trabalho ventrÍculos encefalicos (cerebrais) e tc sistema nervoso humano
Post on 04-Aug-2015
433 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Sistema Nervoso
Caruaru Setembro de 2012
Página | 2
MARIA CHRYSTIANE G. BARROS JOSEILDA RUFINO DA SILVA DENIS CAIRES DE OLIVEIRA
LEILA BARBOZA GOMES
Sistema Nervoso
Trabalho apresentado a Professora
Simone Cabral da disciplina anatomia
dos Sistemas da turma III AN , turno
Noite do curso de Técnico em
Radiologia
Escola Técnica Politec Novo Rumo Caruaru - Setembro de 2012
Página | 3
Sumário
SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................................... 6
ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO ................................................................................................... 11
TECIDO NERVOSO ............................................................................................................................... 11
CLASSIFICAÇÃO DO NEURÔNIO QUANTO AOS SEUS PROLONGAMENTOS: ................................................................. 13
MEDULA ESPINHAL ............................................................................................................................. 16
SECÇÕES DA MEDULA VERTEBRAL EM TODAS AS SUAS REGIÕES ........................................................................... 18 RAÍZES NERVOSAS....................................................................................................................................... 19 RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS ........................................................................................ 19 ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL ............................................................................................................. 21 A ARACNÓIDE ESPINHAL ............................................................................................................................... 21
TRONCO ENCEFÁLICO.......................................................................................................................... 23
BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR ................................................................. 24 BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ................................................................ 25 BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL ...................................................... 26 PONTE TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL .................................................................................... 27 PONTE TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR ............................................................................................... 28 PONTE (ESQUEMA DOS NÚCLEOS DA PONTE) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL ................................ 29 PONTE (QUARTO VENTRÍCULO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL ................................................................. 30 PONTE (ASSOALHO DO QUARTO VENTRÍCULO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ......................... 31 MESENCÉFALO (ESQUEMA DIDÁTICO) SECÇÃO TRANSVERSAL DO MESENCÉFALO .................................................... 32 MESENCÉFALO - COLÍCULOS E CORPOS GENICULADOS TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL ..................... 33 VISTA INFERIOR DO MESENCÉFALO................................................................................................................. 34 MESENCÉFALO (ESQUEMA DOS NÚCLEOS DO MESENCÉFALO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ..................... 35
CEREBELO ............................................................................................................................................ 36
CEREBELO - VISTA SUPERIOR ......................................................................................................................... 36 CEREBELO - VISTA INFERIOR .......................................................................................................................... 37 CEREBELO - SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR ................................................................. 38 CEREBELO - VISTA LATERAL ........................................................................................................................... 39 CEREBELO - VISTA LATERAL ........................................................................................................................... 40
DIENCÉFALO......................................................................................................................................... 40
III VENTRÍCULO: .......................................................................................................................................... 40 DIENCÉFALO - VISTA MEDIAL ........................................................................................................................ 41
TÁLAMO: ............................................................................................................................................. 42
LIMITES DO TÁLAMO - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO ................................................................................ 44 NÚCLEOS DO TÁLAMO ................................................................................................................................. 45
HIPOTÁLAMO: ..................................................................................................................................... 45
CORPOS MAMILARES ................................................................................................................................... 46 QUIASMA ÓPTICO: ...................................................................................................................................... 46 TÚBER CINÉREO: ......................................................................................................................................... 46 INFUNDÍBULO: ........................................................................................................................................... 46 HIPOTÁLAMO - VISTA MEDIAL ...................................................................................................................... 47 FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO: ......................................................................................................................... 47
EPITÁLAMO: ........................................................................................................................................ 48
EPITÁLAMO - VISTA MEDIAL ......................................................................................................................... 48 TRÍGONO DA HABÊNULA .............................................................................................................................. 49 CORPO PINEAL ........................................................................................................................................... 49 COMISSURA POSTERIOR ............................................................................................................................... 49
Página | 4
TELENCÉFALO ....................................................................................................................................... 49
SULCOS E GIROS: ........................................................................................................................................ 49 FACE SÚPERO-LATERAL: ............................................................................................................................... 51 LOBO FRONTAL: ......................................................................................................................................... 52 LOBO TEMPORAL: ....................................................................................................................................... 52 LOBO PARIETAL: ......................................................................................................................................... 53 LOBO OCCIPITAL: ........................................................................................................................................ 54 LOBO DA ÍNSULA: ....................................................................................................................................... 55 RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO ........................................................................ 56 FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO .............................................................................................................. 57 LOBO DA ÍNSULA ........................................................................................................................................ 57 FACE MEDIAL: ........................................................................................................................................... 58 CORPO CALOSO, FÓRNIX E SEPTO PELÚCIDO: ................................................................................................... 58 FÓRNIX E HIPOCAMPO ................................................................................................................................. 59 VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO ..................................................................................................... 60 SEPTO PELÚCIDO - VISTA MEDIAL DO CÉREBRO ................................................................................................ 60 LOBO FRONTAL E PARIETAL ........................................................................................................................... 61 FACE INFERIOR DO CÉREBRO ......................................................................................................................... 65 RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO .......................................................................................... 66 RINENCÉFALO - ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO ........................................................................................... 66 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL ......................................................................................................... 67 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL ......................................................................................................... 67 NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALÓIDE ...................................................................... 70 NÚCLEOS DA BASE - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO ................................................................................... 71
MENÍNGES E LÍQUOR ......................................................................................................................... 72
DURA-MÁTER: ........................................................................................................................................... 73 ARACNÓIDE: .............................................................................................................................................. 75 PIA-MÁTER: ............................................................................................................................................... 77 LÍQUOR: ................................................................................................................................................... 78 CAVIDADES VENTRÍCULARES ......................................................................................................................... 79
VENTRÍCULOS LATERAIS E PREXO CORIÓIDE ........................................................................................ 80
ESQUEMA - CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR .............................................................................................................. 81
VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA ........................................................................................................... 82
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO ...................................................................................................... 82 POLÍGONO DE WILLIS: ................................................................................................................................. 82 ARTÉRIAS CAROTIDA INTERNA E VERTEBRAL ..................................................................................................... 83 POLÍGONO DE WILLIS - ESQUEMA .................................................................................................................. 84 ARTÉRIAS DO ENCÉFALO - VISTA INFERIOR ....................................................................................................... 85 ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA ........................................................................................................................ 85 VISTA ANTERIOR DAS ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MÉDIA ............................................................................ 86 ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA ........................................................................................................................... 86 ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR ..................................................................................................... 87 ESQUEMA DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS............................................................................................................... 88 VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO ........................................................................................................ 89
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ......................................................................................................... 90
NERVOS CRANIANOS ............................................................................................................................ 91 RESUMO DOS NERVOS CRANIANOS ................................................................................................................ 93 1. NERVO OFTÁLMICO ................................................................................................................................. 99 2. NERVO MAXILAR: .................................................................................................................................... 99 3. NERVO MANDIBULAR ............................................................................................................................. 100 NERVOS ESPINHAIS ............................................................................................................................. 109 RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS ...................................................................................... 109
Página | 5
FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL - RAÍZES VENTRAL E DORSAL ......................................................................... 110 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS ....................................................................................... 111 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS ....................................................................................... 112 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS ..................................................................................... 113 RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR .......................................................................................... 114
PLEXO CERVICAL ............................................................................................................................... 115
SUPERFICIAIS ASCENDENTES: ...................................................................................................................... 115 NERVO OCCIPITAL MENOR ......................................................................................................................... 116 NERVO FRÊNICO ....................................................................................................................................... 117
PLEXO BRAQUIAL .............................................................................................................................. 119
RAMOS SUPRA-CLAVICULARES: .................................................................................................................... 121 RAMOS INFRA-CLAVICULARES: ..................................................................................................................... 122
NERVOS TORÁCICOS ......................................................................................................................... 127
RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS TORÁCICOS ................................................................................................... 127 NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR .................................................................................................. 128 NERVO ESPINHAL TORÁCICO TÍPICO ............................................................................................................. 128
PLEXO LOMBAR ................................................................................................................................ 129
NERVO OBTURATÓRIO ............................................................................................................................... 130 NERVO FEMORAL E CUTÂNEO LATERAL DA COXA ............................................................................................ 131
PLEXO SACRAL .................................................................................................................................. 131
RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS SACRAIS E COCCÍGEOS .................................................................................... 131
PLEXO COCCÍGEO .............................................................................................................................. 135
CONCLUSÃO....................................................................................................................................... 136
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 137
Página | 6
SISTEMA NERVOSO
Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na
superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do
sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente.
Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com
o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso.
O primeiro indicio de
formação do sistema nervoso
consiste em um
espessamento do ectoderma,
situado acima do notocorda,
formando a chamada placa
neural.
Sabe-se que a formação da
desta placa e a subseqüente
formação do tubo neural, tem
importante papel à ação
indutora da notocorda e do
mesoderma.
Notocordas implantadas na
parede abdominal de
embriões de anfíbios induzem
aí a formação de tubo neural.
Extirpações da notocorda ou
mesoderma em embriões
jovens resultaram em
grandes anomalias da
medula.
A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire
um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para
formar a goteira neural.
Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O
ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o
assim do meio externo.
No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural,
desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal
denominada crista neural.
O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto
a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de
elementos não pertencentes ao sistema nervoso.
Página | 7
Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião. No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.
Página | 8
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as
vesículas telencefálicas laterais.
A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial
do sistema nervoso e se denomina lamina terminal.
As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e
escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.
O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que
formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que
forma a neuro-hipófise.
Página | 9
Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto,
sofrendo, em algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto,
o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A
cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV
ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos
laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são
revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da
medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.
Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou
curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes.
A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o
prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura,
denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do
embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção
contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina.
Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem.
Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um
ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.
Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais
Página | 10
O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial
(cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele
que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema
nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada
dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo.
No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação,
ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema
nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o
meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O
componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em
receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente.
O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o
comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O
sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o
controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos
originados em receptores das vísceras a áreas especificas do sistema
nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros
nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominada
de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso
simpático e parassimpático.
Página | 11
Estruturas do Sistema Nervoso
TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os
neurônios e as células glias. Neurônio: é a unidade estrutural e funcional
do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a
função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias:
compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem
como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da
atividade neural.
Página | 12
Neurônios: são células
altamente excitáveis que se
comunicam entre si ou com
outras células efetuadoras,
usando basicamente uma
linguagem elétrica. A
maioria dos neurônios possui
três regiões responsáveis
por funções especializadas:
corpo celular, dentritos e
axônios.
O corpo celular: é o centro
metabólico do neurônio,
responsável pela síntese de
todas as proteínas
neuronais. A forma e o
tamanho do corpo celular
são extremamente variáveis,
conforme o tipo de neurônio.
O corpo celular é também,
junto com os dendritos, local
de recepção de estímulos,
através de contatos
sinápticos.
Dendritos: geralmente são
curtos e ramificam-se
profusamente, a maneira de
galhos de árvore, em
ângulos agudos, originando
dendritos de menor
diâmetro. São os processos
ou projeções que
transmitem impulsos para os
corpos celulares dos
neurônios ou para os
axônios. Em geral os
dendritos são não
mielinizados. Um neurônio
pode apresentar milhares de
dendritos. Portanto, os
dendritos são especializados
em receber estímulos.
Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo
e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio
apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como
mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que deixam os
corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio
sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais
axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos.
Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.
Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e
interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção
ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um neurônio motor conduz
informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como neurônio
Página | 13
eferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto
no SNP.
Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas:
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio
interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC;
Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada
ou interpretada;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em
direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do
SNC.
Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos:
a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio, por isso são
chamados de multipolares. Mas também existem os neurônios bipolares e
pseudo-unipolares.
Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um
dendrito e um axônio.
Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo
celular.
Página | 14
Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas,
entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais
de tais contatos são denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-
se uns aos outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual
encontramos as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os
neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores –
agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os
neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros
neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as
endorfinas.
Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando
presente, seu envoltório de origem glial. O principal envoltório das fibras
nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e proteína),
que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de
mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de
mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no
sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de
mielina formada por células de Schwann, no periférico e no central por
oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais rápida do
impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou
seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de
Ranvier.
Página | 15
Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos
gânglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em
feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos
espinhais e cranianos.
Curiosidade sobre o Sistema Nervoso Periférico
No sistema nervoso periférico, o axônio é envolvido por células especiais
denominadas células de Schwann, que formam a bainha de mielina do axônio.
O núcleo e o citoplasma das células de Schwann ficam por fora da bainha de
mielina e constituem o neurilema. Essa estrutura é importante nos casos em
que o nervo é seccionado, pois ela é responsável, em parte, pela regeneração
do mesmo. Assim os nervos reconstituídos cirurgicamente, podem
eventualmente restabelecer suas conexões, permitindo a recuperação da
sensibilidade e dos movimentos.
Algumas Considerações
O peso do encéfalo de um homem adulto
é de 1.300 gramas e na mulher é de
1.200 gramas. Admite-se que no homem
adulto de estatura mediana o menor
encéfalo compatível com a inteligência
normal seria de 900 gramas. Acima deste
limite as tentativas de se correlacionar o
peso do encéfalo com o grau de
inteligência esbarram em numerosas
exceções (este se refere ao peso corporal
e não ao grau de inteligência, pois ainda
não se conseguiu provar de forma alguma
qual dos dois sexos é mais inteligente). A
inteligência não se refere somente na
quantidade de massa cinzenta, mas sim
na capacidade que os seres humanos tem
de entender, raciocinar, interpretar e
relacionar o conhecimento sobre
experiências vividas e não vividas e a
capacidade adaptativa do ser humano a
novas situações.
Página | 16
MEDULA ESPINHAL
Medula significa miolo e indica o que está
dentro. Assim temos a medula espinhal dentro
dos ossos, mais precisamente dentro do canal
vertebral. A medula espinhal é uma massa
cilindróide de tecido nervoso situada dentro do
canal vertebral sem entretanto ocupa-lo
completamente.
No homem adulto ela mede aproximadamente
45 cm sendo um pouco menor na mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo,
aproximadamente ao nível do forame magno do
osso occipital.
O limite caudal da medula tem importância
clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A
medula termina afinando-se para formar um
cone, o cone medular, que continua com um
delgado filamento meníngeo, o filamento
terminal.
Forma e Estrutura da Medula
A medula apresenta forma aproximada de um
cilindro, achatada no sentido antero-posterior.
Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta
duas dilatações denominadas de intumescência
cervical e intumescência lombar.
Página | 17
Estas intumescências medulares
correspondem às áreas em que fazem
conexão com as grossas raízes
nervosas que formam o plexo braquial
e lombossacral, destinados à inervação
dos membros superiores e inferiores
respectivamente.
A formação destas intumescências se
deve pela maior quantidade de
neurônios e, portanto, de fibras
nervosas que entram ou saem destas
áreas. A intumescência cervical
estende-se dos segmentos C4 até T1
da medula espinhal e a
intumescência lombar (lombossacral)
estende-se dos segmentos de T11
até L1 da medula espinhal.
A superfície da medula apresenta os
seguintes sulcos longitudinais, que
percorrem em toda a sua extensão: o
sulco mediano posterior, fissura
mediana anterior, sulco lateral anterior
e o sulco lateral posterior. Na medula
cervical existe ainda o sulco
intermédio posterior que se situa entre
o sulco mediano posterior e o sulco
lateral posterior e que se continua em
um septo intermédio posterior no
interior do funículo posterior. Nos
sulcos lateral anterior e lateral
posterior fazem conexão,
respectivamente as raízes ventrais e
dorsais dos nervos espinhais.
Página | 18
Secções da Medula Vertebral em Todas as Suas Regiões
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a
forma de uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três
colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior,
posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da
medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da
medula.
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e
descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou
cordões:
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral
anterior.
Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.
Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano
posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior.
Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio
posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
Conexões com os nervos espinhais:
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos
filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para
formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As
duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em
um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.
Página | 19
Raízes Nervosas
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos
medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1
coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais
porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.
Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 20
Topografia da medula:
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar
encontramos apenas as menínges e as raízes
nervosas dos últimos nervos espinhais, que
dispostas em torno do cone medular e filamento
terminal, constituem, em conjunto, a chamada
cauda eqüina. Como as raízes nervosas mantém
suas relações com os respectivos forames
intervertebrais, há um alongamento das raízes e
uma diminuição do ângulo que elas fazem com a
medula. Estes fenômenos são mais pronunciados
na parte caudal da medula, levando a formação
da cauda eqüina.
Cone Medular Filamento Terminal
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e
a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras
correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos
segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra
corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o
número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular
subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco
segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos
cinco segmentos sacrais.
Envoltório da medula:
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são:
dura-máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda
a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na
dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível
da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos
nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os
nervos.
Página | 21
Envoltórios da Medula Espinhal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um
folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que
unem este folheto à pia-máter.
A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o
tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula
termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento
esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco
dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal
recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de
filamento da dura-máter.
Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento
coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal
denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de
toda a extensão da medula.
A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da
medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e
ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se
inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com
a emergência dos nervos espinhais.
Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes
pontos de referencia em cirurgias deste órgão.
Página | 22
Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica
devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como:
hematoma extradural, meningites etc.
O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal
vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo
venoso vertebral interno.
O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita
contendo uma pequena quantidade de líquido.
O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido
cérebro-espinhal ou líquor.
Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre
a pia-mater e o tecido nervoso.
Página | 23
TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou
seja, conecta a medula espinal com as estruturas
encefálicas localizadas superiormente. A substância
branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e
enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro
e também as provenientes dele. Dispersas na
substância branca do tronco encefálico encontram-se
massas de substância cinzenta denominadas núcleos,
que exercem efeitos intensos sobre funções como a
pressão sangüínea e a respiração. Na sua constituição
entram corpos de neurônios que se agrupam em
núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam
em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas
que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos
cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico.
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e
a ponte situada entre ambos.
Bulbo
Ponte
Mesencéfalo
Bulbo (Medula Oblonga):
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor
continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha
demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o limite está
em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento
radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível
do forame magno.
Página | 24
O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno
deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte.
A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam
na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. Vista
pela superfície, aparecem como uma continuação dos funículos da medula
espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão
denominada forme cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma
eminência denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras
nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios
motores da medula. Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-
espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o
plano mediano e constituem a decussação das pirâmides. É devido à
decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado
esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por
exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda
sua metade esquerda.
Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do
bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande
quantidade de substância cinzenta. Ventralmente à oliva, emerge do sulco
lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso.
Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem
para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos filamentos que
constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz
espinhal.
Página | 25
Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Posterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um
estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre
para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral ou
porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do
bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a
formação dos limites laterais do IV ventrículo. Entre o sulco mediano posterior
e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do funículo posterior da
medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácile fascículo
cuneiforme pelo sulco intermédio posterior.
Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes,
provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância
cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos
fascículos correspondentes.
Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências:
o tubérculo grácil, mais medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral.
Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam
lateralmente como dois ramos de um "V" e gradualmente continuando para
cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Este, é formado
por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da metade caudal
do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo.
Página | 26
Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do
ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do
vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as
lesões neste órgão particularmente perigosas.
Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas
vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem
fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma
fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas
drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa
depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar.
Ponte:
Página | 27
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo.
Esta situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso
occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base situada ventralmente
apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos
feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada
lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se
penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite
entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de
emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se faz por
duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou
raiz motora do nervo trigêmeo.
Ponte Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Percorrendo longitudinalmente a
superfície ventral da ponte existe um
sulco, o sulco basilar, que geralmente
aloja a artéria basilar.
A parte ventral da ponte é separada do
bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde
emerge de cada lado, a partir da linha
mediana, o VI, o VII e o VIII par
craniano.
Página | 28
O VI par, o nervo abducente, emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo.
O VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, emerge lateralmente
próximo a um pequeno lobo denominado flóculo. O VII par craniano,
o nervo facial, emerge lateralmente com o VIII par craniano, o nervo
vestíbulo-coclear, com o qual mantém relações íntimas. Entre os dois,
emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano.
Ponte Tronco Encefálico - Vista Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do
bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.
Núcleos da Ponte
Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem
lateral do quarto ventrículo.
Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da
coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do
gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes.
Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância
cinzenta dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo,
profundamente ao colículo facial.v
Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na
formação reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela
borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior.
Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão
vestibular ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O
núcleo da divisão coclear localiza-se na porção caudal da ponte.
Página | 29
Ponte (Esquema dos Núcleos da Ponte) Tronco Encefálico - Vista Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a
ponte em sua face posterior e ventralmente ao
cerebelo. Continua caudalmente com o canal
central do bulbo e cranialmente com o aqueduto
cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica
o III e o IV ventrículo. A cavidade do IV
ventrículo se prolonga de cada lado para formar
os recessos laterais, situados na superfície
dorsal do pedúnculo cerebelar inferior.
Este recesso se comunica de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio
das duas aberturas laterais do IV ventrículo.
Há também uma abertura mediana do IV ventrículo denominada de forme de
Magendie, ou forame mediano, situado no meio da metade caudal do tecto do IV
ventrídulo.
Por meio desta cavidade, o líquido cérebro-espinhal, que enche a cavidade
ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.
Página | 30
Ponte (Quarto Ventrículo) Tronco Encefálico - Vista Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O assoalho de IV ventrículo ou fossa rombóide, é formado pela parte dorsal da
ponte e pela porção aberta do bulbo.
Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída
por uma fina lamina de substância branca, o véu medular superior, que se
estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na constituição da
metade caudal temos as seguintes formações:
Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo.
O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lâmina
branca presa medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo.
Tela corióide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas
da metade caudal do assoalho do IV ventrículo.
Página | 31
Ponte (Assoalho do Quarto Ventrículo) Tronco Encefálico - Vista Posterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A tela corióide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste
internamente o ventrículo com a pia-máter e reforça externamente este
epitélio. Esta tela emite projeções irregulares e muito vascularizadas para
a formação do plexo corióide do IV ventrículo. Este plexo corióide tem a
forma de "T" e produz líquido cérebro-espinhal, que se acumula na
cavidade ventricular passando ao espaço subaracnóideo através das
aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo.
A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo
respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no
ritmo respiratório.
Mesencéfalo:
Página | 32
Interpões-se entre a ponte e o cerebelo, do qual é representado por um
plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à
comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto
cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto
do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por
sua vez, se dividem em uma parte dorsal, otegmento e outra ventral, a base
do pedúnculo.
Em uma secção transversal do mesencéfalo,
vê-se que o tegmento é separado da base
por uma área escura, a substância negra
(nigra). Junto à sustância negra existem
dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco
lateral do mesencéfalo, e outro
medial, sulco medial do pedúnculo cerebral.
Estes sulcos marcam o limite entre a base e
o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco
medial emerge o nervo oculomotor, III par
craniano.
Mesencéfalo (Esquema Didático) Secção Transversal do Mesencéfalo
Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefalico apresenta quatro
eminências arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores,
separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz.
Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que
pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior, emerge o IV par
craniano, o nervo troclear.
Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo
geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu
braço. Assim o colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do
colículo inferior, e o colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo
braço do colículo superior, o qual tem o seu trajeto escondido entre o pulvinar do
tálamo e o corpo geniculado medial.
O corpo geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico.
Página | 33
Mesencéfalo - Colículos e Corpos Geniculados Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Pedúnculos cerebrais: vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem
com dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e
divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro.
Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa interpeduncular,
limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os
corpos mamilares. O fundo da fossa interpeduncular apresenta pequenos
orifícios para a passagem de vasos. Denomina-sesubstância perfurada
posterior.
Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de
oval que se estende do limite caudal do colículo superior até a região
subtalâmica. É circular numa secção transversal.
Página | 34
Vista Inferior do Mesencéfalo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Núcleos do Mesencéfalo
Núcleo da raiz mesencefálica do nervo trigêmeo (V par craniano) – forma
uma região dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que
circunda o aqueduto.
Núcleo do nervo troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo
inferior.
Núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção
transversal. Estende-se até o colículo superior.
Página | 35
Mesencéfalo (Esquema dos Núcleos do Mesencéfalo) Tronco Encefálico - Vista Posterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Revisão dos Pedúnculos Cerebelares
Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo.
Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte.
Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem no mesencéfalo.
Pedúnculo Cerebelar Inferior
Origem: Bulbo
Pedúnculo Cerebelar Médio
Origem: Ponte
Pedúnculo Cerebelar Superior
Origem: Mesencéfalo
Página | 36
CEREBELO
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do
metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a
formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso
occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter
denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo
cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e
superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere
fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e
inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo,
uma porção ímpar e mediana, o vérmix,
ligado a duas grandes massas laterais, os
hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco
separado dos hemisférios na face superior do
cerebelo, o que não ocorre na face inferior,
onde dois sulcos são bem evidentes o
separam das partes laterais.
Cerebelo - Vista Superior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 37
Cerebelo - Vista Inferior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que
delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo.
Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que
delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas.
Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em
secções deste órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna.
Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o
corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo,
revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex
cerebelar.
O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em
cortes sagitais, recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo
medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os
núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.
Página | 38
Cerebelo - Secção no Plano do Pedúnculo Cerebelar Superior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum
significado funcional e sua importância é apenas topográfica.
Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios.
A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios.
A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium
consiste em apenas uma folha do vérmix.
Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o
pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo
vestíbulo-coclear.
Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas
são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se
medialmente sobre a face dorsal do bulbo.
Página | 39
Cerebelo - Vista Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fissuras do Cerebelo:
- Depois da língula temos a fissura pré-central.
- Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar.
- Depois do cúlmen temos a fissura prima.
- Depois do declive temos a fissura pós-clival.
- Depois do folium temos a fissura horizontal.
- Depois do túber temos a fissura pré-piramidal.
- Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal.
- Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.
Página | 40
Cerebelo - Vista Lateral
Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.
DIENCÉFALO
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo.
O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da
cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção
mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo,
hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.
III ventrículo:
É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo
aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames
interventriculares.
Página | 41
Quando o cérebro é
seccionado no plano
sagital mediano, as
paredes laterais do III
ventrículo são expostas
amplamente; verifica-se
então a existência de
uma depressão, o sulco
hipotalâmico, que se
estende do aqueduto
cerebral até o forame
interventricular. As
porções da parede,
situadas acima deste
sulco, pertencem ao
tálamo; e as situadas
abaixo, pertencem ao
hipotálamo.
Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada
por substância cinzenta, a aderência intetalâmica, que aparece apenas
seccionada.
No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as
seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos
mamilares, pertencentes ao hipotálamo.
Diencéfalo - Vista Medial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 42
A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que
se localiza acima do sulco hipotalâmico.
Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes
laterais, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se
insere a tela corióide, que forma o tecto do III ventrículo.
A partir da tela corióide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos corióides do
III ventrículo, que se dispõem em duas linhas paralelas e são contínuos, através
dos respectivos forames interventriculares, com os plexos corióides dos
ventrículos laterais.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de
tecido nervoso, que une os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico
e a comissura anterior.
A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes
laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se
evagina para formar quatro recessos na região do infundíbulo:
Recesso do infundíbulo, acima do quiasma óptico;
Recesso óptico;
Recesso pineal, na haste da glândula pineal;
Recesso suprapineal, acima do corpo pineal.
Tálamo:
O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm,
compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas
massas ovuladas pareadas de substância
cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de
substância branca em seu interior.
Em geral, uma conexão de substância cinzenta,
chamada massa intermédia (aderência
intertalâmica), une as partes direita e esquerda
do tálamo. A extremidade anterior de cada
tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo
anterior do tálamo, que participa da delimitação
do forame interventricular.
A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma
grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados
lateral emedial.
Página | 43
Tálamo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica,
e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo
denominada de metatálamo.
A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo
lateral, sendo revestido por epitélio ependinário (epitélio que reveste esta parte
do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a
perede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo
caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-
de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na constituição da tela corióide. A face
lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe
de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face
inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo.
Página | 44
Limites do Tálamo - Secção Transversal do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro:
Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos;
Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais;
Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as
sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.
Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos:
Grupo Anterior
Grupo Posterior
Grupo Lateral
Grupo Mediano
Grupo medial
Página | 45
Núcleos do Tálamo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão
da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do
cérebro.
O tálamo classifica a informação, dando-nos uma idéia da sensação que estamos
experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja
uma interpretação mais precisa.
Funções do Tálamo:
Sensibilidade;
Motricidade;
Comportamento Emocional;
Ativação do Córtex;
Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.
Hipotálamo:
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com
funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.
Página | 46
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se
dispõe nas paredes do III ventrículo,
abaixo do sulco hipotalâmico, que separa
o tálamo. Apresenta algumas formações
anatômicas visíveis na face inferior do
cérebro: o quiasma óptico, o túber
cinéreo, o infundíbulo e os corpos
mamilares. Trata-se de uma área muito
pequena (4g) mas, apesar disso, o
hipotálamo, por suas inúmeras e variadas
funções, é uma das áreas mais
importantes do sistema nervoso.
Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta
evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular.
Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe
fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos
óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os
pedúnculos cerebrais.
Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do
quiasma e do tracto óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-
se a hipófise por meio do infundíbulo.
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao
túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o
recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para
constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior
continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise
esta contida na sela túrcica do osso esfenóide.
Página | 47
Hipotálamo - Vista Medial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se
agrupa em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas
variados de fibras, como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada
metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar.
Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no
hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na
medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos
para músculos e glândulas por todo o corpo.
Funções do Hipotálamo:
Controle do sistema nervoso autônomo;
Regulação da temperatura corporal;
Regulação do comportamento emocional;
Regulação do sono e da vigília;
Regulação da ingestão de alimentos;
Regulação da ingestão de água;
Regulação da diurese;
Regulação do sistema endócrino;
Geração e regulação de ritmos circadianos.
Página | 48
Epitálamo:
Limita posteriormente o III ventrículo,
acima do sulco hipotalâmico, já na
transição com o mesencéfalo. Seu
elemento mais evidente é a glândula
pineal, glândula endócrina de forma
piriforme, ímpar e mediana, que repousa
sobre o tecto mesencefálico. A base do
corpo pineal se prende anteriormente a
dois feixes transversais de fibras que
cruzam um plano mediano, a comissura
posterior e a comissura das habênulas,
entre as quais penetra na glândula pineal
um pequeno prolongamento da cavidade
ventricular, o recesso pineal.
A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se
liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o
diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas
eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a
glândula pineal e o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com
as estrias medulares do tálamo. A tela corióide do III ventrículo insere-se,
lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura
das habênulas, fechando assim o III ventrículo.
Epitálamo - Vista Medial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Portanto, o epitálamo é formado por:
Página | 49
Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do
tálamo junto ao corpo pineal.
Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente
8mm de comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu
papel fisiológico ainda não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal
secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A
melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o
ajuste do relógio biológico do corpo.
Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha
mediana na junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e
superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e
diencéfalo.
TELENCÉFALO
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma
pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura
longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras
comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois
hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais
direito eesquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames
interventriculares.
Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces:
súpero-lateral (convexa); medial (plana); e inferior ou base do cérebro
(irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do
crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.
Sulcos e Giros:
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a
substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se
dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou
circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do
volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex
cerebral estão “escondidos” nos sulcos.
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o
sulco central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é
subdividido em ascendente, anterior e posterior.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois
giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central.
As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE,
enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
Página | 50
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-
occipital, que separa o lobo parietal do occipital.
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação
aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal,
occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso
do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo
lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão.
O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na
face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-
occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma
linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda
superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral,
cerca de 4 cm do pólo occipital.
Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no
ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo
temporal do lobo parietal.
Página | 51
Face Súpero-lateral:
Lobo Frontal
Lobo Temporal
Lobo Parietal
Lobo Occipital
Lobo da Ínsula
Página | 52
Lobo Frontal:
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se
anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele.
Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se
para frente e para baixo.
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro
se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor).
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal
inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada.
Lobo Temporal:
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás
paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal.
Página | 53
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente
formado por duas ou mais partes descontinuas.
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal
superior.
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal
inferior.
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita
com o sulco occípito-temporal.
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do
giro temporal superior.
A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais,
os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal
transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da
audição.
Lobo Parietal:
Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao
sulco central.
Página | 54
Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com
o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.
Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro
pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a
área somestésica.
Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste,
descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade
do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção
terminal e ascendente do sulco temporal superior.
Lobo Occipital:
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do
cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes.
Página | 55
Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro.
Lobo da Ínsula:
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem
forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen
da ínsula.
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e
dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e
giros curtos.
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.
Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da
ínsula.
Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.
Página | 56
Resumo dos Giros da Face Súpero-lateral do Cérebro
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Página | 57
Face Súpero-lateral do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Lobo da Ínsula
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 58
Face Medial:
Corpo Caloso Fórnix
Septo Pelúcido
Lobo Frontal e
Lobo Parietal
Lobo Occipital
Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido:
Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um
grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e
penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas
simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos
identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente,
o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo
caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir
o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que
se continua em uma fina lâmina, alâmina rostral até a comissura anterior. Entre a
comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada
lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite
anterior do III ventrículo.
Divisões do Corpo Caloso e Fórnix - Face Ínfero-medial do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 59
Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção
à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não
pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro.
É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e
unidas entre si no trajeto do corpo caloso.
A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do
fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do
fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores).
As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a
parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada
lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo.
No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um
lado para o outro, formando acomissura do fórnix.
Fórnix e Hipocampo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 60
Vista Superior do Fórnix e Hipocampo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Septo Pelúcido - Vista Medial do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 61
Lobo Frontal e Parietal
Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o
lobo parietal:
Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o
tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o
sulco do hipocampo.
Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é
separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo
marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a
margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente
em direção ao sulco parieto-ocipital.
Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior
do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo
paracentral.
Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo
istmo do giro do cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do
cíngulo.
Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na
parte anterior e posterior deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas
relacionadas com a perna e o pé.
Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo
parietal.
Página | 62
Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro.
Lobo occipital:
Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto
arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o
centro cortical da visão.
Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.
Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro
complexo de forma triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-
cúneos.
Página | 63
Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro
continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal.
Face inferior:
Lobo Temporal
Lobo Frontal
Lobo temporal:
Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e
occipito-temporal medial.
Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco
colateral pode ser contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do
giro para-hipocampal do resto do lobo temporal.
Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde
continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde
termina separando o giro parahipocampal do úncus.
Página | 64
Sulco calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior,
separa a porção posterior o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo.
Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do
cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal.
Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro,
porém ocupa uma área significativa na face inferior. Está localizado entre o giro
occipito-temporal lateral, giro para-hipocampal e o istmo do cíngulo.
Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um
giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o
istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte
importante dosistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o
controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal
se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus.
Página | 65
Lobo Frontal:
A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório,
profundo e de direção ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente
ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro frontal superior. O resto da
face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares,
os sulcos egiros orbitários.
Face Inferior do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 66
Resumo dos Giros da Face Medial do Cérebro
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rinencéfalo:
O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que
continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório.
O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório.
Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e
medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono
olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de
pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior.
Rinencéfalo - Anatomia do Nervo Olfatório
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 67
Morfologia dos Ventrículos Laterais:
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo
líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se
comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame,
cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três
cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se
projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno
anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do
ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.
Morfologia do Ventrículo Lateral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Morfologia do Ventrículo Lateral
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Página | 68
Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais:
Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex
cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do
cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas
de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro.
Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas.
Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. As fibras de
projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação
unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro.
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna.
O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a
formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta
página.
A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no
córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo
lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados
medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam
a constituir a coroa radiada.
Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do
núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada
entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna
encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.
Página | 69
As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-
hemisféricas einter-hemisféricas.
Dentre as fibras de associação intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais
importantes:
Fascículo do Cíngulo - Une o lobo frontal e o temporal.
Fascículo Longitudinal Superior - Une os lobos frontal, parietal e occipital.
Também pode ser chamado de fascículo arqueado.
Fascículo Longitudinal Inferior - Une o lobo occipital e temporal.
Fascículo Unciforme - Une o lobo frontal e o temporal.
Dentre as fibras de associação inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que
atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios,
encontramos três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura do fórnix e
comissura anterior, já estudadas acima.
Página | 70
Núcleos da base:
Núcleo caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância
cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua
extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que
proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua
gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte
central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do
núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a
extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua
forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em
determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A cabeça do núcleo
caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.
Núcleo Caudado, Núcleo Lentiforme e Corpo Amigdalóide
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Núcleo lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-
pará. Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no
interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a cápsula interna, que o se
separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da
ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro.
O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de
substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é
maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente. Em secções transversais
do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em
virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é
subdividido por uma lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em
partes externa e interna (ver figura abaixo).
Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da
ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina
branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o núcleo lentiforme existe uma
outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo).
Página | 71
Corpo amigdalóide: é uma massa esferóide de substância cinzenta de cerca de 2
cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta
saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. O corpo
amigdalóide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do
comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima).
Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união
entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado.
Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base
do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região
conhecida como substância inominata. Contem neurônios grandes ricos em
acetilcolina.
Núcleos da Base - Secção Transversal do Cérebro
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 72
Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas
importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente,
a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um
todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem
localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo:
MENÍNGES E LÍQUOR
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de
proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal
(líquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordarei as menínges e o líquido
cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a
defesa do nosso corpo.
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A
aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes
consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter
que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.
Página | 73
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido
conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois
folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do
crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica
(nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência
da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na
medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea
média, ramo da artéria maxilar.
Folhetos da Dura-máter
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo
Página | 74
não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana
se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do
externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se
comunicam amplamente. As principais pregas são:
Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura
longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.
Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos
occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do
crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ousupratentorial, e
outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada
incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo.
Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do
cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica,
deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára.
Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do
encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém
o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue,
constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção
das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema
cardiovascular junto com o sistema venoso.
Página | 75
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa
por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido
necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-
se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande
comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se
também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o
espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas
trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide.
Dura-máter e Aracnóide
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham
apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a
esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância
entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito
variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se
afasta da parede craniana.
Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas
subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais
importantes são as seguintes:
Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do
bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da
medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a
maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de
punções.
Página | 76
Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.
Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.
Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico.
Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o
esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte,
àcisterna ambiens, termo usado pelos clínicos.
Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco
lateral de cada hemisfério.
Cisternas e a Circulação do Líquor
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que
penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas,
mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos
prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos
quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada
Página | 77
camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor,
que neste ponto, vai para o sangue.
Granulações Aracnóides
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo
e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais.
Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido
nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos
nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os
vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a
parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do
espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos
vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido
circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais
calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do
vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos
astrócitos do tecido nervoso.
Página | 78
Espaço entre as menínges:
O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um
espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter.
Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural.
Líquor:
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades
ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.
Página | 79
Cavidades Ventrículares
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido
nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a
partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem
plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais
contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos
forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
Página | 80
Ventrículos Laterais e Prexo Corióide
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço
subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se
projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo
sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o
espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o
líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica
ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-
máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
Circulação do Líquor
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a
Página | 81
determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em
outra já são o suficiente para causar sua movimentação.
Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a
pressão líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das
granulações aracnóideas.
Esquema - Circulação do Líquor
Página | 82
VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA
O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que
exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e
oxigênio.
O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um
fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no
sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo
não são toleradas por um período muito curto.
A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda
da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são
irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram.
O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e
do coração.
Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue
aproximadamente igual ao seu próprio peso.
Vascularização Arterial do Encéfalo
Polígono de Willis:
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas:
vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas).
Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo.
Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de
Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
Página | 83
Artérias Carotida Interna e Vertebral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na
goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a
parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média
e uma artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que
é a artéria comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas
através das artérias comunicantes posteriores.
Página | 84
Polígono de Willis - Esquema
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Polígono de Willis - Esquema
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 85
Artérias do Encéfalo - Vista Inferior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Artéria Carótida Interna
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais
ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo
do osso temporal.
A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se
em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior.
A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral
irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e,
infelizmente, comum.
Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente
referidos como a circulação anterior do encéfalo.
Página | 86
Vista Anterior das Artérias Cerebral Anterior e Média
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Artéria Cerebral Média
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar)
Página | 87
As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a
partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço.
Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais,
perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnóide, penetrando
no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e,
aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um
tronco único, a artéria basilar.
As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores
posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina
anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita
e esquerda.
A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias:
cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim
áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo.
O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos
clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.
Artéria Cerebral Posterior e Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 88
Esquema das Artérias Cerebrais
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:
Página | 89
Vascularização Venosa do Encéfalo
As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo
maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de
onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem
praticamente todo o sangue venoso encefálico. As veias jugulares externa e
interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço.
As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias
subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias
jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço.
Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios
venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se
com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o
sangue para a veia cava superior. As veias do cérebro dispõem-se em dois
sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora
anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas
anastomoses. Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca
subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que
desembocam nos seios da dura-máter. Sistema Venoso Profundo – Drenam o
sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo
estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do
cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de
Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do
cérebro.
Vascularização Venosa do Encéfalo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 90
Vascularização Venosa do Encéfalo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes
dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras
nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o
sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos
espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.
Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um
dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em
relação com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande
maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula
glandular. A estes elementos dá-se o nome de efetor.
Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema
nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao
efetor, quando o impulso é motor.
As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São
três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro
(envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os
feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo
que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande
resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são
mais expostos aos traumatismos.
Página | 91
Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes
casos não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um
reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam
de um nervo para seguir outro.
NERVOS CRANIANOS
Nervos cranianos são os que fazem conexão com
o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos
recebem uma nomenclatura específica, sendo
numerados em algarismos romanos, de acordo
com a sua origem aparente, no sentido
rostrocaudal.
As fibras motoras ou eferentes dos nervos
cranianos originam-se de grupos de neurônios no
encéfalo, que são seus núcleos de origem.
Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas
fibras corticonucleares que se originam dos
neurônios das áreas motoras do córtex, descendo
principalmente na parte genicular da cápsula
interna até o tronco do encéfalo.
Página | 92
Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados
fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos
órgãos dos sentidos.
Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se
em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta
da medula espinhal.
De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser
classificados em motores, sensitivos e mistos.
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os
músculos látero-posteriores do pescoço. São eles:
III - Nervo Oculomotor
IV - Nervo Troclear
VI - Nervo Abducente
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso
Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são
chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade
geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são:
I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico
VIII - Nervo Vestibulococlear
Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:
V - Trigêmeo
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica
periférica do sistema autônomo. São os seguintes:
III - Nervo Oculomotor
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
XI - Nervo Acessório
Página | 93
Resumo dos Nervos Cranianos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A seqüência craniocaudal dos nervos cranianos é como se segue:
I II III IV V VI
Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente
VII VIII IX X XI XII
Facial Vestíbulococlear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso
I. Nervo Olfatório
As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal
que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande
quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo
etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de
nervo olfatório (direito e esquerdo).
É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios,
sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o
nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo).
Página | 94
Nervo Olfatório
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Olfatório
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 95
Localização
Passagem
II. Nervo Óptico
É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina,
emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio
pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando
o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam
no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo
exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-
se como aferentes somáticas especiais.
Nervo Óptico
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 96
Localização
Passagem
III. Nervo Oculomotor
IV. Nervo Troclear
VI. Nervo Abducente
São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior,
distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes:
elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto
lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior.
Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto
lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente
e troclear. As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são
classificadas como eferentes somáticas.
O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral; o nervo
troclear logo abaixo do colículo inferior; e o nervo abducente no sulco pontino
inferior, próximo à linha mediana.
Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para
atravessar a fissura orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir
aos músculos extrínsecos do olho.
O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura
intrínseca do olho, a qual movimenta a íris e a lente.
Página | 97
Nervo Oculomotor, Troclear e Abducente
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Localização Nervo Oculomotor
Passagem Nervo Oculomotor
Página | 98
Localização Nervo Troclear
Passagem Nervo Troclear
Localização Nervo Abducente
Passagem Nervo Abducente
V. Nervo Trigêmeo
O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo
consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva
é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no
gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do
osso temporal.
Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal
formam, distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo
oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade
somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam
como aferentes somáticas gerais. A raiz motora do trigêmeo é constituída de
fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos
mastigatórios.
O problema médico mais freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a
nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito intensas no território de
um dos ramos do nervo.
Página | 99
1. Nervo oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III,
IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos
terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.
O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu
conteúdo, enquanto o nervo óptico é sensorial (visão).
2. Nervo maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa
pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital
inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar
nervo infra-orbital.
O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo
soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-
orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas
entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n.
labial superior).
O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos
colaterais o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior,
que se dirigem para baixo.
Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos
alveolares superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para
constituírem o plexo dental superior.
Página | 100
3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio
pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo
que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior.
O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade geral aos seus
dois terços anteriores.
O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do
osso pelo canal da mandíbula até o dente incisivo central.
Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite
um ramo colateral, que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo
forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do
mento.
Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus
ramos se anastomosam desordenadamente para constituir o plexo dental inferior,
do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores.
A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal,
masseter e pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos
músculos.
Nervo Trigêmeo - Ramos Oftalmico e Maxilar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 101
Nervo Trigêmeo - Ramo Mandibular
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Localização
Passagem
VII. Nervo Facial
É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial
gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o
nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo
Página | 102
intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do
nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo
intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso
único que penetra no canal facial.
A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a
sensorial recebe o nome de nervo intermédio.
Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente
ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo
vestibulococlear.
No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio)
penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é
o canal facial.
As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois
ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque
para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço.
Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do
digástrico.
As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda
do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo
do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços
anteriores da língua.
O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se
utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela
corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas
lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular).
Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos
da cabeça e pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico).
Nervo Facial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 103
Localização
Passagem
VIII. Nervo Vestibulococlear
Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam,
respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente
sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a
emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos
facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.
A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos
do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio.
A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do
gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.
As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas
especiais.
Nervo Vestibulococlear
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 104
Localização
Passagem
IX. Nervo Glossofaríngeo
É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de
filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos
reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo
forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois
gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio,
o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua
e na faringe. Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes
viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da
língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos.
Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à
divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio
óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão
inervar a glândula parótida.
Nervo Glossofaringeo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 105
Localização
Passagem
X. Nervo Vago
O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior
do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o
nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o
tórax, terminando no abdome.
Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a
laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação
autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do
forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os
dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.
Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na
faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática
das vísceras torácicas e abdominais.
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe.
As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras
sensitivas nos gânglios superior e inferior.
Página | 106
Nervo Vago
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Localização
Passagem
Página | 107
XI. Nervo Acessório
Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por
filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos
cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame
magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco
lateral posterior do bulbo.
O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago
e distribui-se com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e
esternocleidomastóideo.
As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são:
Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe;
Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas.
Nervo Acessório
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 108
Localização
Passagem
XII. Nervo Hipoglosso
Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a
forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo.
Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos
intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da
mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.
Nervo do Hipoglosso
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 109
Localização
Passagem
NERVOS ESPINHAIS
São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela
inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31
pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que
correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São 8 pares de nervos
cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 110
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral
(motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral
anterior da medula através de filamentos radiculares.
A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas
radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo
ao forame intervertebral.
A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas
prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para
formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.
As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para
formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal.
O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo
espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa.
Está próximo ao forame intervertebral.
Formação do Nervo Espinhal - Raízes Ventral e Dorsal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral,
imediatamente após a junção das duas raízes.
Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais
Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e
direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e
quinto sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos
e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco.
Ramos dorsais dos nervos espinhias cervicais
O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao
arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono
suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça,
oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça.
O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem
entre o arco posterior do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo
inferior por ele inervado, recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do
primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo
Página | 111
lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo
occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele
inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os músculos
esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça.
O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo
medial corre entre os músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço,
perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele.
Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo
occipital, que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior
da região occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral
freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical.
Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos
medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os
músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam
processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo
trapézio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não alcançar a
pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e
terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça,
multífido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do
pescoço, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça.
Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Cervicais
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 112
Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Cervicais
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos
Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação
e as margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo
intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o
ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre
o lado medial do músculo levantador da costela.
Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 113
Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares
Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos
intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais
correm próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no
músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos
acessórios e mamilares e podem sulcá-lo.
Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a
aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor
da espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da
região glútea.
Página | 114
Ramo Dorsal de um Nervo Espinhal Lombar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais
Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em
ramos medial e lateral. Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo
multífido.
Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos
dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos
correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda
série de alças sob o músculo glúteo máximo; destes,dois ou três ramos glúteos
perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da região glútea.
Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais
Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-
laterais do tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para
formar plexos.
Página | 115
PLEXO CERVICAL
Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva
alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e
tórax.
Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de
convexidade lateral (C1 com C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças
derivam ramos que constituem as duas partes do plexo cervical (superficial e
profunda).
A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam
um feixe que aparece ao nível do meio da borda posterior do músculo
esternocleidomastóideo, ponto em que os filetes se espalham em leque para a
pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do pescoço e à região
próxima à clavícula.
A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à
musculatura ântero-lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos
que saem isoladamente das três alças, encontramos duas formações importantes
que são a alça cervical e o nervo frênico.
A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz
superior da alça cervical atinge o nervo hipoglosso quando este desce no
pescoço. A raiz inferior desce alguns centímetros lateralmente à veia jugular
interna, fazendo depois uma curva para frente, anastomosando-se com a raiz
superior.
A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos.
O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce
por diante do músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se
distribuir no diafragma.
Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente
que se unem em alças comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se
ramos superficiais que inervam a cabeça e o pescoço; da segunda alça (C3 e C4)
originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax.
Os ramos são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical
para inervar a pele, enquanto que os ramos profundos inervam os músculos.
Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries
profundas mediais e laterais.
Superficiais Ascendentes:
Nervo Occipital Menor (C2) - inerva a pele da região posterior ao pavilhão da
orelha;
Página | 116
Nervo Occipital Menor
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Auricular Magno (C2 e C3) - seu ramo anterior inerva a pele da face
sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior
inerva a pele sobre o processo mastóideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha;
Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) - seus ramos ascendentes sobem para
a região submandibular formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial
abaixo do platisma; os ramos descendentes perfuram o platisma e são
distribuídos ântero-lateralmente para a pele do pescoço, até a parte inferior do
esterno.
Superficiais Descendentes:
Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) - inervam a pele até a linha
mediana, parte inferior da segunda costela e a articulação esternoclavicular;
Nervos Supraclaviculares Intermédios - inervam a pele sobre os músculos
peitoral maior e deltóide ao longo do nível da segunda costela;
Nervos Supraclaviculares Laterais - inervam a pele das partes superiores e
posteriores do ombro.
Ramos Profundos - Séries Mediais:
Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático; os ramos musculares
inervam os músculos reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e
C2), longo da cabeça (C1, C2 e C3), longo do pescoço (C2-C4), raiz inferior da
alça cervical (C2-C3), músculos infra-hióideos (com exceção do tíreo-hióideo) e
nervo frênico (C3-C5), que inerva o diafragma.
Página | 117
Nervo Frênico
Ramos Profundos - Séries Laterais:
Os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se com as raízes
espinhais do nervo acessório (C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastóideo,
trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os ramos musculares
são distribuídos para o músculo esternocleidomastóideo (C2,C3,C4) e para os
músculos trapézio (C2,C3), levantador da escápula (C3,C4) e escaleno médio
(C3,C4).
Plexo Cervical
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 118
Plexo Cervical
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 119
Plexo Cervical
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PLEXO BRAQUIAL
O membro superior é inervado pelo
plexo braquial situado no pescoço e na
axila, formado por ramos anteriores
dos quatro nervos espinhais cervicais
inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro
torácico (T1). O plexo braquial tem
localização lateral à coluna cervical e
situa-se entre os músculos escalenos
anterior e médio, posterior e
lateralmente ao músculo
esternocleidomastóideo.
O plexo passa posteriormente à
clavícula e acompanha a artéria axilar
sob o músculo peitoral maior.
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco
superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e
os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1)
formam o tronco inferior.
Página | 120
Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos,
um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da
artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam
o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e
os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda
inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos
ramos terminais do plexo braquial.
Página | 121
Plexo Braquial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-
claviculares.
Ramos Supra-claviculares:
Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos
ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua
saída dos forames intervertebrais.
Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico
associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais
detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical.
Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o
levantador da escápula e o músculo rombóide.
Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o
músculo serrátil anterior.
Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais
do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o
nervo frênico e inerva o músculo subclávio.
Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os
músculos supra-espinhoso e infra-espinhoso.
Página | 122
Nervos Supra-escapular, Axilar, Toracodorsal e Subscapular
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ramos Infra-claviculares:
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas
para trás até os nervos espinhais.
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:
Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais
(C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;
Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos
cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior,
bíceps braquial e coracobraquial;
Página | 123
Nervo Musculocutâneo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo
nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço
e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.
Nervo Mediano
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 124
Do fascículo medial saem os seguintes nervos:
Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro
nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;
Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo
nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps
até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o
pulso;
Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo
nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço;
Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro
nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar
do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto
do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto
lumbricais e todos interósseos;
Nervo Ulnar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo
cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior
do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:
Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais
(C5 e C6). Inerva o músculo subscapular;
Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais
(C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso;
Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos
cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subscapular e redondo maior;
Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6).
Inerva os músculos deltóide e redondo menor;
Página | 125
Nervo Axilar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e
primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps
braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos
músculos da região posterior do antebraço.
Nervo Radial - Braço
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 126
Nervo Radial - Antebraço
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Resumo do Plexo Braquial
Página | 127
Resumo do Plexo Braquial
NERVOS TORÁCICOS
Ramos Ventrais dos Nervos Torácicos
Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não
constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos
intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela
(nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do
tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais
posteriormente, nos espaços intercostais.
A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo
braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral
de T2 envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte
de suas fibras constitui o segundo nervo intercostal.
O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo
subcostalpor situar-se abaixo da 12ª costela.
Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da
costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da
veia e artéria intercostais.
As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax,
denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo
anterior.
Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para
invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que
medeie o umbigo e sínfise púbica.
O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por
outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face
lateral da coxa.
Página | 128
Nervos da Parede Abdominal Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Espinhal Torácico Típico
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 129
PLEXO LOMBAR
Este plexo está situado na parte
posterior do músculo psoas maior,
anteriormente aos processos
transversos das vértebras lombares. É
formado pelos ramos ventrais dos três
primeiros nervos lombares e pela
maior parte do quarto nervo lombar
(L1, L2, L3 e L4) e um ramo
anastomótico de T12, dando um ramo
ao plexo sacral.
L1 recebe o ramo anastomótico de T12
e depois fornece três ramos que são o
nervo ìlio-hipogástrico, o nervo ílio-
inguinal e a raiz superior do nervo
genitofemoral.
L2 se trifurca dando a raiz inferior do
nervo genitofemoral, a raiz superior do
nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz
superior do nervo femoral.
L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo
femoral e a raiz superior do nervo obturatório.
L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz
inferior do nervo femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.
Plexo Lombar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 130
Plexo Lombar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Obturatório
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 131
Nervo Femoral e Cutâneo Lateral da Coxa
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PLEXO SACRAL
Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos
Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos
sacral e coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores
penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral
penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix.
Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento
proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais
eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos
esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam
diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas.
A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é
formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos
sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo.
O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco lombossacral. Em
seguida o tronco lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3
e S4.
Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior.
Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e
se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos da
região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1
Página | 132
e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa,
formado por S1, S2 e S3.
Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4.
O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano,
pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por
duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e tibial,
formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea
dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em
nervos fibulares superficiale profundo.
Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e
músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para
o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os
músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o
nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4).
Plexo Lombosacral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 133
Plexo Lombosacral
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervos Glúteo Superior e Glúteo Inferior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 134
Nervo Isquiático
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Nervo Fibular
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 135
Nervo Tibial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PLEXO COCCÍGEO
O plexo coccígeo é formado por:
Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral;
Ramos ventrais do quinto nervo sacral;
Nervo coccígeo.
O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.
Plexo Coccígeo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Página | 136
CONCLUSÃO
¨Diante do colar-belo como sonho-admirei, sobre tudo o fio que unia
as pedras e se imolava anônimo para que todos fossem um...¨
D. Helder Câmara
Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo minucioso que exigiu no
decorrer do mesmo, muita análise, síntese e reflexão.
Uma das vantagens oferecidas e que consideramos a mais importante foi o
conhecimento que tivemos a respeito de Analogia praticas e conhecimentos teóricos.
Foi um estudo realmente, muito interessante e instrutivo. Elaborado através de
uma visão geral sobre atuação na área da anatomia, proporcionando um ótimo nível de
entendimento.
Página | 137
BIBLIOGRAFIA
I n t r o d u ç ã o a r a d i o l o g i a c l í n i c a . D a I m a g e m a o d i a g n ó s t i c o / e di t o r a Revinter/ autores: Jorg-Wilhelm Oestmann, Christoph Wald e Jane Crossin Introdução à Radiologia/ editora Guanabara/ autores: Edson Marchiori eMaria Lúcia Santos Fundamentos de Radiologia. Apresentação Clínica, Fisiopatologia,Técnicas de Imagens/ editora Guanabara/ autores: Richard B.Gubderman R a d i o l o g i a P r á t i c a P a r a o e s t u d a n t e d e m e d i c i n a / a u t or e s : L é o d e Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif Radiologia Prát ica Para o estudante de medicina/ 2 volumes / editoraRevinter / autores: Léo de Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif
BONTRAGER, K L. Técnica radiológica e base anatômica.4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara koogan, 1999.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Material extraído da web.
www.auladeanatomia.com
http://www.anatomiaonline.com
top related