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Realização: Centro Acadêmico de Teologia ANAIS ISSN: 2526-2335

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Realização:

Centro Acadêmico de Teologia

ANAIS

ISSN: 2526-2335

AAnnaaiiss

V Semana Teológica e

II Mostra de Iniciação Científica

da FDM

24, 25, 26 e 27 de outubro | Faculdade Diocesana de Mossoró

TTeemmaa::

Protagonismo laical: da profecia do

Vaticano II ao magistério do Papa

Francisco

RReeaalliizzaaççããoo::

CCeennttrroo AAccaaddêêmmiiccoo ddee TTeeoollooggiiaa

Copyright © Faculdade Diocesana de Mossoró FDM, 2016

Os resumos publicados são de responsabilidade de cada autor.

SSEECCRREETTAARRIIAA DDAA VV SSEEMMAANNAA TTEEOOLLÓÓGGIICCAA EE IIII MMOOSSTTRRAA DDEE

IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA Praça Dom João Costa, 511 – Bairro Santo Antônio.

FDM, Colégio Diocesano Santa Luzia

Mossoró/RN | CEP 59.611-120

(84) 3318-7648

E-mails: [email protected]

[email protected]

Site: www.fdm.edu.br

CCAAPPAA,, PPRROOJJEETTOO GGRRÁÁFFIICCOO//DDIIAAGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO:: José Alves Paiva Júnior

Francisco Igo Leite Soares

AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO,, OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO::

Francisco Cornélio Freire Rodrigues José Alves Paiva Júnior

PPRROODDUUÇÇÃÃOO GGRRÁÁFFIICCAA:: Samuel Bruno Martins do Nascimento

José Alves Paiva Júnior

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

FACULDADE DIOCESANA DE MOSSORÓ – FDM

EESSTTRRUUTTUURRAA AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAA

Diretor Acadêmico

Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas

Vice-Diretor

Prof. Me. Francisco Crisanto Borges Araújo

Diretor Administrativo Financeiro

Pe. Demétrio de Freitas Júnior

Coordenador do Curso de Teologia

Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues

Coordenação de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão

Profa. Dra. Maria da Conceição Maciel Filgueira

Coordenador do Núcleo de Apoio Psicopedagógico

Prof. Esp. Mayccon Passos Costa

Coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social

Prof. Me. Francisco Igo Leite Soares

Coordenador do Núcleo de Comunicação, Marketing e

Eventos

Samuel Bruno Martins do Nascimento

Coordenador da Comissão Própria de Avaliação (CPA)

Prof. Me. Francisco Aluziê Barbosa das Chagas

SSEECCRREETTÁÁRRIIAA AACCAADDÊÊMMIICCAA

Pesquisador Institucional e Procurador Educacional

Profa. Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

FACULDADE DIOCESANA DE MOSSORÓ – FDM CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA

VV SSEEMMAANNAA TTEEOOLLÓÓGGIICCAA EE IIII MMOOSSTTRRAA DDEE IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO

CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA DDAA FFDDMM

Protagonismo Laical: da profecia do Vaticano II ao magistério do Papa Francisco

Comissão Central:

Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues

Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas

Antoniel Alves da Silva

José Alves Paiva Junior

Patricia Gurgel Medeiros Gastão

Railton Sergio B. de Oliveira Junior

Comissão Científica:

Prof.ª Dr.ª Aíla Luzia Pinheiro de Andrade

Prof.ª Dr.ª Maria Conceição Maciel Filgueira

Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas

Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues

Prof. Me. Francisco Igo Leite Soares

Prof.ª Me. Iara Linhares

Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Moraes

Prof.ª Esp. Luciene Lima Gonçalves

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

Comissão Organizadora: Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues

Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas

Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz

Albani Nestor de Souza

Alcides Bernardo C. de Andrade

Antoniel Alves da Silva

Antônio Wauleson Pereira

Carlos Ítalo Aires Nogueira

Cecília de Lima Pinheiro Gadelha

Daelson Soares da Silva

Diogo Deveson de Souza e Silva

Francisco Whalison da Silva

Íkaro Drêan da Silva Rêgo

Ilário Denis de Oliveira Dantas

José Alves Paiva Junior

José Víctor dos Santos

Marcilio Oliveira da Silva

Maria do Socorro Girão Nobre

Meirelucia Costa

Miquéias Pascoal Lima de Carvalho

Patricia Gurgel Medeiros Gastão

Plicia Munik Maia do Vale

Rafael Andrade Silva

Railton Sergio Bezerra de Oliveira Junior

Samuel Bruno Martins do Nascimento

Sebastião Gonçalves de Lima

Suely Felício de Araújo Costa

Faculdade Diocesana de Mossoró - FDM

24, 25, 26 e 27 de outubro de 2016

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

SSUUMMÁÁRRIIOO

OO EEVVEENNTTOO ................................................................................... 11

EENNTTIIDDAADDEE OORRGGAANNIIZZAADDOORRAA .................................................... 11

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO .......................................................................... 13

PPÚÚBBLLIICCOO--AALLVVOO .......................................................................... 14

AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO ......................................................................... 14

MMOOTTIIVVAAÇÇÕÕEESS ............................................................................. 16

OOBBJJEETTIIVVOOSS .................................................................................. 16

CCOONNFFEERREENNCCIIAASS EE CCOONNFFEERREENNCCIISSTTAASS ...................................... 17

1 A construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia - Prof. Me. Jair Rodrigues. .......................................................................... 18

2 Protagonismo leigo a luz do Vaticano II - Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma .............................................................................................. 18

MMIINNIICCUURRSSOOSS ............................................................................... 18

1 A experiência do Sagrado fora do espaço da Religião Institucional

na Profecia de Miqueias ................................................................... 19

Zélia Cristina Pedrosa do Nascimento ............................................ 19

Julimar Fernandes da Silva .............................................................. 19

2 Considerações sobre o agir humano e o princípio responsabilidade

em Hans Jonas .................................................................................. 28

Profa. Me. Olga Freire – UERN. ..................................................... 28

3 Os leigos e leigas à luz do Concílio Vaticano II: um estudo sobre a

compreensão da identidade e missão do laicato na Igreja e no

mundo .............................................................................................. 28

Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Morais. ............................... 28

GRUPOS DE TRABALHOS ........................................................... 29

GT 1 - Sagradas Escrituras e temas relacionados ............................. 30

Prof.ª. Esp. Luciene Lima. ............................................................... 30

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

GT 2 - Temas de Filosofia com aproximações teológicas ................ 31

Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas. ................................................ 31

GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral) ........................... 31

Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. ............................ 31

GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas) ................................. 31

Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz. ........................................... 31

PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL ............................................................ 33

RREESSUUMMOOSS DDAASS CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÕÕEESS .............................................. 36

GT 1 – Sagradas Escrituras e temas relacionados............................ 37

Coordenadora: Prof.ª. Esp. Luciene Lima ....................................... 37

EU ACREDITO NO “JESUS HISTÓRICO”: O DESAFIO NA

PESQUISA DO “GENUÍNO” JESUS ................................................ 37

Marcilio Oliveira da Silva1 .............................................................. 37

O CAMINHO DISCIPULAR DO APÓSTOLO PEDRO NA

PERSPECTIVA DOS EVANGELHOS ............................................. 42

Railton Sérgio Bezerra de Oliveira Júnior1 ..................................... 42

O SINAL DE DEUS EM ISAÍAS 7,10-17: O EMANUEL................. 44

Antoniel Alves da Silva1 .................................................................. 44

O CULTO NA VISÃO DO PROFETA OSÉIAS ............................... 47

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 47

GT 2 – Temas de Filosofia com aproximações teológicas ............... 50

Coordenador: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas ......................... 50

A REFUTAÇÃO KANTIANA AO ARGUMENTO ONTOLÓGICO

NA OBRA “CRÍTICA DA RAZÃO PURA” ..................................... 50

Max Bruno Damasceno¹ .................................................................. 50

A CRÍTICA DA RELIGIÃO EM KARL MARX ............................... 54

Sebastião Gonçalves de Lima¹ ......................................................... 54

A ÉTICA PRÁTICA ENQUANTO PERSPECTIVA PARA O BEM-

ESTAR ANIMAL .............................................................................. 57

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

Diane Kelly Rodrigues Martins1 ..................................................... 57

GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral) .......................... 60

Coordenador: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. ..... 60

O CATOLICISMO SOCIAL NA IGREJA: DA RERUM NOVARUM

ÀS GUERRAS MUNDIAIS .............................................................. 60

Philipe Villeneuve Oliveira Rego1 .................................................. 60

José Roberto da Silva 2 ..................................................................... 60

O PAPEL DA RÁDIO RURAL DE MOSSORÓ NA PROMOÇÃO

DA EVANGELIZAÇÃO ................................................................... 64

Marciel Antonio da Silva1 ............................................................... 64

A DIMENSÃO SOCIAL DA EUCARISTIA NA PERSPECTIVA DE

DOM HÉLDER CÂMARA ............................................................... 67

Patrícia Gurgel Medeiros Gastão1 ................................................... 67

O PROTAGONISMO LAICAL NA IGREJA-POVO DE DEUS ...... 69

José Alves Paiva Júnior 1 .................................................................. 69

Francisco Crisanto Borges Araújo 2 ................................................. 69

GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas) ................................ 72

Coordenadora: Prof.ª Esp. Iêda Silvana T. Diniz. ........................... 72

O USO DE MATERIAIS ESCOLARES ADAPTADOS PARA

CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM ESCOLAS

REGULARES: uma proposta de intervenção terapêutica

ocupacional. ..................................................................................... 72

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 72

MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO URBANO: Uma

análise do passeio público de um trecho da zona central da cidade de

Mossoró, Rio Grande do Norte. ....................................................... 77

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 77

CONTROLE INTERNO: UM ESTUDO SOBRE A COMISSÃO DE

CONTROLE INTERNO DA UERN ................................................. 80

Augusto Lívio Nogueira de Morais1 ................................................ 80

Sergio Luiz Pedrosa Silva 2 .............................................................. 80

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

ESTRATÉGIAS DO ENSINO DE FILOSOFIA: análise das práticas

Didático-Pedagógicas do PIBID-Filosofia na Escola Estadual

Moreira Dias ..................................................................................... 85

Profº. Me. Francisco Alexsandro da Silva1 ..................................... 85

Max Bruno Damasceno 2 .................................................................. 85

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016

OO EEVVEENNTTOO

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EENNTTIIDDAADDEE OORRGGAANNIIZZAADDOORRAA

A Fundação Santa Teresinha de Mossoró –

FUNDASTEM, por força dos seus Estatutos, desenvolve

atividades educacionais nos diferentes tipos e níveis do

ensino. Atua no Estado do Rio Grande do Norte, na cidade de

Mossoró e região, onde mantém sua sede e matriz.

No ano de 2002, a sua Direção após ouvir aos anseios da

comunidade e vislumbrando as demandas sociais, decidiu

criar uma Instituição de Ensino Superior, a qual recebe o

nome de Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM,

oferecendo inicialmente cursos voltados para a formação

humana e social.

A FDM obteve Autorização para funcionamento em 25

de junho de 2009, através da Portaria MEC nº 839.

Atualmente oferta o curso superior de Teologia

(Bacharelado), autorizado pela Portaria nº 839, de 25 de

junho de 2009, e caminha para a abertura de novos cursos nas

áreas da Gestão, Saúde e Direito.

Diante desse contexto, a instituição se insere entre os

estabelecimentos de ensino superior regidos pela legislação

educacional vigente no Brasil, e iniciou sua trajetória

assumindo-se como lugar onde o ensino, a pesquisa e a

extensão coabitam em um processo vivo de mútuas

influências.

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 12

A Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM busca

contribuir com a promoção do bem comum, pelo

desenvolvimento das ciências, das letras e das artes, pela

difusão e preservação da cultura e pelo domínio e cultivo do

saber humano em suas diversas áreas.

Para que isto aconteça, deseja:

a) formar profissionais em diferentes áreas do

conhecimento humano, contribuindo para a sua

educação contínua;

b) estimular, no processo de formação profissional, o

desenvolvimento de uma postura ética,

empreendedora e crítica;

c) primar por uma permanente atualização do projeto

pedagógico de seus cursos em consonância com a

dinâmica das exigências e necessidades do mercado de

trabalho;

d) estimular a realização da pesquisa científica, visando

ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à

solução de problemas sociais, econômicos e

educacionais;

e) estabelecer uma interação com a comunidade, pelo

exercício das funções básicas de ensino, pesquisa e

extensão;

f) promover e preservar manifestações artístico-culturais

e técnico-científicas;

g) difundir resultados da pesquisa e da criação cultural;

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 13

h) estimular e possibilitar o acesso permanente às novas

tecnologias da informação para todos os segmentos da

comunidade acadêmica;

i) contribuir para o desenvolvimento sustentável dos

municípios do Rio Grande do Norte.

Estes parâmetros e norteadores de ações servirão para

avaliar resultados e desempenhos, assegurar unanimidade de

propósitos, proporcionar uma base para alocação de recursos,

estabelecer o clima organizacional, servir como ponto focal

para os indivíduos se identificarem com os propósitos da

organização e para deter aqueles que com estes não se

coadunam.

Ciente de sua missão, empenhada na concretização da

visão a que se propõe e ancorada nos valores e objetivos que a

fundamentam, a FDM procura cumprir seu compromisso

com o aluno, e sobretudo, com a sociedade a qual se acha

inserida.

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO

A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação

Científica são organizadas pela coordenação do Curso de

Bacharelado em Teologia e o Centro Acadêmico de Teologia

da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. A Faculdade

Diocesana de Mossoró é uma entidade de direito privado,

sem fins lucrativos, reconhecida local e regionalmente pela

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 14

credibilidade de seu ensino, no respeito aos valores humano e

cristãos, em vista de contribuir positivamente, de modo

particular, para a sociedade e a cultura, local e regional.

PPÚÚBBLLIICCOO--AALLVVOO

A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação

Científica destina-se a Professores Pesquisadores, Alunos de

Graduação e Pós-Graduação das áreas de Teologia, Filosofia,

Ciências da Religião e outras áreas afins, em âmbito local e

regional, e aos leigos e leigas interessados em refletir e

aprofundar o tema central que é proposto.

AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

A Semana Teológica da Faculdade Diocesana de

Mossoró tornou-se um dos grandes momentos de nossa vida

acadêmica, consolidando-se como um espaço de reflexão,

construção de saberes e diálogo com a comunidade. É um

evento que tem crescido a cada ano, tanto na participação

quanto na qualidade das reflexões. Para esse ano, propomos o

seguinte tema: Protagonismo laical: da profecia do Vaticano

II ao magistério do Papa Francisco.

Nosso intento é refletir o protagonismo laical,

percebendo a sua urgência e atualidade, iluminados pelos

ares de renovação transmitidos pelo Papa Francisco que

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 15

definitivamente resolveu atualizar e viver as verdadeiras

intuições do Concílio Vaticano II. Portanto, nossa proposta

parte de uma reflexão acerca das reais necessidades de debate

na atual conjuntura eclesial e vemos que o protagonismo

laical é uma delas.

Junto à nossa V Semana Teológica, estaremos

realizando também a II Mostra de Iniciação Científica, o que

confirma ainda mais nosso desejo de diálogo com outros

saberes, considerando que é o diálogo o caminho mais viável

para os processos autoafirmação e reconhecimento das

diferenças, elementos essenciais para a convivência em um

mundo cada vez mais plural.

A V Semana Teológica, em harmonia com esse projeto

e seguindo a inspiração das Semanas Teológicas anteriores,

desenvolve um olhar teológico a assuntos de âmbito

universitário, contextualizando-os no cotidiano da realidade

local. Com isso, pretende oferecer espaço para reflexão e

aprofundamento teológico mediante sessões de

comunicações, onde alunos e professores da FDM e de outras

IES possam apresentar suas pesquisas nas mais variadas áreas

de conhecimento.

É, portanto, considerando que “novas situações, tanto

eclesiais como sociais, econômicas, políticas e culturais,

reclamam hoje, com uma força toda particular, a ação dos

fiéis leigos” abrimos espaço para essa importante reflexão.

Francisco Cornélio Freire Rodrigues

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 16

MMOOTTIIVVAAÇÇÕÕEESS

Este evento dá continuidade à já tradicional iniciativa

do Curso de Teologia da Faculdade Diocesana de Mossoró –

FDM de realizar a cada ano uma semana de reflexão e

aprofundamento do saber teológico e de sua relação com

outras áreas do conhecimento.

Esta ocasião é uma excelente oportunidade para que

professores e alunos da nossa Faculdade e de outras

Instituições de Ensino Superior que estão na nossa cidade e

cidades circunvizinhas, bem como os leigos e as leigas da

nossa Diocese de Mossoró, possam ouvir, dialogar, conviver e

trocar experiências com teólogos de variadas procedências e

de reconhecida competência em sua área de reflexão.

OOBBJJEETTIIVVOOSS

A finalidade principal desta V Semana Teológica e II

Mostra de Iniciação Científica é aprofundar a teologia do

laicato à luz do Concílio Ecumênico Vaticano II. Desejamos,

antes, olhar para o resgate do papel do leigo na Igreja e no

mundo realizado pelo Vaticano II, bem como olhar para o

futuro a partir do presente no qual “o leigo é homem de

Igreja no coração do mundo e homem do mundo no coração

da Igreja” (PUEBLA, 786).

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 17

Assim como o Concílio quis e quer tornar o leigo

protagonista da vida eclesial, também nós desejamos encarnar

o espírito do Concílio seguindo as pegadas daqueles e

daquelas que reconfiguraram o papel do leigo na Igreja e no

mundo. Reconhecendo que o protagonismo laical

desencadeado pela eclesiologia do Vaticano II não é uma

concessão da Igreja, mas, como disse Dom Aloísio

Lorscheider (1995, p. 520) “um direito-dever do cristão

leigo”.

Nossa V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação

Científica deseja ouvir diferentes vozes e refletir a partir

dessas vozes sobre os grandes desafios que hoje se colocam

como barreiras ao protagonismo laical, à fé e a teologia. Por

isso, cada conferencista, cada ministrante de minicurso

apresentará a partir de sua área de reflexão os sinais do

protagonismo leigo desde a profecia do Vaticano II ao

magistério do Papa Francisco, bem como suas esperanças para

o futuro do laicato na Igreja e num mundo tão diverso e tão

cambiante.

CCOONNFFEERREENNCCIIAASS EE CCOONNFFEERREENNCCIISSTTAASS

A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação

Científica apresentará três tipos de atividades formativas.

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 18

CCOONNFFEERRÊÊNNCCIIAASS

Exposições feitas por um teólogo em sessão plenária

durante uma hora e trinta minutos, com tempo para debate e

eventuais perguntas. Na escolha das conferências procuramos

contemplar teólogos leigos conhecidos nacionalmente:

– Prof. Me. Jair Rodrigues (leigo, teólogo, pernambucano,

atualmente é professor da UNICAP) para falar sobre “a

construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia”.

– Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma (leigo, teólogo, paranaense,

atualmente é professor da PUCRIO) para falar acerca do

“protagonismo leigo a luz do Vaticano II”.

MMIINNIICCUURRSSOOSS

Consistem em três minicursos que serão ministrados

apresentando visões de uma determinada área da Teologia ou

da Filosofia durante quatro horas por um(a) ministrante.

Terminada a exposição do ministrante, o monitor da sala

passa a palavra à assembleia.

1 O primeiro minicurso será sobre Bíblia: A experiência do

sagrado fora do espaço da religião institucional na profecia de

Miqueias. PROPOSITOR(ES): Zélia Cristina Pedrosa e

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V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 19

Julimar Fernandes da Silva - Assessores do CEBI.

MONITOR/ASSESSOR: Marcilio Oliveira da Silva.

EMENTA

O minicurso propõe analisar como a experiência do sagrado

na profecia de Miquéias defendia a visão do Deus Javé que

atua e orienta o povo diante das dificuldades vividas

denunciando o sistema da elite que oprime os mais pobres,

frente a visão institucional do Deus apresentado pelos

sacerdotes do Templo, que fazem da dimensão religiosa uma

forma de acomodação e alienação social, favorecendo a elite

que oprime a população mais pobre.

A EXPERIÊNCIA DO SAGRADO FORA DO ESPAÇO DA

RELIGIÃO INSTITUCIONAL NA PROFECIA DE MIQUEIAS

Zélia Cristina Pedrosa do Nascimento E-mail: [email protected]

Julimar Fernandes da Silva E-mail: [email protected]

RESUMO

O minicurso propõe analisar como a experiência do sagrado

na profecia de Miquéias defendia a visão do Deus Javé que

atua e orienta o povo diante das dificuldades vividas

denunciando o sistema da elite que oprime os mais pobres,

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 20

frente a visão institucional do Deus apresentado pelos

sacerdotes do Templo, que fazem da dimensão religiosa uma

forma de acomodação e alienação social, favorecendo a elite

que oprime a população mais pobre. Outro motivo que se dá

para elaboração desse minicurso é a escolha da CNBB do livro

do profeta Miquéias para estudo esse ano do Antigo

Testamento. Falar de Miquéias é falar da resistência dos

profetas que atuam historicamente no reino de Israel no

momento de crise quando o sistema estabelecido não dá está

mais dentro do plano da Aliança de Deus, com o povo. Nesse

sentido, deve-se fazer uma abordagem antropológica e

histórica sobre o surgimento da profecia em Israel, para

compreender melhor esse processo de ação profética em

Israel. A profecia surge em Israel de forma gradual em que

existem etapas onde com o passar do tempo, os homens que

estão em contato com o Transcendente, evoluem até chegar

na profecia propriamente dita pela Bíblia. Deste modo, a

profecia em Israel pode ser dividida em quatro etapas, na

qual se pode observar esse trajeto. A primeira manifestação

da profecia em Israel surge com os videntes (2Sm 24,11; 1 Cr

21,9), este grupo tem a capacidade de conhecer o que está

oculto e revelar para as pessoas.O segundo grupo que

antecede a profecia em Israel é o grupo dos visionários (Is 1,1;

Ab 1; Mq 1,1; Hab 1,1); esse grupo tem como característica o

dom d contemplação ou da visão e assim anunciam as suas

profecias. O terceiro grupo que antecede a profecia em Israel

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 21

é o grupo do é o que precede aos profetas, representado pelo

Homem de Deus; (1Sm 2,27; 1 Rs 13,11-32; 17, 7-16; 2 Rs

4,40), estes são vistos como profetas que possuem uma

intimidade com Deus, que concede a este a capacidade de

realizar milagres. Estes homens tinham a sua atuação

principalmente em tempos de crise pela qual passava o povo.

O profeta propriamente dito no contexto bíblico conhecido

como נבי (nabî), aparece em seguida ao Homem de Deus, e o

substitui historicamente e consolida a este. Seu surgimento se

por volta dos séculos VII e VI a.C. Mas também é valido

lembrar que existe outra forma de se fazer uma classificação

sobre os profetas que pode ser essa: os irmãos profetas (2Rs

2,3.7;4,38), são profetas que vivem juntos ao estilo de

confraria, profetas pré-literários (2Sm 12,1-7; 1Rs 17,1-6;

2Rs 4,42-44), são os profetas que tem sua atuação na profecia,

porém , não deixam nada escrito, profetas literários são os

profetas que tiveram o seu ministério mais extenso, os

profetas menores são os profetas que tiveram seu ministério

mais breve. Por “profeta” queremos entender aqui o portador

de um carisma pessoal, o qual, em virtude de sua missão,

anuncia uma doutrina religiosa ou um mandado divino [...].

O decisivo para nós é a vocação “pessoal”. Esta é que

distingue o profeta do sacerdote. Primeiro e sobretudo

porque o segundo reclama autoridade por estar a serviço de

uma tradição sagrada, e o primeiro, ao contrário, em virtude

de sua revelação pessoal ou de seu carisma. Não é casual o

ANAIS | ISSN: 2526-2335

V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 22

fato de que, com pouquíssimas exceções, nenhum profeta

procedeu do sacerdócio. Os mestres de salvação hindus em

regra não são brâmanes, os israelitas não são sacerdotes e

somente Zaratustra talvez proceda da aristocracia sacerdotal.

Em oposição ao profeta, o sacerdote distribui bens de

salvação em virtude de seu cargo (WEBER, M. Economia e

sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva, vol. I.

Brasília: Editora da UnB, 1991, p. 303). A sacerdotalização

ocorre na medida em que uma instituição religiosa adquire

força e prestígio políticos, componentes que acompanham a

transformação de uma mensagem 'subversiva' em

componente da ordem social. Ora, quando acontece uma

crise de hegemonia da instituição, o prestígio e a força da

própria instituição geram uma atitude profética contra a

ordem que a ameaça. Há um movimento de "volta às

origens", de recuperação das "opções autênticas". Portanto, é

nas brechas do discurso oficial que se gera a profecia. Na

medida em que se aprofunda a distância entre o discurso

oficial, os princípios fundamentais e a prática cotidiana, o

profetismo interfere para corrigir o defeito. (BENEDETTI, L.

R. Templo, Praça, Coração: A articulação do campo religioso

católico. São Paulo: Humanitas/USP/FAPESP, 2000). O nome

Miquéias significa: “Quem é como Javé?” Naturalidade:

Morasti, pequena aldeia situada no interior de Judá nas

proximidades de Gat, cerca de 30 km a sudoeste de

Jerusalém. (1,1); Exerce seu ministério entre os anos de 725-

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701 no reino do sul nos reinados de Joatão (740-736 a.C)

Acaz (736-716 a.C) e Ezequias (716-687 a.C) (1Rs 22, 13-

28).A profecia de Miquéias se dá no contexto de conflitos

entre os camponeses vítimas do grandes proprietários de

terra e do exército. Ele também atua no momento de

opressão da Assíria a Judá. Havia o conflito interno: elite e

pobres (Mq 2,1-5); conflito externo: Judá e Assíria (Mq 5,4-

5). A formação do livro reúne escritos de diferentes períodos.

O mais antigo é Mq 6,1-7,7, produzido no reino do Norte e

levado para o Sul por ocasião da queda da Samaria (722 aC).

Os capítulos 1-3 foram escritos no fim do século VIII a.C.

Palestina dominada pelo império Assírio. Os textos de Mq

2,12-14; ,4-5 e 7,8-20 foram compostos na época do pós-

exílio (587-500 aC), com a promessa de restauração de

Jerusalém. Três textos de Miquéias, com valores muito

diversos, tiveram especial importância para os autores

neotestamentários. O mais conhecido é 5,1 (“E tu, Belém...”),

citado em Mt 2, 6; Jo 7,42. Também 7,20, que fala da

fidelidade de Deus aos antepassados do povo de Israel, é

retomado no Magnificat (Lc 1,55) e em Rm 15,8. Enfim, 7,6,

que apresenta as desavenças familiares como o maior

argumento da falta de lealdade e de fidelidade, é citado ou

recordado em Mt 10, 21.35; Mc13,12 e Lc 12,53 para

descrever as trágicas consequências da atividade de Jesus.

Com relação aos ecos da profecia no Magistério do Vaticano

II e do Papa Francisco se percebe que existe uma linha de

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atuação profética em que a profecia se faz presente dentro da

instituição e se revela dentro das linhas dos documentos. No

Vaticano II, que foi realizado nos anos de 1962-1965, que

promoveu uma verdadeira reforma no âmbito pastoral da

Igreja e teve sua ação num período de crise de diplomacia

internacional em que o mundo estava dividido entre dois

grandes pólos: o capitalismo representado pelos EUA e

socialismo representado pela URSS, no período conhecido

como guerra fria. No âmbito do concílio se destaca os dois

principais documentos como a Lumen Gentium em que se

observa que Cristo, é tido como o Grande profeta que realiza

a missão do Pai e que a sua atuação se faz presente não só por

meio da Hierarquia, mas também pelos leigos que são a

grande parcela da Igreja que deve atuar na profecia, fazendo

o evangelho mais fecundo na sociedade. Outro documento

dentro do Vaticano II que pode ser entendido nessa ótica de

ação profética está no documento Gaudium et Spes que tem

uma proposta de ação pastoral para a humanidade em que

abrange todas as dimensões da vida humana: começando pela

vida familiar, passando pela vivência eclesial, a vida

econômica, a comunidade internacional, que deve zelar pela

promoção da paz e por evitar a guerra. No documento Lumen

Gentium se observa que Cristo é o grande profeta, aquele que

dá o seu exemplo, por meio do testemunho e da vida e o

poder da Palavra. Faz a proclamação do Reino do Pai

realizando a sua missão profética, até a revelação de sua

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glória, por meio da hierarquia a qual por seu nome ensina aos

leigos (LG 35). Outro documento importante é o documento

Gaudium et Spes. Nesse documento existe uma linha de

pensamento a qual aponta para a relação entre fé e ação, em

que se observa que as atitudes das pessoas estão aquém da fé

que se professa, de modo que o documento aponta que o

cristão que descuida os seus deveres temporais, falta com os

deveres para seu próximo e até mesmo para Deus, pondo em

risco a sua salvação eterna. Outro ponto dentro do presente

documento é que os cristãos na condição de pessoas

esclarecidas devem atender as doutrinas do magistério

tomando por si mesma s as suas responsabilidades, sendo os

leigos são peça fundamental nessa nova proposta de ação da

Igreja no mundo, em que devem de fato tomar parte na Igreja

e não apenas impregnar o mundo de espírito cristão, mas são

convidados a serem testemunhas de Cristo em todas as

circunstâncias, dentro da sociedade (GS 43). No Magistério

do Papa Francisco pode-se destacar alguns documentos que

batem nessa tecla da Igreja em serviço do Povo, em que ele

vê que a Igreja deve deixar de ser uma instituição

burocrática, para ser uma instituição voltada para o fiéis, mais

Berta para a acolhida e mais humana, atendendo a todos que

dela necessitem de sua Palavra e solicitude. No documento

Evangelii Gaudium, o papa Francisco tem apontamentos

interessantes sobre o que diz respeito a atuação da Igreja nos

dias de hoje como por exemplo se um pároco, durante um

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ano litúrgico, fala dez vezes sobre a temperança e apenas

duas ou três vezes sobre a caridade ou sobre a justiça, gera-se

uma desproporção, acabando obscurecidas precisamente

aquelas virtudes que deveriam estar mais presentes na

pregação e na catequese. E o mesmo acontece quando se fala

mais da lei que da graça, mais da Igreja que de Jesus Cristo,

mais do Papa que da Palavra de Deus (EG, 38). Outro ponto

interessante da fala do Papa Francisco é quando ele aborda

sobre o foco que se dá na questão da história da Igreja como

de suas reformas arquitetônicas em que muitos se apegam ou

dão demasiado valor a essas dimensões, mas que esse tipo de

mensagem não corresponde as necessidades dos dias atuais e

coloca que: Podem até ser belos, mas agora não prestam o

mesmo serviço à transmissão do Evangelho. Não tenhamos

medo de os rever! Da mesma forma, há normas ou preceitos

eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras. épocas,

mas já não têm a mesma força educativa como canais de vida.

(EG, 43). Com relação aos preceitos da Igreja em relação aos

fiéis o Papa coloca que adicionados posteriormente pela

Igreja se devem exigir com moderação, “para não tornar

pesada a vida aos fiéis” nem transformar a nossa religião

numa escravidão, quando “a misericórdia de Deus quis que

fosse livre”. Esta advertência, feita há vários séculos, tem uma

atualidade tremenda. Deveria ser um dos critérios a

considerar, quando se pensa numa reforma da Igreja e da sua

pregação que permita realmente chegar a todos (EG, 43). As

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considerações finais apontam que a profecia do sagrado fora

do espaço da religião institucional em Miquéias, demonstra

que a profecia em Israel nasce fora do âmbito da religião

institucional e que se manifesta sempre em momentos de

crise na qual Deus se comunica com o povo. Os profetas são

esses homens que fazem um papel importante no tocante não

só a comunicação de Deus com o povo, mas que por seu

exemplo, são os instrutores ao povo do Deus da Aliança,

quando os reis não colocam em prática os valores da aliança.

A sociedade atual ainda tem manifestações proféticas,

sobretudo, daqueles que usam a instituição, como local de sua

profecia, como Dom Hélder Câmara, Dom Luciano Mendes

de Almeida, Dom Oscar Homero, irmã Dulce, madre Tereza

de Calcutá, dentre outros, que vão ao caminho contrário da

tradição profética, em que fazem do local institucional, o seu

âmbito principal para a sua profecia. O presente estudo não

encerra a pesquisa sobre o tema uma vez que, é dever das

pessoas que se dedicam ao estudo teológico, aprofundarem a

temática para que se tenha novos posicionamentos sobre a

relação da profecia e da instituição, na qual se busque a

interação entre ambas para que possam ser sinal de Deus para

a sociedade, buscando sempre melhorar essa relação, estando

a serviço da Palavra de Deus e do povo Deus, fazendo assim,

uma conexão entre fé e vida.

PALAVRAS CHAVE: Miquéias. Profecia. Instituição.

Sagrado. Experiência.

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2 O segundo minicurso será sobre Filosofia: Considerações

sobre o agir humano e o princípio responsabilidade em Hans

Jonas. PROPOSITORA: Profa. Me. Olga Freire – UERN.

MONITOR/ASSESSOR: Antoniel Alves da Silva.

EMENTA

A proposta deste minicurso é abordar alguns aspectos da ética

da responsabilidade proposta por Hans Jonas. A partir da obra

"O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a

civilização tecnológica". Faremos uma breve reflexão sobre as

implicações do agir humano na atualidade e os desafios

impostos pelos avanços tecnológicos do século XXI.

Abordaremos o sentido ontológico da vida e a necessidade, na

sociedade contemporânea, de uma ética comprometida com a

humanidade.

3 O terceiro minicurso será sobre Teologia e Pastoral: Os

leigos e leigas à luz do Concílio Vaticano II: um estudo sobre a

compreensão da identidade e missão do laicato na Igreja e no

mundo. PROPOSITOR: Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Morais. MONITOR/ASSESSOR: Daelson Soares da Silva.

EMENTA

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A Igreja, durante o Concílio Vaticano II, fez uma profunda

reflexão sobre si mesma, procurando compreender-se dentro

de um mundo em transformação. Ao fazer isso, os padres

conciliares trouxeram à luz o tema dos leigos e leigas dentro

da vida eclesial: qual é seu lugar dentro da vida e missão da

Igreja? Como a Igreja pode marcar uma presença significativa

em um mundo laico? Até que ponto ela tem direito de

determinar como os leigos e leigas devem viver e atuar em

uma sociedade que relega a religião ao âmbito do particular e

do privado? Existe uma espiritualidade própria dos leigos?

Qual a relação dos leigos com a hierarquia? Muitas questões

precisaram ser discutidas e respostas foram propostas pelo

Concílio trazendo uma abertura que, posteriormente, será

desenvolvida e aprofundada pela teologia. Várias intuições do

Concílio sobre os leigos e leigas ainda são, infelizmente,

desconhecidas e, talvez, ignoradas, o que dificulta a vivência

da renovação eclesial que os padres conciliares desejaram.

Este minicurso se propõe estudar a reflexão conciliar sobre os

leigos e leigas, procurando destacar as intuições e as novas

luzes que os padres conciliares trouxeram, para que

possamos, hoje, avançar em direção à renovação eclesial tão

importante e necessária para a Igreja no atual contexto sócio-

econômico-político-cultural- religioso.

COMUNICAÇÕES NOS GRUPOS DE TRABALHOS

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Haverá três grupos simultâneos de trabalhos onde as

comunicações inscritas e aprovadas acontecerão. Todos os

trabalhos aprovados serão apresentados na modalidade

pôster. As áreas temáticas nas quais haverão comunicações

são:

GT 1 - Sagradas Escrituras e temas relacionados.

COORDENADORA: Prof.ª. Esp. Luciene Lima. MONITOR: José Víctor dos Santos.

EMENTA

Seguindo a linha proposta pelo Concílio Vaticano que inicia

ouvindo a Palavra de Deus. O Concílio destacou a

importância de mergulhar na palavra de Deus, conhecer o

seu sentido, não somente toma-la para justificar um

pensamento. A Sagrada Escritura nos apresenta a Revelação

de Deus para a humanidade, sendo assim não podemos

prescindir dela ou instrumentalizá-la na construção do

discurso teológico. Partindo disso queremos perceber essa

relação dentro dos diversos discursos teológicos. Na Dei

Verbum a afirmação que a Sagrada Escritura é a alma da

Teologia, nos autoriza a buscar essa compreensão, sabendo

que toda e qualquer afirmação sobre Deus tem que

necessariamente está ancorada na Sagrada Escritura. Este

grupo se propõe a aceitar trabalhos que mostrem essa relação,

ou apresentem a presença da Palavra de Deus como

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embasamento na construção do pensamento de outras áreas

ou disciplinas afins.

GT 2 - Temas de Filosofia com aproximações teológicas.

COORDENADOR: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas. MONITOR: Rafael Andrade Silva.

EMENTA

Esse GT visa receber trabalhos que abordem a questão da

teologia e o problema filosófico de Deus; aproximações e

tensões, bem como, a investigação racional sobre a verdade

da existência de Deus: o divino como princípio (ἀρχή); a

relação da Filosofia grega com a Religião. Fundamentações

metafísicas e teológicas sobre a existência de Deus; o sujeito

como fundamento e o problema de Deus; o drama da

separação entre fé e razão a partir da ilustração (Aufklärung).

GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral).

COORDENADOR: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. MONITOR: Ilário Denis de Oliveira Dantas

GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas).

COORDENADORA: Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz. MONITOR: Francisco Whalison da Silva.

EMENTA

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Considerando a pluralidade de saberes bem como a

importância do intercâmbio com outras áreas do

conhecimento e, sobretudo a necessidade de diálogo entre os

mesmos, este GT objetiva receber trabalhos das mais diversas

áreas do conhecimento humano.

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PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL

Segunda-feira, 24 de outubro

18:00 hs as 19 hs 30 min – Credenciamento

19 hs 40 min as 20:00 hs – Cerimonial de Abertura

Oração Comunitária

Palavra do Diretor Acadêmico

Palavra do Coordenador do Evento

20 hs 10 min as 22:00 hs – Comunicação nos GTs e II

Mostra de Iniciação Científica

GT 1: Sagradas Escrituras e temas relacionados

GT 2: Temas de Filosofia com aproximações

teológicas

GT 3: Tema livre

Terça-feira, 25 de outubro

19:00 hs as 20 hs 30min – Minicursos (simultâneos)

MINICURSO 1: A experiência do sagrado fora do

espaço da religião institucional na profecia de

Miqueias

MINICURSO 2: Considerações sobre o agir

humano e o princípio responsabilidade em Hans

Jonas

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MINICURSO 3: Os leigos e leigas à luz do

Concílio Vaticano II: um estudo sobre a

compreensão da identidade e missão do laicato na

Igreja e no mundo

20 hs 30min as 20 hs 40 min – Intervalo

20 hs 40 min as 22:00 hs – Continuação dos Minicursos

Quarta-feira, 26 de outubro

19:00 hs as 20 hs 30 min – Primeira Conferência

O protagonismo leigo a luz do Vaticano II Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma - PUCRIO

20 hs 30min as 20 hs 40 min – Intervalo

20 hs 40 min as 21hs 20 min – Debate

Quinta-feira, 27 de outubro

19:00 hs as 20 hs 30 min – Segunda Conferência

A construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia Prof. Me. Jair Rodrigues – UNICAP

20 hs 30min as 20 hs 40 min – Debate

20 hs 40min as 21 hs 30min – Cerimonial de

Encerramento

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Palavra do Diretor Acadêmico

Palavra do Coordenador do Evento

21 hs 30 min as 22:00 hs – Coffee Break + apresentação

cultural e entrega de certificados

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RREESSUUMMOOSS DDAASS CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÕÕEESS

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GT 1 – Sagradas Escrituras e temas relacionados

Coordenadora: Prof.ª. Esp. Luciene Lima

EU ACREDITO NO “JESUS HISTÓRICO”: O DESAFIO NA

PESQUISA DO “GENUÍNO” JESUS

Marcilio Oliveira da Silva1

1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

A questão dominante nos estudos do Novo Testamento nas

últimas décadas está relacionada com o Jesus Histórico,

expressão que se refere à vida de Yeshua ha Notzri (Jesus de

Nazaré) desde seu nascimento em Belém até sua morte em

Jerusalém. Desde o século XVIII, alguns estudiosos, balizados

em pressupostos metodológicos naturalistas, promovem a

investigação do Jesus Histórico a partir da análise histórico-

crítica. Tal estudo chegou a conclusão de que os Evangelhos

não constituem fontes históricas objetivas e confiáveis para

que se possa reconhecer o Jesus da História. É argumentado

que estes escritos apresentam material fictício, mítico,

teológico, com o propósito de promover o Cristianismo. Isto

representa um problema para a veracidade histórica dos

mesmos. Nesta perspectiva, Judeus e Cristãos possuem

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imagens distintas do mesmo indivíduo. Porém, a análise

historicista, sobre o pensamento que essas tradições

desenvolveram sobre Jesus, mostra que existiu um

pensamento único sobre essa figura histórica, cujas

características (palavras, mensagens, ensinamentos, etc), não

dependem daquilo que pregaram Judeus e Cristãos, uma vez

que o Cristianismo nem sempre existiu - desenvolvendo-se

após a morte de Cristo - e o Judaísmo o antecedeu. Muitas

“verdades” não dependem do que está contido no Novo

testamento ou na concepção judaica, logo, as doutrinas

judaica e cristã podem ter desenvolvido visões distintas a

partir de distanciações do original e genuíno Jesus de Nazaré,

aquele que independe de seus pensamentos. A busca pelo

“autêntico” Jesus, após abandonada, foi retomada após a

Segunda Guerra Mundial desencadeando um forte desejo de

descobrir quem foi de fato esse judeu de Nazaré. Para alguns

estudiosos, com essas novas pesquisas, Jesus Cristo retornará

as suas raízes originais: O Judaísmo. Não surpreende que ele

se apresente integralmente como um judeu. Porém, o risco

em obter somente mais uma imagem especulativa baseada

naquilo que é posto por nós mesmos, ainda é eminente, pois,

“só extraímos aquilo que ‘nós mesmos pusemos’. Assim,

parece não haver um caminho claro de volta ao Jesus original

do século I na Terra de Israel. Isso é percebido nas visões que

o Cristianismo e o Judaísmo desenvolveram sobre Jesus. Não

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é possível obter a originalidade de Cristo se não for buscado

aquilo que “nós mesmos” configuramos a seu respeito.

Apresenta-se uma síntese desta busca pelo Jesus Histórico e

as razões para acreditar nele, o “Cristo” da fé, o Jesus dos

Evangelhos, aquele que realmente existiu na História.

PALAVRAS-CHAVE: Jesus Histórico. Evangelhos. Judaico-

cristão.

REFERÊNCIAS

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Português. Bíblia de Jerusalém. São

Paulo: Paulinas, 1990.

BINGEMER, Maria Clara L. Jesus Cristo: servo de Deus e

Messias glorioso. São Paulo: Paulinas, 2008. (Coleção livros

básicos de Teologia).

COOK, Michael, J. A evolução das concepções judaicas a

respeito de Jesus. In: BRUTEAU, Beatrice. (Org.). Jesus

segundo o judaísmo – Rabinos e estudiosos dialogam em nova

perspectiva a respeito de um antigo irmão. São Paulo: Paulus,

2003. Tradução de Adail Ubirajara Sobral.

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo

Testamento. Belo Horizonte: Atos, 2008. Tradução de Regina

Aranha. et al.

EPHRAIM. Jesus, judeu praticante. São Paulo: Paulinas, 1998.

(Coleção estudos bíblicos). Tradução de Magno José Vilela.

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KONINGS, Johan. Sinopse dos quatro Evangelhos de Mateus,

Marco e Lucas e da “fonte Q”. São Paulo: Edições Loyola,

2005.

______. A QUESTÃO DO JESUS HISTÓRICO. Horizonte:

Revista do Núcleo de Estudos em Teologia PUC Minas, Belo

Horizonte, v. 1, n. 1, p.55-58, 1997. Trimestral.

MATT, Daniel. Yeshua o hashid. in BRUTEAU, Beatrice.

(Org). Jesus segundo o judaísmo – Rabinos e estudiosos

dialogam em nova perspectiva a respeito de um antigo irmão.

Tradução de Adail Sobral. São Paulo: Paulus, 2003.

SCHILLBEECKX, Edward. Jesus: A história de um vivente.

São Paulo: Paulus, 2008. (Coleção teológica sistemática).

Tradução de Frederico Stein.

SWIDLER, Leonard. Ieshua: Jesus histórico, Cristologia,

ecumenismo. Tradução de Thereza Christina F. Stummer.

São Paulo: Paulinas, 1993.

VERMES, Geza. Jesus e o mundo do judaísmo. São Paulo:

Edições Loyola, 1996. Tradução de Adail Ubirajara Sobral e

Maria Stela Gonçalves.

WOLF, Arnold Jacob. Jesus como judeu histórico. In:

BRUTEAU, Beatrice. (Org). Jesus segundo o judaísmo -

Rabinos e estudiosos dialogam em nova perspectiva a respeito

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de um antigo irmão. São Paulo: Paulus, 2003. Tradução de

Adail Ubirajara Sobral.

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O CAMINHO DISCIPULAR DO APÓSTOLO PEDRO NA

PERSPECTIVA DOS EVANGELHOS

Railton Sérgio Bezerra de Oliveira Júnior1

1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

Simão, filho de Bar Jonas, natural da cidade de Cafarnaum, na

Galileia, era pescador no lago de Genesaré. Segundo a

tradição, antes de sua conversão era conhecido por ser

presunçoso, afoito, ardoroso, corajoso e imprudente, porém,

depois do encontro com o Mestre, tornou-se humilde e

passou a ser um grande apaixonado pela pessoa de Cristo, por

seus ideais e pela causa da sua Igreja. Não pode haver dúvida

de que o apóstolo Pedro esteve em primeiro lugar entre os

doze, pois é certo que o próprio Cristo lhe deu tal posição.

Ele é o primeiro a ser mencionado em todas as listas dos

apóstolos. O Catecismo da Igreja Católica nos afirma que “No

colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar” (CIC.

552). A partir desta afirmação podemos entender que a Igreja

Católica vê em Pedro um personagem significante, com uma

função bem específica, pois, ainda de acordo com o próprio

CIC (nn.936) “O Senhor fez de São Pedro o fundamento

visível de sua Igreja.” Porém, mesmo reconhecendo toda a

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veracidade dessas afirmações, é possível perceber o

discipulado de Pedro não partindo de “São Pedro”, mas,

especificamente de “Simão”, Simão Pedro, o pescador, irmão

de André, casado, fraco e pecador, que em seu discipulado foi

um homem de lutas, fracassos e vitórias, na tentativa de

seguir fielmente o mestre por quem “tudo deixou” (cf. Lc

5,11). Pedro foi, por vontade de Cristo, o primeiro Papa com

a tríplice missão de pastorear, ensinar e santificar.

PALAVRAS-CHAVE: Pedro. Apóstolo. Discipulado.

REFERÊNCIAS

BÍBLIA Português. Bíblia de Jerusalém. Trad. Domingos

Zamanga [et al.]; 7 ed. São Paulo: Paulus, 1995.

GNILKA, Joachim. Pedro e Roma: A figura de Pedro nos dois

primeiros séculos. Trad. Paulo Ferreira Valério. São Paulo:

Paulinas, 2006. (Coleção Bíblia e História. Série maior).

IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo:

Edições Loyola, 2000.

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O SINAL DE DEUS EM ISAÍAS 7,10-17: O EMANUEL

Antoniel Alves da Silva1

1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

A interpretação da Sagrada Escritura exige do leitor certa

visão critica para estar antenado no verdadeiro objetivo do

autor levando em consideração a cultura, a língua e os

problemas da comunidade primitiva receptora dos escritos.

Com o objetivo de analisar o “livro do Emanuel”, como

intitula Sicre e Schokel os capítulos 7—12 do profeta Isaias,

faremos um breve percurso nos detendo em uma perícope, a

saber, Isaias 7,10-17. Nosso trabalho se limitará a um

comentário da citação sugerida levando em consideração os

aspectos: históricos, literários e teológicos. A perícope

escolhida para a analise nesse trabalho a ser desenvolvido,

está, por exemplo, situada dentro da liturgia da palavra do

tempo do advento, tempo litúrgico para igreja católica que

prepara os fieis para o Natal do Senhor. À luz da liturgia,

sobretudo da hermenêutica feita no advento, encontramos

alusões de que o Emanuel da profecia de Isaías era de fato

Jesus, Ele já havia sido predito pelo proto-Isaías. Nesse

contexto o capitulo 7 de Isaias faz uma alusão, dentro do

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tempo litúrgico, direta a Jesus, ou seja, o Emanuel da profecia

de Isaias é um menino que nascerá de Maria em Belém de

Judá? O grande questionamento deve ser se de fato Isaias

estava falando de Jesus, aquele que nasceria séculos depois da

profecia. A conclusão que podemos trazer é à luz da visão que

outrora indicamos para uma boa interpretação da Sagrada

Escritura. Partindo da criticidade do texto bíblico, podemos

afirmar que o “Emanuel” predito por Isaías tratava-se de um

apelo presente e urgente para a realidade que se instaurara

em Judá nos tempos de Acaz. Emanuel é tido como termo e

não como nome próprio, o profeta apresenta ao rei um termo

de confiança, a certeza de que Deus é conosco. Logo o

Emanuel de Isaias não era prenuncio de alguém que viria

tempos depois, mas era o apelo para permanecer fiel a Deus.

Deus não abandona os seus, mas sempre faz surgir um

salvador, era essa a esperança do profeta . Com isso, somos

conduzidos a compreender o mesmo termo usado pelo

evangelista Mateus, quando afirma que Jesus é o Emanuel.

Sim, Ele é Deus conosco. Porém, o objetivo do primeiro

evangelho não é autenticar a ideia de que Isaias estava de fato

falando do filho de Maria, mas busca em meio a comunidade

judaica afirmar a messianidade de Jesus. Agora, de fato, em

Jesus, Deus é conosco.

PALAVRAS-CHAVE: Emanuel. Isaías. Profecia.

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REFERÊNCIAS

ALONSO SCHÖKEL, Luís. Profetas I: Isaías, Jeremias. São

Paulo: Paulinas, 1988.

BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J.(orgs). Comentário

Bíblico: Profetas - posteriores, escritos, livros

deuterocanonicos. Vol.II. ed.7. São Paulo: Edições Loyola,

2013.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Trad. Domingos

Zamanga [et al.]; 8. ed. São Paulo: Paulus, 2002.

MARTIN, Rösel. Panorama do Antigo Testamento: história, contexto e teologia. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2009

MOSCONI, Luis. Profetas da bíblia e nós, hoje. 4ª ed. São

Paulo: Loyola, 2011.

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O CULTO NA VISÃO DO PROFETA OSÉIAS

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

O profeta é aquele a cujo encontro com Deus veio, e continua

vindo, segundo SHREINER (2004). Tem como missão, por

consequência desse encontro, de confrontar com Deus

aqueles aos quais o profeta é enviado. É, antes de tudo, um

anunciador da palavra de Deus. Tal mensagem profética

apresenta uma estrutura interna constante, não obstante o

desenvolvimento histórico variável, devido ao seu

condicionamento inevitável pelas circunstâncias. Um

elemento essencial dessa estrutura é o que ele chama de

“atitude profética de protesto”, que se manifesta, talvez, de

modo mais acentuado na polêmica cultual. A pregação do

profeta, é diretamente relacionada com o tempo e a sua

finalidade. Portanto, as suas invectivas proféticas contra o

culto, mais especificamente, contra a ação cultual concreta

dos destinatários da mensagem. O culto que havia sido

desviado e corrompido pela superstição, pela magia e por

rituais e praticas obscenas, advindo das religiões da natureza

e fecundidade de Canaã. No século VIII, surge a problemática

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religiosa principalmente aquela baseada no culto aos deuses

estrangeiros, especialmente a Baal. Aqui, trataremos desse

tema, com fundamentação na obra do profeta Oséias, que

chega a uma conclusão muita clara: as pessoas que deram as

costas ao seu verdadeiro Deus, Iahweh, devem sofrer pu-

nição. O falso culto, pomposo e sexual, abrirá caminho para a

depravação de todo o culto. Os ritos orgiásticos que

objetivam a fartura - ricas colheitas e materiais para festivais

- e o aumento da reprodução - animal e humana - irão, na

verdade, produzir fome e infertilidade resultando na morte

do povo. Oséias rejeita a política de Israel e nega e ataca a

religião popular. O amor paternal de Ihwh e a resposta

ingrata de Israel são punidos, o que chama o amor de Deus a

produzir a redenção de Israel. Em contraste com a

infidelidade do povo eleito, está a ação salvadora de Deus que

nunca falha.

PALAVRAS CHAVE: Oséias. Profetas. Culto.

REFERÊNCIAS

BROWN, Raymond E. Novo Comentário Bíblico São

Jerônimo: Antigo Testamento. 1. ed. Santo André/São Paulo:

Academia Cristã/Paulus, 2013.

DIAZ, J.L. Sicre; ALONSO L. S. Profetas II: Ezequiel: Doze

Profetas Menores: Daniel: Baruc: Carta de Jeremias. 3. ed.

São Paulo: Paulus, 2011.

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ROMER, Thomas; MACHI, Jean-Daniel; NIHAN, Christophe

(orgs.). Antigo Testamento: história, escritura e teologia. 1.

ed. São Paulo: Loyola, 2010.

SCHREINER, J. Palavra e mensagem do Antigo Testamento. 2

ed. São Paulo: Editora Teológica. 2004

SICRE, J. L. Profetismo em Israel. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.

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GT 2 – Temas de Filosofia com aproximações

teológicas

Coordenador: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas

A REFUTAÇÃO KANTIANA AO ARGUMENTO

ONTOLÓGICO NA OBRA “CRÍTICA DA RAZÃO PURA”

Max Bruno Damasceno¹

1 Graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte – UERN. Mossoró- RN – [email protected]

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo apresentar as críticas do

filósofo Immanuel Kant à tradição filosófica acerca do

argumento ontológico, ou seja, às provas da existência de

Deus, mostrando todo o rompimento com esse conhecimento

dogmático reconhecido, pela tradição, como uma alienação.

Temos como problemática principal as seguintes perguntas:

Qual a crítica de Kant ao argumento ontológico e quais são os

impactos causados por sua filosofia a um modelo de

pensamento tradicional? Na tradição filosófica apresentava-se

Deus como o ser supremo, onipotente, perfeito e, como Ele é

perfeito, e sendo a perfeição algo incomum nos seres

humanos, a existência seria o predicado deste atributo

adjetivado a Deus. Sendo assim, é nesse cenário que as

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objeções que o filósofo alemão ilustra acerca deste

conhecimento tradicional de pensar acerca da existência de

Deus, deste argumento ontológico, que sua crítica vai ser

cautelosamente imposta. O argumento ontológico se inicia

com Santo Anselmo, no período escolástico/medieval, que é

comumente considerado como o autor deste argumento e,

logo após, René Descartes, no período moderno, que irá

traçar a ideia que Deus é o fundamento último da na razão,

no nosso intelecto. Anselmo irá tratar a existência de Deus,

na sua obra Proslogion, a partir de um argumento a priori,

aquele que não necessita de explicações da natureza para ser

provado. Deus é pensado, portanto, como “aquilo de que não

se pode pensar nada de maior”, considerando como um Ser

que não cabe em nosso intelecto e, por isso, tendo sua

existência como fator preponderante à sua perfeição. Santo

Anselmo, que era monge, escreveu esse argumento baseado

na lógica tautológica, ou seja, para mostrar que por todas as

suas premissas chegar-se-ia à verdade absoluta. René

Descartes apresentou seus argumentos acerca da existência de

Deus na sua obra Meditações Metafísicas, especificamente na

quinta meditação, onde apresenta Deus como uma ideia. É a

partir do contexto desses dois expoentes da filosofia que

Kant, em sua obra Crítica da razão pura, na seção da dialética

transcendental, irá apresentar as suas refutações a estas teses

apresentadas sobre o argumento ontológico. Kant irá

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esmiuçar suas questões e concluir que a existência não é um

predicado. Deus é, sim, um ser necessário para a moral

humana, para dar a direção ao indivíduo na sociedade, sendo,

para cada pessoa, um auxílio, uma experiência moral que guia

as nossas virtudes, nossas inclinações sensíveis, fazendo com

que ajamos moralmente para com o meio universal a partir

da subjetividade de cada indivíduo.

PALAVRAS-CHAVE: Refutação. Argumento Ontológico.

Existência.

REFERÊNCIAS

ANSELMO. Proslogion. In: Os pensadores. São Paulo: Nova

Cultural, 1988.

DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. In: Os

pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.

ESTEVES, Julio Cesar Ramos. A refutação kantiana do

argumento ontológico. Síntese, Belo Horizonte, v. 26, n. 85,

p. 249-258, 1999.

FAGGION, Andrea Luisa Bucchile. A refutação do

argumento ontológico ou filosofia crítica x filosofia

dogmática. Veritas, Porto Alegre, v. 56, n. 2, p. 64-83,

maio/ago 2011.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian, 2013.

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______. Realidade e existência: Lições de metafísica. São

Paulo: Paulus, 2002.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: de

Spinoza a Kant, v.4 – São Paulo: Paulus, 2004.

______. História da filosofia: do humanismo a Descartes, v.3 –

São Paulo: Paulus, 2004.

______. História da filosofia: patrística e escolástica, v.2 – São

Paulo: Paulus, 2003.

SMITH, Plínio Junqueira. Dez provas da existência de Deus.

São Paulo: Alameda, 2006.

TOMATIS, Francesco. O argumento ontológico: A existência

de Deus de Anselmo a Shelling. São Paulo: Paulus, 2003.

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A CRÍTICA DA RELIGIÃO EM KARL MARX

Sebastião Gonçalves de Lima¹

¹Graduado em Filosofia pela UERN e Graduando do Curso de Teologia da

FDM

E-mail: [email protected]

RESUMO

O presente trabalho abordará a seguinte temática: A crítica

da religião em Karl Marx. Pretendemos apresentar a partir do

pensamento desse Filósofo, como a religião contribui para o

processo de alienação do homem; através de seus meios

desumanos e ideológicos. Sendo assim, analisaremos a crítica

da religião dentro de uma visão marxiana, muito embora

Marx irá afirmar que a crítica da religião já foi feita, e, foi

feita pela chamada esquerda hegeliana, ou seja, por um grupo

de jovens pensadores seguidores da filosofia de Hegel. Para

essa temática, vamos recorrer aos escritos de juventude de

Marx a saber, A questão Judaica e A crítica da filosofia do

Direito de Hegel – Introdução. Esses escritos foram redigidos

para serem publicados na revista intitulada por Anais-franco

Alemãs. Nestes artigos, Marx irá criticar a esquerda

hegeliana, pois ao afirmar que a crítica da religião já teria

sido feita por ela, ainda faltava criticar outras esferas da

sociedade, como a Filosofia, o Estado e a Política, pois essas

esferas da sociedade tem contribuído sistematicamente para a

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alienação do homem. Poderemos, ao longo do trabalho,

perceber que tanto a Religião como o Estado são duas

instituições que contribuem através de suas formas

distoantes, para construírem situações e motivações distintas.

Marx apregoava que a filosofia deveria modificar a realidade

das pessoas, que atualmente não era boa. Essa discussão é

relevante para que se possa pensar a respeito da constituição

das sociedades atuais. Por fim, veremos como Marx acata

uma positividade na crítica religiosa da esquerda hegeliana,

mas apontando seus limites, insistindo na tematização das

condições materiais da vida e mostrando a necessidade da

crítica a outras esferas da sociedade. Portanto, a gênese desta

temática se insere na problemática que Marx inaugura desde

os Anais Franco-Alemãs (1844), nos quais a sociedade

burguesa nos é apresentada como um complexo de

alienações. Diante disto, Marx empreenderá um esforço

teórico buscando mostrar, buscar e definir a origem deste

complexo de alienações na atividade vital produtiva dos

indivíduos humanos na forma social capitalista, na sociedade

civil-burguesa. Percebe-se, com isso, que a importância

inicial que podemos destacar neste estudo é a permanência e,

ainda mais, o agravamento de uma sintomatologia

diagnosticada desde esses escritos de juventude de Marx já

mencionados anteriormente, até a elaboração de O Capital.

PALAVRAS–CHAVES: Religião. Alienação. Ideologia.

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REFERÊNCIAS

HEGEL. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (Introdução).

2. ed. São Paulo: BoiTempo, 2010.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo:

Martins Fontes, 2007.

BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista.

Rio de Janeiro/RJ: Zahar, 2013.

FREDERICO, Celso. O Jovem Marx. São Paulo: Cortez, 1995

HOBSBAW, Eric [et al]. História do Marxismo. Trad. Carlos

Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

http://www.significados.com.br/avareza/. Consultado em, 16

de outubro de 2016.

MARX, Karl. A Questão Judaica. São Paulo: Centauro, 2005.

MOURA, Mauro Castelo Branco de. Os Mercadores, o templo

e a filosofia: Marx e a religiosidade. Porto Alegre: EDIPUCRS,

2004.

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A ÉTICA PRÁTICA ENQUANTO PERSPECTIVA PARA O

BEM-ESTAR ANIMAL

Diane Kelly Rodrigues Martins1

1 Graduada em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte – UERN. Mossoró- RN – [email protected]

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma

retomada histórica, mostrando a forma como os homens

tratam os animais. Pois, durante muito tempo, os pensadores

que estudavam a ética se preocuparam apenas com questões

relacionadas aos humanos, realizando questionamentos que

se baseavam nas indagações sobre o que é bom e mal, ou

sobre o que é certo ou errado e acabaram afastando e

esquecendo de incluir os animais nessas perspectivas. Com o

passar do tempo, começamos a abrir os olhos e reconhecer

que os animais também podem ser incluídos na nossa esfera

de consideração. Diante disso, consideraremos vários fatores

para mostrar que muitas de nossas atitudes, como a questão

da caça por esporte, do uso de animais em circos, da produção

de carne para o consumo humano e dos testes realizados com

milhares de animais, causando sua morte, podem ser

repensadas. Diante dessas perspectivas, mostraremos a

concepção de Peter Singer, pois este afirma que é preciso, no

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trato com os animais, existir igualdade na consideração de

interesses. Nesse sentido, podemos evidenciar que o termo

está voltado para a consideração do sofrimento e da dor tanto

dos humanos como dos animais como pano de fundo para a

fundamentação da ética prática. Desse modo, Peter Singer

realizará uma crítica à tradição filosófica que valoriza apenas

a moralidade humana, procurando expandir a esfera de

consideração para que os animais sejam incluídos na

comunidade moral, tendo por base o princípio da igualdade

na consideração de interesses. O filósofo também afirma que

uma ação pode ser considerada ética quando confere

importância aos interesses daqueles que são afetados, ou seja,

quando as suas preferências são colocadas em primeiro plano.

Para identificar quais seres são dotados de interesses, basta

analisar a capacidade de sofrimento e a sensibilidade destes,

associando a isso a consciência do sofrimento, que pode ser

chamado de senciência e, a partir disso, reconhecer que os

animais são seres capazes de ter esses atributos, incluindo

nessa perspectiva o interesse de receber um cuidado

adequado, afastando-os de situações dolorosas.

PALAVRAS-CHAVE: Ética; Animais; Igualdade; Consideração

de interesses.

REFERÊNCIAS

SINGER, Peter. Ética Prática. 3° ed., São Paulo: Editora

Martins Fontes, 2002. Trad.: Jefferson Luiz Camargo.

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______. Libertação animal.São Paulo: Editora WMF Martins

Fontes, 2010.Trad.: Marly Winck. Marcelo Brandão Cipolla.

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GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral).

Coordenador: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire

Rodrigues.

O CATOLICISMO SOCIAL NA IGREJA: DA RERUM NOVARUM ÀS GUERRAS MUNDIAIS

Philipe Villeneuve Oliveira Rego1

1 Graduando do curso de Filosofia da Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte – UERN. Mossoró- RN –

[email protected]

José Roberto da Silva 2

2 Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte – UERN, Mestre em Ciência Teológica pela Universidade

Evangélica do Paraguai – UEP, Professor de História da Igreja na

Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM, Professor na Rede Municipal e

Estadual de Ensino. Mossoró-RN – [email protected]

RESUMO

Final do século XIX ao início do XX compreende um período

de significativas mudanças na Europa, bem como em todo o

contexto mundial, a começar pela Revolução Industrial,

momento histórico primordial na obtenção de uma sociedade

capitalista e centrada no lucro. Correntes ideológicas surgem

neste contexto de maneira a propor caminhos de como

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conduzir os âmbitos políticos, sociais e econômicos das

sociedades, sendo as principais os Liberalismos Político e

Econômico que contribuíram com a crescente corrida

capitalista e o Socialismo que de maneira radical surge para

opor-se ao sistema burguês da época propondo uma

revolução do proletariado nascente. Dada a promulgação da

encíclica Rerum Novarum no dia 15 de maio de 1891, pelo

papa Leão XIII, as sociedades voltam seu olhar crítico para a

questão social deste período, centrada na figura dos operários

industriais, no que concerne as suas condições de trabalho, a

exploração e a dignidade de vida dos mesmos. Surgem, aos

poucos, católicos sociais voltados a uma crítica da realidade

onde estavam inseridos visando, à luz da fé, propor maneiras

de como responder às preocupações sociais. Mediante este

contexto, de que maneira Rerum Novarum repercutiu na

Igreja e na sociedade? Com base nesta indagação, a presente

pesquisa visa apresentar uma análise histórica, política e

social do desenvolvimento da Doutrina Social da Igreja ao

longo dos tempos, de maneira explícita no período que

corresponde aos anos posteriores à Revolução Industrial,

precisamente aqueles que seguem após a publicação da

Encíclica Leonina, final do século XIX, até a década de trinta

do século XX, posterior a Primeira Guerra Mundial. Este

trabalho irá explanar acerca das propostas de ação dadas pela

Igreja diante da realidade do período pesquisado, como a

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contribuição dada por católicos sociais, em sua maioria leigos,

na missão de lutar pelos direitos dos trabalhadores, no

envolvimento deles na política dos países, propondo reflexões

e deliberações quanto às problemáticas sociais; as Semanas

Sociais, movimentos sindicais e organizações dos operários. A

Ação Católica, movimento eclesial importante deste período,

destaca-se pelo protagonismo leigo na missão profética de

evangelizar, enfatizando o caráter caritativo e solidário da

vida cristã. O Papa Pio XI, em 15 de maio de 1931, publica

um encíclica em comemoração aos 40 anos da Rerum Novarum que dará seguimento a reflexão social dentro da

Igreja: a Quadragesimo Anno.

PALAVRAS-CHAVE: Catolicismo. Social. Ação Católica.

REFERÊNCIAS

ANTONCICH, Ricardo; SANS, José Miguel M.. Ensino Social

da Igreja: Trabalho, capitalismo, socialismo, reforma social,

discernimento, insurreição e a não-violência. Petrópolis:

Vozes, 1986. 286 p. (Coleção Livros Básicos de Teologia).

______. Temas de Doutrina Social da Igreja. São Paulo:

Edições Loyola, 1993. (Teologia da Libertação Comentários-

11).

AQUINO, Rubim Santos Leão de. História das

Sociedades: Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais.

42. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2003.

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CRISTIANO, Henrique; MATOS, José. Eu estarei sempre

convosco: História da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2006. 108 p.

(Coleção Livros Básicos de Teologia).

DANIEL-ROPS, Henri. A Igreja das Revoluções (II): Um

combate por Deus. São Paulo: Quadrante, 2006. (Coleção

História da Igreja de Cristo). Tradução: Henrique Ruas.

LEÃO XIII. Rerum Novarum. Vaticano: 1891.

PIO XI. Quadragesimo Anno: Sobre a restauração e

aperfeiçoamento da ordem social em conformidade com a lei

evangélica. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2004. (A voz do Papa).

Tradução: Tipografia Poliglota Vaticana.

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O PAPEL DA RÁDIO RURAL DE MOSSORÓ NA

PROMOÇÃO DA EVANGELIZAÇÃO

Marciel Antonio da Silva1

1 Graduando no Curso de Filosofia no 7° período (UERN) Mossoró-RN

[email protected]

RESUMO

O presente artigo pretende apresentar o papel da Rádio Rural

de Mossoró na promoção da evangelização e a ação do leigo

na vida dessa emissora. A Rádio Rural de Mossoró fundada a

02 de abril de 1963, como Emissora de Educação Rural, uma

proposta inovadora na época em prol da educação a distância

através da escolas radiofônica e também objetivamente ser a

voz do povo ou porta voz da Igreja Católica no interior do

Estado. Dentre seus objetivos como veículo educador

promoveu a alfabetização de jovens e adultos do meio rural

em parceira com o movimento de Educação de Base (MEB).

Como prestadora de serviços à comunidade, desempenha seu

papel como veículo de comunicação popular – uma rádio

AM, que os leigos trabalhavam incansavelmente levando as

informações precisas para todos os ouvintes. Por volta de 25

de dezembro de 1974 muda a nomenclatura da emissora de

educativa para Rádio Rural de Mossoró, com o intuito de

agregar suporte para a aquisição de um novo projeto, a

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criação da Fundação de Santa Luzia de Mossoró. A fundação

abriu espaço para projetos que geram, até os dias de hoje

empregos e renda e incentivo de cunho cultural para toda a

Cidade de Mossoró e adjacentes como a “Mais Bela Voz”. A

Rádio Rural tem contribuído para que a nova evangelização

venha acontecer de forma atraente e comunicativa, o

jornalismo, por exemplo, tendo a marca da credibilidade

sendo ágio, ético, crítico, transparente. E a RCR/Rede

Católica Rádio para o trabalho jornalístico sério e de

qualidade, ligando-se com Brasil e o mundo e os leigos são os

protagonistas desse veículo de comunicação. Para cumprir

sua missão de evangelizar, a Rádio proporciona o anúncio da

boa nova de Jesus Cristo, que sempre usou uma metodologia

inclusiva e acolhedora, fazendo de cada pessoa um sujeito

importante no seguimento de seus ensinamentos. A Rádio

Rural propagadora do evangelho, com parte de sua

programação diária de cunho religioso oferece para a

comunidade em geral uma programação eclética no ponto de

vista religioso como: oração do terço, pastorais, comunidades

novas, bem como a santa missa diária. Outros fatores

preponderantes na vida dessa emissora, é o educa, o forma e o

informa, tendo uma relação dialógica com a sociedade e a

Igreja.

PALAVRAS-CHAVES: Rural de Mossoró. Boa Notícia.

Evangelização. Leigos.

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REFERÊNCIAS:

Arquivo de documento fornecido pela cúria diocesana sobre

a história da Rádio Rural de Mossoró.

BÍBLIA DE JERUSALEM. Português. Bíblia de Jerusalém. São

Paulo: Paulus. 2002.

CARAZZAS. Irmã Helena. A missão das rádios católicas.

Disponível em:<http://www.paulinas.org.br/sepac>. Acesso

em 05 de out. 2016.

BUBER. Martin; Sobre Comunidade. São Paulo: Perspectiva,

2012.

PAULO. Papa VI. Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM sobre a Igreja. Ano 1964. Disponível em:

<http://www.vatican.va/archive/hist> acesso em 06 de out. 2016.

EICHER, Peter. Dicionário de conceitos fundamentais de

Teologia. São Paulo: Paulo, 1993.

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A DIMENSÃO SOCIAL DA EUCARISTIA NA

PERSPECTIVA DE DOM HÉLDER CÂMARA

Patrícia Gurgel Medeiros Gastão1

1 Aluna da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

A dimensão social da Eucaristia não é um tema novo, há

bastante tempo se discute essa questão. E mesmo assim ainda

não se vive bem essa realidade, no que concerne ao aspecto

social. Na verdade, os elementos que constituem a Igreja, tipo

os sacramentos, os rituais, os sinais, são repletos de doutrina

social. Segundo Borobio (2009), “a Igreja é uma comunidade

religiosa-social de primeira categoria, os sinais litúrgico-

sacramentais só podem ser elementos de socialização e

compromisso social para os membros da Igreja”. Assim sendo,

encontramos qualidades em Dom Hélder Câmara, que foi um

homem profundamente eucarístico, e assumiu como missão

apostólica a construção de um mundo sem desigualdades,

sendo uma espécie de “voz profética” lutando por um mundo

diferente, denunciando as injustiças e dando sua vida pela

vivência verdadeira do Evangelho. Considerando a

centralidade da Eucaristia na vida da Igreja, concluímos que é

cada vez mais necessária uma compreensão e vivência plena

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desse sacramento. Nesse sentido, torna-se urgente resgatar a

mais sublime de suas dimensões, a qual, infelizmente passou

despercebida ao longo de muitos séculos na Igreja: a social.

No resgate dessa dimensão, muito nos ajuda o testemunho e o

pensamento de Dom Hélder Câmara, o qual pode ser

considerado um homem profundamente eucarístico.

Portanto, somente resgatando a dimensão social da Eucaristia

é possível viver e compreender plenamente as opções do

próprio Cristo.

PALAVRAS-CHAVE: Dom Hélder. Eucaristia. Social.

REFERÊNCIAS

BARROS, Marcelo. Dom Hélder Câmara: profeta para os

nossos dias. São Paulo: Paulus, 2011.

BOROBIO, Dionísio. Celebrar para viver: liturgia e

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Gregoriana. Roma, 2001.

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O PROTAGONISMO LAICAL NA

IGREJA-POVO DE DEUS

José Alves Paiva Júnior 1

1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró/RN

[email protected]

Francisco Crisanto Borges Araújo 2

2 Mestre em Teologia Moral, professor da Faculdade Diocesana de

Mossoró – FDM. Mossoró/RN

[email protected]

RESUMO

O Concílio Ecumênico Vaticano II provocou uma verdadeira

virada eclesiológica na Igreja. Inverteu o rumo de uma

concepção de Igreja autocompreendida como sociedade

desigual a uma Igreja constituída de um único povo com

diferentes serviços. Se quiséssemos exprimir numa palavra o

que o Vaticano II trouxe à Igreja, bastaria dizer que lembrou

à Igreja que ela é Igreja-povo de Deus. No entanto, antes do

Vaticano II não era assim. A Igreja era uma hierarcologia, a

hierarquia fazia a Igreja. Nunca aparecia a iniciativa e/ou o

papel dos outros agentes da Igreja. Os leigos, por exemplo,

eram vistos simplesmente como objetos da hierarquia, ou

seja, agentes executivos subordinados à hierarquia. Diante

disso, o Vaticano II se preocupou em desnaturalizar essa

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hierarcologia resgatando a verdadeira igualdade entre os

membros do povo de Deus e, com isso, encontrar na Igreja-

povo de Deus um lugar para o leigo. Para tanto, resgata o

papel do leigo na Igreja-povo de Deus não a partir de uma

definição ontológica, mas uma descrição tipológica na qual

aponta sua natureza teológica e eclesial. Neste horizonte, o

mundo constitui-se o lugar teológico onde o leigo a luz do

Vaticano II exerce o seu protagonismo como agente da

consagração do mundo a Deus, pela co-responsabilidade que

lhe é intrínseca como membro da Igreja-povo de Deus. O

lugar do leigo na Igreja conferido pelo Vaticano II através da

descrição tipológica do leigo presente na Lumen Gentium

torna claro que o Concílio transitou de Igreja antes encerrada

na sua hierarquia a uma Igreja agora de co-resposabilidade.

Por esta razão, podemos afirmar que o leigo que surge a

partir do Vaticano II é protagonista, co-responsável pela vida

e pela missão da Igreja no mundo em quanto lugar teológico.

Por fim, é importante dizer ainda que promover o

protagonismo laical não é uma concessão da Igreja, mas

antes, o reconhecimento da verdadeira igualdade constitutiva

do povo de Deus, um único povo com diferentes serviços.

PALAVRAS-CHAVE: Vaticano II. Povo de Deus. Igualdade

Fundamental. Protagonismo Leigo.

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GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas).

Coordenadora: Prof.ª Esp. Iêda Silvana T. Diniz.

O USO DE MATERIAIS ESCOLARES ADAPTADOS PARA

CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM ESCOLAS

REGULARES: uma proposta de intervenção terapêutica

ocupacional.

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1

1 Terapeuta Ocupacional. UnP; Especialista em Tecnologia Assistiva.

FARN. [email protected]

RESUMO

Os educadores, em sua grande maioria, desconhecem sobre a

(s) deficiência(s) e /ou patologia (s) que o seu aluno de sala de

aula apresenta, assim como tem pouca ou nenhuma

informação sobre a existência de recursos escolares adaptados

que favoreçam o desempenho desta criança com deficiência

na aprendizagem. Após algumas pesquisas, fora constatado

que a paralisia cerebral é uma das principais causas de

incapacidades motoras encontradas nas escolas regulares.

Entende-se paralisia cerebral como um grupo não progressivo

de distúrbios motores, secundários à lesão do cérebro em

desenvolvimento e que poderá ocasionar enormes déficits

físicos, cognitivos e também sociais. A legislação brasileira

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recomenda a “escola para todos”, sendo esta responsável por

eliminar as barreiras arquitetônicas e sociais que impedem o

acesso e a permanência do aluno em sala de aula. A Terapia

Ocupacional se faz presente em sala de aula, junto às crianças

com deficiência, como um meio facilitador do processo de

aprendizagem e inclusão, adaptando a (s) necessidade (s)

singular do aluno, promovendo um maior nível de

funcionalidade, aprendizagem, desenvolvimento e

independência. O presente trabalho teve como objetivo

principal propor a atuação do terapeuta ocupacional junto às

crianças com paralisia cerebral do tipo diplégico espástico,

em escolas regulares, através do uso da tecnologia assistiva,

adaptando os materiais escolares necessários em sala de aula

promovendo assim, qualidade de ensino e aprendizado. Com

base em referenciais teóricos, foi elaborada uma proposta de

intervenção terapêutica ocupacional, denominada “Programa

AdapTAr” onde o terapeuta ocupacional poderá trabalhar

junto à equipe pedagógica. Concluiu-se que é necessária a

presença do terapeuta ocupacional nas escolas regulares,

tendo como forma de intervenção a inclusão escolar através

do uso de materiais escolares adaptados e a orientação aos

educadores quanto à deficiência apresentada e as

possibilidades de uso destes materiais para que o aluno com

PCDE alcance o seu pleno desenvolvimento cognitivo e

funcional.

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PALAVRAS-CHAVE: Terapia Ocupacional. Tecnologia

Assistiva. Adaptações.

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MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO URBANO:

Uma análise do passeio público de um trecho da zona central

da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte.

Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1

1 Terapeuta Ocupacional. UnP; Especialista em Tecnologia Assistiva.

FARN.

[email protected]

RESUMO

A ampla gama de elementos, usos e práticas que compõem o

espaço urbano, bem como a sua distribuição, são aspectos que

dificultam a acessibilidade dos usuários, com ou sem

deficiência. A acessibilidade torna-se um aspecto

imprescindível para a mobilidade urbana, tendo em vista que

o Brasil possui aproximadamente 24.6 milhões de pessoas

com algum tipo de deficiência, sem levar em conta aqueles

que apresentam alguma restrição na mobilidade, como

idosos, gestantes, obesos entre outros. Dentro do espaço

urbano, o passeio público torna-se um importante meio de

integração, tendo em vista a pluralidade de indivíduos, cada

um com a sua particularidade, que ali trafegam. É recorrente

que, tais espaços não correspondem ao proposto pela

legislação brasileira, referentes à acessibilidade urbana, mais

especificamente o Decreto Federal nº 5.296/2004 e a ABNT

NBR 9050/2004, tornando assim esses ambientes mal

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projetados, mal executados, além de mal distribuídos.

Partindo do pressuposto, de que uma grande parcela da

população convive com as precárias condições do passeio

público, reduzindo assim as suas possibilidades de

participação social, este estudo propõe a análise de uma

importante via de circulação de pedestres da cidade de

Mossoró, RN. Para tal, esta pesquisa foi realizada em duas

etapas: uma observação in loco e um passeio acompanhado,

realizado com o auxílio de um usuário de cadeira de rodas. O

percurso metodológico foi orientado com base na legislação

brasileira, possibilitando uma análise técnica comparativa,

demonstrando assim a precariedade da área estudada, no

quesito acessibilidade. Este estudo permitiu ainda, concluir

que a questão da acessibilidade urbana só irá alcançar um

pleno desenvolvimento quando houver uma modificação

comportamental por parte da população, bem como dos

profissionais envolvidos, desde a concepção dos espaços, até

mesmo a fiscalização no que se diz ao cumprimento da lei.

PALAVRAS CHAVE: Acessibilidade. Passeio Público.

Tecnologia Assistiva.

REFERÊNCIAS

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ABNT. NBR: 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário,

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –

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ESTATUTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Diretrizes

Nacionais para a educação especial na educação básica, Diário

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CONTROLE INTERNO: UM ESTUDO SOBRE A COMISSÃO

DE CONTROLE INTERNO DA UERN

Augusto Lívio Nogueira de Morais1

1 Especialista pela Faculdade Vale do Jaguaribe – FVJ. Mossoró- RN –

[email protected]

Sergio Luiz Pedrosa Silva 2

2 Mestre, atua no Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de

Ciências Econômicas de Mossoró, na Universidade do Estado do Rio

Grande do Norte – UERN. Leciona em curso de especialização na

Faculdade Vale do Jaguaribe – [email protected]

RESUMO

Este artigo é um estudo sobre a Comissão de Controle

Interno (CCI) da Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte (UERN) com o objetivo de conhecer como essa

comissão desenvolve suas atividades utilizando como

parâmetro os oito itens propostos pelo modelo COSO II.

Foram utilizados os métodos dedutivo e comparativo por

meio de uma pesquisa qualitativa, exploratória e

bibliográfica, e a realização de uma entrevista. A CCI

apresenta, no modo como realiza suas atividades, alguns dos

elementos propostos pelo sistema COSO II, porém com

limitações por causa das exigências legais impostas às

instituições públicas no que se aplica ao controle interno. Um

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estudo mais aprofundado seria necessário para explorar

melhor a proposta desse artigo.

PALAVRAS-CHAVE: COSO II. Controle Interno. CCI. Risco.

Instituição Pública.

REFERÊNCIAS

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Controle Interno na Administração Pública: um estudo dos

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ESTRATÉGIAS DO ENSINO DE FILOSOFIA: análise das

práticas Didático-Pedagógicas do PIBID-Filosofia na Escola

Estadual Moreira Dias

Profº. Me. Francisco Alexsandro da Silva1

1 Mestre em Ciências Humanas e Sociais pelo PPGCISH/UERN.

Supervisor do PIBID-Filosofia/UERN - Mossoró- RN –

[email protected]

Max Bruno Damasceno 2

2 Graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte. Bolsista do PIBID-Filosofia/ UERN. Mossoró- RN –

[email protected]

RESUMO

O objetivo deste trabalho é relatar as profundas experiências

que os alunos do curso de Licenciatura em Filosofia, bolsistas

do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –

PIBID da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte –

UERN, que atuam na Escola Estadual Moreira Dias, e quais

foram os resultados dessa experiência que podem nos nortear

em novas estratégias de ensino de Filosofia. Foi pensado um

projeto que pudesse dialogar com o conteúdo programado da

disciplina para as turmas selecionadas da Escola Estadual

Moreira Dias. Sendo assim, optamos pelas turmas das

segundas séries do Ensino Médio, cujo tema dos conteúdos a

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serem trabalhados eram: ética e política. Foram discutidos os

assuntos de ética e política à luz dos clássicos da filosofia, de

forma didática e lúdica. O grande desafio era levar os alunos

a compreenderem os conteúdos programados pelo livro

didático e pela escola levando-os ao interesse pleno de outra

maneira. Dessa forma, chegamos a um denominador comum:

histórias em quadrinhos, curtas e longas-metragens que

fizessem parte do universo de heróis e vilões e que servissem

para explanarmos os conceitos principais dos filósofos

trabalhados. Foram-nos apresentadas novas estratégias de

ensino de filosofia e do filosofar, exercitando a capacidade

crítica e reflexiva dos alunos acerca de questões éticas e

políticas. Indagamo-nos: seria possível construir um diálogo

pedagógico entre a filosofia e as histórias em quadrinhos?

Poder-se-ia problematizar de forma lúdica e interessante as

principais questões e polêmicas em volta da ética e da política

com uma plataforma de leitura que fizesse parte do universo

adolescente de nossos alunos? Em que medida a filosofia pode

contribuir para uma visão crítica do mundo, sendo ela

apresentada e trabalhada de forma popular? Queríamos

questionar com isso: surtirá efeito desenvolver um projeto

que, de forma inusitada, leve os alunos a pensarem a ética e a

política a partir de suas vivências, tais como filmes e histórias

em quadrinhos? Dessa forma, percebemos que durante nossa

ação “pibidiana” descobrimos diversas estratégias de como

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ensinar filosofia envolvendo atividades lúdicas em uma

metodologia enfocada nos recursos e aparatos tecnológicos

que fazem parte do mundo adolescente. Concluímos que a

atividade docente experimentada no dia-a-dia através deste

programa, percebemos que ele nos dá a oportunidade de

enxergar o ensino como algo que sempre vem inovando,

trazendo recursos didático-pedagógicos que garantam a

flexibilidade estratégica do planejamento, levando-nos a

acreditar no ensino e suas potencialidades.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Estratégias. Filosofia.

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Apoio: