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EGEAD UFPI * https://egeaddufpi.wordpress.com/ * Anais do I Encontro de Geografia da Educao a Distncia *
ISSN 2525-3573 * n 01 * 2015
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ISSN 2525-3573
ANAIS DO I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA
EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI
Tema Central
Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau.
Dias 28 e 29 de novembro de 2015 - CCHL/UFPI. Coordenao do Curso de Geografia CEAD/UFPI
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Expediente
Periodicidade do Evento: Anual.
Promoo: Universidade Federal do Piau UFPI. Universidade Aberta do Piau UAPI.
Centro de Educao Aberta e a Distncia CEAD.
Reitor: Prof. Dr. Jos Arimatia Dantas Lopes.
Comisso Organizadora:
Comisso Geral Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos
(Coordenador do Curso); Prof. Me. Cicero Rodrigues de Sousa
(Coordenador de Tutoria); Prof. Roneide dos Santos Sousa;
Prof. Tailson Francisco Soares da Silva.
Patrocnio e Logstica Prof. Vilobaldo Adelidio de Carvalho(Coordenador);
Prof. Claudene Chaves de Oliveira; Prof. Daniela Mara Leal Ferreira de Carvalho;
Prof. Elisngela de Sousa Alves; Prof. Geovane da Silva Abreu;
Prof. Joo Correia da Silva; Prof. Maria Bernadete de Carvalho Bezerra.
Comisso Cientfica
Prof. Aline de Arajo Lima (Coordenadora); Prof. Antenor Fortes de Bustamante;
Prof. Geovane Alves Rodrigues Borges; Prof. Sidineyde Soares de Lima Costa;
Comisso de Comunicao
Prof. Joelson do Espirito Santo da Silva (Coordenador); Prof. Ana Celia Sousa Resende;
Prof. Maria Deusiane Cardoso Silva; Prof. Tyago Santos de Carvalho.
Apoio
Prof. Eurpedes Siqueira Neto (Coordenador); Prof. Maria Francisca de Abreu Rocha; Prof. Nathalya Maria de Sousa Soares;
Prof. Tiago de Sousa Silva Marinho.
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Apresentao
O Curso de Licenciatura em Geografia, do Centro de Cincias
Humanas e Letras da Universidade Federal do Piau, na modalidade
distncia, constitui-se de uma base alicerada em temas que possibilitam e
interrelacionam-se com o fenmeno educativo, compreendendo assim, o
espao como uma ferramenta de comunicao e de participao social,
promovendo o desenvolvimento de cidados crticos e reflexivos. Espera-se,
dessa forma, poder trabalhar questes educacionais de acordo com a
realidade do Estado do Piau, a fim de oferecer meios para qualificar o futuro
professor de geografia com novas formas de intervenes no ambiente
escolar, bem como na utilizao de ferramentas metodolgicas inovadoras.
O Curso de Licenciatura em Geografia oferecido pela Universidade
Federal do Piau desde 1971, ano da implantao desta instituio de ensino
superior. Contudo, apesar de ter mais de quarenta anos de existncia, a oferta
desse curso, ocorre apenas em Teresina (capital). Diante disso, tem-se a
necessidade de expandir a oportunidade para outros municpios e,
consequentemente, espera-se formar profissionais com condies de
desempenharem o papel de professor e educador com relevante competncia.
Deste modo, a Primeira edio do Encontro de Geografia da
Educao a Distncia da UFPI, que tem como tema central: Ensino, Pesquisa
e Extenso: Desafios da Geografia no Piau discutir abordagens tericas e
metodolgicas empreendidas nos diferentes ramos/segmentos do Ensino de
Geografia, bem como vislumbrar, a partir de conferncias e apresentaes
de trabalhos, o fomento da pesquisa cientifica.
Comisso Organizadora!
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Sumrio 1- GEOLOGIA APLICADA GEOGRAFIA: ELABORAO DE MATERIAL DIDTICO.8
Andra Lourdes Monteiro Scabello;
Francisco Otvio de Mascarenhas Menezes;
Mara Machado Cunha.
2- ABORDAGEM DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO PIAUI, O CASO DOS
MUNICPIOS: SO JULIO, FRONTEIRAS E PIO IX. 12 Glcia Lopes Arajo;
Joaquim Gonalves Neto.
3- O USO DE MTODOS LDICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS DISCUSSES
SOBRERESDUOS SLIDOS. 18 Prof. Ms. Bartira Arajo da Silva Viana;
Sergio Carlos dos Santos Viana.
4- COMPLEXO ELICO PARQUE DO ARARIPE: O PIAU EM DESTAQUE NA
PRODUO DE ENERGIA PROVENIENTE DOS VENTOS. 23 Lyella Arajo Buenos Aires Alencar;
Mnica Sebastiana Brito de S.
5- ASSOREAMENTO: CAUSAS E CONSEQUNCIAS DESSE IMPACTO AMBIENTAL
NO RIO PARNAIBA LUZILNDIA- PI. 28 Antnio Carlos Almeida Dias;
Cristiano Gleison Almeida Marques;
Edson Ferreira Lima;
Francisca das chagas Ferreira.
6- A INSERO TECNOLGICA NA EDUCAO: CONCEPES E POSTURAS DE
DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI). 33 zio Jos Silva de Souza;
Fernanda Arajo Roque Siqueira;
Luciana Ferreira Costa;
Maria Bernadete de Carvalho Bezerra.
7- O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS SRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI). 38
Ezio Jos Silva Souza;
Fernanda Arajo Roque Siqueira;
Luciana Ferreira da Costa;
Maria Bernadete de Carvalho Bezerra.
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8- PERFIL MIGRATRIO E SOCIOECONMICO DOS ALUNOS DO CURSO
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DISTNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PIAU - UFPI. 44 Ana Caroline Chaves;
Antnia Rosa de Oliveira Pereira;
Lusineide Maria de Sousa;
Tatiele Evangelista Martins.
9- AVALIAO E PROPOSTA DE UTILIZAO DA CIDADE DE PEDRAS, COMO
LOCAL POTENCIADOR DE ATIVIDADES LIGADAS A EDUCAO AMBIENTAL E
AO GEOTURISMO. 50 Jos Francisco de Arajo Silva.
10- A RENDA DO MUNICPIO DE ILHA GRANDE/PI: UMA FORMA CULTURAL DA
COMUNIDADE. 56 Juliete Parente Arajo.
11- NOVAS TECNOLOGIAS INOVANDO AS PRTICAS DOCENTES, GERANDO UMA
NOVA EDUCAO. 61 Ezio Jos Silva Souza;
Fernanda Arajo Roque Siqueira;
Luciana Ferreira da Costa.
12- A SITUAO DO ENSINO DE GEOGRAFIA NO CONTEXTO DA EDUCAO
BSICA: UM ESTUDO SOBRE AS CONCEPES DE NETO & BARBOSA. 67 Wallisson da Silva Nascimento.
13- O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O DEFICIENTE AUDITIVO: O CASO DA
UNIDADE ESCOLAR CORONEL FRANCISCO SANTOS, PICOS/PIAU. 73 Paulo Henrique Luz Rocha;
Tyago Santos de Carvalho.
14- ABORDAGEM TERICA E PRTICA DO ENSINO DE GEOGRAFIA. 78 Eva Graa Maria de Brito;
Joaquim Gonalves Neto;
Tyago Santos de Carvalho.
15- PERCEPES DOS ALUNOS DO 1 ANO DO ENSINO MDIO DA UNIDADE
ESCOLAR GABRIEL FERREIRA SOBRE A ATIVIDADE TURSTICA NO PIAU E EM
TERESINA. 83 Irene Bezerra Batista.
Nbia Arajo Sena.
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16- MIGRAO NO NORDESTE: FATORES E CONSEQUNCIAS DA MIGRAO DE
PESSOAS DA COMUNIDADE SERRA NOVA I MUNICPIO DE CAMPO GRANDE DO
PIAU PI. 87 Afonso Gilberto Galvo;
Jos Francisco de Arajo Silva.
17- MAPAS CONCEITUAIS: CONSOLIDANDO CONCEITOS NO ENSINO DE
GEOGRAFIA. 94 Aline Camilo Barbosa;
Lus Fabiano de Aguiar Silva;
Mnica Saraiva de Sousa.
18- POLTICAS PBLICAS DE REFORMA AGRRIA NOS ASSENTAMENTOS RURAIS
DO MUNICPIO DE TERESINA/PI. 99 Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos;
Antnia da Cruz Rosa Arajo.
19- POLTICAS DE REFORMA AGRRIA DO/NO BRASIL 2010 A 2014. 105
Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos;
Andra Gino de Sousa.
20- UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE O CLIMA URBANO NA
PERSPECTIVADA CLIMATOLOGIA GEOGRFICA. 110 Aureliano Francisco de Oliveira Neto;
Diego Silva de Oliveira;
Francisco Pereira da Silva Filho;
Luiz Alves de Souza Jnior.
21- ENSINO DE GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE: CONSIDERAES E
PROCEDIMENTOS ACERCA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL. 115 Rafael Jos Marques;
Katrine Katiusse de Andrade.
22- GEOTURISMO E GEOCONSERVAO NA APA DO DELTA DO PARNABA:
CONCEITOS, REFLEXO E PESPECTIVAS. 121 Aureliano Francisco de Oliveira Neto;
Diego Silva de Oliveira;
Edvania Gomes de Assis Silva;
Francisco Pereira da Silva Filho.
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23- O USO DE RECURSOS DIDTICOS NO ENSINO DE CLIMATOLOGIA DO ENSINO
FUNDAMENTAL UM ESTUDO DE CASO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA GRANDE
TERESINA. 125 Tyago Santos de Carvalho.
24 EXPERINCIA EXITOSA DE FORMAO PARA PROFESSORES A DISTNCIA
EM EDUCAO AMBIENTAL E ESCOLAS SUSTENTVEIS COM VIDAS NO PLO
DE CASTELO DO PIAU PI. 132
Andra Gino de Sousa;
Maria Majaci Moura da Silva.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau.
GEOLOGIA APLICADA GEOGRAFIA: ELABORAO DE MATERIAL
DIDTICO.
1. Andra Lourdes Monteiro Scabello; 2. Francisco Otvio de Mascarenhas Menezes;
3. Mara Machado Cunha. Universidade Federal do Piau UFPI/DGH/PPGGEO
[email protected] [email protected]
RESUMO: Na Universidade Federal do Piau o Programa Monitoria regulado pela Resoluo n 076/15 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CEPEX. A monitoria caracteriza-se por ser uma atividade de ensino e aprendizagem com vista a fortalecer a formao dos discentes. Os Departamentos e Coordenaes de Cursos, responsveis pela elaborao do Projeto de Monitoria estabelece, em consulta ao colegiado/assembleia, quais as disciplinas e docentes interessados em participar. No segundo semestre de 2014, a Geologia Aplicada Geografia foi contemplada com um monitor remunerado que realizou, entre outras atividades, o estgio de observao e a elaborao de atividades pedaggicas. Esta ltima contou, tambm, com a participao de um monitor voluntrio. A atividade em tela trata da teoria das placas tectnicas e o vulcanismo, com a elaborao de uma maquete de um vulco com vista a subsidiar as aulas do Ensino Fundamental II. A preparao da atividade foi previamente discutida com o professor-orientador luz do planejamento de ensino. A maquete foi construda em sala de aula com a participao dos discentes matriculados na disciplina. A atividade em questo permitiu associar teoria prtica educativa, propiciando maior interao entre os discentes e os monitores. Alm disso, propiciou o estmulo a
criatividade e o interesse na construo de materiais pedaggicos.
Palavras-chave: Geologia Aplicada Geografia, Monitoria, Teoria da Tectnica de Placas, Vulcanismo,
Maquete.
1. Introduo:
O Programa de Monitoria da Universidade Federal do Piau UFPI regulado pela
Resoluo n 076/15 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CEPEX. Trata-se de uma
atividade de ensino e aprendizagem na qual o discente tem a possiblidade de desenvolver aes
que contribuam para despertar o interesse pela carreira docente (artigo 1).
Os Departamentos e Coordenaes de Curso participam do Programa de Monitoria
elaborando um projeto que contemplem a disciplinas e professores interessados (artigo 5). O
Projeto de Monitoria deve obedecer alguns critrios: [...] I estar articulado com o Projeto
Pedaggico do Curso; II Ter atividades bem definidas e voltadas para o apoio pedaggico e ao
desenvolvimento dos componentes curriculares vinculados ao projeto de monitoria; III
apresentar os objetivos a serem alcanados e as estratgias a serem utilizadas [...] (artigo 6).
Entre as finalidades do Programa de Monitoria (artigo 2) pode-se assinalar:
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I. Contribuir para a melhoria do desempenho acadmico nos cursos de graduao; II. Criar as condies para que os alunos possam contribuir com o desenvolvimento de atividades
didticas, agindo como colaboradores da produo acadmica;
III. Incentivar a carreira docente; IV. Promover a cooperao acadmica entre discentes e docentes.
O Projeto de Monitoria da disciplina de Geologia Aplicada visou desenvolver atividades
educativas que articulassem a teoria prtica educativa. Entre os objetivos ressaltam-se: I -
proporcionar a oportunidade de aprofundar o conhecimento de alguns conceitos bsicos da
geologia; II - criar condies para que o monitor alunos pudesse desenvolver pensamento e
comportamento cientficos independentes, agindo como colaboradores na produo acadmica; III
- promover a cooperao acadmica entre discentes e docente.
Ao longo do semestre o plano de trabalho do monitor permitiu que ele colaborasse com as
atividades programadas desenvolvendo pesquisa e aes pedaggicas de acordo com o contedo
ministrado, entre elas destacam-se: o auxlio na preparao das aulas; a orientao dos alunos nas
aulas prticas; a realizao de grupo de estudo com os discentes e o desenvolvimento de atividades
pedaggicas de elaborao de material didtico.
Este trabalho tem por foco a elaborao de material pedaggico envolvendo a discusso
sobre a Teoria das Placas Tectnicas e vulcanismo com a elaborao de uma maquete de vulco.
2. Pressupostos Tericos:
Durante a dcada de 1960 evidncias da expanso do assoalho ocenico contriburam para
a formulao da Teoria das Placas Tectnicas. Esta teoria afirma que a Litosfera ou Crosta
Terrestre constituda pela crosta continental (predominantemente formada por rochas granticas)
e pela crosta ocenica (que contm as rochas baslticas). A litosfera compartimentada em Placas
Tectnicas limitadas por falhas e fraturas (TASSINARI, 2000).
Segundo o citado autor, os limites entre as placas podem ser de trs tipos:
a) Limites divergentes: marcados pelas dorsais meso-ocenicas, onde as placas tectnicas afastam-se uma das outras, com a formao de nova crosta;
b) Limites convergentes: onde as placas tectnicas colidem, com a mais densa
mergulhando sob a outra, gerando uma zona de magmatismo a partir de processo de fuso parcial da crosta que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e provncias vulcnicas, a exemplo da Placa Pacfica;
c) Limites Conservativos: onde as placas tectnicas deslizam lateralmente uma em relao outra, sem destruio ou gerao de crostas, ao longo das fraturas denominadas de Falhas Transformantes [...] em torno destes
limites de placas que se concentra a mais intensa atividade geolgica do planeta como sismos, vulcanismo e orognese [...] (TASSINARI, 2000, p.103).
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Os processos de vulcanismo podem estar associados a estruturas denominadas vulces
definido como [...] uma elevao ou uma montanha construda pela acumulao de lavas e de
outros materiais eruptivos. (GROTZINGER et al, 2006, p. 144).
Adotou-se o conceito de geossistema vulcnico, de acordo com os autores citados
ressaltando a sua importncia para a Terra, pois [...] o vulcanismo um processo tectnico
fundamental para a formao da crosta terrestre; as erupes vulcnicas constituem enormes riscos
naturais para as sociedades humanas; as lavas dos vulces fornecem amostras a partir das quais
podem ser feitas inferncias sobre [...] o interior da Terra. (GROTZINGER et al, 2006, p. 144).
3. Metodologia do Trabalho:
A observao das aulas possibilitou uma reflexo acerca da metodologia de ensino e
permitiu verificar quais os interesses e dificuldades dos discentes com relao aos temas
abordados. Aps as aulas tericas e a apresentao de mini aulas, ministradas pelos discentes
versando sobre as temticas inclusas expressas no plano de ensino, os monitores refletiram sobre a
possibilidade de elaborao de atividade pedaggica que pudesse exemplificar os processos
geolgicos estudados. Aps pesquisa bibliogrfica e discusso com o professor orientador
escolheu-se a elaborao de uma maquete que pudesse simular uma erupo vulcnica. A
atividade pedaggica desenvolvida nos moldes de oficina permitiu a construo coletiva do
modelo possibilitando a integrao entre discentes e monitores.
4. Resultados e Discusso:
Entre os resultados pode-se mencionar o maior interesse e vnculo dos discentes com o
processo da aula. A produo do material didtico permitiu trabalhar com determinadas
habilidades relacionadas com o saber fazer (Figura 1).
Figura 1- Oficina Pedaggica Confeco de Maquete
Fonte: Scabello (2014).
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A atividade pedaggica constituiu-se numa ao ldica e permitiu que os discentes
reconhecessem a importncia de associar a teoria pratica e de refletir sobre a elaborao de
material didtico, minimizando o uso do livro didtico em sala de aula.
5. Concluses:
Esta atividade contribuiu para que os discentes percebessem a importncia da geologia para
a compreenso de conceitos relativos Geografia Fsica. Permitiu ainda a articulao entre o
conhecer e o saber fazer.
6. Referncias Bibliogrficas:
GROTZINGER et al. Para entender a Terra. 4 ed. Bookman, 2006;
TEIXEIRA, W. et al. (org.). Decifrando a Terra. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau.
ABORDAGEM DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO PIAUI, O CASO
DOS MUNICPIOS: SO JULIO, FRONTEIRAS E PIO IX
Joaquim Gonalves Neto.
Universidade Federal do Piau- UFPI.
Orientadora: Glcia Lopes Arajo.
RESUMO: O presente trabalho consiste em abordar um quadro diagnstico do setor mineral piauiense,
com nfase em algumas ocorrncias minerais e a geomorfologia do Estado, estimulando a disposio de
investigar o potencial mineral que o Estado do Piau possui em seu territrio e em particular explorar o
campo mineralgico dos municpios de So Julio, Fronteiras e Pio IX. Este trabalho baseado em
pesquisas bibliogrficas e estudo de campo. Apontando o Piau como uma nova fronteira do minrio,
principalmente pela diversidade da riqueza mineral, uma vez que no h apenas um minrio especfico em
destaque, mas vrios tipos como ferro, fsforo, nquel, mrmore, calcrio, argila, opala e outros. E tendo
como base estes pressupostos da diversidade mineralgica, busca-se desencadear vrios conhecimentos
sobre esse setor, considerados importantes para o desenvolvimento econmico do Piau. E que apesar de
todo investimento que o governo j fez nessa rea, notrio que ainda precisamos avanar muito em
pesquisas cientficas e tecnolgicas com o propsito de ampliar e garantir melhores aproveitamentos dos
nossos recursos minerais. Assim, com esta pesquisa espera-se contribui de forma positiva na construo de
conhecimentos mais slidos, dando nfase para o desenvolvimento tecnolgico, pois a explorao dos
minrios ainda utiliza-se mtodos rsticos, principalmente na pequena minerao, uma vez que no dispe
de recursos e de conhecimentos para a introduo de tcnicas adequadas e tecnologias inovadoras.
Palavras chave: Geomorfologia, Potencial Mineralgico, Piau e Tecnologia.
1. Introduo:
Considerando as reas mineralgicas presente no Estado do Piau, este trabalho tem como
finalidade abordar algumas caractersticas peculiares sobre os aspectos geomorfolgicos e dos
recursos minerais, especificamente nos municpios de So Julio, Fronteiras e Pio IX, e de forma
sucinta apresentar algumas jazidas de minrios que se distribuem por todo o Estado, colocando-o
como um dos mais destacados no setor mineral, principalmente no Nordeste.
Desta forma o presente trabalho, volta-se para um levantamento de dados, a respeito de
vrias ocorrncias de minerais e sobre os processos geolgicos piauienses. Assim foi elaborado
este projeto com o enfoque voltado para o aproveitamento dos recursos minerais no territrio
piauiense, destacando suas potencialidades presentes nas provncias geolgicas, alm de destacar
diversas jazidas minerais.
Nesta perspectiva o trabalho se organizar como sequncia dos seguintes tpicos: A
geomorfologia do estado do Piau, aspectos gerais da geologia do Estado do Piau e suas
potencialidades minerais e principais ocorrncias de minerais nos municpios: So Julio, Pio IX e
Fronteiras, metodologia do trabalho, consideraes finais e referncias bibliogrficas.
mailto:[email protected]
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2. Metodologia do trabalho:
Para realizao deste trabalho foram utilizadas pesquisas bibliogrficas relativas ao setor
mineral do Piau e com nfase nos respectivos municpios, So Julio, Fronteiras e Pio IX baseado
no material Diagnostico e Diretrizes para o Setor Mineral do Piau. Alm de pesquisa de campo
para registro atravs de fotos sobre as minas nos respectivos municpios especficos citados no
trabalho, sendo fundamental na realizao do estudo.
3. Resultados e discusso:
3.1. A geomorfologia do estado do Piau:
De acordo com o material Diagnstico e Diretrizes para o Setor Mineral do Estado do Piau
(2004). A estrutura geolgica do Piau deriva da influencia dos fatores litoestruturais dos
processos morfodinmicos e variaes climticas responsveis pela dinmica pretrita e atual do
seu modelado. As caractersticas geomorfolgicas se esboam em bases geolgicos assentadas no
embasamento Cristalino Pr-cambrianos sedimentos Paleozoicos da Bacia sedimentar do
Maranho Piau, sedimentos tercirios da Formao de barreiras e Sedimentos costeiros
Quartenrios.
O padro do relevo piauiense de fundamental importncia para a compreenso das
paisagens configuradas e para a definio de polticas de planejamento e gesto do territrio. A
caracterizao das principais unidades geomorfolgicas do Estado apresentada por Lima (1987)
compreende uma compartimentao regional classificadas em seis tipos: Depresses Perifricas,
Chapades do Alto Mdio Parnaba, Planalto Oriental da Bacia Maranho- Piau, Baixo Planalto
do Mdio Baixo Parnaba, tabuleiros pr- litorneos e Plancie costeira.
3.2. Aspectos Gerais da Geologia do estado do Piau e de suas potencialidades minerais:
De acordo com o gelogo Nunes (1966) de maneira geral o estado do Piau constitudo
por duas provncias geolgicas bem distintas. A primeira, abrangendo pouco menos de 20% do
territrio piauiense, representada por um complexo de rochas gneas e metamrficas, de baixo a
alto grau de metamorfismo, cujas idades vo Pr-Cambriano ao Paleozoico.
Diversos so os tipos de rocha que ali se apresentam, especialmente formados por rochas
cristalinas como granitos, granito-gnaisse, magmticos, xistos, quartzitos, mrmores e calcrio,
filitos e ardsias, sutes intrusivas de rochas ultrabsicos, bsicas, intermedirias e acidas.
Algumas jazidas minerais relacionadas a essa primeira provncia geolgica destaca-se conforme
mostra a tabela: o mineral e o municpio de ocorrncia:
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Fonte: Diagnostico e Diretrizes do Setor Mineral do Estado do Piau, 2004.
A segunda provncia representada, em quase sua totalidade pela grande Bacia sedimentar
do Piau Maranho. Tambm conhecida como Meio Norte ou do Parnaba. E tambm pela
pequena parte da borda Ocidental da Chapada do Araripe e Faixa marginal atlntica de rochas
Tercio Quartanrios. A Bacia sedimentar do Parnaba constituda por formaes geolgicas
cujas idades vo do Paleozoico inferior (siluriano) ao Mesozoico (cretceo). Formando o conjunto
de um pacote de sedimentos com aproximadamente trs mil metros de espessura. A coluna
estratigrfica formada, predominante, por sedimentos clsticos com alternncia espessos estratos
de clsticos finos e grosseiros. So comuns os espessos leitos de arenitos e conglomerados, os
quais normalmente guardam para arenitos finos, siltitos e folhelhos. Algumas camadas de calcrio
esto presentes e representam uma sedimentao qumica. Tambm esto presentes, na ordem
estratigrfica, alguns leitos de material arenoso originados por sedimento elico.
MINERAIS (JAZIDAS) MUNICPIO DE OCORRNCIAS
I. Mrmore Pio IX
II. Calcrios Fronteiras e Pio IX, que fornecem a matria prima
para fabricao de cimento.
III. Os calcrios So Julio para a fabricao de cal.
IV. As argilas refratrias Jaics.
V. As Gipsitas Simes e Betnia do Piau
VI. A vermiculita Queimada nova
VII. A Jazida de fosfato Caracol
VIII. De Talco Dirceu Arco verde
IX. Nquel Capito Gervsio Oliveira
X. O calcrio cristalino So Raimundo Nonato, Coronel Jos Dias, So
Loureno, Don Inocncio, Caracol e Curimat.
XI. A jazida de Mangans So Raimundo Nonato e em outros municpios.
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Vale ressaltar que na segunda provncia so encontradas as expressivas reservas de gua
mineral, gua potvel e de gua subterrnea para os mais diversos fins. E conforme as estruturas
geolgicas presentes no Piau, o estado possui potencialidades diversificadas em que se incluem
substancias minerais metlicos e no metlicas ferrosas e no ferrosas. Alm de minrios
gemolgicos de valor industrial, alm do grande potencial de gua subterrnea que pode e deve ser
utilizada de modo racional, sustentvel como desenvolvimento econmico e social do estado.
3.3. Principais ocorrncias de minerais nos municpios: So Julio, Fronteiras e Pio IX.
Os municpios de Pio IX, Fronteiras e So Julio esto localizados na poro leste do
estado, tendo como estrutura geolgica o embasamento cristalino bem prximo da bacia
sedimentar do Araripe. No qual poderamos denominar como Tringulo Calctico, devido s
reservas de calcrio existente nos trs municpios. E as principais ocorrncias de minerais em
destaque encontrados so:
Mrmore: Grandes jazidas de mrmore esto localizadas no municpio de Pio IX na parte
leste do estado, mais precisamente s a jazida de Quixaba. Conforme dados do Ministrio de
Minas e Energia-MME (2003) apresenta uma reserva mdia de quase 40 milhes de metros
cbicos. Os estudos iniciais foram realizados pela COMDEPI (Companhia de
Desenvolvimento do Piau) concluram a existncia de reservas de mrmore de excelente
qualidade. Hoje os direitos detentores para explorao da mina da empresa Granistone Ltda.
De acordo com as sondagens realizadas pela Granistone Ltda. O mrmore na mina de Quixaba
(mina do municpio de Pio IX) constata-se: mrmore calctico de granulao fina, mrmore
calctico de granulao mdia e mrmore calctico de granulao grossa; quanto a variaes de
colorao: branco, branco acinzentado, nix, cinza claro, cinza escuro, cinza mdio, cinza
claro e mdio, cinza mdia a escuro, cinza e negro e cinza acastanhado.
Foto: no interior da mina Quixaba Pio IX, mrmore branco j recortado pela indstria, 2015.
Calcrio calctico: empregado na fabricao de cimento. Existe em abundancia em fronteiras
e Pio IX. Segundo o Ministrio de Minas e Energia-MME (2003) constituindo uma reserva na
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ordem de mais de 50 milhes de metros cbico, em fronteiras, est sendo explorado pelo grupo
Joo Santos Empresa (ITAPISSUMA) instalado no municpio em 2001. Os calcrios: em So Julio explorado para a fabricao de cal, com base na pesquisa de
campo no existe uma empresa para a explorao do minrio, a explorao feita de forma
artesanal, manual. No momento a mina no est funcionando porque est impedido pelo
ministrio pblico devido s condies de trabalho referentes s questes de segurana.
Foto: rocha calcrio na mina de So Julio, 2015.
Desta forma destacamos como feito o processo produtivo: I etapa, extrao manual da rocha
e com uso de explosivos para a retirada da rocha calcaria. II etapa vem preparao manual do
forno para a demolio da rocha, III etapa, arrumao das caeiras. IV etapa, a queima (calcinao)
onde as rochas so queimadas por 3 dias e 2 noites consecutivas. V etapa a retirada das rochas
aps a queima (calcinao). VI etapa aguao popularmente conhecido com (aguamento), VII
etapa, peneiramento da cal. Alm de outros fatores como a lenha utilizadas na queima das rochas e
os transportes de caminhes para a comercializao da cal produzida.
4. Consideraes finais:
A pesquisa realizada sobre o setor mineralgico piauiense possibilitou de maneira positiva
na construo de conhecimentos voltados para o aspecto geolgico e mineralgico, abrindo um
enorme leque de informaes a respeito do potencial de minrios que o Piau possui, alm de
abordar as principais reas de ocorrncias dos minerais e especificamente conhecer as provncias
geolgicas. Chamando-nos a ateno para diversidade da riqueza mineral que detemo-nos, que
apesar de todo investimento do governo no setor de pesquisas voltadas a setor mineral, esse
potencial pode ainda ser muito mais explorado e aproveitado pela a sociedade Piauiense
futuramente.
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5. Referncias bibliogrficas:
DIAGNSTICO e diretrizes para o setor mineral do Piau. Governo do Estado do Piau. 2004.
LIMA, Iracilda Maria Moura Fe. Relevo piauiense uma proposta de classificao. Carta Cepro, Teresina. 12, n, 2p. 1-151.agosto/dez. 1987.
NUNES. Ossian Otavio, Geologia in: Caracterizao do Quadro Natural do Piau, Fundao Cepro, Teresina, PI. 1966.
MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA MME. 2003.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau.
O USO DE MTODOS LDICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS DISCUSSES
SOBRE RESDUOS SOLIDOS
Bartira Arajo da Silva Viana
Sergio Carlos dos Santos Viana 1. Universidade Federal do Piau UFPI/CCGO: [email protected]
2. Universidade Norte do Paran (UNOPAR): [email protected]
RESUMO: Devido a necessidade da promoo de um ambiente sustentvel faz-se necessrio o
envolvimento da sociedade e da escola. Dessa forma, o objetivo deste trabalho mostrar algumas
orientaes terico-metodolgicas referentes ao ensino de Geografia com uso de mtodos ldicos,
visando contribuir para discusso sobre os problemas gerados pelos resduos slidos na natureza
com vistas sustentabilidade ambiental. A Geografia uma das poucas cincias que possui essa
flexibilidade. Com o intuito de demonstrar essa possibilidade, o presente artigo utilizou, como
metodologia, pesquisas bibliogrficas, visando subsidiar uma arguio e reflexo analtica dos
resduos slidos e do ensino geogrfico. Percebe-se que a insero da temtica ambiental no
ensino de Geografia atravs de aulas prticas com uso de mtodos ldicos para discusso de
resduos slidos atravs de uma parceria dos professores juntamente com os alunos contribui para
desenvolver uma conscincia ambiental nos discentes, para que eles compreendam os processos
naturais e socioeconmicos que afetam o meio ambiente e assumam posies responsveis para
solucionar estes problemas.
Palavras-chave: Ensino de Geografia, Resduos Slidos, Mtodos Ldicos.
1. Introduo:
Sabe-se que os impactos negativos sobre o meio fsico e social advm, sobretudo, do
comportamento das populaes, imbudas, em sua maioria, por interesses capitalistas insaciveis
que sobrecarregam o Planeta. Como resultados, percebe-se a crescente demanda por recursos
naturais, geralmente no renovveis; o esgotamento dos mananciais; poluio de vrios tipos;
vtimas de danos ambientais, pessoas outrora j condenadas pela desigualdade social e econmica,
alm de outros problemas.
Assim, devido a necessidade da promoo de um ambiente sustentvel faz-se necessrio
o envolvimento da sociedade e da escola. Nessas condies, constitui-se objetivo deste trabalho
mostrar algumas orientaes terico-metodolgicas referentes ao ensino de Geografia com uso de
mtodos ldicos, visando contribuir para discusso sobre os problemas gerados pelos resduos
slidos na natureza com vistas sustentabilidade ambiental. A Geografia uma das poucas
cincias que possui essa flexibilidade. Com o intuito de demonstrar essa possibilidade, o presente
artigo utilizou, como metodologia, pesquisas bibliogrficas em livros assim como em documentos
e legislaes que tratam da temtica em questo, visando subsidiar uma arguio e reflexo
analtica sobre resduos slidos e o ensino geogrfico.
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2. Pressupostos tericos:
2.1. Resduos slidos e meio ambiente.
Calderoni (2003, citado por RIBEIRO FILHO; SANTOS, 2008) considera que O conceito de lixo e de resduo pode variar conforme a poca e o lugar. Depende de fatores jurdicos, econmicos, ambientais, sociais e tecnolgicos. O fato que, de uma forma geral, lixo e resduo denotam termos com significao muito prximas uma da outra, questes essas discutidas na Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS).
notrio que a Lei n 12.305/10 (BRASIL, 2010), que institui a PNRS bastante atual e
contm instrumentos importantes para permitir o avano necessrio ao pas no enfrentamento dos
principais problemas ambientais, sociais e econmicos decorrentes do manejo inadequado dos
resduos slidos, pois a mesma prev a preveno e a reduo na gerao de resduos, a exemplo
do lixo domstico entre outros resduos, tendo como proposta a prtica de hbitos de consumo
sustentvel e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da
reutilizao dos resduos slidos e a destinao ambientalmente adequada dos rejeitos. Cumpre
destacar que atualmente, cerca de 50% dos 5.565 municpios brasileiros ainda encaminham os
resduos para lixes (TOLENTINO, 2013, p.1).
2.2. O ensino geogrfico e as questes ambientais.
Segundo Pelicioni (2004), a educao ambiental serve para preparar o cidado para a
reflexo crtica e ao social corretiva ou transformadora do sistema. A Lei 9.795/99, que trata da
Poltica Nacional da Educao Ambiental (PNEA), estabelece a Educao Ambiental como sendo:
[...] os processos por meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a conservao do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade
(BRASIL, 1999).
A educao geogrfica, tambm, patrocina essa ideia, quando faz em seus estudos a
relao sociedade meio ambiente. Considerando o ser humano como partcipe do meio ambiente,
torna-se indispensvel o conhecimento sobre suas relaes culturais e sociais com o intuito de
promover uma discusso mais cabal da Educao Ambiental. De fato, o processo formal de
educao aglutinar o aprendizado sociocultural quando o fenmeno educativo no ficar restrito a
escola, mas a um processo amplo de ensino (FREIRE, 1996).
A Cincia Geogrfica uma das poucas reas do conhecimento que consegue relacionar
os contedos tcnicos, como estudo das bases fsicas da Terra com a discusso das questes
sociais e ambientais. Portanto, o professor de Geografia deve desempenhar um papel fundamental
de introduzir a educao ambiental no cotidiano escolar, a partir de uma atividade reflexiva,
renovadora e transformadora, pois um conhecimento que induz a prtica e ultrapassa as barreiras
fsicas da escola, desenvolvendo-se por todos os lugares a que os multiplicadores tenham acesso.
Leff (2001) enfatiza sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudana radical nos sistemas de
conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinmica de racionalidade
existente, fundada no aspecto econmico do desenvolvimento.
Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais, a Geografia deve auxiliar na construo de uma sociedade cada vez mais consciente de seus direitos e deveres, isso inclui a questo
ambiental (BRASIL, 1998). Portanto, o professor deve nortear-se com a abordagem pedaggica
mais adequada s realidades de cada sala de aula, a fim de promover um melhor ensino- aprendizagem.
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3. Resultados e discusso:
3.1 Metodologias de ensino adequadas ao contexto geogrfico e temtica dos resduos
slidos.
Neste artigo sugere-se para anlise e reflexo da temtica ambiental algumas atividades
didticas a serem utilizadas pelo professor no Ensino Fundamental no intuito de desenvolver em
seus alunos habilidades e competncias relativas cincia geogrfica e Educao Ambiental,
enfatizando sobre temtica dos resduos slidos. O interesse que o professor se utilize destas
metodologias para criar e recriar suas prprias atividades didticas de forma interativa e ldica.
Essas atividades so apresentadas com os possveis contedos que podem ser mobilizados, adaptando-os realidade concreta da situao de ensino, ou seja, ser a realidade da sua escola que determinar as possibilidades de mobilizao desses elementos do processo de ensino. Para tanto, agrupou-se neste artigo a temtica lixo com sugestes de atividades para auxiliar a sua prtica docente.
As atividades prticas sugeridas so: Arte com sucatas; Montagem de painel; Criao de
estrias em quadrinhos sobre o respeito com a natureza; Criao de desenhos que demonstram os
elementos encontrados na natureza que so essenciais vida entre outras atividades; Criao de
um dirio da natureza para relato de experincias sobre agresses ao meio ambiente (GIRA
SONHOS, 1997); (TERESINA, 1998a, 1998b, 1998c, 1998d, 1996).
Para a aplicao de mtodos ldicos no tratamento dos contedos da disciplina geografia objetivando a vinculao com os problemas do meio ambiente, ser sugerida a seguinte atividade:
Mural livre sobre problemtica do lixo e arte com sucata, a saber:
1. Para execuo de uma aula com esta temtica o (a) professor (a) dever conhecer a problemtica do lixo e algumas tcnicas de trabalhar com sucata. Deve explicar para os alunos
sobre o lixo e o cuidado que devemos ter com ele. Mostrar que o cuidado comea com o lugar
onde ele guardado. Orientar que em casa, o lixo deve ser colocado em latas com tampa ou sacos
fechados para no atrair ratos, moscas e baratas, animais transmissores de doenas.
2. Depois o docente deve explicar que s colocar o lixo na porta de casa, perto da hora do caminho de coleta passar. Assim, o discente ser conscientizado que essa atitude evita que a gua, os animais ou o vento, espalhem o lixo na rua. Deve orientar tambm que aonde no existir servio de coleta, recomendado o enterramento do lixo.
3. O professor tambm informar que existem locais da cidade (municpio) que so destinados para o depsito do lixo coletado diariamente nas ruas dos bairros. Assim como se deve identificar as reas da cidade de acordo com o tipo de lixo que ela produz: reas residenciais, reas
de comrcio, reas industriais, reas hospitalares etc.
4. Em seguida o professor deve mostrar para os alunos a importncia de evitar jogar lixo ou objetos estranhos na pia da cozinha, no vaso sanitrio, nos ralos, nas ruas e em outros lugares pblicos. Tambm deve orientar sobre a reciclagem ou reutilizaes de alguns materiais que vo
para a lixeira diariamente.
5. O docente tambm deve explicar que o lixo pode ser reaproveitado pela indstria ou reutilizado pela prpria dona-de-casa. A criana tambm deve ser orientada sobre as principais vantagens da reciclagem, destacando-se a economia de matrias-primas e energia, o combate ao
desperdcio e a reduo da poluio ambiental.
6. Para efetivao da atividade em questo, o docente deve adquirir os seguintes materiais: textos informativos sobre o lixo; revistas para recortar gravuras; cartolina ou papel
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madeira; isopor; cola branca ou para isopor; materiais de sucata (garrafas plsticas, tampas, palitos
de picol e fsforo, latas etc). (EVANGELISTA et. al., 2012, p. 107-108).
Os procedimentos a serem desenvolvidos pelo (a) professor (a) so os seguintes: 1)
Recorte gravuras de revistas que retratem a problemtica da comunidade ou do mundo em relao
ao lixo; 2) Monte um painel com as gravuras das revistas, sucata, frases, desenhos etc.; 3) As
crianas devero caminhar e parar em frente do mural, em torno do que mais tocou, conversando
sobre o que est retratado sobre a questo do lixo; 4) Faa arte com sucata: monte porta retratos
com palitos de picol, de fsforo ou folhas de revistas enroladas; faa jarros ou porta lpis com
folhas de revistas enroladas, garrafas plsticas cortadas ou lata de leite, entre outros objetos; 5)
Explique a importncia dos acontecimentos e objetos mostrados no mural, estimulando as crianas
a buscarem novas atitudes relacionadas ao lixo na ao do dia-a-dia. 6) Depois pea aos discentes
que criem estrias em quadrinhos retratando o respeito com a natureza e/ou escrevam um dirio da
natureza onde devem relatar experincias sobre agresses ao meio ambiente.
4. Concluso:
A partir do exposto deve destacar que o ensino de geografia com uso de mtodos ldicos
pode oportunizar ao aluno conhecimentos que contribuam para um pensamento autnomo, gil e
crtico. O professor deve estar atento a isso, contribuindo significativamente para o processo
emancipatrio do cidado em formao, criando as condies necessrias para assegurar o
aprendizado significativo dos saberes geogrficos pelos discentes do ensino fundamental.
Percebe-se, assim, que a insero da temtica ambiental no ensino de Geografia atravs de aulas prticas com uso de mtodos ldicos para discusso de resduos slidos consiste, dentre
outras prerrogativas, da parceria entre os professores de Geografia e demais reas do conhecimento, juntamente com os alunos, visando produzir a articulao socioambiental,
sociocultural e pedaggica entre os diferentes atores envolvidos.
5. Referncias Bibliogrficas:
BRASIL. Ministrio do Meio Ambiente. Plano Nacional de Resduos Slidos: Verso
Preliminar para Consulta Pblica. Braslia, 2011. Disponvel em: http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.pdf. Acesso
em: 28 abr. 2013.
______. Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos;
Altera a lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e d outras providncias. Dirio Oficial da
Unio. Braslia, DF, 03 ago. 2010. Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm. Acesso em: 28 abr. 2013.
______. Lei n 9795, de 27 de abril de 1999. Dispe sobre a educao ambiental, institui a
Poltica Nacional de Educao Ambiental e d outras providncias. Dirio Oficial da Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 28 abr. 1999.
______. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais: temas transversais. Braslia, 1998.
EVANGELISTA, A. ; ANDRADE, C. S. P. de; SILVA, J. S. e; VIANA, B. A. da S.; Fundamentos de Didtica da Geografia. Teresina: EDUFPI/UAPI, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1996.
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GIRA SONHOS. Jogo Ecologia da Paz: conscincia e tica. Secretaria da Educao da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo, SP, 1997.
LEFF, E. Epistemologia ambiental. So Paulo: Cortez, 2001
PELICIONI, Maria Ceclia. Fundamentos da Educao Ambiental. In: PHILIPPI Jr, Arlindo;
ROMRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet (Ed.). Curso de Gesto Ambiental. Baruer, SP: Manole, 2004.
RIBEIRO FILHO, F. G.; SANTOS, L. P. dos. A questo da coleta seletiva de resduos slidos para o municpio de Teresina-PI. In: SIMPSIO DE PS-GRADUAO EM GEOGRAFIA
DO ESTADO DE SO PAULO, 1., Rio Claro, So Paulo, 2008. Anais... Rio Claro, So Paulo, 2008.
TERESINA, Prefeitura Municipal. Cartilha Educao Ambiental e Sanitria: a casa, v. 1. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998a.
______. Cartilha Educao Ambiental e Sanitria: a rua, v. 2. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998b.
______. Cartilha Educao Ambiental e Sanitria: o bairro, v. 3. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998c. ______. Cartilha Educao Ambiental e Sanitria: a cidade, v. 4. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998d.
______. Manual de Dinmicas Ambientais. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
1996.
TOLENTINO, Lucas. Novo modelo de gesto do lixo. InforMMA, 2013. Disponvel em: http://www.mma.gov.br/informma/item/9272-novo-modelo-de-gest%C3%A3o-do-lixo. Acesso
em: 28 abr. 2015.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau.
COMPLEXO ELICO PARQUE DO ARARIPE: O PIAU EM DESTAQUE
NA PRODUO DE ENERGIA PROVENIENTE DOS VENTOS
Mnica Sebastiana Brito de S Lyella Arajo Buenos Aires Alencar
1. Universidade Federal do Piau UFPI/CSHNB [email protected] 2. Universidade Federal do Piau UFPI/CSHNB [email protected]
RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido na finalidade de conhecer a contribuio da
energia elica na busca por um desenvolvimento sustentvel. Nos dias atuais notria a
preocupao por um futuro pautado na sustentabilidade, tendo em vista que obter energia atravs
dos combustveis fsseis acarreta grandes impactos ambientais, alterando inclusive a estrutura
climtica do planeta. Foi a partir da dcada de 80 que comeou a se verificar uma maior
preocupao com as mudanas climticas, preocupao esta que partiu tanto dos pases afetados,
como tambm atravs de iniciativas de rgos internacionais. Passou-se ento a buscar aes que
contribussem para este desenvolvimento sustentvel, foi a que se passou a buscar e
consequentemente a crescer o uso de energias limpas na produo de energia, sendo assim, a
energia elica vem ganhando propores considerveis, j que uma soluo para o problema
citado, uma vez que se trata de uma energia limpa e renovvel. O Brasil est ganhando destaque
nesse segmento, uma vez que est investindo em projetos para o desenvolvimento dessa
modalidade energtica, e o Estado do Piau tambm vem se destacando, principalmente com a
construo do Complexo Elico Chapada do Araripe, que quando estiver concludo ir elevar o
estado a 5 posio no ranking dos estados brasileiros que mais produzem energia elica, uma vez
que ser capaz de produzir energia suficiente para o abastecimento por completo do estado, tendo
capacidade at mesmo de exportar energia. A metodologia aplicada foram pesquisas
bibliogrficas, que tiveram o intuito de demonstrar o importante papel que a energia elica possui
na contribuio de um desenvolvimento sustentvel, focando o Complexo Elico da Chapada do
Araripe, que, quando concludo, ter capacidade energtica capaz de atender toda a demanda do
estado do Piau.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentvel; energia elica; Complexo Elico Chapada do
Araripe.
1.Introduo:
H algumas dcadas possvel verificar uma maior preocupao com os impactos
ambientais, buscando-se a construo de um futuro que se desenvolva de maneira sustentvel. Em
1997, no Japo, foi assinado o Protocolo de Kyoto, onde vrios pases se comprometeram a
reduzir a emisso de gases do efeito estufa, se comprometendo a buscar maneiras de aliviar os
impactos causados pelos gases poluentes oriundos da queima de combustveis fsseis,
responsveis pelo agravamento do efeito estufa. Foi a partir de ento que se passou a se buscar o
desenvolvimento e maior utilizao das energias limpas, essas energias limpas so aquelas que
no liberam, ou liberam poucos gases ou resduos que venham a provocar impactos ambientais.
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Dentre os pases que ratificaram o protocolo supramencionado, os mais desenvolvidos passaram
ter metas de reduo dos impactos e os subdesenvolvidos se comprometeram a desenvolver aes
que contribussem para acalcar tal desenvolvimento sustentvel.
Essa preocupao ambiental e a busca de alternativas energticas que no fossem to
agressivas para o meio ambiente fizeram com que a energia elica ganhasse evidncia, e o Brasil
no ficou de fora, na Amrica Latina foi o pas pioneiro nesse setor, instalando o primeiro aero
gerador, ainda na dcada de 90.
Apesar de o Brasil ter iniciado sua produo elica no pas ainda na dcada de 90, esta
engatinhou at a primeira dcada do sculo XXI, ms nos ltimos anos, aps investimentos
governamentais significativos, a produo aumentou consideravelmente. E a energia elica se
tornou a energia limpa que mais tem ganhado espao no seguimento energtico.
2. Metodologia de Trabalho:
O presente trabalho foi desenvolvido na finalidade de conhecer a contribuio da energia
elica na busca por um desenvolvimento sustentvel. O mtodo terico apresentado foi uma
pesquisa bibliogrfica, sendo o lugar estudado a regio sudoeste do Estado do Piau, que fica a 400
km da capital do Estado. O Complexo Elico Chapada do Araripe abrange
os municpios piauienses de Caldeiro Grande, Marcolndia, Padre Marcos, Simes,
Curral Novo do Piau e Paulistana e dever ser concludo at o ano de 2017.
3. A Energia Elica e o Desenvolvimento Sustentvel.
O ser humano necessita de energia eltrica para que possa se desenvolver e exercer suas
atividades, pois esta essencial para a manuteno dos servios utilizados pelas sociedades, e,
portanto, necessrio buscar formas de gerao de energia que no sejam to agressivas para o
meio ambiente, tendo em vista que o meio ambiente de suma importncia para a manuteno da
vida humana. Segundo Viana et al (2001):
A modernidade e o meio ambiente derivam de uma dinmica: o ser
humano como protagonista crescente em sinergia s superestruturas e com
uma centralizao progressiva que absorve o fato de que preciso repensar
as relaes entre o homem e a natureza. Isto, porm, no oposto ao fato
de que, quando se preocupa com o meio ambiente, h a obrigao de impor
um questionamento profundo perante a modernidade, o que culmina por
inserir efetivamente os fundamentos dentro de uma nova realidade de
desenvolvimento. (VIANA ET AL 2001, s/p).
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Eis que a energia elica contribui para reduo dos impactos ambientais, pois se trata de
uma alternativa de fonte limpa e renovvel. uma energia que no polui o meio ambiente durante
sua operao, no gerando assim, considerveis danos ao meio ambiente.
Nota-se que a energia elica uma soluo para um desenvolvimento sustentvel, esta
modalidade de energia obtida atravs dos ventos contribui para alcanar o fim desejado pelos
pases que se preocupam com o futuro do planeta, j que os impactos provocados no ambiente so
considerados mnimos.
Conforme Hartley (1990), apud DINCER (2000): "As tecnologias de energia renovveis
podem produzir energia comercializvel por meio de converso de fenmenos naturais em formas
de energia til."
4. O Complexo Elico Chapada do Araripe.
A regio nordeste uma regio de destaque quando se trata de energia elica, tendo em vista
que esta possui um grande potencial para a produo. no Piau, mais precisamente na regio
sudeste do estado, que est sendo construdo um complexo elico, na regio mais conhecida como
chapada do Araripe. O complexo abrange os municpios piauienses de Caldeiro Grande,
Marcolndia, Padre Marcos, Simes, Curral Novo do Piau e Paulistana.
Estima-se que quando concludo, o Parque Elico Ventos do Araripe passar a produzir
181% da energia que foi consumida no ano de 2013 e poder ser exportador de energia, isto quer
dizer que o estado ser auto-suficiente na questo energtica. A produo piauiense de energia
elica que no atinge nem 2% da produo nacional, aps a concluso do Complexo Elico
Chapada do Araripe saltar para mais de 10%.
Segundo o diretor executivo de uma das empresas atuantes na construo do complexo:
O Piau responde por 1,4% da energia elica
produzida no Brasil, em 2017 produzir 10,4% da
energia elica do pas, ficando atrs apenas da
Bahia, Rio Grande do Norte, Cear e Rio Grande
do Sul. Isso representa que em 2017, o
crescimento do Piau nesse quesito ser maior que
o do Brasil (Clcio Eloy, 2015).
A construo do parque elico ainda uma fonte geradora de empregos, durante a
construo do referido complexo elico, houve pelo menos 4 mil (quatro mil) contrataes em
carter temporrio. Aps a concluso as oportunidades de emprego iro diminuir, mas ainda
continuar havendo oportunidades de empregos na operao e manuteno das usinas, nesse caso
no so empregos de carter temporrio, mas de longa durao.
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Percebe-se que o Parque ser de suma importncia para o estado, devido a sua relevncia,
alm de contribuir economicamente e socialmente em nvel regional, contribuir tambm para o
meio ambiente, uma vez que se trata de uma energia sustentvel. Alm das contribuies sociais e
ambientais.
4. Consideraes Finais:
Com a verificao das mudanas anormais na estrutura climtica do planeta e a
comprovao de que essas mudanas eram provocadas principalmente pela queima de
combustveis fsseis, os pases e rgos internacionais passaram a ter uma maior preocupao na
busca de um controle e possveis alternativas para a diminuio dos gases que maximizam o efeito
estufa.
O grande marco da busca por um futuro pautado em desenvolvimento sustentvel foi o
Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, no Japo. O Brasil foi um dos pases que assinaram tal
protocolo, por se tratar de um pas ainda em desenvolvimento a este no foram impostas metas
obrigatrias de reduo de gases, mas o pas deveria realizar aes sustentveis que contribussem
para a reduo dos efeitos estufa.
A energia elica uma das fontes consideradas limpas, se trata de uma energia renovvel,
que gera impactos mnimos ao meio ambiente. No Brasil a energia elica est tomando propores
considerveis nos ltimos anos, principalmente na regio nordeste, que uma regio brasileira que
possui grande potencial. possvel verificar a evoluo da energia elica no Brasil atravs do
grfico a seguir:
Figura 1 - Evoluo da Capacidade Elica Instalada no Brasil
Fonte: Elaborada por Naya Jayme Ringer, com base em AEElica (2014)
No estado do Piau foram feitos investimentos no setor e o mesmo ir alcanar uma posio
de destaque quando o Parque Elico Ventos do Araripe estiver concludo, tendo em vista que a
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energia produzida no parque ser capaz de abastecer por completo o estado, e far com que o Piau
seja responsvel pela produo de mais de 10% da energia elica produzida no pas.
5. Referncias Bibliogrficas
Ringer, Naya Jayme. Desafios do setor de energia elica no Brasil: uma abordagem sistmica. Ribeiro Preto, 2014.
Honrio, Celina. Piau ser o 5 maior produtor de energia elica at 2017. Disponvel em: . Acesso em 19 de setembro de 2015.
Hartley DL. Perspectives onrenewableenergyandthe environment. In: Tester JW, Wood DO, Ferrari NA, editors. Energy and the environment in the 21st Century. Massachusetts: MIT, 1990.
VIANA, Silva e Diniz, O Desafio da Sustentabilidade. So Paulo: Fundao Perseu Abramo,
2001.
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ISSN 2525-3573 * n 01 * 2015
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
ASSOREAMENTO: CAUSAS E CONSEQUNCIAS DESSE
IMPACTO AMBIENTAL NO RIO PARNAIBA LUZILNDIA- PI
Autor: LIMA, Edson Ferreira Co-autores: DIAS, Antonio Carlos Almeida; RODRIGUES, Francisca das chagas Ferreira;
Orientador: MARQUES, Cristiano Gleison Almeida;
Universidade Federal do Piau UFPI/EAD
cead.ufpi.br
RESUMO: O trabalho de pesquisa trata-se de uma anlise dos impactos ambientais, tendo como
foco principal o leito do Rio Parnaba, no municpio de Luzilndia-PI a partir da identificao e
avaliao dos impactos ambientais significativos neste ambiente, listando-os, conforme o tipo de
degradao ambiental. A abordagem da pesquisa ser realizada pelo tipo exploratrio com visita
na rea pesquisada, descritivo e bibliogrfico.
PALAVRAS CHAVE: Assoreamento. Impacto Ambiental. Rio Parnaba.
1. INTRODUO:
Os cursos dgua na forma de rios formam um importante elo de relao entre o homem e o
meio ambiente, sendo responsvel por fornecer gua para suas necessidades bsicas e
subsequentemente para obteno de energia eltrica. Entretanto essa relao que a priori comeou
harmoniosamente tornou-se um dos principais fatores de desequilbrio do meio
ambiente, pois com o passar dos tempos aes desordenadas tornaram os rios palco de vrias
formas de impactos ambientais, sendo o assoreamento, como vemos na FIGURA 1, uma forma de
eroso hdrica, um dos principais enfoques, sendo este causado principalmente por meio do
antropismo.
Baseado em tal pressuposto faz-se necessrio um estudo detalhado desse tipo de impacto,
sendo o foco de analise o leito do rio Parnaba localizado no municpio de Luzilndia distante da
capital Teresina 280 km no Estado do Piau. O processo de assoreamento do leito de um rio ocorre
preponderantemente pela retirada da mata ciliar presente nas margens dos rios. Atualmente, as
matas ciliares tambm denominadas de rea de Preservao Permanente so institudas
legalmente, atravs do Cdigo Florestal e Resoluo CONAMA. O fator assoreamento a
obstruo, por sedimentos, terra, areia ou outro detrito de um esturio, rio, ou canal. A reduo do
fluxo nos aquferos do mundo uma das formas gerada pelo assoreamento, causando a morte das
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nascentes. Esta provoca a diminuio de profundidade gradual dos rios, vindo de processos
erosivos, gerados principalmente pelas guas da chuva, alm de processos qumicos, antrpicos e
fsicos, que desagregam solos e rochas formando sedimentos que sero transportados
(PENTEADO, 1983).
No entanto, na prtica existe a carncia de informaes por parte da comunidade sobre a
importncia e a funo das matas ciliares, necessitando mant-las preservadas. Tal desrespeito ao
meio ambiente ocorre principalmente para utilizao das margens para a pratica da agricultura e a
ocupao desordenada causada pela falta de planejamento urbano. O presente trabalho baseou-se
no ideal de que diante dos atuais impactos ambientais na rea pesquisada seu esgotamento ser
inevitvel, impossibilitando que as geraes futuras possam usufruir do mesmo, tendo como
objetivo geral uma anlise das causas e as consequncias do processo de assoreamento do rio
Parnaba no municpio de Luzilndia-PI, apontando fatores responsveis por tal situao,
buscando estabelecer medidas capazes de conter essa degradao e definindo estratgias para
conter e reverter tal situao.
2. METODOLOGIA:
O trabalho de pesquisa trata-se de uma anlise dos impactos ambientais, tendo como foco
principal o leito do Rio Parnaba, no municpio de Luzilndia-PI a partir da identificao e
avaliao dos impactos ambientais significativos neste ambiente, listando-os, conforme o tipo de
degradao ambiental. A abordagem da pesquisa ser realizada pelo tipo exploratrio com visita
na rea pesquisada, descritivo e bibliogrfico. Os dados primrios foram obtidos atravs da
participao direta do pesquisador do resumo na fase de elaborao do mesmo com uma visita ao
local de pesquisa entre os dias 14/10/2015 a 16/10/2015 para obteno de registros fotogrficos e
para vivencia na pratica do atual estado de degradao da rea em estudo. Os dados secundrios
foram levantados atravs de livros, internet e rgos governamentais.
3. RESULTADOS E DISCUSSO:
Baseado em uma anlise da rea em destaque a presente pesquisa evidencia que as
principais causas para o processo de eroso (assoreamento), est ligada a expanso urbana do
municpio de Luzilndia (FIGURA 2), sendo a margem direita do rio a mais afetada pelo
desmatamento da mata ciliar, em contrapartida a margem esquerda no povoado Porto Formoso
So Bernardo (MA) encontra-se em sua maioria ainda intactos havendo pequenas lacunas nas
reas onde antigamente servia de atracagem para os pontes (tipos de embarcao caracterstico
para travessia de rios). Notoriamente a ocupao desordenada da margem do rio em sua parte
piauiense est ligada a instalao de estabelecimentos comerciais sem respeitar os limites mnimos
estabelecidos pelos rgos de devesa do meio ambiente. De acordo com a lei nmero 4.771 de 15/
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09/1965 que estabelece os limites mnimos para a ocupao das margens de um curso dgua o rio
Parnaba nas proximidades de Luzilndia deveria ter suas margens preservadas num espao de
100 metros, pois a largura do mesmo e de aproximadamente 60 metros.
O intenso desrespeito s normas ambientais, sobretudo na forma como foi ocupada as
margens do rio Parnaba no municpio de Luzilndia torna a pblico um problema que pode no
futuro ter consequncias desastrosas, notrio a dependncia desse recurso natural pela populao
dessa cidade tanto para atividade pesqueira, agricultura, quanto para a obteno de gua para
abastecer o reservatrio da cidade. Entretanto perceptvel o descaso por parte do poder pblico
municipal no tocante a preservao das matas ciliares e, sobretudo na conscientizao da
populao sobre os danos causados pela retirada de tal elemento. Diante da situao analisada
neste local, medidas de recuperao devero ser providenciadas de maneira efetiva e imediata,
sendo vivel que os gestores iniciassem uma campanha de reflorestamento dessas margens e,
sobretudo punissem os que infligissem as leis ambientais referentes ao tema.
4. CONCLUSO:
O atual estgio de degradao ao rio Parnaba (FIGURA 3) causado pelo processo de
eroso hdrica (assoreamento), vem repercutindo de forma negativa em toda coletividade
luzilandense, tal argumento insere-se na temtica local pelo fato do rio ser uma fonte de riqueza da
regio. De acordo com as indagaes presentes na pesquisa constatou-se que as principais causas
esto focadas na ao antrpica como vemos na FIGURA 4, sobretudo na ocupao irregular das
margens do rio e a consequente retirada de sua mata ciliar, elemento responsvel por manter o
equilbrio necessrio para a fluncia do rio, baseado em tal anlise verificou-se que o estgio
avanado de assoreamento (FIGURA 5) acarretar em futuro prximo, se no houver medidas
capazes de conter tal impacto negativo, um possvel interrompimento do curso do rio causando
irreparveis prejuzos no s para o municpio de Luzilndia e adjacente, mas para todos que
dependem do rio Parnaba, seja para obteno de energia eltrica e para suas necessidades bsicas.
As iniciativas por parte da comunidade luzilandense e a atuao do poder pblico podem ser um
fator preponderante para a restaurao do fluxo normal do rio Parnaba em Luzilndia atravs de
medidas de conscientizao sobre a importncia da mata ciliar e reflorestamento de suas margens,
e um melhor planejamento urbano.
5. IMAGENS FOTOGRFICAS:
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FIGURA 1 Efeitos do assoreamento no Rio Parnaba
FIGURA 2 Expanso urbana da cidade de Luzilndia-PI. (Imagem do Google Earth)
FIGURA 3 Leito seco do Rio Parnaba
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FIGURA 4 Aes antrpicas do homem na natureza
FIGURA 5 - Estgio avanado de assoreamento (razes expostas)
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
LUSTOSA, Suane Pereira; NEGREIROS, Larissa Azevedo; PEDROSA, Thays Cristina; SOUSA, Alana Karine da Silva. A Ocorrncia do Assoreamento s Margens do Rio Pau Darco, na Regio Sul do Estado do Par. Par.
MIGUEL, Ronaldo; SANTOS, Harlen Incio dos. Caracterizao do Assoreamento do Crrego Capoeira, Municpio de Senador Canedo-GO. Goinia, Universidade Catlica de Gois UCG, 2007.
PENTEADO, M. Fundamentos de Geomorfologia. Rio de Janeiro, Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, 1983.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
A INSERO TECNLGICA NA EDUCAO: CONCEPES E
POSTURAS DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM
PARNABA (PI).
Autor: E. J. S. SOUZA. 1 - Universidade Federal do Piau-UFPI/CEAD.
Co-autor (es): F. A. R. SIQUEIRA. [email protected]
L.F. COSTA. [email protected]
Orientadora: M. B.C. BEZERRA
RESUMO: Considerando que atravs das tecnologias da informao e comunicao (TICs) a sociedade impe exigncias e propem novas experincias no mbito da educao escolar, o presente estudo pretende investigar acerca das concepes e posturas de docentes do ensino fundamental diante das exigncias tecnolgicas na educao. O objetivo identificar dificuldades e desafios a serem superados no espao escolar, favorecer o uso de recursos tecnolgicos modernos e atualizados, tais como o computador e a internet, como ferramentas que podem contribuir com o processo de ensino e aprendizagem. Metodologicamente, procedeu-se com uma abordagem de cunho exploratrio e qualitativo, tendo nessa formulao metodolgica a possibilidade de reunir um campo amplo de informaes e conhecimentos que podem nos impulsionar um conjunto de aes em prol da melhoria da prtica pedaggica docente e a qualidade do ensino dos alunos. Determinou-se assim um estudo que contribui para ampliar as discusses e reflexes a respeito das exigncias tecnolgicas nas prticas docentes, em consonncia com os ideais da sociedade informatizada, que se torna cada vez mais automatizada e flexvel e que pode despertar nos docentes e nos educandos uma formao escolar crtica e emancipatria. Propiciando tambm uma busca de recursos para a prtica pedaggica e
conseguinte para o melhoramento da aprendizagem.
Palavras-chave: Concepes e posturas Docentes; Prtica pedaggica; Tecnologias digitais na
educao.
1. INTRODUO:
As novas tecnologias da informao e comunicao esto por transformar os mais diversos
ambientes e cotidianos da vida social. Tendo vista que a globalizao1 une os mercados e ao
clique de um mouse podem-se acessar milhares de informaes oriundas de vrias partes do
planeta, configurando as inter-relaes entre tecnologia, informao e consumo, chegando a um
nvel nunca antes visto que vem se consolidando ao longo deste sculo XXI.
1 um fenmeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integrao em carter
econmico, social, cultural e poltico.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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Tecnologias da Informao e Comunicao correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres.
Devido a isso inmeros acontecimentos propuseram um avano exorbitante nas demandas de
produo e de consumo, Libneo (2011) aponta que esses acontecimentos tomam forma como um
circuito integrado, pois provoca mudanas no processo de produo, no perfil dos trabalhadores e
por sua vez na educao, est ultima se tornando vital no desfecho para insero das pessoas na
sociedade do conhecimento, pois, demandas e situaes so exigidas a todo o momento e so
impelidas ao universo escolar para que possam responder s exigncias e abranger a relao entre
tecnologia, conhecimento e prtica pedaggica. As escolas esto indo de encontro com essas relaes e demandas e esto atrofiadas e, ao
mesmo tempo, repletas de incumbncias, pois no esto vivenciando as tecnologias de forma
satisfatria e, por conseguinte acabam por no conseguir totalizar uma relao de incluso em seu
espao educacional, caindo em uma apologia reprodutivista de desvalorizao do conhecimento,
que se d de forma inapropriada atravs de prticas pedaggicas defasadas. A importncia das tecnologias para a melhoria da qualidade da prtica pedaggica do
professor deve ser acompanhada das necessidades de inclu-las nos currculos escolares, o que
para Arroyo (2011, p. 150) aos currculos cabe incorporar a variedade de experincias e de
sujeitos sociais, polticos e culturais, tnicos, raciais. Assim nessas incorporaes devem-se
desenvolver competncias e habilidades para lidar com as TICs2, pois o contexto de uma
sociedade tecnolgica e informacional, faz do conhecimento seu fulcro crucial de
desenvolvimento, mudanas e especialidades. (DEMO, 2006, p.20). Deve proporcionar
intercmbio de informaes cientificas e culturais de diversa natureza, que permita um ambiente
de interao e autonomia dos alunos.
Est pesquisa que tem como finalidade investigar as concepes e posturas docentes sobre a
insero das tecnologias digitais na educao no contexto da escola pblica diante das novas
exigncias que o mundo do trabalho impe sobre a mesma e seus profissionais, buscando
caracterizar o perfil dos profissionais e suas apropriaes de conhecimento a partir das imposies
sociais contemporneas, no deslumbre diversificado de informaes que permeiam o espao
escolar.
2. PRESSUPOSTOS TERICOS:
Tendo como fundamento est perspectiva de estudo tomaremos como referencial terico em
nosso estudo Libneo (2011), Arroyo (2011), Castells (2006), Lemos (2003), Macedo (1997),
entre outros autores que nos permitirem uma viso crtica/reflexiva da sociedade tecnolgica,
concepes posturas docentes e escola. Para tanto consideremos o contexto social vigente,
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permeado de avanos e exigncias tecnolgicas, e vivncias da cibercultura, que para Lemos
(2003,p.11).
Vivemos j a cibercultura. Ela no o futuro que vai chegar, mas o nosso presente
(homebanking, cartes inteligentes, celulares, palms, pages, voto eletrnico, imposto de renda,
entre outros).
No entanto esse vis proporciona mudanas na educao e no processamento dos currculos,
pois com o advento das TICs a formao profissional para uma sociedade automatizada e uma
dinmica de processamento produtivo que precisa ser remodelada a todo o momento se tornando
fundamental no interior das relaes educacionais na escola (MACEDO, 2008).
Ainda de acordo com Macedo (2008, p. 42) a tecnologia ao mesmo tempo em que permite
ao homem um maior domnio da natureza, tende a transformar a vida cotidiana em uma prtica
cada dia mais irrefletida. Assim os impactos das modernizaes esbarram nas concepes
curriculares escolares, concepes essas especficas e que no tomam por completo a formao
para o mercado, assim a sociedade atuaria nos enlaces e disfunes deixadas pela escola, vez que
no propiciar uma viso crtica/reflexiva sobre as prticas sociais.
O conhecimento deve ser pensado dentro do currculo como uma compreenso cultural, e
no como especificidades para generalizaes, porque pensar de forma natural neutra e sem
objetivo implica pensar o conhecimento como vis mercantil e sem fundamentaes, pois uma
formao para uma sociedade mesmo que seja automatizada e mercadolgica e sobre posta de
tecnologia, deve ser proporcionada de forma crtica e reflexiva. Uma vez que o papel fundamental
de tratar o currculo como prtica social concreta, seja no interior da escola, ou seja, para
formao profissional. (ARROYO 2011).
Diante dessa concepo a ao docente essencial, pois os mesmos devero estar em pleno
acompanhamento e interligados com a cibercultura, a qual possui vis com as formas culturais e
sociais, e as novas tecnologias, tendo a ltima base na microeletrnica surgida com o
aperfeioamento das telecomunicaes. (LEMOS, 2003).
3. METODOLOGIA:
Metodologicamente o estudo procedeu-se atravs de um estudo exploratrio de cunho
qualitativo com profissionais da educao em uma escola pblica em Parnaba-PI, atravs de
observaes em sala de aula, pautado em procedimentos estabelecidos para a concluso dos dados,
enviesando sobre as posturas e dificuldades relacionadas ao uso, manejo e praticidades dos
recursos tecnolgicos como auxiliadores do processo de ensino aprendizagem. Desta forma
Minayo (2006, p.57) com relao pesquisa qualitativa relata o seguinte:
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Esse mtodo permite desvelar processos sociais ainda pouco conhecidos
referentes a grupos particulares, propicia a construo de novas abordagens reviso e criao de novos conceitos e categorias durante a investigao tambm utilizado para a elaborao de novas hipteses, construo de indicadores qualitativos, variveis e tipologias.
Esse tipo de estudo uma atividade da rea da cincia, que visa construo da realidade
atravs da compreenso dos fenmenos estudados, mas que se preocupa com as cincias sociais
em um nvel de realidade que no pode ser quantificado, pois trabalha com o universo de crenas,
valores, e significados.
Desta forma apodera-se de uma metodologia exploratria que tem por embasamento
confrontar ideias e vises diferenciadas pela temtica e com isso propiciar um leque de
informaes relevantes para o assunto em questo e que levante discusses posteriores por quem
vier a despertar o interesse pelo tema, Conforme Andrade (1997, p. 21).
4. RESULTADOS E DISCUSSO:
As prticas de ensino com recursos tecnolgicos observadas nas escolas nos remetem a
professores com dificuldade para lidar com novos recursos e novas prticas para o auxilio dos
contedos das disciplinas em sala de aula, uma vez que h barreiras s inovaes tecnolgicas por
parte dos mesmos, e por no terem tido uma formao inicial adequada que proporcionassem um
ganho crtico e reflexivo de modo que as novas tecnologias educacionais se desenvolveriam de
forma ampla a partir de suas prticas pedaggicas.
Essas evidncias no constituem um fator que impea a interao das TICs, mas que
favorecem uma constituio de fatos e fatores que devem proporcionar escola e seus docentes
uma viso diferenciada que venha proporcionar desafios novos e oferecer subsdios para uma
educao tecnolgica. Durante a pesquisa evidenciamos tambm, que no universo de professores da instituio
pesquisada existem professores que fazem dos recursos tecnolgicos, um auxiliador de suas aulas,
padronizando determinados contedos e proporcionando no educando uma viso mais completa e
instigante para que haja uma aprendizagem significativa. Dentro desse contexto, observamos uma
sala de aula mais interativa, e com clmax de curiosidade instigando o professor a uma situao de
aprendizagem extremo para com seus alunos. O uso de recursos tecnolgicos como auxiliador da aprendizagem, deve ocorrer de forma
sucinta e direta para que se torne um auxiliador realmente do ensino, e no apenas reprodutor de
imagens ou de vdeos que no passa para o aluno nenhum significativo e nem um atrativo, pois
sendo assim atravs dessa conduta os recursos tecnolgicos sejam eles quais forem: Data Shows,
Dvds, aparelhos sonoros entre outros devem demonstrar e conter um vis pedaggico que viabilize
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tanto para o professor quanto para o aluno uma prtica significativa e uma aprendizagem
valorativa. Outro ponto evidenciado durante algumas observaes foi o esforo por parte de alguns
docentes da escola em utilizar recursos, isso ocorreu devido uma parte dos professores usarem
com frequncia data show, aparelho de Dvd e instrumentos sonoros em suas aulas que acabou
instigando esse interesse, mesmo no tendo um vis pedaggico, mais de alguma forma se viram
necessitados de usar tais recursos em suas aulas, pois o contexto social tecnolgico, e o mesmo
contexto est no dia a dia dos alunos e do prprio docente.
5. CONSIDERAES FINAIS:
Diante do contexto estudado e dos avanos tecnolgicos, em vrios setores da sociedade e
consecutivamente no mbito escolar, a insero tecnolgica realidade e causadora de
aprendizagem fazendo com que haja uma insero significativa por parte dos professores e
utilizao em suas aulas e em suas prticas de ensino.
No tocante do estudo evidenciamos docentes determinados por posturas tecnolgicas que
usam recursos e fazem dos mesmos um auxiliador de aprendizagem dentro de sua prpria prtica
pedaggica em sala de aula que proporciona ao aluno uma aprendizagem significativa para o seu
contexto e suas vivncias.
O real determinante desse estudo foi trafegar pelo o quo o conhecimento importante, e
diversifica aes necessrias para que ocorra uma aprendizagem significativa e valorativa em
tempos de modernizao social. A escola deve est inserida nesse tocante juntamente com seus
docentes, pois uma busca por conhecimento e atualizao se faz necessria para que haja uma
aprendizagem significativa.
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:
ARROYO, M. currculo, territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011.
DEMO. P. Formao permanente e tecnologias educacionais. Petrpolis: Vozes, 2006.
LEMOS, Andr; CUNHA, Paulo (orgs). Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003; pp. 11-23.
LIBNEO, J.C. Adeus professor adeus professora?.13 ed. So Paulo: Cortez, 2011.
MACEDO, E. Novas tecnologias e currculo In: MOREIRA, Antnio Flavio (org.). Currculo: questes atuais. 14 ed. Campinas: Papirus, 2008. p. 195-239.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Sade.
9 ed. Revista Aprimorada. So Paulo:Hucitec,2006.
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I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS
SRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI)
Autor: Fernanda Arajo Roque Siqueira.
Co-Autor(es): Ezio Jos Silva Souza; Luciana Ferreira da Costa.
Universidade Federal do Piau UFPI
2. [email protected] 3. [email protected]
Orientadora: Maria Bernadete de Carvalho Bezerra
RESUMO: Neste artigo, apresentamos uma analise reflexiva a cerca das metodologias e das prticas pedaggicas, aplicadas ao Ensino de Geografia nas Sries Iniciais do Ensino Fundamental em uma Escola publica da cidade de Parnaba-PI. Tem como objetivo geral Analisar o tipo de metodologia utilizada pelo
professor. Como objetivos especficos: Analisar a aplicao das novas tecnologias no ensino de Geografia; Analisar a relao professor/aluno no processo de ensino/aprendizagem; verificar a aceitao das prticas pedaggicas pelos discentes; e por ltimo avaliar o grau de motivao destes mediante aos contedos abordados em sala de aula. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratrio de cunho qualitativo, no qual utilizamos observaes no participantes e o estudo de caso, o qual nos foi de grande valia no decorrer desta pesquisa tanto na sala de aula como de um modo geral. O estudo acerca dessa temtica surgiu da necessidade de compreendermos o desinteresse dos alunos pelas aulas de Geografia do ensino fundamental. Aps a coleta e anlise dos dados obtidos, observou-se que as metodologias utilizadas pelos docentes so responsveis por causar a desmotivao dos discentes em relao s aulas de Geografia. Dessa forma, compreende-se que extremamente necessrio que haja uma reformulao metodolgica, baseada na utilizao de instrumentos tecnolgicos que ajudem a inovar a prtica docente.
PALAVRAS-CHAVE: Metodologias; Prticas Pedaggicas; Ensino/aprendizagem.
1. INTRODUO:
Com o passar do tempo e com os avanos na rea educacional, o Ensino de Geografia
comeou a ser questionado fazendo com que houvesse um rompimento com os mtodos
tradicionais onde o ensino era baseado apenas na leitura de livros didticos e na cpia de
exerccios extrados dos mesmos. A partir desse rompimento, surgiram vrias mudanas na forma
de ministrar aulas. No entanto, para Siqueira e Quirino (2012) este ensino ainda permanece
distante dos interesses dos alunos. Sendo necessrio, portanto, que novas metodologias sejam
adotadas, a fim de tornar as aulas mais dinmicas e significativas diante do contexto atual em que
os alunos esto inseridos. O estudo acerca da temtica O Ensino de Geografia nas Sries Iniciais do Ensino
Fundamental em uma Escola publica da cidade de Parnaba-PI, surgiu da necessidade de
compreendermos o desinteresse dos alunos pelas aulas de Geografia nas escolas pblicas desta
cidade. Para a realizao dessa pesquisa, procuramos levar em considerao os tipos de
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metodologias, as estratgias utilizadas para expor os contedos e as maneiras utilizadas pelos
professores como formas de fixao dos assuntos estudados. Este estudo caracterizou-se por uma
observao da prtica do professor mediante o desafio da utilizao das novas tecnologias e o
interesse dos alunos pelas aulas de Geografia. E tem por objetivo investigar o uso das novas
tecnologias como ferramenta metodolgica a ser utilizada pelos docentes no ensino de Geografia,
a fim de analisarmos sua importncia no processo de ensino/aprendizagem; verificar o grau de
aceitao das prticas metodolgicas pelos discentes e observar o grau de motivao destes
mediante os contedos abordados em sala de aula.
2. PRESSUPOSTOS TERICOS:
Sabe-se que o mundo transforma-se rapidamente, e por conta dessas mudanas, surgiu a
necessidade de mudarmos tambm a forma de trabalharmos os contedos da disciplina de
geografia em sala de aula. Fato este, que se confirma tambm no pensamento de Rocha (2006)
quando diz que [...] o mundo passa por profundas transformaes e rpidos avanos no sentido
econmico, social, poltico e tecnolgico, e a escola precisa agilizar a sua caminhada para que a
educao acompanhe esse permanente processo de mutao.
Lacoste (2012) diz que com o passar dos tempos os alunos deixaram de se interessar
pelas aulas decorativas que enumeram, regies ou pases, relevo-clima-vegetao-populao-
agricultura-cidades-industrias, etc. Diante da viso de L