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XI JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA IX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ALERGIA ALIMENTAR DATA: 24, 25 E 26 DE AGOSTO DE 2017. Centro de Convenções do Hotel Matsubara – Rua Cel. Oscar Porto, 836 – Paraíso – São Paulo-SP. ANAIS DO EVENTO Realização e Organização: Apoio :

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XI JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA

IX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ALERGIA ALIMENTAR

DATA: 24, 25 E 26 DE AGOSTO DE 2017.

Centro de Convenções do Hotel Matsubara –

Rua Cel. Oscar Porto, 836 – Paraíso – São Paulo-SP.

ANAIS DO EVENTO

Realização e Organização: Apoio :

Direto-presidente do Instituto Girassol

Gabriel Wolf Oselka

Diretora administrativa-financeira do Instituto Girassol

Giuliana Haddad Taralli

Diretor da Faculdade de Medicina do ABC

Adilson Casemiro Pires

Vice-diretor Fernando Luiz Affonso Fonseca

Presidente do IX Simpósio Internacional de Alergia Alimentar

Renata Rodrigues Cocco

Presidente da XI Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica

Roseli Oselka Saccardo Sarni

Comissão Científica do IX Simpósio Internacional de Alergia Alimentar

Dirceu Solé

Fabíola Suano de Souza

Marcia de Carvalho Mallozi

Renata Rodrigues Cocco

Roseli Oselka Saccardo Sarni

Comissão Científica da XI Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica

Fabíola Isabel Suano de Souza

Glauce Yonamine

Roseli Oselka Saccardo Sarni

Comissão de Trabalhos Científicos

Fabíola Isabel Suano de Souza

Renata Rodrigues Cocco

Roseli Oselka Saccardo Sarni

Glauce Yonamine

Os IX Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e XI Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica receberam apoio do Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP/CAPES), Processo n. 88887.138135/2017-0.

Realização e Organização: Apoio :

XI Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica e IX Simpósio Internacional de Alergia Alimentar 3

PO 001. PERFIL DE PACIENTES ENTRE ZERO E DOIS ANOS DE IDADE USUÁRIOS DE DIETAS OU FÓRMULAS INFANTIL FORNECIDAS PELA GERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO ES. AUTORES: Hully C. Santos; Vanessa R.S.; Carolina D.R.F.; Giuliana R.T.; Carolina P. Faria. INSTITUIÇÃO/LOCAL DE REALIZAÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO / GERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO ES Introdução:Fórmulas e dietas nutricionais destinadas ao tratamento de patologias são usualmente consideradas como de alto custo. Haja vista que tais fórmulas são a melhor opção em diversos casos, a Gerência de Assistência Farmacêutica do estado do Espírito Santo-GEAF, visando garantira Segurança Alimentar e Nutricionaldesenvolveu um programa de assistência farmacêutica e nutricional. Objetivos: Identificar o perfil dos novos usuários de fórmulas nutricionais entre 0 e 2 anos de idade da GEAF. Método: Trata-se de um estudo transversal de análise de dados secundários, oriundos das bases de dados da GEAF. Foram descritas,utilizando proporções, as variáveis: tipo de processo, idade, sexo, estado nutricional, via de administração, profissional que acompanha o paciente e o CID utilizado nos laudos.Resultados: A análise de dados (n=269)permitiu identificar que 80,7%da dieta solicitada é classificada comonão judicial, predominam na amostra crianças com menos de um ano de idade (82,5%), sendo 60,1% do sexo masculino e43,7% apresentambaixo peso para a idade. A principal via de administração solicitada foi a via oral (89,8%), a maioria das demandas são atendidas somente pelo profissional médico (61,7%) e o principal CID apresentado para justificar a demanda pelas fórmulas foi o de dermatite (47,8%). Conclusão: Diante desses achados, observou-se alta prevalência de baixo peso para a idade, justificando a demanda por nutrição especializada. Também verificou-se que os CIDs utilizados não necessariamente refletem a doença de base dos solicitantes mas sim, os sintomas. Dessa forma, percebe-se a importância do serviço prestado pela GEAF na garantia do direito humano à alimentação adequada e evidencia-se a necessidade de maior treinamento dos profissionais de saúde quanto ao preenchimento dos protocolos da GEAF. Além disso considera-se necessária a execuçãode outros estudos que avaliem adequação desta prescrição, além de seu impacto no estado nutricional e de saúde das crianças.

PO 002. PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO INDICATIVO DE ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA E/OU INTOLERÂNCIA À LACTOSE E FATORES ASSOCIADOS EM AMOSTRA DE USUÁRIOS DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ES, 2008-2016. AUTORES: Hully C. Santos; Vanessa R.S.; Carolina D.R.F.; Giuliana R.T.; Carolina P. Faria INSTITUIÇÃO/LOCAL DE REALIZAÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO / GERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO ES. Introdução:Aproximadamente 6% das crianças com idade inferior a 3 anos são diagnosticadas com alergia alimentar, adermatite é frequentemente observada nesses casos; outro sintoma comum é a presença de sintomas gastrointestinais e respiratórios. Essas e outras complicações justificam a necessidade do uso de fórmulas nutricionais especializadas. Com isso, a Gerência de Assistência Farmacêutica do estado do Espírito Santo-GEAF, visando garantir a Segurança Alimentar e Nutricional, atende usuários dos 78 municípios do ES. Objetivo:Identificar a prevalência de crianças cujos processos enviados à GEAF entre 2008 e 2016 indiquem alergia a proteína do leite de vaca (APLV) e/ou intolerância a lactose e determinar os fatores associados. Método:Estudo descritivo e analítico que utiliza dados secundários da GEAF. Serão utilizados dados sobre novos processos de fórmulas infantis. A prevalência de APLV e/ou intolerância à lactose (E73) foi calculada somando os CIDs característicos de alergia/intolerância ou seus sintomas mais usuais: gastroenterites, dermatites e desnutrição (E43, E46, K52, L23.9 e L20). A comparação entre proporções foi realizada utilizando o teste qui-quadrado. Adotou-se o nível de significância estatística de 0,10. Resultados:A amostra apresenta n=209 e a prevalência indicativa de alergia/intolerância foi de 73,2% (somente 3,3% apresentaram CID de alergia/intolerância à lactose). Das variáveis analisadas apresentaram associação significativa com o desfecho: idade de até 12 meses, uso de fórmula elementar e semi-elementar, baixo peso para idade (<P3) e a utilização por via oral. Não houve significância estatística para as variáveis sexo e profissional que acompanha o paciente. Conclusão: Observou-se alta prevalência do desfecho estudado com indicação frequente de sintomas em detrimento da doença de base e, nestes casos, utiliza-se frequentemente fórmulas de alto custo por via oral, desde os primeiros meses de vida. A alta demanda por essas fórmulas demonstra a necessidade de estabelecer critérios para o diagnóstico de alergia/intolerância e protocolos para a solicitação adequada das fórmulas.

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PO 003. ADEQUAÇÃO DA DIETA ENTERAL OU FÓRMULA INFANTIL PRESCRITA EM RELAÇÃO Á IDADE DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS. AUTORES: Hully C. Santos; Vanessa R. S.; Carolina D.R.F.; Giuliana R.T.; Carolina P. Faria. INSTITUIÇÃO/LOCAL DE REALIZAÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO / GERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO ES Introdução: O leite materno é o alimento ideal para crianças nos primeiros meses de vida. Entretanto, na impossibilidade do aleitamento materno, as fórmulas infantis ou dietas enterais são adequadas para substituir o leite humano. Sendo assim, a Gerência de Assistência Farmacêutica do estado do Espírito Santo-GEAF, visando garantir a Segurança Alimentar e Nutricional, atua no fornecimento de dietas enterais e fórmulas infantis específicas. Objetivos: Verificar a adequação na prescrição de dietas ou fórmulas infantis conforme a idade dos pacientes pediátricos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e analítico realizado utilizando dados da GEAF referentes ao período de 2008 a 2016. Foram avaliados os dados como idade, fórmula prescrita, profissional que acompanha, via de administração e estado nutricional dos pacientes. A comparação entre as variáveis foi realizada utilizando o teste qui-quadrado (x²), adotando nível de significância igual a 0,10. Resultados: A amostra apresenta n=239, 58,6% de meninos, 44,8% de crianças com baixo peso e 90,5% em uso de alimentação oral. Observou-se 17,3% de inadequação. Das variáveis analisadas, a idade de 0 a 12 meses apresentou maior adequação na prescrição (90,1%), em relação às crianças de 13 a 24 meses (63,6%, p<0,001). Sobre o estado nutricional, verificou-se uma redução em torno de 10% de adequação à medida que este evoluiu do baixo peso (94,3%) para o sobrepeso (75%) (p<0,10). Apesar da variável profissional que acompanha o paciente não ter revelado significância, observa-se que o acompanhamento feito apenas pelo profissional nutricionista apresenta 100% de adequação. Conclusão: Observou-se alta prevalência média de inadequação da prescrição nutricional. Esse achado é um sinal de alerta, demonstrando a necessidade de revisão dos cuidados nutricionais empenhados às crianças em uso de dietas enterais ou fórmulas infantis específicas. PO 004. Condição nutricional e práticas alimentares em lactentes entre 9 e 12 meses de idade nascidos com baixo peso. Illen Yamazaki, Juliana Fernandez Santana e Meneses, Fabíola Isabel Suano de Souza, Maria Wany Louzada Strufaldi. Local: Ambulatório de Baixo Peso ao Nascer - Disciplina de Pediatria Geral e Comunitária - Hospital São Paulo – EPM/UNIFESP.

Introdução: Lactentes nascidos com baixo peso são predispostos ao maior risco de morbimortalidade ao longo da vida. A vigilância do crescimento e do desenvolvimento adequados desse grupo possui influência positiva sobre fatores predisponentes e é diretamente relacionada com qualidade da alimentação nos primeiros meses de vida. Objetivos: Descrever qualidade da alimentação complementar e condição nutricional dos lactentes nascidos com baixo peso, entre 9 e 12 meses de idade. Descrever frequência, tempo de aleitamento materno exclusivo/predominante/ total e adesão à suplementação de ferro e vitamina D. Analisar possíveis associações entre condição nutricional e qualidade da alimentação. Métodos: Estudo transversal com análise dos dados obtidos por meio de entrevista, questionário e avaliação da condição nutricional e clínica. Resultados: A média de idade gestacional e peso ao nascer foi 35,9±1,7 semanas e 2257±204 gramas, respectivamente. Mais de 90% dos lactentes recebiam regularmente suplementação medicamentosa de ferro e vitamina D. Entre as crianças avaliadas, observou-se baixa estatura em 2 (6,7%) e sobrepeso/obesidade em 6 (20,0%). Quanto aos hábitos alimentares, 10 (33,7%) e 23 (76,7%) tiveram aleitamento materno exclusivo e total, respectivamente. Fórmula infantil foi o principal complemento utilizado (93,3%); entretanto, uso de leite de vaca não modificado foi frequente 16 (53,3%) e precoce 7,3±2,5 meses. Sobre ingesta de alimentos ultraprocessados, que não deveriam ser utilizados nessa faixa etária, verificou-se consumo diário frequente (>10%) de bolachas, bebidas açucaradas e macarrão instantâneo e consumo semanal de queijo petit-suisse. Conclusões: Este estudo possibilitou identificar inadequações nas práticas alimentares em lactentes com BPN menores de um ano, como a introdução precoce e com frequência significativa de alimentos processados e ultraprocessados em comparação às recomendações oficiais. PO 005. Associação entre as características maternas e peso ao nascer de filhos de gestantes com diabetes mellitus. Autores: Larissa Oliveira, Gabriella Belfort, Bárbara. Folino, Patricia Padilha, Cláudia Saunders. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Introdução: De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro, cerca de 10% da população gestante apresenta diabetes mellitus (DM) pré-gestacional. Essa morbidade pode trazer repercussões graves para o concepto, como a macrossomia fetal e o nascimento de recém-nascido grande para idade gestacional (GIG). Objetivo: identificar os fatores preditivos do peso ao nascer dos filhos de

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mulheres com DM. Métodos: estudo transversal aninhado a ensaio clínico realizado com 87 gestantes com DM prévio. Foram avaliadas, por meio de consulta aos prontuários médicos e em entrevista, as variáveis maternas: antropométricas, sociodemográficas, obstétricas, clínicas e da assistência pré-natal, além das condições ao nascer. O peso ao nascer foi classificado como baixo, adequado ou macrossômico segundo critério do Ministério da Saúde e avaliado em função da idade gestacional ao nascer, pela proposta de Intergrowth et al. Na análise estatística utilizou-se medidas de tendência central e de dispersão (média e desvio padrão) e a regressão linear para identificar as variáveis preditoras do desfecho. No modelo final foi adotado o valor de 5% para significância estatística. Resultados: Sessenta por cento das mulheres apresentavam estado nutricional pré-gestacional de sobrepeso/obesidade e 64% tiveram ganho de peso gestacional total inadequado. A prevalência de macrossomia e baixo peso ao nascer foram de 10,3% e 12,6% respectivamente. O peso médio ao nascer foi 3232 ± 642 gramas e 31% foram classificados como GIG. O índice de massa corporal pré-gestacional materno, o ganho de peso gestacional total e a idade gestacional no parto contribuíram, respectivamente, com 22 gramas (β =22,4; Intervalo de Confiança – IC:0,99-43,85), 32 gramas (β =32,1; IC:10,97-53,2) e 255 gramas (β=255,8; IC:195,18-316,5) para o peso ao nascer do concepto. Conclusão: A identificação dos fatores preditores do peso ao nascer em filhos de mulheres com DM prévio à gestação, poderá ser útil no aperfeiçoamento das rotinas de pré-natal desta população. PO 006. Elaboração de receita para Teste de Provocação Oral Duplo Cego, Controlado por Placebo, para Leite de Vaca. Autores: Renata Boaventura, Elaine Kotchetkoff, Raquel Mendonça, Roseani Andrade, Roseli Sarni. Universidade Federal de São Paulo INTRODUÇÃO: A Alergia Alimentar (AA) é caracterizada por efeitos adversos de uma resposta imunológica após exposição a determinados alimentos. Dentre as AAs, a Alergia ao Leite de Vaca (ALV) é a mais frequente, atingindo 2,2% das crianças brasileiras. O Teste de Provocação Oral (TPO) é um exame que define ou exclui o diagnóstico de AA e pode ser realizado de três maneiras: aberto, simples cego ou duplo cego controlado por placebo (DCCP). Uma das dificuldades do TPODCCP é mascarar o alimento a ser testado, de forma que nem o paciente ou o médico percebam a diferença entre as amostras. Há poucas receitas validadas para este teste e, ainda assim, as que existem utilizam ingredientes que dificilmente são encontrados no Brasil, tornando difícil o seu preparo no país. OBJETIVO:

Elaborar receitas para serem utilizadas no TPODCCP para leite de vaca. METODOLOGIA: Com base nos critérios estabelecidos pela literatura, as receitas foram elaboradas pela equipe de nutricionistas do Ambulatório de Alergia e Imunologia Clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). RESULTADOS: Uma receita foi desenvolvida utilizando leite de vaca sem lactose, bebida de soja original e suco néctar de maçã. Já a receita placebo continha apenas a bebida de soja original e o suco néctar de maçã. Essas receitas já foram incorporadas à rotina do ambulatório e têm sido satisfatórias quanto a aceitabilidade pelas crianças e a capacidade de mascaramento do leite. CONCLUSÃO: As receitas apresentadas são de preparo fácil e rápido e atendem a maioria dos critérios exigidos para uso no TPO. Entretanto, apesar de já serem utilizadas no serviço ambulatorial da Unifesp, há a necessidade de testá-las em estudos de validação para verificar a possibilidade do seu uso em protocolos científicos envolvendo este tipo de teste.

PO 007. Auto percepção e percepção materna do estado nutricional de crianças atendidas em um ambulatório de ensino do município de Maceió-AL. Myrla Christiane de Oliveira Farias, Maria Anielly Pedrosa da Silva, Marília Gabriela Vieira Macêdo, Ewerton Amorim dos Santos, Luitgard Clayre Gabriel Carvalho de Lima, Monica Lopes de Assunção. Introdução: Na atualidade, a importância destinada à imagem corporal é expressiva, sendo a preocupação com o corpo saudável e, acima de tudo, bonito observado nos diferentes gêneros, idade e classes sociais. A “cobrança parental” por um corpo perfeito é mais frequente na infância, sendo o peso a variável mais associada à ocorrência de distorção da imagem corporal. Objetivo: Avaliar a auto percepção e a percepção materna do estado nutricional de crianças atendidas em um ambulatório de ensino do município de Maceió-AL. Metodologia: Estudo transversal, com aplicação de questionário socioeconômico, testes padrão específico sobre imagem corporal, teste de silhueta corpórea e avaliação antropométrica. A concordância dos dados entre mãe e filho foi avaliada através do Teste de Kappa e o teste exato de fisher empregado para avaliar diferenças existentes entre os sexos. Resultados: Avaliou-se 40 crianças entre 8 e 10 anos de idade, com 36,0% apresentando excesso de peso, sendo 62,5% dos avaliados do sexo feminino, as quais também demonstraram maior índice de insatisfação corporal, porém sem significância estatística para o sexo. Segundo a escala de silhuetas houve um nível de insatisfação corporal semelhante entre mães e crianças, onde 70,0% das mães apresentaram visão distorcida da imagem de seus filhos. Em se tratando de distorção da percepção

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corporal o sexo masculino apresentou o maior percentual (80,0%), embora sem significância, muito possivelmente pelo tamanho reduzido da população. O coeficiente Kappa demonstrou leve concordância entre a percepção materna e de seus filhos sobre a silhueta das crianças (k:0242; P:0,001). Conclusão: É elevada a frequência de insatisfação da imagem corporal entre o sexo feminino, assim como a distorção da percepção corporal no sexo masculino A não concordância, em sua magnitude, da visão corporal do binômio mãe e filho, reflete em dificuldade de iniciar ou manter o tratamento, assim como na adesão da intervenção proposta. PO 008. Seleção dos Indicadores de Qualidade para prática da Terapia Nutricional em Pediatria: Um estudo transversal, Rio de Janeiro, Brasil. Autores: Julia Maria C. R. J. Bertoldi, Aline A. Ferreira, Luiza B. Scancetti e Patricia de C. Padilha. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Introdução: Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional (IQTN) tem grande importância na avaliação da assistência à saúde e monitorização de recursos. Dentre os 30 indicadores propostos pelo International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil, ainda não existia uma avaliação dos mais pertinentes à pratica clínica pediátrica. Objetivo: Elencar os dez principais IQTN em Pediatria. Método: Trata-se de um estudo transversal dividido em duas etapas. Na primeira, um questionário estruturado foi respondido por médicos, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos, especialistas e/ou atuantes em Terapia Nutricional (TN) em Pediatria, de hospitais da cidade do Rio de Janeiro. Os participantes avaliaram os IQTN em relação à utilidade, simplicidade, objetividade e baixo custo, pontuando de 0 a 4 o grau de concordância dos indicadores com cada atribuído. Para cada indicador foram somadas as notas, calculadas as médias e elaborada a lista dos IQTN Top 10 em Pediatria. Com o intuito de verificar a consistência do questionário, foi calculado o coeficiente de alfa de Cronbach com auxílio do software SPSS versão 23.0. Na segunda etapa, foi solicitado parecer dos participantes sobre os resultados obtidos, calculando-se o percentual de profissionais que reagiram positivamente. Resultados: 33 profissionais participaram da primeira etapa, e 92% (n= 23 de 25na segunda etapa) aprovaram o resultado dos indicadores selecionados. Dentre os IQTN Top 10, os três principais foram: 1º: Frequência de diarreia em pacientes em TNE (média = 13,194; α = 0,827); 2º: Frequência de prescrição nutricional dietética na alta hospitalar de pacientes em TN (média = 12,871; α = 0,822); 3º: Frequência de pacientes sob TN que recuperaram a ingestão oral (média = 12,839; α =0,859). Conclusões: Considerando-se a

boa consistência e concordância entre as respostas dos especialistas, sugere-se que a lista dos IQTN Top 10 proposta neste estudo possa auxiliar na avaliação da qualidade da TN em Pediatria. PO 009. ALIMENTAÇÃO DE PREMATUROS DURANTE O MÉTODO CANGURU. Lídia H. B. Azevedo, Anna K. P. França, Larissa R. V. Barbosa, Samuel A. Silva, Andressa F. Salviano, Brenda M. C. Pereira, Yara G.M. Araújo, Sarah P. A. Leite, Daniela V. de Azevedo. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) – MESTRADO ACADÊMICO EM NUTRIÇÃO- GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM SAÚDE MATERNO INFANTIL Introdução: O suporte nutricional adequado é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de prematuros. Objetivo: Identificar os tipos de leite recebidos e suas vias de administração em recém-nascidos (RN) no método canguru. Métodos: Recorte de um estudo transversal aninhado a uma coorte com amostra composta por 30 recém-nascidos prematuros (< 37semanas). Estudo foi realizado em maternidade de referência do Ceará na qual o Método Canguru ocorre de forma plena. Pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Ceará (CAEE: 51045615.0.3001.5050). A coleta ocorreu durante a internação: na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), nos Cuidados Intermediários e na Unidade Canguru. O tipo de alimento recebido foi classificado em Aleitamento Materno Exclusivo; Aleitamento Materno Misto e Alimentação Artificial. De acordo com a forma de administração foram divididos: sonda, sonda + via oral e via oral. Resultados: Dos 30 RN, apenas 10 passaram pela UTIN, estando 8 em aleitamento materno exclusivo e os demais em aleitamento misto. Quase todos (29) RN estiveram na Unidade de Cuidados Intermediários, sendo 72,4% (21) em aleitamento misto, 06 (20,6%) em aleitamento materno exclusivo e 6,9% (02) em alimentação artificial. Na unidade canguru, 40,0% (12) receberam leite materno exclusivo e 60,0% (18) aleitamento materno misto. No tocante a forma de administração da alimentação na UTIN, todos receberam alimentação exclusivamente por sonda. Na unidade de cuidados intermediários, 72,4% (21) receberam alimentação exclusivamente por sonda e os demais, 27,6 % (08) por sonda + seio. Na Unidade Canguru, todos receberam alimentação diretamente ao seio, destes 86,6% combinada com sonda. Conclusão: A imaturidade do recém-nascido pode explicar o uso de sonda na maior parte do tempo de internação. O uso de fórmulas ainda se faz bastante presente. Apesar disso, observa-se também aumento do estímulo a oferta do leite materno ao seio.

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PO 010. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS RECEBIDAS POR PAIS E/OU RESPONSÁVEIS DE CRIANÇAS COM ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA. Maria K. Oliveira, Lídia H. B. Azevedo, Andressa F. Salviano, José M. da S. Alves, Ana L. G. Viana, Isadora N. Vasconcelos, Thays R. L. Oaks, Raquel B. de Abreu, Nayana O. do Vale, Daniela V. de Azevedo. GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM SAÚDE MATERNO INFANTIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ. HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN Introdução: A alergia alimentar é caracterizada por reações adversas causadas por alimentos através de mecanismos imunológicos. As proteínas do leite de vaca apresentam elevado potencial alergênico, sendo considerados os componentes causadores mais frequentes de alergias alimentares. Objetivo: Verificar as informações recebidas sobre a Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) pelos pais e cuidadores de crianças alérgicas. Método: Estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado em hospital terciário pediátrico de referência para o tratamento de APLV em Fortaleza – CE. Amostra composta por pais ou responsáveis de crianças com diagnóstico de APLV acompanhadas no serviço. Coletaram-se dados socioeconômicos e sobre as orientações nutricionais recebidas no acompanhamento por meio de questionário estruturado. Este estudo é um recorte do projeto “Alergia ao leite de vaca: conhecimento dos pais e cuidadores acerca da doença e do tratamento”, aprovado pelo comitê de ética com número de CAEE 61342816.2.0000.5042. Resultados: Participaram do estudo 158 pais/responsáveis, sendo 91% do sexo feminino e 87% destes, mães. A idade média do grupo foi 35,5 anos, 78% era oriundo da capital e região metropolitana, 91% tinham mais de 8 anos de estudo, sendo 28% com ensino superior completo, 78% viviam com o companheiro(a) e 50% trabalhavam no lar. Quanto as orientações recebidas sobre APLV, a maioria (n=155; 98%) afirmou receber orientações, as quais eram passadas principalmente pela nutricionista (n=68; 44%), seguido do médico (n=33; 21%). Dentre as orientações recebidas, 121 (72%) foram orientados a excluir completamente leite e devidos da alimentação da criança, 60 (39%) deveriam separar e trocar os utensílios para evitar contaminação cruzada e 23 (15%) deveriam ler atentamente o rótulo de alimentos industrializados. Conclusão: Os pais são orientados no serviço quanto à alimentação na APLV. Destaca-se a importância da orientação nutricional para o adequado crescimento e desenvolvimento das crianças com alergia alimentar.

PO 011. Alergia alimentar em crianças: implicações na relação fraterna. Autoras: Érika C. Gomes. Rosane M. de Souza. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Atualmente, é expressivo o número de crianças com alergia alimentar. Suas únicas formas de gerenciamento, evitar contato com o alérgeno e o tratamento emergencial em caso de exposição acidental produzem um impacto significativo na vida de toda família, incluindo o irmão da criança alérgica. Este trabalho é ramificação de uma pesquisa qualitativa de mestrado em Psicologia Clínica, cujo tema central foi investigar as implicações da alergia alimentar em famílias com crianças alérgicas e no relacionamento fraterno. Trata-se de um recorte focado nas interferências da alergia na fratria. Participaram desta pesquisa mães de um grupo de apoio do Facebook que tinham um filho de até 12 anos com alergia alimentar com irmãos com até 15 anos, alérgicos ou não. Um questionário de identificação das famílias e das alergias foi respondido e realizado um fórum de discussão online. O apoio, a lealdade e vigilância dos irmãos das crianças alérgicas ressaltados nos depoimentos maternos evidenciam como o enfrentamento da alergia envolve a participação ativa e autônoma da fratria com os cuidados necessários. Sentimentos de ciúmes e raiva, no entanto, também foram observados como decorrência da alergia no relacionamento no fraterno. O contexto familiar permeado pelas necessidades referentes à alergia alimentar pode favorecer a lealdade e o fortalecimento do vínculo entre os irmãos, no entanto, dependendo da forma com a qual os pais lidam com a alergia e com o filho alérgico, podem contribuir para ampliar a rivalidade, prejudicando a relação entre a fratria. Compreender a complexidade e individualidade do efeito da alergia alimentar na relação entre os irmãos, portanto, mostra-se importante para a elaboração de formas de gerenciamento parentais equânimes, que considere os cuidados indispensáveis à alergia e as demandas de cada filho com vistas a favorecer a construção de um relacionamento fraterno afetivo, intenso e próximo. PO 012. ALERGIA ALIMENTAR E OS DESAFIOS DA DIETA DE EXCLUSÃO. Autores: Maria Daniara Pessoa Farias (apresentadora), Klévia Souza dos Santos, Ana Claudia Marinho da Silva. Introdução: A alergia alimentar vem se tornando um problema de saúde em todo o mundo ocidental, e até o presente momento a dieta de exclusão continua sendo o único tratamento eficiente. Objetivo: Avaliar os desafios que os pais enfrentam durante a dieta de exclusão dos alérgenos alimentares dos seus filhos. Método: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, desenvolvido no mês de julho de

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2016, realizado na Associação dos Portadores de Alergia Alimentar do Ceará (APAACE), no qual foi submetido a um Comitê de Ética e Pesquisa, obtendo como protocolo de aprovação o n°57360816.0.0000.5038. Foram entrevistados 30 pais ou responsáveis pelas crianças. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário que abordou informações sobre idade da criança, histórico familiar de alergia, conhecimento dos rótulos e dificuldades na dieta de exclusão. Os resultados da pesquisa foram tabulados no programa da Microsoft Excel 2010. Resultados: Das 30 crianças avaliadas 17 eram do gênero masculino e 13 do feminino. A média de idade das crianças foi de 17,33 meses. A maioria dos pais (83,33%) apresentava histórico de alergia familiar. Quanto ao conhecimento dos pais sobre as expressões relacionadas ao leite de vaca, a maioria (83,33%) conhecia o significado traços de leite, proteína do leite de vaca (80,0%), laticínios (76,67%), porém, houve dificuldade de reconhecimento de termos mais específicos ligados ao leite, como caseína, caseinato, lactoalbumina. Dos 30 pais avaliados, 29 apresentaram alguma dificuldade quanto à dieta de exclusão do alérgeno alimentar, e apenas um disse não enfrentar (3,33%), 50% afirmaram que tinham dificuldades em preparar as próprias receitas, 23,33% de ler e compreender os rótulos, 33,33% disseram que os preços dos produtos eram elevados, 36,67% tinham medo do filho ficar desnutrido (a), e outros ( 33,3%) medo de reação cruzada. Conclusão: Observou-se que a maioria dos pais tinham dificuldades em preparar as receitas, seguido de compreensão dos rótulos. Dessa forma, ressalta a importância de uma orientação continuada para esse público, a fim de evitar algum tipo de reação cruzada, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida das crianças afetadas. PO 013. FATORES RELACIONADOS AO DESMAME PRECOCE. Autores: Maria Daniara Pessoa Farias (apresentadora), Klévia Souza dos Santos, Ana Claudia Marinho da Silva. Introdução: O aleitamento materno promove diversos benefícios para a nutrição infantil e estreita o vínculo entre mãe e filho, o que corrobora para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. Entretanto, a prática da amamentação vem sofrendo diversas influências ao longo do tempo como: fatores socioeconômicos, culturais, inserção das mulheres no mercado de trabalho, uso de medicamentos, podendo levar ao desmame precoce. Objetivo: Averiguar os motivos que levam as crianças ao desmame precoce. Método: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido no mês de julho de 2016, realizado na Associação dos Portadores de Alergia Alimentar do Ceará (APAACE), no qual foi submetido a um Comitê de Ética e Pesquisa,

obtendo como protocolo de aprovação o n°57360816.0.0000.5038. A amostra foi composta por 30 mães, as quais foram avaliadas através de um questionário que abordou informações sobre idade da criança, período da amamentação, introdução do leite de vaca e desmame precoce. Os resultados da pesquisa foram tabulados no programa da Microsoft Excel 2010. No questionário aplicado, as mães poderiam marcar mais de uma alternativa. Resultado: Das 30 crianças avaliadas 33,33% (n=10) receberam aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, no qual as mães relataram que só houve a introdução do leite de vaca depois desse período. Já, 66,67% das crianças (n=20) foram amamentadas por um período menor que 6 meses, no qual 33,33% (n=10) das mães relataram ter introduzido o leite de vaca em um período menor que 6 meses devido ter tido dificuldade na amamentação, 3,33% (n=1) mencionaram que teve que voltar ao trabalho, 6,67% não tiveram orientação, 13,33% apresentaram dificuldade em ganho de peso do filho e 10,0% exibiram infecção , no qual teve que fazer o uso de antibióticos. Conclusão: O aleitamento materno exclusivo é recomendado por seis meses de vida. Entretanto, vários fatores podem contribuir para o desmame precoce. Dessa forma, é importante que o profissional de saúde identifique esses fatores a fim de garantir a assistência a saúde da mãe e do bebê.

PO 014. SALA DE ESPERA NO AMBULATÓRIO DE ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV): UMA OPORTUNIDADE PARA O DIÁLOGO. Ana Dayse V. C. Cordeiro; Andressa F. Salviano; Lídia Helena B. Azevedo; Maria Juliana V. Lima; Joyce H. Maranhão; Clara Wirginia Q. Moura; Priscila P. de S. Gomes; Noeme M. de Andrade. HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN. Introdução: A Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) é uma reação alérgica às proteínas presentes no leite de vaca e seus derivados. A sala de espera no ambulatório de APLV foi pensada pela Residência Integrada em Saúde após territorialização e escuta dos usuários, onde foram desenvolvidas atividades como rodas de conversa e dinâmicas sobre os temas sugeridos pelos pais/cuidadores: fluxo do programa, tratamento médico e nutricional, aspectos biopsicossociais. Objetivo: Analisar o impacto da implantação da sala de espera no ambulatório de APLV sob a ótica dos pais e cuidadores das crianças alérgicas. Método: Pesquisa de campo de abordagem qualitativa, realizada com pais e cuidadores de crianças com APLV acompanhadas no ambulatório de APLV de um hospital pediátrico de referência do Ceará, no período de setembro a novembro de 2015. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada e analisados conforme abordagem qualitativa de Minayo.

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Recorte do projeto “Sala de espera do ambulatório de Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) de um hospital pediátrico: uma oportunidade para o diálogo”, aprovado pelo Comitê de Ética sob o número de CAEE 49402115.2.0000.5042. Resultados: Segundo o olhar dos pais, a sala de espera trouxe um grande auxílio para esclarecê-los em relação à nova realidade social da APLV, bem como transformou o espaço que era ocioso em um momento de troca de conhecimentos, contribuindo assim para o empoderamento dos cuidadores em relação a temática. Além disso, a sala de espera serviu como um suporte para sanar dúvidas referentes ao fluxo do Programa e ao tratamento da alergia (alimentação, rotulagem nutricional). Conclusões: As experiências dos familiares em relação à sala de espera da APLV foram satisfatórias, suas dúvidas foram esclarecidas, gerando impacto no conhecimento dos pais sobre a APLV, além de se utilizarem da sala para exercer o controle social. PO 015. PERCURSO E ADESÃO DE RECÉM-NASCIDOS ACOMPANHADOS PELO MÉTODO CANGURU. Andressa F. Salviano, Lídia Helena B. Azevedo, Any Carolinne R. Moura, Alesson S. Damasceno, Caroline R. de Carvalho, Isadora R. da C. Rodrigues, Maria Isadora R. Peixoto, Erilaine de F. Corpes, Jorge Roberto P. Nascimento, Paulo César de Almeida, Daniela V. de Azevedo. GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM SAÚDE MATERNO INFANTIL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ HOSPITAL GERAL DR. CÉSAR CALS Introdução: O Método Canguru (MC) configura-se como um modelo de assistência perinatal realizado em 3 etapas, voltado para o cuidado humanizado do recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso. Objetivo: Descrever o percurso dos recém-nascidos durante e após a realização do MC e identificar a sua adesão. Método: Estudo descritivo, de caráter quantitativo, realizado em um hospital de referência de assistência materno infantil no Ceará, entre janeiro e maio de 2017. Coletaram-se dados referentes ao internamento dos recém-nascidos nas 3 fases do MC, assim como ao acompanhamento pós alta do MC. Para tal foi utilizado um formulário estruturado e os registros do serviço. Este estudo é um recorte do projeto “Avaliação nutricional e fatores associados ao aleitamento materno e ao cuidado de recém-nascidos acompanhados pelo Método Canguru”, aprovado pelo Comitê de Ética sob o número do parecer: 1.882.430. Resultados: Participaram do MC no período de coleta 32 mães e 35 recém-nascidos (3 mães tiveram gêmeos). Observou-se que na 1ª etapa que não houve desistência, todos participaram do método; na 2ª etapa, somente 1 díade interrompeu a etapa pois a mãe ficou doente. Já na 3ª etapa, 4 díades não retornaram para o acompanhamento ambulatorial pós alta

hospitalar. A média de duração do MC para as díades que completaram as 3 etapas foi 41,7 + 22 dias. Dos 30 recém-nascidos que completaram o MC, 17 (56,6%) continuaram o acompanhamento no próprio serviço, um ambulatório de follow up recém aberto para atender essa demanda. Os demais (n=13; 43,3%) continuaram o acompanhamento na Atenção Básica, devido à maior conveniência, proximidade do domicílio. Conclusões: As desistências principalmente na 3ª etapa do MC e a baixa adesão da continuidade do acompanhamento no próprio serviço pós alta do MC apontam fragilidades no processo de trabalho e a necessidade de melhor orientar as estratégias de cuidado. PO 016. Alergia ao ovo: desenvolvimento de receita para teste de provocação oral duplo cego placebo controlado. Autores: Elaine Kotchetkoff, Renata Boaventura, Raquel Mendonça, Roseani Andrade, Roseli Sarni. Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina – Departamento de Pediatria INTRODUÇÃO: Alguns alimentos são mais alergênicos do que outros, embora qualquer proteína da dieta possa desencadear uma reação alérgica. Dentre estes alimentos, encontra-se o ovo. O método padrão ouro para diagnóstico de alergia alimentar é o Teste de Provocação Oral Duplo Cego Placebo Controlado (TPODCPC). Este teste deve ser realizado em duas fases: uma com alimento alérgeno e outra com placebo. A escolha é feita randomicamente. As poucas receitas validadas para TPODCPC foram desenvolvidas em outros países e, portanto, não atendem ao paladar brasileiro nem possuem ingredientes fáceis de serem encontrados. Diante disso, existe a necessidade de desenvolver receitas nacionais. OBJETIVO: Desenvolver uma receita com ovo para ser utilizada em TPODCPC. MÉTODO: De acordo com os critérios estabelecidos para TPODCPC encontrados na literatura, foi desenvolvida uma receita de gelatina de ágar-ágar com suco de maracujá, com volume total de 200 ml. Foi utilizada 4g de clara de ovo em pó desidratada na receita com alimento ativo, equivalente a 1 clara de ovo. RESULTADOS: Duas receitas indistinguíveis foram desenvolvidas, uma com o alimento ativo e outra com placebo. Para a receita com alimento ativo, foi utilizada clara de ovo em pó desidratada por questões de segurança alimentar. A escolha da gelatina de ágar-ágar foi em virtude da rapidez com que fica pronta (cerca de 5 minutos), endurecer em temperatura ambiente, e também por se tratar de um alimento similar à gelatina de origem animal, muito comum na dieta de crianças. Além disso, é de baixo custo e atende aos critérios estabelecidos pela literatura de receitas para TPODCPC. CONCLUSÃO: A receita atende aos critérios estabelecidos pela literatura e tem sido bem

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aceita pelas crianças que fazem o TPODCPC em nosso serviço. No entanto, ainda é necessário fazer análise sensorial triangular para validar seu mascaramento. PO 017. Identificação do consumo de alimentos açucarados e da classificação de risco cardiovascular pela circunferência da cintura de crianças e adolescentes em excesso de peso atendidos num ambulatório multiprofissional. Fabiana A. Poll – Docente do curso de Nutrição- Departamento de Educação Física e Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Marília D. Bastos –Docente do curso de Medicina- Departamento de Biologia e Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Francieli T. Machado- Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Tiago da S. Martins– Acadêmico do Curso de Nutrição. Bolsista de Extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Luana N. da Rosa - Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Local de realização: Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Introdução: A alta ingestão de alimentos açucarados cresce de forma rápida, e sua preferência é conhecida pelo público infantil. Porém seu consumo excessivo está relacionado à obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis. A circunferência da cintura (CC) é um dos parâmetros mais utilizados para avaliar risco cardiovascular, fidedigna, de baixo custo e tem uma ótima reprodutibilidade da gordura visceral. Objetivo: Identificar o consumo de alimentos ricos em açúcares e detectar a presença de risco cardiovascular pela CC de crianças e adolescentes em excesso de peso, atendidas num ambulatório multiprofissional. Metodologia: Estudo transversal, com dados coletados durante o primeiro atendimento no ambulatório “Vida Leve”, entre os anos de 2015 e 2017. Referem-se à frequência de consumo de doces, sucos artificiais e refrigerantes; e a CC (cm), classificada conforme Taylor e cols (2000). Os dados foram analisados descritivamente. Resultados: Analisaram-se 83 pacientes, com idade média de 8 anos. Dentre eles 61,44% (n=51) eram do sexo masculino. As frequências de ingestão de doces mais referidas foram: diária por 30,12% (n=25), de 3 a 4 x por semana por 16,86% (n=14) e de 1 a 3x por semana por 27,71% (n=23). Em relação aos sucos artificiais e ao refrigerante, 40,96% (n=34) consomem diariamente, 10,84% (n=9) de 3 a 4 x por semana e 24,09% (n=20) de 1 a 2 x por semana. A classificação da CC demonstrou que 76,4% dos indivíduos possui risco cardiovascular por esse critério. Conclusão: Esse estudo teve como amostra crianças em excesso de peso, o que pode implicar nos resultados obtidos pela CC, que indica risco de doença cardiovascular. A frequência do consumo de doces, sucos artificiais e refrigerantes é alta,

sendo que a maioria dos pacientes ingere todos os dias, o que pode refletir no excesso de peso e a CA aumentada. PO 018. Perfil alimentar e hábitos de vida das crianças e adolescentes atendidos em ambulatório multiprofissional de prevenção e tratamento de obesidade infantil. Marília D. Bastos –Docente do curso de Medicina- Departamento de Biologia e Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Fabiana A. Poll – Docente do curso de Nutrição- Departamento de Educação Física e Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Tiago da S. Martins– Acadêmico do Curso de Nutrição. Bolsista de Extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Laura Walker- Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Tiago Ourique – Acadêmico do Curso de Medicina. Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Local de realização: Universidade de Santa Cruz do Sul/RS. Introdução: Os hábitos adquiridos pela criança serão levados por toda a vida. Para tanto, é fundamental a oferta de alimentos nutritivos e a redução à exposição a alimentos industrializados, fontes de gorduras, sódio, açúcares e conservadores. Além disso, é o momento de se conscientizar para hábitos de vida saudáveis. Objetivo: Avaliar as características alimentares e hábitos de vida das crianças e adolescentes atendidos em ambulatório multiprofissional de prevenção e tratamento de obesidade infantil. Método: Estudo transversal, com dados coletados durante o primeiro atendimento no ambulatório “Vida Leve”. Refere-se à frequência de consumo alimentar, horas de sono, tempo de tela e de atividade física. Dados tabulados no Microsoft Excel e analisados descritivamente. Resultados: Amostra de 83 pacientes, com média de idade de 8 anos, sendo 61,44% meninos. O consumo diário de frutas e vegetais foi relatado em 42% (n=35) e 44,57 % (n=37) respectivamente. O consumo de frituras que mais se destacou foi o esporádico (38,55%;n=32) e para os doces foi o diário (30,12%; n=25). Em relação aos sucos artificiais e refrigerantes 40,96% (n=34) consumiam diariamente. Quarenta crianças (48,19%) referiram ingerir lanches prontos esporadicamente. Para as horas de tela, 38,54% (n=32) usam de 2 a 4 horas e 21,67% (n=18) usam de 5 a 7 horas. Quanto ao sono, 24,06% (n=20) dormem de 6 a 8 horas, 45,76% (n=38) de 8 a 10 horas. A prática de atividade física diária foi referida por 14,45% (n=12) e 28,9% (n=24) nunca realizam. Conclusão: Os pacientes analisados têm um alto consumo de doces e refrigerantes, e um índice de sedentarismo com um exagero de tempo de telas. Dessa forma, podem-se buscar formas de intervenção focadas em tais fragilidades que

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estão diretamente relacionados com o sobrepeso das crianças. PO 019 - Avaliação do risco nutricional em pacientes pediátricos de um Instituto Nacional de Saúde do Rio de Janeiro. Ana Lucia P da Cunha; Gabriella P Belfort; Jessica Val de Souza; Bianca A Silva, Fernanda C Simões; Alessandra Leonardo; Simone Azevedo; Giovana Salgado; Mirian M Gomes. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/ Fiocruz) Introdução: A implantação da ferramenta de triagem nutricional é recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil para pacientes internados. O diagnóstico do risco nutricional na internação é fundamental para intervenção precoce por meio da terapia nutricional, uma vez que pacientes pediátricos, especialmente aqueles com doenças crônicas, podem apresentar desnutrição. Objetivo: Avaliar o risco nutricional dos pacientes pediátricos internados nas Unidades de Internação Pediátricas (UPIs) em um Instituto Nacional de Saúde do Rio de Janeiro. Método: Estudo retrospectivo de coleta de dados em prontuários, dos resultados da triagem nutricional, realizada nos pacientes pediátricos internados no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF)/ Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), após a implantação do instrumento “Strongkids” . A triagem nutricional foi realizada nas primeiras 72 horas de internação. Resultados: Foram coletados dados de 115 crianças e adolescentes, internados entre junho e outubro de 2016, nas unidades de doenças infecciosas pediátricas (44,3%), pediatria geral (39,1%) e cirurgia pediátrica (16,5%), sendo a maioria com diagnóstico de fibrose cística (10,5%) e osteogênese imperfeita (9,6%). A mediana da idade foi de 59,6 meses, sendo a maioria em idade pré - escolar (40,8%). Metade dos pacientes estudados apresentaram médio risco nutricional na internação, e o percentual de pacientes com alto risco nutricional foi de 20,9%. Conclusões: A prevalência de pacientes pediátricos que internaram com risco nutricional foi elevada. Os resultados encontrados enfatizam a importância da utilização da triagem nutricional a fim de identificar e possibilitar intervenção mais precoce aos pacientes pediátricos com doenças crônicas na internação hospitalar. PO 020. Osteoporose em adolescente com Doença Celíaca: Relato de caso. Amelia R N de Noronha; Gabriella P Belfort; Ana Lucia P da Cunha; Celia RMM Chaves. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz)

Introdução: A osteoporose na doença celíaca possui patogênese multifatorial. Além da má absorção de vitaminas lipossolúveis e cálcio, alterações do IGF-1 (fator decrescimento insulina-símile-1) e da leptina naqueles com baixo índice de massa corpórea, outros fatores podem contribuir para o desequilíbrio, entre a osteoclastogênese e atividade osteoblástica. Dentre eles, as concentrações elevadas de interleucinas (IL-1b, IL-6) e do receptor de TNF-1 desequilibram o sistema RANK/RANKL(receptor ativador do fator nuclear kapa B/ ligante do receptor do fator nuclear kapa B), que regula a osteoclastogênese. Objetivo: Relatar um caso de osteoporose em adolescente com doença celíaca, diagnosticada por densitometria óssea.Relato do caso: Paciente do gênero feminino, com 10 anos de idade diagnosticada com doença celíaca por apresentar forma típica, em Unidade Básica de Saúde. Iniciou dieta de exclusão ao glúten. Foi encaminhada ao gastroenterologista no Instituto Nacional de Saúde Fernandes Figueira /Fiocruz. Na primeira consulta, em 2015, aos 13 anos e 6 meses, apresentava desnutrição (indicadores antropométricos <p3), queixas de artralgias, aftas de repetição, dores abdominais e dor a palpação profunda. Exames solicitados: biopsia intestinal, hemograma e bioquímicos, imunoglobulinas, testes sorológicos específicos (antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase) e densitometria óssea. Orientada por nutricionista a manter a exclusão ao glúten e aumentar a ingestão de calorias e proteínas (70kcal/kg). Nos resultados dos exames os únicos alterados foram: Mash III na biopsia intestinal; ferro sérico diminuído e densitometria óssea apresentando -2,8 escore z na coluna lombar.Conclusões: A osteoporose merece particular consideração como um sintoma não intestinal da doença celíaca, podendo tornar-se irreversível e levar a graves deficiências que necessitam assistência e tratamento a longo prazo, favorecendo o aumento dos gastos no seu tratamento. Assim a prevenção da osteoporose é fundamental, particularmente durante a adolescência em pacientes celíacos. PO 021. INTRODUÇÃO PRECOCE DE AMENDOIM NA INFÂNCIA E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DE ALERGIAS ALIMENTARES. Eva Linhares, Edrine Farias, Benedita Vasconcelos, Markya Bezerra,Vanderleia Bezerra. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETRO Introdução: A alimentação infantil até os dois anos deve ser fundamentada no processo de amamentação exclusiva até os seis meses e só então introduzida a alimentação complementar. Diante de um sistema imunológico imaturo, o recém-nascido é mais susceptível a infecções. Episódios alérgicos relacionados a alimentação são comumente encontrados no mundo todo. O

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amendoim é um alérgeno comum em vários países. Objetivo: Relacionar a introdução precoce do amendoim na infância e o desenvolvimento de alergias alimentares no futuro. Método: Realizou-se uma revisão da literatura sobre a introdução precoce do amendoim na infância e o desenvolvimento de alergia alimentares, realizada a partir de pesquisa nos bancos de dados Scielo, Medline, Lilacs do ano de 2001 a 2017. Utilizou-se as palavras-chaves alergia alimentar, maturação imunitária e amendoim. Resultados: Muitos alimentos considerados alergênicos comuns fazem parte da dieta ocidental. Fatores como a genética e a permeabilidade intestinal favorecem ao quadro alergênico. Proteína do leite de vaca, ovo, amendoim, trigo, soja, crustáceos, nozes e peixes são considerados alimentos potencialmente alergênicos. As alergias mais severas e que mais se prolongam são associadas aos frutos do mar e o amendoim. O poder de alergenicidade do amendoim se dá por conta das proteínas. Em 2015 foi realizado o estudo randomizado Learning Early about Peanut (Leap), no qual foram avaliados dois grupos de lactentes com alto risco de desenvolver alergia, sendo um grupo aconselhado a introduzir amendoim até os 60 meses e o outro grupo a evitar o consumo no mesmo período. O estudo demonstrou a redução de 11-25% do risco de desenvolver a alergia, sendo assim benéfico à essas crianças a introdução precoce da leguminosa. Conclusão: Estudos recentes mostram a introdução precoce do amendoim na infância diminuindo a probabilidade do desenvolvimento de reações alérgicas no futuro, porém é necessário que haja mais estudos para investigar esta relação. PO 022. RETOCOLITE ULCERATIVA E ANEMIA FALCIFORME: UMA RARA ASSOCIAÇÃO – RELATO DE CASO. Luz Claudia; Sampaio Marcia; Evangelista Regina; Rocha Doris; Furtado Pablo; Mouzinho Leandro; Reis Eline; Oliveira Adriana; Castro Bianca; Nascimento Bruno; Rocha Gilvânia; Souza Itamara; Maia Laina; Barbosa Mariane; Martins Matheus; Mendes Thailon; Ramos Thyago; Mouzinho. Universidade Federal do Maranhão – Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos – São Luís/MA Introdução: A retocolite ulcerativa (RCUI) é caracterizada por uma inflamação na mucosa intestinal, acometendo primariamente o reto e cólon com caráter contínuo. Os sintomas são diarreia crônica mucopiossanguinolenta, dor abdominal e tenesmo. Pode ser acompanhada de manifestações extra-intestinais, como eritema nodoso, pioderma gangrenoso, artrite, uveíte e colangite esclerosante. Doença falciforme (DF) é uma das mais comuns doenças hereditárias, afetando principalmente pacientes da cor negra. Caracteriza-se por mutação na cadeia beta da hemoglobina, resultando na formação de hemoglobina anômala (HbS), com obstrução na

microcirculação, isquemia, necrose tecidual e disfunção orgânica sistêmica. A coexistência de RCUI e DF é pouco descrita na literatura. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com RCUI e DF cuja associação é rara. Método: Foi realizado um estudo descritivo, exploratório do tipo estudo de caso, através de revisão do prontuário de paciente portador de RCUI e DF, acompanhado no ambulatório de gastropediatria do Hospital Infantil Dr Juvêncio Mattos da Universidade Federal do Maranhão. Relato de caso: HKNS, masculino, 10 anos, natural e residente em São Luís - MA, com diagnóstico de anemia falciforme aos 3 meses de idade. Aos 3 anos iniciou diarreia com sangue e muco, fétida, associada a febre e dor abdominal. Esplenectomia aos 4 anos por hiperesplenismo. Realizou colonoscopia com 8 anos, que evidenciou mucosa colônica e retal difusamente edemaciada, com perda total do padrão vascular submucoso com micro ulcerações, e outras de forma linear mais profunda. A biópsia mostrou retite crônica moderada e ativa com microabscessos em criptas. Iniciado tratamento com Mesalazina e Predinisona, já em uso de ácido fólico e Hidroxiureia. Conclusão: A associação de RCUI e DF é um evento raro e de difícil condução terapêutica. A piora das crises álgicas com a corticoterapia, assim como frequentes infecções em pacientes com DF no curso de terapia biológica, dificultam a condução terapêutica. Mais estudos são necessários para melhor compreensão dos mecanismos determinantes, norteando melhor a assistência aos portadores dessa rara associação. PO 023. RETOCOLITE ULCERATIVA ASSOCIADA À COLANGITE ESCLEROSANTE E PANCREATITE AGUDA NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO. Luz Claudia; Sampaio Marcia; Evangelista Regina; Rocha Doris; Furtado Pablo; Moura Cricheles; Mouzinho Leandro; Reis Eline. Universidade Federal do Maranhão – Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos – São Luís/MA Introdução: A Retocolite ulcerativa (RCUI) é uma doença inflamatória crônica do intestino, difusa e inespecífica, confinada à mucosa e submucosa do trato gastrointestinal, restrita ao cólon e reto. O comprometimento é contínuo e pode causar desde erosões na mucosa, até úlceras afetando até a camada muscular. Diarreia com sangue e muco associada a tenesmo são frequentes. Colangite Esclerosante Primária (CEP) é a manifestação hepatobiliar mais comum, ocorrendo em cerca de 2,4 a 7,5% dos pacientes com RCUI. É uma doença hepática colestática crônica, com inflamação, fibrose e destruição progressiva dos ductos biliares intra e extra-hepáticos resultando no desenvolvimento de fibrose, cirrose e falência hepática. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com RCUI associada a CEP que evoluiu

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com pancreatite aguda associada ao uso de azatioprina. Método: Foi feito um estudo descritivo e exploratório através de revisão do prontuário de paciente portador de RCUI e CEP que apresentou pancreatite aguda no curso do tratamento da doença, acompanhado no ambulatório de gastropediatria do Hospital Infantil Dr Juvêncio Mattos da Universidade Federal do Maranhão. Relato de caso: J.G.S.C, 13 anos, masculino, negro, com dor abdominal difusa desde os 9 anos de idade, associada a evacuações com fezes líquidas e mucossanguinolentas. Realizou EDA e colonoscopia com biopsias. Foi iniciado tratamento com Mesalazina e prednisona. Devido à persistência de atividade da doença fez uso de Azatioprina, porém evoluiu com pancreatite aguda grave após sete dias de tratamento. Desenvolveu hepatopatia, cuja Colangiorressonância demonstrou lesão compatível com CEP. O distúrbio de coagulação não permitil realizar a biópsia hepática. Foi associado ao tratamento o ursacol e infliximab. Conclusões: A RCUI ainda é vista como patologia pouco provável na infância. Seu diagnóstico é imprescindível, por tratar-se de uma doença crônica com elevada morbidade e frequentes complicações. A restrição de opções terapêuticas, torna os imunobiológicos uma opção para os casos refratários. PO 024. GALACTOSEMIA CLÁSSICA: RELATO DE CASO. Luz Claudia; Sampaio Marcia; Doriqui Maria Juliana; Mouzinho Leandro; Reis Eline; Novais Camila; Campos Jaianna; Carvalho Lara; Ribeiro Milena, Koser Maria Eduarda. Universidade Federal do Maranhão – Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos – São Luís/MA Introdução: Galactosemia é uma doença genética rara que afeta o metabolismo da galactose. A doença pode apresentar diferentes espectros clínicos de acordo com a enzima que é alterada. A forma mais comum da doença corresponde à galactosemia clássica, caracterizada pela deficiência de galactose-1-fosfato uridiltransferase. Sua clínica é bastante variável, podendo apresentar deterioração neurológica progressiva, catarata e alterações nos aparelhos digestivo e renal. A Galactosemia Tipo 1 ou variante clássica é a forma mais incidente da doença, apresenta uma clínica exuberante que varia desde alterações oculares a um provável aumento de risco de câncer ovariano. O início da doença pode ocorrer intra-útero e apenas se desenvolver de forma aguda e fulminante quando o paciente é exposto no período neonatal à ingestão de lactose, iniciando frequentemente um quadro de sepse por E.coli. Entretanto, a forma mais frequente é a sub-aguda apresentando vômitos, diarreia, icterícia, hepatomegalia, ascite, aumento plasmático de fenilalanina, tirosina, e galactose-1-fosfato e galactosúria. O

diagnóstico precoce dessa patologia é muito importante para o melhor prognóstico da doença e deveria ser realizado durante o período neonatal. O diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento médico de algumas doenças podem evitar a morte e deficiências proporcionando melhor qualidade de vida a esses pacientes. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com diagnóstico precoce de galactosemia clássica com boa evolução. Método: Foi feito um estudo descritivo e exploratório através de revisão do prontuário de um paciente portador de galactosemia clássica acompanhado no ambulatório de gastropediatria do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos da Universidade Federal do Maranhão. Relato de Caso: J.L.G.F.P, masculino, 5 anos e 3 meses, natural de Vitória do Mearim – MA. Imediatamente após o nascimento apresentou icterícia rapidamente progressiva, hipoatividade e baixa saturação de oxigênio, necessitando de seguimento em UTI no oitavo dia de vida. Não havia incompatibilidade dos sistemas ABO ou Rh. Evoluiu com hepatomegalia, persistência da hipoatividade, dificuldade de sucção e manutenção da icterícia. Exames evidenciaram distúrbio de coagulação, elevação de transaminases, fosfatase alcalina e gama Gt. GALT indetectável. Com 30 dias de vida, foi suspenso o leite materno e iniciado fórmula isenta de sacarose e lactose. Paciente apresentou melhora clínica progressiva com regressão da hepatomegalia, icterícia e hipoatividade. Evolução sem déficit neuropsicomotor e ocular. Pais não consanguíneos. Primeiro filho foi a óbito com 12 dias de vida com quadro clínico semelhante. Segundo filho apresentou icterícia nos primeiros dias de vida, recebeu fototerapia e evoluiu bem. Conclusões: Diagnóstico precoce da galactosemia é muito importante para o melhor prognóstico da doença e deveria ser realizado durante o período neonatal. Diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento médico multiprofissional podem evitar a morte desses pacientes e prevenir as sequelas da doença, proporcionando-lhes, melhor qualidade de vida. PO 025. RECORRÊNCIA DOS SINTOMAS DE ACALÁSIA DE ESÔFAGO EM PACIENTE ADOLESCENTE – ESTUDO DE CASO. Luz Claudia; Sampaio Marcia; Evangelista Regina; Furtado Pablo; Mouzinho Leandro; Reis Eline; Oliveira Adriana; Castro Bianca; Nascimento Bruno; Rocha Gilvânia; Souza Itamara; Maia Laina; Barbosa Mariane; Martins Matheus; Mendes Thailon; Ramos Thyago. Universidade Federal do Maranhão – Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos – São Luís/MA Introdução: Acalasia Idiopática do Esôfago (AIE) tem incidência de um a três casos por 100.000 habitantes por ano, sendo que apenas 4 a 5% desses casos são descritos em crianças. Desordem

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rara da motilidade esofágica, que se caracteriza por relaxamento parcial ou ausente do esfíncter inferior do esôfago (EIE) e/ou aperistalse do corpo esofágico. Os sintomas mais comuns são disfagia progressiva, emagrecimento, regurgitação dos alimentos não digeridos e dor retroesternal, podendo ser confundida com doença do refluxo gastroesofageano (DRGE). O diagnóstico é confirmado pela manometria esofágica. O esofagograma mostra o grau de dilatação do esôfago, fundamental para o estadiamento da doença. O tratamento visa reduzir ou “parar” a tonia do EIE. Objetivo: apresentar um caso de AEI, iniciado na infância, persistindo durante a adolescência. Método: Estudo descritivo, exploratório do tipo estudo de caso, através de revisão do prontuário de uma paciente portadora de AEI. Relato de caso: R. S. C, 15 anos, feminino. Aos seis meses, iniciou episódios de vômitos e perda de peso. Fez tratamento para RGE, com melhora. Evolução com persistência de vômitos, dor abdominal e desmaios. Aos 5 anos, disfagia para alimentos sólidos, pirose, dor retroesternal e regurgitação noturna. Endoscopia digestiva alta evidenciou esofagite crônica moderada, discretas ondulações mucosas transversais no esôfago. Após 4 meses de tratamento para DRGE, houve melhora dos sintomas. De março de 2008 a setembro de 2010 retornou a apresentar vômitos recorrentes, odinofagia e dor epigástrica sem melhora. Apresentou disfagia para alimentos sólidos, dor retroesternal e regurgitação noturna, com alimentos não digeridos. A Seriografia esôfago-gastro-duodenal revelou trânsito esofagiano lento; esôfago distendido com calibre de 4cm; redução de calibre na transição esôfago-gástrica, sugerindo acalasia ou megaesôfago. Sorologia para doença de chagas foi negativa. Manometria esofagiana, evidenciou pressão normal e ausência de relaxamento no EIE; corpo esofagiano apresentando 100% de contrações simultâneas, com ondas iterativas de baixa amplitude e duração prolongada. Realizada dilatação esofágica por balão, evoluindo com melhora parcial. Foi submetida à cardiotomia à Heller por laparotomia associada à cardioplastia a Thal. Aos treze anos voltou a apresentar quadro de vômitos, disfagia, plenitude pós-prandial, dor epigástrica e emagrecimento. Esofagograma evidenciou novamente acalasia ou magaesôfago. Realizou esofagocardioplastia. Conclusão: O estudo mostra o caráter recidivante da AEI e sua tendência a cirurgia definitiva. Apesar de rara em pediatria, é de suma importância o acompanhamento dos pacientes, uma vez que o crescimento pode ficar prejudicado e nenhuma das opções terapêuticas está livre de complicações.

PO 026. HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SUA EXTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR: RELATO DE CASO. Autores: VANESSA DA SILVA SOARES FERREIRA; RAFAELA LOBATO MERCHAK; THIAGO OLIVEIRA SOUZA; SILVANA GOMES BENZECRY; RONALDO CASTILHO CAMARGO Resumo: Sabemos que a Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas cujo modo de herança é autossômico codominante e que se caracteriza por níveis muito elevados do colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), e pela presença de sinais clínicos característicos, como xantomas tendíneos e risco aumentado de doença arterial coronariana prematura. Relato de caso: Paciente S.P.A, feminino, 13 anos, natural e residente em Manaus, AM, foi encaminhada ao ambulatório de cardiologia e nutrologia aos 3 anos de idade (2006) por médico ortopedista que notou xantomas em calcanhares. Criança apresentava-se eutrófica, sem outras comorbidades. Dosagem de Colesterol Total: 1041 Triglicerídeos: 80. Ecocardiograma evidenciava persistência do canal arterial sem repercussões hemodinâmicas. Teste ergométrico sem alterações. Foi iniciada dieta hipolipídica e droga hipolipemiante (sinvastatina 10mg/dia). Durante acompanhamento periódico, criança obteve melhora em lipidograma, chegando a apresentar em 2009 CT: 230, TG: 86, sem sinais clínicos de doença coronariana, caracterizando controle adequado com dieta e tratamento farmacológico. Seguimento ambulatorial foi perdido após família mudar-se para outro estado, criando um período sem acompanhamento e sem uso de medicação por aproximadamente 3 anos. Paciente retorna ao ambulatório aos 13 anos de idade (2017), pesando 39,8Kg, comprimento 1,49cm, IMC: 17,9, com avanço significativo dos xantomas, presença de arco corneal, ritmo cardíaco irregular, queixando dispnéia aos esforços e metrorragia. Últimos exames (2016): CT: 732, TG: 149, Ecocardiograma: isuficiência aórtica leve. Teste ergométrico (2017) com critério clínico e eletrocardiográfico positivo para isquemia do miocárdio. Genitora refere dificuldade em adesão da adolescente à dieta. Foram solicitados novos exames, indicado cateterismo e iniciado sinvastatina 40mg/dia. Com este caso queremos chamar atenção para a importância do acompanhamento médico de crianças com diagnóstico de hipercolesterolemia familiar, visto que o controle das lipoproteínas é fundamental para diminuir o desenvolvimento de aterosclerose e consequentemente o risco cardiovascular nesses pacientes.

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PO 027. Caracterização do estado nutricional ao nascer de recém-nascidos prematuros admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma Maternidade Escola de Fortaleza – CE. Autores: Lusyanny P Albuquerque, Jade M G da Silva, Keithyanne M Sabóia, Ana V P Meireles, Vívian B G de Sousa, Mirly R da S Oliveira, Raquel G Nobre, Cristiane S Almeida. Local: Maternidade Escola Assis Chateaubriand/Fortaleza –CE Introdução: A Organização Mundial de Saúde estima que nascem 15 bilhões de recém-nascidos prematuros (RNPT) por ano no mundo. O estado nutricional de uma criança ao nascer varia de acordo com as condições de vida intra-uterina às quais esteve submetida. Objetivo: Caracterizar o estado nutricional ao nascer de recém-nascidos prematuros admitidos em UTIN de uma Maternidade Escola.Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal. Foram avaliados 74 recém-nascidos prematuros admitidos na UTIN da maternidade escola estudada, no período de março a maio de 2017. Coletou-se dos prontuários os dados de nascimento: sexo, idade gestacional, peso e comprimento. Estes dados foram utilizados para classificação do grau de prematuridade e de peso ao nascer (PN) e determinação do estado nutricional, segundo idade gestacional de nascimento. Resultados: Participaram do estudo 44 (50,5%) meninos e 30 (40,5%) meninas, sendo 2 (2,7%) prematuros extremos, 52 (70,3%) prematuros moderados e 20 (27%) prematuros tardios. Os RNPT extremos nasceram com extremo baixo peso. Dos RNPT moderado, 26 (50%) nasceram com baixo peso, 21 (40,4%) muito baixo peso e apenas um (1,9%) nasceu com peso adequado. Já dos RNPT tardio 11(55%) nasceram com baixo peso, 5(25%) com peso insuficiente e 4(20%) com peso adequado. Quanto ao estado nutricional, de acordo com a idade gestacional de nascimento, os RNPT extremos nasceram com o peso adequado para idade gestacional (AIG). Dos RNPT moderados 44 (84,6%) nasceram AIG, 3(5,8%) nasceram pequenos para idade gestacional (PIG) e 5(9,6%) grandes para idade gestacional (GIG). E dos RNPT tardios 18 (90%) nasceram AIG, apenas um PIG e um GIG (5%). Conclusões: Sugere-se que quanto maior o grau de prematuridade, menor o PN e mais distante o RN está do peso adequado, visto que todos os RNPT extremos nasceram com extremo baixo peso e nenhum RNPT tardio apresentou extremo ou muito baixo peso. PO 028. Comparação do estado nutricional ao nascer e na alta de recém-nascidos prematuros (RNPT) internados em UTIN de uma Maternidade Escola de Fortaleza-CE. Autores: Lusyanny P Albuquerque, Jade M G da Silva, Keithyanne M Sabóia, Ana V P Meireles, Vívian B G de Sousa, Mirly R da S Oliveira, Raquel G Nobre, Cristiane S

Almeida e Ana Carolina M Cavalcante. Local: Maternidade Escola Assis Chateaubriand/Fortaleza –CE Introdução: O estado nutricional do nascimento de recém-nascidos sofre influência das condições intrauterinas. E os RNPT tendem a ter o seu crescimento menor do que o esperado para idade gestacional. O tempo de internação hospitalar tem correlação negativa com o peso à idade gestacional corrigida de termo. Objetivo: Comparar o estado nutricional ao nascer e da alta de RNPT prematuros admitidos em uma UTIN de uma Maternidade Escola de Fortaleza-CE. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo transversal, de março a maio de 2017, com 74 RNPT que tiveram alta da UTIN da Maternidade Escola estudada. Foram coletados do prontuário: sexo, peso de nascimento e peso de alta. Tais dados foram utilizados para determinação dos valores de percentil, pela curva de Fenton (2013). Resultados: Foram avaliados 2 (2,7%) prematuros extremos, 52 (70,3%) prematuros moderados e 20 (27%) prematuros tardios, sendo a duas semanas a média de tempo internação. Os RNPT extremo nasceram com peso dentro da faixa de percentil de ≥P3 E ≤P97 e na alta um RN manteve-se nesta faixa e o outro caiu para <P3. E 50 (96,1%) RNPT moderados tiveram peso de nascimento dentro da faixa de ≥P3 E ≤P97 e 2 (3,9%) e na alta 51(98%) estavam na faixa de normalidade e 1(2%) caiu para <P3. Já os RNPT tardio mantiveram-se dentro da faixa de normalidade (≥P3 E ≤P97) desde o nascimento até a alta hospitalar de UTIN. Conclusões: Desta forma sugere-se que quanto maior o grau de prematuridade maior a probabilidade de desvio da curva de normalidade, pois o percentual de desvio nutricional foi inversamente proporcional ao da semana gestacional. PO 029. Índices antropométricos ao nascer de recém-nascidos prematuros internados em Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCO) de uma Maternidade Escola de Fortaleza – CE. Autores: Jade M G da Silva, Lusyanny P Albuquerque, Keithyanne M Sabóia, Ana V P Meireles, Vívian B G de Sousa, Mirly R da S Oliveira, Raquel G Nobre.Local: Maternidade Escola Assis Chateaubriand/Fortaleza – Ceará Introdução: Evidências sugerem que a ocorrência de morbidades em recém-nascidos prematuros (RNPT) tem relação inversamente proporcional à idade gestacional (IG) e ao peso do nascimento (PN). Prematuros de menor IG, de menor PN e pequenos para IG (PIG) possuem maior chance de desenvolver morbidades neurológicas, alterações respiratórias. Objetivo: Descrever os indicadores antropométricos ao nascer de RNPT internados em UCINCOs. Método: Trata-se de um estudo

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descritivo com delineamento transversal. Foram avaliados 87 RNPT admitidos nas UCINCO da maternidade escola estudada, entre março e maio de 2017. Coletou-se dos prontuários os dados de sexo, IG e PN. Estes dados foram utilizados para classificação do grau da de prematuridade, PN e relação de PN com IG. Resultados: A amostra de 87 pacientes teve 72 (82,76%) RNPT tardios e 15 (17,24%) RNPT moderados. A média de peso ao nascer foi de 2429,86g entre os RNPT tardios e de 2015g entre os RNPT moderados. Quanto ao PN dos RNPT tardios, 47 (65,28%) nasceram com baixo peso; 17 (23,61%) com peso insuficiente; 7 (9,72%) com peso adequado e 1 (1,39%) com macrossomia. Entre os RNPT moderados, 14 (93,33%) nasceram com baixo peso e 1 (6,67%) com peso insuficiente. Quanto à relação de PN e IG, 55 (76,39%) dos RNPT tardios eram adequados para IG (AIG), 12 (16,67%) PIG e 5 (6,94%) grandes para IG (GIG). Entre os RNPT moderados, 14 (93,33%) eram AIG e 1 (6,67%) era PIG. Conclusões: Dessa forma, é sugestivo que o grupo de RNPT moderado apresenta maior probabilidade de riscos, visto que possuem menor IG, menor média de PN e maior percentual de baixo peso. Dentre os RNPT tardios, alguns, inclusive, nasceram com peso adequado, característica não demonstrada no grupo de RNPT moderado. Em conformidade com a literatura, são relatadas maiores prevalências de PIG entre nascidos com IG e pesos superiores. PO 030. Parâmetros antropométricos de recém-nascidos prematuros, classificados por curva de crescimento específica, admitidos em Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCO) de uma Maternidade Escola de Fortaleza-CE. Autores: Lusyanny P Albuquerque, Jade M G da Silva, Keithyanne M Sabóia, Ana V P Meireles, Vívian B G de Sousa, Mirly R da S Oliveira, Raquel G Nobre, Cristiane S Almeida e Ana Carolina M Cavalcante. Local: Maternidade Escola Assis Chateaubriand/Fortaleza – Ceará Introdução: O monitoramento do crescimento pós-natal de recém-nascidos prematuros (RNPT) é feito através de curvas específicas, que contemplam diversas metodologias. A curva de Fenton e cols (2013) utiliza cortes transversais de peso, comprimento e perímetro cefálico (PC) ao nascimento, de acordo com a idade gestacional (IG), refletindo o crescimento intrauterino. Objetivo: Descrever os parâmetros antropométricos de recém-nascidos prematuros (RNPT) classificados por curva de crescimento específica. Método: Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal. Foram avaliados 87 RNPT admitidos nas Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais da maternidade escola estudada, no período de março a maio de 2017. Coletou-se dos prontuários

os dados de sexo, IG, peso, comprimento e PC ao nascimento. Estes dados foram utilizados para classificação do grau de prematuridade e os demais estabelecidos na ficha de avaliação segundo a curva de Fenton e cols (2013) para posteriormente serem classificados segundo percentis. Resultados: A amostra de 87 pacientes teve 53 (60,92%) meninos e 34 (39,08%) meninas. Quanto a IG, 72 (82,76%) eram RNPT tardios e 15 (17,24%) eram RNPT moderado. Quanto a classificação de PN em percentis: 80 (91,95%) ≥p3≤p97, 5 (5,75%) <p3 e 2 >p97. Quanto a classificação de comprimento em percentis: 81 (93,10%) ≥p3≤p97 e 6 (6,90%) <p3. Quanto a classificação de PC em percentis: 83 (95,40%) ≥p3≤p97 e 4 (4,60%) >p97. Conclusões: A maioria dos RNPT estudados encontra-se adequada segundo os parâmetros de PN, comprimento e PC, característica esperada em uma unidade de cuidado destinada a recém-nascidos de médio risco. PO 031. AVALIAÇÃO DOS EDUCADORES DO MUNICÍPIO DE ADAMANTINA DIANTE DOS PARADIGMAS CUIDAR E EDUCAR EM CASOS DE CRIANÇAS COM NECESSIDADE(S) ALIMENTAR(ES) ESPECIAL(IS). Naiara Egle dos Santos, Aline Cristina Bassoli dos Santos, Claudia Maria Garcia Lopes Molina, Miriam Ghedini Garcia Lopes. Centro Universitário de Adamantina – UNIFAI Introdução: O papel dos educadores é de fundamental importância no acompanhamento diário dos alunos que necessitem de atenção nutricional individual em virtude de estado ou condição de saúde especifica que deverão receber cardápio especial (Lei nº12.982). Objetivo: Avaliar os conhecimentos básicos e cuidados dos educadores das escolas municipais (EMEIs) de Adamantina/SP para com os alunos com necessidades alimentares específicas. Metodologia: Foram incluídos 26 educadores das EMEIs que tinham disponibilidade para responder o questionário. Resultados: Do total de educadores avaliados, 84,6% desses trabalham com crianças com necessidades alimentares especiais. No entanto, 96% dos educadores não tem conhecimento da Lei nº12.982 sendo que 46% nunca receberam nenhum tipo de orientação básica a respeito do assunto. Quando questionados quanto aos tipos de condições que necessitam de cuidado nutricional específico, a alergia alimentar e intolerância alimentar foram as principais situações citadas pelos educadores. Do total de educadores, 65,3% desses reconhecem que apresentam dificuldades em situações cotidianas com esses alunos em específico. Nessas situações para esclarecimento das dúvidas, os educadores recorrem a: diretoria da escola (n=10), pais e responsável (n=10), nutricionista da merenda (n=4) e internet (n=3). Do total de educadores avaliados, 96% desses gostariam de

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aprimorar seus conhecimentos a respeito do assunto. Conclusão: O presente estudo foi de fundamental importância para observar a falta de conhecimento e informações dos educadores das EMEIs do município para com os alunos que necessitam de atenção nutricional individual em virtude de estado ou condição de saúde específica. Tal situação pode oferecer risco a esses alunos, principalmente em situações de alergia alimentar. Considerando os resultados alcançados e o interesse por parte dos educadores em aprimorar seus conhecimentos, o presente estudo será estendido para uma aula com discussão de casos clínicos com todos os educadores e diretores das EMEIs do município de Adamantina/SP.

PO 032. CONSTRUÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE SAÚDE ALIMENTAR DAS CRIANÇAS. AUTORES: IRLANE Silva VERAS1, NAYANA de Paiva Fontenelle XEREZ2, BRENDA Patrick Pinheiro GARCÊS3, PEDRO Lucas de Macedo LEITE4, RENILCIA do Nascimento SOUSA5, MARIA de Lourdes Figueiredo dos SANTOS6. 1. Enfermeira pela Faculdade Santa Terezinha – CEST; 2. Enfermeira pela Universidade Federal do Maranhã – UFMA, Nutricionista pela Universidade CEUMA – MA, Especialista em Saúde da Família pela Universidade Castelo Branco-RJ, Mestre em Gestão de Programas e Serviços de Saúde pela Universidade CEUMA - MA; Docente da Faculdade Santa Terezinha CEST-MA; 3. Enfermeira pela Faculdade Santa Terezinha – CEST; 4. Acadêmico do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Terezinha – CEST; 5. Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Terezinha – CEST; 6. Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Terezinha – CEST.LOCAL DE REALIZAÇÃO: São Luís – MA.

Introdução: A prática alimentar inadequada nos primeiros anos de vida está associada ao acréscimo da morbidade, representada por patologias infecciosas, desnutrição, sobrepeso, alergias e intolerâncias alimentares e défices de micronutrientes, convicções defendidas pelos estudos recentes. Diante das inúmeras pesquisas sobre o tema aleitamento materno, e o entendimento da importância do tema para a saúde da criança. Objetivo: o objetivo deste estudo foi criar um questionário de avaliação de conhecimento das mães e/ou cuidadores sobre a alimentação da criança no primeiro ano de vida, para servir de modelo no auxílio às consultas e pesquisas de profissionais de saúde. Metodologia: trata-se de um estudo transversal de caráter quantitativo e descritivo, com aplicação de um questionário em acompanhantes de crianças assistidas em uma clínica particular pediátrica do Município de São Luís- MA, no período 21 de novembro de 2016 a 06 de abril 2017. Resultado: foi possível após a aplicação de 40 questionários, que no início tinha 27 questões para que pudesse

ser analisada a compreensão da pergunta, o tempo de resposta e a dificuldade na aceitação para responder, até chegar ao resultado final do questionário modelo com 20 questões. Conclusão: como êxito em conclusão, o questionário modelo foi construído com questões de fácil entendimento, para o auxílio em pesquisas acadêmicas relacionadas à alimentação infantil, auxiliando os profissionais de saúde nas condutas terapêuticas. Palavras-chave: Aleitamento Materno. Alimentação Complementar. Nutrição infantil. PO 033. ANÁLISE NUTRICIONAL DA CESTA BÁSICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS- MA. Aline Cristine Pereira de Sousa1; Larissa Raquel Rêgo de Souza5; Nayana de Paiva Fontenelle5; Marina Souza Rocha6. 1- Nutricionista Egressa. – Universidade CEUMA – CEUMA – São Luís – MA – Brasil. 5- Mestre em Gestão de Programas e Serviços de Saúde - Docente da Universidade CEUMA. 6- Mestre em Alimentos e Nutrição. Departamento de Nutrição – Universidade CEUMA e Faculdade Estácio de São Luís – São Luís – MA – Brasil. E-mail: ([email protected]). INTRODUÇÃO: a cesta básica nacional faz parte do arcabouço legal estabelecido em 1938, ficando estipulados que 48% das despesas deste salário deveriam ser destinados à alimentação de um trabalhador. Respeitando particularidades e características culturais de cada região. OBJETIVO: caracterizar nutricionalmente a cesta básica no Município de São Luís-Ma. METODODLOGIA: a pesquisa foi desenvolvida nos três maiores supermercados Ludovicense que comercializam cestas básicas prontas. A amostra foi composta a partir de formulário estruturado para identificar os alimentos propostos e realizou-se análise quantitativa dos elementos nutricionais considerando-se a dieta de 2.000 kcal utilizando a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos – TACO (2011) e da Tabela de Composição de Alimentos publicados pela ENDEF (IBGE, 1999). RESULTADOS: Observou-se diferença na composição das cestas básicas no que se refere à determinação dos itens que as compõem. Verificou-se que há divergência quanto ao valor energético das cestas. A cesta básica que fornece maior aporte calórico é a do supermercado 3 com total de 43746 Kcal /mês (~1458 kcal/dia) a que oferta menor aporte calórico é a do supermercado 2 com total de 30076 Kcal/mês (~1002 kcal/dia). No que diz respeito à adequação aos valores de Referência para Ingestão Diária, dentre as cestas básicas, nenhuma obteve 100% de contribuição em relação ao recomendado. Os percentuais para o carboidrato estão bem abaixo do recomendado que é de 45-65% sendo a média de 55%. Para proteínas, os percentuais de contribuição observados em todas as cestas estavam abaixo do que estabelece os 10-35%, utilizado a média de

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22,5%. Para lipídeos, observou-se que as cestas básicas não estão dentro da faixa de recomendação que é de 20-35% com a média de 27,5%. CONCLUSÃO: Foram verificados valores abaixo das recomendações de macronutrientes

apontando insuficiência quantitativa em relação as 2000 kcal recomendada. Palavras-chave: Cesta básica de alimentos; salário mínimo. Macronutrientes.

PO 034. Perfil lipídico e função hepática de pacientes com Imunodeficiência Primária. Itana Gomes Alves Andrade, Juliana Fernandez Santana e Meneses, Erika Miyuki Yariwake, Anna Caroline Pereira Vivi, Beatriz Tavares Costa Carvalho, Roseli Oselka Saccardo Sarni. Local: Ambulatório de Imunologia Clínica – Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia – Departamento de Pediatria – EPM/UNIFESP. Introdução: Ataxia Telangiectasia (A-T), Imunodeficiência Comum Variável (ICV) e Agamaglobulinemia Ligada ao X (XLA) são imunodeficiências primárias (IDP´s) que podem cursar com alterações endócrinas e inflamação. Com os avanços nos protocolos de atendimento clínico, houve impacto positivo na sobrevida destes pacientes, surgindo assim preocupação com o risco para o desenvolvimento de outras doenças crônicas associadas. Objetivos: Descrever a evolução do perfil lipídico e função hepática de pacientes com A-T, ICV e XLA. Métodos: Coorte retrospectiva do Ambulatório de Imunodeficiências, no período de 2012 (momento 1 – M1) a 2017 (momento 2 – M2). Dados coletados: clínicos, antropométricos e bioquímicos (colesterol total e frações, triglicérides, TGP e Gama GT). Foram incluídos 27 pacientes, de ambos os sexos, sendo 10 com A-T; 13 com ICV e 4 com XLA; avaliados nos dois momentos. Análise Estatística: SPSS 20.0. Resultados: A idade variou entre 8 e 27 anos nos pacientes com A-T; entre 19 e 60 anos nos ICV e entre 12 e 20 anos nos XLA.

A tabela abaixo mostra os valores médios das variáveis analisadas.

Conclusões: Nos A-Ts observamos aumento expressivo nas concentrações de TGP, Colesterol total e LDL-c e aumento de HDL-c nos dois momentos; fato não observado para os ICVs e XLA. Tais achados justificam a importância da atuação multiprofissional com ênfase na intervenção nutricional.

IMC kg/m2

CT mg/dL

LDL-c mg/dL

HDL-c mg/dL

TG mg/dL

TGP U/L

GGT U/L

A-T M 1 16,64 178,3 116,1 41,3 104,0 37,8 126,3

M 2 16,85 194,6 126,8 46,9 101,8 66,7 116,9

ICV M 1 22,99 157,5 96,2 39,0 116,0 21,2 45,5

M 2 23,51 173,3 109,4 43,9 107,0 15,4 44,6

XLA

M 1 17,68 171,8 107,0 46,0 79,7 15,5 18,5

M 2 20,73 164,5 119,1 57,5 79,0 9,5 17,2

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PO 035. Níveis séricos de vitamina D em crianças e adolescentes com Dermatite Atópica. Autores: Roseani Andrade, Wellington Rodrigues, Renata Boaventura, Elaine Kotchetkoff, Márcia Malozzi, Roseli Sarni, Dirceu Solé. Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina – Departamento de Pediatria. Introdução: A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, que se apresenta de forma recidivante e cujos mecanismos fisiopatológicos ainda não são bem compreendidos. A deficiência de vitamina D (VD) pode estar associada à gravidade da Dermatite Atópica (DA). Peroni et al (2011) estudaram crianças italianas com DA classificadas segundo o índice Scoring Atopic Dermatitis (SCORAD). O estudo demonstrou associação inversa e significante entre os níveis de VD e a gravidade da DA. Os níveis séricos médios de VD foram significativamente maiores entre os com DA leve (36,9±15,7 ng/mL) comparados aos com DA moderada (27,5±8,3 ng/mL) ou grave (20,5±5,9ng/mL). Apesar disso, é difícil determinar se os níveis séricos baixos de VD contribuem para o desenvolvimento da DA, se danos na pele levam à comprometimento na síntese cutânea de VD, ou se os dois são independentes. Como se torna evidente pelos estudos disponíveis é difícil avaliar plenamente o papel que a VD desempenha na DA. Objetivo: Avaliar as concentrações plasmáticas de vitamina D em pacientes com DA. Método: Estudo prospectivo, transversal, onde foram avaliadas 32 crianças e adolescentes com DA de 5 a 15 anos. Foram coletados dados antropométricos e realizada dosagem sérica de 25-hidroxivitamina D. Resultados: Participaram 10 meninos e 22 meninas; média de idade foi 9,3±3,7 anos; 6 pacientes com DA leve, 11 DA moderada e 15 DA grave. Não houve diferenças significantes entre os níveis segundo a gravidade: DA grave = 25,4±8,8ng/mL, DA moderada = 29,9±7,6ng/dL e DA leve = 29,0±8,1ng/dL. Conclusão A média dos níveis séricos de VD foram maiores nos pacientes com DA leve e moderada comparada com DA grave. Porém não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05). PO 036. PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS COM ALERGIA A LEITE DE VACA. Ednoan O. Santos1, Patricia V. Andrade1, Dandara M. G. Santos1, Simone A. Ribas1. 1Divisão de Nutrição - Hospital Universitário Pedro Ernesto. Introdução: Atualmente a alergia alimentar atinge cerca de 4 a 6% da população infantil mundial. E o comprometimento nutricional pode ocorrer pela impossibilidade do consumo de alimentos que são fundamentais nesta faixa etária, e por isso o monitoramento do estado nutricional de forma precoce torna-se necessário.

Objetivo: Investigar o perfil nutricional dos pacientes pediátricos com alergia a proteína do leite de vaca (APLV). Método: Neste estudo descritivo, retrospectivo e transversal foram investigadas 64 crianças com diagnóstico APLV (0-13anos) de ambos os sexos, atendidas no Ambulatório de Alergia Alimentar do HUPE. No qual, foram coletados dados sócio demográfico e antropométricos (OMS, 2006;2007) para o diagnóstico nutricional. Resultados: Da amostra, 94% eram crianças, do sexo masculino (64%) e a mediana de idade na admissão foi de 3,2 anos. Foi observado que os sintomas cutâneos (79,7%), gastrointestinais (60,9%) e respiratórios (50%) foram os mais manifestados, surgindo a maioria antes dos 6 meses de vida (59%). O tipo de reação foi do tipo imediata (75%) e em grande parte mediada pela imunoglobulina E (81,3%). Quanto ao estado nutricional, 12,5% dos pacientes apresentaram baixo peso (P/I) e baixa estatura (E/I) e 11,5% risco de sobrepeso (IMC/I). Quanto a alimentação, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida foi encontrado somente em 42,2% das crianças, assim como a introdução de alimentos sólidos (54,7%) e do leite de vaca (51,6%) antes dos 6 meses. Conclusão: A partir do exposto, constatou-se que quase um quarto das crianças apresentou desvio nutricional, que pode ser associada ao diagnóstico tardio do APLV, à baixa taxa de aleitamento materno e por consequência da introdução alimentar complementar inadequada. Nesse contexto, reforça a importância do diagnóstico e da assistência interdisciplinar precoce (medicina e nutrição) com o propósito de alcançar um favorável prognóstico neste público. PO 037.COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM PASSADO DE ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA APÓS REINTRODUÇÃO DO LEITE Christine Almeida¹, Everlane Marinho², Olga Martins³, Isis Moura³, Carolina Silveira4, Renata Lessa4, Ronaldo Carneiro¹, Margarida Antunes¹, Maria das Graças Lins¹, Mara Gouveia¹, Kátia Brandt¹. 1. Gastropediatra do HC/UFPE, 2. Residente em Nutrição Clínica do HC/UFPE, 3. Nutricionista HC/UFPE, 4. Residente em Gastropediatria do HC/UFPE. Ambulatório de Gastropediatria do Hospital das Clínicas da UFPE A alergia alimentar é uma reação adversa às proteínas da dieta. Em crianças, a alergia a proteína do leite de vaca (APLV) é uma das mais comuns. A exposição precoce às fórmulas para o tratamento da APLV pode ter influência sobre a formação dos hábitos alimentares. Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento alimentar de crianças que permaneceram em dieta de exclusão de proteína do leite de vaca após a reintrodução do leite. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, do tipo série de

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casos no Ambulatório de Gastropediatria do Hospital das Clínicas da UFPE, entre Novembro/2014 a Dezembro/2016. A amostra foi composta por pacientes suspeitos ou diagnosticados com APLV acompanhados até a reintrodução do leite de vaca. Foram excluídas as crianças prematuras e/ou neuropatas. As famílias selecionadas foram convidadas a participar da pesquisa por telefone. Foram avaliadas 102 crianças, de 11 meses até 6 anos e 11 meses (média = 34,1 meses), sendo 56 meninos (54,9%). 32,3% iniciaram o uso de fórmulas especiais antes dos 4 meses e 50,9% antes dos 6 meses. Quanto ao tempo de uso de fórmulas especiais, 56,8% fez uso por 1 ano ou mais. Com relação ao comportamento alimentar 27,5% apresentavam seletividade, 25,5% tinham características de “picky eater”, 37,3% tinham desinteresse pelo alimento, 32,4% rejeitavam doces e 7,6% rejeitavam laticínios. Os achados do estudo sugerem que a dieta de exclusão influenciou em uma maior ocorrência de dificuldades alimentares, porém esse comportamento envolve aspectos que merecem ser avaliados com cautela. Outros estudos poderão ajudar a entender e intervir precocemente no comportamento alimentar dessas crianças. PO 038. Reconhecimento de alimentos regionais por pré-escolares após programa de educação alimentar. Autores: Laís Anjos, Adriana dos Santos, Bruna Siqueira, Andhressa Fagundes, Silvia Voci, Raquel Mendes-Netto; Danielle da Silva. Local de realização: Aracaju, Sergipe. Apoio: CNPq/ MDS-SESAN Introdução: A idade pré-escolar é marcada por aversão a diversos alimentos, principalmente frutas, verduras e legumes. Intervenções educativas lúdicas que facilitem o reconhecimento dos alimentos tornam-se uma importante estratégia para promoção de uma alimentação adequada na infância. Objetivo: Avaliar o reconhecimento dos alimentos regionais por pré-escolares após programa de educação alimentar. Casuísticas e Métodos: Trata-se de um estudo de intervenção não controlado, realizado com 188 pré-escolares alocados em duas instituições filantrópicas, na cidade de Aracaju-Sergipe. O programa de educação alimentar teve duração de um ano, envolvendo atividades lúdicas mensais e semanais com as crianças (horta escolar, oficina culinária, teatro de fantoche, feira da alimentação regional, dentre outras), com foco em quatro alimentos regionais (couve, macaxeira, laranja e abóbora). O reconhecimento foi avaliado por entrevista individual com apresentação dos alimentos, antes e após a intervenção. Os alimentos foram apresentados na forma in natura e em sua preparação comum. Foi utilizado o teste de MacNemar para avaliar as diferenças no reconhecimento no momento final e

inicial. Resultados: A intervenção apresentou resultados positivos sendo observado maior aumento no reconhecimento da abóbora, couve e macaxeira in natura e cozidos. Ao verificar diferenças entre o sexo e as idades no sucesso da intervenção relacionada ao reconhecimento, verificaram-se melhores resultados para o sexo feminino, sendo a couve refogada (p<0,046) e laranja in natura (p<0,039) os alimentos com melhores resultados após as intervenções; e maior sucesso para crianças de maior idade (5 a 6 anos). Conclusão: O programa de educação alimentar na escola mostrou melhorias no reconhecimento de alimentos regionais entre pré-escolares. Dessa forma, entende-se a importância em perpetuar estratégias de educação alimentar com crianças no ambiente escolar. PO 039. Barreiras do tratamento nutricional ambulatorial de crianças e adolescentes com excesso de peso. Autores: Kelly Souza, Anne Rayssa de Oliveira, Isabella Nascimento, Bruna Siqueira, Danielle da Silva. Local de realização: Hospital Universitário- Universidade Federal de Sergipe- Aracaju Introdução: O tratamento nutricional ambulatorial no manejo da obesidade infanto-juvenil tem sido considerado uma importante estratégia para adoção de hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis. Contudo, a adesão dos indivíduos obesos as orientações dietéticas é uma grande barreira para o sucesso do tratamento nutricional. Objetivo: Identificar, a partir da percepção dos pais, as principais barreiras relacionadas a adesão ao tratamento ambulatorial nutricional de crianças e adolescentes com excesso de peso. Casuísticas e Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado no mês de janeiro de 2016. Aplicou-se por telefone um questionário semiestruturado sobre as principais barreiras a adesão ao tratamento nutricional, com pais de crianças e adolescentes com IMC/idade elevado, usuários do ambulatório de nutrição infanto-juvenil do Hospital Universitário.Resultados: Foram entrevistados 50 pais de crianças e adolescentes, verificou-se que 54% deles concordaram muito que o filho tem dificuldade para seguir as orientações nutricionais, também 70% concordaram que a falta de obtenção do resultado esperado foi uma barreira, seguido pelo tempo elevado despendido para consulta (56%) e falta de incentivo e apoio da família (52%). A recusa do filho em realizar o tratamento e a dificuldade para seguir as orientações nutricionais, foram as barreiras da adesão ao atendimento nutricional ambulatorial que apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de pacientes frequentadores do acompanhamento nutricional e aqueles que abandonaram o tratamento (desistentes). Entre os desistentes, 46,7%

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concordaram muito com a declaração “Meu filho se recusa ou recusava (rebelião, insatisfação) em realizar o tratamento”. Além disso, em sua maioria, os pais dos pacientes desistentes concordaram mais com a dificuldade em seguir as orientações (80%), diferindo dos frequentadores (42,9%). Conclusão: O tratamento nutricional ambulatorial da obesidade infantil, nesta amostra, precisa incluir maior envolvimento da família e ações de educação alimentar que contribuam com a maior motivação para a mudança do comportamento alimentar. PO 040. Avaliação antropométrica de crianças com alergia a proteína do leite de vaca. Nome dos autores: Mikaelle R da Rocha, Keithyanne M Sabóia, Lusyanny P Albuquerque, Jade M G da Silva, Cristiane S Almeida. Local de realização ou instituição: Centro Universitário Estácio do Ceará Introdução: A Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) é o tipo mais comum de alergia alimentar, com impacto financeiro e social considerável na qualidade de vida de famílias, onde a restrição alimentar é a principal forma de tratamento. Objetivos: Avaliar medidas antropométricas e verificar aspectos socioeconômicos e alimentar de crianças com APLV. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, descritiva e transversal, realizado com 24 crianças de até 5 anos, onde foi aplicado um questionário de investigação sobre aspectos socioeconômicos e alimentares ao grupo de mães de crianças com APLV. As variáveis estudadas foram: Peso/idade, altura/comprimento/idade e Índice de Massa Corporal/idade, moradia, renda familiar, período de aleitamento materno, utilização de fórmulas infantil e idade de diagnóstico da alergia. Os dados foram tabulados com o auxílio do software Excel, versão 15.0, com estatística descritiva. Os dados foram analisados em frequência simples e apresentados por meio dos valores de média e desvio padrão. Resultados: Em relação ao perfil socioeconômico das 24 famílias avaliadas, 56% residem em casa própria e, na variável renda familiar, foi observada uma distribuição salarial mediana de 1 a 3 salários mínimos, 61% das crianças foram diagnosticadas com APLV nos primeiros 6 meses de vida e 76% das crianças fazem uso de fórmula infantil. Quanto ao diagnóstico nutricional, magreza acentuada e magreza foi observada em 8% das crianças, eutrofia em 79% e risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade em 25% das crianças. Conclusões: O presente estudo mostrou evidências positivas em relação ao estado nutricional de crianças alérgicas. Apesar de o maior percentual encontrado ser eutrofia, 25% das crianças avaliadas apresentaram risco de sobrepeso, sobrepeso ou obesidade, o que pode trazer sérios agravos na saúde dessas, como diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas recorrentes do excesso de peso.

PO 041. Avaliação nutricional de recém-nascidos termos assistidos em unidades neonatais de uma maternidade de referência em Fortaleza, Ceará. Autores: Keithyanne M Sabóia, Jade M G da Silva, Lusyanny P Albuquerque, Ana V P Meireles, Vívian B G de Sousa, Mirly R da S Oliveira, Raquel G Nobre. Local de realização ou instituição: Maternidade Escola Assis Chateaubriand/ Fortaleza-CE. Introdução: A avaliação nutricional do recém-nascido é importante para classificação e diagnóstico de alterações do crescimento intrauterino e para posterior acompanhamento nutricional e de crescimento. Objetivo: Avaliar o peso ao nascer segundo a idade gestacional e o índice peso por idade ao nascer e na alta hospitalar de recém-nascidos assistidos em unidades neonatais de uma maternidade de referência do Sistema Único de Saúde em Fortaleza, Ceará. Método: Realizou-se um estudo transversal com 118 recém-nascidos termos atendidos em unidades neonatais da referida maternidade entre março e junho de 2017. As variáveis sexo, peso ao nascer, peso na alta hospitalar, idade cronológica e idade gestacional (IG) foram coletados de prontuários. Os pesos ao nascer segundo a idade gestacional foram classificados em pequenos (PIG), adequados (AIG) ou grandes para a IG (GIG), considerando-se a curva internacional de padrão de crescimento proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (2014). O índice peso/idade (P/I) foi classificado de acordo com os valores da faixa de normalidade de Escore-z, também proposto pela OMS (2007), em muito baixo peso, baixo peso, peso adequado e peso elevado para idade. Resultados: A maioria dos recém-nascidos foi do sexo masculino (58,5%) e possuiu peso adequado para idade gestacional (76,3%). Os recém-nascidos apresentaram predominantemente valores de P/I ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +2, ou seja, indicando peso adequado para idade, observados tanto ao nascer (93,2%) quanto na alta hospitalar (94,1%). Conclusões: Os recém-nascidos termos apresentaram, em geral, peso adequado para idade gestacional e para idade cronológica ao nascer e no momento da alta, em concordância com o fato de esses, geralmente, constituírem o grupo de menor risco de agravos nutricionais. PO 042. Atividade de lazer e a prática esportiva regular entre as crianças e adolescentes do projeto Ação Educa do Instituto de Responsabilidade Social e Ambiental da Porto Seguro. Lélia Gouvêa, Aline Teixeira, Matheus Adriano Silva, Maria Eduarda Moreno, Leonardo Aquino, Luiz Anderson Lopes. Liga de Puericultura da Faculdade de Medicina de Santo Amaro. Introdução: As crianças e adolescentes que frequentam o Instituto da Porto Seguro moram no

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distrito de Santa Cecília, na região central de São Paulo, e são selecionadas a participar do projeto Ação Educa segundo o perfil sócio-econômico das famílias de maior vulnerabilidade social. No período que as crianças não estão na escola, frequentam o Instituto, onde desenvolvem várias atividades. Objetivo: Conhecer quais atividades as crianças e adolescentes desenvolvem no seu tempo de lazer. Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina de S. Em mutirão, professores, médicos e acadêmicos, atenderam as crianças que compareceram na data definida acompanhadas de seus pais ou responsáveis. Após esclarecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e termo de anuência, os pais responderam a questionário, contendo dados referentes a atividade física. As informações sobre o lazer preferido foram respondidas livremente pela criança/adolescente, tendo sido consideradas até duas opções para cada indivíduo. A amostra é representada pelos dois gêneros e faixa de idade entre 5 e 15 anos. Resultados: Das 81 crianças que responderam qual sua atividade preferida de lazer, encontramos:- A exposição a tela apareceu em 48,5% (assistir TV, jogar vídeo game, uso de tablet ou celular). 19,6% preferem os brinquedos ou brincadeiras de rua. 15,8% afirmaram que preferem atividades esportivas. Passear em parques e áreas ao ar livre foi resposta de 8,4%. E 7,4% preferem ficar lendo, escrevendo ou desenhando. 44 participantes afirmaram que praticam alguma atividade esportiva regularmente, seja na escola ou no instituto. Conclusão: Entre as crianças e adolescentes avaliados, a maior parte afirmou preferir atividades de lazer do tipo sedentário, o que predispõe a ganho de peso e consequentes comorbidades que comprometem a qualidade de vida de cada um.

PO 43. Estado nutricional e frequência de oferta e consumo de frutas, verduras e alimentos ultraprocessados de pacientes com alergias alimentares ou doença celíaca atendidos em um ambulatório do SUS. Fernanda Bernardes, Carolina da Silva, Marta Batista,Tamires Klanovicz, Bruna Espíndola, Caroline Buss, Fabiana Viegas Raimundo. Instituição: Hospital da Criança Santo Antônio. Introdução: As restrições alimentares necessárias no tratamento de alergia alimentar (AA) ou doença celíaca (DC) provocam alterações de rotina alimentar que podem impactar no estado nutricional. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a frequência de oferta e consumo de frutas, verduras e alimentos ultraprocessados de pacientes com AA ou DC atendidos em um ambulatório de nutrição pediátrica do SUS. Método: Estudo transversal com crianças e adolescentes diagnosticadas com AA ou DC. Foram

coletados os seguintes dados: idade, sexo, peso, estatura e informações sobre alimentação da criança, tais como frequência semanal de oferta e consumo de frutas, verduras e alimentos ultraprocessados e frequência diária de refeições realizadas em família. O estado nutricional foi classificado conforme os pontos de corte da OMS. Resultados: Foram avaliados 17 pacientes, 59% (n=10) com AA e 41% (n=7) com DC. A mediana de idade foi de 3,06 anos, com inclusão de crianças de 8 meses a 16 anos, sendo 64,7% (n=11) meninas. De acordo com o índice IMC/Idade, 59% (n=10) das crianças e adolescentes apresentaram eutrofia e 41% (n=7) excesso de peso. A média de refeições que as mães ou responsáveis realizam junto com os filhos foi de 2,18 (±1,7) vezes ao dia. A frequência semanal de oferta e consumo de frutas foi de 5,3 (± 2,6) e 4,5 (± 3,1), respectivamente. A frequência semanal de oferta e consumo de verduras foi de 4,7 (± 2,7) e 4,2 (± 2,7), respectivamente. A frequência semanal de oferta e de consumo de alimentos ultraprocessados foram iguais, sendo de 2,3x/semana. Conclusões: A maioria das crianças e adolescentes com AA e DC estavam eutróficas. A partir de dados absolutos, observou-se baixa frequência semanal de oferta e consumo de frutas e verduras, ao mesmo tempo que foi observada uma boa aceitação de alimentos ultraprocessados. PO 44. Associação entre sedentarismo e excesso de peso em escolares. Erika M Silva, Rosangela silva, Carolina N França. Curso de Fisioterapia, Universidade Santo Amaro, UNISA. Introdução: A obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e pode determinar várias complicações na infância e na idade adulta, sendo a inatividade física umas das suas causas. Objetivo: Avaliar a associação entre variáveis relacionadas à atividade física e o estado nutricional entre os escolares. Métodos: Estudo prospectivo, transversal, desenvolvido com escolares de uma escola pública e uma particular, com idade entre sete e 10 anos, do município de São Paulo, no ano de 2017. Foram coletados dados demográficos, de atividade física e antropométricos. Resultados: Entre os 77 escolares avaliados mais da metade eram do sexo feminino, estudavam em escola pública e a mediana da idade foi de 8,68 anos (6,94 – 9,9). Dos escolares avaliados, 45,45% foram diagnosticados com sobrepeso e obesidade de acordo com o escore Z de IMC, maior naquelas que estudavam em escola privada, e 26,0% tinham excesso de adiposidade pelo indicador razão cintura-estatura. Além disso, 44% das crianças relataram praticar alguma atividade física fora da escola, mais da metade caminha a pé até a escola e a média de tempo gasto assistindo televisão ou com celular/jogos eletrônicos foi de três horas por dia. Houve correlação positiva significante

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entre os indicadores do estado nutricional e de televisão e uso celular/jogos eletrônicos somente no grupo de crianças da escola pública (r = 0,458, p=0,005 e r = 0.453, p= 0,006, IMC e RCE, respectivamente).Conclusão: Os escolares apresentaram elevado percentual de excesso de peso, sendo mais prevalente na escola particular, porém observou-se associação entre o estado nutricional e a variável relacionada à inatividade física somente entre os escolares da escola pública.