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Universidade Federal de Itajubá EPR-30 – Contabilidade Análise financeira Jéssica Mendonça Gastaldo 11460 Juliana Sene Baruffi 11461 Junho de 2005

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Universidade Federal de Itajubá EPR-30 – Contabilidade

Análise financeira

Jéssica Mendonça Gastaldo 11460 Juliana Sene Baruffi 11461

Junho de 2005

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Índice 1. Introdução ................................................................................................... 3

1.1 Objetivo................................................................................................ 3 1.2 Justificativa .......................................................................................... 3 1.3 Estrutura do trabalho............................................................................ 3

2. Desenvolvimento teórico ............................................................................. 4 2.1 Demonstrações financeiras.................................................................. 4

2.1.1 Balanço Patrimonial ...................................................................... 4 2.1.2 Demonstração do resultado.......................................................... 5

2.2 Índices.................................................................................................. 5 2.2.1 Índices de estrutura de capital ...................................................... 6 2.2.2 Índices de liquidez ........................................................................ 7 2.2.3 Índices de rentabilidade ................................................................ 8

2.3 Análise horizontal e vertical ................................................................. 9 2.4 Avaliação setorial ............................................................................... 10 2.5 Previsão de falência........................................................................... 10 2.6 Índices de Prazo médio...................................................................... 11 2.7 EVA* (Economic Value Added).......................................................... 12 2.8 Ações ................................................................................................. 12

3. Apresentação da empresa ........................................................................ 12 3.1 História............................................................................................... 13 3.2 Perfil da empresa............................................................................... 13

4. Análise financeira...................................................................................... 14 4.1 Balanço Patrimonial ........................................................................... 15 4.2 Demonstração de Resultados............................................................ 16 4.3 Índices................................................................................................ 17

4.3.1 Índices de estrutura de capital .................................................... 17 4.3.2 Índices de liquidez ...................................................................... 18 4.3.3 Índices de rentabilidade .............................................................. 19

4.4 Análise horizontal e vertical ............................................................... 19 4.5 Avaliação setorial ............................................................................... 22 4.6 Previsão de falência........................................................................... 24 4.7 Prazo médio....................................................................................... 25 4.8 EVA.................................................................................................... 25 4.9 Ações ................................................................................................. 26

5. Conclusão ................................................................................................. 28 6. Referências bibliográficas ......................................................................... 28

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1. Introdução

1.1 Objetivo Este trabalho tem como objetivo analisar a situação financeira e econômica

da empresa Döhler S/A.

1.2 Justificativa É de grande importância ter um conhecimento sobre as demonstrações

financeiras de uma empresa. Todavia, não basta apenas entender o significado dessas demonstrações, é necessário fazer um estudo através de índices para obter maiores informações a respeito da situação financeira e econômica da mesma.

Em vista disto, a empresa Döhler S/A foi escolhida como estudo de caso a fim de exemplificar e facilitar o entendimento de tais índices.

1.3 Estrutura do trabalho Primeiramente foi feita uma revisão bibliográfica. Em seguida foi feita uma

apresentação da empresa, de modo a visualizar melhor o objeto de estudo. Posteriormente deu-se início a analise financeira da mesma no decorrer dos anos de 2001, 2002, 2003 e 2004.

A análise foi feita baseando-se em índices e fórmulas citadas no desenvolvimento teórico auxiliados a recursos gráficos.

Por fim, através da analise de todos os itens, foram feitas algumas considerações importantes sobre a empresa.

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2. Desenvolvimento teórico

2.1 Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a

empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e quanto melhores informações produzir mais eficiente é o processo de tomada de decisão.

Desta forma, a análise de balanços é fundamental para quem pretende relacionar-se com a empresa, de modo que cada usuário possui interesse em um aspecto particular da empresa.

As demonstrações financeiras devem ser padronizadas, ou seja, todas as contas de cada demonstrativo, devem ser transcritas para um modelo previamente definido.

A padronização é feita pelos seguintes motivos: • Simplificação (redução do número de contas); • Comparabilidade (facilitar a comparação com outros balanços); • Adequação aos objetivos da análise (para os casos de contas que

devem ser reclassificadas); • Precisão nas classificações de contas (correção de classificações feitas

para “embelezar” os balanços); • Descoberta de erros na classificação de contas; • Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa

para que este enxergue os detalhes que, de outra forma, não conseguiria.

2.1.1 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e

direitos da empresa (Ativo), assim como as obrigações (Passivo) em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio líquido e representa a quantidade de capital investido pelos proprietários da empresa, seja através de recursos trazidos de fora da empresa ou seja gerados por esta em suas operações e retidos internamente.

ATIVO

• Circulante: Valores disponíveis para a utilização imediata, direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte e valores relativos a despesas já pagas.

• Realizável a longo prazo: Mesmas contas do ativo circulante mas com prazo de realização superior a um ano.

• Permanente: Recursos que não se deseja ou não se pode realizar, ou seja, vender e transformar em dinheiro. São os investimentos, imobilizado( relacionados a manutenção) e diferido.

PASSIVO

• Circulante: Obrigações da empresa vencíveis no prazo de uma ano. Contas com fornecedores, duplicatas, tributos, salários e encragos sociais, empréstimos e financiamentos.

• Exigível a longo prazo: Obrigações da empresa vencíveis no prazo superior a um ano.

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO O que a empresa não tem intenção de pagar. Capital social, reservas,

lucros ou prejuízos acumulados.

2.1.2 Demonstração do resultado A Demonstração do Resultado trata-se de uma demonstração dos

aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa, retratando o fluxo econômico de uma empresa e não o fluxo monetário.

As receitas representam normalmente aumento do Ativo e conseqüentemente aumento do Patrimônio Líquido, através de ingresso de novos elementos. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo.

2.2 Índices Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações

Financeiras, que visa evidenciar amplamente um determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.

Os índices constituem a técnica de análise mais utilizada, e muitas vezes confunde se a Análise de Balanços com extração de índices, pois grande parte do tempo gasto numa análise de balanços, é exatamente nos cálculos e nas avaliações dos índices.

O papel fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa.

O importante para uma análise através dos índices, não é o calculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise. Portanto, a quantidade de índices que deve ser utilizada na análise é variável de acordo com o usuário.

Porém, o aumento da quantidade de índices é também um aumento de custos. A análise de índices entra em rendimentos decrescentes a partir de um certo ponto. A análise de empresas e comerciais através de índices tradicionais dever ter, no mínimo, 4, e não é preciso estender-se além de 11 índices.

Os índices se dividem em 3 grupos: • Estrutura de Capitais; • Liquidez; • Rentabilidade. Os dois primeiros grupos evidenciam a situação financeira da empresa cuja

preocupação está na obtenção e aplicação dos recursos. Os índices referentes à rentabilidade agrupam aqueles que estão preocupados com os resultados obtidos, ou seja, compõem o grupo que mostra a situação econômica da empresa.

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2.2.1 Índices de estrutura de capital Os índices deste grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras,

em ternos de obtenção e aplicação dos recursos.

1. Participação de capitais de terceiros Este índice relaciona as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou

seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa já que mostra quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de capital próprio.

Quanto menor for este índice, melhor. Fórmula: CT/PL x 100 Onde: CT = Capitais de terceiros; PL = Patrimônio liquido.

2. Composição do endividamento Este índice indica o percentual de obrigações de curto prazo em relação as

obrigações totais, ou seja, dividas vencíveis a curto prazo. Quanto menor for este índice, melhor. Fórmula: PC/CT x 100 Onde: PC = Passivo circulante; CT = Capitais de terceiros.

3. Imobilização do patrimônio liquido Este índice mostra o quanto a empresa aplicou no ativo permanente para

cada $ 100 de patrimônio liquido. Quanto mais a empresa investir em ativo permanente, menos recursos

próprios sobrarão para o ativo circulante e, em conseqüência, maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. O ideal é a empresa dispor de patrimônio liquido suficiente para cobrir o ativo permanente e ainda sobrar uma parcela, chamada de capital circulante próprio (CCP) suficiente para a ativo circulante.

Quanto menor for este índice, melhor. Fórmula: AP/PL x 100 Onde: AP = Ativo permanente; PL = Patrimônio liquido.

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4. Imobilização de recursos não correntes Este índice indica o percentual de recursos não correntes que a empresa

aplicou no ativo permanente. A empresa não precisa financiar todo o imobilizado com recursos próprios.

É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo desde que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dividas de longo prazo.

O capital circulante liquido (CCL) representa a folga financeira a curto prazo. A empresa que possui CCP goza da tranqüilidade de boa saúde financeira a curto e longo prazo já uma empresa que não tem precisa, a curto prazo, consertar a situação e não tem certeza de sua manutenção a longo prazo.

Portanto o ideal é que este índice não seja superior que 100%. Quanto menor, melhor.

Fórmula: AP/(PL + PELP) x 100 Onde: AP = Ativo permanente; PL = Patrimônio liquido; PELP = Passivo exigível a longo prazo.

2.2.2 Índices de liquidez Os três índices que compõe este grupo mostram a base da situação

financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter uma boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará obrigatoriamente pagando suas dividas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dividas, entre outras.

5. Liquidez geral

Este índice mostra a porcentagem de patrimônio liquido que foi imobilizado

e a que foi para o ativo circulante. É esta etapa que verifica se a porcentagem do ativo circulante será suficiente para proporcionar boa base financeira para a empresa.

Portanto o ideal é que este índice seja sempre maior que 1 e quanto maior melhor pois assim a empresa não tem a necessidade de gerar recuros para pagar suas dividas.

Fórmula: (AC + ARLP) / (PC + PELP) Onde: AC = Ativo circulante; ARLP = Ativo realizável a longo prazo; PC = Passivo circulante; PELP = Passivo exigível a longo prazo.

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6. Liquidez Corrente Este índice Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada

$1,00 de Passivo Circulante, verificando assim a disponibilidade da empresa em vencer as obrigações de curto prazo.

Quanto maior for esse índice, melhor para a empresa.

Fórmula: AC/PC Onde: AC = Ativo circulante; PC = Passivo circulante.

7. Liquidez seca

Indica quanto a empresa possui no Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo Circulante (dívidas em curto prazo), medindo assim o grau de excelência da sua situação financeira. Esse índice está intimamente ligado ao índice de Liquidez Corrente.

Os estoques são colocados de lado pois é o item que contem maior risco no ativo circulante devido a roubo, deterioração e risco de não serem vendidos.

Quanto maior for esse índice, melhor para a empresa.

Fórmula: (AC – Estoques) / PC Onde: AC = Ativo circulante; PC = Passivo circulante

2.2.3 Índices de rentabilidade Os índices que se encontram neste grupo tem a capacidade de mostrar

quanto os investimentos renderam, ou seja, qual o grau de êxito econômico da empresa.

8. Giro do ativo

Este índice mede o volume de vendas da empresa em relação ao capital

total investido. Quanto maior for este índice, melhor para a empresa. Uma empresa passa a vender menos por vários motivos. Entre eles está a

retração do mercado como um todo e perda da participação de mercado para concorrentes. Entretanto este fato pode ser também uma estratégia da empresa, ou seja, a empresa vende menos mas aumenta seu preço para ter uma margem de lucro maior.

Fórmula: VL / AT Onde: VL = Vendas líquidas; AT = Ativo total.

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9. Margem liquida

Este índice indica quanto a empresa obtém de lucro para $ 100 vendidos. Portanto este índice comprova se uma empresa está vendendo menos por uma questão de estratégia.

Quanto maior for este valor, melhor.

Fórmula: LL / VL x 100

Onde: LL = Lucro liquido; VL = Vendas líquidas.

10. Rentabilidade do ativo

Este item não é exatamente uma medida de rentabilidade do capital mas

uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro liquido e assim poder capitalizar-se.

Quanto maior for este índice, melhor para a empresa. Fórmula: LL / AT x 100 Onde: LL = Lucro liquido; AT = Ativo total.

11. Rentabilidade do patrimônio liquido Este índice mostra quanto a empresa obteve de lucro para cada $ 100 de

capital próprio investido, ou melhor, mostra a taxa de rendimento do capital próprio. Esta taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado.

Portanto, quanto maior for o índice, melhores as condições da empresa. Fórmula: LL / PLM x 100 Onde: LL = Lucro liquido; PL = Patrimônio liquido médio.

2.3 Análise horizontal e vertical Na análise vertical calcula-se o percentual de cada conta em relação a um

valor base nas demonstrações financeiras. É calculado o percentual de cada conta em relação ao total do ativo (no balanço patrimonial), ou é calculado o percentual em relação as vendas (na demonstração de resultados).

Já na análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação a demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série.

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A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação a um ano base (Análise Horizontal encadeada) ou em relação ao ano anterior (análise horizontal anual).

Esses dois tipos de análise devem ser considerados em conjunto para se tirar conclusões, ou seja, uma complementa a outra.

Pode-se dizer então, que os objetivos da análise vertical é de mostrar a importância através da composição detalhada de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence, e comparando-se com padrões do ramo ou com anos anteriores da própria empresa, permite inferir se há itens fora das proporções normais. E ainda permite saber qual porcentagem dos recursos foi destinada a cada item.

A análise horizontal tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permite tirar conclusões sobre a evolução da empresa, com esses dados, pode-se concluir a que itens a empresa está dando ênfase.

2.4 Avaliação setorial Na análise de balanços através de índices faz-se necessário comparar os

índices com padrões. No caso, comparar com índices de outras empresas do setor.

Usa-se a estatística para simplificar a análise. Recomenda-se o uso dos decis. Com o auxílio dessa medida estatística obtém-se nove medidas de posição de maneira que se pode dispor de informações que proporcionam uma ótima idéia de distribuição estatística dos índices tabulados. Com os decis distribui-se o universo em fatias, cada uma com 10% dos elementos do universo.

Os índices-padrões são extremamente úteis para análises macroeconômicas.

Após o cálculo dos índices da empresa e a comparação com padrões é possível fazer uma análise global da empresa através de atribuição de nota para cada índice e assim saber a importância relativa de cada um dos índices atribuindo-se pesos para os mesmos.

2.5 Previsão de falência Pode-se através de índices prever a insolvência de uma empresa. No Brasil

diversos estudiosos efetuaram testes estatísticos sobre a previsão de insolvência com base na análise discriminante. Abaixo está descrito a formula descrita por Kanitz e em seguida por Pereira. KANITZ FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5 Onde: FI = Fator de Insolvência = total de pontos obtidos x1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido x2= Ativo Circulante + Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Exigível Total x3 = Ativo Circulante – Estoques/Passivo Circulante x4 = Ativo circulante/Passivo Circulante

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x5 = Exigível Total/Patrimônio Líquido

Segundo esse modelo a empresa será insolvente se FI for inferior a –3; A sua classificação estará indefinida entre –3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência. PEREIRA Z = 0,722 – 5,124E23 + 11,016L19 – 0,342L21 – 0,048L26 + 8,605R13 – 0,004R29 Onde: Z = total de pontos obtidos E23 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a receber L19 = Estoques(Final)/Custo das Mercadorias Vendidas L21 =Fornecedores/Vendas L26 =Estoque Médio/Custo das Mercadorias Vendidas R13=(Lucro Operacional + Despesas Financeiras)/(Ativo Total – Investimento Médio) R29=Exigível Total/(Lucro Líquido+0,1 Imobilizado Médio + Saldo Devedor da Correção Monetária)

Abaixo do 0 a empresa está insolvente acima, solvente.

2.6 Índices de Prazo médio Através das demonstrações financeiras é possível calcular por exemplo,

quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas, ou o prazo médio de renovação de estoques ou o prazo médio de pagamento de compras.

Esses índices devem ser analisados em conjunto. A conjugação dos três índices citados a cima possibilita à análise dos ciclos operacional e de caixa. Com essa análise pode-se determinar a estratégia da empresa, tanto comercial quanto financeira. Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV):

Expressa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento. O volume de investimentos em Duplicatas a Receber é determinado pelo

prazo médio de recebimento de vendas. Este, é obtido através da seguinte fórmula: PMRV = 360 DR V Sendo: DR= Duplicatas a Receber V = Vendas Anuais Prazo Médio de pagamento de compras (PMPC): PMPC =360 F C Sendo: F= Saldo de Fornecedores do Balanço

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C= Compras Prazo Médio de Renovação de estoques

Representa o tempo médio de estocagem de mercadorias (empresa comercial) ou o tempo de produção e estocagem (empresa industrial).

A fórmula para a renovação de estoques é análoga as anteriores, porém relaciona-se com vendas futuras. O correto seria tomar as vendas dos próximos meses após o balanço.

Como esse dado não é disponível ao analista externo, tomam-se as próprias vendas passadas a preço de custo, dadas pelo Custo de Mercadorias Vendidas. Assim, tem-se que o Prazo Médio de Renovação de Estoque é dado pelo seguinte fórmula:

PMRE = 360 (E/CMV) Sendo: E = Estoques CMV = Custo das Mercadorias Vendidas

2.7 EVA* (Economic Value Added) O Valor Econômico agregado é utilizado para verificar se a empresa está

agregando valor aos seus serviços desse modo é desejável que este seja o mais positivo possível.É a Estimativa do lucro econômico da empresa para o ano. Representa o lucro que excede ao custo de recuperação do capital (capital próprio e exigível a longo prazo)

EVA = NOPAT – WACC * capital

EVA = Lucro operacional líquido depois dos impostos – (custo médio ponderado de capital) * (patrimônio líquido + exigível a longo prazo)

É aconselhável enfatizar algumas questões para se conseguir aumentar o EVA ou torna-lo positivo, são elas: Aumentar as vendas, reduzir os gastos, e se possível, reduzir o custo do capital próprio. (*)EVA é marca registrada por Stern Stewart & Co.

2.8 Ações A empresa deve comparar suas ações com a ibovespa a fim de se ter uma

noção da sua situação no mercado.

3. Apresentação da empresa Missão: “Fabricar produtos têxteis para o mercado global, conforme padrões de certificação e compromissos internacionais em qualidade, responsabilidade social, ética e meio ambiente, voltados ao atendimento das expectativas do consumidor e agregando valor para os funcionários, acionistas, fornecedores, clientes e a comunidade. ”

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3.1 História 1881: O imigrante alemão Carl Göttlieb Döhler monta um rústico tear de madeira e, junto com a família, começa a fabricar tecidos para abastecer a operosa comunidade local (joinville). 1956: Nova razão social: Döhler S/A Comércio e Indústria. 1961: Inicio da modernização dos processos industriais 1969: Fecha o primeiro contrato de exportação. 1970: A nova fábrica entra em operação. É a grande virada na produção: por quase 90 anos dedicada ao tecimento de fios tintos, a empresa ingressa na estampagem de tecidos pré-alvejados ou tintos, elaborados em cru na Tecelagem. 1973: A Döhler constitui fiação própria, a Comfio, medida que verticaliza integralmente o processo fabril - do fio ao tecido pronto. 1996: Fornecimento de toalhas com a marca da Olimpíada de Atlanta. Roupões, toalhas de banho e praia, toalhas de mesa, panos de copa, tecidos para decoração e roupas de cama recebem o certificado alemão Öko-Tex 100. 1997: A Döhler comemora a certificação pela ISO 9002, atestando o alto padrão de seu sistema de gestão da qualidade. 1999: Entra para o Guiness - o livro dos recordes - a maior toalha de mesa estampada do mundo, com 560,40 metros.

Empresa conquista a certificação ISO 14001, confirmando a adequação de seus procedimentos às normas de preservação ambiental. 2000: A Döhler fornece a toalha oficial da Copa Davis de Tênis, para os jogos realizados no Brasil. 2001: Lançamento da Service Line. Linha que concentra o foco em segmentos profissionais, como hotéis, motéis, clínicas e hospitais. 2003: Crescimento significativo das exportações sobre os negócios da empresa, com ênfase nos Estados Unidos, na Alemanha e na Argentina.

Adequação do sistema de gestão da qualidade à nova norma ISO 9001:2000. 2004: Inaugurado escritório comercial em Nova York, para atender os clientes norte-americanos, que constituem seu principal mercado no exterior.

3.2 Perfil da empresa

A Döhler está Instalada em Joinville, Santa Catarina, com um complexo de 200 mil metros quadrados de área construída. Embora só exista uma única fábrica, a empresa tem um escritório em Nova Iorque e possui representantes em todo território nacional e nos mais de 40 países para onde exporta.

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Fig.1 – Fábrica em Joinville Fig.2- Escritório em Nova Iorque

A Döhler é uma das maiores fabricantes brasileiras de produtos têxteis para cama, mesa, banho, decoração e tecidos industriais. Seu foco é criar tendências nos diferentes segmentos em que atua, a fim de oferecer ao mercado o que há de mais avançado em cores, padrões, materiais e acabamentos. Atende tanto o consumidor doméstico - com toalhas de banho, rosto, mesa, panos de copa, cortinas etc. - quanto os clientes empresariais, fornecendo tecidos para colchão, almofadas, móveis, persianas, entre outros itens.

A empresa possui processo verticalizado, que vai do fio ao acabamento, passando pelo tecimento, tingimento, estamparia e, quando é o caso, confecção, esta mantém domínio integral sobre o fluxo produtivo. O resultado são produtos cada vez mais sofisticados e com alto valor agregado, por conta do aprimoramento tecnológico constante. A empresa tem uma grande preocupação com a questão ambiental. Já na década de 80 a Döhler implantou sua Estação de Tratamento de Efluentes, que hoje permite a reutilização de quase um terço da água no processo produtivo. Anos depois, inaugurou o primeiro aterro industrial próprio do Sul do país. A questão ecológica é um dos eixos do balanço social da Döhler. Com diversas ações voltadas ao equilíbrio ambiental, a empresa acredita estar fazendo a sua parte na construção de um planeta saudável.

4. Análise financeira O diagnóstico de uma empresa deve sempre iniciar com uma rigorosa

análise de Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato, tomadas de decisão tanto por parte da empresa quanto pelo usuário interessado.

Por ser uma empresa de capital aberto, a Döhler tem obrigação de fornecer periodicamente as demonstrações financeiras para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Portanto os dados da demonstração financeira foram tirados do site da CVM, sendo que todos os dados são dados em milhares de reais.

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4.1 Balanço Patrimonial

Análise

A empresa apresentou em todos os anos analisados maior porcentagem de ativo circulante e patrimônio liquido. O ativo realizável a longo prazo apresenta um crescimento, entretanto, comparando com o total de ativo circulante, possui valor muito baixo.

De 2001 para 2002 a empresa aumentou seu ativo total devido a um aumento de ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, porém

Ativo Circulante 31/12/04 31/12/03 31/12/02 31/12/01

Financeiro Disponibilidades 2.447 2.677 1.973 1.848 Aplicações Financeiras 18.880 62.311 38.744 57.951

Subsoma 21.327 64.988 40.717 59.799 Operacional

Clientes 76.044 56.685 45.991 34.997 Estoques 74.543 90.963 76.237 63.568

Subsoma 150.587 147.648 122.228 98.565 Total do Ativo Circulante 171.914 212.636 162.945 158.364

Ativo Realizável a Longo Prazo 9.087 7.035 6.798 4.507 Ativo Permanente

Investimentos 62.074 38.921 36.596 36.711 Imobilizado 62.123 55.462 56.481 55.341 Diferido 0 0 0 0

Total do Ativo Permanente 124.197 94.383 93.077 92.052 Total do Ativo 305.198 314.054 262.820 254.923

Passivo Circulante 31/12/04 31/12/03 31/12/02 31/12/01

Operacional Fornecedores 26.634 6.050 7.639 3.905 Outras obrigações 15.950 16.967 15.317 16.706

Subsoma 42.584 23.017 22.956 20.611 Financeiro

Empréstimos e Financiamentos 13.478 55.627 15.356 25.746 Duplicatas descontadas 0 0 0 0

Subsoma 13478 55627 15356 25746 Total do Passivo Circulante 56.062 78.644 38.312 46.357

Passivo Exigível a Longo Prazo 9.254 6.988 10.240 10.166 Capitais de Terceiros 65.316 85.632 48.552 56.523

Patrimônio Líquido Capital Social Realizado e reservas capital 239.882 228.422 214.268 198.400 Lucros e Prejuízos acumulados 0 0 0 0

Total do Patrimônio Líquido 239.882 228.422 214.268 198.400 Total do Passivo 305.198 314.054 262.820 254.923

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estes dados não foram significantes. O total de passivo também aumentou entretanto o passivo circulante diminuiu pois a empresa deixou de fazer dívidas de curto prazo.

Em 2003 a empresa passa a fazer aplicações financeira e apresenta um estoque com valor bastante alto o que eleva bastante seu ativo circulante e permanente e, conseqüentemente o ativo total. Para isto a empresa se endivida bastante com empréstimos e financiamentos e não gera muitas dividas de longo prazo.

Já em 2004 a situação se inverte. A empresa deixa de investir em aplicações financeiras para investir no ativo permanente, já que nesta época o escritório em Nova Iorque foi aberto. Em vista disso, a empresa gera bastante dividas com fornecedores e as obrigações realizáveis a longo prazo voltam a aumentar.

4.2 Demonstração de Resultados

Análise

De 2001 para 2004 a empresa aumentou suas vendas. Entretanto o custo de bens e serviços também se elevou bastante o que não acarretou no aumento do lucro durante esses anos.

O ano de 2002 foi o período em que a empresa obteve maior lucro devido a baixa geração de dividas tanto de curto como de longo prazo. Contudo teve uma queda razoável em 2003 e em 2004 praticamente manteve a situação.

Descrição da Conta 01/01/2004 a

31/12/2004

01/01/2003 a

31/12/2003

01/01/2002 a

31/12/2002

01/01/2001 a

31/12/2001

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 251.907 227.318 191.492 162.621 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -203.986 -172.526 -136.377 -118.122 Resultado Bruto 47.921 54.792 55.115 44.499 Despesas/Receitas Operacionais -36.757 -37.521 -37.242 -30.642 Resultado Operacional antes resultados financeiros 11.164 17.271 17.873 13.857

Receitas Financeiras 13.674 13.430 17.016 15.835 Despesas Financeiras -12.538 -17.054 -13.799 -12.051

Resultado Operacional 12.300 13.647 21.090 17.641 Resultado Não Operacional 100 1.191 758 1.097 Resultado Antes Tributação/Participações 12.400 14.838 21.848 18.738 Provisão para IR e Contribuição Social 0 -2.674 -7.646 -7.146 IR Diferido 6 343 -154 402 Participações/Contribuições Estatutárias -1.469 -1.452 -1.144 -955 Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 4.767 4.694 5.972 5.785 Lucro/Prejuízo do Exercício 15.704 15.749 18.876 16.824

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4.3 Índices

4.3.1 Índices de estrutura de capital

Estrutura de capital

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Ano

Capitais deterceirosEndividamento

Imobilização doPLRecursos nãocorrentes

Análise

Do ponto de vista financeiro, a empresa Döhler se encontra em boas condições.

Nos quatro últimos anos, esta não apresentou problemas envolvendo dependência a capitais de terceiros. Pelo contrário, possui um endividamento entre 20 e 40 %, apresentando maior valor no ano de 2003, época em que fez muitos empréstimos e financiamentos.

Embora a empresa não dependa muito de terceiros o perfil de sua divida não é dos melhores uma vez que possui a maioria dessas dividas vencíveis a

Índices 2004 2003 2002 2001 Estrutura de Capital Participação de Capitais de Terceiros 27% 37% 23% 28% Composição do endividamento 86% 92% 79% 82% Imobilização do Patrimônio Líquido 52% 41% 43% 46% Imobilização de recursos não correntes 50% 40% 41% 44% Liquidez Liquidez Geral 2,77 2,57 3,50 2,88 Liquidez Corrente (circulante) 3,07 2,70 4,25 3,42 Liquidez Seca 1,74 1,55 2,26 2,04 Rentabilidade Giro do Ativo 0,83 0,72 0,73 0,64 Margem líquida 6% 7% 10% 10% Rentabilidade do Ativo 5% 5% 7% 7% Rentabilidade do Patrimônio Líquido 7% 7% 9% 8%

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curto prazo. Com relação a este fato o ano de 2003 foi um dos piores pois além da empresa gerar dividas, praticamente quase todas venceram a curto prazo.

Quanto as aplicações no ativo permanente, nota-se que a empresa possui capital circulante próprio, ou seja, nem todo patrimônio liquido é utilizado no ativo permanente. Em 2003 este valor foi ainda melhor pois a empresa estava preocupada em fazer empréstimos e não investiu no ativo permanente.

Nota-se ainda que a empresa quase que financia todo o imobilizado com recursos próprios, ou seja, utiliza quantidade mínima de recursos a longo prazo para efetuar estes financiamentos. Desta forma a empresa goza da tranqüilidade de boa saúde financeira a curto e longo prazo.

4.3.2 Índices de liquidez

Liquidez

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

Ano

Liquidez geralLiquidez correnteLiquidez seca

Análise Continuando a análise do ponto de vista financeiro, a Döhler possui bons

índices de Liquidez. Todos estão acima de 1. Na Liquidez geral pode-se perceber que ao longo dos anos a empresa possui capacidade de quitar suas dívidas. Dando especial importância para o ano de 2002 onde esse índice chegou a 3,50 ou seja é capaz de pagar 100% de suas dívidas com grande folga, margem de 150%.

Já o índice de liquidez corrente também possui bons resultados dando ênfase também ao ano de 2002, onde esse índice possui o valor de 4,25 provando que a empresa possui investimentos no Ativo Circulante capazes de honrar seus compromissos de curto prazo com grande folga. Esse excesso deve-se a existência do Capital circulante líquido.

A liquidez seca juntamente com a liquidez corrente permite verificar o grau de excelência da empresa. A empresa possui um excedente desse índice em todos os anos analisados.

Em todos os anos analisado deve-se ressaltar o ano de 2002 que apresentou índices muito bons, isso deve-se ao fato de que a empresa diminuiu muito os empréstimos e financiamentos.

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4.3.3 Índices de rentabilidade

Rentabilidade

0,000,100,200,300,400,500,600,700,800,90

Ano

Giro do ativo

Margem liquida

Rentabilidade doativoRentabilidade doPL

Este grupo de índices mostra a situação econômica da empresa. Mostra quanto renderam os investimentos. Não podemos dizer que a empresa possui bons índices de rentabilidade.

O Giro do ativo mostra o volume de vendas em relação ao capital total investido. No caso da Döhler esse índice se apresenta constante com o tempo, mas apesar de ter um aumento em 2004 ainda apresenta um valor relativamente baixo de vendas em comparação com os investimentos totais.

A margem líquida mede o lucro da empresa em relação às vendas totais. Houve queda desse índice nos dois últimos anos ou seja, a empresa teve menor lucro e ganhou menos por unidade vendida, apesar de ter aumentado suas vendas.

A rentabilidade do ativo mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao ativo. É uma medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano. A empresa obteve queda desse índice em 2003 e depois manteve-se constante.

A rentabilidade do patrimônio líquido apresentou valores baixos. Esse índice mostra a taxa de rendimento do capital próprio. Comparando-se com a TMA (12% ) encontramos valores inferiores, por volta dos 7%.

4.4 Análise horizontal e vertical

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Balanço Patrimonial Padronizado

AV AH

AV

AH

AV AH

AV AH

Descrição da Conta 31/12/04 31/12/03 31/12/02 31/12/01

Ativo Total

Ativo Circulante

Financeiro Disponibilidades 2.447 1 132 2.677 1 145 1.973 1 107 1.848 1 100Aplicações Financeiras 18.880 6 33 62.311 20 108 38.744 15 67 57.951 23 100Subsoma 21.327 7 36 64.988 21 109 40.717 15 68 59.799 23 100Operacional 0 0 0 0Clientes 76.044 25 217 56.685 18 162 45.991 17 131 34.997 14 100Estoques 74.543 24 117 90.963 29 143 76.237 29 120 63.568 25 100Subsoma 150.587 49 153 147.648 47 150 122.228 47 124 98.565 39 100Total do Ativo Circulante 171.914 56 109 212.636 68 134 162.945 62 103 158.364 62 100

Ativo Realizável a Longo Prazo

9.087 3 202 7.035 2 156 6.798 3 151 4.507 2 100

Ativo Permanente

Investimentos 62.074 20 169 38.921 12 106 36.596 14 100 36.711 14 100Imobilizado 62.123 20 112 55.462 18 100 56.481 21 102 55.341 22 100Diferido 0 0 0 0 0 0 0 0 100Total do Ativo Permanente 124.197 41 135 94.383 30 103 93.077 35 101 92.052 36 100

Total do Ativo 305.198 100 120 314.054 100 123 262.820 100 103 254.923 100 100

100

Descrição da Conta 31/12/04 103 31/12/03 102 31/12/02 31/12/01

Passivo Total

Passivo Circulante

Operacional Fornecedores 26.634 9 682 6.050 2 155 7.639 3 196 3.905 2 100Outras obrigações 15.950 5 95 16.967 5 102 15.317 6 92 16.706 7 100Subsoma 42.584 14 207 23.017 7 112 22.956 9 111 20.611 8 100Financeiro 0 0 0 0Empréstimos e Financiamentos 13.478 4 52 55.627 18 216 15.356 6 60 25.746 10 100Duplicatas descontadas 0 0 0 0 0 0 0 0Subsoma 13478 4 52 55627 18 216 15356 6 60 25746 10 100

Total do Passivo Circulante 56.062 18 121 78.644 25 170 38.312 15 83 46.357 18 100

Passivo Exigível a Longo Prazo

9.254 3 91 6.988 2 69 10.240 4 101 10.166 4 100

Capitais de Terceiros 65.316 21 116 85.632 27 151 48.552 18 86 56.523 22 100

Patrimônio Líquido 0 0 0 0

Capital Social Realizado e reservas capital

239.882 79 121 228.422 73 115 214.268 82 108 198.400 78 100

Lucros e Prejuizos acumulados 0 0 0 0 0 0 0 0Total do Patrimônio Líquido 239.882 79 121 228.422 73 115 214.268 82 108 198.400 78 100

Total do Passivo 305.198 100 120 314.054 100 123 262.820 100 103 254.923 100 100

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Demonstração de Resultados Padronizada AV AH AV AH AV AH AV AHDescrição da Conta 01/01/2004

a 31/12/2004

01/01/2003

a 31/12/2003

01/01/2002

a 31/12/2002

01/01/2001

a 31/12/2001

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

251.907 100 155 227.318 100 140 191.492 100 118 162.621 100 100 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos

-203.986 -81 173 -172.526 -76 146 -136.377 -71 115 -118.122 -73 100 Resultado Bruto

47.921 19 108 54.792 24 123 55.115 29 124 44.499 27 100 Despesas/Receitas Operacionais

-36.757 -15 120 -37.521 -17 122 -37.242 -19 122 -30.642 -19 100 Resultado Operacional antes result financeiros

11.164 4 81 17.271 8 125 17.873 9 129 13.857 9 100 Receitas Financeiras

13.674 5 86 13.430 6 85 17.016 9 107 15.835 10 100 Despesas

Financeiras

-12.538 -5 104 -17.054 -8 142 -13.799 -7 115 -12.051 -7 100 Resultado Operacional

12.300 5 70 13.647 6 77 21.090 11 120 17.641 11 100 Resultado Não Operacional

100 0 9 1.191 1 109 758 0 69 1.097 1 100

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Resultado Antes Tributação/Participações

12.400 5 66 14.838 7 79 21.848 11 117 18.738 12 100 Provisão para IR e Contribuição Social

0 0 0 -2.674 -1 37 -7.646 -4 107 -7.146 -4 100 IR Diferido

6 0 1 343 0 85 -154 0 -38 402 0 100 Participações/Contribuições Estatutárias

-1.469 -1 154 -1.452 -1 152 -1.144 -1 120 -955 -1 100 Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio

4.767 2 82 4.694 2 81 5.972 3 103 5.785 4 100 Lucro/Prejuízo do Exercício

15.704 6 93 15.749 7 94 18.876 10 112 16.824 10 100

4.5 Avaliação setorial Para saber a situação da Döhler no mercado têxtil, esta foi comparada com

mais 9 empresas do ramo. Abaixo encontra-se uma tabela com a situação de cada uma delas tendo

como referencia os índices encontrados. Não foi preciso calcular os decis pois como são 10 empresas que estão sendo comparadas cada uma representa um decil.

Na parte de cima da tabela estão as notas de cada uma delas referentes a cada índice e a cada ano. É importante ressaltar que índices de estrutura de capital estão em ordem decrescente uma vez que quanto menores, melhores as condições da empresa.

Índices NOTA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Estrutura de

Capital 2004 66281,0% 412,0% 88,3% 62,0% 57,6% 40,0% 38,0% 34,1% 27,2% 2003 3574,0% 202,0% 120,0% 100,0% 89,6% 80,0% 57,1% 37,0% 37,0% 24,3%

Participação de Capitais de Terceiros 2002 10192,0% 152,0% 108,2% 91,8% 71,0% 57,0% 39,1% 23,0% 15,5% -149,0%

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2004 86% 72,1% 60,7% 50,4% 48,9% 48% 45% 22,0% 21% 2003 183% 92% 65,9% 54,3% 51,2% 38% 35% 29,9% 21% 12,0%

Composição do endividamento

2002 166% 100,0% 79,0% 73,4% 69,5% 56,0% 54,0% 36,0% 23,0% 8,0% 2004 40968% 339% 120,0% 70,4% 52% 51% 50,4% 49,5% 29,2% 2003 2440,0% 150% 143,0% 129,0% 92,6% 92,6% 79,0% 55,6% 41,0% 32,3%

Imobilização do Patrimônio Líquido

2002 6987,0% 187% 124,0% 113,1% 96,7% 96,7% 49,9% 44,0% 43,0% -8,0% 2004 104% 92,0% 78% 61,2% 50% 43,4% 39% 34,4% 24,9% 2003 92% 88% 83% 58,9% 52% 46,5% 46,0% 40% 39,0% 27,6%

Imobilização de recursos não

correntes 2002 113,1% 106% 93,0% 88,0% 65,0% 41,2% 41,0% 40,1% 33,0% 21,0% Liquidez

2004 0,38 0,421 0,50 1,57 1,78 1,78 1,86 2,77 4,29 2003 0,35 0,573 0,86 1,27 1,38 1,49 1,78 1,84 2,57 5,08 Liquidez Geral 2002 0,15 0,28 0,32 0,660 1,22 1,36 1,55 1,69 1,98 3,50 2004 0,17 0,895 1,19 2,35 2,61 2,64 2,65 3,07 8,77 2003 0,68 0,97 1,264 2,41 2,46 2,63 2,70 2,92 3,09 16,93

Liquidez Corrente (circulante)

2002 0,03 0,04 0,86 0,885 1,97 2,00 2,27 2,45 3,76 4,25 2004 0,17 1,00 1,74 1,75 1,85 2,00 2,11 7,74 2003 0,68 1,00 1,55 1,68 1,87 2,00 2,03 2,19 14,01 Liquidez Seca 2002 0,02 0,04 1,00 1,32 1,59 1,66 1,71 2,26 3,00

Rentabilidade 2004 0,01 0,47 0,63 0,83 0,85 0,87 0,92 0,995 1,14 2003 0,00 0,43 0,53 0,59 0,672 0,72 0,75 0,92 1,00 1,12 Giro do Ativo 2002 0,00 0,02 0,42 0,473 0,54 0,73 0,77 0,89 0,99 1,05 2004 -27% -5,0% 3,3% 5,9% 6,2% 7,9% 16,0% 17,4% 8889,2% 2003 -26% 0% 1,8% 4% 7% 7,6% 11% 16,9% 35,4% 4084,1%Margem líquida 2002 -9789% -41% -36% -10% -1% 0,0% 5,1% 10% 13,2% 23,1% 2004 -37% -3% 2,9% 5% 5,4% 9,0% 11,0% 13% 45,7% 2003 -18% 0% 1,6% 2% 5% 8% 8,6% 10,0% 18,9% 84,4%

Rentabilidade do Ativo

2002 -154,6% -17% -17% -11% -1% 5,1% 7% 10,1% 12,4% 23,2% 2004 -1667% -189% 4,5% 7% 9,5% 15,2% 16,9% 21% 64,1% 2003 -35% 0% 2,6% 7% 13,7% 14% 16,3% 29,4% 62% 255,1%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

2002 -1760% -41% -29% -2% 9% 10,5% 17,3% 19,4% 26,8% 76,4%

Dohler nordeste Marisol Hering Coteminas Vulcabrás Alpargatas Azaléia Vicunha Grendene

OBS: Vicunha ainda não possui dados referentes ao ano de 2004.

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Com as notas da empresa em questão calcula-se então a nota global da empresa.

NOTA DA EMPRESA

Índices 2004 2003 2002Estrutura de Capital Participação de Capitais de Terceiros 9 8 8 Composição do endividamento 1 2 3 Imobilização do Patrimônio Líquido 5 9 9 Imobilização de recursos não correntes 5 8 7 Liquidez Liquidez Geral 8 9 10 Liquidez Corrente (circulante) 8 7 10 Liquidez Seca 3 3 8 Rentabilidade Giro do Ativo 4 6 6 Margem líquida 5 5 8 Rentabilidade do Ativo 4 5 7 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 4 4 5 NE 7 7,6 7,6 NL 7 6,8 9,6 NR 4,1 4,6 5,7 NGE 5,84 6,24 7,24 Análise

Quanto a estrutura de capital, como já era de se esperar, a empresa possui ótimas notas de dependência a terceiros e péssimas notas por apresentar muitas dividas de curto prazo.

A liquidez apresentou bons resultados entretanto a empresa deve tomar cuidado com a elevado valor agregado em estoques já que este índice apresentou notas muito baixas em 2003 e 2004.

Em geral, a empresa apresentou um considerável declínio entretanto apresenta notas interessantes. Seria necessário melhorar sua rentabilidade uma vez que não se enquadra nas mesmas condições que os demais índices.

Deve-se destacar que a empresa não conseguiu melhorar quase nenhum de seus índices com o passar desses anos. É uma questão bastante preocupante.

4.6 Previsão de falência 2004 2003 2002

Kanitz (FI) 7,40 6,74 9,22 Pereira (Z) 6,34 8,08 9,05

péssimo Deficiente Fraco Razoável Satisfatório Bom Ótimo

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Análise

Ambos os métodos utilizados para prever a falência apresentaram valores satisfatórios. Os valores estão distantes dos valores críticos e portanto pode-se afirmar que a empresa não corre risco algum de falência neste momento.

4.7 Prazo médio Índices 2004 2003 2002 2001

Prazo médio renovação estoques PMRE = E / CMV * 360 132 190 201 194

Prazo médio recebimento vendas PMRV = DR / V * 360 109 90 86 77

Prazo médio pagamento compras PMPC = F / C * 360 44 14 22

2002: Ciclo de caixa de 265 dias 2003: Ciclo de caixa de 266 dias 2004: Ciclo de caixa de 197 dias Análise Através dos cálculos dos índices de rotação ou prazos médios, é possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do capital de giro, de grande utilidade gerencial, bem como para a avaliação da capacidade de administração do capital de giro por parte da empresa. A empresa deve obter financiamentos para suas vendas e ainda para uma parte do tempo em que a mercadoria permanece em estoque, pois sua necessidade de capital de giro se apresenta muito grande, superior a 197 dias no decorrer dos anos.

4.8 EVA Cálculo do EVA 2004 2003 2002 2001 NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 11.170 14.940 10.073 7.113 WACC (Custo de Capital) 12% 12% 12% 12% Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo 249.136 235.410 224.508 208.566 WACC x (PL + ELP) 29.896 28.249 26.941 25.028 EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido -18.726 -13.309 -16.868 -17.915 Análise O EVA mostrou-se com valores negativo ao longo dos anos, o que significa que a empresa não está agregando valor.

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4.9 Ações ^BVSP DOHL4

Date IBOVESPA Adj.

Close* %IBOVESPA %Dohler IBOVESPA Dohler Feb 02 14033 249,93 1 1 mar/02 13255 226,39 -5,5% -9,4% 0,94 0,91 Apr 02 13085 248,65 -1,3% 9,8% 0,93 0,99

May 02 12861 191,27 -1,7% -23,1% 0,92 0,77 jun/02 11139 191,27 -13,4% 0,0% 0,79 0,77 jul/02 9763 191,27 -12,4% 0,0% 0,70 0,77

Aug 02 10382 239,09 6,3% 25,0% 0,74 0,96 Sep 02 8623 286,91 -16,9% 20,0% 0,61 1,15 Oct 02 10168 239,09 17,9% -16,7% 0,72 0,96 nov/02 10509 191,27 3,4% -20,0% 0,75 0,77 Dec 02 11268 191,27 7,2% 0,0% 0,80 0,77 jan/03 10941 191,27 -2,9% 0,0% 0,78 0,77

Feb 03 10281 191,27 -6,0% 0,0% 0,73 0,77 mar/03 11274 263 9,7% 37,5% 0,80 1,05 Apr 03 12557 248,65 11,4% -5,5% 0,89 0,99

May 03 13422 337,23 6,9% 35,6% 0,96 1,35 jun/03 12973 250,51 -3,3% -25,7% 0,92 1,00 jul/03 13572 263,17 4,6% 5,1% 0,97 1,05

Aug 03 15174 260,15 11,8% -1,1% 1,08 1,04 Sep 03 16011 308,32 5,5% 18,5% 1,14 1,23 Oct 03 17982 337,23 12,3% 9,4% 1,28 1,35 nov/03 20184 337,23 12,2% 0,0% 1,44 1,35 Dec 03 22236 433,58 10,2% 28,6% 1,58 1,73 jan/04 21851 385,4 -1,7% -11,1% 1,56 1,54

Feb 04 21755 385,4 -0,4% 0,0% 1,55 1,54 mar/04 22142 337,24 1,8% -12,5% 1,58 1,35 Apr 04 19607 337,24 -11,4% 0,0% 1,40 1,35

May 04 19545 433,58 -0,3% 28,6% 1,39 1,73 jun/04 21149 434,69 8,2% 0,3% 1,51 1,74 jul/04 22337 434,69 5,6% 0,0% 1,59 1,74

Aug 04 22803 410,54 2,1% -5,6% 1,62 1,64 Sep 04 23245 330,59 1,9% -19,5% 1,66 1,32 Oct 04 23052 357,41 -0,8% 8,1% 1,64 1,43 nov/04 25128 357,41 9,0% 0,0% 1,79 1,43 Dec 04 26196 341,05 4,3% -4,6% 1,87 1,36 jan/05 24351 341,05 -7,0% 0,0% 1,74 1,36

Feb 05 28139 341,05 15,6% 0,0% 2,01 1,36 mar/05 26611 248,8 -5,4% -27,0% 1,90 1,00 Apr 05 24844 248,8 -6,6% 0,0% 1,77 1,00

Média 1,9% 1,2% Desvio 8,4% 15,9% Beta 1,00 0,26

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0

0,5

1

1,5

2

2,5

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37

IbovespaDohler

Análise Comparando as ações da Döhler com a ibovespa percebe-se que a

empresa em questão não apresenta nenhum atratividade. Além de apresentar uma média menor que a ibovespa, a Döhler ainda

possui maior risco uma vez que apresenta um desvio elevado e não varia muito de acordo com a bolsa.

Deve-se destacar que as ações da empresa realmente caíram em agosto de 2004, situação que não melhorou até os dias de hoje. Isto decorre devido a queda do dólar que influencia bastante na empresa já que quase que 50% de seus produtos são voltados ao mercado externo.

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5. Conclusão Após vários anos obtendo lucros a Döhler teve um prejuízo de 2,8 milhões

no primeiro trimestre de 2005. Isso ocorreu devido a alta porcentagem de produtos destinados a exportação, cerca de 49 %. Resultando em um investimento trimestral pequeno, sendo postergado pelo mercado.

Desde 2004 a taxa cambial vem decrescendo e os custos dos insumos aumentando e o repasse aos preços ainda não foi de todo possível. Então sua política em 2004, de estimular as venda para o mercado externo não tem sido mais válida em 2005 onde a empresa vem direcionando seu “target” de vendas para o mercado interno.

Vale ressaltar que apesar do resultado negativo apresentado no trimestre, a companhia apresenta forte solidez econômica e financeira e todas as medidas estão sendo tomadas para reverter o caso, diz o relatório trimestral da administração da Döhler.

6. Referências bibliográficas Matarazzo,D. C. (2003) – Análise Financeira de Balanços. 6º edição. Editora Atlas. São Paulo. http://www.cvm.gov.br/