analise de sistemas 1

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1 1 Análise Essencial Prof a. Denise Franzotti Togneri 2 Conceitos Básicos

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analise de sistemas

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  • 11

    Anlise Essencial

    Profa. Denise Franzotti Togneri

    2

    Conceitos Bsicos

  • 2Denise F. Togneri

    3

    Histrico da Anlise Essencial

    A Anlise Estruturada recomenda que o analista, durante fase de anlise, deve concentrar-se apenas nos aspectos lgicos do sistema, evitando pensar nos aspectos fsicos, ou seja, deve abstrair-se da tecnologia que dever ser utilizada na implementao do sistema. O problema dessa abordagem que a diferena entre aspectos lgicos e fsicos no clara.

    A Anlise Essencial, proposta por McMenamim e Palmer (1991), endereou as duas principais dificuldades que os analistas enfrentavam com a Anlise Estruturada: a distino entre requisitos lgicos e fsicos; a ausncia de uma abordagem para particionar o sistema

    em partes to independentes quanto possvel, de modo a facilitar o processo de anlise.

    Denise F. Togneri

    4

    Histrico da Anlise Essencial

    Atravs da tcnica de particionamento por eventos, a Anlise Essencial visa satisfazer os requisitos dos usurios, pressupondo-se que dispe-se de tecnologia perfeita e que ela pode ser obtida a custo zero.

    Possibilita o adiamento das restries fsicas para a fase de projeto tecnolgico, uma vez que a fronteira entre o lgico e o fsico ficou delimitada.

    Introduziu novos conceitos e abordagens mas preservou todos os modelos e ferramentas da Anlise Estruturada.

    considerada uma evoluo da Anlise Estruturada.

  • 3Denise F. Togneri

    5

    Tecnologia Perfeita

    A Anlise Essencial emprega uma abstrao de uma tecnologia de implementao, denominada tecnologia perfeita, para facilitar a tarefa de identificar os detalhes lgicos do sistema.

    A tecnologia perfeita no possui limitaes, isto , existe um processador perfeito, capaz de executar qualquer

    processamento, tudo instantaneamente, sem qualquer custo, sem consumir energia, sem gerar calor, sem jamais cometer erros ou parar de funcionar, e

    um container perfeito, capaz de armazenar quantidades infinitas de dados e de ser acessado instantaneamente por qualquer processador, da forma que for mais conveniente.

    Denise F. Togneri

    6

    Tecnologia Perfeita

    Como no existe uma tecnologia de implementao com tais caractersticas, qual a utilidade dessa abstrao?

    Quando o analista pensa em aspectos fsicos, ele est, na verdade, tentando identificar (e resolver) as limitaes de uma determinada tecnologia. Pensamentos tpicos do gnero so: quanto de espao em disco vou precisar? qual o melhor mtodo de acesso aos dados,

    considerando as funes do sistema? que capacidade de processamento devo necessitar?

    Contudo, nenhuma dessas preocupaes so prprias da fase de anlise (FALBO, 1999).

  • 4Denise F. Togneri

    7

    Tecnologia Perfeita

    Considerando agora que a tecnologia perfeita, todas as perguntas anteriores deixam de ter importncia.

    Para distinguir um requisito lgico de um requisito fsico, utilizando essa abstrao, deve-se formular as seguintes perguntas ao identificar um requisito qualquer: Para atender ao seu propsito, o sistema necessitar

    possuir essa capacidade ou essa caracterstica, mesmo considerando que ele ser implementado em uma tecnologia perfeita? Se a resposta for sim, esse requisito verdadeiro e deve ser modelado.

    O que sobraria do sistema se ele fosse implementado com tecnologia perfeita? O sistema que existiria independentemente da tecnologia que fosse utilizada para sua implementao a essncia do sistema.

    Denise F. Togneri

    8

    Requisitos verdadeiros x falsos

    Requisito verdadeiro uma caracterstica ou capacidade que um sistema deve

    ter para cumprir a sua finalidade, independentemente de como o sistema ser implementado, ou seja considerando que ser implementado em uma tecnologia perfeita.

    Essncia do sistema (requisitos essenciais) consiste no conjunto de requisitos verdadeiros

    Requisito falso uma capacidade ou caracterstica que o sistema no

    precisa possuir para atender ao seu propsito, caso ele disponha de uma tecnologia de implementao perfeita.

  • 5Denise F. Togneri

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    Evento e Resposta

    A especificao de um sistema deve comear pela identificao dos eventos que o afetam.

    Um evento corresponde a alguma mudana no ambiente externo que funcionar como um estmulo para o sistema, isto , o sistema deve responder a este estmulo para atender ao seu propsito. Uma resposta o conjunto de aes executadas pelo sistema, quando um certo evento ocorre.

    Quando um evento ocorre, produzido um estmulo para o sistema. Ao receber o estmulo, o sistema inicia a execuo do conjunto de aes pr-definidas, necessrias para responder ao evento. Um estmulo , portanto, um fator que inicia (dispara) uma atividade, surgindo de um evento.

    Denise F. Togneri

    10

    Evento e Resposta

    SistemaInterativo

    Ambiente

    Evento

    Resposta

  • 6Denise F. Togneri

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    Tipos de EventosEvento Externo

    (ou Evento Orientado por Fluxo de Dados)

    provocado por uma entidade externa, a qual envia dados para o sistema.

    Estmulo produzido fluxo de dados. So nomeados da seguinte forma:

    (Entidade externa que provocou o evento) + (ao) + (estmulo)

    Ex.: Cliente envia pedido. Cliente paga prestao.

    Denise F. Togneri

    12

    Tipos de EventosEvento externo de solicitao

    (ou Evento Orientado por Controle)

    Tambm provocado por uma entidade externa. Estmulo produzido fluxo de controle, o qual apenas

    notifica o sistema da ocorrncia do evento, sem transmitir-lhe dados, ou transmitindo apenas dados para seleo da solicitao.

    nomeado da seguinte maneira:

    (Entidade externa que provocou o evento) + (ao) + (resposta)

    Ex: Gerente solicita relao de clientes. Diretoria autoriza o pagamento de um fatura.

  • 7Denise F. Togneri

    13

    Tipos de EventosEvento Temporal fixo

    ocorre nica e exclusivamente em funo da passagem do tempo e em intervalos fixos de tempo. Tem um perodo estabelecido para acontecer.

    Esses eventos estimulam as aes que o sistema tem que executar em datas previamente conhecidas, isto , diariamente, mensalmente, quinzenalmente, semanalmente, etc (o tempo passa e chega o momento do sistema fazer alguma coisa). So nomeados como abaixo:

    ( hora de) + (ao) + (resposta)

    Ex: Mensalmente, emitir relatrio de balano.

    Denise F. Togneri

    14

    Tipos de EventosEvento temporal relativo

    Acontece tambm em funo da passagem do tempo. Estimula as aes que o sistema tem que executar quando

    uma determinada condio satisfeita (se torna verdadeira) em funo nica e exclusivamente da passagem do tempo, (ex. assinatura de revista vencida), ou seja, sua freqncia de execuo no conhecida.

    Esse tipo de evento nomeado com a prpria condio que determina a ocorrncia do evento, ou da mesma forma que um evento temporal fixo.

    Ex.: Quando houver emprstimo em atraso, emitir relaode emprstimos em atraso. hora de emitir relao de emprstimos em atraso.

  • 8Denise F. Togneri

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    Evento x Estmulo x Fluxo de dadosNo confundir

    Evento x Estmulo por ele provocadoEvento x Funo a ser ativada pela sua ocorrncia

    Evento x Fluxo de dados a ele relacionado

    Evento Cliente entrega pedido Estmulo produzido = Fluxo de dados pedido Fluxo de Dados: sempre representado por um

    substantivo; Evento: sempre representado por uma frase que

    expressa um acontecimento. a causa do surgimento dos estmulos no sistema.

    O primeiro passo na anlise de um sistema descobrir quais os eventos que vo provocar os estmulos aos

    quais o sistema deve responder.

    Denise F. Togneri

    16A Lista de Eventos sob forma de tabela

    Recibo de pagamento

    (fatura paga)

    emitir recibo de

    pagamento

    cheque de pagamento

    fluxo de dados

    cliente envia pagamento

    2

    (pedido registrado)

    registrar pedido

    pedidofluxo de dados

    Cliente entrega pedido

    1

    RespostasAesEstmulosTipo Evento

    Nome EventoNm. Evento

    Na especificao de qualquer sistema, um dos procedimentos iniciais elaborar a lista de eventos, que pode, tambm, ser apresentada atravs de uma tabela de eventos.

  • 9Denise F. Togneri

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    Diagrama de Resposta ao Evento

    A todo evento corresponde um trecho ou segmento de diagrama (Diagrama de Resposta ao Evento, ou DFD estendido), composto de todos os processos, fluxos de dados e depsitos de dados que entram em cena quando o evento ocorre.

    Num DFD normal, no aparecero nem a representao do evento nem a do estmulo.

    Denise F. Togneri

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    DFD de Resposta aos Eventos

    Nos sistemas de informao usa-se, freqentemente, o DFD tradicional (no estendido) para expressar a resposta aos eventos .

    (pedido registrado)

    registrar pedido

    pedidofluxo de dados

    Cliente entrega pedido

    1

    RespostasAesEstmulosTipo Evento

    Nome EventoNm. Evento

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    Denise F. Togneri

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    A Anlise de Eventos

    O componente bsico do modelo essencial a resposta a eventos.

    Um evento possui, associado a ele no sistema, uma atividade essencial, disparada a partir de um estmulo.

    Construindo o modelo a partir das interaes com o ambiente, passa-se a ter um particionamento modular do sistema, diminuindo a sua complexidade e facilitando a representao.

    Em vez da estratgia top-down (de alto a baixo) de Gane e DeMarco para construo de um DFD, temos agora uma postura middle-out(do meio para fora), onde, a partir dos eventos, so estabelecidas as atividades essenciais (meio) para depois agrup-las em nveis superiores (para cima) e, em seguida, especific-las e, se necessrio, explodi-las(para baixo).

    Como ser visto posteriormente, se subdivide nos modelos ambiental e comportamental (Xavier, 1995).

    Denise F. Togneri

    20

    A Anlise de Eventos

    Um sistema pode ser entendido como uma caixa-pretaque, a partir de certos estmulos externos pr-determinados, produz respostas esperadas. Cada funo do sistema tambm pode ser vista desta forma.

    Pode-se dizer que para cada funo a ser executada pelo sistema tem de haver um estmulo responsvel pela sua ativao. Portanto, para descobrir as funes de um sistema, deve-se primeiro descobrir quais os estmulos que chegam ao sistema.

    Para cada estmulo que chegar ao sistema deve haver a ocorrncia de um evento no mundo externo ao sistema. Tal acontecimento que vai provocar o estmulo a que cada funo deve reagir, mudando o estado do sistema.

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    Denise F. Togneri

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    A Anlise de Eventos

    Os eventos constituem o cerne de um sistema, a sua razo de existir.

    A Anlise Essencial prope o particionamento do sistema por eventos. Um sistema construdo para responder a estmulos. A cada estmulo, o sistema deve reagir produzindo uma resposta pr-determinada.

    Denise F. Togneri

    22Componentes da Essncia de um Sistema

    A essncia de um sistema composta de atividades essenciais memria essencial.

    ATIVIDADES ESSENCIAIS So todas as tarefas que o sistema teria que fazer mesmo

    que voc pudesse implement-lo utilizando tecnologia perfeita, atendendo completamente seu propsito.

    Deve executar todo o conjunto de aes necessrias para responder completamente a um e somente um evento.

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    Denise F. Togneri

    23Componentes da Essncia de um Sistema (Atividades Essenciais)

    ATIVIDADES ESSENCIAIS

    Classificam-se em Atividades Fundamentais Atividades Custodiais Atividades Essenciais Compostas

    Denise F. Togneri

    24Componentes da Essncia de um Sistema (Atividades Essenciais)

    ATIVIDADES FUNDAMENTAIS atendem ao propsito do sistema, produzindo as respostas externas do

    sistema. Consiste em uma resposta planejada e uma definio do estmulo da

    atividade. A resposta planejada, iniciada por um evento, o conjunto de aes efetuadas pelo sistema para executar a atividade.

    A atividade iniciada quando reconhece um estmulo que enviado pelo evento externo toda vez que o mesmo ocorre. A definio do estmulo permite que a atividade reconhea a sua chegada.

    Atividade Fundamental

    Estmulo Resposta externa

    Memria

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    Denise F. Togneri

    25Componentes da Essncia de um Sistema (Atividades Essenciais)

    ATIVIDADES CUSTODIAIS criam e mantm a memria necessria execuo das atividades

    fundamentais, atravs da obteno de dados do ambiente externo ao sistema e do armazenamento, nos depsitos de dados, das informaes necessrias s atividades fundamentais.

    Produzem as respostas que so internas ao sistema. Consistem numa ou mais respostas planejadas e numa definio de um

    estmulo, sendo que a resposta consiste em uma atualizao da memria essencial do sistema.

    Atividadede

    Custdia

    Estmulo

    Memria

    Resposta interna

    Denise F. Togneri

    26Componentes da Essncia de um Sistema (Atividades Essenciais)

    ATIVIDADES ESSENCIAIS COMPOSTAS Uma atividade denominada composta quando executa tarefas dos dois

    tipos (fundamentais e custodiais); As atividades compostas produzem respostas internas e externas;

    executam respostas planejadas fundamentais, enquanto tambm mantm a memria essencial do sistema.

    Atividade Composta

    Estmulo Resposta externa

    Memria

    Resposta interna

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    Denise F. Togneri

    27Componentes da Essncia de um Sistema (Memria Essencial)

    MEMRIA ESSENCIAL

    Consiste no conjunto mnimo de dados produzidos pelo sistema ou capturados do mundo exterior, que deve ser armazenado pelo sistema, para atender ao seu propsito, considerando que ele ser implementado em uma tecnologia perfeita. Esses dados, armazenados em containers, so utilizados pelas atividades essenciais do sistema.

    Para que a memria essencial atenda as suas finalidades, estas duas perguntas tm de ser respondidas: Como o sistema adquire os dados que devem ser guardados? Como o sistema garante que os dados so suficientemente

    atualizados para servir s atividades fundamentais?

    Estas tarefas so executadas pela atividade custodial.

    Denise F. Togneri

    28Componentes da Essncia de um Sistema (Memria Essencial)

    MEMRIA ESSENCIAL

    O modelo utilizado para modelar a memria essencial o Modelo de Entidades e Relacionamentos (MER).

    Nos DFDs, a memria essencial representada pelos depsitos de dados.

    Para derivar os depsitos de dados do DFD a partir do MER, utilize a seguinte correspondncia: cada entidade e relacionamento com atributo do MER ser um depsito de dados do DFD.

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    Denise F. Togneri

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    A tcnica da Anlise Essencial

    Do ponto de vista da abordagem, a anlise essencial considera 3 perspectivas: Funes Dados Controles

    Em relao ao grau de abstrao, a anlise essencial considera dois nveis: nvel essencial: representado pelo chamado modelo

    essencial e nvel de implementao: representado pelo chamado

    modelo de implementao.

    Modelos da Anlise EssencialAnlise Essencial

    Modelo Essencial

    Modelo de Implementao

    Modelo Ambiental

    Modelo Comportamental

    Descrio do comportamento em resposta a eventos em seu ambiente. Voltado para dentro do sistema

    Produtos

    Declarao dos objetivos do sistema Lista de Eventos Diagrama de Contexto do Sistema

    Descrio do ambiente no qual o sistema opera. Voltado para fora do sistema

    Produtos

    DER, DFDs Particionados por Eventos, DTE, DFDs organizados em Nveis Hierrquicos, Dicionrio de Dados, Especificao da Lgica dos Processos (ou mini-especificao de processos)

    Apresenta o sistema num grau de abstrao

    completamente dependente de

    restries tecnolgicas; Diz respeito

    implementao do sistema. derivado do

    modelo essencial.

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    Denise F. Togneri

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    Modelos da Anlise EssencialMODELO ESSENCIAL (PRODUTO DA ANLISE DO SISTEMA)

    Apresenta o sistema num grau de abstrao completamente independente de restries tecnolgicas. Consiste na especificao da essncia do sistema e o produto da fase de anlise;

    Antes que um sistema seja implementado, necessrio conhecer sua verdadeira essncia, no importando saber se sua implementao vai ser manual ou automatizada, e nem mesmo que tipo de hardware ou software vai ser usado.

    MODELO DE IMPLEMENTAO (PRODUTO DO PROJETO DO SISTEMA) Apresenta o sistema num grau de abstrao completamente dependente

    de restries tecnolgicas; Reflete todas as consideraes relativas tecnologia imperfeita. derivado

    do modelo essencial. Diz respeito implementao do sistema; Neste modelo, so colocadas todas as caractersticas tecnolgicas,

    importando saber se parte de sua implementao vai ser manual ouautomatizada, que tipo de hardware ou software vai ser usado, etc.

    Denise F. Togneri

    32

    Modelos da Anlise EssencialO MODELO ESSENCIAL (PRODUTO DA ANLISE DO SISTEMA)

    COMPOSTO DOS SEGUINTES MODELOS: MODELO AMBIENTAL

    seu objetivo a descrio do ambiente no qual o sistema opera (Xavier, 1995). Voltado para fora do sistema, para o ambiente emque est inserido. Representa a interface do sistema (sua fronteira) com o mundo exterior. Mostra a interao do sistema com os elementos externos a ele (Pompilho, 1995).

    Representa a descrio do ambiente no qual o sistema opera. composto dos seguintes produtos: Declarao dos objetivos do sistema Lista de Eventos Diagrama de Contexto do Sistema

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    Denise F. Togneri

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    Modelos da Anlise EssencialO MODELO ESSENCIAL (PRODUTO DA ANLISE DO SISTEMA)

    COMPOSTO DOS SEGUINTES MODELOS: MODELO COMPORTAMENTAL

    seu objetivo a descrio do comportamento em resposta a eventos em seu ambiente (Xavier, 1995). Voltado para dentro do sistema, para o comportamento de suas partes internas.

    Representa o que o interior do sistema deve fazer (deve reagir) para atender a estmulos do ambiente exterior.

    Deve gerar os seguintes produtos: Diagrama de Entidades e Relacionamentos Diagramas de Fluxos de Dados Particionados por Eventos Diagramas de Transio de Estados Diagramas de Fluxos de Dados Organizados em Nveis

    Hierrquicos Dicionrio de Dados Especificao da Lgica dos Processos (ou Mini-especificao de

    processos)

    Denise F. Togneri

    34Os princpios da Modelagem Essencial

    McMenamim e Palmer (1991) apresentam quatro princpios que orientam a construo de modelos da essncia de um sistema: princpio do oramento para complexidade: garante que

    nenhum componente de um modelo seja to complexo que no possa ser compreendido facilmente pelo leitor;

    princpio da neutralidade tecnolgica: estabelece que o modelo da essncia no deve conter nenhuma informao a respeito da tecnologia utilizada para a implementao do sistema;

    princpio da tecnologia interna perfeita: De acordo com o princpio da neutralidade tecnolgica, voc imagina que a tecnologia dentro do sistema seja perfeita, mas outro princpio - o da tecnologia interna perfeita - diz que voc no pode fazer tal pressuposio a respeito do mundo externo do sistema;

    princpio do modelo essencial mnimo: declara que quando hmais do que uma maneira de especificar um requisito essencial, vocdeve escolher a mais simples.

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    Denise F. Togneri

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    Modelos A maior parte do trabalho feito por um analista de sistemas

    envolve modelagem do sistema. Os modelos de anlise de sistemas so representaes

    abstratas daquilo que, eventualmente, se tornar uma combinao de hardware e software de computadores (Yourdon, 1992).

    Modelos so ferramentas fundamentais no desenvolvimento de sistemas. Sistemas so modelados para: possibilitar o estudo do comportamento do sistema; facilitar a comunicao entre os componentes da equipe

    de desenvolvimento (e clientes e usurios); possibilitar a discusso de correes e modificaes com

    o usurio; formar uma documentao do sistema.

    Denise F. Togneri

    36

    Um modelo enfatiza um conjunto de caractersticas da realidade, que corresponde dimenso do modelo.

    Sistemas de Informao, de uma forma geral, tm trs dimenses: dados: aspecto esttico e estrutural do sistema; controle: aspecto temporal e comportamental do

    sistema; funes: transformao de valores.

    Modelos

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    Denise F. Togneri

    37

    Alm da dimenso que um modelo enfatiza, modelos possuem nveis de abstrao.

    O nvel de abstrao de um modelo diz respeito ao grau de detalhamento com que as caractersticas do sistema so representadas.

    No caso dos sistemas de informao, so trs os nveis de abstrao: conceitual: caractersticas do sistema independentes do

    hardware e software no qual o sistema ser implementado. So dependentes unicamente das necessidades do usurio;

    lgico: caractersticas dependentes de um determinado tipo de sistema computacional. Essas caractersticas so, contudo, independentes de produtos especficos;

    fsico ou interno: caractersticas dependentes de um sistema computacional especfico (linguagem, SGBD, HW).

    Modelos

    Denise F. Togneri

    38Nveis de abstrao de informaes e dados

    Realidade transposta para o ambiente computacional

    Retrato fiel da realidade Viso da realidade em relao ao usurio

    Nveis de Abstrao

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    Denise F. Togneri

    39

    ModeloModelodescritivodescritivo

    Modelo Modelo conceitualconceitual

    ModeloModelolgico P.D.lgico P.D.

    Modelo Modelo fsico P.D.fsico P.D.

    Seres, objetos, fatos,coisas,organismos sociais

    Informaes informaisPersonalista e informal,frases ambguas/poticas (sentimentos)Informaes formaisRepresentao atravs modelos matem. Formal e fiel a realidade,Modelo E/R e DFDDadosSmbolos a serem introduzidos comput (Formal e direcionada),programas e algoritmosCadeia de bits e bytesViso da mquina estruturas de arquivosprogramas executveis

    Mundo realMundo real

    ModeloModelodescritivodescritivo

    Modelo Modelo conceitualconceitual

    ModeloModeloOperacionalOperacional

    Modelo Modelo internointerno

    Abs

    tra

    o em

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    --

    Modelagem em trs nveis

    Nveis de abstrao de informaes e dados

    Denise F. Togneri

    40

    O computador uma mquina abstrata, isto , matemtica, que processa informaes formais (que podem ser expressas matematicamente)

    Dados e programas so modelos formais matemticos.

    MODELAGEM EM NVEIS: Porque mais de um nvel ? Um supermodelo que atenda simultaneamente os vrios

    nveis no vivel, pois os requisitos para compreenso da realidade e para representao no computador so muitas vezes conflitantes

    Nveis de abstrao de informaes e dados

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    Denise F. Togneri

    41Modelagem em nveis Definio de Modelos

    MODELO DESCRITIVO: obtido a partir de informaes do mundo real No tem formalismo definido Entrevistas, anotaes, questionrios, relatrios, telefonemas

    MODELO CONCEITUAL: Representar de maneira formal as informaes da

    organizao No h preocupao com nenhum aspecto de implementao Premissa: os dados necessrios resoluo de um problema

    so absolutamente independentes do fato de usarmos computador para resolv-los.

    Estvel em relao s mudanas dos recursos computacionais

    Denise F. Togneri

    42

    MODELO OPERACIONAL OU LGICO Mostra os arquivos lgicos que serviro de base para o

    modelo fsico de bancos de dados Depende do tipo de gerenciador que ser utilizado Busca o mnimo de redundncia lgica Preocupao com performance

    MODELO FSICO OU INTERNO Define os tipos de estruturas fsicas que sero utilizados para

    o armazenamento dos dados Depende do SGBD que ser utilizado e das diferentes

    alternativas disponveis para armazenamento Performance a nvel de gerenciador

    Modelagem em nveis Definio de Modelos

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    Denise F. Togneri

    43

    Ferramentas da Anlise Essencial

    O analista usa ferramentas de modelagem para: focalizar a ateno nas caractersticas importantes do

    sistema, dando menos ateno s menos importantes; discutir modificaes e correes nos requisitos do usurio

    com baixo custo e mnimo risco; verificar se o analista de sistemas conhece, corretamente,

    o ambiente do usurio e o documentou de uma tal maneira que os projetistas e programadores possam construir o sistema.

    Nem todas as ferramentas de modelagem cumprem estas finalidades: por exemplo, uma descrio narrativa de 500 pginas dos requisitos do usurio (apesar de ser, na realidade, um modelo) no atende (Yourdon, 1992).

    Denise F. Togneri

    44

    A Anlise Essencial, da mesma forma que a Anlise Estruturada prev 3 ferramentas de modelagem de sistemas (Yourdon, 1992): Diagrama de Entidades-Relacionamentos (DER): do nfase

    aos relacionamentos de dados; Diagrama de Fluxo de Dados (DFD): ilustra as funes que o

    sistema deve executar; Diagrama de Transio de Estados (DTE): focaliza o

    comportamento tempo-dependente do sistema (modelagem do controle).

    As trs principais ferramentas de modelagem consistem de grficos (figuras) e ferramentas de modelagem textual de suporte.

    Os grficos fornecem uma maneira vvida e de fcil leitura para o analista mostrar aos usurios os principais componentes do modelo, bem como as conexes (ou interfaces) entre os componentes.

    As ferramentas de modelagem textual de suporte fornecem definies precisas ou exatas do significado dos componentes e das conexes.

    Ferramentas da Anlise Essencial