou maior sensibilidade a Gentamicina, seguida de mais dois

agentes antimicrobianos, a Cefoxitina e Amoxicilina associada com Ac. Clavulanico,

e maior resistência ao Cloranfenicol e outros agentes antimicrobianos. A cepa de

Morganella morgani apresentou maior sensibilidade a Amicacina, e a outros agentes

antimicrobianos, e maior resistência ao Cefepime, seguido de outros agentes

antimicrobianos. Devido ao grande aumento de resistência bacteriana e de infecções

do trato urinário, deve-se levar em conta o uso indiscriminado de antibióticos e a

falta de informações, tanto na higiene pessoal quanto ao uso de antimicrobianos.

Palavras chaves: infecção do trato urinário, teste de sensibilidade e resistência a

antimicrobianos, uropatógenos.

Page 7: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

ABSTRACT

A urinary tract infection (UTI) is one of the most common infections in humans,

and are responsible for 35 to 45% of nosocomial infections, causing an increase in

morbidity in hospitals and in the community, raising spending on financial health. This

study is meant to examine the prevalence of uropathogens isolated present in urinary

tract infections and their sensitivity and resistance to antimicrobials used before in

the method of Bauer and Kirby, following the guidelines of the NCCLS Antimicrobial

Susceptibility Testing (TSA). A search was made through the analysis of urine

cultures performed at the Laboratory School of Clinical Analyses, in the city of

Fernandópolis-SP in the period January to April 2012, with Escherichia coli (65.21%)

as the micro-organism most prevalent followed by Enterobacter sp (13.04%),

Klebsiella sp (13.04%), Staphylococcus saprophyticus (4.34%) and Morganella

morganii (4.34%). Strains of Escherichia coli showed greater sensitivity to cefepime

followed by amikacin and greater resistance to ampicillin. The strains of Enterobacter

sp showed greater sensitivity to chloramphenicol and cefepime, and greater

resistance to nalidixic acid. Already the strains of Klebsiella sp showed higher

sensitivity to cefepime and cefoxitin, and greater resistance to ampicillin, followed by

other antimicrobial agents. A strain of Staphylococcus saprophyticus showed greater

sensitivity to gentamicin, followed by two more antimicrobials, cefoxitin and

amoxicillin with ac. clavulanic and greater resistance to chloramphenicol and other

antimicrobial agents. The strain of Morganella morganii showed greater sensitivity to

amikacin, and other antimicrobial agents, and greater resistance to cefepime,

followed by other antimicrobial agents. The Urinary Tract Infections (UTIs) are the

most frequent in females explained by the fact that the female anatomy, but should

intensify education campaigns to prevent UTI and indiscriminate use of antibiotics

due to the large number of antimicrobial resistance.

Key words: urinary tract infection, antimicrobial susceptibility testing, uropathogens.

Page 8: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

LISTA DE FIGURAS

01 - Formação da Urina 16

02 - Órgãos formadores do sistema urinário masculino ................................... 17

03 - Órgãos formadores do sistema urinário feminino ..................................... 18

04 - Gráfico de porcentagem de uroculturas positivas e negativas ................. 34

05 - Gráfico de percentual de uroculturas, separadas por gêneros e positividade ...............................................................................................

35

06- Gráfico de diversidade e prevalência de micro-organismo isolados na ITU .............................................................................................................

36

Page 9: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

LISTA DE TABELAS

01 - Antimicrobianos mais utilizados ................................................................ 13

02- Micro-organismos isolados de acordo com o gênero da amostra de urina ..........................................................................................................

37

03 - Percentual de sensibilidade e resistência antimicrobiana do micro-organismo E. coli .......................................................................................

39

04 - Percentual de sensibilidade e resistência antimicrobiana do micro-organismo Enterobacter sp .......................................................................

41

05 - Percentual de sensibilidade e resistência antimicrobiana do micro-organismo Klebsiella sp ............................................................................

43

06 - Percentual de sensibilidade e resistência antimicrobiana do micro-organismo Staphylococcus saprophyticus ................................................

45

07 - Percentual de sensibilidade e resistência antimicrobiana do micro-organismo Morganella morgani .................................................................

47

Page 10: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

LISTA DE QUADROS

01- Composição da Urina................................................................................. 15

Page 11: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS

Ac. Clav – Ácido Clavulânico

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Cm - Centímetro

E.coli – Escherichia coli

FEF – Fundação Educacional Fernandópolis

FIFE – Faculdades Integradas de Fernandópolis

FQ – Frequência

ITU – Infecção do Trato Urinário

LAC – Laboratório de Análises Clínicas

NCCLS - National Commivtee for Clinical Laboratory Standards

SP – São Paulo

TSA – Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos

RN – Recém Nascido

SIDA - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

Page 12: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

Sumário

1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12

2- SISTEMA URINÁRIO ......................................................................................... 14

2.1- DESCRIÇÃO DOS ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO E

MICÇÃO ................................................................................................................. 17

2.1.1- ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO MASCULINO ........... 17

2.1.2- ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO FEMININO ............... 18

2.2.3- RINS ......................................................................................................... 18

2.2.4- URETERES .............................................................................................. 18

2.2.5- BEXIGA URINÁRIA .................................................................................. 19

2.2.6- URETRA ................................................................................................... 19

2.2.7- MICÇÃO ................................................................................................... 20

3- INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ................................................................... 20

4- EPIDEMIOLOGIA ............................................................................................... 23

4.1- CRIANÇAS ................................................................................................... 23

4.2- MULHERES ADULTAS ................................................................................ 24

4.3- HOMENS ADULTOS .................................................................................... 25

4.4- IDOSOS ....................................................................................................... 25

5- QUANTO À TOPOGRAFIA, AS ITUs SÃO DIVIDIDAS EM: ............................. 26

6- QUANTO Á EVOLUÇÃO AS ITUs PODEM LIMITAR-SE A EPISÓDIO ÚNICO

OU ISOLADO, A RECIDIVA E A REINFECÇÃO: .................................................... 26

7- QUANTO Á PRESENÇA DE FATORES PREDISPONENTES OU

AGRAVANTES AS ITUs SÃO CLASSIFICADAS EM DOIS GRUPOS: .................. 27

Page 13: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

8- PATOGÊNESE ................................................................................................... 27

8.1- VIA ASCENDENTE ...................................................................................... 28

8.2- VIA HEMATOGÊNICA ................................................................................. 28

8.3- VIA DIRETA .............................................................................................. 28

8.4- VIA LINFÁTICA ............................................................................................ 28

8.4.1- ADEQUAÇÃO DOS MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO: 29

8.4.2- VIRULÊNCIA DO MICRO-ORGANISMO .............................................. 29

9- SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS ...................................................................... 30

10- INSTRUÇÕES PARA COLETA DE URINA. ...................................................... 31

10.1- CRIANÇAS ............................................................................................... 31

10.2- ADULTOS SEXO MASCULINO ................................................................ 31

10.3- ADULTOS SEXO FEMININO .................................................................... 32

11- METODOLOGIA ................................................................................................. 33

12- RESULTADOS ................................................................................................... 34

12.1 - Perfil de sensibilidade aos antimicrobianos .............................................. 37

12.1.1 - CEPAS DE Escherichia coli ............................................................ 38

12.1.2 - CEPAS DE Enterobacter sp ............................................................... 40

12.1.3 - CEPAS DE Klebsiella sp .................................................................... 42

12.1.4 - CEPA DE Staphylococcus saprophyticus (Gram-positivo) .............. 44

12.1.5 - CEPA DE Morganella morgani ........................................................ 46

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 49

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50

Page 14: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

12

1 - INTRODUÇÃO

O sistema renal é constituído por dois órgãos denominados rins que realizam

a maior parte das excreções, onde é filtrado o sangue e recolhido os resíduos

metabólicos de todas as células do nosso corpo. O rim é constituído de um sistema

de tubos condutores do produto final deste filtrado que é a urina, a qual chamamos

de via urinária, sendo compostas por: pelve renal, ureteres, bexiga urinária e uretra.

A urina é o veículo que controla a eliminação de água, sais minerais, íons e resíduos

metabólicos. Caso não funcione corretamente, a pessoa poderá ficar intoxicada pela

uréia e outras substâncias tóxicas que o próprio metabolismo produz (endógenas)

ou que a pessoa internalizou (exógena) como remédios, drogas ou agrotóxicos

(MORAES e COLICIGNO, 2007;TRUCOM, 2008;).

Infecção do trato urinário é quando ocorre uma invasão do micro-organismo

com o trato urinário. A infecção do trato urinário é uma das mais frequentes

encontradas na prática clínica, ainda é a maior causa de admissão hospitalar, sendo

responsável por significante morbidade e mortalidade e um alto custo financeiro. A

ITU é uma patologia que ocorre em todas as idades, tendo maior prevalência em

mulheres jovens com vida sexual ativa, crianças com até os seis anos de idade e em

idosos com mais de 60 anos de idade (MULLER; SANTOS e CORRÊA, 2008;

NISHIURA e HEILBERG, 2009).

Em mulheres tem maior prevalência devido às questões anatômicas, a uretra

feminina é menor que a masculina, com isso é maior a proximidade do ânus com o

vestíbulo vaginal e uretra. Porém no homem é maior o comprimento uretral, tendo

maior fluxo urinário e o fator antibacteriano prostático são protetores (MULLER;

SANTOS e CORRÊA, 2008).

A realização e interpretação do antibiograma vêm se dificultando cada vez

mais, devido suas limitações e crescente de novos mecanismos de resistência, o

que exige atualização e treinamento dos profissionais. A metodologia de Kirby e

Bauer para antibiograma é a mais utilizada na rotina de análises clínicas, devido a

sua praticidade de execução, baixo custo e confiabilidade de seus resultados.

(LABORCLIN, 2011).

Page 15: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

13

Os principais antimicrobianos utilizados para ITU apresentados são classificados de

acordo com os micro-organismos isolados:

Tabela 01- Antimicrobianos mais utilizados.

GRAM NEGATIVO GRAM POSITIVO

Ampicilina Cefepime Amicacina Ciprofloxacino Amoxicilina+ Ac. Clavulânico Cloranfenicol Ceftazidima Clindamicina Cefalotina Eritromicina Cefepime Gentamicina Cefoxitina Oxacilina Cefuroxima Penicilina-G Ciprofloxacino Rifampicina Gentamicina Sulfazotrim Meropenem Tetraciclina Sulfazotrim Vancomicina

O presente trabalho teve como objetivo analisar a prevalência dos

uropatógenos isolados das infecções urinárias de pacientes atendidos no

Laboratório Escola de Análises Clínicas FIFE/FEF, localizado na cidade de

Fernandópolis - SP, determinando sua sensibilidade aos agentes antimicrobianos

tomando por base os resultados apresentados no método de Kirby e Bauer,

seguindo as normas NCCLS.

Page 16: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

14

2- SISTEMA URINÁRIO

O rim tem um importante papel exócrino, que é a formação de urina, e

também tem funções endócrinas; a função homeostática do meio interno, sendo a

principal função do rim, é a formação da urina ocorre na unidade funcional básica do

rim que é denominada néfron, que é um conjunto de estruturas vasculares e renais

que visam à formação da urina. Segundo Strasinger (1998) os principais

constituintes químicos orgânicos da urina são uréia, creatinina e ácido úrico e os

principais constituintes inorgânicos é o cloreto seguido de sódio e potássio conforme

tabela abaixo (MORAES e COLICIGNO, 2007).

Page 17: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

15

Quadro 01: Composição da Urina

Fonte: STRASINGER, S. K. Uroanálise e Fluídos Biológicos. 3.ed. premier, 1998.p 3.

O sistema urinário é responsável pelo equilíbrio hídrico e eletrolítico, os

eletrólitos são compostos quando são dissolvidos em água. A estabilidade

eletrolítica é alcançada quando o numero de eletrólitos que entram no corpo é a

mesma que é eliminada. Os íons Hidrogênio, por exemplo, são mantidos em

concentrações precisas de forma que exista no corpo um equilíbrio acido-base ou

pH (GRAAFF, 2003).

COMPOSIÇÃO DA URINA

Componentes Quantidade Relação

Urina/Plasma

Sódio 2-4 g 100-200 mEq 0,8-1,5

Potássio 1,5-2,0 g 50-70 mEq 10-15

Magnésio 0,1-0,2 g 8-16 mEq

Cálcio 0,1-0,3 g 2,5-7,5 mEq

Ferro 0,2 mg

Amônia 0,4-1,0 g N 30-75 mEq

H+ 4x10-8 – 4x10-6 mEq/L 1-100

Ácido úrico 0,80-2,0 g N 20

Aminoácidos 0,08-0,15 g N

Ácido hipúrico 0,04-0,08 g N

Cloreto 100-250 mEq 0,8-2

Bicarbonato 0-50 mEq 0-2

Fosfato 0,7-1,6 g P 20-50 mmol 25

Sulfato

inorgânico

0,6-1,8 g S 40-120 mEq 50

Sulfato

orgânico

0,06-0,2 g S

Uréia 6-18 g N 35

Creatinina 0,3-0,8 g N 70

Peptídeos 0,3-0,7 g N

Page 18: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

16

Outra função importante do sistema urinário é a eliminação de derivados

nitrogenados tóxicos, especificamente ureia e creatinina. E também o sistema

urinário é responsável pela eliminação de resíduos tóxicos que podem ser resultado

de uma ação bacteriana, e a remoção de varias drogas que foram introduzidas no

corpo. Essas funções são realizadas através da formação de urina pelos rins, como

demonstra figura abaixo (GRAAFF, 2003).

Figura 01: Formação da Urina

Fonte: http://sistemaurinariohumano.blogspot.com.br/2010/09/fisiologia-do-

sistema-urinario_02.html

O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária

e uretra. Nos rins os túbulos estão entrelaçados com redes vasculares do sistema

circulatório para tornar possível a formação de urina, depois de formada a urina é

conduzida pelos ureteres, e armazenada na bexiga urinaria, e a micção da urina

armazenada na bexiga urinaria é feita através da uretra (GRAAFF, 2003).

Page 19: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

17

2.1- DESCRIÇÃO DOS ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO E

MICÇÃO

2.1.1- ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO MASCULINO

Figura 02: Sistema urinário masculino Fonte: http://www.professorjarbasbio.com.br/excrecao.htm

Page 20: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

18

2.1.2- ÓRGÃOS FORMADORES DO SISTEMA URINÁRIO FEMININO

Figura 03: Sistema urinário feminino Fonte: http://etcor3.blogspot.com.br/2012/03/sistema-urinario.html

2.2.3- RINS

Os rins são de cor marrom avermelhada e estão posicionados na parede

posterior da cavidade abdominal entre os níveis das vértebras, décima segunda

torácica e terceira lombar, os rins são formado por três partes, o córtex que é a

camada externa, a medula renal que fica abaixo do córtex, e os túbulos renais

(GRAAFF, 2003; SPENCE, 1991).

2.2.4- URETERES

São retroperitoneais. Esses órgãos tubulares, tem aproximadamente 25 cm

de comprimento e começam na pelve renal, seguindo inferiormente para entrar

na bexiga urinária nos ângulos póstero-laterais de sua base, que tem como

função básica o transporte da urina dos rins a bexiga, os ureteres são formados

Page 21: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

19

por três camadas, a camada interna ou camada mucosa, a camada média ou

camada muscular , e a externa ou camada fibrosa. (SPENCE, 1991; GRAAFF,

2003).

2.2.5- BEXIGA URINÁRIA

É um órgão sacular onde é armazenada a urina, tem um formato esférico

quando cheia e quando vazia tem o formato parecido com uma pirâmide de

ponta cabeça . Esta localizada atrás da sínfise púbica, por diante do reto. No

sexo feminino a bexiga urinária está em contato com o útero e a vagina. No sexo

masculino a próstata está posicionada embaixo da bexiga urinária. (SPENCE,

1991; GRAAFF, 2003).

2.2.6- URETRA

Consiste em tubo de tecido muscular, que sai da bexiga urinária e transporta

a urina contida na bexiga para fora do corpo (SPENCE, 1991; GRAAFF, 2003).

A uretra feminina é um órgão tubular retilíneo de aproximadamente quatro cm

de extensão, que esvazia a bexiga através do óstio externo da uretra no vestíbulo da

vagina entre o clitóris e o óstio da vagina. A uretra feminina tem uma única função

que é transportar urina para o exterior (GRAAFF, 2003).

A uretra masculina serve a ambos os sistemas, urinário e genital, para a

passagem de esperma. Tendo aproximadamente 20 cm de comprimento e tem a

forma da letra S por causa da forma do pênis (SPENCE, 1991; GRAAFF, 2003).

Page 22: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

20

2.2.7- MICÇÃO

É chamada de urinação ou urinar, refere-se ao processo pelo qual a bexiga se

esvazia quando fica repleta. Sendo uma função complexa que requer um estímulo

da bexiga urinária com uma combinação de impulsos nervosos involuntários e

voluntários as estruturas musculares apropriadas da bexiga urinária e da uretra

(GRAAFF, 2003).

3- INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

A Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma das doenças que ocorrem com

grande frequência nos serviços de saúde. As ITUs tem apresentações clínicas

variáveis, como cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática, e são responsáveis

por 35 a 45% das infecções nosocomiais causando aumento da morbidade tanto em

hospitais como na comunidade, sendo responsáveis pela elevação dos gastos

financeiros (DAMASCENO; TERRA e LIBANIO, 2011).

As ITUs caracterizam-se pela invasão e multiplicação bacteriana, agredindo

os rins e as vias urinárias. Em pessoas saudáveis, o trato urinário a cima da uretra é

estéril. As ITUs surgem na maioria dos casos por penetração do agente microbiano

através da uretra chegando até os rins, bexiga e ureteres. Raramente o acesso

deste agente ao aparelho urinário se faz por via sanguínea (RIBEIRO e LUZ, 2011).

As predisposições de um paciente que facilitam as infecções das vias

urinárias é um fluxo urinário comprometido, mecânico ou funcional, com obstrução

da bexiga, estrangulamento da uretra, hipertrofia prostática, expansão do útero

durante a gravidez, nefropatia diabética e poliomielite. As ITUs podem ocorrer em

qualquer idade e pode variar com a condição sócio econômica, condições de

higiene, presença de Diabetes Melittus, após as relações sexuais, na presença de

auto medicação e de anormalidades anatômicas (RIBEIRO e LUZ, 2011).

As crianças do gênero masculino são mais favoráveis para apresentarem

infecções nos primeiros dois meses de vida, devido, ao acumulo de micro-

organismos sobre o prepúcio, sendo, que nas demais faixas etárias são as meninas.

Page 23: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

21

A instalação dessa infecção pode ocorrer por via hematogenica, linfática e

ascendente, sendo essa a ultima a principal forma de infecção das vias urinárias por

bactérias entéricas (BARROS e MENEZES, 2011).

As chances de ocorrer ITUs em mulheres são maiores do que nos homens,

pois, as questões anatômicas envolvidas, como, a uretra feminina é mais curta

favorecendo a colonização da microbiota fecal, e também há possibilidade de

contaminação bacteriana da uretra feminina no ato sexual (MALDANER e CAVALLI,

2011).

Estas infecções são caracterizadas em diferentes fases, de uma uretrite a

uma pielonefrite. No inicio ocorre a inflamação da uretra (uretrite), quando não

tratada, inicialmente, essa inflamação chega a bexiga (cistite) e até mesmo aos

ureteres (uretrite). O risco mais significativo deste tipo de infecção é que os micro-

organismos podem subir pelos ureteres e agredirem os rins (pielonefrite). Nos casos

mais graves podem ocorrer complicações, podendo evoluir a uma septicemia e até

mesmo óbito (MOURA e FERNANDES, 2010).

Os sintomas se caracterizam clinicamente com a presença de urgência

miccional, poliúria, dor supra púbica, mictúria, hematúria e apresenta febre ou não.

Em muitos dos casos o paciente não apresenta os sintomas, que aumenta a

dificuldade de um diagnóstico precoce, elevando as possibilidades de agravamento

do caso, com isso gerando bacteremia secundária, sendo necessária a realização

de exames laboratoriais para determinar diagnóstico (BARROS e MENEZES, 2011).

Os exames laboratoriais para detectar as ITUs são baseados em testes de

triagem, como a pesquisa de nitrito, esterase leucocitária, bacterioscopia

leucocitária, exames para descobrir bactérias gram-positivas, e gram-negativas de

urina não centrifugada e centrifugada, esses testes fornecem informações rápidas

ao médico, mas, o mais eficiente teste para determinar uma ITU é a Urocultura

devido a sensibilidade e especificidade melhores que os demais, identificando o

micro-organismo causador da infecção, e a suscetibilidade dos mesmos aos

antimicrobianos (BARROS e MENEZES, 2011).

Oriunda da microbiota intestinal, a Escherichia coli coloniza a mucosa genital

e pode entrar no sistema urinário, onde adere e coloniza a mucosa genital por meio

de fimbrias e adesinas, as outras infecções são causadas por outras bactérias da

família das Enterobacteriaceae, como, Enterobacter, Serratia e Klebsiella, e também

o Staphylococcus saprophyticus, um micro-organismo gram-positivo, que tem sido

Page 24: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

22

apontado como segundo caso mais frequente da ITU. Seu diagnóstico é difícil, pois

apresenta um crescimento muito lento em urocultura e também pode ser confundida

com outro Staphylococcus coagulase e DNAse-negativo, saprófita da flora comensal

do trato urinário, mucosas e pelos, como Staphylococcus epidermidis (RIBEIRO e

LUZ, 2011).

A Escherichia coli (E. coli) foi descrita no final do século XIX, como Bacterium

coli por ser um micro-organismo encontrado no colón, é uma bactéria comum no

homem e nos animais. A E.coli foi relacionada com a prática insatisfatória da higiene

por conta da contaminação de origem fecal. Mas devido a estudos aprofundados nas

ultimas décadas, foi comprovado que a E.coli é altamente patogênica e pode

provocar graves infecções, levando até mesmo o paciente a óbito. A E.coli é um

bacilo gram-negativo, catalase positiva e oxidase-negativa, não esporogenica,

anaeróbicos facultativos, fermentadores de glicose, reduzem nitrato e nitrito como

produção de energia. Não apresentam termo resistência, podendo ser destruída a

60°C, em poucos segundos (MOURA e FERNANDES, 2010).

A utilização dos antimicrobianos tem sido crescente desde o século XX, com

o surgimento da penicilina, a partir do ano de 1940. O uso dessas drogas reduziu

drasticamente a morbidade e a mortalidade das doenças infecciosas, mas os micro-

organismos possuem grande capacidade de adquirir resistência aos antimicrobianos

devido ao seu uso indiscriminado (DAMASCENO; TERRA e LIBANIO, 2011).

Com o uso indiscriminado dos antimicrobianos há uma pressão seletiva sobre

as cepas bacterianas, favorecendo o aparecimento de micro-organismos resistentes,

com isso, dificulta o tratamento dessa infecção. O teste de suscetibilidade aos

antimicrobianos é um dos exames mais importantes, pois, prova a suscetibilidade

dos micro-organismos contra diferentes agentes antimicrobianos, os resultados

influenciam diretamente na escolha da terapêutica antimicrobiana, a resistência

microbiana pode ser diminuída evitando o uso indiscriminado de antimicrobianos

(MALDANER, et al,2011).

A utilização dos antimicrobianos é necessária para a cura das ITUs, usa-se

uma antibiótico terapia, pois ajuda a reduzir as taxas de morbidade e mortalidade,

mas com o aumento da resistência dos antibióticos houve um aumento de falhas

terapêuticas e com isso um agravamento dos quadros clínicos (BARROS e

MENEZES, 2011).

Page 25: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

23

Nos tratamentos das ITUs são utilizados antimicrobianos de largo espectro

que abrange varias espécies de micro-organismos, tem como base na escolha do

medicamento a sua baixa toxicidade celular, via de administração, menor índice de

resistência, excreção urinária adequada, e os escolhidos muitas vezes são

cefalosporinas, aminoglicosideos e sulfonamidas para o tratamento, mas as

sulfonamidas estão sendo menos utilizadas pelo alto índice de falhas terapêuticas

(BARROS e MENEZES, 2011).

O uso das fluorquinolonas significou um avanço no tratamento das ITUs por

bactérias multirresistentes visto que muitas cepas foram sensíveis a essa nova

família de medicamentos, mas como outros antimicrobianos (DAMASCENO; TERRA

e LIBANIO, 2011).

4- EPIDEMIOLOGIA

As ITUs manifestam se em homens e mulheres de qualquer idade,

diferenciando se no sexo feminino e masculino e nas diversas faixas etárias, sendo

mais frequente no sexo feminino (SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

4.1- CRIANÇAS

As ITUs são comuns entre as crianças, com prevalência em crianças febris com

idade inferior a 2 anos. A incidência de ITU em crianças varia de 1 a 2% e é mais

comum entre os meninos durante os três primeiros meses de vida, devido a um

maior número de malformações congênitas, como má-formação da uretra e da

válvula da uretra posterior. A partir dos três meses as meninas passam a ter mais

infecções, devido a anormalidades anatômicas que são mais comuns no sexo

feminino nessa idade (SCHECHTER e MARANGONI, 1998; MOREIRA, 2010; MAIA,

2010).

A via mais comum de infecção nos meninos é a hematogênica, pois, os

meninos possuem maior suscetibilidade nos primeiros meses de vida e aliados com

Page 26: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

24

a frequência de anormalidades anatômicas fazem com que essa via de infecção se

torne a mais comum. Em 25-30% dos casos ocorrem por anormalidades anatômicas,

sendo que 85% dos casos são causados por refluxo vésico-ureteral. Crianças com

ITU assintomática representam 10% dos casos e são de pouca importância e sem

dilatação uretral (SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

Nas crianças de 5 a 15 anos a prevalência é de 1,2% nas meninas e de

0,04% nos meninos. Estimula se que 5 a 6% das meninas desenvolverão pelo

menos um episódio de ITU entre os 7 aos 18 anos de idade. Meninas com

bacteriuria assintomática apresentam risco de até 50% de desenvolver infecção

assintomática na idade adulta, com inicio da vida sexual ou durante a gravidez

(SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

4.2- MULHERES ADULTAS

Geralmente de 10% a 50% das mulheres apresentarão ITU em alguma fase

de suas vidas, essas incidências devem-se essencialmente à atividade sexual,

gestação e menopausa. A maior suscetibilidade feminina parece dever se

principalmente as condições anatômicas (uretra curta e a proximidade do meato

uretral ao introito vaginal e anus), observando-se que a via ascendente é o caminho

mais frequente de acesso de micro-organismo as vias urinárias (SCHECHTER e

MARANGONI, 1998; CORREIA, 2009).

Schechter e Marangoni, 1998 descreveram alguns fatores que aumentam o

risco de ITU na mulher adulta:

•Ato sexual com frequência de infecção urinária em mulheres recorrentes.

•Uso de diafragma como método anticoncepcional;

•O uso de geleia espermicida contendo nonoxinol 9, substancia tóxica para

lactobacilos acidophilos podendo provocar dano tecidual;

•Suscetibilidade a colonização perineal por bacilos gram-negativos;

•Doenças que dificultam o esvaziamento normal da bexiga;

•Obstrução e instrumentação das vias urinárias;

•Números de gestações;

•Baixo nível socioeconômico.

Page 27: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

25

Fatores que não são considerados de risco: Masturbação, sexo oral, relações

sexuais com múltiplos parceiros, o uso de anticoncepcionais orais, dispositivos

intrauterinos, hábitos pessoais (dietas, roupas, hábitos urinários) e o uso de tampão

vaginal (SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

A presença de diabetes mellitus aumenta a prevalência de ITU nas mulheres

adultas em até 2 ou 4 vezes não alterando a prevalência em meninas ou em

pacientes do sexo masculino (SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

4.3- HOMENS ADULTOS

Em homens adultos as ITUs surgem em idades mais avançadas, associadas

com alguma anomalia anatômica ou a uma diminuição da atividade bactericida

prostática, e ocorre com menor freqüência, pois se deve a distancia do meato uretral

ao períneo e anus, ao fato da uretra masculina ser longa. A prevalência de ITU é um

pouco maior em homens jovens, devido a relações sexuais com mulheres

colonizadas, doenças sexualmente transmissíveis ou a existência de doenças

imunossupressoras com a SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida)

(SCHECHTER e MARANGONI, 1998; CORREIA, 2009).

Em homossexuais masculinos, um estudo encontrou ITU em 5%, que seja um

fator de risco entre os homens, devido a frequência de sexo anal sem proteção e

também nos indivíduos com prepúcio intacto, que facilitaria a inoculação uretral de

micro-organismos fecais (SCHECHTER e MARANGONI, 1998; MOREIRA, 2010).

4.4- IDOSOS

Nas pessoas idosas (acima de 65 anos) apresentam níveis mais elevados de

ITU, sendo que nessa faixa etária tendem a ser iguais no sexo masculino e no

feminino (SCHECHTER e MARANGONI, 1998).

Os fatores responsáveis pela prevalência elevada de ITU nos idosos incluem

debilidade, doenças de base associadas, doenças que dificultam o esvaziamento

Page 28: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

26

normal da bexiga, instrumentação das vias urinárias, manejo da incontinência

urinária com cateter vesical, diminuição da atividade bactericida da secreção

prostática, diminuição do glicogênio vaginal e aumento do pH vaginal, permitindo

maior colonização periuretral por bactérias Gram-negativas entéricas (SCHECHTER

e MARANGONI, 1998).

5- QUANTO À TOPOGRAFIA, AS ITUs SÃO DIVIDIDAS EM:

Altas - que se desenvolvem no parênquima renal (pielonefrite) ou ureteres

(ureterites). (Amadeu, et al, 2009)

Baixas - que se desenvolvem na bexiga (cistite) na uretra (uretrite), e nos

homens, na próstata (prostatite) e no epidídimo (epididimite). (Amadeu, et al,

2009)

6- QUANTO Á EVOLUÇÃO AS ITUs PODEM LIMITAR-SE A EPISÓDIO

ÚNICO OU ISOLADO, A RECIDIVA E A REINFECÇÃO:

Episódio único ou isolado: Ocorre uma única vez e resolve com o uso de

antibioticoterapia. Entre 10 a 20% das mulheres irão apresentar no decorrer

da vida pelo menos um episódio de infecção urinária (LEVY, 2004).

Recidiva – Quando a uma falha no tratamento, o mesmo micro-organismo

isolado anteriormente continua no trato urinário, causando infecção. A

resistência do mesmo micro-organismo por meses ou anos, leva a infecção

urinária crônica (LEVY, 2004).

Page 29: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

27

Reinfecção - é o aparecimento de uma nova infecção do trato urinário, sem

relação com a infecção anterior, gerado por outro micro-organismo, exceto

que pela origem e frequência do agente etiológico que coloniza a região

perineal, pode ser atribuída à mesma espécie bacteriana (ex: E.coli) (LEVY,

2004).

7- QUANTO Á PRESENÇA DE FATORES PREDISPONENTES OU

AGRAVANTES AS ITUs SÃO CLASSIFICADAS EM DOIS GRUPOS:

ITU não complicada: ocorre em mulheres jovens sexualmente ativas sem

anormalidade anatômica ou funcional do aparelho geniturinário (LEVY, 2004).

ITU complicada: ocorre em pessoas que possuem anormalidade estrutural

ou funcional do processo de diurese, presença de cálculos renais ou

prostáticos, doenças subjacentes em que haja predisposição a infecção renal

(diabetes melittus, anemia falciforme, doença policística renal, transplante

renal) ou na vigência de cateterismo vesical, instrumentação ou

procedimentos cirúrgicos do trato urinário. Pelo maior risco, as ITUs em

crianças, gestantes, homens e infecções do trato urinário alto são

consideradas infecções complicadas (LEVY, 2004).

8- PATOGÊNESE

As possibilidades de um micro-organismo alcançar o trato urinário e causar

infecção são:

Page 30: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

28

8.1- VIA ASCENDENTE

É o mecanismo mais comum. O micro-organismo poderá atingir por via da

uretra, a bexiga, ureter e o rim. Esta via é a mais frequente, principalmente em

mulheres (menor extensão da uretra) e em pacientes submetidos à instrumentação

do trato urinário (LEVY, 2004; CORREIA, 2009).

8.2- VIA HEMATOGÊNICA

É uma via pouco comum e sempre uma via secundária a um processo

infeccioso que desencadeou uma bacteremia. Como à uma intensa vascularização

do rim podendo ele ser comprometido em qualquer infecção sistêmica; é a via de

acesso para ITU(s) por alguns microrganismos como Staphylococcus aureus,

Mycobacterium tuberculosis, Histoplasma spp., sendo também a principal via das

ITU(s) em neonatos (LEVY, 2004; CORREIA, 2009).

8.3- VIA DIRETA

Relacionada com qualquer instrumentação geniturinária, como o cateterismo

uretral, a punção renal ou a cirurgia endoscópica (CORREIA, 2009).

8.4- VIA LINFÁTICA

Acontece raramente, embora tem a possibilidade de micro-organismos

alcançarem o rim pelas conexões linfáticas entre o intestino e o rim e/ou entre o trato

urinário inferior e superior(CORREIA, 2009)..

Page 31: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

29

Após o micro-organismo entrar em contato com o trato urinário poderá ocorrer

ou não infecção dependendo dos seguintes fatores:

8.4.1- ADEQUAÇÃO DOS MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO:

Propriedades antibacterianas da urina (elevada osmolalidade e baixo pH) e da

mucosa do trato urinário (citocinas, mecanismos antiaderência).

Efeito mecânico da micção.

Resposta imune e inflamatória.

Integridade anatômica e funcional das vias urinárias.

Tamanho do inóculo (quanto maior o inóculo que alcança o rim, maior a chance

de infecção). A medula renal é altamente susceptível a infecção por baixas

contagens bacterianas, ocorrendo o inverso no córtex renal (LEVY, 2004).

8.4.2- VIRULÊNCIA DO MICRO-ORGANISMO

Aderência às células uroepiteliais e vaginais

Resistência à atividade bactericida do soro

Produção de hemolisina e fator citotóxico necrotizante tipo 1.

Nos pacientes com cateterismo vesical, os micro-organismos atingem a bexiga

através de três caminhos:

- no momento da inserção do cateter

- através da luz do cateter

- através da interface mucoso-cateter

Os fatores envolvidos na fisiopatogênese das infecções urinárias associadas ao uso

de cateteres vesicais são:

- fenômenos inflamatórios locais (corpos estranhos).

- eliminação dos mecanismos habituais de defesa (esvaziamento incompleto da

bexiga, alterações da imunidade local, via aberta de passagem até a bexiga).

Page 32: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

30

- obstrução mecânica das glândulas periuretrais (facilitando quadros de uretrites e

epididimites). Nos pacientes com prostatite ou epididimite, os micro-organismos

atuam, principalmente, através do refluxo da urina infectada nos ductos prostáticos e

ejaculatórios (LEVY, 2004).

9- SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS

Neonatos e crianças até dois anos de idade com ITU(s) podem ser totalmente

assintomáticos ou apresentarem sintomas imprecisos como: irritabilidade; diminuição

da amamentação; menor desenvolvimento pondero-estatural; diarréia e vômitos;

febre e apatia, etc. Cerca de 7% dos relatos podem estar acompanhados de icterícia

e de hepato-esplenomegalia. No diagnóstico de ITU em crianças menores de dois

anos, pode ser feita apenas uma triagem com a urina obtida por coletor, se negativa

tem valor diagnóstico de exclusão, mas se positiva, com ou sem leucocitúria, o

diagnóstico final depende da coleta por punção supra-púbica ou de urina obtida por

sondagem vesical. Porém nesta idade assegurar um diagnóstico clínico é muito

difícil (LEVY, 2004; MAIA, 2010).

Crianças mais velhas podem relatar sintomas como: disúria, frequência e dor

abdominal, febre alta, calafrios, náuseas dor e calor no flanco são sinais de

pielonefrite. Em crianças maiores de dois anos com controle esfincteriano, deve-se

utilizar a urina de jato médio (LEVY, 2004; CORREIA, 2009; MAIA, 2010;).

Adultos com ITU baixa, limitada a uretra e bexiga, geralmente apresentam

disúria frequente, urgência miccional e ocasionalmente dor na região particularmente

pielonefrite, são constantemente acompanhadas pelos mesmos sintomas das

infecções baixas, além supra-púbica. As ITUs altas, particularmente pielonefrite, são

constantemente acompanhadas pelos mesmos sintomas das infecções baixas, além

de dor nos flancos e febre. Bacteremia quando presente poderá confirmar um

diagnóstico de pielonefrite ou prostatite (LEVY, 2004).

Os pacientes idosos apresentam sintomas com poucas características de

infecções urinárias. Geralmente os casos de pielonefrite aguda apresentam por

sintomas gastrointestinais, dores abdominais incaracterísticas, náuseas e vômitos.

Page 33: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

31

Onde a febre pode estar ausente, assim como a leucocitose, devido à resposta

imunológica do idoso estar comprometida. (CORREIA, 2009; MAIA, 2010).

10- INSTRUÇÕES PARA COLETA DE URINA.

A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do

dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas. (LEVY, 2004).

10.1- CRIANÇAS

Antissepsia rigorosa prévia dos genitais com água e sabão neutro, e posterior

secagem com gaze estéril.

Modo de coleta:

O ideal é jato intermediário (jato médio) espontâneo. Bem indicado em

crianças que urinam sob comando, usado também em lactentes. Em lactentes em

que não se consegue coletar através do jato médio, pode-se usar o saco coletor de

urina, porém a troca deve ser realizada de 30 em 30 minutos e, ao trocar o coletor,

refazer a antissepsia. Em casos especiais (RN, lactentes de baixo peso, resultados

repetidamente duvidosos) indicar punção vesical suprapúbica, que deverá ser

realizada por médico (LEVY, 2004).

10.2- ADULTOS SEXO MASCULINO

A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do

dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas.

Pacientes cateterizados com sistema de drenagem fechada:

Colher a urina puncionando o cateter na proximidade da junção com o tubo de

drenagem.

Page 34: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

32

Não colher a urina da bolsa coletora.

No pedido laboratorial deverá constar que o paciente está cateterizado.

Observação:

Não aceitar, sem exceção, as coletas de 24 horas dos materiais clínicos para

cultura, particularmente de urina para o isolamento de mico bactérias, devido a

possível contaminação do material (LEVY, 2004).

10.3- ADULTOS SEXO FEMININO

A coleta de amostras do sexo feminino deve ser supervisionada

pessoalmente por uma enfermeira ou auxiliar treinada. O processamento laboratorial

deve ser feito dentro de duas horas. Caso não seja possível, as amostras deverão

ser refrigeradas a 4ºC até o momento da semeadura (no máximo de 24 horas)

(LEVY, 2004).

Remover toda a roupa da cintura para baixo e sentar no vaso sanitário.

Separar as pernas tanto quanto for possível.

Afastar os grandes lábios com uma das mãos e continuar assim enquanto fizer a

higiene e coleta do material.

Usar uma gaze embebida em sabão neutro, lavar de frente para trás e certificar-

se que está limpando por entre as dobras da pele, o melhor possível.

Enxaguar com uma gaze umedecida, sempre no sentido de frente para trás.

Continuar afastando os grandes lábios para urinar. O primeiro jato de urina deve

ser desprezado no vaso sanitário. Colher o jato médio urinário no frasco

fornecido pela enfermagem (um pouco mais da metade do frasco). Evite encher o

frasco.

Fechar bem o frasco e caso haja algum respingo na parte externa do frasco,

lave-o e enxugue-o (LEVY, 2004).

Page 35: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

33

11- METODOLOGIA

A metodologia utilizada pelo Laboratório Escola de Análises Clínicas segue de

acordo com os parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),

instruindo a coleta conforme descrito acima. No laboratório é realizada a

identificação das amostras dos pacientes, antes de realizar os exames: Urina tipo I,

Urocultura mais contagem de colônias e o Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos

(TSA).

Page 36: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

34

12- RESULTADOS

Ao analisar os pedidos de urocultura no Laboratório Escola de Análises

Clínicas durante o período de Janeiro a Abril de 2012, observamos que foram

realizados 155 exames, dos quais 23 (14,83%) apresentaram crescimento de micro-

organismos, onde os mesmos foram submetidos ao teste de sensibilidade a

antimicrobianos.

Duarte e Araújo (2012), ao analisarem amostras provenientes de infecções

urinárias obtiveram maior número de amostras do gênero feminino resultado este

semelhante a referente pesquisa, ou seja, das uroculturas analisadas 137 (88,38%)

pertenciam ao gênero feminino, onde 22 (30,14%) apresentaram crescimento de

Figura 04 – Percentual de uroculturas positivas e negativas de pacientes atendidos pelo

Laboratório Escola de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Page 37: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

35

micro-organismos, e 18 (11,62%) pertenciam ao gênero masculino, onde 1 (1,37%)

apresentou crescimento de micro-organismos.

Total deUroculturasAnalisadas

Gênerofeminino

Uroculturaspositivas

Gêneromasculino

Uroculturaspositivas

100,00%88,38%

16,05% 11,61%5,55%

Analisando o perfil dos micro-organismos causadores das Infecções do Trato

Urinário (ITU), pode-se averiguar a prevalência e diversidade dos mesmos, sendo 15

(65,21%) de Escherichia coli, 3 (13,04%) de Enterobacter sp, 3 (13,04%) de

Klebsiella sp, 1 (4,34%) Staphylococcus saprophyticus e 1 (4,34%) de Morganella

Morgani.

Pelizzari (2008), ao analisar as ITUs obteve a E. coli (59,8%) como

uropatógeno de maior prevalência, conforme a presente pesquisa. Porém a

sequencia de diversidade de micro-organismos apresentada se divergem: Klebsiella

sp (9,8%), Enterobacter ssp (7,4%), Pseudômonas aeruginosa (2,9%), Proteus ssp

(2,3%), Serratia spp (1,7%) e Morganella morgani (0,6%).

Figura 05 - Percentual de uroculturas analisadas, separando as amostras

por gênero e positividade.

Page 38: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

36

Figura 06 - Percentual da diversidade e prevalência dos micro-organismos

isolados nas Infecções do Trato Urinário, realizadas no Laboratório Escola

de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Relacionando os micro-organismos encontrados, conforme a fonte das amostras se

pertenciam ao gênero feminino ou masculino, observamos que 15 (65,21%) de

Escherichia coli, 3 (13,04%) de Enterobacter sp, 3 (13,04%) de Klebsiella sp, 1

(4,34%) Staphylococcus saprophyticus, isolados pertenciam ao gênero feminino e

que apenas 1(4,34%) de Morganella morgani isolada pertenciam ao gênero

masculino. Os resultados apresentado por Afif e Daoud (2011), conferem a

predominância do uropatógeno E. coli em ambos os sexos, porém a frequência é

maior nas mulheres (69,8% nas mulheres em comparação a 61,4% em homens).

Page 39: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

37

Micro-organismos Feminino Masculino

Escherichia coli Sim Não

Enterobacter sp Sim Não

Klebsiella sp Sim Não

Staphylococcus saprophyticus Sim Não

Morganella morgani Não Sim

Legenda: Sim – representa que houve crescimento do micro-organismo Não – representa que não houve crescimento de micro-organismo

O índice de prevalência do micro-organismo Escherichia coli em ITU segundo

o estudo de Kazmirczak, Giovelli e Goulart (2005) foi de 75,01%, já o levantamento

de dados realizado no laboratório Escola de Analises Clinicas da Fundação

Educacional de Fernandópolis foi de 65,21%.

12.1 - Perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

A metodologia utilizada foi a disco-difusão, devido sua grande flexibilidade na

escolha dos antimicrobianos, sua constante padronização metodológica pelo NCCLS

(National Commivtee for Clinical Laboratory Standards), sua fácil interpretação além

de proporcionar resultados qualitativos da sensibilidade, caracterizando os micro-

organismos testados em sensíveis, intermediários e resistentes às drogas testadas

(TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

Tabela 02 - Micro-organismos isolados corelacionados ao gênero da amostra de

urina.

Page 40: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

38

12.1.1 - CEPAS DE Escherichia coli

Das 13 cepas de E. coli testadas, 5 cepas (38,46%) apresentaram

resistência intermediária a 1 agente antimicrobiano, sendo 1 (7,69%) a

ciprofloxacino, 1 (7,69%) a cefalotina, 1 (7,69%) a Nitrofurantoina, 1 (7,69%) a

ampicilina, 1 (7,69%) ao acido nalidixico e 4 cepas (30,76%) apresentaram

resistência a 2 antimicrobianos, sendo 1 (7,69%) a (meropenem/amoxicilina/ac.

Clavulanico) 1 (7,69%) sendo (cloranfenicol/ac. Nalidixico) 1 (7,69%) a

(cefalotina/ampicilina) 1 (7,69%) a (ciprofloxacino/ampicilina) e 1 (7,69%) a 3

antimicrobianos (ceftazidima/meropenem/cefalotina) e 2 (15,38%) foram resistentes

4 antimicrobianos, sendo 1 (7,69%) a

(meropenem/ceftazidima/cefalotina/gentamicina) 1 (7,69%) a (gentamicina/ac.

Nalidixico/nitrofurantoina/cloranfenicol) ; Cepas de E. coli, que apresentaram

resistência total a alguns antimicrobianos, onde 3 cepas (23,07%) apresentaram

resistência a 2 agentes antimicrobianos, sendo 1 (7,69%) a (ampicilina/cefalotina)

e 1 (7,69%) a (ampicilina/tetraciclina); 2 cepas apresentaram resistência a 3

agentes antimicrobianos, sendo 1 (7,69%) a (ampicilina/cloranfenicol/tetraciclina) e

1 (7,69%) a (ampicilina/tetraciclina/ac. Nalidixico); 1 cepa (7,69%) apresentou

resistência a 4 agentes antimicrobianos, sendo

(ampicilina/gentamicina/sulfazotrim/tetraciclina); 2 cepas (15,38%) apresentou

resistência a 5 agentes antimicrobianos, sendo 1 (7,69%) a

(ampicilina/gentamicina/nitrofurantoina/sulfazotrim/tetraciclina); e 1 (7,69%) a

(cefalotina/nitrofurantoina/tetraciclina/meropenem/ceftazidima); 1 (7,69%)

apresentou resistência a 10 antimicrobianos, sendo

(ampicilina/cefalotina/ciprofloxacino/gentamicina/norfloxacina/sulfazotrim/cloranfenic

ol/tetraciclina/ac. Nalidixico/moxifloxacino).

O maior percentual de resistência (total) ao antimicrobiano foi frente a

ampicilina (61,53%), seguido de tetraciclina(38,26%), cefalotina (23%), gentamicina

(23%), sulfazotrim (23%), ciprofloxacino (15,38%), ac. Nalidixico (15,38%),

nitrofurantoina (15,38%), norfloxacino (7,69%), cloranfenicol (7,69%), moxifloxacino

(7,69%) e amoxicilina/ac clavulânico (7,69%), ceftazidima (7,69%) meropenem

(7,69%).

Page 41: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

39

Tabela 03 - Distribuição do percentual do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

de cepas de Escherichia coli isolados das uroculturas realizadas no Laboratório

Escola de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Cepas

Antimicrobianos

Sensíveis

Resistência

Intermediária

Resistente

FQ(a) % % %

Cefepime 13 100 - -

Amicacina 4 100 - -

Cefalotina 13 41,66 33,33 25

Gentamicina 13 61,53 15,38 23,07

Nitrofurantoina 13 69,23 15,38 15,38

Sulfazotrim 13 76,92 - 23,07

Tetraciclina 12 41,66 - 58,33

Cefoxitina 4 100 - -

Ceftazidima 4 25 50 25

Cefuroxima 2 100 - -

Meropenem 4 - 75 25

Amoxicilina+Ac.Clav. 4 50 25 25

Ampicilina 13 7,69 23,07 69,23

Ciprofloxacino 13 69,23 15,38 15,38

Norfloxacino 12 83,33 - 16,66

Cloranfenicol 9 55,55 22,22 22,22

Acido Nalidixico 9 44,44 33,33 22,22

Moxifloxacin 2 50 - 50

Legenda: FQ(a) = Frequência de uso do antimicrobiano no TSA (Teste de

Sensibilidade a Antimicrobiano); (-) = ausência.

Os antimicrobianos mais eficazes para o tratamento da infecção por

Escherichia coli foi o Cefepime e Amicacina.

Page 42: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

40

O Cefepime é uma cefalosporina de 4ª geração, que tem o seu mecanismo de

ação similar aos betalactamicos, que inibe a formação da parede celular das

bactérias, o cefepime penetra pela membrana externa mais rapidamente que as

outras cefalosporinas, ela atinge uma maior concentração nas células bacterianas

sofrendo pouca ação das enzimas bacterianas no espaço peri-plasmático, a

Amicacina é um aminoglicosídeo usado para o tratamento de infecções sistêmicas

severas (BPF- Guia de Medicamentos, 2011).

Os micro-organismos apresentaram maior resistência a dois agentes

antimicrobianos, um deles é a Ampicilina, um bactericida que age inibindo a síntese

da membrana celular das bactérias, e o outro a Tetraciclina é um bacteriostático que

atua no ribossomo das bactérias inibindo a síntese das proteínas das mesmas, os

micro-organismos também apresentaram resistência a Cefalotina, Ciprofloxacino,

Acido Nalidixico, Amicacina, Cefoxitina, Meropenem, Amoxicilina + Acido

Clavulânico, Ceftazidima e Cefuroxina, mas em menor escala (BPR- Guia de

Remédios, 2011).

12.1.2 - CEPAS DE Enterobacter sp

Das 3 cepas de Enterobacter sp testadas, 1 (33,33%) apresentou resistência

intermediaria a 3 agentes antimicrobianos (Cefalotina/Ciprofloxacina/Gentamicina); e

2 (66,66%) apresentaram resistência intermediária a 4 agentes antimicrobianos,

sendo 1 (33,33%) a (Amicacina/Norfloxacino/Gentamicina/Ciprofloxacino), e 1

(33,33%) sendo a (Cefalotina/Norfloxacino/Ciprofloxacino/ Ampicilina); e 1 (33,33%)

apresentou resistência a 1 agente antimicrobiano (Ac. Nalidixico) , 1 (33,33%)

apresentou resistência a 3 agentes antimicrobianos (Ampicilina/Nitrofurantoina/Ac.

Nalidixico); e 1(33,33%) apresentou resistência a 9 agentes antimicrobianos

(Ampicilina/Nitrofurantoina/Sulfazotrim/Tetraciclina/Cefoxitina/Amoxicilina+Ac.

Clavulanico/Ceftazidima/Meropenem/Cefuroxima). O maior percentual de resistência

foi da Ampicilina (66,66%) , Ac. Nalidixico(66,66%) e Nitrofurantoina (66,66%) e

seguido de Sulfazotrim (33,33%), Tetraciclina (33,33%), Cefoxitina (33,33%),

Amoxicilina+Ac. Clavulânico (33,33%), Ceftazidima (33,33%), Meropenem (33,33%),

Cefuroxima (33,33%) e Ac. Nalidixico (33,33%).

Page 43: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

41

Tabela 04 - Distribuição do percentual do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

de cepas de Enterobacter sp isolados das uroculturas realizadas no Laboratório

Escola de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Cepas

Antimicrobianos

Sensíveis

Resistência

Intermediária

Resistente

FQ(A) % % %

Cefepime 3 100 - -

Norfloxacino 3 33,33 66,66 -

Sulfazotrim 3 66,66 - 33,33

Cloranfenicol 2 100 - -

Tetraciclina 3 66,66 - 33,33

Cefalotina 2 - 100 -

Ciprofloxacina 3 - 100 -

Gentamicina 3 33,33 66,66 -

Ampicilina 3 - 33,33 66,66

Nitrofurantoina 3 33,33 - 66,66

Acido Nalixico 3 - - 100

Amicacina 1 - 100 -

Cefoxitina 1 - - 100

Cefuroxima

Meropenem

Amoxicilina+Ac.Clavulânico

Ceftazidima

1

1

1

1

-

-

-

-

-

-

-

-

100

100

100

100

Legenda: FQ(a) = Frequência de uso do antimicrobiano no TSA(Teste de

Sensibilidade a Antimicrobiano); (-) = ausência

Page 44: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

42

O índice de prevalência do micro-organismo Enterobacter sp em ITU segundo

o estudo de Vieira e Saraiva de 2007 foi de 7,2%, já o levantamento de dados

realizado na Fundação Educacional de Fernandópolis foi de 13,4%.

Os antimicrobianos mais eficazes para o tratamento da infecção por

Enterobacter sp na referente pesquisa é o Cloranfenicol (bacteriostático), que se liga

aos ribossomo das bactérias inibindo a síntese de proteínas das mesmas, e

novamente o Cefepime (BPF- Guia de Remédios, 2011).

12.1.3 - CEPAS DE Klebsiella sp

Das 2 cepas de Klebsiella sp, 1 (50%) apresentou resistência intermediária a

1 agente antimicrobiano (Ceftazidima), e 1 (50%) apresentou resistência a 2 agentes

antimicrobianos (Meropenem/Ceftazidima); 1 (50%) apresentou resistência a 8

agentes antimicrobianos

(Ampicilina/Cefalotina/Ciprofloxacino/Gentamicina/Nitrofurantoina/Norfloxacina/Sulfa

zotrim/Am. Ac. Clavulanico), e 1 (50%) apresentou resistência a 12 agentes

antimicrobianos

(Amicacina/Ampicilina/Cefalotina/Ciprofloxacino/Gentamicina/Nitrofurantoina/Norflox

acino/Sulfazotrim/Tetraciclina/Amoxicilina Ac. Clavulanico/Meropenem/Cefuroxina).

O maior índice de resistência foi da Ampicilina (100%), Cefalotina (100%),

Ciprofloxacino (100%), Gentamicina (100%), Nitrofurantoina (100%), Norfloxacino

(100%), Sulfazotrim (100%), Amoxicilina/Ac. Clavulânico (100%), seguido de

Amicacina (50%), Tetraciclina (50%), Meropenem (50%), Cefuroxima (50%).

Page 45: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

43

Tabela 05 - Distribuição do percentual do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

de cepas de Klebsiella sp isolados das uroculturas realizadas no Laboratório Escola

de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Cepas

Antimicrobianos

Sensíveis

Resistência

Intermediária

Resistente

FQ(A) % % %

Cefepime 2 100 - -

Cefoxitina 2 100 - -

Ceftazidima 1 - 100 -

Amicacina 2 50 - 50

Ampicilina 2 - - 100

Cefalotina 2 - - 100

Ciprofloxacino 2 - - 100

Gentamicina 2 - - 100

Nitrofurantoina 2 - - 100

Norfloxacino 2 - - 100

Sulfazotrim 2 - - 100

Tetraciclina 1 - - 100

Amoxicilina+Ac.Clavulânico 2 - - 100

Meropenem 2 - 50 50

Cefuroxima 1 - - 100

Acido Nalidixico 1 - 100 -

Legenda: FQ(a) = Frequência de uso do antimicrobiano no TSA(Teste de

Sensibilidade a Antimicrobiano).

O índice de prevalência do micro-organismo Klebsiella sp em ITU segundo o

estudo de Vieira e Saraiva (2007) foi de 5,8%, já o levantamento de dados realizado

na Fundação Educacional de Fernandópolis foi de 13,4%.

Page 46: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

44

Os antimicrobianos mais eficazes para o tratamento da infecção por Klebsiella

sp conforme os dados apresentados é a Cefoxitina que é um bactericida de amplo

espectro, e novamente o Cefepime (BPF- Guia de Remédios, 2011).

E os antimicrobianos que os micro-organismos apresentaram maior

resistência foi o Meropenem, Ceftazidima, Ampicilina, Cefalotina, Ciprofloxacino,

Gentamicina, Nitrofurantoina, Norfloxacino, Sulfazotrim, Amoxicilina + ácido

clavulânico, Tetraciclina e cefuroxima.

12.1.4 - CEPA DE Staphylococcus saprophyticus (Gram-positivo)

A cepa analisada de Staphylococcus saprophyticus apresentou resistência a

12 agentes antimicrobianos

(Ampicilina/Cefalotina/Ciprofloxacino/Sulfazotrim/Cloranfenicol/Clindamicina/Eritromi

cina/Rifampicina/Vancomicina/Oxacilina/Penicilina G). Todos os agentes

antimicrobianos apresentaram o mesmo índice de resistência.

Page 47: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

45

Tabela 06 - Distribuição do percentual do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

de cepas de Staphylococcus saprophyticus isolados das uroculturas realizadas no

Laboratório Escola de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Cepa

Antimicrobianos

Sensíveis

Resistência

Intermediária

Resistente

FQ(A) % % %

Gentamicina 1 100 - -

Cefoxitina 1 100 - -

Amoxicilina+Ac.Clavulânico 1 100 - -

Cefalotina 1 - - 100

Ciprofloxacino 1 - - 100

Sulfazotrim 1 - - 100

Cloranfenicol 1 - - 100

Tetraciclina 1 - - 100

Clindamicina 1 - - 100

Eritromicina 1 - - 100

Rifampicina 1 - - 100

Vancomicina 1 - - 100

Oxacilina 1 - - 100

Penicilina G

Ampicilina

1

1

-

-

-

-

100

100

Legenda: FQ(a) = Frequência de uso do antimicrobiano no TSA (Teste de

Sensibilidade a Antimicrobiano).

O índice de prevalência do micro-organismo Staphylococcus saprophyticus

em ITU segundo o estudo de Vieira e Saraiva (2007) foi de 2,9%, já o levantamento

de dados realizado na Fundação Educacional de Fernandópolis foi de 4,34%.

Page 48: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

46

Os antimicrobianos mais eficazes para o tratamento da infecção por

Staphylococcus saprophyticus conforme análise dos resultados é a Cefoxitina,

Amoxicilina + Ac Clavulânico e a Gentamicina.

E os antimicrobianos que os micro-organismos apresentaram maior

resistência foram a Ampicilina, Cefalotina, Ciprofloxacino, Sulfazotrim, Cloranfenicol,

Tetraciclina, Clindamicina, Eritromicina, Rifampicina, Vancomicina, Oxacilina e a

Penicilina G.

12.1.5 - CEPA DE Morganella morgani

A cepa analisada de Morganella morgani apresentou resistência intermediária

a 2 agentes antimicrobianos (Tetraciclina/Sulfazotrim); e apresentou resistência a 7

agentes antimicrobianos (Ampicilina/Cefalotina/Cefepime/Amoxilina+Ac.

Clavulânico/Meropenem/Cefuroxima). Todos os agentes antimicrobianos

apresentaram o mesmo índice de resistência.

Page 49: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

47

Tabela 07 - Distribuição do percentual do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos

de cepas de Morganella morgani isolados das uroculturas realizadas no Laboratório

Escola de Análises Clínicas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Cepa

Antimicrobianos

Sensíveis

Resistência

Intermediária

Resistente

FQ(A) % % %

Amicacina 1 100 - -

Ciprofloxacino 1 100 - -

Gentamicina 1 100 - -

Nitrofurantoina 1 100 - -

Norfloxacina 1 100 - -

Tetraciclina 1 - 100 -

Sulfazotrim 1 - 100 -

Ampicilina 1 - - 100

Cefalotina 1 - - 100

Cefepime 1 - - 100

Amoxicilina+Ac.Clavulânico 1 - - 100

Ceftazidima 1 - - 100

Meropenem 1 - - 100

Cefuroxima 1 - - 100

Legenda: FQ(a) = Frequência de uso do antimicrobiano no TSA (Teste de

Sensibilidade a Antimicrobiano).

O índice de prevalência do micro-organismo Morganella morgani em ITU

segundo o estudo de Pelizzari, Rio Grande do Sul foi de 0,6%, já o levantamento de

dados realizado na Fundação Educacional de Fernandópolis foi de 4,34%.

Os antimicrobianos mais eficazes para o tratamento da infecção por

Morganella morgani foi a Amicacina, Ciprofloxacino, Gentamicina, Nitrofurantoina e

Norfloxacino.

Page 50: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

48

E os antimicrobianos que os micro-organismos apresentaram maior

resistência foram a Tetraciclina, Sulfazotrim, Ampicilina, Cefalotina, Cefepime,

Amoxicilina + Ac. Clavulânico, Ceftazidima, Meropenem e a Cefuroxima.

Page 51: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

49

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os artigos analisados, os dados apresentados nos site governamentais como

ANVISA, descrevem as infecções urinárias com uma das principais ocorrências de

infecções em hospitais e na comunidade.

Analisando os resultados obtidos na referente pesquisa, consolidamos os

dados como equivalentes as literaturas pesquisadas. O micro-organismo de maior

prevalência de acordo com as análises dos resultados é E. coli, seguido da

Klebsiella sp, Enterobacter sp, Morganella morgani.

As Infecções do Trato Urinário (ITU) são de maior ocorrência no gênero

feminino fato este explicado devido anatomia feminina, porém deve-se intensificar as

campanhas de educação para evitar as ITU e o uso indiscriminado de antibióticos.

Como podemos observar os uropatógenos identificados pelo Laboratório Escola de

Análises Clínicas FIFE/FEF apresentaram resistência a vários agentes

antimicrobianos resultado este que podemos atribuir ao uso irracional de

antibióticos.

Dentre todas as uroculturas analisadas apenas uma apresentou crescimento

de micro-organismo gram-positivo (Staphylococcus saprophyticus), sendo o mesmo

isolado do gênero feminino.

Page 52: Análises das infecções do trato urinário e do perfil de sensibilidade e resistência dos uropatóge

50

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