anais habilidade social

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  • III Seminrio Internacionalde Habilidades Sociais

    Habilidades Sociais, Cultura, Pesquisa e Prtica10, 11, 12 e 13 de agosto de 2011 - Taubat/SP

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    Programa do III Seminrio Internacional de Habilidades Sociais

    ELABORAO

    Maria Jlia Ferreira Xavier RibeiroMarilsa de S Rodrigues TadeucciElvira Aparecida Simes de AraujoZilda Aparecida Pereira Del Prette

    PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO

    Carol Ribeiro - www.carolribeiro.com

    REALIZAO

    Universidade de TaubatRua Quatro de Maro, 432 - Centro - Taubat - SPTaubat SPCEP [email protected]

    http://www.fapeti.com.br/ocs/index.php/sihs/sihs2011/schedConf/overview

    Ficha catalogrfica elaborada pelo

    SIBi Sistema Integrado de Bibliotecas / UNITAU

    302.14 Seminrio Internacional de Habilidade Sociais (3.: 2011: Taubat).Habilidades sociais, cultura, pesquisa e prtica / elaborao, Maria

    Jlia Ferreira Xavier Ribeiro et al. - Taubat: UNITAU, 2011.162p. : il.

    Evento realizado pela Universidade de Taubat.Anais do 3. Seminrio Internacional de Habilidades Sociais. ISBN 978-85-62326-95-0

    1. Habilidades sociais. 2. Pesquisa cientfica. 3. Ps-graduao. 4. Extenso. I. Ribeiro, Maria Jlia Ferreira Xavier. II. Tadeucci, Marilsa de S Rodrigues. III. Araujo, Elvira Aparecida Simes de. IV. Del Prette, Zilda Aparecida Pereira. V. Ttulo.

  • 3GT-ANPEPP-2011

    COORDENADORES

    Almir Del Prette - Universidade Federal de So Carlos (UFSCar)- PPGEEs e PPGPsi-UFSCarZilda Aparecida Pereira Del Prette - Universidade Federal de So Carlos PPGEEs e PPGPsi-UFSCar

    MEMBROS PESQUISADORES SENIORES

    Adriana Benevides Soares Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro- (UERJ) - PPGP Social

    Alessandra Turini Bolsoni-Silva - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP, Bauru, SP) - PPGP do Desenvolvimento e Aprendizagem

    Eliane Gerk - Universidade Estcio de S e Universidade Catlica de PetrpolisEliane Mary de Oliveira Falcone - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - PPGP SocialFbio Biasotto Feitosa Programa Mestrado Acadmico em Psicologia - MAPSI Universidade de Rondonia RO

    Margarette Matesco Rocha - Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR) - PPG em Anlise do Comportamento (co-orientao)

    Maria Jlia Ferreira Xavier Ribeiro - Universidade de Taubat (UNITAU) - Mestrado em Gesto e Desenvolvimento Regional

    Marina de Bittencourt Bandeira - Universidade Federal de So Joo Del Rei (UFSJ) PPGPsiSheila Giardini Murta - Universidade de Braslia (UnB) - PPGP Clnica e CulturaSonia Regina Loureiro - Universidade de So Paulo Ribeiro Preto - PPG em Sade Mental da FMRP e PPGPsi da FFCLRP-USP

    DOUTORANDOS

    Ana Carolina Braz - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarBrbara Carvalho Ferreira - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarCatarina Malcher - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarCludia Martins - Doutoranda do PPGEEs-UFSCarDaniele Carolina Lopes - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarDenise Dascanio - Doutoranda do PPGPsi-UFSCarEliane Colepcolo - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarFabiane F. Silveira - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarJosiane Rosa Campos - Doutoranda do PPPGPsi-UFSCarLucas Guimares Cardoso de S - Doutorando do PPPGPsi-UFSCarMaria Luiza Pontes Frana Freitas - Doutoranda do PPPGPEEs-UFSCarTalita Pereira Dias Doutoranda do PPPGPsi-UFSCar

    RECM-DOUTORES E PS-DOUTORANDOS

    Adriana Augusto Raimundo Aguiar - Ps-doutora pelo Grupo RIHS-UFSCarCamila de Souza Pereira SENAC Salvador-BACelia Caldeira Fonseca Kestenberg Doutora do PPGP SocialLucas Cordeiro de Freitas - Ps-doutoranda do Grupo RIHS-UFSCarMiriam Bratfish Villa Bolsista PRODOC/Capes, PPGEEs-UFSCarVanessa Barbosa Romera Ps-doutoranda do Grupo RIHS-UFSCar

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    1. Misso do GT-ANPEPP

    Analisar a produo cientfica da rea das HS e seus avanos conceituais, metodolgicos e empricos

    Identificar perspectivas e desafios para a produo de novos conhecimento e a formao de pesquisadores

    Estabelecer metas e diretrizes para a produo cientfica de ps-graduao Fomentar e planejar projetos coletivos, interinstitucionais Promover a qualidade da pesquisa na ps-graduao

    2. Coordenao do GT-ANPEPP

    Zilda e Almir Del Prette (UFSCar)

    3. Ncleos institucionais

    4. Produo em livros do GT

    LSU (Frank Gresham)

    UNIR (Fabio Feitosa)

    UnB (Sheila Murta)

    UFSJ (Marina Bandeira)

    UERJ (Eliane Falcone)

    UNESA (Eliane Gerk)UNIVERSO (Adriana B. Soares)

    UEL (Margarette Rocha e Maura Freitas)

    UNC (Fabin Olz)

    UNESP (Alessandra B. Silva)

    USP-RP (Sonia R. Loureiro)

    UNITAU (Maria Jlia F. Xavier Ribeiro)

    UFSCar (Zilda/Almir Del Prette)

  • 5UFSJ (Marina Bandeira)

    Presidente do III SIHS

    Almir Del Prette

    Comisso Cientfica

    Coordenao da Comisso Cientfica

    Zilda Aparecida Pereira Del Prette UFSCAR

    Membros

    Adriana Benevides Soares Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro- (UERJ) PPGP Social.

    Alessandra Turini Bolsoni-Silva Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP, Bauru, SP) PPGP do Desenvolvimento e Aprendizagem.

    Almir Del Prette Universidade Federal de So Carlos (UFSCar) - PPGEEs e PPGPsi.Eliane Gerk Universidade Catlica de Petrpolis e Universidade Estcio de S.Eliane Mary de Oliveira Falcone Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) PPGP Social.Fbio Biasotto Feitosa Universidade Federal de Rondnia Departamento de Psicologia Programa Mestrado Acadmico em Psicologia MAPSI.

    Marina de Bittencourt Bandeira Universidade Federal de So Joo Del Rei (UFSJ) PPGPsi.Maria Jlia Ferreira Xavier Ribeiro Universidade de Taubat (UNITAU) - Mestrado em Gesto e Desenvolvimento Regional.

    Margarette Matesco Rocha Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR) - PPG em Anlise do Comportamento (co-orientao).

    Maura Glria de Freitas Universidade Estadual de Londrina (PR) PPG em Anlise do Comportamento.

    Sheila Giardini Murta Universidade de Braslia (UnB) PPGP Clnica e CulturaSonia Regina Loureiro Universidade de So Paulo Ribeiro Preto - PPG em Sade Mental da FMRP e PPGPsi da FFCLRP-USP.

    Zilda Aparecida Pereira Del Prette Universidade Federal de So Carlos PPGEEs, PPGPsi-UFSCar e PPGPsi da FFCLRP.

    Comisso Organizadora

    Coordenao

    Maria Jlia Ferreira Xavier Ribeiro Universidade de TaubatElvira Aparecida Simes de Araujo Universidade de TaubatMarilsa de S Rodrigues Tadeucci Universidade de Taubat

    Membros

    Fabola Alvares Garcia Serpa UNIP e INTERAC (So Jos dos Campos)Mariana Nunes da Costa Marco UNESPMarise Tupinamb Torres Universidade de Taubat e ETEP Faculdades So Jos dos CamposPatrcia Rivoli Rossi USPSibely Karina Nogueira de Barros Prianti Aidar Universidade Federal de So Paulo

    Equipe Executiva

    Flavia Aparecida de Carvalho Cunha SaadNatalia Aparecida Ramos GalvaoViviane Moreira Tineu de Melo

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    Financiamento

    Apoio

    Editoras e Livrarias

  • 7O III SIHS e o movimento das habilidades sociais na Psicologia

    guisa da abertura deste III Simpsio Internacional de Habilidades Sociais (III-SIHS) na UNITAU, parece oportuno realizar uma pequena reflexo sobre seu significado. Este evento rene pessoas que trabalham, ou no mnimo tem algum interesse sobre um tema da psicologia que vem ganhando destaque nos ltimos anos. Esse tema das habilidades sociais teve a fora de reunir estudiosos de vrias cidades do pas, algumas das quais pouco ou nada conhecidas pela maioria dos presentes nesse seminrio.

    O III SIHS pode ser entendido de diversas maneiras. Para mim, em particular, no momento his-trico presente, ele constitui uma ilustrao bastante visvel de um dos marcantes movimentos da Psicologia em nosso pas, o movimento das habilidades sociais, como pode e tem sido referido. Claro que existem outros movimentos na Psicologia como, por exemplo, o da psicanlise, j mais antigo e, mais recentemente, o da anlise do comportamento.

    Referir-se ao termo movimento pode no ser suficiente para explicar o fenmeno. Afinal, o que esse termo pode explicitar? A Sociologia estuda os diferentes tipos de movimentos, adjetivando-os de populares ou de sociais. Nessa disciplina, um movimento possui uma gnese, ou seja, pode ser identificado no tempo e no espao, alcana uma ascendncia, defendendo uma idia ou um conjunto de idias, dialoga com, ou se ope a, outros setores da sociedade ou de uma instituio e, finalmen-te pode decrescer ou vir a fazer parte do establishment.

    H movimentos que se caracterizam pela sua especificidade, por exemplo, quem no se lembra do Movimento da Arte Moderna em nosso pas, que se iniciou justamente na to citada Semana da Arte Moderna em So Paulo. Enquanto outros podem ser mais generalizados e envolverem a socie-dade como um todo, como foi o caso do movimento poltico das Diretas j. Outros ainda podem ficar restritos a uma cincia, como o que se opera atualmente na Psicologia Americana, o das prticas baseadas em evidncia, que certamente j produz ecos em outras psicologias, como a do Brasil.

    Todavia, no apenas a sociologia que estuda os movimentos sociais. Inmeros psiclogos contriburam para uma melhor compreenso desse fenmeno. Toch2 destacava, nos movimentos so-ciais, as caractersticas do comportamento coletivo. Em outras palavras, as pessoas participantes de um movimento social se comportam ao mesmo tempo de maneira razoavelmente semelhante, diante de algumas situaes sociais. Moscovici3 entendia os Movimentos Sociais na perspectivas da teoria das minorias ativas. Nesse sentido, suas pesquisas e as de seu grupo apontavam que mensagem minoritria tem maior poder de influncia do que a mensagem oposta, majoritria.

    No h dvida de que essas e outras chaves conceituais permitem dizer que h um movimento das habilidades sociais no pas. Quanto tempo ele ir durar e qual o seu poder de influenciar a Psicologia brasileira, o futuro dir. Respostas a essas questes dependero muito mais da quali-dade dos estudos tericos, prticos e de pesquisa do que do desejo de todos os estudiosos que aqui, em Taubat, esto reunidos. Portanto, importa neste momento, ter clareza de que o futuro desse movimento depende de nossos comportamentos como pesquisadores e profissionais. Nesse sentido, depende de nosso rigor nas pesquisas, na seleo de temas e problemas socialmente relevantes para investigao, no relato rigoroso de intervenes, especialmente as baseadas em evidncia, tudo isso, dentro de princpios ticos que podem contribuir para mudanas culturais. De alguma maneira, so aspectos que fazem parte do quadro mais amplo do campo das habilidades sociais, o qual, por sua vez se insere no grande mosaico que configura, neste momento, os temas da Psicologia brasileira.

    Vida longa a esse movimento e um bom congresso a todos!

    Almir Del PrettePresidente do III Seminrio Internacional de Habilidades Sociais

    2Toch, H. (1966). Social Psychology of social movement. Londres: Methuen & Co. 3Moscovici, S.(1979). Psychologie des minorits actives. Paris: Press Universitaire de France.

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    Zilda A. P. Del PretteCoordenadora da Comisso Cientfica do III SIHS

    III Seminrio Internacional de Habilidades SociaisA trajetria do GT-ANPEPP Relaes Interpessoais e Competncia Social

    Este III SIHS representa muito para o Grupo de Trabalho da ANPEPP denominado Relaes Inter-pessoais e Competncia Social, idealizador e organizador deste evento. mais um passo de uma trajetria que se iniciou em 1995 e que vem se consolidando ano a ano, graas articulao de pesquisadores comprometidos com a qualidade da pesquisa e da prtica no campo terico-prtico das habilidades sociais.

    No por acaso, a temtica deste encontro foi definida, pelos pesquisadores deste GT, em torno dos termos Habilidades Sociais, Cultura, Pesquisa e Prtica. Essa temtica reflete a preocupao do grupo com a construo de conhecimento sobre novas prticas sociais e profissionais, produzidos com mtodos rigorosos e orientados pelo compromisso com a convivncia saudvel para todos e com a construo de uma cultura que valorize a qualidade de vida a das relaes interpessoais.

    A cultura adquire um papel central nesse projeto, em pelo menos dois sentidos. De um lado, as habilidades sociais e a competncia social precisam ser entendidas a partir de marcos histrico-culturais que definem os comportamentos sociais desejveis, tolerveis ou reprovveis nas relaes interpessoais, ao mesmo tempo em que subordina essas normas ao compromisso mais geral com a vida, a tica e os direitos humanos. De outro lado, tem-se o reconhecimento de que os produtos desse campo podem e devem contribuir para mudana positivas nas prticas culturais de convi-vncia humana e na evoluo da cultura. E aqui se est falando tanto de produtos culturais, como de processos e prticas que definem a convivncia social.

    Essa preocupao com a cultura e com as prticas culturais se aplica tanto aos diferentes contex-tos interpessoais de convivncia e interao social (famlia, trabalho, lazer etc.), quanto aos contex-tos profissionais pautados por interaes sociais e pela qualidade das relaes interpessoais. Tais contextos so especialmente caractersticos da atuao do psiclogo, por exemplo, nos campos da terapia, educao, comunidade, trabalho, sade, educao etc. Em outras palavras, a qualidade das relaes interpessoais depende de um repertrio elaborado de habilidades sociais e deve ser emba-sada em critrios no somente instrumentais (consecuo de objetivos pessoais) mas tambm em critrios ticos. Essa qualidade, enquanto meta a ser buscada em todos os contextos interpessoais, representa um importante produto cultural de nosso tempo e uma base que deve ser ainda mais desenvolvida na construo de novos cenrios culturais.

    As diferentes atividades previstas para apresentao neste III Seminrio Internacional de Habi-lidades Sociais devem refletir esse conjunto de preocupaes com novos delineamentos culturais e, espera-se, fomentar um crescente movimento acadmico e social em torno das possibilidades abertas pelo campo das habilidades sociais para isso. Trata-se de um esforo que no pode ser in-dividual mas coletivo e que, mais e mais, deve estar embasado na pesquisa cientfica e na formao de novos pesquisadores e profissionais comprometidos com o conhecimento de qualidade.

    A histria do GT-ANPEPP Relaes Interpessoais e Competncia Social pode ser acessada em http://www.rihs.ufscar.br/equipe-1/nucleos-rihs-e-gt-anpepp. Seguem alguns elementos de carac-terizao deste GT-ANPEPP, que certamente pode ser visto como uma referncia fundamental na formao e na prtica psicolgica voltada para as habilidades sociais no Brasil.

    Os integrantes do GT-ANPEPP Relaes Interpessoais e Competncia Social agradecem a presen-a de todos e a acolhida da Universidade de Taubat a este evento, manifestando sua expectativa de que a experincia seja muito rica para todos os participantes, tanto em termos pessoais como profissionais, com impacto positivo sobre o desenvolvimento dessa temtica no Brasil.

  • 9Bem vindos ao III Seminrio Internacional de Habilidades Sociais!

    com grande satisfao que recebemos em Taubat e em nossa Universidade de Taubat cada participante deste III Seminrio Internacional de Habilidades Sociais, o 3 SIHS.

    Desde o incio, o SIHS organiza-se com um propsito, divulgar os trabalhos acadmicos relacio-nados ao tema das Habilidades Sociais, proporcionando um intercmbio entre as vrias reas de conhecimento e entre profissionais e estudantes de ps-graduao vinculados s universidades de todo o Brasil e de outras universidades no exterior.

    Como voc poder ver em nossa programao, o que teremos. Um encontro em que mais de 300 participantes, profissionais, estudantes e pesquisadores das diferentes reas de estudo e apli-cao relativas s Habilidades Sociais mostraro seus trabalhos e seus pontos de vista. Sero mais de 200 apresentaes nas diferentes modalidades, distribudas em at nove atividades simultneas em quatro dias do SIHS.

    Aqui esto os pesquisadores de referncia na rea, e tambm os jovens talentos, vindos de 18 dos 26 estados brasileiros e de nossa vizinha Argentina. Recebemos tambm da Argentina Fabin Olaz; da Espanha, Francisco Gil e dos Estados Unidos, Frank Gresham. Assim, o contato pessoal e rico de informaes tcnico-cientficas que se espera de um evento cientfico ser possvel aqui, com benefcios a todos os envolvidos, em seus mais diversos nveis de formao e experincia.

    O processo de seleo dos trabalhos foi conduzido pela Comisso Cientfica e seu comit de avaliadores, coordenados pela professora Zilda Del Prette. A atuao da Comisso privilegiou a orientao para que os trabalhos atendessem critrios de clareza e relevncia social e cientfica. ao esforo bem sucedido de cada proponente de atividade e ao dessa Comisso que se deve a altssima qualidade de nossa programao.

    Alm das apresentaes, os participantes contaro com a apresentao de livros, instrumentos de avaliao e outros materiais associados a aplicaes no campo das Habilidades Sociais. Apiam este Seminrio as editoras Casa do Psiclogo, Vetor, Vozes, Esetec e a Casa do Educador. Teremos o lanamento de novas obras, mais um momento em que os participantes podero ter contato direto com autores que tem delineado este campo.

    Foi no dia 4 de agosto de 2010 que a Universidade de Taubat acolheu nossa proposta de realiza-o do 3 SIHS - h um ano, portanto. Ao longo deste ano, a Comisso Organizadora contou com a colaborao de muitas pessoas que se dispuseram a ajudar nas tarefas que foram surgindo durante a preparao. Sem cit-las nominalmente, registramos o nosso mais profundo agradecimento a cada um. da conjugao desses esforos que este Seminrio se concretiza.

    Agradecemos aos membros do GT- Relaes Interpessoais e Competncia Social da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Psicologia (ANPEPP) a confiana de que poderamos fazer o III SIHS acontecer, e a ateno que cada um dispensou a todos os pedidos de ajuda que fizemos. Somos reconhecidos ao apoio das agncias de fomento, CNPq e FAPESP. Agradecemos tambm Universidade de Taubat, que acolheu com boa vontade a proposta desde o primeiro instante e nos abrigar durante o evento. Nosso reconhecimento FAPETI, por meio da qual o evento se viabilizou.

    Passaremos os prximos dias discutindo o conhecimento j produzido no campo das Habilidades Sociais. Desejamos que isso ocorra em um clima de colaborao e respeito recproco, como temos aprendido com nosso campo de estudos e prtica.

    Maria Jlia Ferreira Xavier RibeiroCoordenadora da Comisso Organizadora do 3 SIHS

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    Local 7h-8h 8h s 9h 9h-10h30m 11-12h30m

    Recepo do Auditrio

    Credenciamento e entrega de materiais

    Auditrio Abertura do 3 SIHS

    Conferncia 1p. 19

    Sala 8 Simpsio 1p. 21

    Sala 14 Simpsio 2p. 24

    Sala 7 Simpsio 3p. 26

    Sala 6 Mesa Redonda 1p. 28

    Sala 5 Mesa Redonda 2p. 31

    Sala 4 Mesa Redonda 3p. 34

    Sala 3 Mesa Redonda 4p. 36

    QUARTA-FEIRA, 10 de agosto - manh

    A locao das atividades pelas salas poder ser alterada para a melhor acomodao dos participantes. Mantenha-se informado acompanhando o painel de avisos.

  • 13

    Local 13h30m-15h30h 16h-17h30m 17h30m-19h

    Auditrio Minicurso 2p. 39

    Conferncia 2p. 63

    Sala 14 Minicurso 1p. 39

    Sesso de Comunicao Oral 7p. 60

    Sala 7 Minicurso 3p. 40

    Sesso de Comunicao Oral 5p. 53

    Sala 8 Minicurso 4p. 41

    Sesso de Comunicao Oral 6p. 57

    Sala 1 Sesso de Comunicao Oral 1p. 41

    Sala 2 Sesso de Comunicao Oral 2p. 44

    Sala 3 Sesso de Comunicao Oral 3p. 48

    Sala 4 Sesso de Comunicao Oral 4p. 50

    QUARTA-FEIRA, 10 de agosto - tarde

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    14

    Local 8h30-10h 10h30-12h

    Auditrio Conferncia 3p. 65

    Sala 8 Simpsio 4p. 65

    Sala 14 Simpsio 5p. 68

    Sala 7 Mesa Redonda 5p. 71

    Sala 6 Mesa Redonda 6p. 73

    Sala 5 Mesa Redonda 7p. 76

    Sala 4 Mesa Redonda 8p. 78

    Sala 3 Mesa Redonda 9p. 81

    QUINTA-FEIRA, 11 de agosto - manh

  • 15

    Local 13h-13h30h 13h30m-15h30h 16h-17h30m 17h30m-19h

    Sala 14 Primeiros Passos 1p. 83

    Minicurso 9p. 89

    Sala 8 Primeiros Passos 2p. 84

    Minicurso 8p. 89

    Sala 7 Primeiros Passos 3p. 84

    Sala 3 Recursos Culturais Aplicados 1p. 85

    Minicurso 6p. 87

    Sala 2 Recursos Culturais Aplicados 2p. 86

    Sala 1 Recursos Culturais Aplicados 3p. 86

    Auditrio Minicurso 5p. 87

    Conferncia 4p. 126

    Sala 7 Minicurso 7p. 88

    Ptio Sesso de painisp. 90-125

    QUINTA-FEIRA, 11 de agosto - tarde

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    SEXTA-FEIRA, 12 de agosto - manh

    Local 8h30-10h 10h30-12h

    Auditrio Conferncia 5p. 127

    Como Eu Fao 1p. 127

    Sala 14 Como Eu Fao 2p. 128

    Sala 8 Como Eu Fao 3p. 128

    Sala 7 Como Eu Fao 4p. 129

    Sala 6 Como Eu Fao 5p. 130

    Sala 5 Como Eu Fao 6p. 130

    Sala 4 Como Eu Fao 7p. 131

    Sala 3 Vivncia 1p. 132

  • 17

    SEXTA-FEIRA, 12 de agosto - tarde

    Local 13h-13h30h 13h30m-15h30h 16h-17h30m 17h30m-19h

    Sala 14 Primeiros Passos 4p. 132

    Minicurso 12p. 137

    Sesso de Comu-nicao Oral 12p. 150

    Sala 8 Primeiros Passos 5p. 133

    Sesso de Comu-nicao Oral 8p. 138

    Sala 7 Primeiros Passos 6p. 133

    Minicurso 13p. 137

    Sesso de Comu-nicao Oral 10p. 144

    Sala 3 Recursos Culturais Aplicados 4p. 134

    Sesso de Comu-nicao Oral 13p. 152

    Sala 2 Recursos Culturais Aplicados 5p. 135

    Sesso de Comu-nicao Oral 11p. 148

    Auditrio Minicurso 10p. 135

    Conferncia 6p. 155

    Laboratrio Minicurso 11p. 136

    Sala 1 Sesso de Comu-nicao Oral 9p. 141

    Local 8h30-10h 10h30-12h 12h-13h

    Auditrio Conferncia 7 p. 157

    Conferncia 8p. 157

    Encerramentop. 158

    SBADO, 13 de agosto - manh

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    QUARTA-FEIRA, 10 de agosto Pgina

    7h-8h Credenciamento e entrega de materiais 19

    8h s 9h Abertura do 3 SIHS 19

    9h-10h30m CONFERNCIA 19

    10h30m-11h Intervalo 19

    11-12h30m MESAS REDONDAS e SIMPSIOS 22

    12h30m-13h30m Intervalo para Almoo 39

    13h30m-15h30h MINICURSOS 39

    15h30m-16h Intervalo 41

    16h-17h30m SESSES DE COMUNICAO 41

    17h30m-19h CONFERNCIA 63

    QUINTA-FEIRA, 11 de agosto

    8h30-10h CONFERNCIA 65

    10h-10h30m Intervalo 65

    10h30m-12h MESAS REDONDAS e SIMPSIOS 65

    12h-13h Intervalo para Almoo 83

    13h-13h30m PRIMEIROS PASSOS e RECURSOS CULTURAIS APLICADOS 83

    13h30m-15h30h MINICURSOS 87

    15h30m-16h LANAMENTO DE LIVROS 90

    16h-17h30m SESSO DE PAINIS 90

    17h30m-19h CONFERNCIA 126

    SEXTA-FEIRA, 12 de agosto

    8h30-10h CONFERNCIA 127

    10h-10h30m Intervalo 127

    10h30m-12h COMO EU FAO, VIVNCIAS 127

    12h-13h Intervalo para Almoo 132

    13h-13h30m PRIMEIROS PASSOS e RECURSOS CULTURAIS APLICADOS 132

    13h30m-15h30h MINICURSOS 135

    15h30m-16h Intervalo 138

    16h-17h30m SESSES DE COMUNICAO 138

    17h30m-19h CONFERNCIA 155

    SBADO, 13 de agosto

    8h30-10h CONFERNCIA 157

    10h-10h30m Intervalo 157

    10h30m-12h CONFERNCIA 157

    12h-13h ENCERRAMENTO 158

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    QUARTA-FEIRA, 10 de agosto

    7h-8h

    Credenciamento e entrega de materiais

    8h s 9h

    Abertura do 3 SIHS

    9h-10h30m

    Conferncia 1PROGRAMAS EFETIVOS EM HABILIDADES SOCIAIS: DESAFIOS AO PSICLOGO E IMPLICAES CULTURAISAlmir Del Prette (UFSCar), Zilda A. P. Del Prette (UFSCar)

    A preocupao com programas efetivos de promoo de habilidades sociais se insere no escopo da discusso atual sobre Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia, ou seja, de prticas comprovadamente efetivas. A noo de Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia e suas implicaes vm sendo objeto de discusso, reflexo e divulgao na Psicologia americana, j h algum tempo, devendo ocorrer tambm nos demais pases. Essa discusso, cada vez mais difundida e tomada como norteadora da atuao do psiclogo, constitui, sem dvida, um avano importante para a consolidao da psicologia enquanto cincia e enquanto profisso. Uma possvel caracterstica das Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia que ela estaria baseada em co-nhecimento cientfico, com repercusso sobre a identidade do psiclogo e sua respeitabilidade na sociedade. Ainda que, na Psicologia, a noo de Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia esteja fortemente associa-da ao movimento de validao das psicoterapias, e apenas indiretamente aos programas de Treinamento de Habilidades Sociais, possvel, e importante, trazer essa discusso para esse campo, quando se pensa no desenvolvimento de melhores prticas. Nesta conferncia sero abordados alguns dos conceitos associados avaliao de efetividade dos programas de Treinamento de Habilidades Sociais quando tomados como Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia (eficcia, efetividade, validade interna, externa e de constructo, utilidade clnica) e as evidncias disponveis no cenrio nacional e internacional de estudos nessa rea. So brevemente apresentados alguns programas de Treinamento de Habilidades Sociais conduzidos em nosso meio, sob deli-neamentos experimentais e quase experimentais, que produziram evidncias de efetividade. Esses programas exemplificam a diversidade de problemas, objetivos, procedimentos e contextos em que esses programas vm sendo aplicados e testados, o que permite situ-los como Prticas Psicolgicas Baseadas em Evidncia. Sero discutidas as possveis implicaes sociais culturais da disseminao, em larga escala, de tais procedimentos, bem como alguns dos desafios a envolvidos. Esses desafios incluem, entre outros aspectos, a questo da for-mao do profissional e do pesquisador que atua no campo das habilidades sociais mas tambm os princpios que norteiam sua atuao, como os problemas sociais relevantes e a questes cientificamente defensveis para investigao. Discute-se, ainda, a necessidade de se avaliar o uso e a utilidade de protocolos e manuais de interveno, enquanto itens de uma agenda de novos estudos. Essa agenda deve incluir uma testagem con-tnua que atenda, por lado, as necessidades dos servios pblicos e da sociedade e, por outro, que resultem em novas questes de pesquisa visando atender os encaminhar os principais desafios dessa rea.

    10h30m-11h

    Intervalo

    Sesses de vdeo / multimdia (Exposio permanente durante o III SIHS)

    TECMDIA TECNOLOGIA MULTIMDIA EM HABILIDADES SOCIAIS: APRESENTANDO UM RECURSO PARA PROGRAMAS DE THSAdriana Augusto Raimundo de Aguiar (UFSCar), Zilda A. P. Del Prette (UFSCar), Almir Del Prette (UFSCar)Inovao e avanos tecnolgicos, recursos audiovisuais e multimdia, dentre outras palavras e expresses similares no so novidades nos dias atuais, contudo, ainda despertam o interesse do pblico de uma maneira geral. Este interesse justifica-se pela presena desses motivadores na vida da maioria das pessoas em dife-rentes segmentos de seu cotidiano, desde atividades de trabalho e lazer considerando, por exemplo, o uso

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    de computadores e jogos at os segmentos da sade e da educao neste mbito podendo-se destacar inovaes nos campos do diagnstico mdico por imagem e da Tecnologia Educativa. Diante desta realidade e da existncia de estudos apontando resultados bastante positivos no uso de recursos tecnolgicos para o en-sino de diferentes contedos, bem como evidenciando o forte fator motivacional que estes recursos despertam em seus usurios, diferentes campos do saber vm aumentando seus investimentos em pesquisa e desenvol-vimento de materiais que contemplem este perfil. Dentre eles encontra-se a Psicologia, mais especificamente o campo terico-prtico das Habilidades Sociais que tem como perfil, dentre outros aspectos, a diversidade de tcnicas e procedimentos de avaliao e interveno. Dentro desta temtica o grupo de pesquisa RIHS Relaes Interpessoais e Habilidades Sociais da Universidade Federal de So Carlos vm desenvolvendo diferentes recursos para a avaliao e a promoo de habilidades sociais. Nessa perspectiva, idealizou-se e concretizou-se um projeto, em nvel de ps-doutorado, visando construo de um recurso audiovisual e multimdia para a promoo de diferentes classes de habilidades sociais em ambiente clnico e educacional. O recurso foi produzido sob o formato de um DVD Educativo composto por um conjunto de cenas utilizadas para a ilustrao de classes de habilidades sociais em diferentes contextos e com diferentes interlocutores. O enfoque recai sobre oito classes de habilidades sociais assertivas de enfrentamento (desculpar-se e admitir falhas; encerar relacionamento; estabelecer relacionamento afetivo-sexual; fazer, aceitar e recusar pedidos; interagir com autoridade; lidar com crticas; manifestar opinio-discordar; e pedir mudana de comportamento) e duas classes de habilidades sociais empticas (colocar-se no lugar do outro; e expressar apoio). Alm das cenas, o DVD conta ainda com uma seo de bnus, na qual contedos extras podem ser acessados, dentre eles: sugestes de atividades, jogos e tarefas (ex.: um conjunto de questes para cada classe de habilidade que podem ser utilizadas pelo mediador do programa de THS); e diretrizes para a construo de um recurso audiovisual e multimdia. O DVD foi desenvolvido para uso com a populao adulta (20 a 40 anos de idade), entretanto pode ser utilizado com outras populaes desde que feitas adaptaes necessrias e pertinentes para cada caso.

    ENTREVISTA EM VDEO COM FRANK M. GRESHAM SOBRE HABILIDADES SOCIAISAna Carolina Braz (UFSCar), Zilda A. P. Del Prette (UFSCar), Almir Del Prette (UFSCar)Os estudos sobre Habilidades Sociais vm sendo conduzidos em diferentes pases, resultando em recursos de avaliao e interveno baseados em evidncias empricas. Dentre tais produes, destacam-se as do Prof. Dr. Frank Gresham, da Lousiana State University (Estados Unidos). Esse pesquisador conduz pesquisas e in-tervenes em habilidades sociais em escolas, por exemplo, via consultoria para crianas e adolescentes com dificuldades comportamentais e/ou acadmicas, avaliao e o treinamento de habilidades sociais para crian-as em risco de problemas emocionais e ou comportamentais. Suas intervenes baseiam-se em estratgias de Anlise do Comportamento Aplicada para o ensino de comportamentos substitutivo para essas crianas. Ele tambm atua no campo da psicometria, tanto na construo quando no desenvolvimento de instrumentos, sendo co-autor do Social Skills Rating System, uma escala de mltiplos avaliadores sobre habilidades sociais, problemas de comportamento e competncia acadmica, amplamente traduzida e adaptada para diferentes pa-ses, incluindo o Brasil. Mais recentemente, Gresham elaborou, juntamente com Elliot, o Sistema de Aperfeio-amento em Habilidades Sociais (Social Skills Improvement System) e vem conduzindo pesquisas com escalas breves de avaliao continuada, que podem ser utilizadas por professores e pais. Gresham possui uma vasta produo acadmica de artigos, livros e captulos na rea da Psicologia das Habilidades Sociais, tendo recebi-do diversos ttulos e associaes nas principais sociedades acadmicas dos Estados Unidos. O contato entre o Professor Gresham e os pesquisadores do Grupo de pesquisa Relaes Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS) tem resultado na produo de captulos e artigos em conjunto, intercmbios entre os pesquisadores dos dois grupos de pesquisa e sua participao nas edies anteriores do Seminrio Internacional de Habilidades Sociais. O objetivo de divulgar a presente entrevista em vdeo ampliar o conhecimento dos participantes do III Seminrio Internacional de Habilidades Sociais sobre as idias e propostas do Professor Gresham a respeito do campo das habilidades sociais. Especificamente so abordados na entrevista: os estudos conduzidos pelo grupo de pesquisa do professor, sua trajetria como pesquisador no campo das Habilidades Sociais, suas perspectivas sobre o futuro da rea, impresses sobre a pesquisa no Brasil e as edies anteriores do Semin-rio Internacional de Habilidades Sociais. Parte das questes desta entrevista foi inicialmente elaborada pelos pesquisadores do RIHS e ento selecionadas e editadas. O roteiro final foi vertido para o ingls. A entrevista foi em gravada pela TV-CECH/UFSCar, durante a primeira visita do Prof. Dr. Gresham ao Brasil, em 2008, na Universidade Federal de So Carlos e posteriormente efetuou a traduo e legenda do vdeo para o portugus. O vdeo tem aproximadamente 40 minutos de durao e se destina a todos os participantes do evento.

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    PSICOINFO: SOFTWARE WEB GRATUITO E ONLINE PARA ANLISE DE DADOS DE INTERVENES EM SADE E EDUCAOMiriam Bratfisch Villa (UFSCar), Adriana Augusto Raimundo de Aguiar (UFSCar), Zilda A. P. Del Prette (UFSCar)

    As exigncias da comunidade cientfica com relao comprovao da eficcia dos tratamentos em psicotera-pia e outras reas da sade e educao tem levado profissionais e pesquisadores a uma srie de discusses sobre a necessidade de metodologias rigorosamente cientficas de avaliao de intervenes. Ao mesmo tempo, reconhece-se a dificuldade de se obter avaliaes adequadas, de fcil operacionalizao e realizadas com crit-rios cientficos em psicoterapia. neste contexto que Jacobson e Truax propuseram, o Mtodo JT. Este Mtodo tem por objetivo determinar a Significncia Clnica de resultados de intervenes (relacionada validade externa da interveno), ou seja, verificar se a interveno produziu uma mudana de status clnico do cliente, bem como um ndice de Mudana Confivel (relacionado validade interna da interveno) que verifica se houve melhora ou piora do cliente e se esta pode ser atribuda interveno. Este Mtodo surgiu a partir de 1989, mas ainda pouco conhecido e utilizado no Brasil, provavelmente devido falta de divulgao e dificuldades para sua opera-cionalizao. Como um mtodo de anlise de resultados complementar s estatsticas tradicionais, o Mtodo JT apresenta vantagens e limitaes em sua utilizao. Uma das limitaes deve-se dificuldade encontrada por muitos pesquisadores e profissionais na operacionalizao do Mtodo, j que so necessrios clculos matem-ticos com os quais, na maioria das vezes, o pessoal das cincias humanas e da sade no esto familiarizados. Diante desta dificuldade, pensou-se em algumas estratgias que pudessem facilitar a aplicao do Mtodo JT pelos profissionais e pesquisadores das reas da sade e educao especial. Assim surgiu a ideia de criar um software que fizesse os clculos automaticamente. Foi desenvolvido ento o PSICOINFO, um software web (online e gratuito) no qual o usurio, aps a leitura e aceitao dos termos de uso, faz seu cadastro, e insere os dados re-ferentes ao instrumento utilizado na coleta de dados (n, mdia e desvio padro da amostra normativa e ndice de confiabilidade do instrumento) e os dados pr e ps interveno de cada um dos sujeitos coletados por meio de um instrumento validado e padronizado. O software ento calcula o ndice de Mudana confivel, a Significncia Clnica e produz grficos referentes a estes dados. Este projeto teve o apoio financeiro da CAPES.

    11-12h30m

    Simpsio 1RELAES PAIS-FILHOS E O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES SOCIAIS NA INFNCIA E NA ADOLESCNCIACoordenadora: Vanessa Barbosa Romera Leme (FFCLRP-USP)

    A literatura afirma que as relaes entre pais e filhos so muito importantes para o desenvolvimento das habilidades sociais na infncia e na adolescncia. Estudos indicam que as habilidades sociais funcionam como fatores de proteo para diversos problemas psicossociais e dificuldades acadmicas, seja na infncia ou na adolescncia. Dentre os fatores relacionados promoo das habilidades sociais e a uma trajetria de sucesso escolar dos filhos, as prticas parentais tm recebido destaque. Pesquisas mostram que prticas parentais positivas tais como expresso de sentimentos positivos, monitoria das atividades de lazer e escola-res dos filhos e estabelecimento consistente de limites esto positivamente relacionadas com as habilidades sociais e com a competncia acadmica dos filhos. Inversamente, prticas parentais negativas como o uso de agresso verbal e/ou fsica, ameaas e falta de consistncia no estabelecimento de limites aos filhos so cor-relacionadas s dificuldades comportamentais e socioemocionais em crianas e adolescentes. Nesse sentido, a investigao das relaes pais-filhos por meio das prticas parentais pode contribuir para o planejamento de programas de Treinamento em Habilidades Sociais, tanto dos pais quanto dos filhos. O presente simpsio apresenta trs trabalhos com delineamentos transversais e correlacionais que investigam as interaes pais-filhos e suas influncias no desenvolvimento das habilidades sociais em crianas e adolescentes. O primeiro estudo teve por objetivo comparar as habilidades sociais e a competncia acadmica dos filhos e as prticas parentais de mes de diferentes configuraes familiares (nuclear, monoparental e recasada). O segundo estu-do investigou relaes entre as prticas parentais e as habilidades sociais infantis, segundo as percepes dos filhos, bem como a influncia de variveis sociodemogrficas (tais como sexo, idade e tipo de famlia). O ltimo estudo analisou as relaes entre as habilidades sociais de filhos adolescentes e indicadores de qualidade da relao entre pais e filhos. Em seu conjunto, esses estudos indicaram correlaes entre as prticas parentais positivas e o repertrio de habilidades sociais dos filhos, bem como diferenas de gnero relacionadas s habilidades sociais das crianas e dos adolescentes e s relaes entre pais e filhos. Resultados divergentes foram obtidos quanto s influncias do tipo de famlia sobre as habilidades sociais dos filhos. Conclui que as

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    informaes obtidas com os estudos descritos podem contribuir para a promoo de programas de preveno e de interveno com pais e com filhos em diferentes momentos do ciclo vital.

    Apresentao 1TRANSIES FAMILIARES E SUA RELAO COM AS PRTICAS PARENTAIS E COM AS HABILIDADES SOCIAIS E A COMPETNCIA ACADMICA DOS FILHOSVanessa Barbosa Romera Leme (FFCLRP-USP), Edna Maria Marturano (FFCLRP-USP)

    Estudos sobre separao conjugal e recasamento evidenciam que tais eventos so fontes de estresse para toda a famlia. Supe que o estresse de tais transies familiares seja maior quando elas co-ocorrem com outras transies, como a entrada da criana na primeira srie, quando so exigidas, tanto das crianas quanto dos pais, novas habilidades para lidar com as demandas do novo contexto. Todavia, no h um consenso, na litera-tura, quanto aos efeitos da separao conjugal e do recasamento para o desenvolvimento infantil. Assim, como as habilidades sociais infantis desenvolvem-se e so mantidas, principalmente, pelos microssistemas familiar e escolar, uma maneira de se investigar como as transies familiares poderiam repercutir no desenvolvimento da criana seria procurar identificar prticas parentais, habilidades sociais e competncia acadmica de crianas de diferentes tipos de famlias que poderiam ser utilizadas em intervenes com pais, filhos e professores. Referenciado no Modelo Bioecolgico do Desenvolvimento Humano e no campo terico e prtico do programa de Treinamento de Habilidades Sociais (TSH), este estudo transversal e correlacional tem por objetivos: a) comparar as prticas parentais de mes de famlias nucleares, monoparentais e recasadas; b) comparar as habilidades sociais e a competncia acadmica de crianas que passavam pela transio para o primeiro ano do Ensino Fundamental. Participaram da pesquisa 96 mes: a) 33 mes de famlias nucleares, sem histria de separao ou recasamento; b) 33 mes que tinham separado h mais de trs anos; c) 30 mes que tinham recasado h mais de trs anos. As 22 professoras das crianas participaram como informantes. Os dados foram coletados com as mes indivualmente, por meio de entrevistas estruturadas nas suas residncias e/ou locais de trabalho. Em seguida, as professoras foram entrevistadas, pela pesquisadora, nas escolas. As mes responderam a um Inventrio de Prticas Parentais e a um inventrio de avaliao das habilidades sociais dos filhos. As professo-ras responderam a um inventrio que avalia habilidades sociais e competncia acadmica infantil. Os instru-mentos revelaram ter qualidades psicomtricas adequadas. Os resultados das anlises de varincia indicaram que as mes de famlias nucleares participavam mais de atividades de lazer junto com os filhos e expressavam mais carinho aos filhos que as mes de famlias recasadas, e monitoravam com mais frequncia as atividades escolares dos filhos do que as mes de famlias monoparentais e recasadas. Segundo as percepes das mes de famlias nucleares, seus filhos expressavam mais habilidades sociais de cooperao e autocontrole passivo que as crianas de famlias recasadas, e apresentavam mais habilidades sociais de amabilidade e autocontrole/civilidade que as crianas de famlias monoparentais e recasadas. Para as professoras, a estrutura familiar no exerceu nenhum efeito seja sobre as habilidades sociais, seja sobre a competncia acadmica das crianas de diferentes tipos de famlias. Conclui-se que as crianas de diferentes configuraes familiares no se diferen-ciaram quanto s habilidades sociais e competncia acadmica no microssistema da escolar, o que indica recursos que podem ser aproveitados em programas de habilidades sociais com as crianas que apresentam dificuldade de adaptao separao conjugal e ao recasamento dos pais.

    Apresentao 2INFLUNCIA DAS PRTICAS PARENTAIS SOBRE AS HABILIDADES SOCIAIS NA INFNCIAIvana Gisel Casali Robalinho (UFSCar), Annie Karin Schulz de Begle (University of Maryland, EUA)A literatura tem mostrado a importncia da famlia como fonte socializadora e formadora da personalidade de uma criana, por representar o ambiente bsico no qual so aprendidos valores, padres comportamentais, estilos relacionais e habilidades sociais que posteriormente se generalizaro para outros contextos. Ainda que o adequado desenvolvimento infantil seja o somatrio de diversos fatores, os pais esto entre os mais importantes. Pesquisas revelam que as prticas educativas parentais, ou seja, as estratgias utilizadas pelos pais para orientar os comportamentos dos filhos, esto relacionadas com o ajustamento comportamental e psicossocial da criana. Diante disso, a presente pesquisa props-se analisar a influncia das prticas educativas parentais tal como percebidas pela criana sobre o repertrio de habilidades sociais na infncia, alm de avaliar a influncia de variveis scio-demogrficas (sexo, idade e tipo de famlia qual pertencem as crianas) sobre as habilidades sociais na infncia. Participaram deste estudo 330 crianas com idades entre 8 e 12 anos, de ambos os sexos, que freqentavam escolas pblicas da cidade do Paran, Estado de Entre

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    Rios, Argentina, bem como seus respectivos pais. Os instrumentos utilizados foram o Questionrio de Estilos Parentais (CRPBI), composto por 32 questes que abrangem quatro prticas educativas parentais: aceitao, disciplina relaxada, autonomia extrema e controle patolgico; e a validao argentina do Matson Evaluation of Social Skills With Youngsters (MESSY), composta por 62 itens e quatro subescalas: habilidades sociais adequadas ou assertividade, agressividade ou comportamento anti-social, arrogncia ou excesso de confiana e ansiedade social ou solido. Foram realizadas anlises estatsticas descritivas e inferenciais, utilizando o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os resultados obtidos com as anlises de regresso mltipla indicaram que tanto as prticas parentais paternas (F(4,325) = 10,240; p=0,000) quanto as maternas (F(4,325) = 12,386; p=0,000) predizem significativamente o repertrio de habilidades sociais dos filhos. Ou seja, as crianas tm menor probabilidade de desenvolver comportamentos sociais deficitrios quando sentem que os seus pais e suas mes os aceitam, apiam e tratam com carinho, sem necessidade de control-los de forma hostil, coercitiva ou atravs da culpa, mas tambm sem se desvincular afetivamente dos filhos provocando neles sentimentos de rejeio. Dficit social, segundo a escala utilizada, refere-se presena de comportamentos que evidenciam agressividade e comportamentos anti-sociais, arrogncia e excesso de confiana, ou altos nveis de ansiedade social e solido; na ausncia de comportamentos assertivos que definem as habilidades sociais apropriadas. Finalmente, anlises de varincia multivariadas mostraram que existem diferenas significativas no repertrio de habilidades sociais das crianas segundo o gnero delas (F (5,324) de Hotelling = 2,268; p=0,048). Segundo os resultados obtidos, os respondentes do sexo masculino (M= ,714; DE=0,308) tendem a apresentar um repertrio mais deficitrio de habilidades sociais do que os do sexo feminino (M=1,645; DE= 0,311). No entanto, discute-se se a idade e o tipo de famlia qual pertencem s crianas influem no repertrio de habilidades sociais que desenvolvero.

    Apresentao 3PAIS E FILHOS ADOLESCENTES: A QUALIDADE DA RELAO FAMILIAR E AS HABILIDADES SOCIAIS DOS FILHOSCamila Negreiros Comodo (UFSCar), Almir Del Prette (UFSCar)

    A relao entre pais e filhos tema recorrente na literatura, havendo uma preocupao no sentido de como essa relao pode afetar o desenvolvimento de crianas e adolescentes. Uma boa qualidade da relao entre pais e filhos tem sido relacionada com uma trajetria de sucesso dos adolescentes, o que se configura de grande importncia considerando os fatores de risco aos quais essa populao est exposta. Assim como a qualidade da relao familiar, as habilidades sociais tambm se configuram como um fator de proteo a dficits e patologias e colaboram para a qualidade de vida e a qualidade da relao interpessoal em diferentes contextos. Dessa forma, o aprendizado de habilidades sociais torna-se imprescindvel para o desenvolvimento saudvel de crianas e adolescentes. Considerando essas evidncias o presente trabalho teve como objetivos analisar a correlao entre o repertrio de habilidades sociais de filhos adolescentes e indicadores de qualidade da relao entre pais e filhos. Baseado em estudo prvio de grupos focais foi elaborada uma ficha de indicadores da satisfao com a relao entre pais e filhos, a qual foi aplicada em 38 adolescentes de escolas particulares de uma cidade do interior de So Paulo, com idade de 12 a 14 anos, sendo 22 meninas e 16 meninos. Essa ficha tambm foi respondida por ambos os pais dos adolescentes, sendo 38 mes com idade entre 30 e 53 anos e 38 pais com idade variando de 31 a 55 anos. Os adolescentes tambm foram avaliados em relao ao seu repertrio de habilidades sociais por meio do inventrio IHSA-Del Prette, um instrumento padronizado que contm 38 questes acerca da freqncia de reaes habilidosas dos participantes as quais so alocadas em seis fatores: empatia, autocontrole, civilidade, assertividade, abordagem afetiva e desenvoltura social. Para a anlise dos dados, foi utilizado o coeficiente de correlao de Pearson. Os resultados indicam que houve correlao entre o repertrio de abordagem afetiva das meninas e a qualidade do afeto com suas mes (r=0,455, p=0,033), bem como entre o autocontrole delas e a qualidade do respeito com seus pais (r=0,445, p=0,038). J com os meninos, foi encontrada correlao entre o repertrio de civilidade e a qualidade geral da relao com os pais (r=0,51, p=0,044) e entre civilidade e a qualidade do dilogo (r=0,697, p=0,003), enquanto com suas mes a correlao apareceu entre o repertrio de civilidade e a qualidade geral da relao (r=0,605, p=0,013), a qualidade do respeito (r=0,600, p=0,0014) e a qualidade do afeto (r=0,606, p=0,013). Discute-se acerca das diferenas encontradas entre meninos e meninas e entre a relao com os pais e com as mes levando em considerao dados da literatura.

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    Simpsio 2 HABILIDADES SOCIAIS E COMPORTAMENTO DE CRIANAS: PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAOCoordenadora: Sonia Regina Loureiro

    Trata-se de proposta que rene pesquisadores de trs instituies diferentes, abordando a temticas habilidades sociais e o comportamento de crianas, com enfoque complementar. As apresentaes individuais abordam a relevncia da identificao precoce das dificuldades comportamentais e do repertrio social de crianas pr-escolares e escolares, de modo a favorecer intervenes educacionais e clnicas. Nesse contexto a avaliao das habilidades sociais destacada como um indicador norteador para o planejamento das intervenes. Como elementos diferenciadores destacam-se os mtodos de acesso a tais indicadores, a saber, a observao em situaes estruturadas e os instrumentos aferidos, como questionrios e entrevista estruturada. Nas apresentaes so relatados dados empricos, tratados por procedimentos estatsticos, sendo os achados discutidos quanto s implicaes metodolgicas e prticas. Como peculiaridades destacam-se: a avaliao das crianas pr-escolares e escolares, as potencialidades e vantagens dos procedimentos de observao, a validao de instrumentos, os informantes diversos como professores e pais e o uso de instrumentos de rastreamento e diagnstico.

    Apresentao 1HABILIDADES SOCIAIS EM PR-ESCOLARES: COMPARAES ENTRE CRIANAS COM HABILIDADES SOCIAIS E COM PROBLEMAS DE COMPORTAMENTOS POR MEIO DE OBSERVAO EM SITUAES ESTRUTURADASTalita Pereira Dias (UFSCar), Zilda Aparecida Pereira Del Prette(UFSCar)

    A caracterizao de repertrio social de populaes especficas e a identificao de variveis relacionadas so fundamentais para o planejamento de intervenes. No caso de crianas com problemas de comportamento, a avaliao e promoo de habilidades sociais podem constituir caminho para intervenes potencialmente efetivas para atenuao e superao desses problemas. O mtodo observacional, embora pouco utilizado possivelmente pelo maior tempo exigido tanto na coleta como na anlise dos dados, apresenta inmeras van-tagens como permitir o acesso a diferentes indicadores de competncia social (comportamentos verbais, no verbais e paralingusticos) e s contingncias imediatas sob as quais os comportamentos so emitidos. Uma alternativa observao direta em contexto natural o uso de situaes anlogas ou estruturadas. Situaes estruturadas referem-se a um arranjo de condies ambientais planejadas para estabelecerem demandas para dado desempenho social. Esse procedimento de avaliao da competncia social tem sido adotado em diferentes estudos e tem se mostrado vivel e til. Considerando a importncia de avalies precoces de competncia social e a disponibilidade de mtodos para esse fim, o presente estudo teve por objetivo caracte-rizar o repertrio social de crianas com problemas de comportamento e de crianas com habilidades sociais, por meio de avaliao de desempenho social infantil com base em observao em situaes estruturadas. Foram selecionadas 26 crianas, entre quatro e seis anos, avaliadas por meio da Escala de Comportamentos Sociais para Pr-Escolares (PKBS-BR) alocadas em um dos seguintes grupos: com habilidades sociais (CHS), com comportamentos internalizantes (CPI), externalizantes (CPE) e mistos (CPM). As crianas participaram de cinco situaes estruturadas com demanda para as habilidades sociais de: pedir ajuda de adultos quando ne-cessrio, seguir instrues de adultos, defende seus prprios direitos, compartilha brinquedos e pertences e convida outras crianas para brincar. A participao das crianas nas situaes foi filmada e juzes previamen-te treinados categorizaram as filmagens com base no Sistema de Categorias de Desempenho Social Infantil que consta de descries comportamentais de opes de desempenho para cada situao. Para anlise dos dados foi utilizada estatstica descritiva e inferencial no paramtrica. Os resultados indicaram que no houve diferena significativa entre as crianas dos diferentes grupos quanto ao escore de competncia social. Na anlise descritiva, observou-se que as crianas do grupo CHS e CPE apresentaram desempenhos similares e em opes mais competentes e crianas do CPI e do CPM apresentaram desempenhos mais similares, em opes de comportamentos menos competentes. So discutidas as implicaes educacionais e clinicas dos dados apresentadas, sugerindo alguns caminhos para o planejamento de interveno.

    Apresentao 2CONSTRUO E VALIDAO DE INSTRUMENTOS DE MEDIDAS DE HABILIDADES SOCIAIS EM PR-ESCOLARES E ESCOLARES: Q-RSH-PAIS, Q-RSH-MES, RE-HSE-PAlessandra Turini Bolsoni-Silva (Unesp Bauru), Sonia Regina Loureiro (FMRP-USP), Edna Maria Marturano (FFCLRP-USP)

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    Os problemas de comportamento de pr-escolares constituem um dos motivos mais freqentes de busca por atendimento psicolgico por parte de pais e cuidadores. Consideram-se necessrios instrumentos, construdos sob a perspectiva terico-prtica do Treinamento de Habilidades Sociais, na interface com a Anlise do Com-portamento, que possam auxiliar de forma sistemtica a identificar as habilidades sociais educativas paren-tais, habilidades sociais infantis e dficits comportamentais, auxiliando os profissionais na preveno e/ou re-duo de problemas de comportamento. Constata-se, no entanto, uma carncia de instrumentos de relato que avaliem habilidades sociais de crianas da educao infantil, de modo a predizer problemas comportamentais e instrumentar aes preventivas, justificando, ento, a proposio de instrumentos. Neste contexto o presen-te trabalho objetiva testar as propriedades psicomtricas de validade e confiabilidade de trs instrumentos de avaliao: (a) Questionrio de Respostas Socialmente Habilidosas, do ponto de vista do professor (QRSH-PR); (b) Questionrio de Respostas Socialmente Habilidosas para pais (QRSH-Pais); (c) Teste Psicolgico Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P). Para os primeiro e segundo estudos fo-ram avaliados 260 prescolares e 131 prescolares, respectivamente, diferenciados em sub grupos com e sem dificuldade de comportamento com base na Escala de Comportamento Infantil (ECI-Professor); procedeu-se aos estudos de validade de construto, discriminante, concorrente e preditiva; para avaliar a consistncia interna foi calculado o alfa de Cronbach. Para a terceira pesquisa foram conduzidas diversas anlises: a) a avaliao da confiabilidade teste-reteste, tendo como amostra 41 participantes avaliados em dois momentos, com um intervalo de dois meses e ao clculo do alfa de Cronbach; b) aos estudos de validade de constructo e discriminativa com 213 pais/mes/cuidadores de crianas em idade pr-escolar (n = 114) e do ensino fundamental (n = 98), diferenciados em grupos: a) procura por atendimento x crianas da comunidade sem problemas, e crianas com problemas de comportamento x crianas sem problemas. Os resultados obtidos apontaram para indicadores positivos quanto s validades de construto, discriminante e preditiva, alm de boa consistncia interna , indicando que os itens mensuraram consistentemente o construto habilidades sociais e diferenciaram crianas com e sem problemas de comportamento ,por meio do teste-reteste ,no caso do RE-HSE-P. Considera-se que o questionrio est aferido para a avaliao de respostas socialmente habilidosas de pr-escolares, podendo ter aplicabilidade clnica e educacional. Considera-se que os dois questionrios e o teste RE-HSE-P esto aferidos para avaliao de habilidades sociais em pr-escolares, e, no caso do RE-HSE-P para prticas educativas (positivas hse-p e negativas), habilidades sociais infantis, problemas de comportamento e variveis contextuais, em pr-escolares e escolares, podendo ser utilizados em pesquisas de avaliao e de interveno clnica controlada.

    Apresentao 3HABILIDADES SOCIAIS, COMPORTAMENTO E SADE MENTAL DE ESCOLARES: INSTRUMENTOS DE RASTREAMENTO E DIAGNSTICOSonia Regina Loureiro(FMRP-USP), Ana Vilela Mendes (FMRP-USP), Thaysa Brink Silva (FMRP-USP)

    No que se refere sade mental infantil, sabe-se que, no contexto de diferentes pases h uma evidente uma defasagem entre a necessidade de ateno para crianas e adolescentes e a oferta de uma rede de servios capaz de identificar, prevenir, e tratar tais dificuldades. Nesse contexto, destaca-se a relevncia da identifi-cao precoce e sistemtica de indicadores de problemas e das necessidades de ajuda, especialmente no contexto de ateno primria, por meio de instrumentos de rastreamento e diagnstico, dada a possibilidade de preveno quando da identificao precoce dos problemas. Objetiva-se caracterizar os indicadores de habili-dades sociais, o perfil comportamental e os indicadores de psicopatologia de crianas em idade escolar. Foram includas no estudo 120 crianas, identificadas em uma Unidade Bsica de Sade, de seis a 12 anos, de am-bos os sexos, que no estavam em atendimento psicolgico e/ou psiquitrico. Procedeu-se a avaliao do com-portamento, das habilidades sociais e de indicadores de psicopatologia infantil, por meio do instrumento de rastreamento SDQ Questionrio de Capacidades e Dificuldades, e do instrumento de confirmao diagnstica DAWBA Levantamento sobre o Desenvolvimento e Bem-Estar de Crianas e Adolescentes, respondidos pelas mes, ambos aferidos para a populao brasileira. Os dados foram codificados segundo as recomendaes tcnicas e procedeu-se a anlise dos mesmos por procedimentos estatsticos. (Do conjunto das 120 crianas avaliadas: a)18 apresentaram indicadores de dificuldades quanto s habilidades sociais (15,0%); b) quanto aos problemas comportamentais, 81 (67,5%) crianas apresentaram indicadores de problemas internalizantes e 75 (62,5%) de problemas externalizantes, e c) com relao aos indicadores de psicopatologia 55 (45,8%) apresentaram diagnstico de pelo o menos um transtorno mental. Quanto identificao por transtorno, foram diagnosticadas 19 crianas (15,8%) com Transtorno Depressivo; 24 (20,0%) com Transtorno de Ansiedade Generalizada; 10 (8,3%) com Transtorno de Conduta e 33 (27,5%) com Transtorno de Ateno e Hiperatividade

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    (TDAH). Destas, 27 (22,5%) apresentaram indicadores de diagnstico para dois ou mais transtornos, sendo a combinao mais freqente do Transtorno Depressivo e Transtorno de Ansiedade, seguido pelo diagnstico de Transtorno de Ansiedade e TDAH. A alta taxa de identificao de crianas com problemas comportamentais pelo instrumento de rastreamento (SDQ) e de indicadores de psicopatologia pelo DAWBA contrasta com a pe-quena taxa de identificao de crianas com dificuldades quanto s habilidades sociais, chamando a ateno para a presena de problemas em domnios diversos, o que possivelmente, requer modalidades diversas de avaliao e interveno em sade mental. Considerando a alta taxa de crianas com dificuldades identificadas em uma amostra no clnica destaca-se a necessidade de medidas preventivas em sade mental.

    Simpsio 3PESQUISAS PSICOMTRICAS SOBRE HABILIDADES SOCIAIS: CONSTRUO DE INSTRUMENTO E ESTUDOS CORRELACIONAISCoordenadora: Eliane Gerk (Universidade Catlica de Petrpolis)

    Neste simpsio pretende-se discutir alguns resultados obtidos em pesquisas que utilizaram tcnicas psicom-tricas. Dois trabalhos esto baseados em anlises correlacionais e um apresenta a construo de um instru-mento de avaliao. A professora Dra Eliane Gerk, coordenadora do simpsio, apresentar uma descrio da situao psicolgica de estudantes ingressantes de quatro cursos da Universidade Catlica de Petrpolis. O acesso ao Ensino Superior est sendo cada vez mais amplo e por um pblico cada vez mais socialmente hetero-gneo, deixando de ser um ensino de elites para ser um ensino de massas. No Brasil, a procura deste nvel de ensino tem ocorrido por um nmero cada vez maior e mais diversificado de jovens que concluem o ensino mdio. Existe um interesse crescente pelo desenvolvimento de estudos que procurem compreender a natureza do ajustamento desta populao ao Ensino Superior, assim como do seu xito e dos fatores que o facilitam ou o inibem. Entre as mltiplas e complexas tarefas com as quais os jovens so confrontados nesta transi-o educativa, a literatura aponta para aquelas associadas a quatro domnios principais: acadmico, social, pessoal e vocacional. A pesquisa desenvolvida na Universidade Catlica de Petrpolis elegeu duas variveis: as habilidades sociais, integrante do domnio social, e o comportamento exploratrio vocacional, integrante do domnio vocacional. A professora Dra Clia Kestenberg descrever a construo e aplicao de um instru-mento de avaliao do comportamento emptico verbal que foi elaborado com base em estudos anteriores. O instrumento est direcionado para enfermeiros e estudantes de enfermagem. De acordo com a literatura e a experincia da professora Clia, a empatia a habilidade social mais importante para estes profissionais de sade. Por isso ela se dedicou a elaborar um instrumento dirigido especialmente para este grupo. A professora Elisabete Shineidr discutir a competncia social com base numa investigao acerca das aproximaes do conceito de traos de personalidade e de habilidades sociais. O conceito de competncia social capaz de reorganizar o domnio da personalidade em termos de capacidade. A pesquisa emprica encontrou durante muito tempo dificuldades para medir a sensibilidade social. A competncia social refere-se a um conjunto de comportamentos aprendidos, socialmente aceitos. Trata-se de um conceito lato, utilizado para descrever o comportamento social, a compreenso e utilizao de habilidades sociais e a aceitao social. A Psicologia da Personalidade procura investigar as foras psicolgicas que tornam cada pessoa nica. Sob qualquer um dos pontos de vista a respeito da personalidade, pode-se investigar as suas relaes com as habilidades sociais. Entretanto, elegeu-se, no presente estudo, uma teoria cuja nfase est na estrutura da personalidade, ou seja, que aborda os traos de personalidade. Aps as apresentaes ocorrer um debate entre as trs professoras participantes acerca do emprego de tcnicas psicomtricas ao estudo da competncia social.

    Apresentao 1ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES SOCIAIS E COMPORTAMENTO EXPLORATRIO VOCACIONAL EM ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO SUPERIOREliane Gerk (Universidade Catlica de Petrpolis), Jos Augusto Rento (Universidade Catlica de Petrpolis), Luiza Martins Kraft (Universidade Catlica de Petrpolis), Clia Zanatta Claverey Guarnido Duarte (Universidade Catlica de Petrpolis)

    O objetivo deste trabalho descrever a situao psicolgica de estudantes ingressantes no primeiro perodo da Universidade, no que se refere ao ajustamento ao ensino superior. Os resultados desta investigao permitiro desenvolver um programa para adaptao ao ensino superior, capaz de prevenir o fracasso e a evaso dos estu-dantes, trazendo benefcios a instituies universitrias, estudantes, professores e candidatos. O ingresso no nvel superior implica diversas mudanas acarretando nveis de exigncias maiores, que geram dificuldades ao

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    ajustamento dos estudantes a essa nova realidade. O panorama do ajustamento realidade universitria tem sido visto como um processo complexo e multidimensional sendo abordado por diversos autores. Com efeito, a literatura aponta para quatro domnios principais relevantes para o bom desenrolar deste processo: acadmico, social, pessoal e vocacional. Dentro do domnio social, j foi verificada a importncia das habilidades sociais. Estas se referem existncia de diferentes classes de comportamentos sociais no repertrio do indivduo para lidar de maneira adequada com as demandas das situaes interpessoais. Para a medio da habilidade de agir socialmente foram desenvolvidos, ao longo do tempo, trs tipos de testes: a) soluo de problemas sociais hipotticos (O que voc faria, se voc estivesse em tal situao); b) avaliao das prprias capacidades so-ciais e c) observao de comportamentos reais, quer em laboratrio, quer em situaes reais. Neste trabalho, foi utilizado o IHS Del Prette Inventrio de Habilidades Sociais Del Prette. No mbito do desenvolvimento vocacional, existe um tipo de comportamento que desempenha um papel muito importante, por possibilitar as informaes essenciais para a formao do auto conceito, tanto geral, como vocacional. Trata-se do comporta-mento exploratrio. Tal conceito encontra sua origem no campo da Psicologia Experimental e designa um com-portamento que possibilita o acesso a informaes e facilita o aprendizado. Trata-se de um comportamento de soluo de problemas, proposital e intencional. Para avali-lo foi aplicada a Escala de Comportamento Explora-trio Vocacional. Esta escala objetiva avaliar duas grandes dimenses do comportamento vocacional indicadas na literatura: a explorao de si, que resulta em maior autoconhecimento, e a explorao do ambiente, que resulta em maior conhecimento das alternativas educacionais e profissionais do mundo do trabalho. A escala composta por 24 itens, sendo 10 referentes explorao de si e 14 referentes explorao do ambiente. Participaram do estudo 135 estudantes ingressantes no primeiro perodo dos cursos mencionados, sendo 46 de Psicologia, 34 de Cincias Contbeis, 31 de Engenharia de Computao e 24 de Filosofia. Todos os parti-cipantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A anlise dos dados est sendo realizada atravs de correlao de Pearson no SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).

    Apresentao 2CONSTRUO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAO DO COMPORTAMENTO EMPTICO VERBAL (IACEV) EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEMClia Caldeira Fonseca Kestenberg (UERJ), Eliane Mary de Oliveira Falcone (UERJ), Eliane Gerk (Universidade Catlica de Petrpolis)

    Descreve-se a construo de um instrumento de avaliao do comportamento emptico verbal. O instrumento composto de quatro partes: I-Situaes para respostas empticas, II- Critrios para avaliao do comportamen-to emptico verbal, III- Instrues para a aplicao do instrumento, IV- Folha de registro do juiz. A construo do instrumento seguiu dois critrios: a) que as situaes para respostas empticas fossem extradas da reali-dade concreta; b) que os critrios de avaliao se sustentassem na concepo de empatia multidimensional. Desta forma foram realizadas 20 entrevistas para fundamentar as Situaes para Respostas Empticas, com pessoas que tm histria de internao hospitalar, sendo 12 mulheres e 08 homens. A entrevista foi composta de trs itens: o primeiro sobre dados demogrficos e informaes sobre a internao e os dois outros, sobre situaes vivenciadas no hospital envolvendo a equipe de enfermagem. Das 20, 16 entrevistas foram gravadas em udio e quatro escritas. Aps transcrio das falas, foram analisadas e selecionadas as entrevistas que melhor atendiam ao objetivo de realizao das mesmas. Destas, foram extradas as seis situaes, sendo trs de ajuda sem conflito de interesses e trs de ajuda envolvendo conflito de interesses. Estas situaes foram utilizadas nas simulaes de interaes enfermeiro-paciente atravs do desempenho de papis. Os critrios para a avaliao do comportamento foram construdos com base na conceituao da empatia na perspectiva multidimensional que considera a existncia de aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais que integra-dos possibilitam a compreenso e expresso empticas. Adotada a escala Likert com cinco possibilidades de respostas, desde totalmente inadequada a totalmente emptica. Foi realizado um teste piloto com 40 volun-trios. Durante a aplicao do teste piloto, algumas observaes foram decisivas para ajustar o instrumento: tempo necessrio para eliciar uma resposta; compreenso das situaes; alternncia de situaes de confli-to com as situaes de ajuda; aplicao do instrumento como desempenho de papis, utilizando-se udio gravao. O instrumento foi utilizado em um estudo experimental no qual 16 estudantes participaram do grupo controle e 17 do experimental. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para melhor adequao do instrumento, modificou-se a forma sem alterar o contedo. Feita esta adequao, seguiram-se os encontros para apurar a avaliao e conseqentemente a concordncia entre os avaliadores. O grau de concordncia entre os juzes foi avaliado atravs do teste Kappa, revelando-se significativo (p < 0,001).

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    A anlise estatstica dos resultados do IACEV mostrou que o instrumento foi sensvel para avaliar o compor-tamento emptico verbal dos graduandos de enfermagem. Este resultado se reveste de importncia porque o instrumento se prope a avaliar a verbalizao emptica, pois somente atravs da expresso emptica que se pode afirmar sobre a capacidade de algum ter compreendido os pensamentos e sentimentos do outro.

    Apresentao 3ESTUDO CORRELACIONAL ENTRE O INVENTRIO DE HABILIDADES SOCIAIS E O INVENTRIO FATORIAL DE PERSONALIDADEElisabete Shineidr (Universidade Estcio de S) , Eliane Gerk, Paula Andra Prata Ferreira (Universidade Estcio de S), Vivian Gomes (Universidade Estcio de S)

    Apresenta-se aqui uma pesquisa correlacional entre o Inventrio de Habilidades Sociais e o Inventrio Fatorial de Personalidade. O conceito de competncia social capaz de reorganizar o domnio da personalidade em termos de capacidade. Para a medio da habilidade de agir socialmente foram desenvolvidos, ao longo do tem-po, trs tipos de testes: a) soluo de problemas sociais hipotticos (O que voc faria, se voc estivesse em tal situao); b) avaliao das prprias capacidades sociais e c) observao de comportamentos reais, quer em laboratrio, quer em situaes reais. Na Psicologia da Personalidade, as pesquisas concentradas no trao expressivo so denominadas estudos sobre habilidades sociais no verbais ou apenas habilidades sociais. Este um ponto em que se nota uma interseo entre pesquisas sobre traos de personalidade e pesquisas sobre habilidades sociais. H aspectos da personalidade que so considerados com habilidades sociais, tais como: empatia, simpatia e hostilidade na comunicao. Neste caso, o foco da investigao desloca-se dos traos e motivos internos para as capacidades observveis. Por exemplo: em vez de estudar a extroverso per si, o foco desloca-se para a expressividade facial, corporal e vocal. As pesquisas sobre habilidades sociais focalizam o processo em curso na interao social. Participaram deste estudo 131 sujeitos, sendo 112 do sexo feminino e 19 do sexo masculino, todos graduandos do terceiro perodo do curso de Psicologia da Uni-versidade Estcio de S, com idades entre 18 e 60 anos, residentes na cidade do Rio de Janeiro. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram dois os instrumentos utilizados: o Inventrio de Habilidades Sociais e o Inventrio Fatorial de Personalidade, ambos instrumentos fatoriais. O IHS um inventrio composto por 5 fatores a saber: Enfrentamento de situaes com risco, Auto-afirmao na expresso de sentimento positivo, Conversao e desenvoltura social, Auto-exposio a desconhecidos e situaes novas, Autocontrole da agressividade. O inventrio Fatorial de Personalidade est composto por 15 fatores, a saber: assistncia, intracepo, afago, deferncia, afiliao, dominncia, denegao, desempenho, exibio, agresso, ordem, persistncia, mudana, autonomia. Dentre os cinco fatores do IHS apenas um no apresentou correlao com nenhum dos fatores do IFP. Trata-se da auto afirmao na expresso de sentimento positivo, o fator 2. O fator 1 do IHS, enfrentamento de situaes com risco, correlaciona-se positivamente com os traos de personalidade dominncia e exibio. E ainda negativamente com denegao. O fator 2, expresso de afeto positivo no se correlaciona com nenhum fator de personalidade, o que demonstra que um fator que expressa de fato uma habilidade que pode ser treinada e aprendida, pois no depende de nenhum trao de per-sonalidade. Os fatores 3 e 4 do IHS, conversao e desenvoltura social e auto exposio a desconhecidos, apresentam altas correlaes positivas com os fatores do IFP assistncia, intracepo e deferncia. O Fator 5, autocontrole da agressividade, correlaciona-se positivamente apenas com um fator do IFP, assistncia. Conclu-mos que alguns fatores do IHS avaliam traos de personalidade, enquanto outros avaliam habilidades.

    Mesa Redonda 1APLICABILIDADE DO TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS NA INFNCIA E ADOLESCNCIACoordenadora: Patricia de Souza Barros (UERJ)

    A literatura da rea do treinamento de habilidades sociais tem destacado que a infncia um perodo crtico para a aprendizagem de habilidades interpessoais. H evidncias de que se a criana desenvolve um amplo repertrio de comportamentos sociais, ter maior probabilidade de estabelecer relaes sociais mais saud-veis, no futuro, tornando-se menos vulnervel a transtornos psicolgicos. O desenvolvimento de habilidades sociais na infncia pode constituir um fator de proteo ao fracasso escolar e a emisso de comportamentos anti-sociais, garantindo qualidade de vida. Algumas crianas, entretanto, tm esse desenvolvimento tpico interrompido ou desviado por diversos motivos, necessitando, assim, de intervenes para o aprimoramento das habilidades sociais. Com esse fim, inmeros so os programas desenvolvidos para que crianas e adoles-centes possam desfrutar de uma melhor qualidade de vida. O presente estudo tem o objetivo de apresentar um

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    panorama da aplicabilidade do treinamento em habilidades sociais nestas fases, bem como as peculiaridades para a avaliao e o desenvolvimento de programas de interveno. No panorama inicial, apresentam-se algu-mas especificidades dos dficits em habilidades sociais em transtornos neuropsiquitricos em crianas e ado-lescentes ou ainda desvios que causem prejuzos na qualidade da vida social destes indivduos. Algumas das principais tcnicas utilizadas so citadas a fim de fornecer um guia para a estruturao dos projetos de inter-veno e suas principais finalidades. Ademais, para uma interveno bem-sucedida, torna-se necessrio que a avaliao seja adequada para as metas de cada interveno, contando com uma metodologia bem-estruturada e com diversidade de mtodos. Finalmente, esta proposta se encerra com a apresentao de um programa em andamento que visa desenvolver a empatia em crianas e adolescentes com Sndrome de Asperger e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificao, exemplificando, na teoria e na prtica, os conceitos e metodologias apresentadas. Torna-se importante ressaltar, passo a passo, desde a escolha da metodologia de avaliao at a construo das sesses com estes indivduos e tambm com seus respectivos cuidadores. Resultados preliminares sugerem uma tendncia eficcia naquela amostra, permitindo a discus-so das principais metodologias e suas aplicaes em diversos transtornos e panoramas infanto-juvenis.

    Apresentao 1UM PANORAMA DAS ESPECIFICIDADES DO TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS NA INFNCIA E ADOLESCNCIAGabriela Parpinelli (Clnica Particular) , Patricia de Souza Barros (UERJ)

    O campo das habilidades sociais (HS) vem sendo amplamente estudado dentro da rea da psicologia. Os dfi-cits nesta rea aparecem em diversos dos transtornos neuropsiquitricos, bem como podem prejudicar o per-curso do desenvolvimento tpico, especialmente na infncia e adolescncia. Em pesquisa nas principais bases de dados (Medline, Scielo e Lilacs), especialmente nos ltimos cinco anos, os estudos tm mostrado a eficcia da interveno para o aprimoramento social em diversas desordens infanto-juvenis, como por exemplo, nos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, de Ansiedade, no Transtorno de Dficit de Ateno/Hiperatividade, dentre outros. O treinamento em HS tambm tem mostrado resultados positivos em sua aplicao em institui-es de ensino, bem como nos contextos familiares. Alguns estudos tm como foco principal a avaliao das caractersticas de cada transtorno e seu impacto no desenvolvimento e nos dficits em habilidades sociais, como no caso, por exemplo dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Outro grupo de pesquisas dedica-se ao desenvolvimento de programas de treinamento, ora voltados para desordens especficas, ora programas gerais que podem ser aplicados em diversos contextos, como escolas, por exemplo. Para cada um deles, o foco do treinamento se mostra diferente, uma vez que as metas a serem atingidas, as caractersticas e os principais impasses so diferentes. Apesar da diversidade, as pesquisas neste campo tendem a enfocar habilidades bsicas como a empatia e todos os seus componentes, como o cognitivo (algumas vezes chamado de teoria da mente) e o seu componente afetivo. Outra dificuldade bsica estudada a de assertividade que impossibilita o indivduo a expressar seus sentimentos, opinies e desejos pela falta de instrumentos comportamentais e cognitivos que permitam alcanar tais objetivos. Dificuldades na soluo de problemas sociais tambm so alvos dessas pesquisas e envolvem basicamente o estudo do papel da impulsividade nos dficits sociais, bem como impasses na flexibilidade cognitiva e na avaliao de conseqncias. importante ressaltar ainda que no tratamento de crianas e adolescentes, o planejamento das intervenes deve levar em considerao a fase do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, sem contar as caractersticas individuais de cada paciente de acordo com sua aprendizagem familiar e cultura. Esses impasses implicam em peculiaridades no atendimento a esses indivduos, o que inclui adaptao das tcnicas ao nvel adequado de desenvolvimento da criana ou adolescente, atravs do uso de recursos ldicos com linguagem especfica; a participao da famlia e dos profissionais da escola, a fim de facilitar a generalizao das habilidades aprendidas; o treinamento em habili-dades sociais da famlia para que seja facilitado o processo de comunicao especialmente entre pais e filhos; uso do recurso de trabalho em grupo, bem como a utilizao assdua de tarefas de casa, fazendo com que haja a amplificao das estratgias sociais aprendidas atravs do treinamento constante e prtico. Assim, o objetivo do presente estudo apresentar as principais dificuldades sociais inerentes aos principais transtornos nas fases da infncia e adolescncia. Alm disso, pretende-se, ainda, apresentar um panorama dos resultados dos principais estudos envolvendo o treinamento dessas habilidades nos respectivos transtornos, discutindo as principais estratgias utilizadas na avaliao e na interveno do treinamento de habilidades sociais na infncia e adolescncia.

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    Apresentao 2A AVALIAO DE HABILIDADES SOCIAIS NA INFNCIA E ADOLESCNCIAConceio Santos Fernandes (UERJ)

    O ser humano faz parte de uma espcie social, gregria, que necessita da formao de vnculos para sua so-brevivncia, ou seja, as pessoas necessitam de outras pessoas. Essa busca evidencia que a socializao faz parte de aspectos humanos bsicos, desde os primeiros momentos de interao entre a criana e seus cuida-dores primrios. Em sntese, criar vnculos extremamente adaptativo e por isso fundamental, visto que o ser humano ir utilizar boa parte do seu tempo em interaes sociais. Com isto, torna-se necessrio desenvolver estratgias para favorecer esses vnculos, atravs de uma boa comunicao. A partir deste entendimento, o conceito de habilidades sociais surge como um tpico importante nessa construo, pois favorece essa aproxi-mao e a manuteno dos laos sociais. A literatura acerca deste tema ressalta que um repertrio elaborado de habilidades sociais est associado, entre outros aspectos, ao bem estar e sade psicolgica em crianas e adolescentes. Diversos transtornos externalizantes (agressividade, condutas antissociais e comportamentos opositores) e internalizantes, (transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtorno do dficit de aten-o e hiperatividade, transtornos invasivos do desenvolvimento) acometem a populao infanto-juvenil, e causa grande sofrimento psquico e social. Muitos destes trazem prejuzo s habilidades sociais (HS), ou so fruto de dficits nas mesmas. O objetivo do presente trabalho destacar a importncia da avaliao do comportamento socialmente habilidoso em crianas e adolescentes, alm de caracterizar os principais recursos e mtodos utilizados com este grupo. Primordialmente, este processo visa identificar as habilidades que necessitam de interveno e o impacto causado por estes dficits. Dentre os modelos de avaliao encontram-se: (a) obser-vaes naturalsticas do desempenho social; (b) instrumentos de autorrelato (avaliao da prpria criana e/ou adolescente); (c) construo de tarefas, com utilizao recursos como estrias e vdeos, referentes s diversas situaes sociais, visando identificao de comportamentos sociais inadequados, pensamentos, emoes e contextos em que apresentam maior dificuldade; (d) relato de observadores (pais e professores), atravs de entrevistas e questionrios. Outro fator relevante, especialmente em um pblico infanto-juvenil, se refere escolha dos recursos e mtodos. Estes devem ser selecionados em funo da demanda de investigao e das capacidades cognitivas dos indivduos no processo avaliativo. Constata-se, portanto, que uma avaliao apro-priada leva em considerao as necessidades de cada um e, sempre que possvel, privilegia a multimodalidade (diferentes instrumentos) de recursos e a variedade de fontes de informaes. Isto, por sua vez, aumenta a possibilidade de uma caracterizao precisa das dificuldades e promove uma interveno mais adequada.

    Apresentao 3PROGRAMA PARA DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA PARA CRIANAS E ADOLESCENTES COM SNDROME DE ASPERGER E TRANSTORNO INVASIVO DO DESENVOLVIMENTO SEM OUTRA ESPECIFICAO: AVALIAO, INTERVENO E RESULTADOS PRELIMINARESPatricia de Souza Barros (UERJ), Eliane Mary de Oliveira Falcone (UERJ)

    A empatia, a capacidade humana de inferir e compartilhar os pensamentos e os sentimentos das outras pesso-as, vem sendo estudada na sua importncia para a construo de interaes sociais bem-sucedidas. Ao longo da infncia e adolescncia, essa habilidade parece aprimorar-se num conjunto em que aspectos cognitivos e ambientais se entrelaam. Nos indivduos com diagnstico de Transtorno Invasivo Sem Outra Especificao e com Sndrome de Asperger, esse desenvolvimento no ocorre de forma satisfatria e as relaes sociais no se consolidam de forma eficaz. Muitos estudos tm verificado a participao dos dficits em empatia como base para as inabilidades sociais desta sndrome. Tal inabilidade tem sido apontada como geradora de transtornos emocionais alm de contribuir para a baixa qualidade de vida destes indivduos. Assim, o objetivo deste estudo apresentar uma metodologia, com base na anlise da literatura, para o desenvolvimento da capacidade emptica em crianas e adolescentes com estes transtornos contribuindo, assim, para o apri-moramento de suas habilidades sociais. O projeto faz parte de um estudo para avaliao da eficcia de um programa, em andamento, que realizado em grupo, uma vez que inmeras pesquisas tm sugerido que este tipo de trabalho eficaz na estimulao dos comportamentos sociais, alm de facilitar a generalizao dos comportamentos aprendidos. A participao dos pais tambm fundamental neste processo, especialmente na facilitao da generalizao dos comportamentos aprendidos, com a funo de co-terapeutas. Assim, o programa foi constitudo por um grupo de interveno com os portadores dos transtornos, bem como de um grupo paralelo com suas famlias. A interveno constitui-se de uma etapa de avaliao mdica-psiquitrica, avaliao neuropsicolgica e avaliao da empatia. Para interveno, sero realizadas 8 sesses, quinzenais,

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    com jovens entre as idades de 8 e 17 anos e 8 sesses com seus respectivos pais. Cada sesso dever ter a durao de 180 minutos para os jovens e para os pais. As sesses destinadas s crianas e adolescentes usam recursos didticos estruturados para psicoeducao das habilidades empticas, assim como vivncias em grupo para que se coloque em prtica o tema estudado e promover oportunidades para interao. Em cada encontro, busca-se estimular um ou mais componentes empticos, dentre eles: motivao para o convvio so-cial e importncia da observao de regras sociais, reconhecimento dos sentimentos e pensamentos alheios, automonitorao, autorregulao emocional, flexibilidade cognitiva e soluo de problemas. Dramatizaes, uso de cenas de vdeo, estrias em quadrinhos e tcnicas vivenciais so algumas das ferramentas indicadas para essa fase. A avaliao da empatia ser realizada antes e depois da interveno atravs da aplicao de uma escala aos pais e escola e tambm atravs de cenas de vdeo para que as crianas e adolescentes reco-nheam as emoes dos personagens. O nmero total estimado para esta amostra de aproximadamente 40 participantes e cujos resultados preliminares apontam uma tendncia para a eficcia da interveno, apesar da necessidade de confirmao desses dados. Assim, como forma de exemplificar um programa de interveno no campo das habilidades sociais com crianas e adolescentes, o objetivo deste estudo apresentar o programa de interveno em andamento, mostrando seus principais recursos na teoria e na prtica, alm da metodologia de avaliao e seus primeiros resultados.

    Mesa Redonda 2O ESTUDO DAS HABILIDADES SOCIAIS NA REA DA SADE NO BRASIL: DAS NECESSIDADES EMPRICAS S POSSIBILIDADES CONCEITUAISCoordenador: Fabio Biasotto Feitosa (UNIR)

    Resumo Geral: Durante o sculo XX, as principais causas de morte passaram de doenas infecciosas para do-enas crnicas relacionadas ao comportamento e ao estilo de vida, o que fez avanar o modelo biopsicossocial e a psicologia da sade. A psicologia da sade inclui a nfase na preveno da doena e tem como premissa bsica que comportamento e sade esto intimamente relacionados. A ntima relao entre comportamento e condies de sade tem sido cada vez mais pesquisada por autores do campo das habilidades sociais. No exterior, abundantes artigos publicados exploram a relao das habilidades sociais e condies de sade (exemplo: transtorno de humor, doena cardaca), inclusive dentro de contextos da sade (exemplo: hospitais). Por outro lado, pouco se sabe, ou, pelo menos, pouco se divulga sobre a realidade de pesquisas e interven-es na mesma temtica no Brasil. Diante disso, na presente proposta de mesa redonda, o trabalho intitulado Habilidades sociais e sade: uma anlise da produo nacional pretende apresentar o estado da arte sobre o estudo das habilidades sociais na rea da sade. A partir deste referido trabalho, ser possvel propor um deba-te sobre a necessidade de mais pesquisas nacionais capazes de sustentar modelos conceituais que favoream intervenes para a sade e no mbito das instituies de sade. Nessa direo, o debate ser fomentado com a apresentao do trabalho intitulado Correlao entre habilidades sociais e o consumo de lcool em jovens escolares de Porto Velho-RO, que descrever um projeto de pesquisa capaz de inserir questes sobre o possvel papel protetor das habilidades sociais na vida de adolescentes. No referido projeto, trabalha-se com a hiptese de que adolescentes com repertrios elaborados de habilidades sociais possivelmente consomem menos lcool e, ao inverso, adolescentes com dficits de habilidades sociais consomem mais lcool quando comparados aos primeiros. Se estas hipteses forem confirmadas, corroborando com resultados de raras pes-quisas feitas em outras regies do pas, ser possvel contribuir para consolidar a noo de que as habilidades sociais poderiam servir como fatores de proteo sade do adolescente. Dessa maneira, discutir-se- que a proteo da sade do adolescente poderia ser feita no apenas combatendo diretamente o consumo do lcool, por meio de palestras, por exemplo, mas tambm por meio do fortalecimento de comportamentos funcionais dos adolescentes, em uma perspectiva que remeter o debate aos referenciais da Psicologia Positiva. A es-treita proximidade dos conhecimentos do campo das habilidades sociais, construdos mediante pesquisas ao longo de no mnimo trs dcadas, com os referenciais da Psicologia Positiva, mais recentes, ser discutida com a apresentao do trabalho intitulado O treinamento de habili