anais monografias do curso de direito · capa prof. delander da ... 10 o trabalho infantil em...

ANAIS MONOGRAFIAS DO CURSO DE DIREITO

2º SEMESTRE 2008 - GAMA

FACULDADE ATENAS

DEZEMBRO DE 2008- Nº5

2

ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA GAMA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008

ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS

Rua Euridamas Avelino de Barros, 60

Paracatu – MG –CEP: 38600000 – Telefone (fax): (38) 36723737

Site:www.atenas.edu.br – E – mail:[email protected]

Diretor Geral da Faculdade Atenas

Prof. Hiran Costa Rabelo

Diretor de Desenvolvimento

Prof. Rodrigo Costa Rabelo

Diretor Administrativo Financeiro

Prof. Roberto Costa Rabelo

Diretor Acadêmico

Prof. MSc. Delander da Silva Neiva

Coordenador do Núcleo de Iniciação à Ciência da Faculdade Atenas

Profa.Msc. Eleusa Gomes de Oliveira

Organizador dos Anais

Profa.Msc. Eleusa Gomes de Oliveira

Revisão Metodológica

Prof. Delander da Silva Neiva

Revisão Ortográfica

Prof. Clarecí Nunes Siqueira Silva

Capa

Prof. Delander da Silva Neiva

3


SUMÁRIO

1 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS OMISSÕES

LEGISLATIVAS.......................................................................................................08

Lorena Rachel Vasconcelos Chaves Mota

2 ASPECTOS ATUAIS DA PATERNIDADE SOCIOAFETIVA.........................08

Euzébio Moreira de Carvalho

3 RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA NAS AÇÕES DE INVESTIGAÇÃO DE

PATERNIDADE........................................................................................................09

Milton Moreira da Silva Júnior

4 A ATUAÇÃO DO TERCEIRO SETOR NA SOCIEDADE.................................10

Iris Márcia Canedo Diniz

5 O RECONHECIMENTO ANTECIPADO DA PRESCRIÇÃO PENAL

RETROATIVA E SUAS RAZÕES PROCESSUAIS...............................................11

Lucas de Oliveira Rodrigues

6 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER...........................................11

Camila Melo Lima

7 A RESPONSABILIDADE CIVIL AVOENGA....................................................12

Leiza Pimentel da Silva

8 DA RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA POR CRIME

AMBIENTAL.............................................................................................................13

Regina Lopes de Lima

9 TRIBUNAL DO JÚRI (Soberania dos Veredictos e Revisão Criminal).................14

Aline de Cantuário Lopes

4


10 O TRABALHO INFANTIL EM PARACATU – MG..........................................15

Delcio Severino Costa

11 A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DOS ALIMENTOS AVOENGOS NO

DIREITO BRASILEIRO...........................................................................................16

Venicy Martins de Araújo

12 O INVENTÁRIO POR ESCRITURA PÚBLICA, SEGUNDO A LEI 11.441/2007, E

SEU PROCEDIMENTO............................................................................................16

Ruiter Magno Ferreira

13 O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: Inaplicabilidade da Ressocialização

e Dignidade do Preso...................................................................................................17

Nara Lídia Oliveira dos Santos

14 A PENHORA ON-LINE NO PROCESSO CIVIL..............................................18

Líria Calabrês Cardoso

15 A ÓTICA DO CÓDIGO CIVIL FRENTE À FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA....19

Lucimar Alves Conceição

16 RESPONSABILIDADE CIVIL DO JUIZ FRENTE AS SUAS DECISÕES NOS

TERMOS DO ART. 133 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.............................19

José Antônio Teixeira

17 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO FRENTE AO CÓDIGO DE

DEFESA DO CONSUMIDOR..................................................................................20

Soraia Ferreira da Silva

18 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA.....................................................................21

Alfredo Alves Oliveira

19 FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS VANTAGENS E

DESVANTAGENS.....................................................................................................21

Lara Silva Queiroz

5


20 A RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO.................................22

Juliane Pimentel da Silva

21 ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS: Interceptações Telefônicas x Garantias

Fundamentais...............................................................................................................23

Narla Daiana Campos

22 A SEPARAÇÃO EXTRAJUDICIAL À LUZ DA LEI 11.441/2.007 .................24

Luciana da Silva

23 PENHORA ON LINE TRABALHISTA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL E

SEUS VÍCIOS.............................................................................................................25

Walisson Leandro Vitor

24 APLICABILIDADE DA DUPLICATA VIRTUAL............................................26

Marco Aurélio Rocha Vieira

25 A EXIGÊNCIA DE ATIVIDADE JURÍDICA COMO REQUISITO PARA

INGRESSAR NA MAGISTRATURA E NO MINISTÉRIO PÚBLICO.................

Leandro Lisboa de Freitas

26 PROPORCIONALIDADE DO USO DA PROVA ILÍCITA NO PROCESSO

PENAL........................................................................................................................28

Liliane Caldas Lima

27 PREGÃO ELETRÔNICO, SOLUÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO

FEDERAL?.................................................................................................................28

Arnaldo Alves Alvarenga

28 A FALÊNCIA DO IDEAL RESSOCIALIZADOR DA PENA COMO CAUSA

MOTIVADORA DA CRIMINALIDADE................................................................29

Levy dos Reis Francisco Mendes Júnior

6


29 OS DIREITOS TRABALHISTAS DA EMPREGADA GESTANTE NO

BRASIL.......................................................................................................................30

Lízia Oliveira Ramos Carneiro

7


APRESENTAÇÃO

As publicações de anais de monografia têm como objetivo principal divulgar e

fomentar a produção científica da Faculdade Atenas, proporcionando complementar os

conhecimentos jurídicos adquiridos em aulas teóricas e práticas, por meio da

indispensável pesquisa doutrinária sob o enfoque e perspectivas dos diversos temas

presentes no ordenamento jurídico. Estas publicações contribuirão para o

aprimoramento da cultura jurídica no meio acadêmico, bem como, propiciar uma leitura

fácil e agradável de vários temas relacionados ao curso do Direito.

8


1 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS OMISSÕES

LEGISLATIVAS

Lorena Rachel Vasconcelos Chaves Mota1

Com a promulgação da Constituição de 1988, são consagrados os chamados

direitos e garantias fundamentais. Com isso, surge uma preocupação do Constituinte

com as omissões legislativas, o que é explicitado no Art. 5º, § 1º da Carta Magna, que

determina que as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm

aplicabilidade imediata. Em face dessa “preocupação” institui-se dois remédios

distintos, a fim de sanar tais omissões – o Mandado de Injunção, previsto no inciso

LXXI do art. 5º e a Ação de Inconstitucionalidade por Omissão (ADIM), com previsão

no art. 103, § 2º para solucionar eventuais problemas decorrentes da ausência de normas

regulamentadoras ou de medidas de outra natureza. A presente monografia tem por

escopo analisar as denominadas omissões legislativas inconstitucionais e seus

instrumentos de combate. É feito um paralelo dos instrumentos de combate às omissões

legislativas inconstitucionais, diferenciando-os e levando em consideração os julgados

do Supremo Tribunal Federal.

Palavras-Chave: Omissões Legislativas. Inconstitucionalidade.

Instrumentos. ADIn por Omissão. Mandado de Injunção.

2 ASPECTOS ATUAIS DA PATERNIDADE SOCIOAFETIVA

Euzébio Moreira de Carvalho2

O presente trabalho tem como finalidade analisar a Paternidade

Socioeducativa sendo uma nova forma de paternidade dotada do sentimento de afeto

sem a presença dos laços consanguíneos. Objeto de diversas discussões, o tema coloca

em evidência a importância da figura paterna para os filhos, independentemente de

estarem ligados por laços afetivos ou consangüíneos. Nesse sentido, o aspecto afetivo

tem relevância na relação de filiação, revelando a importância do afeto na determinação

1 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008.

2 Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008.

9


da paternidade. A paternidade socioafetiva será analisada de forma latu sensu, haja vista

que se trata de um tema não disciplinado pelo ordenamento jurídico e, portanto,

apresentando grande complexidade, não podendo ser abordado em seu ínterim em um

trabalho de graduação. Nesse contexto o trabalho analisará um estudo composto de

quatro capítulos. O capítulo 01, se refere a um apanhado geral acerca da Paternidade

Socioafetiva; o capítulo 02 apresenta uma noção de família, desde os tempos mais

remotos aos atuais, passando pelo Direito Romano e pelo Direito Canônico, bem como

comparando tal instituto com a legislação no Código Civil Brasileiro em vigor e o

disposto na Constituição Federal de 1988. O capítulo 03 é de extrema importância, pois

aborda sobre a filiação e suas ramificações, como a filiação afetiva e as formas de

reconhecimento dos filhos que pode ser voluntária ou judicial. O capítulo 04 analisa os

aspectos intrigantes do tema em questão, a Paternidade Socioafetiva, analisando seu

significado, como se dá o seu reconhecimento e sobre o dever alimentar inerente à

paternidade socioafetiva. Neste contexto ressalta-se o direito, garantido

constitucionalmente, de todo filho conhecer o pai biológico, sem, contudo fazer cessar

ou desaparecer o vínculo da paternidade sócio-afetiva. Constata-se, então, que o

presente tema é de extrema relevância para o Direito Pátrio, pois se trata de uma forma

inovadora de paternidade e, principalmente valorizando o sentimento, o afeto e o

cuidado com a criança. O tema em questão é de grande importância, contudo ainda

necessita ser analisado mais profundamente, além de amparo na legislação brasileira.

Palavras-Chave: Família. Filiação. Paternidade. Direito.

3 RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA NAS AÇÕES DE INVESTIGAÇÃO

DE PATERNIDADE

Milton Moreira da Silva Júnior3

O presente trabalho monográfico se propõe a analisar a tese da relativização

da coisa julgada nas ações de investigação de paternidade. O cerne da questão na

dosagem entre a segurança jurídica e a satisfação jurisdicional. Os princípios

fundamentais da ciência do direito, no caso em tela se confrontam. O avanço das

pesquisas, principalmente na área da genética, especificamente no surgimento e na


10


evolução do exame de DNA. Pois o resultado do exame de DNA, as vezes contradiz,

sentenças judiciais transitadas em julgado, ou seja, sem a possibilidade de se impetrar

recurso. Haja vista que conviver com a injustiça, por ter uma decisão manifestadamente

contrária a verdade dos fatos, pois a precisão do exame de DNA é praticamente

incontestável, confronta com um instituto de direito processual civil, erigido à categoria

de direito fundamental pela Constituição da República. A discussão ainda persiste nos

corredores, salas de aula, tribunais, sem ter até o presente datam uma pacificação ou

solução definitiva para a celeuma. O tema, ainda pouco explorado pelos doutrinadores,

carece de maior atenção, pois os problemas agregados a ele trazem danos irreparáveis

ao ser humano.

Palavras-chave: Relativização. Coisa Julgada. Paternidade.

4 A ATUAÇÃO DO TERCEIRO SETOR NA SOCIEDADE

Iris Márcia Canedo Diniz4

Este presente trabalho monográfico tem por finalidade questionar uma

obrigação que seria do Estado, mas que infelizmente não é cumprida pelo mesmo. A

analise volta-se ao Terceiro Setor, constituída por entidades responsáveis pelo bem estar

social. As entidades de interesse social estão presentes em nosso dia-a-dia, sanando a

carência educacional, intelectual e outros tipos de carência da comunidade em geral.

São elas: Os Sindicatos, as Sociedades cooperativas, as Sociedades de seguros, as

Associações, todas de fundo corporativista, ou seja, associam-se pessoas, submetidas ou

regidas pelas normas estatutárias, ligadas por um mesmo interesse para obtenção de

uma determinada finalidade lícita. Surgem assim, as pessoas jurídicas, dessa união de

pessoas ou de patrimônios, as quais a legislação, ou seja, o ordenamento jurídico, torna

aptas juridicamente a adquirir e exercer direitos e a contrair obrigações. Trata-se a

questão da posição constitucional e legal de tais entidades, forma de criação e recursos

para manutenção. É notório e inegável que as fundações e outras Entidades de

interesse social nasceram sob a inspiração e auspícios do direito privado. Todavia, essa

circunstância foi o principal dissenso por longa data, entre estudiosos, no que respeita à

existência de tais entidades de direito público. Também é o objetivo, o questionamento


11


sobre onde se encaixam as ditas. Enfim, é um estudo minucioso das entidades que mais

recebem verbas financeiras em nosso País, escanchadas na valorização do ser humano.

Palavras-chave: Terceiro Setor. Fundações. Entidades de Interesse Social.

5 O RECONHECIMENTO ANTECIPADO DA PRESCRIÇÃO PENAL

RETROATIVA E SUAS RAZÕES PROCESSUAIS

Lucas de Oliveira Rodrigues5

O Estado, detentor do ius puniendi, deve exercer seu direito de punir em

determinado lapso temporal, punindo o infrator do tipo legal. Essa punição deve advir

em determinado período de tempo, sob pena de aplicar os efeitos decorrentes da inércia.

Em direito penal, há duas modalidades de prescrição, prescrição da pretensão punitiva e

prescrição da pretensão executória. Dentre essas modalidades, existe a prescrição

retroativa, aquela proferida ao término do processo e que se efetiva no prazo

transcorrido durante a instrução processual. Recentemente, vem crescendo na doutrina e

jurisprudência uma ramificação da prescrição retroativa, a prescrição antecipada. A

prescrição antecipada e a possibilidade de ver reconhecida a prescrição retroativa antes

do proferimento da sentença, levando em consideração os elementos constantes do

processo. Desta forma, com base em uma perspectiva da pena, aplicar-se-ia a prescrição

retroativa antecipadamente. A questão não é conhecida de forma pacífica por todos os

Tribunais e doutrinadores. O Supremo Tribunal Federal vem negando a aplicação da

prescrição antecipada com o único argumento de que não há previsão legal. Respeitada

a posição do Supremo Tribunal Federal, é de se reconhecer que o instituto da prescrição

penal antecipada se harmoniza perfeitamente com o sistema processualista brasileiro,

autores jurídicos já destinaram inúmeras linhas reconhecendo a possibilidade de

aplicação da prescrição antecipada, pela ausência do interesse de agir.

Palavras-Chave: Prescrição. Pretensão Punitiva. Processo. Interesse de

Agir.

6 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER


12


Camila Melo Lima6

Desde os primórdios as mulheres foram perseguidas e maltratadas pelo

simples fato de ser mulher, sofrendo várias formas de abuso durante a vida, ocorrendo

desde a violência física, sexual, moral e até mesmo a psicológica. Ao longo da

existência, a mulher vem sendo subjugada nos seus sentimentos, pensamentos,

interesses e vontades, mas, contudo a mesma vem vencendo vários obstáculos sociais,

culturais, físicos e intelectuais, mostrando ao mundo uma incansável luta por seus

direitos de cidadã e de ser humano. Na luta contra os crimes contra a mulher entrou em

vigor no Brasil no dia 22 de setembro de 2006 a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/ 06)

que trata da criação de mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a

mulher. Essa lei respaldada por forte movimento social de defesa dos direitos da

mulher, é bem vinda, pois reflete a necessidade premente de repensar as relações de

gênero como uma relação construída sobre uma cultura secular de poder de dominação

machista, cuja marca tem sido a violência doméstica.

Palavras - chave: Mulher. Subordinação. Direitos. Crimes. Lei Maria da

Penha.

7 A RESPONSABILIDADE CIVIL AVOENGA

Leiza Pimentel da Silva7

Este trabalho tem a finalidade de conceituar de forma clara a importância e

suas existências básicas a assumir o dever legal para produzir os meios necessários à

sobrevivência, no entanto algum doutrinador nos mostra a compreensão do termo que

será mais amplo, além de abranger os alimentos propriamente ditos e referidos se há

satisfação de outras necessidades essenciais a vida em sociedade, com o objetivo em

trazer o conceito e a importância em demonstrar o papel dos avós na obrigação

alimentar evidenciando quais situações ela se perfaz. Em resumo os avós podem ser

instalados a pagar alimentos aos netos por obrigação própria complementar e/ou

sucessiva, mas não solidária e no dever suplementar, a obrigação se dilui entre todos os



13


avós, maternos e paternos associada à responsabilidade primaria dos pais alimentarem

seus filhos. A Importância da medida contra os avós é dolorosa e com perdas afetivas,

mas ainda é um meio de sobreviver com dignidade. Há que se lembrar o dever e os

princípios trazidos pela constituição de 1988, assim o estudo proposto mostra as

consequências da responsabilidade civil sob o enfoque das relações familiares as

maneiras que se relaciona com os conceitos das obrigações advindas de seus

antecedentes e descentes ao dever. Portanto diante desses pontos relevantes acerca da

obrigação alimentar avoenga vem propor a reflexão da realidade em que vivem muitas

famílias da sociedade brasileira. Visando expressar o assunto conformes doutrinas e os

tipos de responsabilidade que os avós têm em relação aos alimentos. Desse modo, este

trabalho tem por objetivo demonstrar de forma clara e simples que os alimentos, como

peça imprescindível, possuem importância para todo o individuo que vive com

dignidade em sociedade.

Palavras-Chaves: Alimentos. Obrigação. Avoenga. responsabilidade.

8 DA RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA POR CRIME

AMBIENTAL

Regina Lopes de Lima8

Nos últimos anos, o direito brasileiro, tem tratado da preservação ambiental.

A Constituição Federal em seu art. 225, § 3º estabelece sanções penais e administrativas

aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, premissa contida na Lei 9.605/98 e no

Código Penal Brasileiro. Logo, a pessoa jurídica é imputável por crime ambiental,

sendo que a Lei dos crimes ambientais prevê penas restritivas de direitos, prestação de

serviços à comunidade, interdição temporária de direitos, suspensão parcial ou total de

atividades, prestação pecuniária, além da possibilidade de interdição temporária de

estabelecimento, obra ou atividade, a proibição de contratar com o Poder Público, bem

como dele obter subsídios, subvenções ou doações, e as penas restritivas de direitos,

previstas a suspensão parcial ou total de suas atividades. Poderá ser desconsiderada a

personalidade da pessoa jurídica sempre que esta constituir obstáculo ao ressarcimento


14


de prejuízos causados ao meio ambiente (art. 4º). Uma das mais severas penas para a

pessoa jurídica é a liquidação forçada. Estas sanções não têm por escopo apenas

desestabilizar a situação econômica da empresa, como também somente punir a pessoa

jurídica que tenha cometido crime ambiental, mas, essencialmente, prevenir atentados

contra o meio ambiente.

Palavra-Chave: Pessoa Jurídica. Crime Ambiental. Sanção penal. Lei.

9 TRIBUNAL DO JÚRI (Soberania dos Veredictos e Revisão Criminal)

Aline de Cantuário Lopes9

O Júri surgiu como resultado de uma necessidade histórica, a de frenar o

arbítrio excessivo dos soberanos (na época da centralização de poder nas monarquias

européias). Várias são as afirmações de que a origem do Tribunal do Júri vem desde os

antecedentes na lei mosaica, os dikastas, na Heliéia, e os centeni comites dos germanos.

Porém a grande maioria dos doutrinadores afirma que o Tribunal do Júri foi criado na

Inglaterra, depois do Concílio de Latrão, por volta de 1215, tendo abolido as Ordálias e

os juízes de Deus, sendo exemplo para o mundo. No Brasil surge o Tribunal do Júri pela

Lei de 18 de junho de 1822, competindo-lhe tão somente o julgamento de crimes de

imprensa, e só caberia recurso de sua decisão à clemência Real, era composto por 24

“juízes de fato”, cidadãos considerados bons, honrados, inteligentes e patriotas. A

competência do Tribunal do Júri não pode ser considerada absoluta, pois como prevê a

CF/88 é do referido Tribunal a delimitação do Poder Jurisdicional para o julgamento

dos crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados, e não há proibição da

ampliação do rol dos crimes que serão apreciados pelo Tribunal do Júri por via de

norma infraconstitucional. Existem princípios constitucionais e processuais penais

expressos e implícitos, neste trabalho irei expor, brevemente, os princípios

constitucionais explícitos, referentes ao Tribunal do Júri, a plenitude de defesa, o sigilo

das votações, a soberania dos veredictos e a competência para julgamentos dos crimes

dolosos contra a vida. O procedimento do Júri é regulamentado na forma da legislação


15


ordinária, disposto no Código de Processo Penal do art. 406 a 497. Ingressa na fase de

preparação do plenário, após o trânsito em julgado da decisão de pronúncia. Após,

designará dia e hora para a realização da sessão plenária, determinando a intimação das

partes (representante do Ministério Público, querelante o seu defensor, quando houver

assistente da acusação, se existir, réu e seu defensor) e das pessoas a serem ouvidas no

dia do julgamento (testemunhas, vítimas, se houver peritos se necessário). A função do

Juiz-Presidente é a de dar forma e sentido jurídico ao veredicto dos jurados. Soberania é

o titular do poder constituinte. A procedência da revisão criminal permite a alteração da

classificação do crime, a absolvição do réu, a modificação da pena ou a anulação do

processo, em nenhuma hipótese, poderá agravar a pena do sentenciado.

Palavras-Chaves: Tribunal do Júri. Soberania dos Veredictos. Revisão

Criminal. Julgamento.

10 O TRABALHO INFANTIL EM PARACATU – MG

Delcio Severino Costa10

O trabalho infantil é uma questão de extrema complexidade, pois apesar dos

esforços que foram realizados nos últimos anos, existem no Brasil milhares de crianças

e adolescentes em atividades proibidas. Quando a criança trabalha, é porque os pais

contam com esforço dos filhos para a sobrevivência e para complementação no

orçamento da renda familiar. Diante desse quadro, a educação passa a ser inacessível.

Para compreender melhor essa questão, é necessário verificar a relação entre o trabalho

infantil e a educação. O trabalho das crianças pode ser o principal mecanismo de

transmissão da pobreza por várias gerações. É importante avaliar essa questão, além

dos números, a natureza desse trabalho, as condições em que são realizados, os riscos e

abusos a que as crianças são submetidas ao exercê-lo. A presente monografia tem como

objeto de pesquisa o trabalho infantil, na cidade de Paracatu-MG, onde foram analisadas

as principais causas, características e incidência do trabalho do menor. Bem como as

instituições, os instrumentos e programas desenvolvidos, que tem como meta a redução

do trabalho infantil no Brasil.

10

Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008.

16


Palavras-Chaves: Trabalho Infantil. Paracatu.Educação Instituições.

11 A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DOS ALIMENTOS AVOENGOS

NO DIREITO BRASILEIRO

Venicy Martins de Araújo11

O presente estudo busca esclarecer e traçar um posicionamento acerca da problemática

que envolve a transmissão da obrigação alimentar para os herdeiros do devedor, matéria

expressamente prevista no artigo 1700 do Código Civil Brasileiro. O Código Civil, de

1916, dispunha de modo totalmente oposto, dizendo que a obrigação alimentar era

intransmissível, não obstante, a posterior redação do art. 23 da Lei do Divórcio, Lei

Federal n.º 6.515/77, veio dispondo diversamente no sentido de que se transmite a

obrigação alimentar. Este trabalho pretende colocar a responsabilidade subsidiária dos

alimentos avoengos de forma simples, sem pretensões. Como os demais se abordam a

matéria com objetividade e síntese. Comenta-se a luz das inovações, conforme

jurisprudências e doutrinas, as responsabilidades dos avós em relação aos alimentos.

Tem-se como objetivo discorrer sobre o assunto proposto, esclarecendo, sobre os

aspectos da legislação pátria. Em síntese, essa monografia visa demonstrar a

importância dos alimentos na vida do ser humano para que viva em sociedade com

dignidade.

Palavras-Chaves: Alimentos. Obrigação. Avoenga. Subsidiariedade.

12 O INVENTÁRIO POR ESCRITURA PÚBLICA, SEGUNDO A LEI

11.441/2007, E SEU PROCEDIMENTO

Ruiter Magno Ferreira12

O trabalho em questão tem como objetivo um estudo feito acerca do Direito

Sucessório, buscando em sua origem os pontos relevantes sobre a evolução da matéria

sucessória no cenário mundial e nacional, trazendo em seu texto um estudo detalhado do

11

Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008. 12


17


que vem a ser o inventário e a partilha, buscando seus respectivos conceitos e espécies.

O mesmo tem como objeto central de estudo, o Inventário Administrativo e o seu

procedimento. Através de sua leitura é de se observar que, o inventário judicial, é mais

complexo, lento e mais dispendioso que o inventário extrajudicial, visto que é notória a

morosidade da justiça, tendo-se em vista que o judiciário está abarrotado de processos a

serem julgados. Decidindo os herdeiros a promoverem o inventário pela via

administrativa, quando cabível e estando estes acordados na forma de partilha dos bens

deixados pelo de cujus, estes optarão por um inventário mais célere, menos dispendioso

e que trará uma resposta satisfatória.

Palavras-Chave: Inventário. Herdeiros. De Cujus.

13 O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: Inaplicabilidade da

Ressocialização e Dignidade do Preso

Nara Lídia Oliveira dos Santos13

A sociedade sofreu transformações, e estas feneceram com que se criassem

regras para que a sociedade tivesse uma organização e convivência entre seus membros.

As penas que foram criadas eram tidas no início como vingança, sendo esta dividida em

três fases, vingança divina, vingança privada e vingança pública. Até por volta do

século XVII a pena tinha um caráter intimidatório, pois havia a punição corporal, depois

do movimento Iluminista iniciou-se a humanização da pena. Houve no Brasil a fase da

vingança privada, pois eram os indígenas que habitavam o território antes da chegada

dos portugueses, após a chegada destes, aplicou-se a legislação vigente em Portugal,

com as transformações ocorridas na sociedade brasileira o Brasil começou a criar as

suas próprias legislações. Atualmente na legislação brasileira existem três espécies de

penas: as restritivas de direitos, as de multa e as privativas de liberdade. Estas últimas,

por sua vez, se classificam em reclusão e detenção, o cumprimento destas pode-se dar

através dos regimes fechado, semi-aberto e aberto. No Brasil adotou-se o sistema de

progressão e regressão do cumprimento da pena. A Lei nº 7.210/84, Lei de Execução

13

Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008.

18


Penal, dispõe a respeito da execução da pena, de como o sistema penitenciário funciona,

tendo este como objetivo reeducar o indivíduo que pratica conduta proibida na

legislação penal vigente, buscando a ressocialização do detento, de forma a respeitar a

dignidade da vida humana.

Palavras-chave: Sistema Penitenciário. Ressocialização. Dignidade da Vida

Humana.

14 A PENHORA ON LINE NO PROCESSO CIVIL

Líria Calabrês Cardoso14

O instituto da penhora on-line foi criado por meio de um convênio de

cooperação técnico institucional, firmado entre o Banco Central do Brasil e o Poder

Judiciário, o mecanismo surgiu como forma de solução tecnológica moderna no

combate a falta de efetividade no processo de execução. Isso porque a penhora on-line é

rápida e eficiente no bloqueio de contas do devedor, o que se dá por meio de simples

solicitação eletrônica às Instituições Financeiras. Com isso, em tese, se evitaria a fuga à

responsabilidade do devedor, eliminando-se o mau pagador e, via de consequência,

dando-se efetividade ao processo executivo. Serão analisadas apenas as modificações

processuais que possam ter correlação com o instituto da Penhora “on line”, tais como a

Lei nº 11.232/2005, que foi a grande responsável pelas inovações processuais que

afetaram o feito executório. E ainda, a Lei 11.382 de 7/12/2006, que permite o

requerimento e consequente bloqueio em nome do executado. A penhora on line, assim

como outros institutos processuais dentro do Direito tem consequências e efeitos, cujos

reflexos e resultados trazem benefícios e malefícios. Assim, neste sentido procuraremos

analisar os benefícios , sendo que havendo eventual distorção, excesso de bloqueio,

pode ser plenamente corrigida pelo Juiz, na via “on line” com resultado eficaz.

Palavras-chave: Penhora. Convênio Bacenjud. Efetividade. Penhora 'On

line'.

14


19


15 A ÓTICA DO CÓDIGO CIVIL FRENTE À FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA

Lucimar Alves Conceição15

O presente trabalho apresenta a filiação socioafetiva, mostrando que com o

passar dos tempos, o direito de família vem sofrendo constantes mudanças significativas

e traz à torna realidades questionáveis como, qual o verdadeiro significado de “ser

pai”?, evidenciando que a paternidade requer envolvimento afetivo, que pode ser

demonstrado numa relação entre seres sem vínculo biológico. A família brasileira

guarda suas marcas e suas origens inspirada na família patriarcal romana. É inegável

que o Direito de Família é um dos ramos da ciência jurídica com maior evolução desde

a promulgação do primeiro Código Civil Brasileiro. Neste sentido aplicar-se-á datas e

origens do direito de família. Será objeto desse trabalho, estudo referente à paternidade

e suas peculiaridades, onde ser pai era considerado algo da ordem do natural e da

ciência, entretanto culturalmente vem sendo analisada que a paternidade não é somente

um “dado”, ela se “faz”, se constrói com o passar do tempo, com dedicação, atenção,

respeito, carinho, zelo etc. Procurando extrair suas nuances, principalmente a filiação

socioafetiva que é compreendida como uma relação jurídica de afeto com o filho de

criação, onde sem nenhum vínculo biológico os pais criam uma criança por mera opção,

doando lhe todo amor, cuidado, ternura, enfim, uma família, em tese, equilibrada.

Concluindo que uma vez que, tendo criado-a como filho, agindo para com ele com

amor, compreensão e sensibilidade de pai, não há justificativa para que, rompendo o

vínculo com a companheira, deixe de assistir àquele que recebeu como filho.

Palavra-Chave: Paternidade. Filiação. Socioafetiva. Dever. Direitos.

16 RESPONSABILIDADE CIVIL DO JUIZ FRENTE AS SUAS DECISÕES NOS

TERMOS DO ART. 133 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

José Antônio Teixeira16

As decisões proferidas pelos juizes, aqui compreendido todos os

15



20


magistrados, não está e nem poderiam ser imunes a responsabilização cível, quando

eivadas de vícios, como o dolo e a fraude, ou mesmo quando estes injustificadamente

retardam, recusam, ou omitem em praticar atos que deveriam praticar de ofício, ou a

pedido da parte, no intuito de prejudicá-la. A possibilidade de ter que ressarcir a parte

prejudicada não implicaria na violação do princípio do livre convencimento do juiz e

nem afetaria sua segurança para avaliar e valorar as provas, bem como assim para

adotar a interpretação da lei que entendesse mais adequada ao caso concreto. A

responsabilização civil do juiz tem amparo legal e deve ser aplicado sem qualquer

temor, corporativismo ou proteção. O poder supõe responsabilidade, porque entender de

forma contrária seria o retorno ao absolutismo, o qual foi abolido com a concepção do

Estado Democrático de Direito.

Palavras-chave: Responsabilidade. Juiz. Indenização.

17 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO FRENTE AO CÓDIGO

DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Soraia Ferreira da Silva17

O presente trabalho tem como objetivo levar às pessoas informações sobre

os seus direitos e deveres como consumidores. O Código de Defesa do Consumidor tem

como objetivo harmonizar interesses entre consumidores e fornecedores, Ele é uma lei

que se trata das relações de consumo nas áreas civis, administrativas e penais. O

fornecedor é aquele que oferta seus produtos ou serviços mediante uma remuneração. Já

o consumidor é aquela pessoa que adquire ou utiliza produtos ou serviços como

destinatário final. O Código garante a proteção do consumidor contra métodos

comerciais, desleais e abusivos, que possam ser impostas no fornecimento de seus

produtos e serviços. Ele é tido como uma lei moderna e tecnicamente adequada à

realidade atual das relações de consumo. Vem tratar de direitos básicos do consumidor e

da qualidade de produtos e serviços, da prevenção e da reparação dos danos, abordando

a responsabilidade civil e penal. Haja vista que, um indivíduo ao se sentir lesado tem

garantia de que seus direitos serão respeitados, basta que o mesmo, através de um

17


21


advogado entre com os devidos recursos, para que consiga a reparação do dano causado.

A globalização do comércio, através da quebra de fronteiras reais pelo mercado virtual e

a criação de novos mercados relevantes geográficos, baseados nesta nova situação, nos

leva à análise a seguir.

Palavras-chave: Consumidor. Fornecedor. Responsabilidade Civil.

18 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Alfredo Alves Oliveira18

Hodiernamente, a interceptação telefônica tem se transformado no principal

instrumento de se provar o delito. Contudo, o uso indiscriminado deste instituto tem

sido alvo de críticas por parte da sociedade, onde ninguém está a salvo do ataque das

arapongas de plantão. Os pilares da democracia estão abalados. A escuta ilegal tomou

conta das esferas governamentais, numa proporção somente comparada aos tenebrosos

dias de ditadura militar. Alguns aspectos constitucionais da interceptação telefônica

estão sendo discutidos no presente trabalho, bem como seu contexto legal onde o poder

público é constantemente exigido para se manifestar em relação a persecução penal. A

lei 9.296 de 24 de julho de 1.996 já não surte efeito, pois sua incapacidade de coibir o

grampo ilegal caminhou para o congresso aprovar um novo projeto de lei, com

promessa de punição mais severa a quem descumpri seus preceitos, principalmente se o

transgressor for funcionário público.

Palavras-chave: Interceptação telefônica. Lei. Democracia. Governo.

19 FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS VANTAGENS E

DESVANTAGENS

Lara Silva Queiroz19

O atual modelo adotado de financiamento das campanhas eleitorais no

Brasil tem sido alvo de acalorados e constantes debates, sobretudo quanto aos efeitos

maléficos da interferência do poder econômico na formação do corpo de mandatários.

18

Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Gama, 2º semestre de 2008. 19


22


Ademais, os antigos e recentes escândalos envolvendo o processo de favorecimento de

grupos econômicos, financiadores de campanhas eleitorais, tais como os lamentáveis

episódios conhecidos do povo brasileiro como “Anões do Orçamento”, “Esquema PC”,

“Caixa Dois”, “Mensalão”, têm colocado em xeque o próprio Regime Democrático de

Direito. Em verdade, o financiamento privado de campanhas, mediante a interferência

do poder econômico, tem se tornado uma forma bem natural que as elites econômicas

encontraram para intervir nas decisões políticas. Seria o Financiamento Público de

Campanhas a solução? Diante disso, é válida a análise que se propõe no presente

trabalho no sentido de analisar os prós e contras da proposta de adotarmos modelo

oposto, qual seja financiamento público de campanhas, seja por se tratar de um dos

pontos da esperada Reforma Política, seja pela importância do tema no cenário político,

eleitoral e partidário que vivemos.

Palavras-chave: Financiamento Público. Poder Econômico. Reforma

Política.

20 A RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO

Juliane Pimentel da Silva20

O ordenamento jurídico brasileiro há muito vem evoluindo no sentido de não

permitir que vítimas de atos ilícitos, ou de danos, sejam privadas da devida indenização.

A Constituição Federal de 1988 deu os primeiros passos no sentido de demonstrar a

importância do instituto da responsabilidade civil no âmbito das relações modernas, no

que foi seguido pelo Código Civil de 2002, que ratificou totalmente essa importância. A

responsabilidade civil estabelece que todo dano causado a outra pessoa deva ser

indenizado, seja este dano material e/ou moral. Não fica fora dessa premissa nenhum

segmento profissional, nem mesmo os que lidam com a medicina, como os médicos ou

hospitais. Esse trabalho tem como escopo, mediante um estudo pormenorizado do

instituto da responsabilidade civil, verificar a responsabilidade civil por erro médico, à

luz do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor, ambos capitaneados pela

20


23


Constituição de 1988, que garante o pagamento de indenização àquele que sofre

qualquer tipo de dano . A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e

da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza, e o médico

deve agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. Todo ato

médico encerra a possibilidade de produzir maus resultados ao invés de bons.

Palavras-chave: Erro Médico. Responsabilidade Civil. Ato Médico.

21 ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS: Interceptações Telefônicas x Garantias

Fundamentais

Narla Daiana Campos21

O presente trabalho tem como escopo analisar a origem, desenvolvimento e

características das organizações criminosas, principalmente o procedimento probatório

utilizado como forma de repressão ao crime organizado. Com o objetivo de controlar o

fenômeno do crime organizado, foram desenvolvidas estratégias diferenciadas para

regulamentar com mais eficácia a obtenção da prova e o tratamento dispensado aos

investigados e acusado pela prática de infrações relacionadas à criminalidade

organizada. As dificuldades para a obtenção da prova contribuíram para a admissão e

regulamentação nos ordenamentos jurídicos modernos das interceptações das

comunicações telefônicas e ambientais, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos

investigados, ambos dependendo de prévia autorização judicial, pois implicam violação

da intimidade do cidadão investigado, podendo resultar dessas diligências prejuízos para

sua privacidade. Embora não sejam instrumentos exclusivos para a apuração da

criminalidade organizada, essas estratégias de busca da prova têm apresentado relevante

utilidade no rastreamento de complexas operações financeiras, muitas das quais com

conexões internacionais, freqüentemente utilizadas pelas organizações criminosas para

os mais variados processos de “lavagem” de dinheiro obtido ilicitamente. Assim, como

conseqüência do crime organizado no plano processual penal, tem-se uma inegável

tendência de restrição de certos direitos fundamentais dos investigados e acusados, na

21


24


busca da maior eficiência penal. Essa tendência tem se manifestado de forma bastante

intensa em matéria de prova no processo penal. O exercício da atividade probatória,

revelando-se o ponto nuclear do processo penal, tem constituído um dos canais para as

mais violentas formas de violação aos direitos fundamentais da pessoa, impedindo a

consolidação do processo penal como garantia de liberdade da pessoa em face da

onipotência do poder punitivo estatal, com grandes prejuízos à realização de um Estado

efetivamente democrático. A busca de um ponto de equilíbrio no confronto entre os

interesses estatais e os direitos individuais na apuração de certas formas de

criminalidade representa um dos maiores desafios da fase contemporânea do processo

penal. Assim como não se pode cogitar direitos fundamentais absolutos, igualmente não

há como se tolerar o exercício de poderes ilimitados pelo Estado. O ponto de equilíbrio

a ser buscado, quer no campo da produção legal, quer pelos operadores do Direito, está

entre esses dois extremos. Nesse quadro, a restrição de direitos deve ter como limite

absoluto a inviolabilidade da vida humana e a integridade moral e física das pessoas

investigadas ou, como genericamente reproduz a Constituição portuguesa, a dignidade

da pessoa humana (art. 18, nº 3, in fine). Assim, em nome da proteção à sociedade,

defende-se a restrição do Direito Penal ao mínimo necessário, respeitando-se, sempre e

sempre, os direitos e garantias individuais, mesmo para as organizações criminosas,

bandos ou quadrilhas. Destarte, sem os devidos cuidados, o Estado investigador

colonizará a nossa já tênue e devassada privacidade. Por isso, a necessária cautela.

Afinal, estamos no Brasil, onde, na guerra contra o crime, quem (sempre) perde (mais) é

a cidadania. Daí o acerto do jurista Mario Chiavario, para quem “o processo ideal é o

que combate o crime e resguarda o cidadão”.

Palavras-chaves: Organizações. Restrição. Direitos. Interceptação.

Democracia.

22 A SEPARAÇÃO EXTRAJUDICIAL À LUZ DA LEI 11.441/2.007

Luciana da Silva22

22


25


Este trabalho tem por finalidade realizar uma análise da mudança que o

Código Civil sofreu com a introdução da Lei 11.411/2007, mas especificadamente em

relação á separação judicial. O tema escolhido, qual seja, “A separação extrajudicial à

luz da Lei 11.411/07”, vai ao encontro de uma presente sinalização à necessidade de

uma efetiva celeridade, haja vista o congestionamento no trâmite judicial por aqueles

que recorrem ao judiciário. A morosidade na prestação da tutela jurisdicional acaba por

impingir às partes vários prejuízos que não se resumem aos materiais, eis que por

muitas vezes acabam por experimentar também os prejuízos psicológicos. O objetivo do

presente trabalho foi mostrar a intenção do legislador de tornar célere o procedimento,

desafogando a justiça e regularizar milhares de separações de fato, já existentes, a um

custo financeiro menor. No decorrer do trabalho abordo todas as inovações da lei

11.411 de 04 de janeiro de 2.007, com relação à separação extrajudicial, permitindo aos

interessados optarem pela via administrativa. Anteriormente da sanção da nova lei, só o

judiciário era competente para homologar o acordo e decretar por sentença o divórcio

ou a separação consensual, e, para tal, era obrigatória a participação do Ministério

Público. Hoje estes procedimentos podem ser realizados, também, por via

administrativa.

Palavras-Chave: Separação Judicial. Separação Extrajudicial. Celeridade.

Consenso.

23 PENHORA ON LINE TRABALHISTA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL E

SEUS VÍCIOS

Walisson Leandro Vitor23

A penhora on line trabalhista, surgi no processo trabalhista para agilizar e

garantir as execuções, das quantias devidas pelo perdedor em um processo trabalhista,

pois antes dela os vencedores não colhiam o seu fruto, após uma batalha judicial, que às

vezes era longa, mas ao seu final o vencedor do litígio não tinha a alegria de receber o

valor ganho. Mas com o advento da penhora on line começou a se questionar, se tal

instituto era constitucional e mais ainda se respeitava o devido processo legal e o

23


26


contraditório, princípios constitucionais expressos em nossa Constituição Federal de

1988. Após estes questionamentos os doutrinadores começaram a verificar que o

instituto da penhora on line , continha vícios que a tornava inconstitucional e trazia

defeitos as processo pelos seus vícios.

Palavras chaves: Penhora On Line. Devido Processo Legal. Vícios.

24 APLICABILIDADE DA DUPLICATA VIRTUAL

Marco Aurélio Rocha Vieira24

O presente trabalho conceitua os títulos de créditos eletrônicos atípicos

produzidos pelo meio telemático, que possuem enorme utilização no comércio,

configurando um mecanismo simples e muito prático, devido a sua agilidade e eficácia

nas transmissões de dados eletrônicos pela rede mundial de computadores. Nos dias de

hoje a rapidez é um fato importantíssimo para as transações mercantis, pois a

globalização exige cada vez mais essa praticidade. Esses títulos foram criados a partir

dos títulos de créditos, existentes no Direito Empresarial, que serão demonstrado a sua

criação, os seus requisitos, a sua finalidade no meio comercial, a sua fundamentação

legal, os tipos, os mais utilizados e seus princípios, no decorrer da presente trabalho.

Daremos maior ênfase no título de crédito denominado duplicata mercantil, sendo ela a

base do título de crédito eletrônico mais utilizado no dia a dia, que é a duplicata virtual,

demonstrando a sua finalidade, a sua aplicabilidade, o termo denominado fatura, seus

requisitos, sua fundamentação legal e sua extinção. Outro dado importante é o capítulo

que trata sobre os Documentos Eletrônicos, pois engloba todos os documentos criados

pelo meio telemático. Esses documentos possuem fundamentação legal e meios

seguráveis para obter aplicabilidade no meio social, através da assinatura digital e da

autoridade certificadora, assuntos aqui tratados. O último capítulo referencia ao Protesto

Extrajudicial, desde sua criação até o dia a dia, tratando-se dos assuntos pertinentes ao

caso.

Palavra-Chave: Telemático. Títulos. Protesto. Globalização.

24


27


25 A EXIGÊNCIA DE ATIVIDADE JURÍDICA COMO REQUISITO PARA

INGRESSAR NA MAGISTRATURA E NO MINISTÉRIO PÚBLICO

Leandro Lisboa de Freitas25

A Emenda Constitucional (EC) n.º 45, inseriu nova redação nos artigos 93,

inciso I e 129, § 3º, ambos da Constituição Federal de 1988, principalmente no que

tange a exigência do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica para

o ingresso nas carreiras da Magistratura e do Ministério Público (MP). Diante da lacuna

e falta de lei regulamentando, tanto o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quanto o

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) editaram, resoluções

regulamentando a expressão constitucionalmente prevista de atividade jurídica,

buscando estabelecer regras e critérios gerais e uniformes quanto ao tema. Os editais são

de certa maneira a disposições legal aplicadas nos concursos, porém deverão estar em

consonância com as manifestações pretorianas, e com as resoluções do CNJ e CNMP,

ou então, estarão susceptíveis de mandado de segurança. Consoante os julgados do

Supremo Tribunal Federal (STF), os três anos de atividade jurídica contam-se da data

da conclusão do curso de bacharelado em Direito. O momento da comprovação desses

requisitos deve ocorrer na data da inscrição no concurso, de molde a promover maior

segurança jurídica tanto da sociedade quanto dos candidatos. A exigência de atividade

jurídica tem eficácia plena e, por conseguinte, dispensa lei que a regulamente, neste

sentido tem a aplicabilidade imediata. Tramita-se no Congresso Nacional uma Proposta

de Emenda Constitucional (PEC), com o intuito de estabelecer dois requisitos: idade

mínima de trinta e cinco anos e no mínimo, dez anos de efetivo exercício da advocacia.

Palavras-chave: Emenda Constitucional. Atividade Jurídica. Bacharel em

Direito. Resoluções. Entendimentos Jurisprudenciais.

26 PROPORCIONALIDADE DO USO DA PROVA ILÍCITA NO PROCESSO

25


28


PENAL

Liliane Caldas Lima26

As provas ilícitas baseadas em seus princípios constitucionais serão

demonstradas nesse contexto, onde as informações e os reflexos da vida privada e em

sociedade dos cidadãos e os seus limites, quanto garantias, serão enfocados em algumas

situações que ocorrem em nossa vida. Onde serão apresentadas as conseqüências bem

como as sanções aplicáveis e os casos em que serão explanados, e poderão ser utilizadas

as provas ilícitas. No processo penal existe uma vedação constitucional que impede a

qualquer custo à validade e o uso da prova obtida por meio ilícito para o beneficio do

réu que ali sem encontra, ou ate mesmo para esclarecimento de um determinado delito.

Palavras-Chave: Proporcionalidade para o beneficio do réu. Princípios

Constitucionais.

27 PREGÃO ELETRÔNICO, SOLUÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO

FEDERAL?

Arnaldo Alves Alvarenga27

A mais moderna e eficiente modalidade de licitações utilizada pela

administração federal nos dias atuais é torna-se neste instante objeto de estudo dos

pontos de vistas, seja da sociedade, seja para o Poder Público. Analisando o Pregão

Eletrônico percebe-se que quanto mais transparente e democrático for o sistema público

de licitação, menores serão as chances de ocorrer à corrupção. Os modelos licitatórios

anteriores davam margens a superfaturamentos de preços e direcionamento de compras

para fornecedores susceptíveis à corrupção. No sistema eletrônico, não existe esta

possibilidade tendo em vista que modernizou o sistema de compras que antes era

presencial, ou seja, com a presença de fornecedores . Enfim, apesar de evidenciar-se

grande melhoria nos procedimentos licitatórios com relação ao sistema anterior, o

26



29


pregão eletrônico pode ser entendido como instrumento para eliminar a corrupção.

Palavras-chave: Licitações. Pregão Eletrônico. Internet nas compras.

Transparência nas licitações. Economia. Eficiência. Livre concorrência. Rapidez.

Solução.

28 A FALÊNCIA DO IDEAL RESSOCIALIZADOR DA PENA COMO CAUSA

MOTIVADORA DA CRIMINALIDADE

Levy dos Reis Francisco Mendes Júnior28

O surgimento da prisão-pena só vem ocorrer no século XVII com o objetivo

de colocar fim às penas corporais, bem como garantir a punição daquele que praticasse

um delito. O Estado lança mão de diversas formas de sanções, entre elas a Pena

Privativa de Liberdade, retirando o indivíduo criminoso do convívio social, colocando-o

em sistemas prisionais por um determinado tempo, segundo a natureza do seu delito. A

ressocialização, ato de colocar o indivíduo novamente ao convívio em sociedade, trouxe

grandes contribuições à teoria da pena, pois centrou suas atenções no infrator,

privilegiando o princípio da individualização da pena, por meio da análise do perfil do

condenado, mas produziu perigosos efeitos, como o surgimento da ideologia do

tratamento. Alvo de sérias críticas, que se resumem à inviabilidade prática de sua

proposta, à legitimidade de sua execução. O problema mais óbvio é a sua natureza

abstrata. Somente nos plano das idéias é que se admite que o indivíduo seja

"ressocializado" dentro dos muros das prisões. Notoriamente conhecidas pela população

as deficiências das penitenciárias realçam a incapacidade do Poder Executivo em

desempenhar o controle da execução penal. Porém, além de se tratar de um problema

penitenciário, o grave quadro das prisões no Brasil relaciona-se com a crise da pena de

prisão. Existe um incrível consenso na doutrina do direito penal quanto ao fracasso da

pena privativa de liberdade, havendo alguma divergência tão somente quanto à solução

a ser adotada, se sua reforma, ou sua completa abolição.

Palavras-chave: Direito Penal. Criminalidade. Ressocialização.

28


30


29 OS DIREITOS TRABALHISTAS DA EMPREGADA GESTANTE NO

BRASIL

Lízia Oliveira Ramos Carneiro29

Ser mãe não é compreendido como profissão nem o deve ser assim, mas é

tão estafante quanto um início de carreira, onde tudo é muito novo e a mulher é

inexperiente. A função natural e própria da maternidade é percebida como prazer e

dádiva de Deus, que às vezes chega sem ser planejada, mas é aceita e muito amada.

Uma situação ou período em que a mulher experimenta ocultamente, o que lhe fora

facultado pela natureza, por meio de um esforço intenso, no qual o sentimento de

afeição exato lhe será recompensado pela vinda de um novo ser, que, de forma

indubitável, mudará o rumo do seu viver, tanto na área profissional como na área

pessoal, constituindo-se na formação da sua família. O tema a ser abordado diz respeito

à análise dos direitos da empregada gestante na relação de emprego no Brasil, as

garantias legais das quais ela pode gozar no que tange a sua vida profissional. Os

preceitos e teores das normas de proteção que fluem de modo antagônico, distante de

atingir sua finalidade principal, incitando maior discriminação e redução de

oportunidades da gestante no mercado de trabalho. Ao longo das últimas décadas houve

um aumento significativo no número de famílias onde a mulher contribui na renda com

o fruto de seu trabalho, como há um grande crescimento de famílias onde não existe o

casal, mas somente a mulher como fonte de sobrevivência, muitas vezes as mulheres

estão só devido a problemas de saúde como, por exemplo, (o marido não pode trabalhar

devida alguma doença que o impossibilitou, pelo fato da mulher ser viúva, entre outras

situações). A Organização Internacional do Trabalho – OIT -calcula que em 30% das

famílias, a mulher é a principal (fonte) de rendimento familiar. A presença da mulher no

mercado de trabalho remonta à antiguidade, onde era responsável para cuidar da

fabricação de utensílios, cuidava do rebanho, da lida com a terra, e ainda tinha a

responsabilidade de cuidar do lar, e dos filhos. Porém, 8 somente com a chamada

29


31


Revolução Industrial onde a mulher foi convidada a fazer parte contribuindo assim com

sua mão de obra, fez com que sua participação ganhasse vulto. Mas houve um fato que

se destacou, o capitalismo aproveitando-se da mão de obra feminina, aumentou as horas

de trabalho e diminuiu os salários, tornando-se mais explícita a realidade da

discriminação da mulher no campo de trabalho. Diante dos fatos que estavam

ocorrendo, os socialistas e a Igreja se manifestaram e então teve início a criação de

normas específicas de proteção da mulher. Normas que foram feitas para “proteger”,

mas se observamos melhor os acontecimentos após a criação das mesmas, iremos notar

que em alguns casos elas estão prejudicando a mulher. Algumas empresas acabam

deixando de contratar mulheres com receio das leis, as quais foram criadas para a

proteção e não para tornar sua vida profissional mais difícil. Hoje há um elenco

considerável de previsões normativas que dão proteção ao trabalho da mulher,

principalmente na área objeto de nosso estudo, que são Os Direitos Trabalhistas da

Empregada Gestante no Brasil.

Palavras-Chave: Direitos. Gestante. Emprego.

anais monografias do curso de direito · capa prof. delander da ... 10 o trabalho infantil em...

Documents