análise de dados categorizados métodos não...

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1 Métodos Não-Paramétricos Isabel Fraga Alves Departamento de Estatística e Investigação Operacional Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 2 Programa Introdução Análise de Dados Categorizados Teste do Qui-Quadrado Teste de Ajustamento Tabelas de Contingência Teste de Independência Teste de Homogeneidade Estatística Não-Paramétrica Introdução: O problema geral da localização relativo a 2 amostras Amostras emparelhadas Teste dos Sinais (pequenas e grandes amostras) Teste de Wilcoxon (pequenas e grandes amostras) Uso das “Ordens” para Comparar Populações: Amostras Independentes 2 Populações: O Teste de Mann-Whitney (pequenas e grandes amostras) Mais de 2 Populações: O Teste de Kruskal-Wallis (pequenas e grandes amostras) Teste de Friedman (pequenas e grandes amostras) Uso das “Ordens” para Testar Independência e Aleatoriedade Teste de Spearman (pequenas e grandes amostras) Teste dos “Runs” para Aleatoriedade (pequenas e grandes amostras) Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 3 Bibliografia CONOVER, W. J. (1999) - Practical Nonparametric Statistics, 3rd ed. Wiley. DANIEL, W. W. (1990) - Applied Nonparametric Statistics, 2nd ed. PWS-Kent. Graça Martins, M. E. (2005) Introdução à Probabilidade e à Estatística Com complementos de Excel, SPE. DeGroot, Morris H. - Probability and statistics (1986 ) - 2nd ed Massachusetts Addison- Wesley. Pestana e Velosa (2006) - Introdução à Probabilidade e à Estatística, I, Fundação Gulbenkian. 2ª ed. SIEGEL, S. and Castellan, N. Y. (1988) - Nonparametric Statistics for the Behavioral Sciences. McGraw-Hill. * Wackerly, D., Mendenhall, W. and Scheaffer, L. (2007) Mathematical Statistics with Applications. Duxbury Press; 7th ed. * Manual Recomendado para consulta das Tabelas ao longo dos slides. Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 4 Introdução O que é a Estatística ? Estudo da Incerteza Como a quantificar? Que podemos fazer com ela? As experiências repetidas sob o que pensamos serem as condições não resultam sempre da mesma forma…! Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 5 Tipos de Experiências Causais ou Determinísticas Ex: Deixar cair uma pedra no rio Aleatória ou Estocástica Ex: O Tempo que vou Esperar pelo Autocarro Como posso “prever” o resultado? Com Estatística quantificamos e medimos o “imprevisível”! Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 6 Estatística: produz afirmações numéricas relativamente a situações sujeitas a INCERTEZA. Exemplos: Quem irá ganhar as próximas eleições? Estarão os clientes da PT satisfeitos com o serviço prestado? Qual das duas pastas dentífricas é mais eficiente que a outra para prevenir as cáries? Qual a previsão da quantidade de precipitação para o próximo inverno? Após a monitorização de pacientes com doenças cardíacas, como decidir acerca dos factores que afectam a sua saúde ?

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1

Métodos Não-Paramétricos

Isabel Fraga AlvesDepartamento de Estatística e Investigação

Operacional

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 2

Programa

Introdução

Análise de Dados Categorizados

• Teste do Qui-Quadrado• Teste de Ajustamento

• Tabelas de Contingência• Teste de Independência

• Teste de Homogeneidade

Estatística Não-Paramétrica

• Introdução: O problema geral da localização relativo a 2 amostras

• Amostras emparelhadas• Teste dos Sinais (pequenas e grandes amostras)

• Teste de Wilcoxon (pequenas e grandes amostras)

• Uso das “Ordens” para Comparar Populações: Amostras Independentes• 2 Populações: O Teste de Mann-Whitney (pequenas e grandes amostras)

• Mais de 2 Populações:

• O Teste de Kruskal-Wallis (pequenas e grandes amostras)

• Teste de Friedman (pequenas e grandes amostras)

• Uso das “Ordens” para Testar Independência e Aleatoriedade• Teste de Spearman (pequenas e grandes amostras)

• Teste dos “Runs” para Aleatoriedade (pequenas e grandes amostras)

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 3

Bibliografia

CONOVER, W. J. (1999) - Practical Nonparametric Statistics, 3rd ed. Wiley.

DANIEL, W. W. (1990) - Applied Nonparametric Statistics, 2nd ed. PWS-Kent.

Graça Martins, M. E. (2005) – Introdução à Probabilidade e à Estatística – Com complementos de Excel, SPE.

DeGroot, Morris H. - Probability and statistics (1986 ) - 2nd ed Massachusetts Addison-Wesley.

Pestana e Velosa (2006) - Introdução à Probabilidade e à Estatística, I, Fundação Gulbenkian. 2ª ed.

SIEGEL, S. and Castellan, N. Y. (1988) - Nonparametric Statistics for the Behavioral Sciences. McGraw-Hill.

* Wackerly, D., Mendenhall, W. and Scheaffer, L. (2007) –Mathematical Statistics with Applications. Duxbury Press; 7th ed.

* Manual Recomendado para consulta das Tabelas ao longo dos slides.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 4

Introdução

O que é a Estatística ?

Estudo da Incerteza

Como a quantificar? Que podemos fazer com ela?

As experiências repetidas

sob o que pensamos serem as condições

não resultam sempre da mesma forma…!

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 5

Tipos de Experiências

Causais ou Determinísticas

Ex: Deixar cair uma pedra no rio

Aleatória ou Estocástica

Ex: O Tempo que vou Esperar pelo Autocarro

Como posso “prever” o resultado?

Com Estatística quantificamos e medimos o “imprevisível”!

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 6

Estatística: produz afirmações numéricas relativamente a situações sujeitas a INCERTEZA.

Exemplos:

• Quem irá ganhar as próximas eleições?

• Estarão os clientes da PT satisfeitos com o serviço

prestado?

• Qual das duas pastas dentífricas é mais eficiente que a

outra para prevenir as cáries?

• Qual a previsão da quantidade de precipitação para o

próximo inverno?

• Após a monitorização de pacientes com doenças

cardíacas, como decidir acerca dos factores que

afectam a sua saúde ?

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Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 7

Como e Que Respostas ?

Para responder a estas perguntas frequentemente usamos modelos probabilísticos, que são modelos matemáticos para lidar com incerteza.

São recolhidos Dados para explorar uma População, o objectivo de nosso estudo.

Quando é recolhida uma amostra grande é necessário produzir resumos das informações nela contidas. Existem ferramentas gráficas e numéricas que são normalmente utilizadas pelos estatísticos

•AMOSTRA

•Estatística Descritiva

Inferência Estatística - faz generalizações válidas para a População, a partir de Amostras.

(enquanto na Previsão - é apresentada uma afirmação sobre o Futuro.)

Dados - observações de determinadas quantidades de interesse.

Variáveis - incerteza acerca dos seus verdadeiros valores.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 8

Tipos de Variáveis

VARIÁVEL

QUALITATIVAQUANTITATIVA

DISCRETANOMINALORDINAL

CONTÍNUA

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 9

Tipos de Variáveis (cont.)

QUANTITATIVA vs. QUALITATIVA : variáveis com / sem representação numérica e ordenação natural única (por exemplo, a pressão arterial versus religião).

DISCRETA vs. CONTÍNUA: variáveis quantitativas com / sem lacunas conceptuais entre os seus valores (por exemplo, número de crianças numa família versus pressão arterial).

ORDINAL vs. NOMINAL: variáveis qualitativas com / sem ordenação (eventualmente não única) dos seus valores (a satisfação do cliente versus religião).

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 10

De modo geral,

as variáveis qualitativas estão mais ligadas aos

modelos não-paramétricos

enquanto que

as variáveis quantitativas aos modelos

paramétricos.

Tipos de Variáveis (cont.)

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 11

As variáveis qualitativas podem ainda ser classificadas de acordo com:

VARIÁVEL CATEGORIZADA – (Categórica, Nominal ou de Classe)• nomes das pessoas ou coisas; as letras do alfabeto; o sexo, masculino ou feminino,

macho ou fêmea; o estado civil, solteiro, casado, divorciado, viúvo; o curso, primário, secundário, colegial, universitário, pós-graduação, etc.

Representa o nível mais simples e mais elementar de medição. Os indivíduos de uma população ou amostra são medidos mediante uma certa característica que pode ser categoria, nome ou classe.

Características binárias ou dicotomizadas: • presente ou ausente, 1 ou 0, positivo ou negativo, vivo ou morto, sim ou não, benigno

ou maligno, etc.

Essas características são mutuamente exclusivas, isto é, cada indivíduo só pode se enquadrar em um único nome, categoria ou classe, e também são exaustivas, pois devem atingir todos os indivíduos da população ou amostra em estudo, sem excepção.

A variável categórica é qualitativa e não se presta aos cálculos aritméticos comuns: soma, subtracção, multiplicação e divisão. Apresenta as seguintes propriedades de equivalência (=): reflexiva (x=x); simétrica

(x=y então y=x); transitiva (x=y e y=z então x=z).

Tipos de Variáveis (cont.)

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 12

VARIÁVEL ORDINAL –

• no alfabeto, A,B,C,D ou D,C,B,A; em números de ordem, 1,2,3 ou 3,2,1; no sexo, F,M ou M,F; no curso, primário- secundário-superior ou superior-secundário-primário; em uma quantificação, leve-moderado-intenso ou intenso-moderado-leve; em cruzes, +,++,+++,++++ ou ++++,+++,++,+; na ordenação de dados numéricos, 11,18,23,29,35 ou 35,29,23,18,11; etc.

Os indivíduos de uma população ou amostra são classificados de acordo com as diversas categorias de uma determinada característica e em seguida são ordenados. Esta ordenação pode ser crescente oudecrescente, ou igualmente, ascendente ou descendente.

A variável ordinal também é qualitativa.

• Sabe-se que um indivíduo ou coisa é maior ou menor do que outro, porém não se sabe o quanto é maior nem o quanto é menor. São comuns as expressões comparativas: maior, menor; superior, inferior; primeiro, último; mais intenso, menos intenso; mais alto, mais baixo; preferível; etc.

Na escala ordinal utilizam-se as comparações maior do que (>) e menor do que (<). As operações aritméticas comuns (adição, subtracção, multiplicação e divisão) não são aplicáveis.

Na ordenação, a relação maior do que (>) apresenta a propriedade transitiva (se x>y e y>z então x>z).

Tipos de Variáveis (cont.)

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Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 13

VARIÁVEL INTERVALAR –

• os valores de idade, altura, peso, pressão arterial, frequência cardíaca, exames laboratoriais, medidas diversas, etc.

A escala intervalar é verdadeiramente quantitativa. A medição é feita directamente em números reais, obtidos mediante a comparação com um determinado valor fixo, denominado unidade. O nome intervalar está ligado aos intervalos entre as categorias da variável e aqui se sabe exactamente o quanto uma categoria é menor ou maior que outra, ou ainda se há igualdade entre elas.

As operações aritméticas comuns (soma, subtracção, multiplicação e divisão) são aplicáveis.

A variável intervalar reúne todas as propriedades dos dois tipos anteriores de mensuração: as de equivalência (=), reflexiva (x=x), simétrica (x=y então y=x) e transitiva (x=y e y=z então x=z) e a de ordenação (>), transitiva (x>y e y>z então x>z).

Tipos de Variáveis (cont.)

ESTATÍSTICA NÃO

PARAMÉTRICA

Extremamente interessante para

análises de dados qualitativos.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 15

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL - Localização

Média

Mediana

Moda

Média Amostral - é a soma de todos os valores de uma amostra dividida pelo nº de elementos da amostra (dimensão).

É aplicada em variáveis quantitativas.

A média amostral é a contrapartida empírica do Valor Médio da População ou da Variável, m.

1

1 n

i

i

X Xn

1 2 ( . .) - , , , namostra aleatoria a a X X X

1 2 - , , , namostra observada x x x

1

1 n

i

i

x xn

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 16

Mediana Amostral - É o valor da amostra que ocupa a posição central, quando todos os valores estão ordenados em ordem crescente ou decrescente.

Se n for ímpar, a mediana ( Med ) será o valor que ocupa a posição central na amostra ordenada. Esta posição pode ser calculada por (n+1)/2.

Se n for par, a Med será calculada pela média aritmética dos dois valores centrais na amostra ordenada da amostra. A posição de cada um desses dois valores centrais pode ser calculada por n/2 e n/2+1.

A Mediana é muito utilizada nos cálculos não-paramétricos.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL - Localização

1:

2

: 1:2 2

1

2

nn

n nn n

x n impar

Med

x x n par

1: 2: :

ordenada -

n n n n

amostra observada

x x x

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 17

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL - Localização

Moda - É o valor da variável que corresponde à frequência máxima.

A moda pode ter um ou mais valores, unimodal, bimodal,...,multimodal, conforme existam uma, duas, ou mais frequências iguais, dos valores da variável.

Dados:

25, 22, 28, 32, 35, 55, 83, 83, 98, 99, 43, 46, 51 (n=13)

média

mediana

moda

53.9x

1 2

-

( , , , )

(25, 22, 28, 32, 35, 55, 83, 83, 98, 99, 43, 46, 51 )

n

amostra observada

x x x

1: 2: :

ordenada -

(22, 25, 28, 32, 35, 43, 46, 51, 55, 83, 83, 98, 99)

n n n n

amostra observada

x x x

46Med

83Mo

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 18

Localização: Mediana vs. Média

Razões para usar a mediana:

• É menos influenciada por valores extremos

• Se as distribuições são simétricas, a média e a

mediana populacional coincidem

Média vs. Mediana• 5 6 6 7 7 8 10

• Média = 7 Med = 7

• 5 6 6 7 7 8 50

• Média = 8.43 Med = 7

4

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 19

Distinguir

• Metodologias Paramétricas

&

• Metodologias Não-Paramétricas

Explicar uma

• Variedade de Testes Não-Paramétricos

Resolver

• Problemas de Testes de Hipóteses usando Testes Não-Paramétricos

Objectivos do Curso

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 20

Quadro Geral

Até este ponto, todos os testes que têm utilizado estão

sujeitos a suposições sobre a distribuição subjacente aos

dados. Especificamente, é assumido que os dados são normais

para usar o teste-t, por exemplo.

Poder-se-ia usar a teoria de grandes amostras e o Teorema

do Limite Central, mas isso ainda apenas se verifica

Assintoticamente

O que é que acontece se não estamos dispostos ou não é sensato

fazer as suposições de normalidade sobre a distribuição subjacente

e temos uma amostra de dimensão pequena ?

n

TESTE DE HIPÓTESES

Trata-se de uma técnica para se

fazer a inferência estatística sobre

uma população a partir de uma

amostra

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 22

E muitos mais…!

Testes de Hipóteses - Metodologias

Teste de

Hipóteses -

metodologias

Não-ParamétricasParamétricas

Teste - z

Teste

Kruskal-Wallis

Teste Wilcoxon

Teste - t ANOVA

etc

etc

Amostra emparelhada

Teste-t

emparelhado

Testes de Hipóteses - Metodologias

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 24

Estatística Não-Paramétrica

Muitos dos testes estatísticos não-paramétricos

respondem à mesma série de questões tal como os

testes paramétricos.

• Com testes não-paramétricos as hipóteses podem ser

flexibilizadas consideravelmente.

• Por conseguinte, são utilizados métodos não-paramétricos

para situações que violem os pressupostos de procedimentos

paramétricos.

5

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 25

Testes Paramétricos

Testes Paramétricos• Incidem explicitamente sobre um ou mais parâmetros de uma

ou mais populações;

• A distribuição de probabilidades da estatística de teste pressupõe

uma forma particular das distribuições populacionais;

• As variâncias são homogéneas;

• Os erros ou resíduos são aleatórios e independentes e têm

distribuição normal com variância finita e constante.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 26

Testes Não-Paramétricos

Testes Não Paramétricos

• Requerem menos pressupostos em relação à

população;

• Não exigem normalidade;

• Não se baseiam em parâmetros da distribuição (logo, não

necessitam variâncias homogéneas);

• Ligeiramente menos eficientes que os testes

paramétricos;

• Baseiam-se nas estatísticas ordinais (e não nos

valores das observações);

• Mais fáceis de aplicar.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 27

Testes Não-Paramétricos

Poucos Pressupostos Relativos à População

Facilidade de implementação

Maior Perceptibilidade

Aplicável em Situações Não Abrangidas Pela Normal

Mais Eficientes quando as Populações não têm Distribuição Normal

Os resultados podem ser tão exactos como nos procedimentos paramétricos

Vantagens

As hipóteses testadas por testes não-paramétricos tendem a ser

menos específicas;

Não têm Parâmetros, Dificultando Comparações Quantitativas

entre Populações

Escasso Aproveitamento de Informação da Amostra

Pode ser de Difícil Cálculo à mão para Grandes Amostras

Tabelas não amplamente disponíveis

Desvantagens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 28

• Não incorpora as suposições restritivas, características dos

testes paramétricos.

• Os dados não precisam estar normalmente distribuídos

(Distribution-Free). É necessário, apenas, que eles sejam

ordenáveis.

• Muitas vezes, são baseados nas ordens das observações e não

nos seus valores, como no caso paramétrico.

• Podem ser aplicados para variáveis quantitativas e qualitativas.

• Menos sensíveis aos erros de medida e rápidos para pequenas

amostras.

Estatística Não-Paramétrica - Distribuição Livre

TESTE DE HIPÓTESES

Trata-se de uma técnica para se

fazer a inferência estatística sobre

uma população a partir de uma

amostra

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 30

PRINCIPAIS CONCEITOS

HIPÓTESE ESTATÍSTICA• Trata-se de uma suposição quanto ao valor de um parâmetro

populacional, ou quanto à natureza da distribuição de probabilidade de uma variável populacional.

TESTE DE HIPÓTESES• É uma regra de decisão para rejeitar ou não rejeitar uma

hipótese estatística com base nos elementos amostrais

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TEORIA POPPERIANA - Falseabilidade (ou refutabilidade)

“Science can't prove anything. It can only disprove things.”

A ciência não pode provar nada. Só pode refutar coisas.

• Considere o exemplo do famoso Cisne Negro (black swan):

• Um cientista gasta sua vida observando cisnes. Observa que todos

os cisnes que jamais viu são brancos. Com base nesta evidência

empírica, ele postula uma teoria de que “todos os cisnes são

brancos”.

• Um dia viaja para a Austrália e vê - UPS! - um Cisne Negro.

• A sua teoria é refutada. Mas isso não significa que não era

ciência quando a estabeleceu. Agora, pode estabelecer uma teoria

nova: “Os cisnes podem ser brancos ou pretos”.

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Karl Popper(1902- 1994) - UM FILÓSOFO INOVADOR

Sir Karl Raimund Popper foi filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico e um professor da London School of Economics.

Formou-se em matemática, física e filosofia da ciência britânica.

Uma das pessoas mais influentes da filosofia da Ciência durante o século XX.

POPPER E A REFUTAÇÃO

• Uma hipótese só é científica se puder ser colocada em questão (“refutada”).

• Isto significa que deve ser sempre possível realizar uma observação que prove que a hipótese é falsa

• Uma teoria científica não poderá em nenhuma circunstância ser declarada “verdadeira”

A teoria científica mais não é do que uma hipótese; uma conjectura, que um dia será refutada e substituída por uma outra.

“ What really makes science grow is new ideas, including false ideas.” –Karl Popper

SÓ APRENDEMOS QUANDO ERRAMOS.

OS ESTATÍSTICOS NÃO PERGUNTAM QUAL É A PROBABILIDADE DE ESTAREM CERTOS,

MAS A PROBABILIDADE DE ESTAREM ERRADOS.

• Para fazerem isso estabelecem uma hipótese nula.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 33

Data Analysis and Research for Sport and Exercise Science: A Student GuideBy Craig Williams, Chris Wragg, Routledge ed., 2003. pag 6

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 34

PRINCIPAIS CONCEITOS

TIPOS DE HIPÓTESES

• H0, hipótese nula, a hipótese estatística a ser testada

• H1, hipótese alternativa

A HIPÓTESE NULA É UMA AFIRMAÇÃO DE COMO O MUNDO

DEVERIA SER, SE NOSSA SUPOSIÇÃO ESTIVESSE ERRADA.

• Ex: A hipótese nula expressa uma igualdade, enquanto a

hipótese alternativa é dada por uma desigualdade.

0 1: 1.5 . : 1.5H m vs H mm m

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 35

Testes de Hipóteses – Erros

EXISTEM DOIS TIPOS DE ERRO:

• Erro tipo 1 - rejeição de uma hipótese nula verdadeira

• Erro tipo II – não rejeição de uma hipótese nula falsa

• “não rejeiçao ” “não rejeição”

• A probabilidade do erro tipo I é denominada

“nível de significância” do teste.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 36

Realidade

Decisão

H0 verdadeira H0 falsa

Não rejeitar

H0

Decisão

correctaErro tipo II

Rejeitar

H0

Erro tipo I

Decisão

correcta

= P( erro tipo I ) = P(rejeitar H0| H0 verdadeira) = P(ET RR | H0 verd.)

nível de significância ou tamanho do teste

= P(erro tipo II)= P(não rejeitar H0| H0 falsa) = P(ET RA | H0 falsa)

1- = potência do teste Probabilidade de não cometermos um erro do tipo II

Testes de Hipóteses – Erros

ET:= Estatística de Teste

RR:= Região de Rejeição

RA:= Região de Não Rejeição

REGRA de TESTE: ET RR então Rejeitar H0

7

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p -Value

O resultado foi significativo?

Quão pequeno tem de ser o p-value, para se rejeitar a

hipótese nula?

• Se p-value < 5 % estatisticamente significativo.

• Se p-value < 1 % altamente significativo.

Os investigadores devem

• resumir os dados,

• dizer qual o teste usado e

• reportar o p-value (em vez de apenas o comparar com os valores de 1 % ou 5 % )

No caso de se estabelecer à partida o nível de significância e se o

TESTE indicar a aceitação de H0, diz-se que

Ao nível de significância não se pode rejeitar H0 .

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 38

TIPOS DE TESTE

Qui-Quadrado

Teste dos Sinais

Teste de Wilcoxon

Teste de Mann-Whitney

Teste de Kruskal-Wallis

Teste de Spearman

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 39

TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Testes não paramétricos que medem o grau de dependência entre duas variáveis aleatórias.

Não assumem nenhum tipo de distribuição.

Assume observações de frequência de variáveis categóricas. As variáveis da amostra estão “divididas” em categorias.

As observações das duas variáveis são agrupadas em classes independentes (disjuntas).

Tipicamente, os dados do teste estão representados em tabelas de contingência 2 x 2. No entanto podemos ter mais do que 2 dimensões.

Testes a estudar

• Teste do Χ2 (qui-quadrado)

• Teste exacto de Fisher

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 40

TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Dados bivariados (Xi, Yi), i=1, ...,n, tendo (X, Y) f.d. conjunta F(x,y) com marginais F1(x) = F(x,+∞) e F2(y)=F(+∞,y).

Pretendemos testar

• H0: F(x,y)=F1(x) F2(y) (x,y)R2 vs. H1: F(x,y)≠F1(x) F2(y) para algum (x,y)R2

Isto é, face a uma amostra aleatória (Xi, Yi), i=1,...,n,pretendemos testar a independência do par (X,Y).

Para obter a estatística de teste começamos por dividir o suporte da variável aleatória X em L classes A1, A2, ..., AL, disjuntas e o suporte da variável aleatória Y em C classes B1, B2, ..., BC, disjuntas.

Representemos por

• Nij= # { (Xk, Yk): Xk Ai ; Yk Bj },i=1,…,L; j=1,…,C.

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TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

X\Y B1 B2 … Bj … BC

A1N11 N12 … N1j … N1C N1 .

A2N21 N22 … N22 … N2C N2 .

AiNi1 Ni2 … Nij … NiC Ni .

ALNL1 NL2 … NL2 … NLC NL .

N .1 N . 2 N . j N .CN..=n

[ ; ]ij i jp P X A Y B

.

.

[ ]

[ ]

i i

j j

p X A

p Y B

0 . . 1 . .: , ( , ) . : ( , ),ij i j ij i jH p p p i j vs H i j p p p

1

L

j ij

i

N N

1

C

i ij

j

N N

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TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Com as frequências esperadas eij desconhecidas, utiliza-se

Estatística de Teste (ET):

Regra de Decisão:

Ao nível , Rejeitar a hipótese nula de Independência se o valor da

• ET (quantil da qui-quadrado com (L-1) x (C-1) graus de liberdade)

2

2

0 ( 1)

1 1

( ), tem uma distribuição assintótica de um .

L Cij ij

LC

i j ij

N esob H

e

[ ; ]ij i jp P X A Y B . .[ ] [ ]i i j jp X A p Y B

. .ij ij i je np np p

. . ... .

ˆ ˆ ˆ ˆ j i jiij ij i j

N N NNe np np p n

n n n

2

2 2

0 ( 1)( 1)

1 1

ˆ( ), tem uma distribuição assintótica de um .

ˆ

L Cij ij

L C

i j ij

N eX sob H

e

1

2 ( 1)( 1)L C

8

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 43

TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Regra prática:

Como a distribuição da estatística de teste é assintótica,

convém que as células não tenham valores esperados

muito pequenos.

Como regra prática, utiliza-se a seguinte:

• No máximo, 20% das células podem ter frequência esperada <5

• e nenhuma célula deve ter frequência esperada <1.

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TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Exemplo 6: Dependência entre bairro e escolha do

sabor de pasta de dentes

Dados: H0: a preferência pelo sabor

independente do bairro;

H1: a preferência pelo sabor depende do

bairro

= 5%

2(L-1)(C-1)= 2(4-1)(3-1) = 2(6)

Frequência esperada = (soma da linha i) x (soma da coluna j)/(total de observações)

. .ˆ i j

ij

N Ne

n

Sabor

Bairros

A B C

Limão 70 44 86 200

Chocolate 50 30 45 125

Hortelã 10 6 34 50

Menta 20 20 85 125

150 100 250 500

2

2 2

0 ( 1)( 1)

1 1

ˆ( ), tem uma distribuição assintótica de um .

ˆ

L Cij ij

L C

i j ij

N eX sob H

e

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TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

Exemplo 6: (cont.)Tabela de frequências esperadas

x2 =37.88

20.95(6)=12.6

x2 > 20.95(6)

Decisão: rejeita-se H0.

SABOR

BAIRRO

A B C

Limão 60 40 100

Chocolate 37.5 25 62.5

Hortelã 15 10 25

Menta 37.5 25 62.5

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Em 1956, o número de pessoas que morreram de tuberculose em Inglaterra e Gales foi

5375. Destas, 3804 foram homens e 1571 eram mulheres; 3534 homens e 1319 mulheres

morreram de tuberculose do sistema respiratório, enquanto o restante morreu de outras

formas de tuberculose. Os dados estão na seguinte tabela de contingência:

H0 : tipo de tuberculose (TB) que causa a morte a estes indivíduos é independente

do seu sexo.e11 = (4853 x 3804) / 5375 = 3434.6; etc.

Χ2 = (3534 – 3434.6)2 / 3434.6 + (1319 – 1418.4)2 / 1418.4 + … + (252 – 152.6)2 / 152.6 = 101.35

Para =0.05 temos Χ20.95(1)(1)=3.84. Rejeitamos H0 se Χ2 > 3.84 o que é o caso.

Conclusão: Há evidência de uma associação entre tipo de TB e sexo.

Observação: p-value < 0.00001.

Exemplo com tabela de contingência 2 x 2

Homens Mulheres Total

TB no SR 3534 1319 4853

Outras TB 270 252 522

Total 3804 1571 5375

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Correcção de Yates para tabelas 2x2

No caso específico de tabelas 2 x 2 devemos usar a

Correcção de Yates para continuidade.

Para o problema anterior, Yates Χ2 = 100.39.

22 22

1 1

ˆ( 0.5)*

ˆ

ij ij

i j ij

N eX

e

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No R, temos:x<-matrix(c(3534,1319,270,252),ncol=2,byrow=T)

et<-chisq.test(x)

names(et)

et

et$expected

#quantil

qchisq(0.05,1, ncp=0, lower.tail = F)

#p-valor

pchisq(100.3915,1, ncp=0, lower.tail = F)

#density

plot(density(rchisq(500,df=1)))

points(qchisq(0.05,1, ncp=0, lower.tail = F),0,pch=19,col=2)

TESTE DO QUI-QUADRADO - Teste de Independência

9

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Teste Exacto de Fisher

O teste ideal para aplicar com tabelas de contingência de dados pequenos esparsos e não balanceados.

Embora seja aplicável noutras situações, vamos sempre usar em tabelas 2 x 2 .

É um teste exacto, portanto um p-value exacto.

A ideia geral é considerando a tabela de observações, “gerar” as tabelas com as mesmas margens, que são mais extremas que a observada, na mesma direcção da nossa observação ie, que a proporção TB do tipo SR nas mulheres é menor que proporção TB tipo SR nos homens.

Teste Exato de Fisher

Característica

(sim)

Característica

(não)

Total

Population 1 a A-a A

Population 2 b B-b B

a+b A+B-a-b

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H0: a proporção com a característica de interesse é a mesma nas duas

populações

Bilateral

H1: a proporção com a característica de interesse não é a mesma nas duas

populações (no R: fisher.test(x))

Unilateral

H1: a proporção com a característica de interesse na população 1 é menor que

na população 2 (no R: fisher.test(x,alternative=“less”))

H1: a proporção com a característica de interesse na população 1 é maior que

na população 2 (no R: fisher.test(x,alternative=“greater”))

Teste Exacto de Fisher (cont.)

Para o exemplo anterior temos no R:

x<-matrix(c(3534,1319,270,252),ncol=2,byrow=T)

fisher.test(x)

Fisher's Exact Test for Count Data

data: x

p-value < 2.2e-16

alternative hypothesis: true odds ratio is not equal

to 1

95 percent confidence interval:

2.073019 3.014822

sample estimates:

odds ratio

2.500202

Teste dos Sinais

Contrapartida não-paramétrica para

Teste-t para amostras

emparelhadas

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Amostras Emparelhadas - O Teste dos Sinais

População X População Y

1 1 2 2( , ),( , ), , ( , )n nX Y X Y X Y

0 1: localizaçao de localizaçao de . : localizaçao de localizaçao de

( > ) ou ( < )

H X Y vs H X Y

0 , 0 0 1/ 2;sobH P D P D

0: =# : 0 ; , ( , 1/ 2),

com :

i iM D D sob H M Binomial n p

p P X Y

Diferenças: : ; : ;i i iD X Y D X Y

0 1: ( ) 0 . : ( ) 0

( > ) ou ( < )

H Med D vs H Med D

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Amostras Emparelhadas - O Teste dos Sinais (pequenas amostras)

Região de Rejeição para:

• Unilateral Rejeitar para os maiores valores de M (m)

• Unilateral Rejeitar para os menores valores de M (m)

• Bilateral Rejeitar para os menores e maiores valores de M (m)

No R:

P[Binomial(n,1/2)<=m]=pbinom(q=m,size=n,prob=.5,lower.tail = F)

Observação: Sempre que se verificarem ligações, isto e, valores Xi=Yi, esses valores são desprezados, diminuindo-se a dimensão da amostra.

( ,1/ 2) ,P Binomp valu ia ml ne

0 1: 1/ 2 . : 1/ 2 (ou 1/ 2 ou 1/ 2)H p vs H p p p

( ,1/ 2) ,P Binomp valu ia ml ne

1 : 1/ 2 H p

1 : 1/ 2 H p

1 : 1/ 2 H p

2 ( ,1/ 2) 2 ( ,1/ 2) ,p value mP Binomial n ou P Binomial n m

10

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Exemplo - Cancro pancreático

Quando os pacientes têm Cancro pancreático, muitas vezes a

cirurgia é necessária para remover a parte do pâncreas que tem o

cancro. Quando estas cirurgias são concluídas, o cirurgião tem a

opção de fazer uma cirurgia mais complexa para preservar o baço

(preservação baço) ou para remover o baço como parte de

cirurgia (Esplenectomia).

Um estudo foi feito para comparar as duas opções cirúrgicas em

termos de resultados de saúde, ónus de custo e tempo na equipa

cirúrgica.

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Questão

Uma pergunta para cada técnica é determinar o efeito da cirurgia sobre a contagem de plaquetas em pacientes. As plaquetas estão envolvidas na coagulação dos pacientes; por vezes, aos pacientes em cirurgia são dados medicamentos para limitar a quantidade de coagulação durante a cirurgia.

Uma grande mudança no número de plaquetas pode ser um sinal de que a cirurgia foi particularmente difícil.

Para cada técnica, os cirurgiões pretendiam determinar se há uma diferença significativa na pre e post contagem de plaquetas de cirurgia.

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Exemplo - Cancro pancreático(cont.)

Em primeiro lugar, vamos ver o

grupo de preservação baço

Observe que temos

observações emparelhadas para

cada um dos pacientes

Estamos interessados na

diferença entre duas medições

Será que efectivamente há uma

diferença?

Paciente Pre Post Dif

1 260 223 37

2 216 149 67

3 427 224 203

4 217 181 36

5 613 708 -95

6 245 197 48

7 371 303 68

8 236 168 68

9 421 312 109

10 677 521 156

11 363 202 161

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Histograma

Uma vez que temos dados emparelhados, poderíamos utilizar o teste-t emparelhado.

O que se pode dizer sobre a distribuição das diferenças?

A suposição de normalidadedo t-teste emparelhado parece adequada?

A diferença na contagem de plaquetas pode ser variável e

conter outliers…

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A hipótese nula para a nossa investigação é que não há nenhuma diferença na contagem de plaquetas, antes e após a cirurgia.

Para o t-teste de duas amostras, isto seria escrito como H0: diferença média (pre-post) é igual a zero (d = 0)

Neste caso, temos outliers, portanto, a média não é uma boa medida de tendência central.

Que medida se deve usar alternativamente?

Como podemos estabelecer e testar a hipótese nulaadequada?

Exemplo - Cancro pancreático(cont.)

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Teste dos Sinais

O teste não-paramétrico mais simples é o Teste dos Sinais

H0: mediana de diferenças (pre-post) = 0

H1: mediana de diferenças (pre-post) ≠ 0

Sob a hipótese nula, seria de esperar o mesmo número de sinais positivos e negativos.

Se a maioria ou todas as diferenças são positivas, haveria algumas provas contra a hipótese nula.

Até que ponto podem ser significativas?

0: ; , 0 0 1/ 2;i i i i iD X Y sobH P D P D

0: =# : 0 ; , ( , 1/ 2),

com :

i iM D D sob H M Binomial n p

p P X Y

11

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Teste dos Sinais

Agora incluímos a coluna dos SINAIS

Se não houve realmente nenhum efeito da terapia, seria de esperar que iria haver um número igual de sinais (+ , - )

O que se pode ver sobre os sinais das diferenças?

Há uma diferença significativa entre os dois grupos?

Como se pode calcular o p-value ?

Paciente Pre Post Dif SINAL

1 260 223 37 +

2 216 149 67 +

3 427 224 203 +

4 217 181 36 +

5 613 708 -95 -

6 245 197 48 +

7 371 303 68 +

8 236 168 68 +

9 421 312 109 +

10 677 521 156 +

11 363 202 161 +

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Teste dos Sinais

O p-value é a probabilidade de se obter o valor observado ou algo mais

extremo sob a hipótese nula

• (p = 1/2).

Para o Teste dos Sinais, esta é a probabilidade do número observado de

sinais positivos ou mais. Para fazer o teste bilateral, devemos ter em

conta também os valores extremos do outro lado.

Hipótese nula e alternativa:

p-value:

0 1: 1/ 2 . : 1/ 2H p vs H p

2 ( ,1/2) , 11, 10P Binomial np valu ne m m

> 2*pbinom(q=10, size=11, prob=.5, lower.tail = F)

[1] 0.0009765625

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Exemplo - Cancro pancreático(conclusão) Teste dos Sinais

Dados Emparelhados, = 5%

Hipóteses• H0: mediana das diferenças = 0 (p = 1/2)

• H1: mediana das diferenças ≠ 0 (p ≠ 1/2)

M teve o valor observado de m = 10 (# sinais +)• p-value = 0.001

Rejeitar a hipótese nula

Conclusão:Há uma diferença significativa entre os valores de plaquetas pré e

pós-cirurgia para pacientes que tinham a cirurgia de

preservação baço.

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Teste dos Sinais – Grandes amostras

n “grande” , ie, n +

Nas aplicações, para n 25

/ 2(0,1)

(1 ) 1/ 2

dM np M n

np p n

N

/ 2(0,1)

1/ 2

M nZ

n

N

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Teste dos Sinais – Grandes amostras

Hipótese nula e alternativa

bilateral:

p-value:

Região de Rejeição, ao nível

de significância :

0 1: 1/ 2 . : 1/ 2H p vs H p

/2 /2 /22 2 2{1 ( )},

1/2 1/2 1/2

/2 /22 2 2 ( ).

1/2 1/2

M n n nP P Z z z z

n n n

M n nou P

m mp value

mP Z z z

n n

1

/2 /2 /2, : (1 /2),quantil da Normal(0,1)Z z ou Z z z

/ 2 / 2

/ 2z/ 2z

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Teste dos Sinais – Grandes amostras

Hipótese nula e alternativa unilateral :

p-value:

Região de Rejeição, ao nível de significância :

0 1: 1/ 2 . : 1/ 2H p vs H p

/2 /2 /2

1 ( ), .1/2 1/2 1/2

m mp

M n n nP P Z z z z

n n nvalue

1 / 2, : (1 ), quantil da Normal(0,1), :

1/ 2

M nZ z z Z

n

z

12

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Teste dos Sinais – Grandes amostras

Hipótese nula e alternativa unilateral :

p-value:

Região de Rejeição, ao nível de significância :

0 1: 1/ 2 . : 1/ 2H p vs H p

/ 2 / 2 / 2

( ), .1/ 2 1/ 2 1/ 2

m mp

M n n nP P Z z z z

nvalue

n n

1 / 2, : (1 ), quantil da Normal(0,1), :

1/ 2

M nZ z z Z

n

z

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Teste dos Sinais – Grandes amostras

EXEMPLO - Sessenta alunos matricularam-se num curso de inglês. Na primeira aula aplica-se umteste que mede o conhecimento da língua. Após seis meses, aplica-se um segundo teste. Osresultados mostram que 35 alunos apresentaram melhora (35 +), 20 se conduziram melhor noprimeiro teste (20 -) e 5 não apresentaram modificações (5 “0”). Será que o curso melhorou oconhecimento de inglês?

H0: O curso não alterou o conhecimento de inglês

H1: O curso melhorou o conhecimento de inglês= 5%

Cálculo da variávelm - número de sinais positivos (35);

n – tamanho da amostra descontado os empates (60-5=55)

Z1-0.05= Z0.95= 1.64, logo se rejeita Ho, ie, o curso não melhorou o conhecimento de inglês

No R: > qnorm(0.95)

/ 2

1/ 2

M nZ

n

/ 2 35 55/ 22.02

1/ 2 1/ 2 55

nz

m

n

Teste de Wilcoxon

Contrapartida não-paramétrica para

Teste-t para amostras

emparelhadas

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 70

Amostras Emparelhadas - O Teste de Wilcoxon(pequenas amostras)

População X População Y

O Teste de Wilcoxon é uma extensão do Teste de Sinais. É mais interessante pois leva em consideração a magnitude da diferença para cada par.

O teste de sinal analisa apenas o sinal das diferenças, mas o Teste de Wilcoxon usa o sinal e ordena as diferenças.

1 1 2 2( , ),( , ), , ( , )n nX Y X Y X Y

0 1: distribuiçao de distribuiçao de . : localizaçao de localizaçao de

(Teste Bilateral)

H X Y vs H X Y

( > ) ou ( < ) (Teste Uni late ral)

: ; : ;i i iDiferenças D X Y D X Y

0 1: ( ) 0 . : ( ) 0

( > ) o

(Teste Bilateral

u ( < )

)

(Teste Unilateral)

H Med D vs H Med D

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Teste de Wilcoxon (Pequenas Amostras Emparelhadas)

1. Obter as diferenças, Di = Xi - Yi

2. Obter os Valores Absolutos das diferenças, |Di |

3. Desprezar as diferenças de Valor 0 (empates) diminuindo do mesmo número de unidades, a dimensão da amostra.

4. Atribuir Ordens, onde a Menor = 1

5. Atribuir Ordens para diferenças „-‟ e „+‟

6. Somar as Ordens „+‟ (T+) & Ordens „-‟ (T-)

• Estatística de Teste

• T- ou T+ (Teste Unilateral)

• Estatística de Teste

• T:=min(T- , T+) (Teste Bilateral)

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 72

Teste de Wilcoxon (Pequenas Amostras Emparelhadas)

Motivação para a Região de Rejeição:

• Sob a validade de H0,• é de esperar que a soma das ordens positivas (T+) não

difira grandemente da soma das ordens negativas (T-).

• Uma soma “grande” para as ordens positivas (T+) relativamente a soma das ordens negativas (T-), implica que a Mediana das Diferenças, Med(D), tenha uma pequena probabilidade de ser igual a zero.

13

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Teste de Wilcoxon (Pequenas Amostras Emparelhadas)

Rejeitar Ho se T ≤ T0 (Tabela 9), com

T:=min(T- , T+)

Ho: Med(D) =0 (As distribuições de X e de Y são idênticas)

Teste Bilateral

H1: Med(D) 0 (As distribuições de X e de Y diferem na localização)

No R: wilcox.test(x,y,alternative = c("two.sided"),paired =T)

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 74

Teste de Wilcoxon (Pequenas Amostras Emparelhadas)

Rejeitar H0 se T- ≤ T0

Ho: Med(D) = 0 (As distribuições de X e de Y são idênticas)

Teste Unilateral

H1: Med(D) > 0(A distribuição de X tem

localização à direita da

localização de Y)

H1: Med(D) < 0(A distribuição de Y tem

localização à direita da

localização de X)

Rejeitar H0 se T+ ≤ T0

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 75

Teste de Wilcoxon (Grandes Amostras Emparelhadas)

n “grande” , ie, n +

Nas aplicações, para n 25

( 1) / 4(0,1)

( 1)(2 1) / 24

dT n n

n n n

N

( 1) / 4(0,1)

( 1)(2 1) / 24

T n nZ

n n n

N

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 76

Teste de Wilcoxon (Grandes Amostras Emparelhadas)

1

/ 2 / 2 / 2, : (1 / 2),z ou z z Z Z quantil da N(0,1)

ie, Rejeitar Ho se |Z| > z/2

Teste Bilateral

Ho: Med(D) = 0 (As distribuições de X e de Y são idênticas)

H1: Med(D) 0 (As distribuições de X e de Y diferem na localização)

( 1) / 4:

( 1)(2 1) / 24

n n

n n n

+TZ

p-value:

Região de Rejeição, ao nível de significância :

2 2{1 ( )}.P Z z z / 2 / 2

/ 2z/ 2z

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Teste de Wilcoxon (Grandes Amostras Emparelhadas)

1, : (1 )z z Z

Teste Unilateral

Ho: Med(D) = 0 (As distribuições de X e de Y são idênticas)

H1: Med(D)> 0(localização de X à direita

da localização de Y)

p-value:

Região de Rejeição, ao nível de significância :

1 ( ).P z z Z

H1: Med(D)< 0 (localização

de X à esquerda da

localização de Y)

1, : (1 )z z Z

( ).P z z Zp-value:

z

z

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Exemplo - Cancro pancreático

Agora, podemos analisar o grupo que teve intervenção cirúrgica com Esplenectomia

Novamente, temos observações emparelhadassobre cada um dos pacientes, e estamos interessados na diferença entre duas medições de plaquetas.

Será que há uma diferença significativa?

Patient Pre Post

1 492 375

2 297 382

3 272 325

4 367 585

5 206 181

6 284 237

7 338 273

8 212 243

9 161 147

10 384 326

11 224 214

12 251 292

13 224 263

14

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Exemplo - Cancro pancreático - Teste de Wilcoxon

A hipótese nula para a nossa investigação é que não há nenhuma diferença na contagem de plaquetas, antes e após a cirurgia com Esplenectomia .

• H0: Med(D) = 0

• H1: Med(D) ≠ 0

Rejeitar Ho se T ≤ T0 (Tabela 9), com T:=min(T- , T+)

Valor observado de T = 44

T0 (Tabela 9): n=13

• Two-sided p=0.10• T0=21

• Então: T >T0,

não se rejeita H0.

Conclusão: Não há nenhuma evidência de uma diferença entre o pré e pós contagem plaquetas para os pacientes que tinham uma Esplenectomia durante sua cirurgia.

Pacient

e

Pre Post Di |Di| Ordem T+ T-

1 492 375 117 117 12 12

2 297 382 -85 85 11 11

3 272 325 -53 53 8 8

4 367 585 -218 218 13 13

5 206 181 25 25 3 3

6 284 237 47 47 7 7

7 338 273 65 65 10 10

8 212 243 -31 31 4 4

9 161 147 14 14 2 2

10 384 326 58 58 9 9

11 224 214 10 10 1 1

12 251 292 -41 41 6 6

13 224 263 -39 39 5 5

44 47

No R:

x=c(492,297,272,367,206,284,338,212,161,384,224,251,224)

y=c(375,382,325,585,181,237,273,243,147,326,214,292,263)

wilcox.test(x, y ,alternative = c("two.sided"),paired =T)

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Conclusões

Os nossos testes de hipóteses mostram que:• os doentes a partir do grupo de preservação baço tinham uma

mudança significativa na sua contagem de plaquetas após cirurgia (rej H0)

• e os pacientes do grupo Esplenectomia não têm uma mudança significativa na sua contagem de plaquetas após cirurgia (não rej H0).

Estes resultados podem mostrar que a cirurgia de preservação baço é difícil para o paciente e outras medidas devem ser investigadas para garantir que esta cirurgia não é excessivamente agressiva para os de pacientes.

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Comentários

Quando nós temos dados emparelhados e os pressupostos de um teste-t emparelhado não forem pressupostos, temos duas maneiras para elaborar o teste de hipóteses sobre a localização:

• O Teste de Wilcoxon é sempre preferido ao Teste dos Sinais já que usa mais informação contida nos dados (já que usa as ordens).

• O Teste de Wilcoxon tem muito mais potência do que o Teste dos Sinais para detectar uma diferença significativa.

• Não há uma grande perda de potência no Teste de Wilcoxoncomparado a um teste-t quando se mantém a suposição de normalidade.

• Por outro lado, o Teste de Wilcoxon é muito mais potente do que o teste-t quando não é válida a suposição de normalidade.

Teste Mann-Whitney

Contrapartida não-paramétrica para

Teste-t para amostras

independentes

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Teste Mann-Whitney – pequenas amostras independentes

1. Testes para Duas Populações, X e Y, Independentes

2. Corresponde ao Teste-t para 2 valores médios

3. Pressupostos

Amostras Aleatórias Independentes (dimensões n1 e n2 )

Populações Contínuas

4. Aproximação Normal se ni 10

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Teste Mann-Whitney – pequenas amostras independentes

H0: X e Y têm distribuição idêntica

H1: As distribuições de X e Y diferem na Localização

• T1 = Soma das Ordens das Observações da amostra 1

na amostra conjunta de dimensão n=n1 + n2

• T2 = Soma das Ordens das Observações da amostra 2

na amostra conjunta de dimensão n=n1 + n2

15

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U1 = n1n2 + - T1

n1(n1 + 1)

2

U2 = n1n2 + - T2

n2(n2 + 1)

2

Teste Mann-Whitney – pequenas amostras independentes

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Teste Mann-Whitney – procedimento

1. Atribuir Ordens para as n=n1 + n2 ObservaçõesAmostrais

• Se n1 ≠ n2 , considera-se o índice 1 para a menordimensão (n1)

• Menor Ordem = 1, Maior Ordem = n• Valores Iguais (ligações) são subsituídos pela

respectiva média das ordens.

2. Somar as Ordens, Ti , i=1,2, para cada Amostra

• A distribuição exacta da ET, U , pode ser calculada

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 87

Teste Bilateral

H1: As duas populações, X e Y, diferem na localização

Rejeitar H0 ao nível se o valor observado de U , u, for tal que

p-value = 2 P[U < u ]

Teste Mann-Whitney – pequenas amostras independentes

Procedimento:

1. Assumir que n1 ≤ n2 (inverter as amostras se

necessário)

2. Determinar U1 e U2

3. U := min (U1 ,U2)

4. Usar os valores da Tabela 8 para testar H0 vs H1

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 88

Procedimento:

1. Assumir que n1 ≤ n2 (inverter as amostras se

necessário)

2. Determinar U1 e U2

3. Usar os valores da Tabela 8 para testar H0 vs H1

Teste Unilateral

H1: A população 1 (X) está

localizada à direita da

população 2 (Y)

Rejeitar H0 ao nível se o valor

observado de U1 , u1 , for tal

que

p-value=P[U < u1 ] , com

U = U1

Teste Unilateral

H1: A população 1 (X) está

localizada à esquerda da

população 2 (Y)

Rejeitar H0 ao nível se o valor

observado de U2 , u2 , for tal

que

p-value=P[U < u2 ] , com

U = U2

Teste Mann-Whitney – pequenas amostras independentes

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 89

Z :=

U2 - µU

U

2

2

Teste Mann-Whitney – grandes amostras independentes

Aproximação à Normal

n1n2

2µU = 2

n1n2(n1 + n2 + 1)

12U =

2

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 90

Teste Mann-Whitney – grandes amostras independentes

Rejeitar Ho se | Z | > Z/2

H1: As distribuições de X e Y diferem na Localização

Teste Bilateral

H0: X e Y têm distribuição idêntica

Determine U2 = n1n2 + - T2

n2(n2 + 1)

2

Z/2 := -1(1- /2), (.) f.d. da N(0,1)

/ 2 / 2

/ 2z/ 2z

16

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 91

Teste Mann-Whitney – grandes amostras independentes

H0: X e Y têm distribuição idêntica

Determinar U2 = n1n2 + - T2

n2(n2 + 1)

2

Teste Unilateral

H1: A população 1 (X) está

localizada à direita da

população 2 (Y)

Rejeitar H0 se Z > z

Teste Unilateral

H1: A população 1 (X) está

localizada à esquerda

da população 2 (Y)

Rejeitar H0 se Z < -z

z

z

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Teste Mann-Whitney – Exemplo

Suponha que é um gestor de produção e está interessado em investigar

se as taxas de produção de 2 fábricas são iguais. Para a fábrica 1, as

taxas (% de capacidade) são 71, 82, 77, 92, 88. Para a fábrica 2, as

taxas são 85, 82, 94, 97. Terão as taxas de produção das 2 fábricas a

mesma distribução de probabilidade ao nível de .10 ?

H0: Distribuição Idêntica

Ha: Localização Diferente

= .10

n1 = 4 n2 = 5

Pontos críticos:

Estatística de Teste :

Decisão:

Conclusão:

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 93

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 85

82 82

77 94

92 97

88 ... ...

Soma

das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 94

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85

82 82

77 94

92 97

88 ... ...

Soma

das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 95

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85

82 82

77 2 94

92 97

88 ... ...

Soma

das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 96

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85

82 3 82 4

77 2 94

92 97

88 ... ...

Soma

das Ordens

17

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 97

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94

92 97

88 ... ...

Soma

Das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 98

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94

92 97

88 ... ...

Soma

Das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 99

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94

92 97

88 6 ... ...

Soma

Das Ordens

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Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94

92 7 97

88 6 ... ...

Soma

Das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 101

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94 8

92 7 97

88 6 ... ...

Soma

das Ordens

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 102

Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94 8

92 7 97 9

88 6 ... ...

Soma

Das Ordens

18

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Teste Mann-Whitney – Exemplo

Fábrica 1 Fábrica 2

Taxa Ordem Taxa Ordem

71 1 85 5

82 3 3.5 82 4 3.5

77 2 94 8

92 7 97 9

88 6 ... ...

Soma

Das Ordens19.5 25.5

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Teste Mann-Whitney – Exemplo

Suponha que é um gestor de produção e está interessado em investigar

se as taxas de produção de 2 fábricas são iguais. Para a fábrica 1, as taxas

(% de capacidade) são 71, 82, 77, 92, 88. Para a fábrica 2, as taxas são

85, 82, 94, 97. Terão as taxas de produção das 2 fábricas a mesma

distribução de probabilidade ao nível de .10 ?

H0: Distribuição Idêntica

Ha: Localização Diferente

= .10

n1 = 4 n2 = 5

Estatística de Teste :

T1 = 5 + 3.5 + 8+ 9 = 25.5

(Amostra de dimensão mais pequena)

p-value= 2P[ U1< 4.5 ] >2P[ U1< 4] =2x 0.0952

Decisão:

Não Rejeitar ao nível de = 10%

Conclusão:Não existe evidência estatística que nos permita duvidar que as 2

Fábricas têm Taxas de Produção Idênticas, ao nível de 10%.

1 11 1 2 1

( 1) 4 54 5 25.5 4.5

2 2

n nU n n T

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Teste Mann-Whitney – Exemplo

Suponha que é um gestor de produção e está interessado em investigar

se as taxas de produção de 2 fábricas são iguais. Para a fábrica 1, as taxas

(% de capacidade) são 71, 82, 77, 92, 88. Para a fábrica 2, as taxas são

85, 82, 94, 97. Terão as taxas de produção das 2 fábricas a mesma

distribução de probabilidade ao nível de .10 ?

H0: Distribuição Idêntica

Ha: Localização Diferente

= .10 n1 = 4 n2 = 5

No R:

x<-c(71, 82, 77, 92, 88)

y<-c(85, 82, 94, 97)

wilcox.test(x, y ,alternative = c("two.sided"),paired =F)

Wilcoxon rank sum test with continuity correction

data: x and y

W = 4.5, p-value = 0.2187

alternative hypothesis: true location shift is not equal to 0

Teste de Kruskal-Wallis

Contrapartida não-paramétrica para

ANOVA completely

randomized

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Teste de Kruskal-Wallis

A análise da variância leva em consideração que • as variáveis são independentes,

• tem uma distribuição normal com uma variância comum (homogeneidade das variâncias)

• média constante em cada coluna.

O teste Kruskal-Wallis é um método não paramétrico.• Não leva em consideração formas específicas de

distribuição.

• Contrapartida não-paramétrica para

ANOVA completely randomized

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 108

Teste Kruskal-Wallis

Trata-se de um teste para decidir sek amostras de dimensões ni, i=1,…,k, (k>2) independentes

provêm de

• Ho: k populações com distribuições idênticas.

versus

• H1: pelo menos duas das k populações diferem

na localização.

Considerar a amostra global das n = ∑ni observações e

atribua Ordens.

Calcular as Somas das Ordens Ri , para cada amostra

i=1,…,k.

19

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 109

Teste Kruskal-Wallis

Estatística de Teste:

• Sem empates

• Com empates( Siegel & Castellan ‟88, pg.210)

g := nº de grupos de empates distintos

tj := nº de valores empatados no grupo j de

empates, j=1,…,g

2* 2

1 1

12 123( 1) ( ) ,

( 1) ( 1)

/ e ( 1) / 2

k ki

i i

i ii

i i i

RH H n n R R

n n n n n

R R n R n

*

3

1

3

( )

1

g

j j

j

HH

t t

n n

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 110

Teste Kruskal-Wallis – Grandes Amostras

Sob a hipótese nula, Estatística de Teste Hsegue aproximadamente um Qui-Quadrado com g.l.= k-1

Decisão: Rejeitar Ho se o valor da ET de K-W é “grande”

Rejeitar hipótese nula Ho se H > χ2k-1, 1-α

χ2k-1, 1-α

Deve-se usar apenas quando a mais pequena das dimensões ni ≥ 5.

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 111

Teste Kruskal-Wallis – Pequenas Amostras

Quando k = 3 e ni 5, sem empates:

os Quantis w , = 0.90, 0.95, 0.99 da

distribuição exacta da ET K-W estão

tabelados na

• Tabela A8 (Conover ‟80)

Decisão: (ao nível α)

Rejeitar hipótese nula Ho se H > w1-α

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 112

Teste de Kruskal-Wallis

Primeiramente, os dados são convertidos em “ordens”.

Considere os 4 Tratamentos seguintes, A, B, C, D, cada um com cinco réplicas.

Podemos dizer que esses valores são provenientes da mesma distribuição?

Ou seja, não existe uma diferença significativa entre os Tratamentos?

Tratamentos A B C D

27 48 11 44

14 18 0 72

8 32 3 81

18 51 15 55

7 22 8 39

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 113

Teste de Kruskal-Wallis

Ordenação

•Nota: As diferenças nos pontos médios (Ri/ni) indicam diferenças nos grupos.

i

i

ii

i i

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 114

Teste de Kruskal-Wallis

A hipótese nula é que todos os grupos vêem da

mesma população.

Seja n = 20, o tamanho da amostra total.

A Estatística de Teste é

Para nosso exemplo

2*

1

123( 1)

( 1)

ki

i i

RH n

n n n

* 12259.2 884.45 92.45 1479.2 3 (21) 14.6

20 21H

20

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Teste de Kruskal-Wallis

Factor de Correcção:

Com g = 2 (valores 8 e 18), t1 = t2 = 2 (dois valores 8 e dois valores 18),

A Estatística de Teste corrigida é

Para nosso exemplo

14.614.622

0.9985H

*

23

1

3

( )

1

j j

j

HH

t t

n n

23

31

3 3

( )2(2 2) 12

1 1 1 0.998520 20 7980

j j

j

t t

n n

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 116

Teste de Kruskal-Wallis

DECISÃO:

Logo, a hipótese nula deve ser rejeitada, ou seja,

as amostras não pertencem a mesma população.

Comparação deste valor com o quantil 2 com (k -1=3)

graus de liberdade.

Da tabela do 2 com 3 graus de liberdade temos

• χ23, 0.95 =7.81 para 95%.

• Como H = 14.622χ2

3

7.81 14.5

χ23, 0.95

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 117

Teste de Kruskal-Wallis

No R:aa <- c(27,14,8,18,7) # tratamento A

bb <- c(48,18,32,51,22) # tratamento B

cc <- c(11,0,3,15,8) # tratamento C

dd <- c(44,72,81,55,39) #tratamento D

grupo <- factor(rep(1:4, each=5),labels = c("A","B","C","D"))

grupo

r<-rank(c(aa,bb,cc,dd))

R<-tapply(r,grupo,sum)

R

n=20

hstar= (12/(n*(n+1))) * sum(R^2/5) - 3*(n+1)

hstar

#Fator de correção

t=c(2,2)

correction=1-sum(t^3-t)/(n^3-n)

correction

h=hstar/correction

h

#h sob ho segue qui-quadrado com k-1 graus de liberdade=3

p.valor<-pchisq(h,df=3,lower.tail=F)

p.valor

quantil<-qchisq(p=0.95, df=3, lower.tail = TRUE)

quantil

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 118

Teste de Kruskal-Wallis

No R:kruskal.test(list(aa,bb,cc,dd))

Outro exemplo

## Mucociliary efficiency from the rate of removal of

## dust in normal subjects, subjects with obstructive

## airway disease, and subjects with asbestosis.

x <-c(2.9, 3.0, 2.5, 2.6, 3.2) # normal subjects

y <-c(3.8,2.7,4.0,2.4)# with obstructive airway disease

z <-c(2.8, 3.4, 3.7, 2.2, 2.0) # with asbestosis

Teste do Coeficiente de

correlação ordinal de

Spearman

contrapartida não-paramétrica do

coeficiente de correlação

amostral de Pearson

Isabel Fraga Alves FCUL/ DEIO - Estatística Aplicada: Métodos Não-Paramétricos 1ºAno/2ºSem (2009/2010) 120

População X População Y (contínuas)

1 1 2 2( , ),( , ), , ( , )n nX Y X Y X Y

0 : relação ( ) entre e , ie,

e

Não existe associaçao

independente sã o s

H X Y

X Y

Teste do Coef de correlação ordinal de Spearman

1. : entre exi e ste associaçao (Teste Bilateral)vs H X Y

1. : entre exist ee associaçao directa (Teste Unilateral) vs H X Y

1. : entre existe associaçao inversa (Teste Unilateral) e vs H X Y

21

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Teste do Coef de correlação ordinal de Spearman

O coeficiente de correlação ordinal de Spearman Rs é a contrapartida não-paramétrica do coeficiente de correlação amostral de Pearson, em queos Xi‟s e os Yi‟s sao substituídos pelas suas ordens.

• Para obter r(Xi)=ordem de Xi e r(Yi)= ordem de Yi, ordenam-se as amostras dos Xi‟s e osYi‟s separadamente.

Observação:

Num modelo paramétrico e Normal, X e Y são independentes sse o

coeficiente de correlção ρ=corr(X,Y)=0, ie,

• testar Ho é equivalente a testar Ho: ρ =0, pelo que e natural usar o coeficiente

de correlacao amostral.

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Teste do Coef de correlação ordinal de Spearman

Coeficiente de correlação ordinal de Spearman Rs:

Observação: Se o nº de empates for pequeno relativamente ao

nº de pares (Xi,Yi) o erro resultante desta última expressão é

pequeno.

2

1

2

naSe houver ,

6

1 , ( 1)

com ( )

o

( ).

n

i

i

i i i

S

d

n n

d r x r

empat

y

es

R

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Teste do Coef de correlação ordinal de Spearman

Região de Rejeição (Pequenas Amostras):

p-value= 2 min[P(RS≤rS), P(RS≥rS)] (Teste Bilateral)

= P(RS ≥ rS)

= P(RS ≤ rS) (Testes Unilaterais)

Observação: Se o nº de empates for pequeno relativamente ao nº

de pares (Xi,Yi) o erro resultante desta última expressão é pequeno.

Grandes Amostras: para um nº de pares (Xi,Yi) elevado,

pode ser aproximada pela N(0,1).n-1 SR

0

0 0 0 0

0 0

Tabela 11,

Teste Bilateral

Com escolhido criteriosamente na

Rejeitar H , se { } | |

} { Testes Unilater{ } a s i

S S S

S S

r

r ou r r

r ou r

R R R

R R

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Teste de Spearman - Exemplo

Cinco professores de Ciências do ensino básico foram classificados por um júri de acordo com sua capacidade pedagógica.

Esses mesmos professores realizaram um "exame nacional para professores".

Existe acordo entre a classificação do júri e a classificação no exame?

Se a Ordenação do Júri é baixa(melhor professor), seria de esperar a Classificação elevadano exame para professores;

pelo que colocamos na hipótese alternativa uma associação inversa entre as variáveis Ordenação do Júri e Classificação no Exame.

Professor 1 2 3 4 5

Ordenação

do Júri

4 2 3 1 5

Classificação

no Exame

72 69 82 93 80

0

1

: ) entre e

.

: entre e

Não existe associaçao

e

xiste as

sociaçao inversa

(Teste Unila teral)

H X Y

vs

H X Y

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Professor 1 2 3 4 5

Ordenação do Júri 4 2 3 1 5

Classificação no Exame 72 69 82 93 80

R(xi) 4 2 3 1 5

R(yi) 2 1 4 5 3

di 2 1 -1 -4 2

Teste de Spearman - Exemplo

Ordenar os Resultados dos Exames (a 1ª variavel já está na

forma ordenada). Não há empates.

0

1

) entre e

.

entre e

Não exis

te associaçao

existe asso

ci

açao inversa

(Teste Unilateral)

:

:

H

H

X Y

vs

X Y

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Teste de Spearman - Exemplo

Com nível de significância=0.05, n=5

Rejeita-se H0 se Rs <=0

2

2

1

2 2

66 6(26)

1 1 1 0.3.( 1) ( 1) 5(25 1)

S

n

i

i i

dd

n n n nr

22

Teste de Spearman - Exemplo

No R:a <- c(4,2,3,1,5)

b <- c(72, 69,82,93,80)

cor.test(a, b, method="spearman",alternative="less")

Spearman's rank correlation rho

data: a and b

S = 26, p-value = 0.3417

alternative hypothesis: true rho is less than 0

sample estimates:

rho

-0.3

> ?cor.test

Teste de Spearman - Exemplo

Decisão: Não Rejeitar Ho. Não existe evidência suficiente que indique umaassociação negativa entre Ordenação do Júri e Classificação no Exame, ao nível de significância de 5%.