universidade de brasilia seminários básicos de neurociências

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UNIVERSIDADE DE BRASILIA Seminários Básicos de

Neurociências

Luiz Cláudio Modesto Pereira Neurocirurgião funcional do HBDF Doutor em ciências da saúde - UNB Fellow em neurocirurgia Funcional - Utoronto

Bioeletrogênese: Potencial de membrana; Potencial de Ação ;

Transmissão Sinática; Monitorização das funções

neurais

Como funciona o cerebro?

Mecanismos de sinalização e transmissão de informação interneuronal

Oscilação de atividade elétrica

Mecanismos de sincronização

Roteiro Aula expositiva

Neurofisiologia bàsica : sinalização, transmissão, oscilação e sincronização

A) Conceitos básicos

potenciais de membrana potenciais de ação Potencias pos sinapticos Potenciais de baixo campo ...

B) Neurofisiologia e neuroregistro

C) Sinapses

D) Mudanças estruturais secundárias

Propagação de estímulos / fluxo de informações

Neurônio e unidade

sinalizadora

Unidade básica - Neurônio Corpo ou soma

Citosol Citoesqueleto:

o Microtubulos o Neurofilamentos o microfilamentos

Axônio Membrana plasmatica

o Trilaminar o Canais iônicos

Mielina

Dendritos Espinhas

o Sinapses

Hippocampal neuron cultured for 24 hours and stained for DNA in the nucleus (blue), microtubules (green), and actin filaments (red).

Neurônio : unidade sinalizadora

Variations in vertebrate neuronal morphology

Microtúbulos e cinesina

Transporte e Fluxo axoplasmatico Anterógrado Retrógrado

Reciclagem de membranas Neurotrasmissores

Excessive phosphorylation of the tau protein

Microtúbulos e cinesina

Transporte e Fluxo axoplasmatico Anterógrado Retrógrado

Reciclagem de membranas Neurotrasmissores

Princípios de Eletrofisiologia Considerações elétricas

Força elétrica (íons): Os íons apresentam carga – excesso ou déficit de elétrons

no anel externo NaCl não tem carga NaCl não conduz corrente elétrica nesta forma H2O + NaCl -> Íons Na+ e Cl- “movem-se” , passam a ter

carga.

Íons com carga são como magnetos Não se atraem, se repelem

Esta é a base da condutibilidade e irritabilidade neural Gradiente Elétrico – Desbalanço de cargas Equilíbrio – movimento de cargas para alcançar o balanço

Força química ions tendem a se repelir até atingir o equilíbrio : “Como os cristais de tinta em água “

Princípios de Eletrofisiologia O neurônio é a unidade básica do sistema nervoso

Propriedades do neurônio :

Irritabilidade e condutividade Irritabilidade : propriedade básica do protoplasma que

permite que uma célula responda a estímulos Condutibilidade: propriedade básica ...propagação de

estímulos Células nervosas maximizam irritabilidade e condutividade

Características no corpo celular, que permitem a função Neuronal : O corpo esta composto por íons em uma solução - eletrólitos Todos eventos neurais dentro da célula (não fora) são

diretamente relacionados à presença e características destes íons

Princípios de Eletrofisiologia Requisitos para o potencial de repouso

1. Íons na solução : Na+, Cl-, K+ A- (moléculas protéicas)

2. Membrana Semipermeável

Seletividade de permeabilidade iônica: A membrana pode variar sua permeabilidade a alguns íons Ions A : não passam a membrana K+ e Cl- podem passar livremente pela membrana Na+ pode ou não passar pela membrana: crucial para

estabelecer e manter o potencial de repouso da membrana

Fosfolipídica

bilaminada

Membranas

Tipos de canais ionicos

Livre passagem

Modulados por voltagem

Com sítios reguladores

Potassium channel1 sodium–potassium pump

3. Transporte ativo (Bomba de Na+) Processo metabólico ativo, função da membrana celular Íons Na+ são bombeados para o exterior da célula Maior concentração de Na+ no lado de fora Eletródios fora da célula –> positivos em relação ao interior

4. Gradientes químicos e elétricos Íons Na+ não consegue manter equilíbrio = persiste fora

da célula Íons Cl- and K+ são livres para passar pela membrana O Ion K+ se move em função do gradiente elétrico, O movimento elétrico do Cl- para quando as forças são

iguais

Princípios de Eletrofisiologia Requisitos para o potencial de repouso

Princípios de Eletrofisiologia Registro da atividade elétrica

Os sistemas biológicos produzem diferenças de voltagem entre dois pontos, que podem ser registradas.

Os instrumentos de registro medem diferenças de voltagens Resultantes do desbalanço de íons Podem ser de grandes agrupamentos neuronais (EEG, PE...) Podem ser de uma área pequena (low field potential) ou

única célula (microeletrodos)

Registros são feitos por fios conectados ao indivíduo Conduzem atividade elétrica por conterem elétrons. Alguns íons vão conectar com o eletrodo negativo “doando seu

elétron” ao passo que alguns eletrons vão deixar o eletrodo na área positiva.

Este movimento é bem discreto Os amplificadores aumentam ao efeito deste movimento e

elétrons de forma que possam ser mensurados – registrados.

CRANIO CORTEX

Princípios de Eletrofisiologia Registro da atividade elétrica

Os sistemas biológicos produzem diferenças de voltagem entre dois pontos, que podem ser registradas.

Os instrumentos de registro medem diferenças de voltagens

Registros são feitos por fios conectados a órgãos, tecidos ou superfície

Excitação neuronal

Potencial de membrana: repouso

Potencial transmembrana – diferença iônica Na+ e K+ (fora/dentro)

Potencial pós sináptico

Excitatatório – reduz potencial de membrana Inibitório – aumenta potencial de membrana

Potencial transmembrana

Potencial pós sináptico

Excitação neuronal

Potenciais de ação: Condutância variável de Na+ e K+ controla

o potencial da membrana

A partir de uma determinada redução do potencial de membrana ocorre influxo abrupto de Íons e deflagra rápida inversão do potencial de membrana

Este evento propaga de ponto a ponto Se aplicada corrente de estimulo à membrana:

aumenta condutância ao sódio... -> PA

Propagação dos potencias de ação:

Tipos de Axônios

Amielínicos

Mielinizados

Efeitos da estimulação: Mudanças de potencial de membrana X deflagração de potencial de ação

Intensidade

Duração

Efeitos da estimulação:

Somatório das interações sinápticas

Somatório de interações sinápticas - sensorial

Registro Estimulação Lesão

Microregistro Micro Eletrodos e Micropipetas

Que pode ser traduzida !

“Cada célula fala uma linguagem”

Registro celular

Corpo celular Axonal Avaliação da atividade

neuronal fisiológia +/-, Caos, freq, duração,

oscilação...

Avaliação de situações induzidas

Avaliação de resposta a estímulos

Avaliação de interação entre neurônios

Sinapse Análise eletroquímica

Manipulação

Elétrica

Química

Física

Análise de respostas

Microregistro :

Em neurocirurgia

funcional é o guia ideal

para localização

Mapeamento de estruturas profundas

Microregistro em neurocirurgia

Neurofisiologia intra-operatória

Localização

Estudo de fenômenos

Teste de técnicas

AC

MCP

MCP

AC

Neuronal activity in the globus pallidus: Multiple system atrophy compared to Parkinson’s disease.

Técnicas de monitorização eletro fisiológica extra-operatória

Magnetoencefalografia

Avalia os PA

Arvore dendrítica?

Axônios!

Técnicas de monitorização eletro fisiológica intra-operatória

Eletrencefalografia:

superfície/sub/intradural

cortex/eletrodos profundos

Avalia os PEPS

Arvore dendrítica

Técnicas de monitorização eletro fisiológica intra-operatória

Eletrencefalografia: superfície/sub/intradural/cortex/eletrodos profundos

Potencias evocados: Visual/SS/Motor/Audit

Registro com macroeletrodos

Registro com microeletrodos

Imagem óptica cortical

Imagem funcional não invasiva

Estimulação elétrica

Bloqueio de função (crio ou químico)

Resposta a neurotransmissores

Potenciais evocados

Somato-

sensitivos

Avalia a via monitorizada

Via monitorizada PE SS

Auxilio localizatório - Mapeamento por PE :

Reversão e fase ...

Potenciais evocados

VIA Visual

Potencial evocado motor

Via monitorizada PE motor

Localização eletrofisiologica por PEs

Configurações de ondas dos PEs - múltiplas localizações

Potenciais evocados

talâmicos bifásicos são

observados no VP,

trifásicos no VIM...

Técnicas de monitorização eletro fisiológica intra-operatória

Eletrencefalografia: superfície/sub/intradural/cortex/eletrodos profundos

Potencias evocados: Visual/SS/Motor/Audit

Registro com macroeletrodos

Registro com microeletrodos

Imagem óptica cortical

Imagem funcional não invasiva

Estimulação elétrica

Bloqueio de função (crio ou químico)

Resposta a neurotransmissores

Eletrofisologia em neurocirurgia funcional:

Registro da atividade elétrica

Registro por Placas

Macro e microeletrodos

Atividade espontânea

Atividade evocada

Estimulação e inibição elétrica

Efeito clinico e sintomatico

Ação a curto e longo prazo

Lesão controlada

Mudança de impedância durante lesão programada

Técnicas de monitorização eletro fisiológica intra-operatória

Eletrencefalografia: superfície/sub/intradural/cortex/eletrodos profundos

Potencias evocados: Visual/SS/Motor/Audit

Registro com macroeletrodos

Registro com microeletrodos

Imagem óptica cortical

Imagem funcional não invasiva

Estimulação elétrica

Bloqueio de função (crio ou químico)

Resposta a neurotransmissores

Estimulação do SNC

Estimulação para localização do trato pyramidal (palidotomia)

limiares de resposta

Limiar de Reposta Motora

7v

3v

2v

1v

Baixa frequencia

Abalos-

Contraturas

Alta frequencia

Espasmos

Resposta autonômica

Resposta radicular

Temperatura

Perfusao do segmento

D10

L2

D 11

L1

3v

3v

2v

2v

1.5v

Resposta sensitiva

Estimulação cordonal posterior

D12

Estimulação e Topografia Ex : Estimulação Dorsal Medular (EDM)

Cobertura de parestesias Área de estimulação

Extremidade superior/hemicorpo

Precórdio

Lombar e extremidade inferior

C3 – C6

T1 – T2

T8 – T10

Pé T12 – L1

Raízes sacrais Normalmente S3 utilizando EME

retrógrada

Somatorio de informações Impedância & Limiares de resposta

Ex. Globo Pálido Interno :

cápsula interna

trato óptico

base do núcleo

Efeito clínico da estimulação

Sensoriais e Motores Melhora sintomática – espontânea e

provocada Dor Espasticidade Tremor, rigidez, bradicinesia...

Efeito clínico da estimulação

Efeitos esperados, colaterias e indesejados

Sensoriais Parestesias, Analgesia...

Motores Espasmos, contraturas,hipertonia Distonia, hipercinesia Bradicinesia, tremor

Efeitos autonômicos

Efeitos cognitivos Efeitos afetivos Alteração de fala, Outros :Alt oculomotricidade...

Mecanismo de ação da neuroestimulação

O princípio : baseado na despolarização dos

neurônios locais e das vias mais próximas,

induzindo respectivamente excitação ou inibição local,

além da possibilidade de difusão a áreas mais distantes por mecanismos antidrômicos e ortodrômicos.

+

-

Estimulação direta do SNC produz resultados teoricamente imprevisíveis:

Em estruturas sensori-motoras “geram” respostas positivas...

Em estruturas de linguagem e memória “geram” bloqueio de função...

Fatores que influenciam a resposta neuronal

Aferência Eferência Interneuronios Fibras próximas

Conecções locais Sinapses excitatórias e características Sinapses excitatórias e características

Modelos teóricos

Efeito da estimulação nos axônios difere do no corpo celular

Efeito nos axônios determina impacto nos grupos nucleares

Efeito no neurônio depende

Da distancia do eletrodo

Dos elementos de input

Eletrofisiologia: in situ

Hipótese 1 : Estimulação induz a inibição local sináptica Estudos in vivo mostram inibição...

Coincidência de supressão dependente de freqüência e resposta terapêutica dependente de freqüência

Hipótese 2 : Estimulação ativa a aferencia e/ou inibe o núcleo estimulado Ativação axonal eferente excede a inibição do

corpo celular

Inibição com alta freqüência

Inibição com baixa freqüência

Efeito da freqüência

Inibição parcial e total

Efeito de freqüências diferentes

Efeito da amplitude de estímulo

Estimulação induz a modulação

de mecanismos de sensitização ou dessensibilização: EXEMPLO

LPT, WIND UP...

de circuitos patológicos: EXEMPLO Estimulação de alta freqüência ativa projeções dopaminérgicas nigroestriatais.

Mecanismos gerais Ativação

Detalhes essenciais das conecções neuronais

Sinapses Neurotransmissores Receptores de

membrana Canais iônicos

Sinapses

Tipos de sinapses

Elétricas

Químicas

iônotropicas

Metabotrópicas

Electrical synapses

Neurotransmissores

Produção

Estoque

Liberação

TIPOS PRINCIPAIS:

Colinas = Ach

Aminas biogênicas = 5ht, catecolaminas

Aminoácidos=glutamato+/gaba,glicina,taurina-

Neuropeptideos=endorfinas ...

DINAMICA:

Síntese

Liberação

Recaptação

Degradação

Neurotransmissores:

Sinapses excitatórias

Regulação de receptores

UP

Down

Tipos de canais ionicos

Livre passagem

Modulados por voltagem

Com sítios reguladores

Canais iônicos

Voltage-gated calcium channel

Gabapentin

*

*

Oxcarbazepine

Eventos pos ativação sináptica

Cálcio , Oxido nítrico, cAMP

Fatores de regulação & interferência na função neuronal

Detalhes essenciais das conecções neuronais

Mudanças estruturais neuronais secundarias à neurotransmissão

Ativação de proteinokinases Transcrição protéica Seqüência de mudanças estruturais Reorganização sináptica

Mecanismos de controle da Transcrição

protéica

Modulação

Long Term Potentiation “Wind Up”

Long Term Potentiation

WIND UP

Remodelamento

Sinaptico

Dendritico

Sprouting

cytoskeletal reorganization occurring during axonal branching morphogenesis

Modulação

Alterações genéticas precoces pós anóxia Fatores de transcrição

Expressão gênica Morfologia Funcional

Epigenetic factors affecting the morphological differentiation of vertebrate neurons.

Conclusões

Fatores que influenciam a resposta neuronal

Aferência Eferência Interneuronios Fibras próximas

Conecções locais Sinapses excitatórias e características Sinapses excitatórias e características

Biofísica da neuroestimulação De forma simples um

neuroestimulador consiste de: uma fonte – uma bateria

uma chave de ligar e desligar

um par de fios de extensão

um par de eletrodos O catodo é o eletrodo de polo negativo

fora do neurônio – causa despolarização

Circuito simplificado

Biofísica da estimulação

V= I x R

A relação entre voltagem e corrente é governada pela lei de OHM.

Q = PA x PW (Carga por fase = amplitude de Pulso x largura de Pulso)

Q = PA x PW / cathodal area (Densidade de carga depende da área do eletrodo)

Existem dois tipos básicos de Estimulação por eletrodos

Monopolar

Campo de carga esférico

Mais simples

Maiores voltagens

Maior difusão de corrente

Melhor para maioria dos pacientes

Bipolar

Campo de carga alongado

Possivelmente mais complexo

Menor voltagem

Corrente mais focada

Melhor para pacientes com pequena janela terapêutica.

Eletrodos área de ação e captação

Amplitude

Duração de pulso

Freqüência

Polaridade

Morfologia do

estimulo

Características importantes dos estímulos

Tipos e parâmetros de pulso

Processos eletroquímicos Reversível Irreversível

Curva de segurança de estimulação

Carga a 50 Hz

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