sumÁrio · web view6º ano – Área artes visuais conteÚdos estruturantes elementos formais...
Post on 01-Nov-2018
217 Views
Preview:
TRANSCRIPT
COLÉGIO ESTADUAL DJALMA MARINHOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CAMPO LARGO2011
SUMÁRIO1. APRESENTAÇÃO............................................................................................. 04
2. OGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:...................................................... 05
2.1. Identificação................................................................................................... 05
2.2. Descrição e situação da escola ..................................................................... 06
2.3. Aspectos históricos essenciais....................................................................... 06
2.4. Aspectos do Município................................................................................... 08
2.5. Relação Corpo Docente e Técnico- Administrativo........................................ 12
2.6.Organização do Espaço Físico........................................................................ 15
3. OBJETIVOS GERAIS........................................................................................ 17
4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS........................................................................... 18
4.1. Função Social da Escola................................................................................ 18
4.2. Filosofia da Escola......................................................................................... 19
4.3. Concepção Ensino Aprendizagem................................................................. 20
4.4. Concepção Infância e Adolescência............................................................... 22
4.5. AVALIAÇÃO .................................................................................................. 24
4.6. Recuperação.................................................................................................. 25
5. FORMAÇÃO CONTINUADA............................................................................. 26
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP........................................................... 26
7. ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA............................................................ 27
8. ANÁLISE DOS DADOS ESTATISTICOS.......................................................... 27
9. GESTÃO ESCOLAR......................................................................................... 29
10. APMF............................................................................................................... 30
11. GRÊMIO ESTUDANTIL .................................................................................. 30
12. EQUIPE DE DIREÇÃO.................................................................................... 31
13. EQUIPE PEDAGÓGICA................................................................................. 31
14.CORPO DOCENTE.......................................................................................... 33
15. CONSELHO DE CLASSE............................................................................... 34
16. BIBLIOTECA................................................................................................... 35
17. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NÃO DOCENTE........................................ 35
18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA............................. 36
18.1. ARTE............................................................................................................ 36
18.2. LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................. 64
18.3. MATEMÁTICA.............................................................................................. 92
18.4. CIÊNCIAS.....................................................................................................
..............................................................................................................................105
18.5. EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 117
18.6. INGLÊS........................................................................................................ 152
18.7. HISTÓRIA ................................................................................................... 162
18.8. GEOGRAFIA................................................................................................ 176
18.9. ENSINO RELIGIOSO................................................................................... 202
18.10. QUÍMICA................................................................................................... 207
18.11. ESPANHOL............................................................................................... 212
18.12. FÍSICA. ...................................................................................................... 227
18.13. BIOLOGIA.................................................................................................. 237
18.14. FILOSOFIA................................................................................................. 244
18.15. SOCIOLOGIA............................................................................................. 250
1. APRESENTAÇÃO
Este documento é resultado dos estudos, análises e discussões realizadas
pelos profissionais da educação, durante as capacitações descentralizadas pela
SEED. Em nossa Escola, sua construção teve início no ano de 2004, onde
professores, equipe pedagógica e funcionários participaram de estudos e discussões
referentes a construção de uma proposta de ensino para o nosso Estado.No período
de 2004-2005 houveram encontros para estudos e trabalhos de sistematização das
propostas curriculares que culminaram nas Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná e embasaram as discussões do PPP deste Estabelecimento de Ensino.
Ainda no ano de 2006, este documento passa pela fase de revisão e
complementação dos Marcos Situacional, Conceitual e Operacional, com base na
formação continuada oferecida pela mantenedora e as DCEs.
Entendemos que a construção do Projeto Político Pedagógico é a expressão
da democratização do ensino na medida em que estabelece a intencionalidade do
coletivo escolar. No Marco Conceitual a Escola expressa a opção teórica defendida
pelo colegiado para atingir as metas estabelecidas.
O PPP apresenta a organização do trabalho escolar como um todo, as
nossas reflexões e discussões sobre os problemas sociais e da educação e as
possibilidades de intervenção na realidade em que vivemos. Fundamenta as
transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as
transformações mais amplas (econômica, política, social, educacional e cultural).
A cada momento, a cada ano letivo, a escola está num contínuo processo de
reflexão e organização do seu trabalho pedagógico, concebendo-o como uma
prática social coletiva, um processo democrático de decisões para desvelar conflitos
e contradições.
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1. Identificação
2.1.1. Nome do Colégio: Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino
Fundamental e Médio.
2.1.2. Endereço: Rua Joaquim Celestino Ferreira, nº 185.
2.1.3. Bairro: Itaqui - Jardim Esmeralda.
2.1.4. CEP: 83604-120
2.1.5. Cidade: Campo Largo
2.1.6. Estado: Paraná
2.1.7. Telefone/FAX: 3399- 4013
2.1.8. e-mail: cedamarinho@yahoo.com.br
2.1.9. Código do Colégio: 0493
2.1.10. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
2.2. Descrição e situação da escola no atual contexto da realidade brasileira, do estado e do município
Num contexto histórico social a escola que temos nasce com a nova ordem
urbano - industrial, final do século XVIII e XIX, para dar conta do contexto social e da
formação de valores, fazendo a organização do tempo social das pessoas por dentro
da escola, esquadrinhando o tempo e o espaço escolar para o grande coletivo de
alunos. Daí surge a escola dentro de um tempo/espaço escolar.
O ensino seguiu historicamente um fluxograma, perpassando do modo
coletivo para o ensino padronizado, depois ao fragmentado e encerrando no
individual, atingindo um resultado negativo, que é a ineficiência da escola, mas em
busca da superação.
O que se busca pela Escola Básica, hoje, é o diferencial da compreensão da
vida, da educação, da vida do país. Portanto, há de se considerar que a Escola
trabalha com o conhecimento, que não é pronto, acabado e concluído. Sendo a
escola um espaço democrático, que recebe as pessoas e que contraditoriamente é
um espaço de inclusão e exclusão, que avança na busca do conhecimento, mas
sufoca a curiosidade. Ainda temos uma escola que separa - se do contexto social.
Ilustrando, por exemplo, é como se saíssemos da sociedade, abríssemos e
adentrássemos o portão da escola e, terminado o período escolar, voltássemos à
vida social.
O conhecimento não deve ser concebido como pronto, acabado e concluído e
a escola que buscamos, que queremos, tem como, ponto de partida, reflexão pela
contradição do que temos para o que queremos, que busca a inclusão, mas não
exclui.
2.3. Aspectos históricos essenciais
O Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino Fundamental e Médio, mantido
pelo Governo do Estado do Paraná, está localizado à Rua Joaquim Celestino
Ferreira nº185, no bairro Itaqui, município de Campo Largo, Estado do Paraná, tendo
por finalidade ministrar o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
O Colégio foi criado e autorizado a funcionar pelo Decreto nº4963/82 de 13 de
abril de 1982 e reconhecido pela resolução nº7801/84 de 13 de novembro de 1984.
O início das atividades do Colégio deu-se no ano de 1983 tendo como patrono o Dr.
Djalma Marinho, Deputado Estadual em duas Legislaturas e Deputado Federal em
sete Legislaturas pelo Estado do Rio Grande do Norte. A implantação gradativa de
5ª a 8ª série no período noturno, foi aprovada pela resolução nº 3283/89 de 04 de
dezembro de1989.
A implantação do curso de 2º grau/habilitação Técnico em Cerâmica com
terminalidade na 3ª série, de Auxiliar de Laboratório em cerâmica, se deu pela
Resolução nº 3976, com a finalidade de atender os trabalhadores das indústrias
locais, ocasião em que a Escola passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL
DJALMA MARINHO – Ensino de 1º e 2º Graus. Foi reconhecido o Curso Técnico
pela Resolução n° 1048/97 de 17/03/97 e cessado pela Resolução n° 1240/97 de
04/04/97. Em 1991, o Ensino de 1ª a 4ª séries do 1º grau (atualmente Ensino
Fundamental) foi municipalizado de acordo com a Resolução nº 3312/91 de 27 de
setembro de 1991. Pela Resolução nº 2739/97 de 12/08/97 foi autorizado o
funcionamento do Curso de 2º grau, Educação Geral, com implantação gradativa a
partir de 1997, sendo reconhecido através da Resolução nº 4206/99 de 19/11/99.
Atualmente o Colégio funciona com 08 turmas no período da manhã 06
turmas no período da tarde, que corresponde ao ensino fundamental e 08 turmas à
noite correspondendo ao Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais.
A comunidade a que pertence o Colégio Estadual Djalma Marinho-Ensino
Fundamental e Médio está inserida no Bairro Itaqui, periferia do município de Campo
Largo.
A maioria dos alunos são oriundos dos bairros: Vila Glória, Cristo Rei, Jardim
Bela Vista, Jardim Esmeralda, Jardim Meliane, Campo do Meio, Novo Horizonte.
Consideramos que os bairros Jardim Meliane e Novo Horizonte possuem
condições bastante precárias de moradia e serviços públicos deficitários, ruas sem
calçamento e não contando com serviço de esgoto. Compõe a infraestrutura da
maioria dos bairros a água encanada, coleta de lixo e iluminação elétrica.
A população deste núcleo comunitário é de classe média baixa, possuindo em
sua maioria casa própria. A clientela da escola é composta por famílias com
rendimento salarial de 1 a 3 salários mínimos, com casos de desempregos, são
filhos de operários das indústrias de porcelana, ceramistas, motoristas, mecânicos,
serventes, pedreiros, comerciantes e autônomos . Quanto a estrutura familiar, a
maioria dos alunos moram com os pais, muitos moram com pais separados, poucos
moram só com o pai ou com a mãe, bem poucos moram com responsável, avós, tios
ou outro. As religiões divergem entre o catolicismo, protestantes e outras. Quanto a
escolaridade dos pais, possuem em sua maioria, o ensino fundamental incompleto.
A desigualdade social destaca-se em nossa comunidade, percebe-se a
carência cultural, econômica e social. Diante desta análise, entendemos que a
maneira pela qual a Escola conduz o seu trabalho pedagógico determina as
concepções de educação e sociedade que defende, portanto, o trabalho com o
currículo, a rotina escolar, os encaminhamento metodológicos a forma de avaliar os
alunos podem romper com a ideologia da sociedade excludente ou mantê-la.
Almejamos uma sociedade mais justa e igualitária nas condições mínimas
garantidas em lei, com uma distribuição de renda igualitária, alunos participativos,
críticos e conscientes, o resgate dos valores educacionais, dos princípios éticos e
morais. A Escola em condições de exercer um trabalho de construção do
conhecimento, que possibilite aos alunos compreenderem a realidade e nela intervir.
2.4. Caracterização do Município
2.4.1. Nosso Município
Campo Largo serviu no início da colonização do Paraná e principalmente dos
arredores de Curitiba, como repouso de tropeiros gaúchos em trânsito para São
Paulo e também para a criação de gado. O primeiro proprietário das terras que hoje
constitui o Município, foi o português Coronel Antônio Luiz. Após seu falecimento
essas terras passaram a pertencer a diversas pessoas e a povoação teve início em
1814.
A Lei nº 219 de 02 de abril de 1870 criou o Município de Campo Largo da
Piedade, desmembrando de Curitiba. A instalação oficial do Município deu-se em 23
de fevereiro de 1871 e o primeiro Juiz de Direito da Comarca, foi o Dr. Antonio
Joaquim de Macedo Soares, que mais tarde, foi presidente do Supremo tribunal
Federal.
Apesar do progresso que houve com os colonizadores pioneiros, o
desenvolvimento de Campo Largo foi mais intenso, com a chegada dos imigrantes,
principalmente italianos e poloneses, a partir de 1875. A influência dos imigrantes
está presente nos alimentos, no artesanato, no estilo das igrejas, casas e utensílios
domésticos, no vocabulário, nos hábitos sociais e no lazer.
Situa-se ao Sul do Estado do Paraná, no 1º Planalto de Curitiba, ao longo da
BR277, fazendo parte da área metropolitana de Curitiba, sua sede está situada a 32
quilômetros de Curitiba. Possui uma superfície de 1192 quilômetros quadrados e
uma população de 82.443 habitantes (IBGE-1996). Limita-se ao norte com Castro, a
nordeste com Itaperuçu, a leste com Almirante Tamandaré , a sudeste com Curitiba,
ao sul com Araucária, a sudoeste com Balsa Nova, a oeste com Palmeira, a
noroeste com Ponta Grossa. Altitude é de 956 metros acima do nível do mar.
População com mais de 112.548 habitantes. A vegetação é composta por pastagens
naturais: pinho, bracatinga, eucalipto e erva-mate.
Os bairros mais conhecidos em Campo Largo são: Bom Jesus, Botiatuva,
Nossa Senhora Aparecida, Rondinha, Nossa Senhora do Pilar, Itaqui.
Campo Largo tem um complexo industrial de destaque, com a participação da
Incepa - Indústria Cerâmica do Paraná; PIP-Lorenzeti; Porcelana Industrial Paraná;
Porcelana Schimdt; Porcelana Guermer; Cavan- Fábrica de postes; Fábrica de
móveis Campo Largo; Ingra- Indústria Gráfica. Atualmente instalou-se as Indústrias
Caterpillar na fabricação de equipamentos para a construção e mineração, motores
a diesel e a gás natural e turbinas industriais e Sid-Combibloc na produção de
embalagens.
Desenvolve-se na agropecuária, avicultura, piscicultura, apicultura. Na
agricultura, são cultivados feijão, milho, batata inglesa, cebola, trigo, centeio,
legumes, verduras, tomate, arroz, e na fruticultura, a maçã, pêssego, uva, tangerinas
e laranjas. O agricultor recebe apoio de agrônomos e técnicos da EMATER e do
Centro de Promoção Agropecuária que é o órgão da Secretaria Municipal de
Agricultura e Abastecimento.
Na pecuária, existe rebanho bovino para corte e produção de leite, suíno e
granjas de criação de frangos e galinhas, com grande produção de ovos.
No comércio, existem muitas lojas, onde se pode adquirir qualquer produto. A
rede bancária conta com as agências: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,
Banco Itaú, Banco Santander.
O município conta com a sua própria iluminação elétrica, através da
Companhia Campolarguense de eletricidade - COCEL.
Neste município temos o Fórum, Cartório Cível e comércio, Cartório Criminal,
Cartório Eleitoral, Cartório de Registros de Imóveis da Comarca de Campo Largo.
Com a finalidade de promover a melhoria da qualidade de vida dos
adolescentes carentes, a prefeitura mantém a Guarda Mirim, PETI (Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil), Projeto Sentinela, Projeto Nossas Meninas,
Projeto Bombeiro Mirim, Formando Cidadão, Programa PROERD, o Cime - Centro
de Integração do Menor, entidade particular de assistência social a crianças e jovens
em situação de risco.
Temos a Provopar, Associação de Bairros, Posto de Saúde, Pronto Socorro,
Hospitais, Ginásio de Esportes, uma Faculdade, Casa da Cultura, Biblioteca
Municipal.
No Município temos festas de artesanato, festas religiosas, Feira da Louça,
Semana Italiana. A Festa de Artesanato incentiva os artesãos a comercializar seus
produtos, a Feira da Louça divulga o polo cerâmico do Município. A Cantata dos
Reis é uma festa religiosa com mais de cem anos de tradição, onde um grupo sai à
meia noite no dia 06 de janeiro e leva seu canto até as portas da Igreja Matriz. No
dia 02 de fevereiro, a procissão da padroeira da cidade.
2.4.2. Aspectos do Bairro
O Bairro Itaqui é um dos bairros mais populoso da cidade. No campo religioso
existe uma diversidade de crenças, temos igrejas católicas, Igreja adventista, Igreja
Deus é Amor, Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja
Presbiteriana, Igreja quadrangular entre outras.
No setor educacional, temos o centro de educação infantil (presbiteriana),
Escolas Municipais e Escolas Estaduais que ofertam as séries finais do Ensino
Fundamental e o Ensino Médio.
No bairro não há oferta de vagas para o Ensino Médio diurno, prejudicando as
famílias e os nossos alunos que terminando a 8ª série, precisam deslocar-se para
colégios mais distantes, muitas vezes até o centro de Campo Largo.
Para os moradores do bairro, não existe opção de lazer e os momentos que
são ofertados a comunidade estão relacionados muitas vezes aos eventos escolares
ou religiosos.
Precisamos de projetos sociais e culturais, para melhorar a infraestrutura do
nosso bairro e de nosso município.
2.4.3. Caracterização da Comunidade Escolar
A comunidade a que pertence o Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino
Fundamental e Médio está inserida no bairro Itaqui na periferia do município de
Campo Largo.
A maioria dos alunos são oriundos dos bairros Vila Glória, Cristo Rei, Jardim
Esmeralda, Jardim Meliane e Belo Horizonte.
Consideramos que os bairros Jardim Meliane e Belo Horizonte possuem
condições bastante precárias de moradia e serviços públicos bastante deficitários,
ruas sem calçamento e serviço de esgoto. Compõem a infra-estrutura da maioria
dos bairros a água encanada, coleta de lixo e iluminação elétrica. A clientela da
escola é composta por filhos de pais desempregados e de operários das indústrias
de porcelana, tendo como renda mensal 0 à 3 salários mínimos. A religião que se
tem nesta comunidade é mista, católicos e protestantes. Quanto a escolaridade dos
pais possuem em sua maioria ensino fundamental incompleto.
2.4.4. Do Colégio
O Colégio está organizado por série, área de conhecimento e obedecerá 800
horas de atividade escolar num mínimo de 200 dias letivos, cujo ano letivo
corresponderá ao ano civil. A matriz curricular do Ensino Fundamental compreende
a Base Nacional Comum composta pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Arte,
Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia. A Parte Diversificada
compreende a disciplina de Inglês.
O Ensino Médio está organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais. Na
Base Nacional Comum compreende Língua Portuguesa, Arte, Educação Física,
Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia, Filosofia e Sociologia.
A Parte Diversificada é composta pela disciplina de Espanhol.
O horário de funcionamento do Colégio está dividido da seguinte maneira: no
período da manhã funciona o Ensino Fundamental no horário das 7h30min às
11h50min, atendendo duas turmas de 6ª séries; três turmas de 7ª séries e três
turmas de 8ª séries, perfazendo um total de 252 alunos. No período da tarde atende
quatro 5ª séries e duas 6ª séries do Ensino Fundamental das 13h às 17h e 15min,
perfazendo um total de 191 alunos. No período noturno funciona o Ensino Médio
das 18h e 55min. até às 22h e 55min, atendendo duas turmas do 1° ano, quatro
turmas do 2° ano e duas turmas do 3° ano, perfazendo um total de 221 alunos.
2.5. Relação do Corpo Docente e Técnico-Administrativo
Dados do Corpo Funcional
Total de Servidores em Regência: 33Servidores em Regência
Os servidores com a indicação '(A)' ao lado do nome estão afastados de seus cargos.
Nome CH Semanal Escola
Capacitação Máx. (Licenciatura)
ADRIANA PAULA MAGATON 8 LICENCIATURA PLENA
ALEXANDRA CEABRA 8 LICENCIATURA PLENA
AMANDA DE OLIVEIRA 16 LICENCIATURA PLENA
ANGELA REGINA MISSIO 4 LICENCIATURA PLENA
ARIANE MARIA AMADEU 25 LICENCIATURA
PLENA
BRUNA NALEPA 16 LICENCIATURA PLENA
BRUNO DE SOUZA NOGUEIRA 16 LICENCIATURA PLENA
CELINDA TURRA 36 LICENCIATURA PLENA
CLAUDIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI ADAMI 34 LICENCIATURA
PLENA
DARLEI DOS ANJOS 16 LICENCIATURA PLENA
DENIZE APARECIDA BERALDO 18 LICENCIATURA PLENA
ELAINY ANDREASSA 32 LICENCIATURA PLENA
ELIANE LEGESKI MONEGATE DE JESUS 8 LICENCIATURA
PLENA
ELISAMA DA SILVA BUENO 10 LICENCIATURA PLENA
EMILIO SENKO 18 LICENCIATURA PLENA
GESSY DE SOUZA 12 LICENCIATURA PLENA
HELIANE DE LIMA 36 LICENCIATURA PLENA
JACKSON RAFHAELL FRAGOSO 16 LICENCIATURA PLENA
LAYON PHILIPE BECKER 16 NÃO LICENCIADO
LUCI DE FATIMA PORTELA 18 LICENCIATURA PLENA
LUCIANE DOREA DA SILVA KRAMEK 16 LICENCIATURA PLENA
LUCINEIA FURTADO DA SILVA 8 LICENCIATURA PLENA
LUIZ FERNANDO MERCHIORI 8 NÃO LICENCIADOMAGDA BEATRIZ LEON BORDES FERREIRA 26 LICENCIATURA
PLENA
MIDIAN DE ASSIS BAST 20 LICENCIATURA PLENA
RAFAEL JOSE RAMOS SILVA 12 LICENCIATURA PLENA
RENATA ALEIXO DE OLIVEIRA 5 LICENCIATURA PLENA
RONI MIRANDA VIEIRA 33 LICENCIATURA PLENA
ROSICLEA APARECIDA DE SOUZA 18 LICENCIATURA
PLENA
SEBASTIAO VALTER FERNANDES 22 LICENCIATURA PLENA
TAMYRIS KEMPNER 4 LICENCIATURA PLENA
TANIA REGINA CUOOSS MAGALHAES 12 LICENCIATURA PLENA
VERONICA KOSOVSKI VIDAL 33 LICENCIATURA PLENA
DJALMA MARINHO, C E - E FUND MEDIO
NRE:AREA METROP.SUL-CAMPO LARGOFonte: SAERefere
ncia: 22/09/11 11:18
Dados do Corpo Funcional
Total de Servidores em Funções de Apoio/Técnico Pedagógicas: 20
Servidores em Funções de Apoio/Técnico Pedagógicas
Nome CH Semanal Escola Função
ANDREIA DE FATIMA GONCALVES 40 9313-CAT. FUNC.-
AUX.SERVICOS GERAIS
BRUNA MOREIRA 20 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
EDSON SOUZA BUENO 40 9605-PREST/SERV/DIRECAO ELIZABETE DE FATIMA FRANCO 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC
ADMINIST
FRANCIELI HARTMANN 20 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
JOCINEIA DE FATIMA FRANCO BATISTA 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC
ADMINIST JULIA APARECIDA BUENO 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA
KAHUANA THAIZZA VERONEZ 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC
ADMINIST KELI CRISTINA AUGUSTYN 40 9313-CAT. FUNC.-
AUX.SERVICOS GERAIS
LORENI NOELI KEMPNER 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
LUCI DE FATIMA 20 9132-DIRETOR AUXILIAR
PORTELA MARIA DO CARMO PADILHA KEMPNER 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC
ADMINIST MARIUZA RAMOS DA SILVA SABINO 40 9313-CAT. FUNC.-
AUX.SERVICOS GERAISMIRIAN DO CARMO CAMPESE BATISTA (A) 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC
ADMINIST PATRICIA XAVIER KUSTER 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA
PAULO CESAR MIALSKI ADAMI 40 9731-SECRETARIO/ESCOLA
RITA DE CASSIA POLETO COELHO (A) 40 9731-SECRETARIO/ESCOLA
ROZELI CAMARGO 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
TEREZINHA DO ROCIO BORGES DE QUADROS 40 9313-CAT. FUNC.-
AUX.SERVICOS GERAIS
TEREZINHA ITTNER 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
2.6. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
2.6.1. Estrutura Física:12 salas de aulas
01 biblioteca
01 sala de laboratório de informática
01 laboratório de química, física e
biologia
01 sala para o almoxarifado do
patrimônio escolar
01 sala para os professores e
funcionários
01 sala para equipe pedagógica
01sala para direção
01sala para secretaria
02 saletas para material de educação
física
01saleta de almoxarifado
01cantina escolar com dispensa para
merenda escolar
01 uma pequena área coberta
01 quadra desportiva.
2.6.2. Equipamento de cozinha:01 fogão elétrico
01 fogão semi-industrial
01 geladeira
01 balcão com pia
01 mesa
01 liquidificador industrial
01 ventilador Utensílios de cozinha
2.6.3. Equipamento de lavanderia: 01 tanque
01 armário de aço com 12 guarda volumes
2.6.4. Equipamentos da secretaria:03 armários de aço
07 arquivos de aço
02 estantes de aço
03 mesas
04 cadeiras
02 computadores
02 impressoras
01 telefone / fax
01telefone sem fio
01 mesa para o telefone
02 aparelhos de som
01 ventilador
2.6.5. Sala dos professores: 01 armário de madeira com 40 guarda
volumes
01 balcão de madeira com 15 divisórias
01mesa redonda com 03 cadeiras
01 mesa grande com 08 cadeiras
01 mesa pequena com 04 cadeiras
01 mesa de computador
01 computador
01 geladeira
01 quadro de avisos
01 mural
01 relógio
2.6.6. Sala da equipe pedagógica: 01 armário de aço
02 mesas
04 cadeiras
01 mesa de computador
01computador
01 impressora matricial
02 arquivos
Material de expediente.
2.6.7. Sala da direção: 01armário de aço
01 armário de madeira
01 mesa / 01cadeira
01 armário pequeno de madeira
02 sofás individuais
01televisão
01vídeo
2.6.8. Salas de aula (cada):40 cadeiras / carteiras
01 quadro de giz
01 armários
01mesa/cadeira do professor
08 cortinas
2.6.9. Laboratório Química/Física/Biologia:01balança gmi
01microscópio eletroscópio
02 multimetros
01 balança analítica de precisão
01microscópio binocular
2.6.10. Biblioteca: 10 estantes
07 estantes de aço
01 arquivo de aço
01 balcão de madeira
01 armário de madeira
01 armário de madeira
07 mesas
28 cadeiras
01 microcomputador
01 impressora
01 escrivaninha
01 cadeira com rodinhas
01máquina de escrever elétrica Olivetti
01mesa para computador
01caixa para arquivo de acrílico
01caixa para arquivo de madeira
2.6.11. Equipamento de Educação Física:Quadra esportiva, mesa de ping-pong, bolas, redes etc.
2.6.12. Equipamento Pedagógico:Televisores
vídeo cassete
micro computador
scanner, retroprojetor
aparelho de som
mimeógrafo
máquina de calcular
episcópio
globo mundi
quadro de giz
mapas,projeto
3. OBJETIVOS GERAIS
Entendemos que os objetivos gerais devem estar em consonância com as
finalidades educacionais, com o contexto social e escolar.
Consideramos serem objetivos da Educação Básica:
Possibilitar ao aluno vivenciar a cidadania e incentivar a participação
social;
Propiciar compreensão crítica ao aluno de sua realidade social,
econômica e política tendo condições de desvelar suas contradições,
suas causas históricas e implicações;
Conscientizar ao aluno que a aprendizagem acontece
permanentemente, ao longo de toda a vida;
Incentivo ao uso das tecnologias como meio de acesso aos
conhecimentos favorecendo a aprendizagem;
Promover o diálogo e a participação de toda a comunidade escolar no
processo educativo;
Consolidar os princípios de respeito mútuo e o diálogo para a
resolução dos conflitos;
Oferecer condições político-pedagógicas propícias para o
desenvolvimento das atividades educacionais;
Propiciar o domínio do conhecimento científico básico, através das
diferentes áreas do conhecimento, tais como: Arte, Ciências, Biologia,
Educação Física, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,
Matemática, etc.
Desenvolver a responsabilidade de participação e envolvimento entre
todos os segmentos que compõem a escola buscando a construção do
conhecimento e a conquista de sua autonomia com responsabilidades
compartilhadas.
4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
4.1. Função Social da Escola
Pensar a Escola Pública exige dos seus profissionais reflexão sobre que
função atribuímos a ela. A maneira como os sujeitos da escola conduzem o
processo ensino-aprendizagem reflete o projeto de educação que defendem.
Neste aspecto, as ações planejadas e praticadas pelos gestores, professores,
pedagogos e funcionários revelam as concepções que norteiam a organização do
trabalho pedagógico, que podem ser mais limitadas ou mais complexas dependendo
de como os sujeitos compreendem as relações de produção/reprodução do
conhecimento.
A Escola objetiva o cumprimento da sua função pela socialização dos saberes
produzidos historicamente pela humanidade, ao passo que o sistema econômico
visa a expropriação destes saberes na reprodução dos interesses capitalista.
É através da reprodução da cultura dominante que é garantida a reprodução
dos interesses da sociedade capitalista, ou seja, a cultura que acaba por ter
prestígio social é a cultura das classes dominantes: seus valores, suas atitudes,
maneira de se comportar, gostos, etc. Na medida em que essa cultura tem valor
social, que favorece as pessoas na obtenção de vantagens materiais ou simbólicas,
ela se constitui em capital cultural. (SILVA, 2010, p. 34)
Este capital cultural se manifesta de diferentes maneiras. Ele pode estar
expresso através da cultura informal: obras de artes, teatro, música, obras literárias.
Pode apresentar-se também através da cultura formal, sendo a forma
institucionalizada do capital cultural: diploma, certificados, títulos.
Portanto, a escola reforça as diferenças na medida em que o que é avaliado
nem sempre se relaciona com a aprendizagem, mas com o modo de se comportar,
os gostos ou valores derivados do capital social e cultural dos alunos e das suas
famílias.
Desta maneira, as práticas escolares são carregadas de valores que facilitam
ou dificultam o desenvolvimento dos alunos e a inserção dos mesmos nas demais
instâncias da sociedade.
Diante desta análise, entendemos que a maneira pela qual a Escola conduz
o seu trabalho pedagógico determina as concepções de educação e sociedade que
defende, portanto, o trabalho com o currículo, a rotina escolar, os encaminhamento
metodológicos a forma de avaliar os alunos podem romper com a ideologia da
sociedade excludente ou mantê-la.
A Escola, no desempenho da sua função social, deve ter o compromisso com
um projeto de educação na perspectiva transformadora, como explica Gómez (1988,
p.22):A função educativa da escola, portanto, imersa na tensão dialética entre reprodução e mudança, oferece uma contribuição complicada, mas específica: utilizar o conhecimento, também social e historicamente construído e condicionado, como ferramenta de análise para compreender, para além das aparências superficiais do status quo real – assumido como natural pela ideologia dominante, o verdadeiro sentido das influências de socialização e os mecanismos explícitos ou disfarçados que se utilizam para sua interiorização pelas novas gerações. (...) preparar os alunos/as para pensar criticamente e agir democraticamente numa sociedade não-democrática.
4.2. Filosofia da Escola
A escola deve trabalhar o processo de construção do conhecimento,
assimilação e transmissão, etc, combatendo a desigualdade sócio-cultural,
assegurando posse do conhecimento na construção da cidadania. Queremos uma
escola emancipadora, que desperte a paixão pelo conhecimento, com uma
educação de qualidade, valorizando a diversidade cultural, provocando uma reflexão
crítica dos valores, crenças, culturas que produzimos, inserindo num contexto
contemporâneo.
A escola como parte integrante de um todo social e agente de transformação,
deve garantir um bom ensino pela apropriação dos conteúdos básicos,
sistematizados de forma organizada e unificados, favorecendo o acesso a cultura,
despertando o gosto pelo conhecimento, levando-o a autonomia. A contribuição
específica da escola neste processo de formação do educando ocorre pela
mediação dos conteúdos, conhecimentos, habilidades e atitudes, possibilitando a
passagem do conhecimento comum para o elaborado de forma consciente e crítica.
A missão da escola esta em propiciar educação de qualidade que prioriza a
vida, a criatividade, a autonomia, e o espaço de participação, fundamentada nos
valores de liberdade, igualdade, responsabilidade, solidariedade humana, justiça,
verdade, respeito mútuo e o diálogo.
O ensino fundamental e médio estão fundamentado nos princípios éticos
políticos, e estéticos que inspiram a constituição e a LDB.
4.3. Concepção Ensino Aprendizagem
Além dos objetivos gerais elencados anteriormente entendemos que o objetivo
primordial da Escola é, portanto, o ensino e a aprendizagem dos alunos.
A organização da Escola precisa propiciar as condições político-pedagógicas
para que o processo ensino aprendizagem ocorra satisfatoriamente.
Nesta perspectiva, ensino e aprendizagem tornam-se indissociáveis, ou seja,
ensinar e aprender correspondem a atividades complementares.
Claro que o ato de ensinar é responsabilidade do professor, porém na
concepção tradicional o ao ato de ensinar era problema do professor e aprender
problema do aluno. Portanto, eram processos dissociáveis, o professor poderia
ensinar e os alunos poderiam não aprender. (Neira, 2010, p. 35)
Assim, o aluno que não aprendia era excluído. Atualmente a compreensão do
processo ensino aprendizagem nos remete a repensar as condições que não
viabilizaram a aprendizagem, que estratégias deixaram de ser utilizadas pelo
professor para a obtenção de resultados satisfatórios.
Portanto, ensinar não é só transmitir conteúdos. É trabalhar com os alunos de
diferentes maneiras para que eles se apropriem do conhecimento formal.
Neste processo entendemos que a formação continuada dos professores é
extremamente importante, é através dela que os profissionais possuem cada vez
mais o conhecimento das estratégias de ensino adequadas aos alunos para cada
fase do seu desenvolvimento.
É relevante compreender que o ato de aprender não ocorre de primeira, é um
processo progressivo, gradativo, implica na apresentação do conteúdo aos alunos e
das sucessivas retomadas pelo professor do mesmo, para garantir a apropriação do
conhecimento.
Neste aspecto, Vygotsky (1989) colabora com a educação quando apresenta o
conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal: o conteúdo do ensino não pode
estar muito distante dos níveis de conhecimento já construídos pelo aluno, o objeto
de ensino deve ser algo capaz de ser compreendido/realizado em nível potencial, ou
seja, com a ajuda do outro.
Como a criação da ZDP é dinâmica e ocorre em um meio social com mediação
de símbolos, uma mesma pessoa pode possuir vários níveis de ZDP, de acordo com
as pessoas com quem irá se relacionar, os signos utilizados por ela e a forma de
atuação, sendo possível a existência em um mesmo indivíduo de várias ZDP.
Além disso, cada nova criação desses níveis poderá gerar novas conexões,
alimentando novos desenvolvimentos potenciais e reais, permitindo novos avanços
do indivíduo em níveis superiores do desenvolvimento.
Nesse sentido, o professor é quem atua estimulando, incentivando e
elaborando atividades que desafiam a tomada de decisão pelo aluno, decisões
essas que agem na ZDP; o professor deverá adequar metodologias e recursos para
que o objetivo do aprendizado seja atingido, pois é ele o responsável pela
aprendizagem do aluno, sempre em um clima de respeito mútuo e colaboração; a
atividade deve propiciar a criação de sentidos para o conteúdo ministrado.
É a partir desta ação complexa que o professor deve trabalhar com seus
alunos, superando a mera transmissão dos conteúdos.
4.4. Concepção Infância e Adolescência
A partir da Lei n° 11.274/2006 normatizou-se o Ensino Fundamental obrigatório
com duração de nove anos, alterando a LDB n° 9394/96.
A proposta da Lei n° 11.274/2006 prevê a incorporação das crianças de 6 anos
no Ensino Fundamental. Portanto, a ampliação de um ano de escolarização é uma
política educacional econômica, pois ampliar a Educação Infantil oneraria o Estado.
Porém, mesmo que em parcelas pequenas incluir as crianças de 6 anos no
Ensino Fundamental significa garantir direitos, o combate a exploração infantil, a
pobreza e a miséria.
Para nós educadores, a ampliação do ensino de 9 anos provoca reflexões
sobre dois aspectos fundamentais, sendo eles: os nove anos de trabalho escolar e a nova idade que integra esse ensino.
Assim, se torna necessário compreender a concepção sobre a infância para que não ocorra a mera transferência dos conteúdos tradicionais da primeira série as crianças de seis anos e a mera alteração de nomenclatura. Os profissionais da educação neste momento precisam apropriar-se das questões legais e pedagógicas que permeiam o Ensino Fundamental de nove anos para que possam conceber uma nova estrutura de organização dos conteúdos e, sobretudo as estratégias didáticas mais adequadas ao desenvolvimento destes alunos.
Pela política educacional o objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior aprendizagem não depende do aumento do tempo de permanência na escola, mas sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve contribuir significativamente para que os educandos aprendam mais.
As crianças de seis anos se distinguem das de outras faixas etárias, sobretudo pela imaginação, a curiosidade, o movimento e o desejo de aprender aliados à sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é
imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências, sejam elas mais
voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma
intervenção direta realizada pelos professores.
Tradicionalmente a brincadeira é vista como uma atividade natural,
caracterizada pela ludicidade. A brincadeira e o jogo são estratégias cognitivas
utilizadas pelas crianças no seu processo de desenvolvimento, são atividades
funcionais, que estão articuladas às necessidades de conhecimento real pelas
crianças.
Neste sentido, o professor é mediador entre as crianças e os objetos de
conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens
que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas
de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos
diferentes campos de conhecimento humano.
O período imediatamente posterior a infância é o da adolescência, definida
como a fase que vai dos 12 aos 18 anos incompletos.
Os jovens, na puberdade e na fase posterior, vão aos poucos se
desprendendo de um corpo infantil e se aproximando cada vez mais da imagem de
um corpo adulto. Eles mesmos atribuem a si novas possibilidades e desafios,
criando estilos, comportamentos, modos de ser, gostos, diferentes dos das crianças
e também dos adultos (Corti e Souza, 2004).
A fase adolescência possui diferenciações internas relacionadas ao
desenvolvimento fisiológico, psíquico e social dos sujeitos nos seus diferentes
estágios. Assim, jovens de 12 anos apresentam certas características e vivências
que os distinguem, por exemplo, dos jovens de 17 anos.
Portanto, é fundamental que os professores sejam capazes de diferenciar os
indivíduos do 7° ano daqueles que freqüentam o 2° ano do Ensino Médio,
considerando seus processos de desenvolvimento. Estando em diferentes
momentos de vida, esses jovens apresentam gostos, interesses, preocupações e
necessidades de aprendizagem que se diferem.
O conhecimento sobre o desenvolvimento destas etapas oferece aos
professores subsídios necessários para que se possa conduzir o processo educativo
da forma mais adequada atendendo as necessidades dos alunos.
Neste aspecto, o processo educativo exige ações sistemáticas e intencionais
de um sujeito mais experiente na cultura que domine o objeto que vai ser ensinado e
aprendido. Por isso, o papel do professor é extremamente importante, é ele que
estabelece o quê, como, quando, para quê ensinar, criando as situações para os
jovens aprenderem.
Ao professor compete estabelecer as situações de aprendizagem própria para
cada etapa de desenvolvimento, oferecendo os instrumentos necessários a
apropriação do conhecimento. Todos os instrumentos que temos à disposição são
produções humanas, são heranças que recebemos e com as quais podemos contar
ao tomar parte de determinada cultura.
A Escola tem por função oferecer os instrumentos elementares como: leitura,
escrita, expressão oral, cálculo, etc ;através dos conteúdos básicos para que nossos
jovens possam se desenvolver plenamente respondendo as necessidades que a
realidade lhe impõe.
4.5. Avaliação
Entendemos que a avaliação ocupa um lugar importante no processo
educativo. Está intimamente associada ao fazer cotidiano, pois no fundo ela não é
outra coisa senão uma reflexão da prática pedagógica visando saber se está
adequada as necessidades dos alunos, se está produzindo os resultados esperados.
Por isso, a avaliação produz um conhecimento útil ao professor na revisão de seu
trabalho, no replanejamento, na escolha de estratégias novas e a forma de organizar
o fazer pedagógico e no acompanhamento e desenvolvimento das atividades.
Acreditamos que a avaliação não se reduz a verificação do desempenho do
aluno, pois esta concepção está vinculada a ênfase a nota e ao efeito de atribuir o
fracasso sobre o aluno. A prática do exame é classificatória e excludente.
Nossos alunos vêm até a Escola para aprender, portanto, a avaliação da
aprendizagem deve ser diagnóstica. De acordo com Luckesi (2005, p. 42) “ ... o ato
de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir.
Não é possível uma decisão sem diagnóstico, assim como não faz sentido um
diagnóstico, sem uma consequente decisão.”
Ao detectar o que foi apreendido pelos alunos, o professor deve tomar uma
decisão sobre a necessidade de interferir no processo, estabelecendo novas
estratégias para que o aluno se aproprie do que ainda precisa. Esta ação avaliativa
é diagnóstica e considera tanto os aspectos qualitativos quanto os quantitativos na
reorientação do processo educativo.
Ainda para Luckesi (2005, p. 47) “...avaliar é um ato pelo qual, através de uma
disposição acolhedora, constatamos e qualificamos alguma coisa (objeto, ação ou
pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela; no caso de
pessoas, junto com elas.
Assim o ato de avaliar na perspectiva diagnóstica pressupõe acolhimento e
diálogo. Nesta perspectiva, a avaliação é includente e democrática.
Constituem instrumentos importantes no processo de avaliação tanto uma
observação contínua ou concentrada; os trabalhos coletivos ou individuais;
atividades escritas ou orais.
Os instrumentos têm a capacidade de ampliar a realidade, ou seja, eles
ampliam a capacidade de observação do avaliador.
Os instrumentos de coleta de dados precisam ser planejados pelo professor,
contemplando os conteúdos essenciais trabalhados e as questões selecionadas,
devem criar condições para o educando manifestar sua aprendizagem.
Dessa maneira, os instrumentos permitem ao professor constatar o
desempenho dos seus alunos e, consequentemente, reorientar o processo se for
necessário.
4.6.Recuperação
Para Demo (2005, p. 67) “... avalia-se para garantir o direito de aprender.”,
portanto, o fundamento da recuperação reside no reconhecimento que a
aprendizagem não se dá num primeiro momento, ocorre por aproximações.
Ressalta-se que a recuperação não pode ser compreendida como a
“recuperação” somente da nota, na concepção crítica de educação a recuperação
deve ser da aprendizagem e consequentemente da nota.
A recuperação ocorre de duas maneiras: pela retomada dos conteúdos não apropriados e pela reavaliação do conteúdo através de instrumento diferenciado.
Na retomada o professor deve procurar outras formas de abordagem do
mesmo conteúdo junto ao aluno.
Assim sendo, a recuperação da aprendizagem não tem data ou época pré
definida para acontecer, ao contrário, ela é concomitante, deve ocorre em sala,
imediata e instantânea, conforme as necessidades constatadas.
5. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Quanto a Formação Continuada dos profissionais da educação, seguem
diretrizes emanadas da SEED. A própria mantenedora promove semana
pedagógica, jornadas pedagógicas, cursos on line GTR, seminários, grupos de
estudos,Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Profuncionário, etc, aos
profissionais e, ainda, aceita e incentiva a participação em outros cursos que
proporcione avanços de carreiras, cadastrando no banco de dados da ficha funcional
do mesmo.
A Escola organiza as reuniões pedagógicas previstas em calendário escolar,
o tema de estudo é definido conforme as necessidades do momento.
6. PLANO DE METAS E INDICADORES
INDICADORES A ESCOLA QUE TEMOS HOJE
Hoje o nosso estabelecimento de ensino Colégio Djalma Marinho, traz em seu PPP a busca pela educação de qualidade, onde cada educando será um cidadão atuante na sociedade, sabedor de seus direitos e deveres, defendendo com muita pertença a continuidade da escola justa que dê oportunidades iguais a todos, sem distinção de raça, cor, credo ou deficiência, etc.
A ESCOLA QUE PRETENDEMOSConsiderando as reflexões realizadas sobre o PPP, queremos atender as aspirações dos alunos, dos pais, e dos professores quanto ao ensino de qualidade adequado às necessidades sociais, políticas, econômicas e que considere os interesses e motivações do corpo discente e que garanta a todos os alunos as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos.
A ESCOLA QUE VAMOS FAZER A nosso escola terá uma gestão de co-participação, pois todos estarão envolvidos nas decisões que venham priorizar a aprendizagem de nossos educandos e uma boa convivência entre os profissionais da educação.
POTENCIALIDADES/DIFICULDADES
AÇÕES (CURTO/MÉDIO E LONGO PRAZO)
1-Gestão de Resultados Educacionais
P: A maioria de nossos alunos apresentam boas notas em diversas disciplinas.D: Porém existe uma minoria que precisa ser atingida.
Com a defasagem de conteúdos nas determinadas disciplinas, o corpo docente será acionado para que priorize o trabalho frente a defasagem dos conteúdos buscando atingir melhoria da aprendizagem
Curto: identificação de conteúdos defasados pelo corpo docente;Médio: apresentar os dados aos alunos e replanejar a metodologia avaliativa;Longo: realimentação no PPP dos conteúdos e
estratégias interventivas para melhoria da aprendizagem.
2-Gestão Participativa/Democrática
P: Conselho de Classe, reuniões pedagógicas.D:Reunir todos os profissionais da escola na participação de Conselhos de Classe.Formação , funcionamento e participação de todas as instâncias colegiadas.
Alterar a composição do conselho de classe como projeto piloto, contando com o envolvimento de todos os segmentos (professores, alunos, pais).Incentivar a formação e participação na APMF, Conselho Escolar e principalmente na formação do Grêmio Estudantil.
Curto: Efetivar a prática do conselho de classe integrado;Médio: Buscar a participação de todos os segmentos e formar o Grêmio Estudantil;Longo: Conscientizar todos os segmentos e instâncias colegiadas que a participação é de extrema importância.
3-Gestão Pedagógica
P: Ter conhecimento do currículo norteador com diretrizes desenvolvidas por área;D: Colocar em prática dentro do prazo estipulado todos os conteúdos referentes a cada disciplina;
Incentivar projetos inovadores que venham enriquecer cada disciplina como aulas de campo e aulas práticas de experimentos.
Curto: Montagem de um projeto para cada disciplina Média: Validação dos projetosLongo: Que os projetos validados possam fazer parte do currículo da escola.
4- Gestão de Inclusão / Socioeducação
D:Permanência e condições de aprendizagem junto aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;Condições de acessibilidade a todos os departamentos da escola.
Solicitar junto a mantenedora a adequação da estrutura física para acessibilidade a portadores de necessidades especiais.
Curto: comprar a ideia da inclusão com uma cultura inclusiva por todos os profissionais da educação.Médio: trabalhar a conscientização para que se cumpra a legislação sobre as necessidades especiais e também as diferenças;Longo e constante: disponibilizar a participação dos profissionais da educação em capacitações referentes ao processo inclusivo.
5-Gestão de Pessoas
P: Ter o PPP elaborado e em vigência;Profissionais dedicados D: Realimentar constantemente o PPP com aval de todos os profissionais da educação dedicados em um objetivo comum.D: implantação de projetos de diversas disciplinas
Valorizar projetos apresentados pelos professoresDentro da gestão democrática aceitar sugestões dos diversos segmentos da escola.Motivar todos os profissionais para formação continuada.Incentivar e facilitar o uso das novas tecnologias a todos os profissionais da
Curto: solicitar sugestões a todos os segmentos.Médio: Enriquecer o PPP com projetos inovadores diante das novas tecnologias. Longo: buscar apoio para treinamento para professores e funcionários ao uso das novas tecnologias.
educação.
6-Gestão de Serviços de apoio (Recursos Físicos e Financeiros)
P: Ter pessoal capacitado para o desenvolvimento do trabalho educacional;D: Manter os equipamentos em bom estado de conservação;Depredação do patrimônio publico;Falta de recursos para concretização dos projetos.
Que todos os segmentos envolvidos na instituição escolar possam utilizar espaços, instalações e materiais disponíveis com responsabilidades;Implantação de projetos de conscientização da preservação do patrimônio público; Buscar junto às instâncias colegiadas formas de arrecadação de fundos para realização dos projetos
Curto: Apresentar a todos os profissionais da escola os equipamentos que a mesma tem disponível.Médio: realização de eventos culturais para interação da comunidade escolar e arrecadação de fundos.Longo: adquirir equipamentos tecnológicos e pedagógicos
7. METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO.
Prioridades
Objetivos Ações Período
Público Alvo/ Recursos
Responsáveis pela ação
Resultados esperados
IDEB Desenvolver estratégias para o entendimento frente a questões das provas do IDEB
Focar os conteúdos prioritários junto a avaliação
Todo ano
Discentes Professores Espera-se que em 2013 a escola tenha 10% de avanço na média alcançada em 2011.
PPP Determinar a realimentação do PPP
Colocar as novas propostas no PPP
De março a julho 2012
Professores, Equipe Pedagógica e Direção
Professores A partir de agosto/12 a aplicabilidade das propostas.
Evasão Escolar
Desenvolver estratégias que melhore a frequência
Projetos inovadores diante de atividades escolares
Todo ano
Professores, Equipe Administrativa e Pedagógica
Professores e Alunos
Atingir o percentual máximo dos alunos em todas as disciplinas.
Biblioteca
Incentivar uma maior frequência dos alunos.
Implantar computadores com acesso a internet e impressora
Todo ano
Professores, alunos e funcionários
Direção, bibliotecária e professores
Maior hábito de leitura e de pesquisa em livros.
Leitura
Desenvolver o hábito da leitura
Realizar semanalmente leitura em sala
Todo ano
Professores e alunos
Professores Maior hábito de leitura
Recursos tecnoLógicos
Facilitar e incentivar o acesso ao laboratório de informática
Buscar apoio para formação continuada no uso das novas tecnologiasAdquirir um datashow para
Todo ano
Professores e alunos
Direção Buscar formas de inserir novas tecnologias no espaço escolar e com isso uma melhor qualidade de ensino.
escola
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Atualmente, a avaliação da escola vem ganhando importância cada vez
maior. Feita em seu interior favorece o aperfeiçoamento, na medida em que aponta
os indicadores a serem melhorados e/ou revalidados.
A avaliação institucional enquanto diagnóstico, oferece também a Escola
dados que demonstrem se o que foi planejado passou a ser efetivado na prática.
Consideramos que as reuniões pedagógicas, os conselhos de classe e as
reuniões com os segmentos de representatividade da escola podem gerar
oportunidades para as avaliações mais periódicas envolvendo a participação de toda
a comunidade escolar.
Poderão fazer parte do roteiro de avaliação as seguintes reflexões:
Análise geral do que foi feito ou não: O que foi realizado? O que
não foi? O que está em andamento? O que vai ser ainda? O que não
foi planejado, mas foi realizado?
Análise das metas de ação: ajudaram a efetivação das propostas?
Até que ponto o esforço e o trabalho desenvolvido está nos fazendo
avançar na direção do que escolhemos?
Análise das necessidades pelos pais e alunos: O que você
gostaria que a escola oferecesse? O que você espera da escola? O
que você mudaria na escola? O que você considera que está bom ou
muito bom?
Análise das necessidades pelos professores e funcionários: Quais foram supridas? Quais permanecem?
Entendemos que o Projeto não dará conta de resolver todos os problemas da
Escola, mas devemos valorizar as metas que foram atingidas.
É importante salientar que o caráter da avaliação institucional deve ser
emancipatório, ou seja, que todas as pessoas possam ter o direito de se
manifestarem apresentando seu ponto de vista sem que a sua imagem seja
comprometida.
O Projeto Político-Pedagógico na concepção do envolvimento de todos é
hoje, concretamente, uma ferramenta importante para a transformação da realidade,
é através dele que podemos expressar o desejado e o vivido, tomar consciência da
distância entre ambos e tentar minimizar a mesma.
7. ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Existe a participação e apoio de todos os envolvidos na prática pedagógica,
comprometidos com a construção deste, que norteará toda a ação do colégio. A
direção apóia o trabalho pedagógico e estaremos buscando aprimorar ações como:
reuniões pedagógicas para atender o planejamento curricular de forma
interdisciplinar;
incentivos a projetos novos e a projetos já existentes como o de teatro, júri
simulado, campeonato esportivo, gincana anual, projeto incentivo a leitura,
feira do conhecimento;
reuniões escolares com os familiares para acompanhamento do
rendimento escolar.
8. ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DO COLÉGIO
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2003
EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Fundamental 87,80% 5,80% 6,40%
Médio 71,30% 9,50% 19,20%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2004
EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Fundamental 93,40% 4,00% 2,60%
Médio 77,60% 6,30% 16,10%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2005
EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Fundamental 92,90% 3,50% 3,60%
Médio 75,10% 5,30% 19,60%
Fonte: SERE/ABC/Portal Dia-a-dia Educação
Após análise dos resultados referentes aos anos de 2003-2005,
concluímos que, em nosso estabelecimento, a taxa de aprovação do ensino
fundamental e médio aumentou significativamente, destacando-se a do ensino
fundamental.
A taxa de reprovação baixou satisfatoriamente, porém a taxa de abandono
ainda é preocupante, no ensino fundamental diminuiu, porém a do ensino médio
permanece praticamente no mesmo índice do ano de 2004. A maioria das
justificativas dadas são: horário de trabalho e renda salarial.
9. GESTÃO ESCOLAR
A Gestão Escolar e um processo que rege o funcionamento do colégio, pela
tomada de decisões conjuntas no planejamento, execução, acompanhamento e
avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de
toda a comunidade escolar. A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos
profissionais da educação, alunos pais ou responsáveis e funcionários que
protagonizam a ação educativa do colégio.
A Gestão Escolar tem como órgão Maximo de direção o Conselho Escolar.
O Conselho Escolar é composto por:
Diretor
Representante da equipe pedagógica
Representante dos professores atuantes por grau e modalidade de
ensino
Representante dos pais ou responsáveis por alunos regularmente
matriculados, por grau e modalidade de ensino.
Representante da APMF
Representantes dos seguimentos sociais organizados comprometidos
com a escola pública.
A presidência do conselho escolar será exercida pelo diretor do
Estabelecimento de Ensino, na qualidade de membro nato.
A constituição, representação, funcionamento, atribuições e demais
normativas referentes ao Conselho Escolar estão explicitados em seu Estatuto,
aprovado pelo Ato Administrativo nº259/98.
10. APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS.
APMF – Associação de Pais, mestres e Funcionários é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários do Estabelecimento de Ensino, sem
caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Destinado a
promover a integração família-escola-comunidade, propondo medidas que visem ao
aprimoramento do ensino e ações de assistência ao educando. Dentre os objetivos
da A.P.M.F. destaca-se o de prestar assistência aos educandos, professores e
funcionários,assegurando melhores condições de eficiência escolar,em consonância
com a proposta Pedagógica do Estabelecimento. O funcionamento da APMF será
regido de acordo com o seu estatuto devidamente registrado, e as suas ações são
determinadas de acordo com os objetivos e atribuições presentes no mesmo.
È vedada a interferência direta da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários na administração do Estabelecimento. Sempre que necessário a APMF
será convocada para reuniões, celebrações, encontros de famílias, estudos,
atividades esportivas, etc. A escola se incumbirá de comunicar os pais por escrito.
11. GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes do Colégio e
tem por objetivos:
representar condignamente o corpo discente;
defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;
incentivar a cultura literária artística e desportiva de seus membros;
Promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos;
E outros citados no estatuto próprio.
È formado apenas por alunos, de forma independente, onde desenvolvem
atividades culturais e esportivas, organizando debates sobre assuntos de interesses
dos estudantes, e também organizando reinvidicações , tais como compras de livros
para a biblioteca,transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.
12. EQUIPE DE DIREÇÃO
A esta equipe cabe a gestão dos serviços escolares, procurando atingir os
objetivos educacionais do Estabelecimento, definidos neste PPP.
Neste colégio só temos em exercício na equipe de direção, o diretor escolar e
temos a falta de um diretor auxiliar.
Ao diretor compete:
Submeter seu plano anual de trabalho ao conselho escolar.
Convocar e presidir reuniões do conselho escolar.
Elaborar planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de
contas e submeter a apreciação e aprovação do conselho escolar.
Elaborar e submeter a aprovação do conselho escolar,as diretrizes
especificas da administração do Estabelecimento em consonâncias
com as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de
Estado da Educação.
Instituir grupos de trabalhos ou comissões encarregados de estudar e
propor alternativas de solução, para atender problemas de natureza
pedagógica,administrativa e situações emergenciais.
Exercer as atribuições acima citadas e as demais atribuições
decorrentes do Regimento e inerentes a sua função.
13. EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica e responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação.Esta equipe e composta pelo
Pedagogo(s) - Supervisor de Ensino e/ou Orientador Educacional,Corpo Docente e
responsável pela Biblioteca Escolar.
Compete ao pedagogo (supervisor escolar/orientador escolar)..
Subsidiar a Direção com critérios para a definição do calendário
escolar, organização das classes, do horário semanal e distribuição
das aulas.
Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento
de Ensino, em consonância com a Secretaria de Estado da Educação.
Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos
projetos pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino.
Supervisionar, a elaboração e execução de planejamento,
instrumentos de avaliação e registros avaliativos.
Orientar e acompanhar a pratica do corpo docente, oferecendo-lhes
subsídios para aprimoramento do seu desempenho profissional.
Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu
responsável.
Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia de seu
espaço pedagógico.
Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais,
analisando os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria.
Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações
relativas aos serviços de ensino prestados pelo Estabelecimento e o
rendimento do trabalho escolar.
Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para
o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços
de ensino.
Orientar e acompanhar a elaboração e execução do processo de
recuperação aos alunos que necessitam,
Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de
recebimentos de transferências, de acordo com a legislação vigente.
Propor a direção a implementação de projetos de enriquecimento
curricular a serem desenvolvidos pelo Estabelecimento e coordena-los
se aprovados.
Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados
pelo estabelecimento, obedecendo às diretrizes e critérios
estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação.
Promover o encaminhamento de alunos que demonstrem
necessidades de avaliação médica, psicológica ou pedagógica,
permitindo a aceleração de aprendizagem e do desenvolvimento.
Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano anual do
Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar, do
acompanhamento de egressos, de consultas e levantamentos junto a
comunidade.
Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões
encontros, grupos de estudos e outros eventos.
Na falta de Diretor Auxiliar e Secretário, substituir o diretor em suas
faltas e/ou impedimentos.
Exercer as demais atribuições do Regimento e no que concerne a
especificidade de sua função.
14. CORPO DOCENTE
Dentre as contidas em Regimento, destacam-se algumas atribuições:
Desenvolver sua pratica pedagógica em consonância com as
diretrizes do Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de
Ensino.
Elaborar e executar seu planejamento diário de aula, assegurando
perfeita integração entre conteúdos, metodologias, avaliação e
recuperação.
Construir e executar projetos de recuperação para garantir um
momento a mais aquele aluno cujo ritmo circunstancial ou estrutural e
mais lento.
Comunicar a supervisão e ou orientação os resultados das análises
do desempenho dos alunos, com vistas a melhoria do processo.
Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando
sempre o respeito humano ao aluno.
Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e do
colégio com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-
aprendizagem.
Manter assiduidade, comunicando com antecedência, os atrasos e
faltas eventuais,
Apresentar-se decentemente trajado em serviço ou com uniforme que
for destinado.
15. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe e um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe
do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor – aluno e os procedimentos adequados a cada
caso. Tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor,na direção do processo ensino-aprendizagem
proposto pelo plano curricular,
Acompanhar e aperfeicoar o processo de aprendizagem dos alunos,
Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o
desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o
encaminhamento metodológico,
Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros
indicados pelos conteúdos necessários de ensino,evitando a
comparação dos alunos entre si.
São atribuições do Conselho de Classe:
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-
aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e Equipe
Pedagógica.
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o
rendimento escolar,
Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,
tendo em vista o respeito a cultura do educando,integração e
relacionamento com os alunos na classe,
Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos,em
consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino.
Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração de planos de
adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário.
Decidir sobre a aprovação ou reprovação dos alunos que após a
apuração dos resultados finais não atinjam o mínimo solicitado pelo
Estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do
aluno ate então.
16. BIBLIOTECA
É um espaço pedagógico, cujo acervo esta a disposição de toda a
comunidade escolar. Tem regulamento próprio, onde estão explicitados sua
organização, funcionamento e atribuições do responsável. Seu Regulamento foi
elaborado por seu responsável, orientado pela equipe pedagógica e aprovado pela
Direção e Conselho Escolar.
17. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NÃO DOCENTES
A Lei complementar nº: 123/08 de 09/09/08 publicada em Diário Oficial nº:
7802 de 09/09/08 foi sancionada e instituiu o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos do Quadro de Funcionários da Educação Básica da Rede Pública
Estadual do Paraná.
Com base nessa Lei complementar, os profissionais da educação foram
reconhecidos e passaram a desempenhar papel relevante importância nas escolas
públicas em todo o estado do paraná.
É com essa responsabilidade que se passou a discutir o trabalho dos agentes
eudcacionais e de como esse trabalho deve ser descrito no presente Projeto Político
Pedagógico de forma que sua prática passa a ser sistematizada e levada ao
conhecimento da comunidade escolar.
O Trabalho executado no dia a dia do estabelecimento de Ensino está de
acordo com as atribuições descritas no Anexo I da Lei 123/08, porém, há a
necessidade da elaboração de um plano de ação para o bom desempenho das
atividades dos Agentes Educacionais I no Colégio Estadual Djalma Marinho-EFM a
saber: reivindicar junto a Gestão a aquisição de EPI( equipamentos de proteção
individual) para os funcionários dos serviços gerais como: luvas, botas, óculos,
jalecos e toucas. Pedir a colaboração dos alunos e professores quanto a manter
organizadas, limpas as dependências do estabelcimento de ensino: salas de aula,
banheiros, laboratório de informática, sala dos professores, secretaria.
Seguindo a mesma linha traçada no que diz respeito a elaboração de um
plano de ação para o bom desempenho das atividades dos Agentes Educacionais II
no Estabelecimento de Ensino observa-se que, de um modo geral, o trabalho do
Agentes Educacionais II também está de acordo com atribuições descritas no Anexo
I da Lei 123/08, sendo organizado o seguinte plano de ação a saber: Organizar a
efetivação da hora atividade para os Agentes II- Técnico Administrativo com a
definição de: Dias, Horas e escala; campanha de conscientização para respeito aos
prazos de entrega de: pen-drives, disquetes, CD's, para impressões de: trabalhos
avaliativos, conversão de vídeos, impressões na matricial, respeitar prazo mínimo
estabelecido de 48 horas para impressões e fotocópias. Campanha de
coscientização do bom uso do laboratório de Informática: com a implantação de um
regulamento de utilização do mesmo. Campanha de conscientização para restringir
o fluxo de alunos no corredor do setor admninstrativo. Plano de Ação: Solicitar a
equipe-pedagógica que orientem os professores a manterem os: LRC( Livro Registro
de Classe) dentro das pastas, na escola e a medida do possível preenchidos.
Orientar os professores e funcionários a manter sempre assinados e preenchidos o
livro ponto. Orientar que a medida do possível o fluxo de pessoas no interior da
secretaria seja reduzido, que só permaneçam no interior da mesma pessoas
devidamente autorizadas.
18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA
18.1. ARTE
Apresentação geral da disciplina
Considerando as mudanças ocorridas no Brasil desde o século XIX no campo
sócio-político-econômico, podemos observar que transformações substanciais
influenciaram nas estruturas familiares e no surgimento de novas leis referentes ao
ensino no Brasil. Fez-se necessária uma re-organização das práticas educacionais,
na busca de uma educação de qualidade, tendo em vista que o aluno hoje,
questiona, discute, interage e está cada vez mais conquistando seu espaço e
construindo sua autonomia. Nesse contexto histórico, a disciplina de Artes vem
conquistando o seu espaço e reafirmando sua importância.
É necessário ser expert em arte para apreciá-la? Não necessariamente.
Todos sabem o que é arte, sem ao menos ter feito uma única pintura, poesia ou
música, ou mesmo sem ter jamais teorizado sobre ela. Cinema, teatro, música
experimental e pintura pós-moderna invadem nosso cotidiano. A televisão e o vídeo
os trazem para dentro de nossas casas, mas é na própria rua, com seus ruídos,
seus outdoors, suas máquinas maravilhosas, que tomamos contato com a arte.
Vidros de perfume exibem hoje assinaturas de Mondrian ou Salvador Dali, artistas
cuja obra ainda causa mal-estar em alguns. No entanto, consumimos essa arte sem
nos dar conta, inconscientemente. (...) Podemos não entende-la, mas passamos a
curti-la, sem perceber (...). Hoje, o museu é a própria cidade.
Sendo assim, no mundo contemporâneo a arte está mais acessível e
globalizada que nunca, de alguma forma as pessoas sempre tem acesso a
arte,sendo assim, o aprendizado em arte compreende mais do que o fazer artístico
ou a manipulação de materiais de arte, compreende uma articulação entre a
produção, a crítica, a história e a estética da arte.O estudo da Arte traz como
essência a mímesis e a representação; a arte como expressão e o formalismo.
Essas teorias apresentam um ponto em comum à todas as obras de arte servindo
como base para um bom entendimento.
O ensino da Arte foi tornado obrigatório no Brasil em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional – Lei 5692/71.
A promulgação da Constituição em 1988 tornou necessária a elaboração de
nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. A nova LDB - Lei
9.394/96, também chamada Lei Darcy Ribeiro, manteve a obrigatoriedade da Arte na
educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório,
nos diversos níveis da educação básica de forma a promover o desenvolvimento
cultural dos alunos”
Na proposta geral dos PCNs, “Arte tem uma função tão importante quanto a
dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte
está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades”.
As Diretrizes Curriculares passam a considerar a Música, as Artes Visuais, o
Teatro e a Dança, como linguagens fundamentais na arte, no Ensino Fundamental e
Médio.
Durante o período de 2.003 a 2.006 são realizadas diversas ações que
valorizam o ensino da Arte, como o estabelecimento de duas aulas semanais de
Educação Artística no ensino fundamental e de duas a quatro aulas semanais
distribuídas durante o ensino médio. Com a Lei Federal 10.639/03 torna-se
obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira e africana.
A disciplina de Arte no ensino fundamental contempla as linguagens das
artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes
selecionados por essa disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica.
Elementos básicos das linguagens artísticas, produções/manifestações
artísticas e elementos contextualizadores são base para a disciplina de Arte
estruturando-a e não podem ser vistos como elementos limitadores ou
segmentados.
As diferentes formas de pensar o ensino de Arte são consequências do
momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio culturais,
econômicas e políticas.
Objetivo Geral
Para o ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade
serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da Arte coma
cultura e da Arte com a linguagem e apara o Ensino Médio, a partir de um
aprofundamento de conteúdos, a ênfase será maior na Associação da Arte com o
conhecimento, da Arte e do trabalho criador e da Arte e ideologia. Dessa forma, o
aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes
formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com proximidades das
mesmas com seu universo.
Metodologia
Até pouco tempo atrás, o ensino da disciplina Arte baseava-se no “deixar
fazer”, culminando com a exposição dos trabalhos dos alunos. Entretanto, mais
do que falar em conteúdo, as aulas de Artes atualmente primam por possibilitar
aos alunos uma relação entre o mundo e a maneira que o homem encontra
para perceber este mundo ao longo do tempo.
Lidar com o fazer artístico hoje, consiste além de criar, também o construir
um olhar crítico, perceptivo, identificando elementos estéticos e seus diversos
significados. A leitura, apreciação e compreensão de contextos e conceitos se
fazem prioritários ao se ensinar Artes.
É necessário possibilitar aos alunos o desenvolvimento de sua percepção,
imaginação, raciocínio, controle gestual, dentre outros aspectos que ajudarão
no processo de ensino aprendizagem, os tornado seres capazes de analisar,
refletir e emitir opiniões.
Assim, as linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,
serão inseridas no aluno de forma prazerosa, através do lúdico, da expressão
corporal, da sensibilidade, da criatividade. Para isso todas as formas contidas em
uma obra será apresentada por induzimento, para que desperte no aluno o interesse
de como tudo surgiu e que este aluno se sinta inebriado diante o exposto.
Avaliação
A avaliação na disciplina Arte apresenta duas funções: a diagnóstica e a
diretiva. Na função diagnóstica, a qual é processual, contínua, permanente e
cumulativa, tem-se como ponto de partida os conhecimentos artísticos construídos
historicamente pelo Homem e expressos na escola como conteúdo artístico. Já
como ponto de chegada, está a apreensão destes conteúdos pelos alunos a partir
da sistematização e mediação dos mesmos pelo professor na relação ensino-
aprendizagem. Na função diretiva, a avaliação baseia-se na reflexão e no
questionamento da práxis artística que foi desenvolvida no encaminhamento
metodológico pelo professor. Desta forma, além de ensinar, também cabe ao
docente avaliar o ensinar e o aprender durante o processo de desenvolvimento do
trabalho pedagógico da disciplina arte, tornando consciente ao aluno o que foi
aprendido e ao professor o que foi ensinado.
Entretanto, avaliar também consiste em construir uma síntese (sistematização
do conhecimento apreendido) do que os alunos estão aprendendo, sem nenhum
julgamento, a qual pode ser: descritiva e por meio de registro. A avaliação descritiva
comunica o andamento do processo ensino-aprendizagem, comparando-se o que o
aluno sabia no início do processo e os saberes que adquiriu durante este
movimento. Já na avaliação por registro, tudo o que é vivenciado e produzido pelo
aluno é registrado de forma concreta e material, por exemplo: fotos, portfólio, obras
artísticas produzidas e gravações de vídeo e áudio, entre outras.
Toda avaliação das diferentes linguagens artísticas pode ser realizada por
duas formas: a informal e a formal. Na informal, o discente manifesta os conteúdos
escolares que foram aprendidos e o docente os que foram ensinados; e na formal, o
docente seleciona os conteúdos trabalhados e verifica se houve ou não
aprendizagem pelo discente, e para tal utilizasse de diversos instrumentos de
avaliação, tais como: ficha de registro e de observação, dramatização,
autoavaliação, relatos, vivências, sínteses, etc.
Mas ainda indagamos: como sabemos que o aluno aprendeu? Como ele
expressa esta aprendizagem? Creio que nesta situação, tornasse necessário que
critérios de avaliação sejam estabelecidos, para que haja clareza dos conteúdos que
o aluno apreendeu ou não, e daqueles que está a caminho de apreender ou não,
desde que o foco esteja no processo e não no resultado da práxis pedagógica
artística. Assim, o aluno expõe os diferentes níveis de apropriação e
aprofundamento que efetivou ou não, e que pode vir a realizar. Como critérios de
avaliação, destacamos: a vivência e produção de diferentes trabalhos artísticos, o
desenvolvimento da sensibilidade do homem, a apreensão de produtos artísticos
que o indivíduo construiu em suas práticas sociais e ao longo do tempo e espaço
histórico, o desenvolvimento e aprimoramento dos órgãos dos sentidos para
compreensão, criação, produção e fruição do trabalho artístico e a valorização da
função social do artista, sua obra e seu tempo e espaço histórico, para a coletividade
e para si próprio.
Desta forma, concluímos que não basta aprender um conteúdo escolar para
mensuração de notas e aprovação de ano escolar, embora estas precisem existir no
contexto escolar; é primordial ir além disso, ou seja, de aprender um conteúdo
escolar em função de uma necessidade social e a compreensão e utilização do
mesmo, rumo a uma intervenção e transformação na sociedade e em si mesmo.
Nesta direção, o professor da disciplina Arte necessita formação continuada para
promover a educação estética de acordo com os parâmetros aqui apresentados, o
que só é possível por meio de oficinas e do uso de materiais de apoio e didáticos
desenvolvidos e aplicados por professores e profissionais desta área.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
6° ANO – ÁREA MÚSICA
7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas:
diatônica,
pentatômica.
cromática
Maior, menor,
Improvisação
Gêneros:
erudito, popular
Greco-romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular (folclore)
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a musica
oriental, ocidental e africana.
●Perceba a estruturação dos
elementos formais na paisagem
sonora e na musica e audição de
diferentes ritmos e escalas
musicais.
● Produza e execute instrumentos
percussivos.
●Conheça o cânone rítmico e
melódico.
●Desenvolva a percepção dos
sentidos rítmicos e de intervalos
melódicos e harmônicos.
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Estrutura
Gêneros: folclórico,
popular, étnico
Técnicas: vocal,
instrumental, mista
Improvisação
Música popular e étnica
(ocidental e oriental)
Brasileira
Paranaense
Africana
Renascimento
Neoclássica
Caipira/Sertanejo Raiz
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a musica
oriental, ocidental e africana.
●Perceba a estruturação dos
elementos formais na paisagem
sonora e na musica e audição de
diferentes ritmos e escalas
musicais.
●Produza e execute instrumentos
percussivos.
●Conheça o cânone rítmico e
melódico.
●Desenvolva a percepção dos
sentidos rítmicos e de intervalos
melódicos e harmônicos.
8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Ritmo
Melodia
Harmonia
Indústria Cultural
Eletrônica
●Compreenda a musica da
sociedade contemporânea e de
outras épocas, abordando a mídia
e os recursos tecnológicos.
●Perceba os modos de fazer
musica, por meio de diferentes
Intensidade
Densidade
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e mista
Sonoplastia
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica
mídias. (cinema, televisão, radio e
computador).
●Entenda a relação sobre musica
e indústria cultural.
●Produza trabalhos de composição
musical utilizando equipamentos e
recursos tecnológicos.
●Compreenda as diferentes formas
musicais no Cinema e nas mídias,
sua função social e ideológica de
veiculação e consumo.
9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estrutura
Técnicas: vocal,
Música Engajada
Música Popular Brasileira.
Música contemporânea
Hip Hop, Rock, Punk
Romantismo
●Compreenda a arte musical como
ideologia e fator de transformação
social.
●Perceba os modos de produzir
musica e sua função social como
musica engajada.
●Produza trabalhos com os modos de
organização e composição musical,
com enfoque na Musica Engajada.
instrumental, mista
Gêneros: popular,
folclórico, étnico.
Popular Brasileira e Contemporânea.
●Perceba as diversas técnicas de
execução musical como: vocal,
instrumental e mista.
6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOSEXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa/Abstrato
Geométrica
Técnicas: Pintura,
desenho, baixo e
alto relevo,
escultura,
arquitetura...
Gêneros:
paisagem, retrato,
cenas da mitologia
Arte Greco-romana
Arte Africana
Arte Oriental
Idade Média
Arte Popular (folclore)
Arte Pré-histórica
Renascimento
Barroco
●Compreensão dos elementos que
estruturam e organizam as artes
visualize sua relação com o
movimento artístico no qual se
originaram.
●Apropriação prática e teórica de
técnicas e modos de composição
visual.
7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrata
Geométrica
Técnicas:
Pintura,
desenho,
escultura,
modelagem,
gravura, mista,
pontilhismo...
Gêneros:
Paisagem,
retrato,
natureza morta.
Arte indígena
Arte Popular Brasileira e
Paranaense
Abstracionismo
Expressionismo
Impressionismo
●Relacione o conhecimento artístico
com formas artísticas populares e do
cotidiano do aluno.
●Perceba os modos de estruturar e
compor as artes visuais na cultura
destes povos.
●Produza trabalhos em artes visuais,
com características da cultura popular,
relacionando os conteúdos com o
cotidiano do aluno.
●Compreenda as diferentes formas
artísticas populares, suas origens e
práticas contemporâneas.
● Aproprie a pratica e teoria de
técnicas, gêneros e modos de
composição visual.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas:
pintura,
desenho,
fotografia,
audiovisual,
gravura...
Gêneros:
Natureza
morta, retrato,
paisagem.
Indústria Cultural
Arte Digital
Vanguardas
Arte Contemporânea
Arte Cinética
Op Art
Pop Art
Clássicismo
●Compreenda o significado da arte na
sociedade contemporânea e em outras
épocas, abordando a mídia e os
recursos tecnológicos na arte.
●Perceba os modos de fazer trabalhos
com artes visuais nas diferentes
mídias.
●Produza trabalhos em artes visuais
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
●Compreenda as artes visuais no
cinema e nas mídias, sua função social
e ideológica de veiculação e consumo.
●Aproprie a pratica e teoria das
tecnologias e modos de composição
das artes visuais nas mídias,
relacionadas a produção, divulgação e
consumo.
9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Geométrica
Figura-fundo
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnica: Pintura,
desenho,
performance...
Gêneros:
Paisagem urbana,
Realismo
Dadaísmo
Arte Engajada
Muralismo
Pré-colombiana
Grafite (Hip Hop)
Romantismo
●Entenda a arte como ideologia e fator
de transformação social.
●Perceba os modos de fazer trabalhos
em artes visuais e sua função social.
●Produza trabalhos em artes visuais
com ênfase nos elementos de
composição.
●Compreenda a dimensão das artes
visuais enquanto fator de
transformação social.
●Produza trabalhos visando atuação
do sujeito em sua realidade singular e
social.
idealizada, cenas
do cotidiano
6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
indireto e direto
improvisação,
manipulação,
máscara
Gênero:
Tragédia,
Comédia,
enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
circo.
Adereços
Greco-Romana
Teatro Oriental
Africano
Teatro Medieval
Renascimento
Teatro Popular
●Compreenda a forma como se
estrutura e organiza os elementos que
compõem o teatro em suas origens e
outros períodos históricos.
●Estude as estruturas teatrais:
personagem, ação dramática e espaço
cênico e sua articulação com formas
de composição em movimentos e
períodos.
●Produza trabalhos teatrais com
ênfase nos elementos de composição.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam o teatro e suas
relações com os movimentos artísticos.
●Aproprie pratica e teoricamente as
técnicas e modos de composição
teatrais.
7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
EXPECTATIVA DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura
dramática,
Cenografia.
Gêneros: Rua,
Comédia, arena,
Caracterização
Técnicas: jogos
dramáticos e
teatrais,
Mímica,
improvisação,
formas
animadas...
Comédia dell' arte
Teatro Popular
Teatro Popular Brasileiro
e Paranaense
●Compreenda as formas de estruturação
e organização da dança em suas origens
e outros períodos históricos;
●Compreenda o movimento corporal,
tempo, espaço e sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e
períodos da dança.
●Produza trabalhos com dança utilizando
diferentes modos de composição.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a dança e sua
relação com o movimento artístico.
●Aproprie pratica e teoricamente de
técnicas e modos de composição da
dança.
8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação
no Cinema e
Mídias (Vídeo,
TV e
Computador)
Texto
dramático
Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro, enredo
Técnicas: jogos
teatrais,
sombra,
adaptação
cênica
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguardas
Classicismo
●Compreenda o significado da arte na
sociedade contemporânea e em outras
épocas, abordando a mídia e os
recursos tecnológicos na arte.
●Perceba os modos de fazer trabalhos
com artes visuais nas diferentes
mídias.
●Produza trabalhos em artes visuais
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
●Compreenda as artes visuais no
cinema e nas mídias, sua função social
e ideológica de veiculação e consumo.
●Aproprie da pratica e teoria das
tecnologias e modos de composição
das artes visuais nas mídias,
relacionadas a produção, divulgação e
consumo.
9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas:
Monólogo,
jogos teatrais,
direção, ensaio,
Teatro-Fórum,
Teatro Imagem
Representação
Roteiro, enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Gêneros
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Romantismo
●Compreenda a arte teatral como
ideologia e fator de transformação
social.
●Perceba os modos de fazer teatro e
sua função social.
●Se aproprie das teorias do teatro.
●Crie trabalhos com os modos de
organização e composição teatral
como fator de transformação social.
6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESEXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Deslocamento
Ponto de Apoio
Formação
Técnica:
Improvisação
Gênero:
Circular
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Idade Média
Arte Popular (folclore)
●Compreenda as formas de
estruturação e organização da dança
em suas origens e outros períodos
históricos;
●Compreenda o movimento corporal,
tempo, espaço e sua articulação com
os elementos de composição e
movimentos e períodos da dança.
●Produza trabalhos com dança
utilizando diferentes modos de
composição.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a dança e sua
relação com o movimento artístico.
● Aproprie pratica e teoricamente de
técnicas e modos de composição da
dança.
7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Gênero:
Folclórica,
popular, étnica
Ponto de Apoio
Formação
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Níveis (alto,
médio e baixo)
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Renascimento
●Compreenda o conhecimento da
dança e sua relação com formas
artísticas populares e o cotidiano do
aluno.
●Perceba os modos de elaborar e
executar dança, por meio de diferentes
espaços.
●Produza trabalhos com dança
utilizando diferentes modos de
composição.
●Compreenda as diferentes formas de
dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
●Aproprie da pratica e teoria, de
técnicas, gêneros e modos de
composição da dança.
8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Direções
Dinâmicas
Hip Hop
Musicais
●Entenda o significado da arte na
sociedade contemporânea e em outras
épocas, abordando a mídia e os
Tempo
Espaço
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero:
Indústria
Cultural,
espetáculo
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Clássica
recursos tecnológicos na arte.
●Perceba os modos de fazer dança,
através de diferentes mídias.
●Produza trabalhos de dança
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
●Compreenda as diferentes formas de
dança no cinema, musicais e nas
mídias, sua função social e ideológica
de veiculação e consumo.
●Aproprie da pratica e teoria sobre
tecnologias e modos de composição da
dança nas mídias; relacionadas a
produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Ponto de Apoio
Níveis (alto,
médio e baixo)
Rotação
Arte Engajada
Vanguardas
Dança Contemporânea
Romantismo
●Entenda a dança como ideologia e
fator de transformação social.
●Perceba os modos de fazer dança e
sua função social.
●Produza trabalhos com os modos de
organização e composição da dança
como fator de transformação social.
●Compreenda a dimensão da dança
Espaço
Deslocamento
Gênero: Salão,
espetáculo,
moderna
Coreografia
enquanto fator de transformação
social.
●Produza trabalhos com dança,
visando atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modal, Tonal e
fusão de
ambos.
Gêneros:
erudito,
clássico,
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
●Perceba os modos de fazer música e
sua função social.
●Compreenda os elementos
os elementos que estruturam e
organizam a música e a sua relação
com a sociedade contemporânea.
●Analise a produção musical em
diferentes perspectivas históricas e
culturais.
●Identifique e produza diferentes
Densidade
popular, étnico,
folclórico, Pop
Técnicas:
vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e
mista
Improvisação
Oriental
Africana
Latino-Americano
possibilidades de técnicas e modos de
composição musical.
●Reconheça os elementos formais na
paisagem sonora e na música.
●Perceba a paisagem sonora como
constitutiva da música contemporânea
(popular e erudita) dos modos de fazer
música.
●Identifique os diferentes ritmos e
escalas musicais, assim como seus
diversos gêneros.
●Produza e execute instrumentos
rítmicos (percussivos).
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Bidimensional
Tridimensional
Arte Ocidental
Arte Oriental
●Perceba os modos de se fazer artes
visuais e sua função social.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam as artes
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Técnica:
Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação
performance,
fotografia,
gravura e
esculturas...
Gêneros:
paisagem,
natureza-morta,
designer,
história em
quadrinhos...
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Engajada
Arte Contemporânea
Arte Digital
Arte Latino-Americana
visuais e sua relação com movimento
e período.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam as artes
visuais e a sua relação com a
sociedade contemporânea.
●Reconheça os modos de estruturar e
compor as artes visuais na cultura de
diferentes povos.
ÁREA TEATRO
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto e indireto,
mímica, ensaio,
Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação,
leitura
dramática
Gêneros:
Tragédia,
Comédia,
Drama e Épico
Dramaturgia
Representação
nas mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia,
figurino,
iluminação
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-americano
Teatro Realista
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam o teatro e sua
relação com o movimento e período.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam o teatro e sua
relação com a sociedade
contemporânea.
●Reconheça os modos de estruturar e
compor o teatro na cultura de
diferentes povos.
●Analise a produção teatral em
diferentes perspectivas históricas e
culturais.
●Identifique diferentes possibilidades
de técnicas, gêneros e modos de
composição teatral.
●Perceba os modos de fazer teatro em
diferentes espaços.
●Perceba a relação do conhecimento
em teatro com formas artísticas
populares e do cotidiano.
●Produza trabalhos teatrais com
características da cultura popular,
relacionando-os com o cotidiano.
●Compreenda as diferentes formas de
representação, presentes no cotidiano,
suas origens e praticas
Direção
ProduçãoTeatro Simbolista
contemporâneas.
●Compreenda o significado do teatro
na sociedade contemporânea, em
outras épocas e na mídia.
●Perceba os modos de fazer trabalho
com teatro nas diferentes culturas e
mídias, sua função social e ideológica
de veiculação e consumo.
●Experimente e perceba as diferentes
possibilidades de trabalhos de
representação utilizando equipamentos
e recursos tecnológicos.
●Produza trabalhos de representação
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
●Compreenda o teatro como ideologia
e como fator de transformação social.
●Crie trabalhos teatrais com enfoque
da arte como ideologia e como fator de
transformação social.
●Reconheça a si mesmo como criador
e produtor de trabalhos teatrais,
inserido em determinado tempo e
espaço.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
industrial
cultural, étnica,
folclórica,
circular,
populares,
salão, moderna,
contemporânea.
..
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Expressionismo
Indústria Cultural Dança
Moderna
Arte Engajada
Vanguardas
Dança Contemporânea
●Perceba os modos de fazer dança e
sua função social.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a dança e sua
relação com os movimentos e
períodos.
●Compreenda os elementos que
estruturam e organizam a dança e sua
relação com a sociedade.
●Reconheça os modos de estruturar e
compor a dança na cultura de
diferentes povos.
●Análise a produção em dança nas
diferentes perspectivas históricas e
culturais.
●Identifique e produza diferentes
possibilidades de técnicas, gêneros e
modos de composição na dança.
●Perceba os modos de elaborar e
executar dança em diferentes
espaços.
●Perceba a relação do conhecimento
em dança com formas artísticas
populares e do cotidiano
●Produza trabalhos de dança com
características da cultura popular e
sua relação com o cotidiano.
●Compreenda as diferentes formas de
dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
●Compreenda o significado da dança
na sociedade contemporânea, em
outras épocas e na mídia.
●Produza trabalhos de dança
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos
●Perceba os modos de fazer dança,
por meio de diferentes mídias.
●Compreenda a dança de palco e em
diferentes mídias.
●Compreenda as diferentes formas de
dança no cinema, musicais e nas
mídias, sua função social e ideológica
de veiculação e consumo.
●Experimente e perceba as diferentes
possibilidades de trabalhos de dança,
utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
●Compreenda a dança como ideologia
e como fator de transformação social.
●Produza trabalhos de dança com
enfoque na arte como ideologia e
como fator de transformação social.
●Perceba a si mesmo como criador e
produtor de trabalhos em dança,
Referência Bibliográfica
AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revisada e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, Editora da USP, 1971.
AZEVEDO, H.A. Tarsila do Amaral a primeira dama da arte brasileira. 4ª ed.
Campinas: Arvore do saber, 2005.
_________Arte no Brasil. São Paulo, Nova Cultural, 1982.
CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, História & Produção 2. São Paulo: FTD, 1997.
CANTELE, Bruna R.. Arte, etc. e tal... volume 2. São Paulo: IBEP.
GOMBRICH, E.H. A história da arte, 16ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MATTOS, Paula Belfort A arte de educar: Cartilha de Arte e Educação. Editora
Antonio Bellini, 2003
_________Os grandes artistas. São Paulo, Nova Cultural, 1986.
SOUZA, Osvaldo Rodrigues. História Antiga e Medieval. São Paulo, Editora Ática,
1987.
PARANÁ. Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para o
Ensino Fundamental. Curitiba. SEED, 2006.
RAFFA, Ivete. Fazendo arte com os mestres. São Paulo: Escolar, 2006.
VASCONCELLOS, Thelma & NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. São
Paulo, Editora Scipione, 1985.
VIEIRA, Ivone Luzia & DECKERS, Jan. Educação Artística. Belo Horizonte Lê
Editora, 1975.
18.2. LÍNGUA PORTUGUESA
Apresentação Geral da Disciplina
Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de "linguagens" que
leve o aluno a observar, perceber, inferir, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir
com seu semelhante, por meio do uso funcional da linguagem, e que esta reflita a
posição histórico-social do autor, levando-o a perceber, consciente ou
inconscientemente, as marcas de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu
discurso, seja ele oral ou escrito.
Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante, transformador para a
existência de uma sociedade mais justa, humana, democrática.
O ensino de Língua Portuguesa deve ser concebido, atualmente, como um
possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno num
contexto globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela mídia.
Ao mesmo tempo em que deve lhe proporcionar meios generalizantes de
escuta/leitura de textos produzidos pelos formadores de opinião, o ensino deve,
também, valorizar uma variedade lingüística que reflita as diferenças regionais.
Além das variedades lingüísticas, que refletem diferentes valores sociais, o
ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes gêneros literários,
buscando dar ao aluno condições de ler e entender os tipos de discursos bem como
produzi-los, a partir de suas necessidades reais. Ele precisa ter consciência dos
diferentes níveis de linguagem e saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão
lingüístico mais adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.
Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, queremos
um aluno preparado para perceber e produzir bons textos de acordo com seus
interesses e necessidades. Não queremos um aluno reprodutor, mas produtor de
idéias.
Objetivos Gerais para oralidade
Para que o aluno adquira fluência e desinibição na expressão oral, sem,
contudo repetir os vícios habituais da oralidade será indispensável:
a- um ambiente de tranqüilidade e ordem que possibilite a ele ser ouvido e/ou
contestado pelo grupo classe;
b- o respeito à posição do outro durante debates e discussões;
c- a aceitação de que podem existir outros pontos de vista diferente do seu próprio;
d- a formação de opinião própria sem interferência;
e- o prazer de ler (ou declamar) em voz alta com pronúncia e entonações corretas;
f- o interesse em trazer para a sala de aula assuntos veiculados pelos meios de
comunicação;
g- a elaboração rápida de sínteses das idéias principais apresentadas pelos textos.
Objetivos Gerais para Leitura
Como a Análise do Discurso se dá no contexto ideológico, a leitura é a
determinação histórica dos processos de significação, pois quem lê produz sentidos
a partir de determinadas condições histórico-sociais.
Por ser o texto produzido a partir da posição histórico-social do autor, é claro
que ele imprimirá, consciente ou inconscientemente no discurso produzido marcas
de sua ideologia. Assim, um dos pontos fundamentais na exploração do texto será
levar o aluno a perceber essas marcas deixadas pelo autor. Ao aluno deve ser
mostrado que a intencionalidade do autor não aparece apenas no tema abordado,
mas também no vocabulário escolhido, no sentido dado a cada palavra, na
construção sintática e, sobretudo, na forma especial como ele organiza seu texto
para atingir seus objetivos.
Para que o aluno encontre e dê significação ao texto, é necessário que ele
saiba que o referente pode não estar claramente expresso. Por isso, precisa saber
que traz um enorme repertório de textos em sua memória – embora não tenha
clareza e consciência desse fato – que o ajudará a montar as espécies desse jogo.
É preciso mostrar-lhe que, nesse momento, entra toda a sua experiência e vivência
para a recuperação dos significados do texto que será mais intensa quanto maior
for sua capacidade de inserção nesse processo.
O aluno deve ser direcionado, mas jamais induzido no seu processo de dar
sentido ao texto, para que não se corra o risco de impedi-lo de uma apropriação
particular da significação do texto.
Essa apropriação de sentidos dos textos permitirá ao aluno a formação de um
significado mais amplo, que passa por um processo de auto-conhecimento,
ampliando seu quadro de valores até chegar a uma visão mais crítica da sociedade.
Finalmente, a seleção de textos deve considerar tudo o que a literatura
acumulou ao longo da história que constitui a produção cultural da humanidade.
Desde os gêneros mais conhecidos até as manifestações lingüísticas mais
prosaicas, uma gama variada de textos deve ser oferecida ao aluno: narrativos,
descritivos, dissertativos, poéticos, jornalísticos, publicitários, instrucionais,
enciclopédicos e não-verbais.
Para uma exploração de texto mais produtiva, serão observados os seguintes
procedimentos:
a- deixar que o aluno faça uma primeira leitura do texto livremente, sem
interferências, descobrindo o prazer da leitura;
b- direcioná-lo no sentido de trabalhar com hipóteses para a solução de situações
problemas;
c- direcioná-lo para o levantamento de pistas que o levarão a uma interpretação
mais completa do texto;
d- fornecer ao aluno o embasamento teórico que lhe permita reconhecer no texto
recursos expressivos para atingir um determinado objetivo;
e- fornecer ao alunos dados (contextualização) que lhe permita inferir marcas
ideológicas no texto;
f- fazê-lo perceber que os textos dialogam entre si, captando o significado desta
intertextualidade;
g- chamar sua atenção para os diferentes tipos de gêneros.
Objetivos gerais para escritaA produção de texto coloca-se como o ponto culminante do trabalho realizado
com o aluno em língua portuguesa. Facilitar a produção de texto do aluno, dando-
lhe às condições ideais para tornar-se um escritor competente, um produtor de
significados (e não um mero reprodutor de textos) acaba sendo o fim último de
nosso trabalho.
Pressupõe-se que o ato de escrever seja uma busca, uma investigação do
mundo ou de si mesmo. Essa busca deve proporcionar prazer. Portanto, o prazer é
o próprio escrever e assim as atividades que executamos desde criança (brincar,
jogar, fantasiar) não só podem como devem ser resgatadas no momento da criação
de textos.
Entre as variáveis existentes que garantem as condições ideais para a
produção textual, está fazer o aluno refletir sobre as inúmeras possibilidades que o
código lingüístico lhe oferece para expressar o conhecimento de si, de suas
emoções, da própria realidade, incluindo a projeção de seu imaginário por meio de
uma linguagem expressiva, marcada de intencionalidades, que procurarão tocar
positivamente o leitor. Além disso, inclui-se seu posicionamento ideológico, sua
visão de mundo.
Inclui-se também o conhecimento das regularidades da língua, o manejo das
estruturas subjacentes, enfim, o domínio de uma gramática do texto. E,
principalmente, inclui-se a progressão discursiva, garantidora da coesão e da
coerência do texto e responsável pela distinção entre um simples amontoado de
frases e um conjunto organizado lógica e semanticamente.
Pressupondo que o aluno escreverá para um leitor real (que pode ser o
professor, os colegas, o jornal da escola, a Internet) e não simplesmente para
encher a página de seu caderno ou para não perder nota, observar:
a- se ele realmente incorporou os diferentes subsídios presentes nos textos com os
quais trabalhou na exploração da escrita;
b- se sua produção, sendo diversificada, apresenta, para cada gênero, as condições
mínimas necessárias para que se considerem apreendidas as estruturas narrativas,
descritivas, poéticas e dissertativas bem como a combinação dessas estruturas,
principalmente a visual e a escrita;
c- se a proposta possibilita ao aluno projetar seu mundo interior, seu imaginário, ao
mesmo tempo em que lhe permite reinventar maneiras originais de expressar-se;
d- se o aluno escreve não apenas corretamente, mas expressivamente;
e- se ele sabe combinar períodos e formar parágrafos coerentes e se ele sabe
combinar parágrafos para compor um texto coeso;
f- se ele maneja com razoável habilidade recursos discursivos quer lhe permitem
atingir os objetivos de escritor que quer conquistar seu leitor, adequando esses
recursos às idéias que quer transmitir;
g- se ele transfere para seus escritos os conhecimentos adquiridos no campo da
gramática;
h- se ele inteirou-se dos critérios estabelecidos, com a concordância do grupo, para
a correção e avaliação das redações e se acata a orientação do professor e ou
colega no sentido de reescrever os textos para melhorá-los;
i- se na reescrita apresenta realmente melhoras significativas, a partir das
observações apontadas no texto;
j- se o grupo/classe participa ativamente das atividades relacionadas à leitura ou
exposição dos textos produzidos por todos em projetos, inclusive, valorizando
adequadamente a dimensão da linguagem.
Aspectos lingüísticos
A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular
não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão
que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar
com eles na sua ausência.
Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda
variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que
permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução.
Dessa forma, análise lingüística está presente entre os objetivos da língua
portuguesa, pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a
linguagem em seu dia-a-dia.
Essa análise lingüística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre
autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno
leitor diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos
lingüísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto
temático como na articulação entre as partes que constitui o texto, a clareza, a
coerência, a consistência argumentativa.
Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva
em atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de
adequação da linguagem.
É na produção de texto que se percebe se o aluno chegou, realmente, a uma
conscientização de como funciona a língua. Todos os recursos da oralidade
deverão ser aí traduzidos. E é a gramática que traduz tais recursos na escrita. É ela
que permite que se conheçam os jogos discursivos da língua. É através da
aquisição da competência gramatical que o aluno poderá produzir seus próprios
discursos e, ao produzi-los, terá a liberdade de empregar ou não as estruturas
lingüísticas de que tomou consciência. Entretanto, é importante salientar que ter
consciência das muitas regras gramaticais não vai garantir que, ao produzir seus
textos, o aluno será bem sucedido. Aqui é que entra o papel do professor que será
o mediador entre o aluno e os possíveis usos da língua. É ele que propicia
momentos de reflexão e correção. Ao perceber as lacunas apresentadas pelos
alunos, é o professor que proporciona o importante momento da reescrita para que
sejam trabalhados os aspectos por ele anteriormente selecionados. É este que
direciona o olhar do aluno para que perceba o texto como um conjunto de partes
vinculadas entre si, com laços morfossintáticos que garantam sua tessitura linear,
dando-lhe um encadeamento lógico.
A gramática sempre será considerada como meio de leitura de mundo e não
como um fim em si; seu estudo tem por objetivo apenas conscientizar o aluno de
algo que ele, intuitivamente, já sabe.
Para a aquisição desse repertório lingüístico, deve-se perceber que:
a- a sistematização dos conceitos visa à compreensão dos mecanismos da língua e
a uma melhor performance do aluno no momento da produção de texto;
b- será trabalhada a morfossintaxe;
c- todo o conteúdo gramatical será desenvolvido a partir de exemplos retirados de
textos trabalhados ou de situações reais criadas na sala de aula, o que possibilitará
ao aluno entender que os elementos do universo humano (e as relações entre
esses elementos) são respectivamente representados no universo da linguagem;
d- a organização dos períodos deverá moldar-se ao raciocínio lógico do aluno e
acompanhar progressivamente, a evolução da complexidade de seu pensamento;
e- os fenômenos lingüísticos deverão ser inicialmente analisados pelos alunos e,
somente depois de esgotados os questionamentos lançados ao grupo/classe será
feita a "amarração" final, seguida da correspondente conceituação;
f- o desenvolvimento do pensamento abstrato deverá corresponder à interiorização
de dois processos básicos de composição do período: a coordenação e a
subordinação;
g- o aprendizado dos elementos garantidores da coesão dos processos de
coordenação e subordinação devem voltar-se para o texto enquanto análise e
produção.
O estudo da Cultura Afro-brasileira, africana e indígena
Com base na Lei nº 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá
sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das
Africanidades na formação da cultura brasileira.
Conteúdos a serem abordados em todas as séries do Ensino Fundamental.Realização de leituras e estudos e pesquisas sobre:
Identidade cultural.
Patrimônio cultural.
Diversidade cultural.
Herança cultural.
Movimentos de resistência.
Aculturação.
Discriminação social.
Discutir diversas linguagens para discutir a temática, através de: danças,
filmes, textos, pintura, televisão, cinema, mídia impressa etc...
Conteúdos do Ensino Fundamental
6° ANO
Conteúdo Estruturante:O discurso como prática social
Conteúdos Específicos para leitura:- Identificação do tema
- Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Intertextualidade
- Informatividade
- Intencionalidade
- Marcas lingüísticas- Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários
- Inferências.
Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Inferências de informações implícitas;
- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para,
interpretação de textos.
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Inferências de informações implícitas;
- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações;
Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
- Contação de histórias;
- Narração de fatos reais ou fictícios;
- Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas,desenhos,programas
infanto-juvenis e reportagem.
- Análise dos recursos próprios da oralidade;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
EscritaAdequação ao gênero:
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Marcas lingüísticas;
- Argumentação;
- Paragrafação;
- Clareza de idéias;
- Refacção textual;
Metodologia leitura, oralidade e escrita.- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
Conteúdos para análise lingüística englobando as práticas de leitura, escrita e oralidade:- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,acentuação gráfica;
- Processo de formação de palavras;
- Gírias
- Algumas figuras de pensamento (prosopopéia, ironia...)
- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
- Particularidades de grafia de algumas palavras;
Metodologia Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- Gêneros selecionados para leitura ou audição;
- Textos produzidos pelos alunos;
- Dificuldades apresentadas pela turma.
Sugestões de gêneros discursivos a serem trabalhados no 6° ano:História em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas,
narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial
para TV, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,
autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhos, cantigas de
roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre
outros.
7° ANOConteúdo estruturanteO discurso como prática social
Conteúdos específicosLeituraInterpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Ideologia
- Papéis sociais representados
- Intertextualidade
- Intencionalidade
- Informatividade
- Marcas lingüísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários as
particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal.
-Texto verbal e não-verbal
Oralidade- Adequação ao gênero:
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Marcas lingüísticas;
- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas)...
- Variedades lingüísticas;
- Intencionalidade do texto;
- Papel do locutor e do interlocutor;
- Participação e cooperação;
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
EscritaAdequação ao gênero;
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Marcas lingüísticas;
- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação: entonação
repetições e pausas.
- Variedades lingüísticas;
- Intencionalidade do texto;
- Papel do locutor e do interlocutor;
- Participação e cooperação;
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
- Argumentação;
- Coerência e coesão textual;
- Organização das idéias/parágrafos;
- Finalidade do texto;
Refacção textual;
Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Leitura das informações implícitas nos textos;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
- Contação de histórias;
- Seleção de discurso de outros, como: notícias, cenas de novelas/filmes,
entrevistas, programas humorísticos...
- Análise dos recursos próprios da oralidade;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
-Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Conteúdos para Análise lingüística.
- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto.
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen, acentuação
gráfica.
- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais.
- A representação do sujeito no texto (expressivo /elíptico; determinado
/indeterminado; ativo/passivo).
- Neologismo
- Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).
-Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
-Linguagem digital;
-Semântica;
-Particularidades de grafia de algumas palavras.
Metodologia- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
- Diferencie a linguagem formal da informal;
- Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes...
- Amplie o léxico;
- Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto;
- Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos;
Sugestões de gêneros discursivos para o 7° ano: entrevista (oral e escrita),
crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda,
exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família,
literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso,
cartum, história em quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre outros.
8° ANOConteúdo estruturanteO discurso como prática social
Conteúdos específicos para leituraInterpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Ideologia
- Intencionalidade
- Informatividade
- Marcas lingüísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
- As diferentes vozes sociais representadas no texto;
- Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.
- Relações dialógicas entre textos;
OralidadeAdequação ao gênero:
- conteúdo temático;
- elementos composicionais;
- marcas lingüísticas;
-Coerência global do discurso oral;
-Variedades lingüísticas;
-Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação
- turnos de fala
-Particularidades dos textos orais
-Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
-Finalidade do texto oral
EscritaAdequação ao gênero;
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
- Argumentação
- Coerência e coesão textual
- Paráfrase de textos
- Paragrafação
- Refacção textual
Metodologia- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios;
- Inferências no texto;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc.
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
- Dramatização de textos;
- Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...
- Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa redonda,
cena de novela/programa, reportagem, debate.
- Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
Conteúdos lingüísticos para as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
- Conotação e denotação;
- A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
- Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...).
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
- Acentuação gráfica;
- Figuras de linguagem;
- Procedimentos de concordância verbal e nominal;
- A elipse na seqüência do texto;
- Estrangeirismos;
- As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;
- A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
- Complementação do verbo e de outras palavras;
Metodologia
Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto
de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
Sugestões de gêneros discursivos para o 8°ano: regimento, slogan, telejornal,
telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de
terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio
publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato
pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa
redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.
9° ANO
Conteúdo estruturanteO discurso como prática social
Conteúdos específicos para leitura
1) Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Intencionalidade
- Intertextualidade
- Ideologia
- Informatividade
- Marcas lingüísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
- Informações implícitas em textos
- As vozes sociais presentes no texto
- Estética do texto literário
Oralidade
Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas lingüísticas
- Variedades lingüísticas
- Intencionalidade do texto oral
- Argumentação
- Papel do locutor e do interlocutor:
- Respeita os turnos de fala
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
Escrita
Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas lingüísticas
- Argumentação
- Resumo de textos
- Paragrafação
- Paráfrase
- Intertextualidade
- Refacção textual
Metodologias para leitura, oralidade e escrita.
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios;
- Inferências sobre informações implícitas no texto;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Exposição oral de trabalhos/textos produzidos;
- Dramatização de textos;
- Apresentação de seminários, debates, entrevistas...
- Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista;
- Análise dos recursos próprios da oralidade;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
Análise lingüística para as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Conotação e denotação
- Coesão e coerência textual
- Vícios de linguagem
- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
- Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao
que diz, como: felizmente, comovedoramente...).
- Semântica
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.
- Acentuação gráfica
- Estrangeirismos, neologismos, gírias;
- Procedimentos de concordância verbal e nominal;
- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
- A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
- Coordenação e subordinação nas orações do texto;
Aspectos metodológicos para a análise lingüística.
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados para: leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
Sugestões de gêneros discursivos para 9° ano: artigo de opinião, debate,
reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,
narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial,
curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, reality show,
novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções,
entre outros.
Conteúdo Estruturante Ensino Médio
Para o ensino de Língua Portuguesa enfoca-se o discurso como prática social
para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e es-
critos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações
sociais.
Conteúdos 1º Ano
Projeto Político-pedagógico – CEDAM 2011
Disciplina de Língua Portuguesa
Objetivos gerais da Disciplina de Língua Portuguesa
Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la
a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão im-
plícitas no discurso cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações dis-
cursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores,
os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção-leitura;
Refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo,
de forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim
como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto,
desenvolvendo também a capacidade de auto-avaliação;
Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação com consciên-
cia, na escola, no trabalho e em outros contextos da sua vida;
Desenvolver e aprimorar as capacidades de, principalmente, ler o
mundo, e assim representá-lo em diferentes contextos;
Aprimorar o senso crítico do aluno em relação aos textos, levando-o a
compreender e avaliar a realidade;
Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes
de informação, aprendizagem, lazer e arte;
Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as diferentes opiniões e
informações veiculadas nos textos;
Ver na leitura as possibilidades de expressão da cultura de um povo;
Trocar impressões e informações com outros leitores bem como com
outras leituras;
Possibilitar espaços dedicados à leitura;
Resgatar por meio de elementos fornecidos pelo texto valores hu-
manos e aplica-los no dia-a-dia;
Valorizar a cultura afro-descendente e indígena, o meio ambiente e a
história do Paraná.
Conteúdo Estruturante
Para o ensino de Língua Portuguesa enfoca-se o discurso como prática social
para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e es-
critos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações
sociais.
Conteúdos Básicos do 1º ano:
Leitura :
Fábula, poema, carta pessoal,texto teatral,relato pessoal,texto publicitário,re-
latório ,seminário,artigo de opinião
Reconhecer nos diferentes Gêneros :
Conteúdo Temático
Interlocutores
Finalidade e intencionalidade do Texto
Contexto de produção
Argumentos
Elementos composicionais do gênero
Marcas Linguísticas
Escrita :
Linguagem : língua, variedades linguísticas, interlocutor
Introdução aos gêneros textuais
Fábula, poema, carta pessoal,texto teatral,relato pessoal,texto publicitário,re-
latório ,seminário,artigo de opinião ( leitura, produção escrita e reescrita)
Textualidade, coerência e coesão
Finalidade e Informatividade do texto
Vozes sociais presentes no texto
Ideologia presente nos diferentes textos
Semântica : sinonímia, antonímia,hiponímia, hiperonímia,polissemia,ambigu-
idade
Sons e Letras : fonema e letra,dígrafo, encontros vocálicos e consonantais,
ortoépia e prosódia
Formação e estrutura das palavras: composição, hibridismo,onomatopéia,re-
dução,empréstimos e gírias;
Literatura : definição, linguagem literária
Figuras de Linguagem
Literatura Brasileira: início da produção literária até século XVII
Oralidade:
debates, relato pessoal, seminário: reconhecendo
Conteúdo Temático
Papel do locutor e interlocutores
Entonação,expressão facial,corporal, gestual, pausas
Adequação: do discurso ao gênero e da fala ao contexto
Variações Linguísticas
Diferenças e Semelhanças entre o discurso oral e o escrito
Conteúdos Básicos do 2º Ano :
Leitura:
Gêneros Textuais: cartaz,conto,notícia,entrevista,reportagem,anúncio
publicitário,crítica,editorial
Conteúdo Temático
Interlocutores
Finalidade e intencionalidade do Texto
Contexto de Produção-leitura
Intertextualidade
Marcas Línguísticas presentes no texto
Semântica
Escrita
Gêneros Textuais: cartaz, conto, notícia, reportagem,anúncio publicitário,
crítica e editorial – Leitura, Produção escrita e reescrita
- Função das classes gramaticais dentro do texto
Morfossintaxe e sua funcionalidade no texto
Sujeito e predicado na construção do texto
Termos ligados ao verbo na construção do texto
Literatura : Romantismo em Portugal e sua influência na Literatura Brasileira
Romantismo no Brasil - poesia e prosa Romântica : romance romântico, ro-
mance indianista,romance regional,romance urbano,prosa gótica na construção de
nossa identidade cultural
Realismo e Naturalismo –sua importância na contrução da Literatura
Brasileira
Parnasianismo e Simbolismo no Brasil- sua importância na Literatura
Brasileira
Oralidade :
Entrevista, debates, seminários
Conteúdo Temático
Finalidade e intencionalidade
Adequação do discurso ao gênero
Variações Linguísticas
Entonação, expressão facial,corporal, gestual, pausas
Semântica
Função do Locutor e interlocutores
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
Conteúdos Básicos do 3º Ano:
Leitura:
Crônicas, cartas ao leitor, textos argumentativos
Obras Pré Modernistas e Modernistas- prosa, poesia e teatro
Romances, contos , crônicas e teatro contemporâneos
Escrita:
Gêneros Textuais: crônica,carta do leitor, cartas argumentativas de recla-
mação e solicitação,texto dissertativo- argumentativo ( leitura, produção escrita e
reescrita)
Elementos composicionais dos gêneros
Conteúdo temático
Interlocutor e vozes sociais presentes no texto
Finalidade, intencionalidade, informatividade
Contexto de produção-leitura
Intertextualidade e referência textual
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Pontuação e sua importância no sentidodo texto
- A importância da Concordância verbal e nominal na construção do significado do
texto
Oralidade:
Debate regrado público, seminários.
Intencionalidade
Informatividade e argumentação
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal, gestual,
pausas
Adequação do discurso ao gênero
Variações Linguísticas
Marcas Linguísticas : coesão, coerência, gírias, repetições,etc.
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
AvaliaçãoA avaliação não pode ser aceita como um simples instrumento classificatório,
mas de acompanhamento da construção da aprendizagem, indicando assim um
processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar todos os resultados obtidos
durante o período letivo. De que maneira o aluno se posiciona na oralidade, na
leitura e produção escrita, o que é necessário para que uma caminhada qualitativa
aconteça. Assim como a certeza de onde se quer chegar, são questões norteadoras
do trabalho e avaliação do professor, esta perspectiva delineia alguns critérios
básicos que devem nortear o processo avaliativo. Considerando-se a oralidade em
sua especificidade é importante observar a participação individual e coletiva do
aluno nas atividades de linguagem, a capacidade de exposição clara das idéias, a
construção de argumentos coerentes.
Quanto à leitura devem ser observados aspectos como a caminhada do leitor,
a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a capacidade de
extrair informações, de perceber diversos pontos de vista, a capacidade de transitar
entre os textos lidos posicionando-se em relação a eles e perceber os recursos que
o autor utilizou. Na escrita é preciso examinar a capacidade de produzir , reproduzir,
narrar, sintetizar e apresentar usando a unidade temática, a seqüência lógica das
idéias, o uso dos elementos coesivos, discursos direto, indireto, concordância
nominal e verbal, ortografia e o domínio dos aspectos formais do texto.
Os alunos vêm com diferentes experiências em relação à leitura, escrita e
oralidade. Não é possível, pois, estabelecer metas idênticas para todos. Cada um
será observado em relação a seus próprios avanços e dificuldades. As avaliações
poderão ser:
Individuais, em grupos ou duplas.
Pesquisas e síntese dos trabalhos.
Apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre diversos
temas.
Participação do aluno em classe;
Reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os objetivos
propostos.
Debates e argumentação.
Para sintetizar, será avaliado o quanto o aluno aproxima-se dos objetivos a
seguir:
Linguagem Oral:
É capaz de expor suas idéias verbalmente e de forma clara;
Consegue argumentar em defesa de suas idéias;
Compreende que diferentes formas de registro têm o mesmo valor lingüístico;
Procura adequar a fala a diferentes interlocutores e as diversas situações
sociais;
Confronta opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem verbal.
Na linguagem escrita, no que se refere à produção de textos:
o Escolhe o tipo de texto de acordo com suas intenções;
o Procura utilizar uma configuração discursiva adequada às finalidades dos
diversos tipos de textos;
o Ao produzir textos, utiliza os recursos próprios do discurso escrito, em
oposição à escrita impregnada de marcas da oralidade;
o Escreve com clareza e coerência, utilizando recursos expressivos da
linguagem verbal.
No que se refere à leitura:
Identifica diferentes suportes de textos, organizações, estruturas, funções,
contextos;
Lê com autonomia para si e para o outro, textos cuja complexidade seja
compatível com seu nível de escolarização, compreendendo o que lê;
Reconhece e usa a língua materna como geradora de significados e integradora
da organização no mundo e da própria identidade.
Recuperação
A LDB N° 9394/96, possibilita a obrigatoriedade dos estudos de recuperação,
de preferência paralela ao período letivo, capaz de promover a valorização real dos
alunos nela envolvidos. E é nesse sentido que a aprendizagem como um processo
contínuo, com registros permanentes de aproveitamento escolar, pode se tornar
indicativo seguro para apontar alunos que precisam de recuperação da
aprendizagem, antes que o resultado final se concretize. Assim, a produção de texto
é um processo de elaboração que exige racionalidade. E a primeira versão de um
texto sempre pode ser melhorada. É o professor que deve conscientizar o aluno
sobre o que reformular e como fazê-lo com o texto produzido, mostrando que um
texto pode ganhar diferentes versões com algumas reformulações. No processo de
reestruturação pode haver uma autocorreção feita pelo próprio produtor de textos,
quando este relê sua produção para si ou para os outros. E as observações feitas
pelos outros leitores devem inferir nas reformulações de um texto. Ao valorizar o
processo de escrita, o professor e o aluno deve dar atenção ao texto rasurado, como
momento necessário até a versão definitiva do texto. Assim, deve ficar claro ao
aluno que para um texto escrito seja compreendido pelo outro é necessário que esse
texto seja claro, coerente e coeso.
Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem. Em relação
às produções de textos serão os alunos orientados para a reescrita e posterior
avaliação do progresso em relação a primeira versão . Serão tantas vezes revisadas
as produções quantas os alunos refizerem. Para apresentações orais de pesquisas,
debates dar-se-á uma nova oportunidade para que o aluno possa reapresentar o
trabalho procurando sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação
as provas escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação
escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao professor.
Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Mikhail. Questões de estética e literatura. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
FARACO,Carlos Alberto: TEZZA, Cristovão: CASTRO, Gilberto de . Diálogos com Bakhtin. Curitiba, Pr: editora UFPR, 2000.
GERALDI. O texto em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1987.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMANN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed.
Campinas, Sp: pontes, 2000.
KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3 ed. São Paulo: Ática,
2000.
PARANA , Secretaria de Estado da Educação. Curriculo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão Preliminar. Curitiba: SEED,
2008.
PELLEGRINI, Tânia. FERREIRA, Marina. Palavra e Arte. São Paulo: Atual, 1996.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
SUASSUNA,Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática.
Campinas, SP: Papirus, 1995.
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo; Parabóla, 2007.
APP-Sindicato. LDB – Lei de Diretrizes e bases da Educação – Lei 9394/96.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos, 6ª ed. São
Paulo: Contexto, 2002.
COSTA, Val Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes,
2001.
18.3. MATEMÁTICA
Apresentação Geral da Disciplina
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no
mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção
humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.
É uma ciência viva, fazendo-se presente na qualificação do real -
contagem, medição de grandezas - e no desenvolvimento das técnicas de cálculo
com os números e com as grandezas. No entanto, esse reconhecimento vai muito
além criando sistemas abstratos ideais, que organizam inter-relacionamento e
revelam fenômenos do espaço, do movimento das formas e dos números
associados quase sempre a fenômenos do mundo físico.
O exercício da indução e da dedução em matemática reveste-se de
importância no desenvolvimento da capacidade de resolver problemas, de formular e
testar hipóteses, de induzir e de generalizar e de inferir dentro de determinada
lógica, o que assegura um papel de releva ao aprendizado dessa ciência em todos
os níveis de ensino.
A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias a
comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o
trabalho coletivo e autonomia advinda da confiança na própria capacidade para
enfrentar desafios. Para exercer essa cidadania é necessário saber calcular, medir,
raciocinar, argumentar, tratar informações estatísticas (etc...) Para Lorenzato &
Fiorentini (2001), Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes,
na qual, apenas, o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não
garantem competência a qualquer profissional que nela trabalhe. E para Pitombeira
é "o estudo de todos os fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre todos os
processos de ensino-aprendizagem em Matemática e a atuação sobre estes fatores"
(1991, p.18).
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se
em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática
pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino,
a aprendizagem e o conhecimento matemático.
Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação
Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de
conhecimento - natureza científica - e a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem da Matemática - natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004, p.
70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda
e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos, etc.”. Outra finalidade apontada pelos autores
“é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático,
valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano
e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público”(id. 2004, p. 71).
Esta é a Educação Matemática proposta para estas Diretrizes Curriculares
de Matemática para a educação básica. Este campo de investigação prevê a
formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações
sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles,
o matemático. Para Ribnikov (1987), a Matemática enquanto ciência tem
singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto,
são as generalizações, abstraídas a partir delas, que a caracterizam como uma das
formas para as pessoas adquirirem sua consciência social. Assim, tem-se presente
à idéia de que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, o estudante se apropria
de conhecimentos que possibilita a criação de relações sociais.
Portanto, é necessário que o processo de ensino e aprendizagem em
Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar
regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada
para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do
conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o
estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
Objetivos Gerais
●Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter do
jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula
o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento
da capacidade para resolver problemas.
●Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos
da realidade do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior
número possível de relações entre eles, utilizando o conhecimento
matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico,
combinatório e probabilístico).
●Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-
las e avaliá-las criticamente.
●Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precessão e argumentar sobre suas
conjecturas, fazer uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre
ela e diferentes representações matemáticas.
●Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos
entre estes esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
●Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemática, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de
soluções.
●Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando
coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,
identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto,
respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
6° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ALGEBRA
Sistemas de numeração.
Os Números naturais.
Divisores e múltiplos.
Potenciação e radiciação
Números fracionários
Números decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS 2) Medidas de comprimento
3) Medidas de massa
4) Medidas de área
5) Medidas de volume
6) Medidas de tempo
7) Medidas de ângulos
8) Sistema monetário
GEOMETRIAS 9) Geometria plana
10)Geometria espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 11)Dados, tabelas e gráficos
12)Porcentagem
7° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ALGEBRA 13)Números inteiros
14)Números racionais
15)Equações e inequações de 1°
grau
16) razão e proporção
17) regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura
medidas de ângulos
GEOMETRIAS Geometria plana
Geometria Espacial
Geometria não - euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Pesquisa estatística
Média aritmética
moda e mediana
Juros simples
8° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ALGEBRA o Números racionais e irracionais
o Sistemas de equações do 1° grau
o Potências
o Monômios e polinômios
o Produtos notáveis
GRANDEZAS E MEDIDAS o Medidas de comprimento
o Medidas de área
o Medidas de volume
o Medidas de ângulos
GEOMETRIAS o Geometria plana
o Geometria espacial
o Geometria analítica
o Geometria não - euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Gráfico e informação
População e amostra
9° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ALGEBRA Números reais
Propriedades dos radicais
Equação do 2° grau
Teorema de Pitágoras
Equações irracionais
Equações biquadradas
Regra de três composta
GRANDEZAS E MEDIDAS Relações métricas no triângulo
retângulo
Trigonometria no triângulo retângulo
FUNÇÕES Noção intuitiva de função afim
Noção intuitiva de função quadrática
GEOMETRIAS o Geometria plana
o Geometria espacial
o Geometria analítica
o Geometria não - euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Noções de análise
combinatória
Noções de probabilidade
Estatística
Juros compostos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO MÉDIO
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual
baseiam-se em Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da In-formação.
Em Números e Álgebra insere-se Conjunto dos Números Reais, Conjunto dos
Números Complexos, Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios. O
campo matemático mapeado de conceito de álgebra é abrangente e permeado pelo
uso de convenções algébricas como conceito de variável, conceito de incógnita, con-
hecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo lit -
eral e coeficientes numéricos. Os Números vem de uma linha histórica, já que está
presente em nosso meio desde o começo da idade da pedra e veio se evoluindo
desde então, até chegar no atual sistema de numeração formado pelos algarismos
0,1,2,3,4,5,6,7,8, e 9 , usado mundialmente.
Para Geometrias, podemos considerar a inclusão da discussão de Geometria
Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções Básicas de Geometria
Não - Euclidiana.
Funções abrange situações nem sempre vividas somente em sala de aula,
ou seja, tem vários conceitos aplicáveis em situações cotidianas dos discentes. Este
conteúdo abrange várias áreas do conhecimento modelando e explorando matemati-
camente o raciocínio do aluno por provocar neste, a visão e atuação de outros con-
teúdos específicos da Matemática e outras áreas do conhecimento para a resolução
de problemas que utilizam – se as Funções como referência inicias. Para o ensino
de Funções engloba-se : Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial,
Função Logarítmica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Arit-
mética e Progressão Geométrica.
Em Tratamento da Informação insere-se os conteúdos de Análise Combi-
natória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton. De-
nomina-se Tratamento da Informação o meio para resolução de problemas que ex-
igem mais do que apenas a técnica de se resolver exercícios, mas também a capaci-
dade de análise e interpretação. Neste campo, visa-se a necessidade do estudante
de ter uma leitura mais crítica dos acontecimentos globais, tendo assim condições
de ler e expressar informações através do uso de tabelas, gráficos, dados percentu-
ais, indicadores e conhecimento das possibilidades de eventos ocorrerem ou não.
Diante dos conteúdos apresentados, vale lembrar que cabe ao professor anal-
isar de que forma estes serão abordados em sala de aula, afim de os mesmos este-
jam relacionados com a vivência do educando na aprimoração de conceitos
matemáticos.
1° ANO Teoria dos conjuntos;
Subconjuntos;
Igualdade de conjuntos;
Operações com conjuntos;
Conjuntos numéricos;
Intervalos;
Noção intuitiva de função;
Domínio, imagem e contradomínio da função;
Função par;
Função afim;
Função crescente e decrescente;
Função composta;
Função inversa;
Função polinomial do 1° grau;
Estudo do sinal de uma função;
Função quadrática;
Função modular;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Propriedades operacionais dos logaritmos.
2° ANO Matrizes;
Tipos de matrizes;
Operações de matrizes;
Determinantes;
Equações lineares;
Sistemas lineares;
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Seqüências;
Progressões aritméticas;
Progressões geométrica;
Média;
Geometria plana.
3° ANO Trigonometria;
Probabilidades;
Geometria espacial;
Prismas;
Pirâmides;
Cilindros;
Cones;
Esferas;
Geometria analítica;
Ponto, reta e circunferência;
Números complexos;
Polinômios;
Estatística;
Matemática financeira;
Metodologia
Em nosso Estabelecimento de Ensino contamos com um acervo de materiais
composto por: Conjunto de blocos lógicos, Dominó de subtração e multiplicação,
conjunto de números e sinais, material dourado, escala cuisenaire, réguas
numéricas, jogos de sequência lógica de trânsito, jogos de dominó associação de
ideias, conjunto de sólidos geométricos, conjunto de Tangram, sólidos geométricos
em acrílico, transferidores, compassos, esquadros, livro didático, tv pendrive,
laboratório de informática, aparelho de DVD.
O ensino-aprendizagem de matemática tem como ponto de partida a
resolução de problemas e pode ser resumida nos seguintes princípios:
- A situação problema é o ponto de partida da atividade matemática e não a
definição. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e métodos
matemáticos devem ser abordados mediante exploração de problemas, ou seja, de
situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia para
resolvê-la.
- O problema não deve requerer um ato de resolução mecânica, com a
simples aplicação de fórmulas ou processos operatórios aprendidos durante a aula.
Um problema só existe quando o aluno for levado a interpretar a questão e
estruturar e contextualizar a situação apresentada.
- O saber matemático deve ser considerado como um conjunto de idéias. A
situação-problema tem que privilegiar esse aspecto. Assim, o aluno percebe que
para resolver a questão é necessário recorrer a conhecimentos já aprendidos e que
precisam ser interligados.
- A resolução de problemas não pode ser apresentada como uma finalidade
em si. Ela é uma orientação para a aprendizagem. Com base nela, é possível
desenvolver conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.
●Ao aluno estar distante de um problema proporciona elaborar um ou vários
procedimentos de resolução, comparar o resultado com o dos colegas e validar seus
procedimentos.
●Usando situação-problema serão abordados os temas: História e Cultura
Afro Brasileira e Africana ( Lei nº 10639/03 e Deliberação de CEE/PR) ; História e
Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana ( Lei nº 11645/08) ; Política Nacional de
Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99) ; História do Paraná ( Lei nº 13381/01) ;
Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas ( Lei nº 11343/06) e Educação Sexual e
Prevenção à AIDS e DST ( Lei nº 11733/97 e 11734/97).
Postura do professor:
- Ser um mediador: promover o debate sobre os procedimentos adotados e as
diferenças encontradas; orientar reformulações e valorizar as soluções mais
adequadas;
- Ser um facilitador: fornecer informações (textos e material) que o aluno não tenha
acesso;
- Ser um incentivador: estimular a cooperação entre os alunos;
- Ser um avaliador: observar se os objetivos estão sendo atingidos ou se é
necessário reorganizar as atividades pedagógicas para que isso aconteça;
- Ser um organizador: conhecer quem são seus alunos para elaborar atividades que
possam atingir os objetivos necessários.
Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações
que podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se
incumbem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado
(1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada disciplina não pode
resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se
articulam”. O autor defende que abordar conteúdos disciplinares com base numa
organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no interior das
diversas disciplinas poderá incorrer em práticas docentes que impossibilitam a
produção de um ensino significativo. Portanto, o trabalho docente deve estar
pautado nos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada
conteúdo específico.
O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática
docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática.
Na disciplina de matemática há uma série de conteúdos que não podem ser
separados em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear. Eles
devem ser abordados de tal maneira que as conexões sejam favorecidas.
Avaliação
Avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem,
ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um
mesmo sistema.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções
e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e
de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador e/ou
calculadora.
O professor é o responsável pelo processo de ensino e da aprendizagem e
precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos,
os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem.
Dessa forma, o professor poderá problematizar:
- Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?
- Que conceito utilizou para resolver uma atividade de uma maneira equivocada?
- Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos?
- Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?
- Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa
mecânica de resolução?
A prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos
metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à interpretação e à
discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do
aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e
alunos, na tomada de decisões e nas questões relativas aos critérios utilizados para
se avaliar.
Portanto, a avaliação do aprendizado matemático deve ser feita a todo
momento e a toda hora. Isso porque a construção do conhecimento é um processo
maior do que a verificação por um único instrumento avaliativo.
Deve-se adotar uma postura que considerem os caminhos percorridos pelo
aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos.
É necessário ter em mente que na aprendizagem escolar o erro é inevitável
para se buscar o acerto.
Referência Bibliográfica
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.
Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p. 1-37. 1995.
http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_out03/html/algebra,
LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em:
http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/ matematica/Oprofissional emEducacaoMatemática
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação - UNICAMP - Pro-posições. Campinas.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1990.
DCE – Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, 2006.
SEED
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná , 2008.
18.4. CIÊNCIAS
Apresentação Geral da Disciplina
Segundo as DCE, da disciplina de Ciências da Educação Básica do Estado
do Paraná (2008), o objeto de estudo é o Conhecimento Científico, adquirido a partir
da investigação da natureza. Sendo assim, o educando deverá ter a capacidade de
interpretar de forma racional fenômenos observados na natureza e sua relação entre
elementos fundamentais como: tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo,
energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
natureza devem ocorrer pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. A
introdução do método científico levou a dominação cada vez mais eficaz da natureza
e passou assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a
dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da
dominação da natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas
através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável
legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura
(HABERMAS, 1980, p. 305).
A ciência não pretende revelar a verdade, mas propõe modelos explicativos
construídos a partir da aplicabilidade do método científico. Então, podemos concluir
que: Ciência é toda atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída onde se torna possível a introdução dos conceitos do método científico.
O ensino de Ciências no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que
se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado
à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre
antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se
originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no
consumo” (MARANDINO, 2005, p.162).
A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de sua
criação: “a existência de um único método para o trato do conjunto das ciências
naturais” (MACEDO e LOPES, 2002, p.73).
A sociedade brasileira passou por transformações significativas rumo à
modernização entre o início do século XX aos anos 50. Das transformações que se
destacam estão a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e
portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no
currículo de Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola.
A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas
brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com o objetivo de transmitir
conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência
já consolidadas no currículo escolar brasileiro ( DCE, p.99).
Com a reforma Capanema, na década de 1940, o ensino objetivava a
preparação de uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola
deveria contribuir para a divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças
de chances de aquisição cultural, dirigentes e dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991,
p.86).
A partir do surgimento do IBECC ( Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e
Cultura) em 1946, o ensino de Ciências passou por mudanças significativas, sendo
proporcionado o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de professores, bem
como a implantação de projetos que influenciaram a divulgação científica nas
escolas.
O currículo básico, no início dos anos 90, apresentou avanços consideráveis
para o ensino de Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua
identidade para o momento histórico vigente. Com a promulgação da LDB n.
9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e bases para a Educação Nacional, foram
produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais que propunham uma nova
organização curricular em âmbito federal.
Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciou-se
no Paraná um processo de discussão coletiva com o objetivo de produzir novas
Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o
ensino de Ciências (DCE, p. 104).
Após este breve histórico da disciplina de Ciências no Brasil, vale ressaltar,
que o ensino de Ciências deve superar a mera descrição teórica e manipulação
experimental, assumindo um caráter reflexivo sobre a ética dos conteúdos
desenvolvidos. O conhecimento sobre como a natureza se comporta e a vida se
processa contribui para o aluno se posicionar com fundamentos acerca de questões
bastante polêmicas e orientar suas ações de forma mais consciente.
O ensino de Ciências deve deixar de ser encarado como mera transmissão de
conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de
conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos
estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica ( LOPES, 1999). Espera-se
uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,
rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de
estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar
uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da
aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Objetivos Gerais
● Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente;
● Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana, histórica, associadas a aspectos de ordem social,
econômica, política e cultural;
● Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em evolução histórica e compreender
a tecnologia como meio de suprir necessidades humanas;
● Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens indivíduais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
● Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
● Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
● Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção coletiva do conhecimento;
● Saber combinar leituras, observações, experimentações, organização,
comunicação e discussão de fatos e informações.
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Universo
Sistema Solar
Movimentos Terrestres
Movimentos Celestes
Astros
Matéria Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos Níveis de Organização
Energia Formas de Energia
Conversão de Energia
Transmissão de Energia
Biodiversidade Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia
Astros
Movimentos Terrestres
Movimentos Celestes
Matéria Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
Energia Formas de Energia
Transmissão de Energia
Biodiversidade Origem da Vida
Organização dos Seres Vivos
Sistemática
8ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Origem e evolução do Universo
Matéria Constiuição da Matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
Energia Formas de Energia
Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos
9ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Gravitação Universal
Matéria Propriedades da Matéria
Sistemas Biológicos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
Mecanismos de Herança Genética
Energia Formas de Energia
Conservação de Energia
Biodiversidade Interações Ecológicas
Metodologia
O conhecimento não é uma produção desvinculada da vida concreta do
homem, daí a necessidade da produção organizada das bases capitalistas, significa
conquistar desenvolvimento, tecnologia e vontade de progredir.
O homem deve estar muito bem relacionado com a natureza e ao mesmo
tempo deve se adaptar com as transformações do mundo, com isso vai estar pronto
para o crescimento intelectual, atualizando sempre os seus conhecimentos podendo
ampliar a participação em seu meio social, desenvolvendo uma atitude crítica que
dirige as relações pessoais, como a outros aspectos de sua vida cultural e afetiva.
Portanto, abrir o diálogo, encontrar respostas e incentivos adequados aos trabalhos
capazes de colocar os alunos em interação social e cognitiva, possibilita a realização
de um ensino ativo, desafiador e atualizado, em busca de respostas para as
situações reais, desenvolvendo habilidade e ao mesmo tempo, dando atenção aos
diferentes conceitos, procedimentos e atitudes; oportunizando o contato direto do
aluno com os fenômenos naturais e artefatos tecnológicos em atividades de
observação e experimentação que levem a evolução conceitual, aprendizagem dos
procedimentos e a valorização humana.
A importância da busca de informações em fontes variadas é procedimento
importante para o ensino e aprendizagem, que permite obter informações para a
elaboração e reelaboração de ideias fundamentais para o desenvolvimento de
autonomia na obtenção de conhecimento, sendo que, os demais conteúdos e em
conjunto com as demais áreas do conhecimento, favorecerão a análise de
problemas científicos atuais, desenvolvendo uma visão globalizada das diversas
situações que envolvem o indivíduo em ações coletivas.
Avaliação
É uma atividade constante na vida de todo profissional, sejam eles
professores, médicos, engenheiros, músicos, etc. Isso não significa, no entanto, que
um professor sempre sabe avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas
do paciente; um engenheiro, as necessidades de seu cliente; um músico, a
performance de um colega.
Precisamos, primeiramente, nos liberar da ideia de que o senso comum é
suficiente para julgarmos um desempenho. Essa libertação permite estabelecer
parâmetro para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior
desenvolvimento daquele que estamos avaliando.
Um aspecto é verdadeiramente importante: avaliar pressupõe auto-avaliação.
Os resultados obtidos pelos alunos, além de revelar o nível de aprendizado que está
sendo obtido pela classe, mostra, também, o desempenho de quem está ensinando.
Bons resultados gerais indicam alunos atentos e a coerência dos objetivos
propostos. Maus resultados podem sugerir incompatibilidade entre o ensino e a
aprendizagem; neste caso, cabe ao professor rever seus métodos e a sua didática e,
ainda, procurar uma empatia maior com a classe.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações pedagógicas do
professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim de que os
critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito
principal do processo de ensino e aprendizagem, a aquisição dos conteúdos
específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, por meio
de abordagem articulada.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, na medida que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam,
defendendo o próprio ponto de vista.
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem, não
podendo estar centralizada em uma única atividade, considerando os alunos como
sujeitos históricos. Então os professores podem interpretar e analisar as informações
obtidas na aprendizagem, considerando as concepções de ciência, tecnologia,
sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e do
currículo de Ciência, reestruturando o processo educativo, dando-se como base em
uma auto-avaliação com a continuidade da prática pedagógica, realizando
intervenções coerentes com os objetivos previamente propostos para o ensino da
discipĺina.
A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático, fornecendo
Feedback ao professor e permitindo a recuperação do aluno. Deve ser funcional,
verificando se os objetivos previstos estão sendo atingidos; orientadora, pois permite
ao aluno conhecer erros e corrígi-los o quanto antes; e integral, pois considera o
aluno como um todo, não sendo analisado somente o aspecto cognitivo mas
também comportamentais e sua habilidade psicomotora.
O professor deve observar os critérios de avaliação que envolvem os
conteúdos básicos da disciplina de Ciências. Tomando esses critérios, espera-se
que os alunos:
6º ANO
1. Entenda as ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
2. Reflita sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo.
3. Conheça a história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas.
4. Compreenda os movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes
do sistema solar.
5. Entenda a constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como
fenômenos da natureza.
6. Compreenda a constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e
crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
7-Conheça os fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta
Terra.
8. Entenda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo
integrado.
9-Reconheça as características gerais dos seres vivos.
10-Reflita sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo de
explicação da constituição dos organismos.
11-Conheça os níveis de organização celular.
12- Interprete o conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas
formas de manifestação.
13- Conheça as formas de conversão de energia.
14- Interprete o conceito de transmissão de energia.
15- Reconheça as particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa,
nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação,
convecção, condução.
16- Entenda essas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na
natureza.
17- Reconheça a diversidade das espécies e sua classificação.
18- Diferencie ecossistema, comunidade e população.
19- identifique as principais espécies ameaçadas de extinção.
20- Entenda a formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea
e sua relação com os seres vivos.
21- Compreenda a ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e
sua relação com os seres vivos.
7º ANO
22. Compreenda os movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
23. Compare os movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da
Lua, com base no referencial Terra.
24-Reconheça os padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
25-Entenda a composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia
solar.
26- Entenda a constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.
27. Compreenda a constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes
essenciais ao surgimento da vida.
28. Conheça os fundamentos da estrutura química da célula.
29. Conheça os mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos
celulares.
30. Compreenda o fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula.
31. Compreenda as relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir
do entendimento dos mecanismos celulares.
32. Entenda o conceito de energia luminosa.
33. Entenda a relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com os
seres vivos.
34. Identifique os fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e
infravermelha.
35. Entenda o conceito de calor como energia térmica e suas relações com sistemas
endotérmicos e ectotérmicos.
36- Entenda o conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres
vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
37- Conheça a classificação dos seres vivos, as categorias taxonômicas, filogenia.
38- Entenda as interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
39- Conheça as eras geológicas e as teorias a respeito da origem da vida, geração
espontânea e biogênese.
8º ANO
40. Reflita sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo.
41. Relacione as teorias e sua evolução histórica.
42. Diferencie as teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que
consideram o universo cíclico.
43. Conheça os fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados,
nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo).
44. Conheça sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos
atômicos.
45. Compreenda o conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias,
ligações químicas, reações químicas.
46. Conheça as Leis da Conservação da Massa.
47. Conheça os compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos
organismos vivos.
48. Compreenda os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer
um entendimento, de como esses mecanismos se relacionam no trato, das funções
celulares.
49. Conheça a estrutura e funcionamento dos tecidos.
50. Entenda os conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, excretor e urinário.
51. Compreenda os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
52. Relacione os fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).
53. Entenda os fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
54. Entenda os fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
55- Compreenda as teorias evolutivas.
9º ANO
56. Entenda as Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
57. Entenda as leis de Newton no tocante a gravitação universal.
58. Interprete os fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
59. Compreenda as propriedades da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,
maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor,
brilho, sabor.
60. Compreenda os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino.
61. Entenda os mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os
processos de mitose e meiose.
62. Compreenda os sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a Lei da conservação da energia.
63. Compreenda as relações entre sistemas conservativos.
64. Entenda os conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração,
trabalho e potência.
65. Entenda o conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo.
66. Entenda os fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem
como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
Referências Bibliográficas
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Ciências.
ABREU, D. C. De et. al. Concepções e tendências da educação e suas
manifestações na prática pedagógica escolar.
Gewandsznajder, Fernando. 4. ed. São Paulo : Ática, 2009.
18.5. EDUCAÇÃO FÍSICA
Apresentação Geral da Disciplina
A Educação Física, é a forma de expressão tanto biológica quanto cultural. A
linguagem corporal está no movimento cadenciado, traduz emoções, fantasias,
idéias e sentimentos; manifesta a alma da forma, seus hábitos, tradições e
costumes. É através do movimento que o homem exterioriza suas necessidades,
seus instintos e suas motivações. O corpo ganha cada vez mais importância na
configuração harmoniosa do sujeito. É a imagem externa do próprio sujeito, uma vez
que expressa determinados momentos históricos da sociedade.
É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento e
aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a
Educação Física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo
educacional, para ser parte integrante deste buscando conhecer seu verdadeiro
espaço: o de área do conhecimento.
Dentro da tendência Histórica-crítica verificamos que a Educação Física em
sua ação pedagógica deve buscar elementos da ciência da motricidade humana.
A Educação Física deve trabalhar com corpo em movimento, à luz de uma
visão sócio interacionista, rumo a uma sociedade pretendida, visto que o corpo em
movimento e suas diferentes formas de manifestação é o seu objeto de estudo.
Para tanto é necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo
que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos a se situarem na
contemporaneidade, dialogando com o passado, visando o conhecimento do seu
corpo, proporcionando condições de análise e reflexão para a re-elaboração do
saber e da consciência da cultura corporal.
A Educação Física é aquela que contribui para a formação do indivíduo
através do ato educativo, que é resultado de um processo de ação dinâmica, onde
os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam a
sua criticidade durante todo o processo.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, sendo necessário integrar e interligar as práticas
126
corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
Elementos Articuladores.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem
tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Como
articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na
escola, respondendo aos desafios descritos.
Cultura Corporal e Corpo - o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser
humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos de
valorização – ou não – do corpo devem ser analisados sob uma perspectiva crítica
da construção hegemônica do referencial de beleza e saúde, veiculado por
mecanismos mercadológicos e midiáticos, os quais fazem do corpo uma ferramenta
produtiva e um objeto de consumo.
Esse elemento articulador tem também como pressuposto a reflexão crítica sobre as
diferentes visões constituídas ao longo da história da humanidade em relação ao
corpo que favoreceram a dicotomia corpo mente e sua repercussão no interior das
aulas de Educação Física, nas práticas corporais.
As preocupações com o corpo e com os significados que o mesmo assume na
sociedade constituem um dos aspectos que precisam ser tratados no interior das
aulas de Educação Física, para que sejam desmistificadas algumas perspectivas
ingênuas no trato com essa questão.
Cultura Corporal e Ludicidade - Esse elemento articulador ganha relevância
porque, ao vivenciar os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras, o
aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o real, e de
refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo. Reconhece e valoriza,
também, as formas particulares que os brinquedos e as brincadeiras tomam em
distintos contextos e diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e
grupos sociais.
Dessa maneira, a ludicidade, como elemento articulador, apresenta-se como uma
possibilidade de reflexão e vivência das práticas corporais em todos os Conteúdos
Estruturantes, desde que não esteja limitada a uma perspectiva utilitarista, na qual
as brincadeiras surgem de modo descontextualizado, em apenas alguns momentos
da aula, relegando o lúdico a um papel secundário.
127
Sendo de fundamental importância discutir com os alunos a ideia, por exemplo, de
que brincadeira é coisa de criança, isso porque Assim, o lúdico se apresenta como
parte integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais, sejam elas na
infância, na idade adulta ou na velhice. Essa problemática precisa ser discutida e
vivenciada pelos alunos, para que a ludicidade não seja vivida através de práticas
violentas, como em algumas brincadeiras que ocorrem no interior da escola. O
professor deve lançar mão das diversas possibilidades que o lúdico pode assumir
nas diferentes práticas corporais, conforme discutem os autores Os aspectos lúdicos
representam uma ação espontânea, de fruição, que interfere sobre e na construção
da autonomia, a qual é uma das finalidades da escolarização.
Cultura Corporal e Saúde - Esse elemento articulador permite entender a saúde
como construção que supõe uma dimensão histórico-social. Portanto, é contrária à
tendência dominante de conceber a saúde como simples volição (querer) individual.
Na esteira dessa discussão, propõem alguns elementos a serem considerados como
constitutivos da saúde:
Nutrição: referimos à abordagem das necessidades diárias de ingestão de
carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, e também de
seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico que ocorre durante
uma determinada prática corporal;
Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal: trata-se de conhecer o
funcionamento do próprio corpo, identificar seus limites na relação entre prática
corporal e condicionamento físico, e propor avaliação física e seus protocolos;
Lesões e primeiros socorros: abordam-se informações sobre as lesões mais
frequentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a partir das noções de
primeiros socorros. Trata-se, ainda, de discutir as consequências ou sequelas do
treinamento de alto nível no corpo dos atletas;
Doping: discutiremos as influências das condições econômicas, sociais, políticas e
históricas no uso de substâncias ilícitas por atletas e não atletas, numa sociedade
pautada na competição exacerbada. Assim como os motivos e os valores
determinantes no uso de esteroides anabolizantes e seus efeitos.
Nessa mesma direção, podendo abordar o uso de substâncias entorpecentes e os
seus efeitos sobre a saúde e demonstrar o que motiva a produção e a disseminação
dessas substâncias, o tráfico de drogas, etc. Outro exemplo seria a busca pelas
128
atuais formas de tratamento, modelação, intervenção sobre o corpo com o intuito de
alcançar, a qualquer custo, os modelos instituídos de beleza e a chamada saúde
perfeita.
Sexualidade: pode ser analisada sob, no mínimo, dois aspectos: primeiro, que a
entende como fruição, prazer, alegria, encontro; segundo, a respeito do que ela
representa em termos de miséria humana: prostituição infantil, dominação sexual,
sexismo, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros. Na
prática pedagógica, para dirimir as diferenças, sugerindo jogos mistos. Trazendo a
responsabilidade da discussão para o aluno, mostrando a importância do convívio
social entre os mesmos, por meio da mudança de regras.
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho – O mundo do trabalho tornando o
elemento articulador dos Conteúdos Estruturantes da Educação Física, na medida
em que concentra as relações sociais de produção/assalariamento vigentes na
sociedade, em geral, e na Educação Física, em específico. Um exemplo dessas
relações pode ser verificado em Gebara (2002), ao explicitar a passagem do
amadorismo à profissionalização esportiva. Com isso, o professor poderá debater
com seus alunos as consequências da profissionalização e o assalariamento de
diversos atletas, vinculados às diferentes práticas corporais.
Outra dimensão relacionada, diretamente, à reordenação do mundo do trabalho é o
caráter de utilidade que a Educação Física tem assumido no processo de formação
do aluno. Com a restrutura produtiva, o trabalhador preterido deve contornar as
tarefas laborais com a máxima flexibilidade, isto é, deve saber trabalhar em equipe,
tomar decisões rapidamente, ter noções, ainda que gerais, de informática, a fim de
manusear as novas tecnologias. Com efeito, a Educação Física que, outrora esteve
associada à formação corporal do aluno visando adequado ao modelo de produção
social, perde sua centralidade, ficando relegada a segundo plano (NOZAKI, 2001).
Evidencia, portanto, Na crítica a esse processo, o professor poderá propor
atividades que alertem os alunos para os reais sentidos de tal prática, como exemplo
dos exercícios calistênicos, tão difundidos no interior da escola no período de
ditadura militar.
Cultura Corporal e Desportivização - O processo de desportivização das práticas
corporais é um fenômeno cada vez mais recorrente, impulsionado pela
129
supervalorização do esporte na atual sociedade, como, por exemplo, uma Copa do
Mundo de Futebol em detrimento de causas sociais como a fome. Se, na origem do
esporte, sua prática condenava os jogos populares por serem uma atividade que
não condizia com os interesses da burguesia em ascensão, que tinham como foco a
seleção dos mais habilidosos, agora, na atualidade, suas luzes estã sobre as
práticas que ainda não estão vinculadas à lógica e as regras previamente fixadas. A
desportivização deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.
Isso significa que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade um esporte, é
colocando sempre sob as normas e regras padronizadas e subjugadas a
federações e confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta,
deixando o aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.
O professor poderá discutir com seus alunos as contradições presentes nesse
processo de esportivização das práticas corporais, visto que no ensino de Educação
Física é preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é
institucionalizada internacionalmente com regras próprias e uma estrutura
competitiva e comercial.
Sendo assim, perceber o motivo que leva uma luta, como a capoeira, a ter roupas
próprias, estrutura hierárquica interna (graduação), campeonatos mundiais com
regras estabelecidas, federações e confederações próprias, pode ser um, entre
vários caminhos, para a análise crítica dos Conteúdos Estruturantes.
Tal olhar pode ser lançado sobre todos os Conteúdos Estruturantes, percebendo em
que condições seus conteúdos específicos torna-se esporte institucionalizado e
quais os impactos desta transformação.
Cultura Corporal – Técnica e Tática- Os aspectos técnicos e táticos são elementos
que estão presentes nas mais diversas manifestações corporais, especificamente
naquelas que constituem os conteúdos da Educação Física na escola.
A técnica é, nesse sentido, fundamento central para pensar os diferentes conteúdos
da Educação Física, fruto do rigor científico e do desejo humano em criar estratégias
e métodos mais eficientes para educar e padronizar gestos das diversas práticas
corporais.
Por exemplo, foram criados recursos para formatar uma partida de futebol em gestos
técnicos. A atenção ficou centrada na prática, no fazer pelo fazer, de modo que o
futebol seja executado de forma eficiente, com performance máxima por meio do
130
treinamento contínuo dos diferentes gestos técnicos, considerados “fundamentos
básicos”, das diferentes modalidades esportivas. Com efeito, impera certa
hierarquização dos gestos técnicos vistos como “eficientes” sobre a criatividade,
considerada pouco objetiva.
Se o enfoque permanecer apenas na técnica e na tática, deixando de lado os outros
princípios do esporte, perde-se a capacidade de se relacionar e refletir sobre quais
quer manifestações corporais.
As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado
cultural das diferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar a
importância do aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos. Trata-se,
sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos
elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre-se o risco de reduzir ainda mais as
possibilidades de superar as velhas concepções sobre o corpo, baseadas em
objetivos focados no desenvolvimento de habilidades motoras e no treinamento
físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas.
Cultura Corporal e Lazer - A disciplina de Educação Física tem, entre outros, o
objetivo de promover experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que
o lazer se torne um dos elementos articuladores do trabalho pedagógico. Por meio
dele, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de lazer em distintos
grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais, e a
maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.
O lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de
educação (educação pelo lazer) ou como objeto de educação (educação para o
lazer). Na escola, o professor deve procurar educar para o lazer, conciliando a
transmissão do que é desejável em termos de valores, funções e conteúdos. O
processo de educação para o lazer pressupõe “[...] o aprendizado, o estímulo, a
iniciação aos conteúdos culturais [neste caso, relacionados com a Educação Física],
que possibilitem a passagem de níveis menos elaborados, simples, para níveis mais
elaborados, complexos, procurando superar o conformismo, pela criticidade e pela
criatividade” (MARCELLINO, 2002, p. 50).
Nesse sentido, o período em que o aluno permanece na escola, cursando o ensino
regular, não se caracteriza como lazer, mas como um tempo de obrigação. Não
obstante, a escola pode proporcionar experiências no âmbito do lazer para seus
131
alunos, mas no contra turno, quando ele tem autonomia para decidir sobre a
atividade que pretende realizar.
A educação pelo lazer, desenvolvido no tempo/espaço fora das obrigações
escolares, é considerada um veículo de educação que pode potencializar o
desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. Pode ter como objetivos o
relaxamento, o prazer pela prática ou pela contemplação, e até mesmo contribuir
para a compreensão da realidade. A educação pelo lazer proporciona “(...) o
aguçamento da sensibilidade pessoal, pelo incentivo ao auto aperfeiçoamentos,
pelas oportunidades de contatos primários e de desenvolvimento de sentimentos de
solidariedade” (MARCELLINO, 2002, p. 50).
A discussão do lazer permeia todos os Conteúdos Estruturantes, ou seja, o
professor, ao tratar do esporte, por exemplo, poderá trazer para a reflexão questões
como: para um jogador (profissional) de qualquer modalidade esportiva, a atividade
que desenvolve caracteriza-se como lazer? E para os espectadores, tal atividade é
lazer?
A mesma reflexão pode ser desenvolvida em qualquer um dos Conteúdos
Estruturantes, o professor pode instigar seus alunos a buscarem: quais são os
espaços e equipamentos necessários para determinadas práticas corporais? Esses
espaços que existem perto da escola ou de casa são padronizados ou possibilitam
outras experiências corporais para além do esporte?
Dessa maneira, o professor de Educação Física pode trabalhar com seus alunos o
conceito de lazer, para isso, apresenta seus aspectos históricos, proporcionando
uma compreensão mais ampla de seu significado.
Outra forma de se trabalhar com esse elemento articulador é através de pesquisas
relacionadas ao dia-a-dia do aluno, em que o professor propõe algumas indagações,
tais como: o que faço no meu tempo livre? Quais são os espaços e equipamentos de
que me aproprio? Qual é a minha atitude frente ao tempo/espaço de lazer?
Sob esse viés, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação Física pode
possibilitar aos alunos, no tempo disponível – fora das obrigações escolares,
familiares, religiosas ou de trabalho – uma apropriação crítica e criativa de seu
tempo, por meio da interiorização do conhecimento.
Cultura Corporal e Diversidade - Aqui, propõe-se uma abordagem que privilegie o
reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as
132
aulas de Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de
relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de
idéias e de valorização humana, para que o outro seja considerado.
Destaca-se que a inclusão não representa caridade ou assistencialismo,
mas condição de afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o outro, algo
que todos os alunos devem ter como experiência formativa.
Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as
experiências corporais do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais
têm riquíssimos acervos, muitas vezes esquecidos porque predominam os modelos
urbanos de educação do corpo. Assim, torna-se pertinente valorizar as práticas
corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas,
tanto quanto nas escolas urbanas.
De fato, é preciso que esses universos dialoguem entre si para que os alunos
convivam com as diferenças e estabeleçam relações corporais ricas em
experimentações. Um exemplo disso seria o desenvolvimento de atividades
corporais, oferecendo aos alunos a experimentação de esportes adaptados. Com
esse tipo de atividade, pode-se discutir as dificuldades encontradas pelos alunos,
tanto de locomoção e direção como de equilíbrio, dentre outros.
Busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes entre as
pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de
convivência. Por exemplo, jogar futebol com os olhos vendados, utilizando uma bola
com guizo, ou uma bola envolvida em sacolas plásticas que emitam um som, pode
ser uma atividade que busque os objetivos acima traçados.
Cultura Corporal e Mídia - Esse elemento articulador deve propiciar a discussão
das práticas corporais transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo,
diariamente exibido nos meios de comunicação para promover e divulgar produtos.
Para uma análise crítica dessa concepção das práticas corporais, diversos veículos
de comunicação podem servir de referência, quais sejam: programas esportivos de
rádio e televisão, artigos de jornais, revistas, filmes, documentários, entre outros. Em
vários momentos da grade de programação das empresas de telecomunicação,
evidencia-se a promoção de inúmeras marcas esportivas. Isso provoca, na escola,
importantes consequências para as práticas corporais, pois os alunos acabam
absorvendo estas informações, configurando-se num sonho: tornarem-se iguais aos
133
esportistas mais conhecidos. Em si, esse não se apresenta como um problema, na
verdade pode servir ao professor como conteúdo a ser abordado, explicitando as
contradições presentes no seu cotidiano escolar.
Além disso, é importante lembrar que a mídia está presente na vida das pessoas e a
rapidez das informações dificulta a possibilidade de reflexão a respeito das notícias.
Desse modo, torna-se importante que o aluno reflita acerca desse elemento
articulador e o professor não pode ficar alheio a essa discussão.
A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para
aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas pela
mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e
reflexão sobre: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo;
os extremos sobre a questão salarial dos atletas; os extremos de padrões de vida
dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os esportes de alto
nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.
Conteúdos Estruturantes
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser
abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de
ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento
sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.
A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda,
ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos
com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as
particularidades de cada comunidade.
A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem
que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as
diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes
propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:
* Esporte;
* Jogos e Brincadeira;
134
* Ginástica;
* Lutas;
* Danças;
• Esporte- Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas
esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na
rede pública de ensino.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao
fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades
físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem considerar os
determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo
dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal.
Portanto, nestas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teórico-
prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens,
pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da
saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.
No entanto, se o profissional de Educação Física negligenciar a reflexão crítica e a
didatização desse conteúdo, pode reforçar algumas características como a
sobrepujança, a competitividade e o individualismo. A título de exemplo, a
profissionalização esportiva deve ser analisada criticamente, discutindo-se com os
alunos as consequências dos contratos de trabalho que levam à migração e a
desterritorialização prematura de meninos e meninas; às exigências de esforço e
resistência física levados a limites extremos; à exacerbação da competitividade;
entre outros.
A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e nas
comparações absolutas e objetivas faz do esporte na escola uma prática pedagógica
potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes, hábeis e ágeis
conseguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado desse
conteúdo. Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige
um trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na
escola, repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos
estudantes as múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica
perante esse conteúdo escolar.
135
Os valores que privilegiam o coletivo são imprescindíveis para a formação do
humano o que pressupõem compromisso com a solidariedade e o respeito, a
compreensão de que o jogo se faz a dois, e de que é diferente jogar com o
companheiro e jogar contra o adversário (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 71).
Sendo assim, sugere-se uma abordagem que privilegie o esporte da escola, e não
somente o esporte na escola. Isso pressupõe que as aulas de Educação Física
sejam espaços de produção de outra cultura esportiva, de ressignificação daquilo
que Bracht (2005) denominou como “esporte moderno”, isto é, a expressão
hegemônica atual do esporte competitivo de alto rendimento, espetacularizado e
profissionalizado.
Ainda, o ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade
social, histórica e política. Busca-se um entendimento crítico das manifestações
esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição
técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a
expressão social e histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.
Portanto, o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim contemplar o
aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, mas
não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu plano de
trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das inúmeras
modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que, sem dúvida, é algo bastante
presente na sociedade atual.
O vínculo da sociedade brasileira com o futebol é um exemplo. O professor de
Educação Física pode elaborar várias estratégias metodológicas para esse
conteúdo, como: discussão sobre a predominância do futebol como esporte na
sociedade brasileira; o discurso hegemônico sobre a identidade brasileira ligada ao
futebol.
As inúmeras outras possibilidades de jogarmos futebol, modificando as
regras; o processo de esportivização que, a partir de um jogo popular, constituiu o
futebol; a masculinização do futebol; os preconceitos raciais historicamente
presentes nos times e torcidas; as relações de mercado e de trabalho no futebol;
dentre outros.
• Jogos e brincadeiras - Nestas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são
pensados de maneira complementar, mesmo cada um apresentando as suas
136
especificidades. Como Conteúdo Estruturante, ambos compõem um conjunto de
possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade.
No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover
entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de
seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as
possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de
Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a
subordinação de um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas
particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em distintos contextos históricos,
de modo que cabe à escola valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais
que identificam determinada sociedade.
Nessa direção, pode-se trazer como exemplo o jogo de queimada ou caçador,
fortemente presente no cotidiano escolar, que em sua organização delimita os
papéis e os poderes concedidos aos jogadores, os quais mudam conforme a
hierarquia assumida no jogo. Ou seja, o “capitão” ou “base” detém maior poder do
que qualquer outro jogador, com autoridade de decidir sobre a “vida” e a “morte” dos
demais jogadores. Via de regra, o jogador que assume este papel é o mais
habilidoso, o mais forte e com maior liderança, já aqueles que são escolhidos para
“morrer” no início do jogo, representam os jogadores mais frágeis e menos
habilidosos, e que dificilmente serão os escolhidos como “base”.
A partir dessa exemplificação, entendemos que o jogo praticado nesta perspectiva
reproduz e pode servir para reforçar desigualdades arraigadas no contexto social.
Dessa maneira, é possível garantir o papel da Educação Física no processo de
escolarização, a qual tem, entre outras, a finalidade de intervir na reflexão do aluno,
realizando uma crítica aos modelos dominantes. Intervenção esta que requer um
exercício crítico por parte do professor diante das práticas que reforçam tais
modelos. Exige, também, a busca de alternativas que permitam a participação de
todos os alunos nas aulas de Educação Física.
Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as
suas formas de jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias
culturas, pois Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o
desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do
real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à
137
escola fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos. Não
obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal.
Tanto os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados,
conforme a realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a
valorização das manifestações corporais próprias desse ambiente cultural. Os jogos
também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para que sejam
adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as
possibilidades das ações humanas.
Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,
segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de
sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a
força de dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.
Através do brincar (jogar) o aluno estabelece conexões entre o imaginário e o
simbólico.
Almeja-se organizar e estruturar a ação pedagógica da Educação Física, de
maneira que o jogo seja entendido, apreendido, refletido e reconstruído como um
conhecimento que constitui um acervo cultural, o qual os alunos devem ter acesso
na escola (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de
criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes
desde sua invenção.
A construção do brinquedo era repleta de significados tanto para o pai, que o
construía com as sobras de materiais utilizados em seu trabalho artesanal, como
para a criança, que brincava com ele. Entretanto, com o desenvolvimento da
industrialização, os brinquedos passaram a ser fabricados em grande escala,
perdendo sua singularidade, isto é, tornando-se cada vez mais estranhos aos
sujeitos inseridos nesta lógica de mercantilização dos brinquedos.
Assim, oportunizar aos alunos a construção de brinquedos, a partir de materiais
alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do
(re)aproveitamento de sucatas e a experimentação de seus próprios brinquedos e
brincadeiras, pode dar outro significado a esses objetos e a essas ações
respectivamente, enriquecendo-os com vivências e práticas corporais.
Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os
jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a
138
percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o
interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.
• Ginástica- a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as
possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse conteúdo deve ser as
diferentes formas de representação das ginásticas.
Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a
busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os
modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais,
inclusive na ginástica.
Sob tal perspectiva, foram desenvolvidas técnicas visando à padronização dos
movimentos, a aquisição de força física, privilegiando os aspectos motores e a
vivência de coreografias e gestos normatizados. Nessa concepção, que não
considera a singularidade e o potencial criativo dos alunos, os exercícios físicos
privilegiam um bom desempenho de grupos musculares e o aprimoramento das
funções orgânicas para a melhoria da performance atlética.
Um exemplo é o método ginástico baseado em exercícios calistênicos. A eficiência
do movimento seria alcançada com hierarquização do movimento, de exercícios
mais simples para os mais complexos e pela ordem de comando para que todos os
alunos realizem os mesmos movimentos.
Ampliando esse olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma
gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais
circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica. Contudo, sem
negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência e o
aprendizado de outras formas de movimento.
Como exemplo, além de ensinar os alunos a técnica do rolamento para frente e para
traz, o professor pode construir com eles outras possibilidades de realizar o
rolamento, considerando as individualidades e limitações de cada aluno, fazendo
relações com alguns animais, com movimentos do circo, relacionando com formas
geométricas ou objetos, entre outras.
Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação espontânea
de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas
práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre
outros. Não há necessidade de material específico para realização das aulas, pois a
139
prática pedagógica pode acontecer por meio de materiais alternativos e/ou de
acordo com a realidade própria de cada escola.
Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que
os alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do
próprio corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a
interação, o conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as
possibilidades de significação e representação do movimento.
• Lutas - Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem
fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de
conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de
simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que
permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas
foram ou são praticadas.
Tanto as lutas ocidentais como as orientais surgiram de necessidades
sociais, em um dado contexto histórico, influenciadas por fatores econômicos,
políticos e culturais. Exemplo disso, conforme analisa Cordeiro Jr. (1999), no
contexto histórico feudal japonês, marcado pela tirania dos latifúndios, a luta entre
camponeses e samurais, e/ou entre estes, quando defendiam senhores de terra
diferentes, envolvia golpes de morte. Os camponeses, que precisavam se defender
de samurais armados com espadas, desenvolveram uma prática corporal coletiva –
o jiu-jitsu. Em grupo, atacavam os samurais, imobilizando-os e desarmando-os,
prendendo seus braços e/ou pernas para, rapidamente, derrubá-los e então aplicar-
lhes chaves, torções, etc.
De fato, as lutas desenvolvidas nos diversos continentes estão permeadas por esses
aspectos. Ao se pensar em outra prática corporal genuinamente brasileira, a
capoeira foi criada pelos escravos como forma de luta para se conquistar a
liberdade. Não obstante, hoje ela é considerada um misto de dança, jogo, luta, arte e
folclore (FALCÃO, 2003).
Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as suas
funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo
dos anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade
inicial ligada às técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e
140
combates militares, no entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante
manifestação da cultura corporal.
De maneira geral, as lutas estão associadas ao contato corporal, a chutes, socos,
disputa, quedas, atitudes agressivas, entre outros. Apesar disso, elas não se
resumem apenas a técnicas, que também são importantes de serem transmitidas,
pois os alunos devem ter acesso ao conhecimento que foi historicamente construído.
O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal, a
aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como,
por exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento
da filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo
outro, pois sem ele a atividade não se realizará.
As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de maneira
reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver
capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e
vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando,
sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir
desse conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude
autônoma, decidir pela sua prática ou não fora do ambiente escolar.
Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir dos jogos
de oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode ocorrer em
duplas, trios ou até mesmo em grupos. O objetivo é vencer o companheiro de
maneira lúdica, impondo-se fisicamente ao outro. Além disso, deve haver o respeito
às regras e, acima de tudo, à integridade física do colega durante a atividade.
Os jogos de oposição podem aproximar os combatentes, mantendo contato direto
(corpo a corpo) como o Judô, Luta Olímpica, Jiu-Jitsu, Sumo; podem manter o
colega à distância, como o Karatê, Boxe, Muay Thay, Taekwondo; ou até mesmo ter
um instrumento mediador, como a Esgrima.
Além dos jogos de oposição, para se trabalhar com o conteúdo de lutas, os
professores podem propor pesquisas, seminários, visitas às academias para os
alunos conhecerem as diferentes manifestações corporais que fazem parte desse
Conteúdo Estruturante.
Assim, o que se pode concluir é que a Educação Física, juntamente com as demais
disciplinas do currículo, deve, com seus próprios conteúdos, ampliar as referências
dos estudantes no que diz respeito aos conhecimentos, em especial no campo da
141
cultura corporal. Isso significa desenvolver, por meio das práticas corporais na
escola, conceitos, categorias e explicações científicas reconhecendo a estrutura e a
gênese da cultura corporal, bem como condições para construí-la a partir da escola.
• Dança- O professor, ao trabalhar com a dança no espaço escolar, deve tratá-la de
maneira especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as
possibilidades de superação do limites e das diferenças corporais.
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas
expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam
em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças
folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o professor
poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus
significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada
modalidade de dança, seja contemplada.
A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita
compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências
vividas na escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo
superar os modelos pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de
perceber o mundo (SARAIVA, 2005).
Alguns assuntos podem ser discutidos com os alunos, como o uso exacerbado da
técnica, mostrando que a dança pode ser realizada por qualquer pessoa
independentemente dos seus limites. A dança é uma forma de libertação do ser e
promove a expressão de movimentos.
A discussão pode ocorrer depois de experimentações de improvisação da
dança, sobre a supervalorização da coreografia, fruto do esforço humano em
produzir meios rápidos e eficientes para a realização de determinadas ações, por
meio da criação de técnicas, sejam elas mecânicas ou corporais, como é o caso das
inúmeras coreografias de danças, cujo interesse central está no fazer ou na prática
pela prática, sem qualquer reflexão sobre as mesmas.
Não significa dizer que a coreografia é essencialmente prejudicial ou negativa. Um
exemplo de dança onde ela está presente e que tem íntima relação com o folclore
do nosso Estado é o fandango paranaense. Trata-se de um conjunto de danças,
142
denominado “marcas”, acompanhado de violas, rabeca, adufo ou pandeiro, batidas
de tamanco e versos cantados.
Essa dança se manifesta, atualmente, no litoral paranaense, especialmente na
região de Antonina, Morretes, Porto de Cima, ilha dos Valadares, ilha de
Guaraqueçaba e Paranaguá. Dançado em pares dispostos em círculo, possui
melodias variadas e os movimentos são compostos por tamanqueados, que
exploram passos em forma de “8” ou de arco (PINTO, 2005).
Outras danças que podem ser exploradas são àquelas que retratam a cultura afro-
brasileira. Algumas são compostas por elementos provindos das manifestações que
retomam toda a cultura milenar de aldeias e tribos africanas. Nessas culturas, a
dança está presente, sobretudo no culto à espiritualidade, e faz incorporar os orixás
invocados (FIAMONCINI e SARAIVA, 2003).
Conforme tal concepção, os orixás têm comportamentos semelhantes aos dos seres
humanos e geralmente estão associados a elementos da natureza, como a água, o
ar, a terra e o fogo. O ritmo da dança tem uma batida forte, com uso de tambores,
atabaques e outros instrumentos de percussão, podendo ser confeccionados com
materiais alternativos para que sejam vivenciados os ritmos dessa cultura.
Na prática, o professor poderá aliar aos aspectos culturais e regionais específicos,
vivências desses diferentes estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação
coreográfica e a expressão livre dos movimentos.
Outra maneira de abordagem da dança, nesta perspectiva crítica proposta pelas
Diretrizes, seria problematizar a forma como essa manifestação corporal tem se
apropriado da erotização do corpo, tornando-se um produto de consumo do público
jovem. Outro exemplo seria o professor propor a vivência de uma dança próxima ao
cotidiano do aluno (exemplo: o funk), e depois realizar outra dança de acesso restrito
a esse sujeito (exemplo: a dança de salão), a fim de discutir, com seus alunos, como
se constituíram historicamente as duas danças, quais os seus significados, suas
principais características, vertentes e influências que sofrem pela sociedade em
geral.
Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se constitui
como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar,
pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal,
a cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância
143
para refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao
senso comum.
CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
6º AnoEsporte
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças criativas
Ginástica18)Ginásticas circenses
19)Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
7ª AnoEsporte
Coletivos
144
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
● Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dançao Danças folclóricas
o Dança de rua
o Danças criativas
o Danças circulares
Ginásticao Ginásticas circenses
o Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
8ª AnoEsporte
Coletivos
Radicais
Jogos e brincadeiraso Jogos e brincadeiras populares
o Jogos de tabuleiro
o Jogos dramáticos
o Jogos cooperativos
145
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginásticas circenses
Ginástica geral
Lutasi. Lutas com instrumento mediador
ii. Capoeira
9ª AnoEsporte
Coletivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras1- Jogos de tabuleiro
2- Jogos dramáticos
3- Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
146
ENSINO MÉDIO
1° ANO
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeirasi. Jogos de tabuleiro
ii. Jogos dramáticos
iii. Jogos cooperativos
Dança1- Danças folclóricas
2- Danças de salão
3- Danças de rua
Ginástica Ginástica artística /olímpica
Ginástica de academia
Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação
Lutas que mantém distancia
Lutas com instrumento mediador capoeira
2° ANO
147
Esporte1. Coletivos
2. Individuais
3. Radicais
Jogos e brincadeiras- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Ginástica1. Ginástica artística /olímpica
2. Ginástica de academia
3. Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação
Lutas que mantém distancia
Lutas com instrumento mediador capoeira
3° ANO
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeiras
148
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de salão
Danças de rua
Ginástica Ginástica artística /olímpica
Ginástica de academia
Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação
Lutas que mantém distancia
Lutas com instrumento mediador capoeira
Metodologia
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física na Cultura
Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,
ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de
contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio
corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre
as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar
e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o
senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física
e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões.
149
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio
da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar do histórico de
determinada modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram apresentados de
forma anacrônica e acrítica. No entanto, no encaminhamento proposto por estas
Diretrizes, esse mesmo conhecimento é transmitido e discutido com o aluno,
levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que os
fatos estão inseridos.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo
‘teórico’, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central
a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a
expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e
a reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da
complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no
Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.
Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante jogo, o professor do Ensino
Fundamental pode apresentar aos seus alunos diversas modalidades de jogo, com
suas regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e recriação,
conforme a cultura local. Pode, ainda, discutir em que o jogo se diferencia do
esporte, principalmente quanto à liberdade do uso de regras.
Já o professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo Conteúdo
Estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais em
jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar idéias e atividades
que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de
experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em
que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
150
Avaliação
Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-
pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo
corpo docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos,
considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo
pedagógico:
• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades
propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio
da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa,
situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o
posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se
mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas
ou realizando relatórios.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um
processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96,
em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas
diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a
dança e a luta.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o
professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando
avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e
propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as
dificuldades constatadas.
No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve
buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes
realidades dos alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de
avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o
entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido.
Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos,
dentre outras.
151
No segundo momento da aula, o professor propõe atividades
correspondentes à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um
apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e
técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade
de criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a
capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos
inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX E TERRA, 1998).
Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus
alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de
diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão
corporal. Nesse momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem
aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais
lhes chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam
aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que
possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.
Expectativas de aprendizagem Ensino Fundamental
6º AnoEsporte Conheça a historia do esporte enquanto parte da cultura corporal;
Vivencie aspectos básicos dos fundamentos (movimentos + regras) de esportes
coletivos e individuais que forem trabalhados como conteúdo especifico;
Relacione aspectos do esporte com os jogos, experimentando vivencias lúdicas.
Jogos e Brincadeira
Conheça a origem dos jogos e brincadeiras que forem trabalhados como também
das cantigas de roda;
Vivencie experiências de criação;
Reconheça em suas ações o conceito de “jogar com” no lugar de “jogar contra”
Reconheça a vivencia lúdica;
Aproprie-se da flexibilização, quanto às regras oferecidas nos jogos, vivenciando,
experimentando e criando diferentes formas de jogar.
152
DançaConheça o conceito de dança folclórica;
Conheça os aspectos culturais atrelados a origem e permanência das danças
folclóricas;
Conheça e vivencie os movimentos básicos das danças folclóricas que forem
trabalhadas como conteúdo especifico;
Vivencie movimentos e saiba investigar formas variadas de mover-se
Amplie seu repertorio pessoal de movimentos;
GinásticaVivencie movimentos de transferência de peso, deslocamento, salto, giro, torção,
equilíbrio, desequilíbrio, inclinação, expansão, contração, espalhar, recolher, gesto e
pausa;
Conheça o contexto histórico e origem do circo, como também as alterações de sua
característica cênica;
Conheça e identifique manifestações circenses;
Amplie sua consciência corporal.
LutasVivencie as relações corporais de peso e espaço consigo mesmo e com o outro;
Conheça alguns cantos da capoeira e saiba contextualizá-los.
7º Ano
EsporteConheça a historia e contexto dos esportes escolhidos como conteúdo especifico,
abordando coletivos e individuais;
Conheça e vivencie os fundamentos básicos dos esportes coletivos e individuais que
forem trabalhados;
Compreenda as discussões que provem da reflexão sobre o sentido da competição
esportiva;
Conheça o contexto histórico brasileiro dos esportes escolhidos para serem
trabalhados.
153
Jogos e BrincadeirasConheça o contexto histórico brasileiro dos jogos, brinquedos e brincadeiras que
forem trabalhados como conteúdo especifico;
Conheça as diferenças entre brincadeiras, jogos e brinquedos;
Vivencie experiências de criação.
DançaConheça o contexto histórico brasileiro das danças folclóricas, circulares e de rua
que forem trabalhadas como conteúdo especifico e identifique manifestações destas
danças;
Experimente corporalmente praticas oriundas das danças folclóricas, circulares, de
rua e criativa;
Vivencie movimentos e saiba investigar formas variadas de mover-se
Vivencie experiências de criação;
Vivencie experiências de (re) significação dos movimentos, como também dos
movimentos das danças folclóricas, circulares e de rua.
GinásticaConheça o contexto cultural e origem da pratica da ginástica circense e geral;
Amplie sua consciência corporal;
Vivencie movimentos característicos da ginástica circense e geral.
LutasConheça os aspectos históricos e filosóficos das lutas de aproximação que forem
trabalhadas como conteúdo especifico, como também os da capoeira;
Vivencie movimentos característicos das lutas de aproximação que forem
trabalhadas e da capoeira;
Saiba explorar suas relações de peso e espaço consigo mesmo e com o outro;
Conheça as diferenças históricas entre capoeira Angola e Regional.
8º Ano
Esporte
154
Compreenda as diferenças entre esporte de rendimento, esporte como lazer e
esporte para promoção da saúde;
Identifique, analise e compreenda a influencia da mídia nos esportes;
Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem
Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.
Jogos e Brincadeiras
Conheça e vivencie jogos dramáticos.
Vivencie os jogos de tabuleiro, brincadeiras e jogos populares e os jogos
cooperativos, como também, saibam criar novas formas de jogá-los e de brincar
considerando as características do contexto local e/ou atual, sendo capaz de
ressignificá-los;
Dança
Saiba investigar movimentos;
Amplie seu repertorio particular de movimentos;
Saiba (re)significar e criar movimentos
Conheça e identifique manifestações de dança circular e composições de dança
oriundas de pesquisa de movimento.
GinásticaVivencie e explore o manuseio dos materiais da ginástica circense e seja capaz de
criar formas de move-los, como também de integrar-se na dinâmica destes objetos
corporalmente;
Conheça o contexto histórico da ginástica geral e seu desenvolvimento ate os dias
atuais.
Conheça o contexto histórico e origem das lutas realizadas com instrumentos
mediadores;
Vivencie os movimentos das lutas escolhidas como conteúdo especifico para se
trabalhar com as lutas realizadas com instrumento mediador;
Compreenda os elementos simbólicos da estrutura do jogo de capoeira.
155
9º AnoEsporte
Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem
escolhidos como conteúdo especifico;
Saiba organizar festivais desportivos;
Conheça o contexto social e econômico de diferentes esportes;
Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.
Jogos e Brincadeiras
Vivencie e saiba organizar gincanas e RPG's;
Saiba analisar os jogos considerando: objetivos, o outro, resultados, conseqüências
e motivações.
Dança
Conheça e compreenda a dança como manifestação cultural;
Vivencie e saiba organizar festivais de dança;
Conheça e compreenda elementos estéticos.
GinásticaReconheça a influencia da mídia nos padrões de comportamento do/no corpo;
Conheça e vivencie técnicas básicas da ginástica geral.
LutasSaiba diferenciar as variadas formas como essas lutas se apresentam, tanto a
capoeira quanto as que possuem instrumento mediador, considerando suas
características filosóficas e os contextos históricos.
Expectativas de Aprendizagem Ensino Médio
156
EsporteCompreenda as diferenças entre esporte de rendimento, esporte como lazer e
esporte para promoção da saúde;
Identifique, analise e compreenda a influencia da mídia nos esportes;
Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem
escolhidos como conteúdo especifico;
Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.
Jogos e BrincadeirasParticipe de atividades em grupo, com organização e respeito às diferenças, sendo
capaz de criar situações de aproximação;
Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação dos jogos e brincadeiras
pela industria cultural;
Conhecer os aspectos históricos e filosóficos dos jogos;
Vivencie os jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos, que forem escolhidos
como conteúdo especifico.
DançaCompreenda a influencia da mídia, ciência e indústria cultural nas praticas corporais;
Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação da dança pela indústria
Perceba suas motivações em mover-se, assim como seus processos de criação de
movimento;
Perceba os diferentes estados corporais, ou seja, suas dramaturgias;
Conheça os aspectos históricos e filosóficos das danças folclóricas, de salão e de
rua;
Vivencie as danças folclóricas, de salão e de rua que forem escolhidas como
conteúdo especifico;
Compreenda a dança de rua como viés de um movimento social e seus processos
de comunicação como cultura corporal.
GinásticaCompreenda a influencia da mídia, ciência e indústria cultural nas praticas corporais;
Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação da ginástica pela indústria
cultural;
157
Perceba suas motivações em mover-se, assim como seus processos de criação de
movimento;
Perceba os diferentes estados corporais;
Referências Bibliográficas
BRASIL.Lei nº. 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBN. Brasília, 1996.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para as séries finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba:SEED, 2008.
ACORDI, L. de O.; SILVA, B. E. S. da; FALCÃO, J. L. C. As Práticas Corporais e seu
Processo de Re-signficação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: SILVA, A.
M.; DAMIANI, I. R. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento
Investigativo em Educação Física. 1 ed., v. 01, Florianópolis: Nauemblu Ciência &
Arte, 2005, p. 30-41.
BARRETO, D. Dança...: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:
Autores Associados, 2004.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,
1992.
______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.:
Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.
______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005.
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as diretrizes e bases para o
ensino de primeiro e segundo graus, e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, 12 ago. 1971. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/l5692_71.htm>. Acesso em: 10 jan. 2008.
BRUHNS, H. T. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas: Papirus, 2003.
CANTARINO FILHO, M. A Educação Física no Estado Novo: História e Doutrina.
214f. Dissertação (Mestrado en Educação) – Faculdade de Educação da
Universidade de Brasília, Brasília: UnB, 1982.
158
CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4
ed. Campinas: Papirus, 1994.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80. 97f.
Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.
ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, n. 08, Florianópolis: Ijuí, 1995, p. 91-100.
FALCÃO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí:
Unijuí, 2003, p. 55-94.
FIAMONCINI, L.; SARAIVA, M. do C. Dança na escola a criação e a co-educação
em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2003. p.
95-120.
FRATTI, R. G. Currículo básico para a escola pública do Paraná: busca de uma
perspectiva crítica de ensino na educação física. In: Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, XII, 2001, Caxambu, MG. Sociedade, ciência e ética: desafios
para a educação física/ciências do esporte. Anais... Caxambu,
MG: DN CBCE, Secretarias Estaduais de Minas Gerais e São Paulo, 2001.
GEBARA, A. História do Esporte: Novas Abordagens. In: PRONI, M. W.; LUCENA, R.
de F. (Org.).
Esporte História e Sociedade. 1ed., v.01,Campinas: Autores Associados, 2002,
p.05-29.
GOELLNER, S. V. O método francês e militarização da Educação Física na escola
brasileira. In:
FERREIRA NETO, A. (org.). Pesquisa Histórica na Educação física brasileira. Vitória: UFES, 1996, p.123-143.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à
universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
LEANDRO, M. R. Educação física no Brasil: uma história política. 69f. Monografia
(Licenciatura em Educação Física) - Curso de Educação Física, Centro Universitário
UniFMU, São Paulo, 2002.
159
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez,
1995.
18. 6. INGLÊS
Apresentação Geral da Disciplina
O ensino de Língua Inglesa destina-se a preparar o aluno para lidar com a
linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética,
pois a interação com a Língua Estrangeira revela acesso a várias áreas do
conhecimento. Sendo assim, o ensino da Língua Estrangeira tem como missão
160
contribuir significativamente para que os alunos ampliem sua visão tornando os mais
críticos e atuantes na sociedade.
Para compreender melhor o processo ampliador do uso da língua é
fundamental centrar a presente discussão em uma concepção de língua(gem), que,
para o linguísta Bakthin é diferente dos teóricos estruturalistas, Bakhtin (1986)
escolhe como objeto de estudo a linguagem em uma perspectiva sociointeracionista.
Afirma que a perspectiva sociointeracionista é o fenômeno social da interação
verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações, que constitui a
realidade fundamental da linguagem, compreendida pelo princípio dialógico: “a
palavra constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda
palavra serve de expressão a um em relação ao outro” (BAKHTIN, 1986: 113).
Nessa concepção, o ser humano usa a linguagem para agir no contexto social, pois
língua e linguagem são concebidas como atividades interativas, como forma de ação
social, como espaço de interlocução possibilitando a prática social dos mais diversos
tipos de atos.
Em relação à concepção de língua, Bakhtin afirma que ela é uma abstração
quando concebida isolada da situação social que a determina. Para o autor, “a
língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema
linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”
(BAKHTIN, 1986: 124).
Adotada a concepção sociointeracionista de Bakthin e seguindo as
orientações propostas nas DCEs o ensino da Língua Estrangeira se pautará em
torno de dois grandes eixos: o do uso da língua oral e escrita e o da reflexão acerca
desses usos.
Considerando que toda atividade pedagógica de ensino de Inglês tem uma
determinada concepção de língua (como apresentamos anteriormente a nossa é a
concepção sociointeracionista defendida pelo linguista Bakthin e proposta pelas
DCEs) buscaremos tencionar a percepção dos alunos para os fatos da língua, com
uma tendência centrada na língua enquanto atuação social, enquanto atividade e
interação verbal de dois ou mais interlocutores e, assim, enquanto sistema-em-
função, vinculado, portanto, às circunstâncias concretas e diversificadas de sua
atuação.
Um aspecto a ser trabalhado com os alunos (de todas as séries) é o padrão
culto da língua e o conjunto de variedades determinadas pela situação geográfica,
161
histórica e social, conduzindo-os ao entendimento e questionamento de diversos
níveis da comunicação verbal (entenda-se verbal como comunicação através da
palavra escrita ou oral).
É fundamental levar o aluno a perceber que a língua é dinâmica, em
permanente transformação, e que ela reflete a história do próprio homem. Mas, ao
mesmo tempo, a língua só se atualiza (dinamiza) a serviço da comunicação
intersubjetiva, em situações de atuação social e através de práticas discursivas,
materializadas em textos orais e escritos. E é nesse núcleo que buscamos o ponto
de referência para definir todas as opções pedagógicas voltadas para o ensino da
Língua Inglesa, sejam os objetivos, os programas de estudo e pesquisa, seja a
escolha das atividades e a forma particular de realizá-las e avaliá-las.
Para que aconteça a aprendizagem do aluno, levamos em conta que o
conhecimento implica não no armazenamento em estoque de um conjunto de
informações, de conteúdos e regras, mas sim na existência de uma capacidade
gerativa, isto é, uma capacidade de encontrar novas respostas para problemas
inteiramente novos, em situação. Exploramos, portanto, para respaldar a prática
pedagógica um conjunto de princípios; a oralidade, a escrita, a leitura e a gramática
(gramática não como prática mecanicista, mas sim a análise de como a mesma se
faz presente nas nossas oralidades e textos).
Em linhas gerais o Ensino da Língua Língua Inglesa é a ampliação das
competências comunicativas-interacionistas da própria língua. O estudo se
propiciará dos aspectos oralidade, leitura e escrita. Sendo que esses aspectos serão
estudados através de diversos gêneros textuais e suas tipologias.
A partir dos pressupostos apresentados entende-se que as habilidades a
serem trabalhadas no ensino da Língua Inglesa envolvem as áreas de escrita, leitura
e oralidade (gramática), na perspectiva a seguir proposta.
A gramática terá sua participação na disciplina de Língua Inglesa, porém
como ampliadora da competência comunicativa dos alunos. A gramática será
trabalhada com o objetivo de exercício fluente e relevante da fala e da escrita e não
simplesmente como regras a serem decoradas e não aproveitadas na realidade
cotidiana do aluno.
Tendo como base um mundo globalizado, em que o conhecimento torna-se
cada vez mais importante, é imprescindível a utilização de uma língua universal: a
Língua inglesa.
162
Adotada como língua universal, a língua inglesa tem o papel de ampliar
horizontes e, com isso, facilitar a comunicação entre povo distintos.
A partir de 1961 na tentativa de fazer parte de um mundo globalizado, a
língua inglesa começava a ter maior influência e tornava-se cada vez mais
hegemônica.
Segundo as DCEs, ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira,
pretende-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina de
modo a desnaturalizar os aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos,
econômicos, sociais, culturais e educacionais
Objetivos Gerais Ao ensinar uma Língua Estrangeira, é essencial uma compreensão teórica do
que é linguagem, tendo em mente os conhecimentos para construir significados no
mundo social. Todo significado é dialógico, isto é, constituídos pelos participantes do
discurso.
Para que o processo de construção de significados seja possível, as pessoas
utilizam três tipos de conhecimento: sistêmico (léxico, semântico, morfológico,
sintático, fonético...); conhecimento de mundo; conhecimento de organização dos
textos.
O ensino fundamental tem um valioso papel construtivo como parte integrante
da educação integral. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade
social, política e econômica.
A aprendizagem da Língua Estrangeira, em específico o Inglês, é uma
possibilidade de aumentar a auto percepção do aluno do ser humano e como
cidadão.
CONTEÚDOS
6º ano e 7º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO
163
Discurso como prática social. LEITURA
Identificação do texto ;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos Estilísticos (figuras de
linguagens);
Marcas linguísticas: particularidades da
língua, pontuação,; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias
para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no
texto;
164
Elementos semânticos;
Recursos Estilísticos (figuras de
linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da
língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extras linguísticos: entonação,
pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de falas;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Pronúncia.
8º ano e 9º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social.
CONTEÚDO BÁSICO
LEITURA
Identificação do texto ;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
165
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos Estilísticos (figuras de
linguagens);
Marcas linguísticas: particularidades da
língua, pontuação,; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias
para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos Estilísticos (figuras de
linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da
língua, pontuação, recursos gráficos
166
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extras linguísticos: entonação,
pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de falas;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito.
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Metodologia
Diante da abordagem de ensino por Letramento Crítico, o qual implica em
engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua como prática social, o trabalho com a língua
estrangeira em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as
línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais apara o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e
agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas,
crenças e valores.
167
Possibilita-se, deste modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os
fenômenos lingüisticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam
na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. O texto, nesta
proposta, apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de
desenvolvimento das práticas lingüistico-discursivas.
Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões
sociais emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua
estrangeira, o qual favorece à utilização de textos abordando assuntos relevantes
presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.
Deste modo utilizar-se-á as seguintes metodologias:
- aulas expositivas, internas e externas, com o objetivo da compreensão
gramatical e oral;
- utilização de rádio, televisão, DVD, para compreensão da língua inglesa
falada em seu cotidiano;
- filmes atuais, para perceber as mudanças que ocorrem na língua inglesa;
- valorização das datas comemorativas (dias das bruxas, dia de ação de
graças, tec) e costumes, para aproximar culturas e dar significado ao
estudo da língua inglesa;
- jogos e brincadeiras, ressaltando a importância da atividade lúdica no
ensino da língua inglesa.
Avaliação
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando
que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação
verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor,
entre os alunos da turma, na interação dos alunos com o material didático, nas
conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada e no próprio uso da
língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento dos
pensamentos e das idéias.
Ser ativo neste caso, significa produzir sentidos no processo de compreensão
de textos, tais como: inferir, servindo-se de conhecimentos prévios; levantar
hipóteses a respeito da organização textual, etc. Não se trata, portanto, de testar
conhecimentos lingüistico-discursivos ( de ordem gramatical, dos gêneros textuais,
168
etc) que possibilitam a leitura, mas sim verificar a construção dos significados na
interação com textos e nas produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários
significados são possíveis e válidos.
Critérios de Avaliação
LEITURA
- Espera-se que o aluno compreesão de textos, localização de informações
explícitas e implícitas no texto;
- Amplie seu léxico.
- Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir dos contextos trabalhados.
- Posicionamento argumentativo.
- Ampliação do horizonte de expectativas;
- Percepção no ambiente no qual circula o gênero;
ORALIDADE
- Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
- Apresentação de ideia com clareza;
- Compreenção de argumento no discurso do outro;
- Organização na sequência da fala;
- Exposição objetiva de argumentos;
- Respeito aos turnos de fala;
- Participação ativa em diálogos, relatos, discursos, quando necessário em língua
materna;
- Analise de recursos na oralidade em cenas de desenhos, programas infanto
juvenis, filmes etc.
ESCRITA
- Expressão de ideia com clareza;
- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação e conectores
textuais.
- Elabore textos atendendo as situações de produção proposta (gênero, interlocutor,
pontuação, finalidade do texto).
- Diferenciação do contexto de uso linguagem formal e informal;
169
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS:
- Leitura de textos, interpretação e apresentação de “seminários”.
- Produção de textos.
- Interpretação de textos diversificados.
- Avaliação escrita e oral podendo ser individual ou em duplas de temas trabalhados
na aula, através de leitura de textos, explicações e debates.
Referência Bibliográfica
BAKHTIN, M./VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. (1986).
Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 3. ed. São Paulo,1929.
MICHAELIS. Dicionário Inglês-Português
Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental,
2008.SEED
ROCHA, analuiza Machado & Ferrari, Zuleica Àgueda. Take your time. Moderna:
São Paulo. Books 5,6,7 e 8. 2002.
Keller, Victória – Caderno do Futuro.
Http:www.seed.pr.gov.br/portaldiaadiaeducação.Educadores. Disciplina. Inglês.
Conteúdos Básicos de inglês – 2008.
18.7 HISTÓRIA
Apresentação Geral da Disciplina
Ao estudar história sempre temos em mente estudar fatos do passado que
para muitos não deixa de ser uma coisa chata e cansativa. Claro que isto é resquício
170
de um tempo em que estudar história era decorar um número de perguntas, datas,
nomes de heróis importantes dentro do contexto histórico.
Mas para analisarmos o que estudar historia enquanto disciplina, temos que
fazer uma releitura do ensino de historia ao longo tempo.
O estudo de história inicia com a criação do Colégio Dom Pedro II em 1837 na
então Capital do Império Rio De Janeiro, e neste mesmo é criado o Instituto Historio
e Geográfico Brasileiro (IHBG) que obrigou o ensino de história como disciplina
acadêmica. Os intelectuais do IHBG, foram os primeiros professores do colégio e
também que fizeram o cronograma de conteúdos em que seriam enfatizados no
próprio colégio.
Este ensaio de conteúdos e métodos tinham influência dos conceitos
positivistas, em que não trabalhavam os documentos como fonte primária, mais
pela valorização dos heróis do que das pessoas comuns. Enfatizavam a história da
Europa na os fatos brasileiros quando já um número grande de fatos.
As mudanças no currículo aconteceram, no inicio da República 1889, porém o
Colégio Dom Pedro II ainda era a referência para o ensino de história.
E posteriormente muitas outras mudanças foram acontecendo, dentro da
disciplina de história podemos encontrar o ensino de Estudos Socias e produção dos
primeiros matérias didáticos.
Sob uma perspectiva de inclusão social, a disciplina considera
a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar
demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e
destacam os seguintes aspectos:
• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
Objetivos Gerais
171
A disciplina tem como objetivo, fazer com que o aluno se aproprie do
conhecimento histórico possibilitando que o mesmo promova a sua cidadania que
possa se relacionar perante a sociedade de forma crítica e construtiva, através de
exemplos de acontecimentos históricos. E assim o aluno terá referência de fatos
ocorridos no passado para realizar as transformações do presente.
Para Rüsen (2001, p. 50-51), as orientações e os métodos da pesquisa
histórica são distintos das orientações e dos métodos de ensino de História.
No ensino, considera-se o aprendizado de conceitos históricos que explicam
os processos de mudança da consciência histórica nos alunos, a qual pode ser
expressa de formas diferentes. De acordo com Rüsen (1993a, p. 69-81), existem
quatro tipos de consciência histórica: tradicional, exemplar, crítica e ontogenética.
Para que esse objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, sob a
exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante
considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos:
• múltiplos recortes temporais;
• diferentes conceitos de documento;
• múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
• formas de problematizarão em relação ao passado;
• condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
historicamente; superação da idéia de História como verdade absoluta por meio da
percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.
Conteúdos Estruturantes/Básicos
Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História nestas
Diretrizes são as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais.
Eles tratam das ações e relações humanas no tempo, articulando o ensino e a
pesquisa em História. Os conteúdos estruturantes se desdobram em conteúdos
básicos/temas históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma, todos têm a
possibilidade de relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos
básicos são os temas históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os
fundamentos teórico-metodológicos expressos neste documento.
172
Levando em conta que os conteúdos deverão ser distribuídos em três
trimestres durante o ano no ensino fundamental. Enquanto no ensino médio a
distribuição dos conteúdos será distribuídos em dois bimestres durante o bloco.
Além dos conteúdos básicos, deveram ser articulados com os temas que
contemplam a legislação vigente tais como:
Lei nº 10.639/03 e deliberação do CEE/PR ( história e cultura afro-brasileira)
Lei n º11.645/08 ( história e cultura afro-brasileira, Indígena e africana).
Lei nº 9795/99 ( política Nacional de Educação Ambiental)
Lei n º 13381/01 (História do Paraná )
Lei nº 11343/06 (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas)
Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( Educação Sexual e Prevenção a AIDS e a
DST).
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS: a experiência humana no tempo, os sujeitos e suas
relações com o outro no tempo e as culturas locais e cultura comum.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:
1. Compreenda as diversas formas de temporalidades e de periodizações. Como a
idéia de processo, de continuidade, de ruptura e de simultaneidade.
2. Identifique e perceba as diferenças entre o tempo individual, familiar e social.
3. Entenda como os lugares de memória (museus, arquivos, monumentos) são
Construídos.
4. Analise a construção da memória local e a sua articulação com a memória da
Humanidade
5. Saiba a definição de fontes históricas e de uma tipologia de fontes simples.
6. Compreenda a simultaneidade dos acontecimentos históricos em diferentes
espaços e locais, por meio do estudo de diferentes sociedades históricas da
antiguidade, que em um mesmo tempo histórico foi vivenciado em diferentes
situações.
173
7. Compreenda como os povos indígenas do Paraná, Xeta, Kaigang, Xokleng e
Tupi- Guarani, se organizavam sócio - economicamente.
8. Conheça os povos pré - colombianos, como os maias, os incas e os astecas.
9. Analise a encontro entre os europeus e as populações americanas, ressaltando
as diferenças culturais entre estes povos e as relações de poder estabelecidas entre
eles.
10. Conheça os povos africanos, como o Reino de Kush na Nubia, sobretudo os
aspectos culturais e sua contribuição para a Historia do Br.
11. Compreenda que a cultura comum não se restringe a um grupo especifico e que
tem relação com as outras esferas sociais.
12. Compreenda que as praticas culturais conduzem e estão presentes na vida das
pessoas, e tem seus valores incorporados por elas.
13. Entenda que a cultura local faz parte da cultura comum da sociedade.
14. Analise as manifestações populares no Paraná (a congada, o fandango, cantos,
lendas, rituais e festividades religiosas), como produtos da cultura comum, ou seja,
que foram criadas a partir dos grupos sociais e que por isso adquirem determinados
significados.
7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS: as relações de propriedade, a constituição histórica do
mundo do campo e do mundo da cidade, as relações entre o campo e a cidade e os
conflitos resistências e produção campo/cidade.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:
15. Entenda que o engenho de açúcar constituía elemento chave na colonização
brasileira, bem como a sua importância com espaço de sociabilidade no período.
16. Perceba que a conformação territorial do Brasil colonial ultrapassou as fronteiras
previstas pelo Tratado de Tordesilhas, devido a ação dos colonos e do processo de
colonização na procura de mercadorias vendáveis, bem como de ouro e pedras
preciosas.
17. Conheça o que foram as missões jesuíticas, bem como compreenda as suas
funções e as relações estabelecidas entre jesuítas e indígenas nesses aldeamentos.
174
18. Compreenda a formação das vilas brasileiras no período colonial, a partir da
dinâmica do sistema colonial português.
19. Compreenda a formação das polis gregas, identificando a constituição dos
espaços, destinados a política, ao comercio, a agricultura e ao pastoril.
20. Conheça a organização espacial de algumas cidades pré-colombianas, como
Teotihuacan.
21. Compreenda o processo de ruralização que a sociedade romana passou com a
desagregação do Império.
22. Relacione o renascimento comercial com a formação dos burgos medievais.
23. Compreenda a relação entre o sistema colonial e a constituição dos cabildos nas
vilas na America Espanhola.
24. Analise as especificidades das cidades mineradoras coloniais brasileiras,
sobretudo os grupos sociais, as atividades complementares a mineração e a
constituição do espaço urbano.
25. Estabeleça relações entre o tropeirismo e a economia colonial, bem como a
formação das cidades paranaenses com esta atividade.
26. Analise o processo de constituição das grandes propriedades no Brasil e a
Conseqüente concentração de terra. Sobretudo, a partir da Lei de Terras (1850) ate
os latifúndios do século XX.
27. Compreenda que a luta pela terra no Brasil se constituiu mediante a realidade de
concentração de terras.
8º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS; história das relações da humanidade com trabalho, o
trabalho e a vida em sociedade, trabalhado e as contradições da modernidade, e os
trabalhadores e conquistas de direitos.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:
28. Relacione a forma de sobrevivência com a organização dos primeiros grupos
humanos.
29. Compreenda o escravismo antigo e as formas de resistência dos escravos na
Antiguidade Clássica.
175
30. Analise a constituição das relações de trabalho no mundo medieval, enfatizando
as obrigações servis e os ofícios realizados pelos servos.
31. Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final da
Idade Media.
32. Compreenda que o sistema fabril europeu criou novas formas de organização do
trabalho, como o controle do tempo e do saber do operário.
33. Analise a organização do trabalho em comunidades paranaenses, como:
quilombolas, caiçaras, ribeirinhos e faxinais.
34. Entenda a organização do trabalho na sociedade Inca, analisando modalidades
de trabalho como a ayni (reciprocidade), minga (coletivismo) e Mita (direção estatal).
35. Compreenda a adaptação das modalidades de trabalho preexistente nas
sociedades com as modalidades e os interesses dos espanhóis na America.
36. Identifique e compreenda em quais atividades, o trabalho escravo foi aplicado no
Brasil colônia. Para tanto, deve compreender o trabalho escravo na lavoura de cana-
de-açúcar e no fabrico do açúcar, na mineração, nas fazendas de gado.
37. Entender as revoltas escravas como formas de resistência a escravidão, bem
como identificar outras formas de resistências, como o suicídio, a fuga e a formação
de quilombos.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS: a constituição das instituições sociais, a formação do
Estado, sujeitos, guerras e revoluções.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
46. Compreenda as varias conformações familiares no período colonial brasileiro,
como a patriarcal e a nuclear dos bandeirantes.
47. Conheça as instituições na atualidade e suas mudanças históricas;
48. Compreenda as mudanças na constituição familiar do século XIX de acordo com
as idéias medicas.
49. Analise os vários arranjos familiares no Brasil contemporâneo.
50. Instituições surgidas com a Revolução Francesa;
176
51. Analise as instituições recreativas, como o futebol que de esporte exótico tornou
símbolo nacional.
52. Compreenda os conceitos de Estado, pátria e nação;
53. Compreenda a instituição do estado imperialista e sua crise
54. Analise a formação do estado republicano brasileiro;
55. Identifiquem as características dos Estados Totalitários;
56. Analise a forma de constituição da política populista na America Latina e no
Brasil, considerando-a como uma modalidade política para as massas.
57. Compreenda que o período da Ditadura Militar se configurou como um momento
de grande repressão política.
58. Entenda o processo de redemocratização com a mobilização civil.
59. Analise a relação entre a opção neoliberal dos governos brasileiros na década
de 1990 com o discurso e a política mundial daquele momento.
60. Perceba que o processo de colonização no Paraná foi conflituoso e contou com
a resistência dos grupos indígenas.
61. Compreenda o processo de escravidão africana no Paraná, bem como a
formação de quilombos como forma de resistência a ela.
62. Analise as revoltas do período colonial como formas de resistência as
imposições da coroa portuguesa.
63. Compreenda as revoltas no período imperial como parte do processo de
construção do Estado Nacional, seja a Confederação do Equador como critica ao
poder centralizador de D. Pedro I, seja as revoltas no período regencial que
reivindicavam igualdade de direitos ou melhoria nas condições de vida de uma
população excluída pelo Estado.
64. Entenda os movimentos messiânicos como uma reação as relações capitalistas
que estavam provocando a desintegração das relações tradicionais no campo.
Compreenda que a dimensão religiosa dos movimentos compunha a critica a
sociedade capitalista, bem como promovia o reencantamento daquela população.
65. Compreenda que o cangaço foi uma forma de resistência ao sistema de
exclusão da Primeira Republica.
66. Analise a Revolução Federalista como um movimento de oposição a
centralização do poder federal no inicio da Republica brasileira.
67. Compreenda movimentos como o Tenentismo como formas de protesto e de
reivindicação de mudanças na arena política e social da Primeira Republica.
177
68. Entenda o movimento estudantil da década de 1960 como uma forma de
resistência a Ditadura Militar.
69. Compreenda os movimentos de contracultura, como o movimento feminista e o
negro, como uma forma de propor mudanças nas relações de poder constituídas na
sociedade.
70. Compreenda que a Guerra da Cisplatina e do Paraguai fazem parte do processo
de constituição dos Estados Nacionais na America do Sul e das fronteiras.
71. Entenda o processo de colonização e de resistência das populações locais ao
poder imperialista no século XIX.
72. Compreenda a descolonização no século XX na África e na Ásia como parte do
processo de dominação e de resistência das populações locais.
73. Analise as Guerra Mundiais como uma nova modalidade de Guerra, a Total, que
mobiliza a produção e a economia dos países envolvidos.
74. Analise a Guerra Fria como uma competição entre o bloco capitalista e
socialista, que não promoveu o embate direto dos lideres, Estados Unidos e União
Soviética.
ENSINO MÉDIO
1º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS: trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.
Urbanização e industrialização.
2º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS: o Estado e as relações de poder, os sujeitos as revoltas e
as guerras.
3º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e
relações culturais.
178
CONTEÚDOS BÁSICOS: movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e
revoluções. Cultura e religiosidade.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
75. Compreenda como era organizado o trabalho na sociedade egípcia e Inca,
sobretudo o papel do Faraó e do Inca naquela organização.
76. Identifique a relação de poder entre camponeses e a autoridade, por intermédio
do estudo de fontes históricas do período.
77. Entenda a especificidade do regime escravista na antiguidade, como a
escravidão por divida e por guerra. No caso romano, relacione o aumento no numero
de escravos por meio das guerras de conquista.
78. Perceba, por meio do estudo de fontes históricas, as varias visões sobre a
escravidão na antiguidade.
79. Identifique os esta mentos sociais medievais e as suas funções, bem como
analise as relações estabelecidas entre estes esta mentos.
80. Compreenda por meio da analise de fontes históricas como o discurso da Igreja
Católica justificou a desigualdade social medieval.
81. Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final do
período medieval.
82. Identifique as diferenças entre o trabalho servil e o assalariado.
83. Analise os impactos do sistema fabril nas relações de trabalho, bem como na
sociedade, identificando os sujeitos históricos envolvidos nesse processo como os
operários, operarias, as crianças trabalhadoras e o capitalista.
84. Compreenda as especificidades da escravidão africana no período moderno,
como o trafico de escravos provocou a desorganização dos povos africanos, o
funcionamento do trafico e o seu comercio lucrativo.
85. Analise as relações de trabalho no escravismo no Brasil no engenho de açúcar,
considerando as condições de trabalho e as formas de resistência dos escravizados.
86. Entenda o processo da organização do trabalho escravo para o assalariado no
Brasil do século XIX, compreendendo os vários sujeitos envolvidos, por meio do
estudo dos movimentos, das leis abolicionistas, das políticas de estimulo a imigração
e das narrativas dos primeiros imigrantes das fazendas de café de São Paulo.
87. Compreenda a constituição do espaço da cidade em vários períodos históricos,
percebendo-as como produtos sociais.
179
88. Identifique os efeitos da industrialização no espaço urbano no século XIX, o fato
das cidades terem que se adaptar a nova ordem fabril e ao numero grande de
habitantes.
89. Analise a articulação de um tipo especifico de urbanização com o
desenvolvimento industrial no Brasil, desde as primeiras iniciativas no século XIX
durante a vigência da Tarifa Alves Branco, as primeiras fabricas no inicio do século
XX e a política desenvolvimentista dos governos Vargas e JK.
90. Compreenda a articulação entre o desenvolvimento econômico do Paraná e o a
formação das cidades.
91. Entenda como Estados Teocráticos da antiguidade concebiam a união entre o
poder religioso e o poder temporal.
92. Compreenda as especificidades da democracia ateniense, quanto ao seu
funcionamento e os participantes e excluídos dela.
93. Analise o processo de descentralização do poder medieval, desde o contrato
feudovassalico ate as relações de poder entre senhores feudais e servos.
94. Entenda o processo de centralização do poder na Europa e as características
gerais do Absolutismo, como o poder excessivo do rei, o mercantilismo.
95. Analise a formação do Estado Nacional no século XIX, observando algumas de
suas características, como a autodeterminação dos povos.
96. Entenda a formação do Estado Nacional brasileiro, evidenciando que foi um
processo de elite e que por isso não atendeu a maior parte da população.
97. Compreenda a formação dos Estados latino americanos, demonstrando as
diferenças entre a experiência brasileira e a sul americana.
98. Entenda o contexto de emancipação do Paraná.
99. Analise a construção da Republica brasileira.
100. Identifique e explicar alguns aspectos do coronelismo no Brasil, como o voto de
cabresto, a política dos governadores e a política café com leite.
101. Compreenda o contexto da Revolução de 1930.
102. Analise o Estado Novo como Estado ditatorial, no qual os direitos democráticos
foram suspensos.
103. Entenda o populismo como um fenômeno político do século XX, próprio de uma
sociedade de massa e de sociedade adeptas ate então a um sistema coercitivo
tradicional.
180
104. Entenda a Ditadura Militar como um período de restrições e de perseguições
políticas.
105. Analise o processo de redemocratização na década de 1980.
106. Analise a situação e a ação dos seguintes sujeitos históricos na antiguidade
clássica: as mulheres atenienses, os plebeus e os escravos na sociedade romana.
107. Compreenda as relações de poder estabelecidas entre senhores e servos,
mulheres e homens fieis, hereges e clérigos no período medieval.
108. Entenda as motivações e o funcionamento dos quilombos, no Paraná e no
Brasil.
109. Analise as revoltas do final do século XVIII como formas de resistências ao
poder da metrópole portuguesa.
110. Compreenda as revoltas do período imperial, no Brasil do século XIX, como
uma forma da população se fazer ser ouvida, diante da construção de um Estado
excludente.
111. Entenda movimentos messiânicos, Canudos e Contestado, como reação da
inserção de elementos capitalistas numa sociedade tradicional.
112. Entenda o processo de colonização do século XIX, articulado a mundialização
do capitalismo, bem como as relações de poder estabelecidas entre colonizador e
população local.
113. Conheça as principais características e motivações das revoluções
democraticaliberais no Ocidente.
114. Identifique os elementos que constituem o conceito de Guerra Total aplicado as
Guerras Mundiais, como: a mobilização da produção e da economia para a guerra,
duração mais longa em comparação as outras guerras, o numero de países
envolvidos e o grande numero de vitimas.
115. Entenda a descolonização como parte de um processo de resistência dos
povos locais aos projetos imperialistas.
116. Compreenda a proposta socialista e a sua efetivação em dois casos, a
Revolução Russa (1917) e a Cubana (1959). Identifique as diferenças entre
capitalismo e socialismo.
117. Saiba sobre a existência e as características dos movimentos de resistência a
Ditadura Militar no Brasil.
118. Perceba a construção dos mitos, considerando a sua relação com os valores da
sociedade grega dos séculos VII a II a.C.
181
119. Entenda os personagens e valores ligados ao hinduísmo e ao budismo dos
séculos XVI a IV a.C..
120. Identifique os personagens e valores ligados ao islamismo no Oriente Médio.
121. Identifique os personagens e valores ligados ao judaísmo e ao cristianismo no
Oriente Médio.
122. Perceba os elementos presentes na mentalidade do período que tornou
possível a contestação dos parâmetros da Igreja Católica. Entre estes elementos
pode-se citar o individualismo e a progressiva racionalidade do pensamento
ocidental. Analise os desdobramentos da reforma religiosa como a contra-reforma e
as guerras religiosas.
123. Analise as origens do pensamento renascentista nas universidades medievais,
e entendendo as mudanças na forma de pensar que permitiram a insurgência do
movimento renascentista como o individualismo.
124. Compreenda que as festas populares são produtos sociais e que os elementos
que as compõem, fazem parte da cultura daquele período.
125. Perceba, também, que as festas populares são exemplos da circularidade
cultural, pois muitas vezes ocorrem apropriações por parte de instituições, como a
Igreja Católica, e de grupos sociais de elementos e símbolos culturais que tornam
aquela festa como pratica cultural possível.
126. Compreenda que na década de 1920, ocorreu uma crise de identidade entre a
intelectualidade brasileira, o questionamento da ordem a partir da ótica modernista,
que buscava o “brasileiro”, recolocando a questão do nacional e do tema popular na
cultura brasileira.
Metodologia
Ao se ensinar história temos que partir da hipótese que em história nada é
verdade absoluta que os fatos não são lineares, que a todo o momento fatos são
questionáveis . Que o objetivo da história é trabalhar o processo histórico. Segundo
o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos históricos estão articulados em
determinadas relações causais.
Assim, podemos observar que a história é uma disciplina articuladora dentro
do processo de ensino e aprendizagem ela é investigativa.
182
Mas para se desenvolver o conteúdo de história e a produção de
conhecimento outro fator relevante são os métodos específicos, baseados na
explicação e interpretação de fatos do passado. In: SEED. Diretrizes Curriculares De
História Para O Ensino Médio. 2009.
Outro fato relevante para o ensino de história esta no campo da
problematização dos conteúdos baseada na construção de conceitos, transcrevendo
as experiências sócias, culturais e políticas em que cada sujeito está inserido.
E para que aula de história tenha uma interação concreta a utilização de
materiais de apoio é fundamental para a compreensão do conteúdo proposto.
Podemos, utilizar imagens icnográfcas, livros didáticos e para -didáticos,
jornais, relatos de histórias fragmentadas, fotografias, pinturas, TV pendrive,
laboratório de informática, aula de campo ( visitas a museus), documentos primários,
mapas, tudo é valido para a construção do saber histórico.
AvaliaçãoA avaliação do conteúdo de história tem como objetivo de constatar o que o
aluno assimilou com as atividades desenvolvidas nas aulas, não como algo
classificatória.
O acompanhamento do processo ensino - aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo e,
assim, permitir refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor,
possibilitando o redimensionando deste , caso seja necessário. A avaliação não
deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino aprendizagem.
In: SEED. Diretrizes Curriculares De História Para O Ensino Médio. 2009.
A avaliação do ensino de História nesta Diretriz considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos para tanto o professor tem que utilizar dos
muitos recursos disponíveis para a compreensão do contexto histórico.
Instrumentos avaliativos sugeridos a serem utilizados pelo professor:
Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes
em relação ao tema abordado;
Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de
uma narrativa histórica;
183
Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e
conceitos históricos;
Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura
de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias
em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento.
Avaliação escrita (objetiva e dissertativa),debates em sala, produção de
cartazes e texto, trabalho escrito e apresentando, construção de maquete e
participação em sala de aula (questionamento e argumentação).
Referências Bibliográficas
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
CHARTIER. ROGER. A HISTÓRIA Cultural. Entre práticas e representações. Rio de
Janeiro> Bertrand Brasil. 1997
FOUCAl. Michel. Vigiar e punir. Petrópolis. Vozes. 2001.
GINSBURG. Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das letras.
1987.SCHMIDT. Maria Auxiliadora. CAINELL. Marlene. Ensinar história. São Paulo.
Scipione. 2004.
LLOYD, Christopher. As estruturas da história. São Paulo: Zahar, 1995.
RÜSEN, Jörn. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.
______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In.:
Práxis educativa, v. 1, n.2. Ponta Grossa: UEPG, 2006.
THOMPSON, Edward P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de
Janeiro: Zahar, 1978.
______. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
______. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2004. v. 1.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA -HISTÓRIA - 2009
18.8. GEOGRAFIA
184
Apresentação Geral da Disciplina
É antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no qual se desenrola
sua vida, algumas vezes por curiosidade, outras com fins econômicos ou políticos.
O nascimento da disciplina de Geografia pode ser situado na própria origem
do homem, embora só tenha alcançado a categoria de ciência com o florescimento
da civilização grega.
A área habitável da superfície terrestre apresenta várias características, das
quais uma das mais importantes é a complexa interação dos elementos físicos,
biológicos e humanos, como relevo, clima, água, solo, vegetação, agricultura e
urbanização. Outra característica é a grande variabilidade do ambiente de um lugar
para outro. Outra característica ainda, é a regularidade com que se registram
determinados fenômenos, como os climáticos, o que permite generalizações sobre
sua distribuição espacial.
A Geografia se preocupa particularmente com a localização espacial
(especialmente com a relação entre a sociedade e a terra, da mesma forma que a
ecologia e afinidades), com a regionalização e com a distribuição das áreas.
Pesquisa a respeito dos lugares onde as pessoas vivem, sobre a superfície da Terra
e os fatores (ambientais, culturais, econômicos recursos naturais) que influem nessa
distribuição. Tenta responder a questão e a possibilidade de reconhecer uma região
sobre a qual vive uma população, meio de vida, cultura e relações que ocorrem
entre os diferentes lugares.
Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram em
relatos de viajantes da Grécia antiga. No século III a.C., o grego Erastóstenes de
Cirene, escreveu a Geographica, primeira obra a usar a palavra geografia no título.
Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o
conhecimento clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a época de
Cristo, que se tornou a única referência sobre obras gregas e romanas
desaparecidas. Outra importante contribuição, apesar dos erros que seus estudos
apresentavam, foi a do astrônomo e geógrafo Ptolomeu, do século II da era cristã,
na elaboração da teoria geocêntrica.
Durante a Idade Média, devido à influência do poder político e da Igreja
muitos conhecimentos geográficos foram abandonados. De acordo com Andrade
(1987, p.34).
185
Os monges e os doutores da Igreja procuram desenvolver a fé,
sobretudo quando ameaçada pela expansão muçulmana, e adaptar
todas as ideias e concepções aos ensinamentos bíblicos. Surgiram da
interpretação do texto da Bíblia, dúvidas e contestações à ideia de
esfericidade da Terra, procurando-se justificar outras formas para o
planeta que não contrariassem a interpretação do livro sagrado. (...) A
ideia de que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se para a
Igreja de então uma verdade que não podia ser contrariada, conforma
os ensinamentos dos sábios e santos. Só com a difusão das ideias de
Aristóteles, após o século XII, é que se voltou a admitir, não sem
grandes riscos, a esfericidade do planeta.
Somente após o século XII as questões cartográficas voltaram a ser
discutidas, pois os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para
registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes. A partir de
então a questão da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez mais,
pauta de discussões e de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das
Grandes Navegações. Desde então, a partir do século XVI, as expedições terrestres
passaram a descrever e representar detalhadamente os espaços como rios, lagos,
montanhas, desertos, planícies e também as relações homem-natureza em
sociedades distintas e desconhecidas até aquele momento, com levantamento de
dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos.
Nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar
questões referentes ao espaço e à sociedade os saberes geográficos passaram a
ser evidenciados. Temas como comércio, formas de poder, organização do estado,
produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas
de representação de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.
Porém, até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica. Os
estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em obras
diversas, desde literárias até relatórios administrativos e por isso, “os temas
geográficos estavam legitimados como questões relevantes, sobre as quais cabia
dirigir indagações científicas” (MORAES, 1987, p. 41).
186
Durante o século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que
tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que,
mais tarde, viria ser a atual Alemanha. Estas sociedades tinham como objetivo a
exploração de outros continentes e organizavam expedições científicas para a
África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais dos
mesmos. Devido a estas pesquisas surgiram as escolas nacionais de pensamento
geográfico, destacadamente a alemã e a francesa.
O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt
(1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como
fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O
pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal
representante Vidal de La Blache (1845-1918).
A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-
natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neocolonialista dos
impérios europeus na conquista de territórios da África e da Ásia. Para Ratzel e a
escola alemã. predominava o determinismo geográfico, ou seja, segundo ele a
pessoa é determinada pelo meio, se está na miséria, deve morrer na miséria. Ratzel
não considerava a inteligência como um meio de transformação, já Vidal de La
Blache tinha outra visão, na escola Francesa predominava o possibilismo
geográfico, ou seja, não é o fato de estar na miséria que o sujeito não pode mudar
de situação.
Portanto, para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação sociedade-
natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua
teoria,
Nas diferentes condições de meio em que o homem se encontrou, e tende
primeiro de assegurar sua existência, concentrou tudo o que possuía de
destreza e de engenho para alcançar esse fim. Os resultados que atingiu, por
inferiores que nos possam parecer, testemunham qualidades que não diferem
daquelas que encontram o seu emprego em nossas civilizações modernas
senão pela menor soma de experiência acumulada. Há com certeza
desigualdades e graus diversos na invenção; mas, por toda a parte, o estudo
do material etnográfico denota engenho, mesmo num círculo restrito de
ideias e necessidades. ( LA BLACHE, 1957, p. 176)
187
O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento fundamental
para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato oportunizava
verdadeiras oficinas de civilização. Estes argumentos, embora diferentes dos da
Geografia Alemã, porém da mesma forma, justificavam a colonização dos povos que
construíram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a ideia de missão
civilizadora europeia (MORAES, 1987).
Enquanto na Europa em alguns países a Ciência Geográfica já se encontrava
sistematizada, e presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só
aconteceu mais tarde.
A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou apenas
a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam
compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos
interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico. Para
efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração
mineral, o desenvolvimento da indústria de base e as políticas sociais, fazia-se
necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas
sobre os recursos naturais do país.
Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-se por boa
parte do século XX, caracterizando-se, na escola, pelo caráter
decorativo/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e
fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do
Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários.
Essa corrente teórica e metodológica é conhecida como Geografia Tradicional.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a
Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e
culturais na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos
aspectos. Essas transformações ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da
segunda metade do século XX e originaram novos enfoques para a análise do
espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia.
Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia e a
instalação das empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as
relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas
assuntos ligados a) à degradação da natureza em relação à intensa exploração dos
188
recursos naturais e suas consequências para o equilíbrio ambiental no planeta; b) às
desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico no
modo capitalista de produção em relação à experiência de organização sócio-
espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bipolarizado
e: c) às questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela
internacionalização da economia e pelas relações econômicas e políticas de
dependência materializadas, cada vez mais, nos espaços geográficos dos diferentes
países.
Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda
Guerra Mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto o
desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No
Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60,
que levaram a modificações no ensino de Geografia e na organização curricular da
escola.
O golpe militar de 1964 provocou mudanças em todos os setores sociais,
inclusive no âmbito educacional, pois para todas as reordenações econômicas e
políticas são necessárias adequações da educação aos novos moldes vigentes.
Essa adequação teve como marco o acordo, conhecido como MEC/USAID (Acordo
do Ministério da Educação e Cultura/United Stades Agency International for
Development), que implicou em reformas na educação universitária pela lei 5540/68
e no ensino de 1º e 2º Graus pela lei 5692/71 (PENTEADO, 1994). Essas leis tinham
por finalidade adequar a educação a crescente necessidade de formação de mão-
de-obra para suprir a demanda que, o surto industrial brasileiro, conhecido como
milagre econômico, geraria tanto no campo quanto na cidade.
A valorização de formação profissional contribuiu para transformações
significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Base
da Educação Nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às
ciências humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos sociais que, no
1º Grau envolveria os conteúdos de Geografia e História. No entanto, o que deveria
ser entendido como área de estudo passou a ser visto como disciplina e foi adotada
no 1º Grau, empobrecendo assim os conteúdos das disciplinas fundidas. No 2º Grau
foram impostas as disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e Educação
Moral e Cívica, em prejuízo da Filosofia e da Sociologia, consideradas de
importância secundária para a formação técnica, naquele momento desejada.
189
O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de estudos Sociais,
como já apontado, não garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e
História, o que tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. Mesmo
não atingindo essa inter-relação, a disciplina de Estudos sociais teve um período de
vigência de mais de uma década. Nos anos 80, ocorreram movimentos visando ao
desmembramento da disciplina de estudos Sociais e o retorno da Geografia e da
história.
No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a
Associação Paranaense de História – APAH – promoveu o primeiro encontro
paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas. Desse encontro foi
produzido um documento, enviado à Secretaria de Estado da Educação. disso,
resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual da Educação, permitindo que as
escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia
e História separadamente, desde que respeitando o princípio de integração que
fundamentava o currículo da época (Paraná, Parecer nº. 332/84, 1984, p.9).
Portanto, não houve o desaparecimento imediato do ensino de Estudos Sociais. O
desmembramento em disciplinas autônomas só ocorreu após a resolução nº. 06 de
1986 do conselho Federal de Educação (PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002).
Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação do
pensamento geográfico iniciada após a Segunda Guerra, chegou com força ao
Brasil. As discussões teóricas que se sobressaíram, nessa época, centraram-se em
torno do Movimento de Geografia Crítica. Alguns marcos históricos destacam-se
como emblemáticos e precursores da Geografia Crítica no Brasil. O principal deles;
o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela AGB-
Fortaleza, teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na
publicação do livro de Yves Lacoste (1988), “A Geografia: isso serve antes de mais
nada para fazer a guerra” , livro este considerado um marco para a Geografia
Crítica mundial.
Esse movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os
estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia. A
chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento
geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de
estudo da Geografia, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como
fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
190
A abordagem teórica crítica proposta para o ensino da Geografia, naqueles
documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o espaço geográfico
como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana. A seleção de
conteúdos de Geografia, por sua vez, enfatizava a dimensão econômica da
produção do espaço geográfico, com destaque para as atividades industriais e
agrárias, além das questões relativas à urbanização.
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à
chamada Geografia Tradicional. Nessa ruptura, rejeitou-se, da teoria e do método da
Geografia Tradicional, a abordagem histórica, presa a uma metodologia de ensino
reduzida à observação, descrição e memorização dos elementos naturais e
humanos do espaço geográfico, realizada de maneira fragmentada.
O movimento da Geografia Crítica, ao propor uma análise social, política e
econômica sobre o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia
natureza-sociedade (Geografia Física e Geografia Humana) e das fragmentações
das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das pesquisas e do
ensino sobre a dinâmica da natureza. Por isso, essa proposta não foi imediatamente
compreendida nem aceita por parte dos professores da rede estadual de ensino.
A incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e sofreu avanços e
retrocessos a partir de 80 e 90, pois aconteceram reformas políticas e econômicas
vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação.
Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizavam a
educação (inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a
formação do novo perfil do trabalhador, necessário para o capitalismo no atual
período histórico. Organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial,
passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implantação de
políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas
mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei
de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção,
a poucas mãos, dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Os PCNs a partir de então, apresentaram-se como documento balizador para
as reformulações curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros. As
críticas feitas pelos PCNs de Geografia recaíram sobre as linhas de pensamento
Tradicional e Crítica. Ambas foram acusadas de terem negligenciado a dimensão
sensível de perceber o mundo e a Geografia Crítica, especificamente, de enfatizar a
191
economia e fazer política militante (PCN Geografia Ensino Fundamental, p. 22). Este
documento desconsiderou o esforço de aprimoramento teórico-conceitual que o
movimento da Geografia Crítica vinha fazendo, ao tomá-la pela perspectiva
economicista, que inicialmente foi adotada por alguns de seus autores, mas que,
num movimento de crítica interna, vinha sendo superada. Por sua vez, os PCNs não
apresentaram uma alternativa teórica consistente, mas ao contrário, assumiram um
ecletismo ancorado numa concepção filosófica, no mínimo pouco clara e confusa.
Para Spósito
A assunção de uma tendência conceitual oscila no decorrer dos PCNs, pois
se ela é muitas vezes clara, em outras a concepção apresentada para os
conceitos e categorias centrais dos PCNs e/ou a terminologia utilizada nos
blocos temáticos identificam-se com diferentes correntes teórico-
metodológicas.
(...) No entanto há aspectos que parecem indicar que, em vez de uma
pluralidade que permitisse distinguir as diferentes abordagens, existe uma
indefinição que se aproximaria mais de um ecletismo(...) (1999,p.31).
Os conteúdos vinculados às discussões ambientais e multiculturais foram
mudanças provocadas pelos PCNs. A rigor, os debates sobre cultura e
ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque
na escala mundial desde o final dos anos 60. A presença desses conteúdos nos
PCN se deve ao resgate e aprofundamento das discussões sobre cultura (Geografia
Cultural) e ambiente (Geografia Socioambiental) que, na Geografia, ganharam força
no contexto histórico dos anos 90, tanto com as transformações políticas que
desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países,
quanto com os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e informação que
possibilitam a fragmentação da produção industrial e ampliação do mercado
mundial.
Porém, é preciso lembrar que estes assuntos – questões ambientais e
culturais – estiveram inseridos no temário geográfico desde a institucionalização da
Geografia e foram abordados de várias perspectivas teóricas, das descritivas às
192
críticas. Portanto, apenas inseri-los no currículo, como conteúdos de ensino, não
garante criticidade à disciplina.
Na medida em que a abordagem Socioambiental enfatiza o determinismo
tecnológico e a sustentabilidade percebe-se que a criticidade não aparece nos PCNs
como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de
produção capitalista e a abordagem Cultural destaca a ideia de tolerância e de
convivência tranquila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que estes
apresentem desiguais.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná as ideias
geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e
apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o
Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo
3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos
contemplados, os chamados princípios de geografia que tinha como objetivo
enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais (VLACH,
2004).
Hoje a Geografia procura assumir a interdisciplinaridade, admitindo que esta
posição é profundamente enriquecedora. Conceitos como natureza e sociedade, por
exemplo, se acham dilacerados entre várias disciplinas e necessitam de um esforço
interdisciplinar para serem reconstruídos. Questões contemporâneas, tais como
crise econômica, globalização do sistema financeiro, poder do Estado e sua relação
com a economia e as novas resultantes espaciais das desigualdades sociais e a
espacialização dos problemas ambientais e da biotecnologia favorece a interação
com estas e outras áreas da aprendizagem.
Objetivos Gerais
Para que o aluno seja capaz de construir um conjunto de conhecimentos
referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia, alguns
objetivos serão colocados em prática, fazendo com que ao final do processo o aluno
seja capaz de:
Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza
em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em
sua produção e construção;
193
o Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências
em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que
possibilitem uma participação em questões sociais, econômicas e ambientais;
Compreender que as melhorias nas condições de vida , os avanços tecnológicos e
as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e que
estas não são ainda usufruídas por todos os seres humanos, apesar dos seus
esforços;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço , a paisagem, o território e o lugar , seus processos de
construção , identificando suas relações, problemas e contradições.
o Fazer leituras de imagens, mapas , dados e documentos de diferentes fontes de
informação , de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o
espaço geográfico e as diferentes paisagens;
Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a
espacialidade dos fenômenos geográficos;
Valorizar o patrimônio sociocultural e ambiental, reconhecendo como um direito dos
povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia;
Respeitar as diferenças étnico-culturais dos diferentes povos que contribuíram para
a formação da sociedade brasileira e as diferentes civilizações;
20)Identificar a importância que representa o uso dos recursos naturais para a
sociedade a qual encontra-se inserido e a necessidade de se preservar os
recursos ou fontes ainda disponíveis na natureza;
Compreender que a organização do espaço geográfico mundial é fruto da
produção do trabalho humano, estando em constantes transformações.
Conteúdos Ensino Fundamental
6º ANO
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
Formação e transformaçãodas paisagens naturais e culturais.
1. Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.2. Diferencie as paisagens geográficas.3. Construa os conceito de paisagem e lugar.
194
Dimensão Política do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e Demográfica Espaço Geográfico
Dimensão Socioambiental Espaço Geográfico
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
4. Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.5. Reconheça as relações existentes entre os elementos (rochas, solo, relevo, clima, hidrografia, vegetação) que compõem a natureza e a sociedade.6. Construa os conceitos de paisagem, lugar e natureza.
A formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
7. Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.8. Entenda as formas de apropriação dos recursos naturais pelas diferentes sociedades humanas.9. Compreenda os problemas relacionados ao aproveitamento e a escassez dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a(re)organização do espaço geográfico.
10. Entenda a distribuição das atividades produtivas refletindo na organização do espaço geográfico.11. Compreenda as intervenções da sociedade humana no meio ambiente, decorrente das atividades produtivas.12. Construa o conceito de região e lugar.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
13. Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais e mobilidade populacional.14. Entenda as características que diferenciam o campo e cidade.15. Identifique as atividades econômicas típicas do campo e da cidade.
A transformaçãodemográfica, a distribuiçãoespacial da população e os indicadores estatísticos.
16. Entenda a transformação e a distribuição espacial da população, como resultado de diferentes fatores.17. Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organizaçãoespacial.18. Construa o conceito de sociedade.
A mobilidade populacional e as manifestaçõessocioespaciais da diversidade cultural.
19. Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.20. Compreenda as causas que levam a mobilidade populacionais e suas conseqüências na organização espacial.
As diversas regionalizaçõesdo espaço geográfico.
21. Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
7º ANO
195
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
DimensãoEconômica doEspaço Geográfico
Dimensão Políticado EspaçoGeográfico
Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico
DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçãodo território brasileiro.
22. Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da linguagem cartográfica.23. Reconheça a atual configuração do território brasileiro, definida ao longo dos últimos séculos, através do processo de ocupação e povoamento.24. Identifique o processo de formação do território brasileiro, construindo o conceito de território.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
25. Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.26. Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação dos recursos naturais.27. Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação e as atividades econômicas desenvolvidas.28. Construa o conceito de natureza.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
29. Identifique as diferentes formas de regionalização do espaço brasileiro. A exemplo a divisão do IBGE e a divisão das macrorregiões econômicas.30. Construa o conceito de região.
As manifestações socioespaciais dadiversidade cultural.
31. Compreenda a diversidade cultural e regional no Brasil construída pelos diferentes povos.
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial eindicadores estatísticos.
32. Analise os fatores que determinam a distribuição espacial da população em território brasileiro.33. Verifique as desigualdades sociais do território brasileiro.34. Construa o conceito de sociedade e lugar.
Movimentos migratórios e suas motivações.
35. Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território.36. Entenda o processo de migração e a ocupação do território brasileiro.37. Perceba a migração como fator de crescimento da população brasileira.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
38. Compreenda os fatores naturais e a sua importância no uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.39. Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo.40. Compreenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do
196
território.41. Conheça as diferentes formas de desenvolver a agricultura.
A formação, o crescimentodas cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
42. Entenda o processo de formação e localização dos micro territórios urbanos.43. Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização no Brasil.44. Entenda o processo de crescimento urbano e suas repercussões no meio ambiente.45. Construa o conceito de território.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico.
46. Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades produtivas e as consequentes mudanças nas relações socioespaciais e ambientais.47. Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais.48. Espacialize as atividades produtivas no território brasileiro.
A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.
49. Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão de obra, mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.50. Compreenda as redes de informação e comunicação para a organização das atividades econômicas em território brasileiro e sua importância51. Compreenda a importância dos meios de transporte na integração do território brasileiro.
8º ANO
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
DimensãoEconômica doEspaço Geográfico
Dimensão Políticado EspaçoGeográfico
Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
52. Reconheça as formas de regionalização da América nos diversos critérios adotados, e construa o conceito de região.53. Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leiturização dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.54. Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais, em especial as do continente americano.55. Construa os conceitos de região e lugar.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
56. Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do continente americano, entendendo o conceito de
197
DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico
territórios do continente americano.
território.57. Reconheça as relações de poder na configuração das fronteiras e territórios e a sua importância no contexto mundial.
A nova ordem mundial, osterritórios supranacionais e o papel do Estado.
58. Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e políticas.
O comercio em suasimplicações socioespaciais.
59. Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influencia política e econômica na regionalização do continente americano.60. Entenda o processo de territorialização do comercio no continente americano.61. Reconheça o protecionismo comercial dos países ricos influenciando o comercio dos países pobres, exemplificando o caso da América.62. Construa o conceito de lugar, região, território e sociedade.
A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações.
63. Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação da mercadorias, mão de obra e informações na economia regional.64. Identifique as redes de transporte e sua importância na circulação de mercadorias e mão de obra.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico.
65. Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas, e as suas consequências ambientais e sociais.66. Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.67. Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais.68. Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente americano.69. Construa o conceito de paisagem.
As relações entre o campo e a cidade na sociedadecapitalista.
70. Entenda a produção industrial e agropecuária, e a apropriação dos recursos naturais.71. Compreenda os problemas socioambientais decorrentes da produção industrial e agropecuária.72. Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade em suas implicações socioespaciais.73. Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano.
198
O espaço rural e a modernização da agricultura.
74. Compreenda o processo de modernização agrícola no continente americano.75. Entenda as diferentes formas de organizar o espaço rural na América.76. Reconheça os impactos ambientais decorrentes do processo de modernização agrícola.77. Relacione os elementos naturais (solo, clima, relevo e vegetação) e o desenvolvimento da agricultura.78. Construa os conceitos de natureza, região e território.
A transformação demográficada população, suadistribuição espacial e osindicadores estatísticos.
79. Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.80. Compreenda os principais fatores que definiram a distribuição espacial da população.81. Compreenda a desigualdade social existente no continente americano.82. Construa o conceito de sociedade.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
83. Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.84. Reconheça o processo migratório como fator de crescimento populacional.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
85. Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais.86. Identifique dos conflitos étnicos existentes na América e sua ligação com os demais continentes.
Formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
87. Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea, em especial a americana.88. Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.89. Perceba a relação entre o aumento do consumo e o esgotamento dos recursos naturais.90. Construa o conceito de natureza.
9º ANO
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM1
DimensãoEconômica doEspaço Geográfico
As diversas regionalizaçõesdo espaço geográfico.
91. Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico mundial.92. Construa o conceito de região.93. Identifique a configuração socioespacial
199
Dimensão Políticado EspaçoGeográfico
Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico
DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico
mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.
A nova ordem mundial, osterritórios supranacionais e o papel do Estado.
94. Entenda as relações entre países e regiões no processo de globalização.95. Compreenda a inserção dos espaços numa ordem econômica e política, considerando suas particularidades.96. Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais.97. Reconheça a ONU como um importante organismo supranacional.98. Construa os conceitos de território e lugar.
A revolução tecnicocientifico-informacional e osnovos arranjos no espaço da produção.
99. Compreenda a importância da transformação técnico-científica-informacional em sua relação com os espaços de produção.100. Analise as influencias da revolução técnico-científico-informacional na circulação de mercadorias e nas formas de consumo.101. Entenda a tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
O comercio mundial e asimplicações socioespaciais.
102. Entenda a formação dos blocos econômicos e sua influencia política e econômica na regionalização mundial.103. Entenda a importância econômica, política e cultural do comercio mundial.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçãodos territórios.
104. Compreenda a atual configuração do espaço mundial e suas implicações sociais, econômicas e políticas.105. Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e osindicadores estatísticos da população.
106. Identifique a estrutura mundial da população.107. Analise a distribuição espacial da população mundial.108. Compreenda os indicadores sociais e econômicos da desigual distribuição de renda.109. Identifique os conflitos étnicos e separatistas, e suas consequências no espaço geográfico.110. Construa o conceito de sociedade.
As manifestaçõessocioespaciais da diversidadecultural.
111. Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural.112. Reconheça a globalização como uma das formas de interferência na cultura das diversas sociedades tradicionais do mundo.
200
Os movimentos migratóriosmundiais e suas motivações.
113. Reconheça as motivações que levam a ocorrer os fluxos migratórios mundiais.114. Entenda o aumento no fluxo populacional pelo mundo decorrente do processo de globalização.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaçogeográfico.
115. Compreenda os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas no processo de industrialização, e sua origem.116. Entenda como as atividades produtivas interferem e organizam o espaço geográfico.117. Construa o conceito de natureza.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
118. Relacione as inovações tecnológicas com as atividades produtivas.119. Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.120. Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e produção.121. Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia.122. Construa o conceito de natureza, lugar, região.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
123. Entenda as redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas e sua importância.124. Verifique de que forma o processo de globalização intensificou as redes e os fluxos no espaço geográfico mundial.125. Identifique o transporte aéreo e marítimo como facilitadores no intercambio de mercadorias entre os diferentes países do mundo.126. Construa o conceito de rede.
ENSINO MÉDIO1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEUDOS ESPECÍFICOS
* A formação e
transformação das
paisagens.
* A dinâmica da natureza e
*A evolução da Ciência
Geográfica;
* A origem e formação do
201
DIMENSÃO SOCIAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
*DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
sua alteração pelo emprego
de tecnologias de
exploração e produção.
* A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
Universo
*Orientação no espaço
geográfico.
*Representação do espaço
terrestre através da cartografia
* Fusos horários
*A Terra e seus movimentos no
espaço.
*Evolução geológica da Terra
* A estrutura interna da Terra
- Estrutura Geológica: Rochas e
minerais
- Os agentes internos e externos
de formação e transformação
do relevo
- A formação do solo
* Atmosfera terrestre
- O tempo e o clima
- Questões ambientais – A
politica nacional da educação
ambiental. lei nº 9795/99.
* Hidrosfera: águas continentais
e oceânicas
* Biomas e formações vegetais
202
2° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
*DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
*DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇOGEOGRÁFICO.
*DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
* Formação, mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
* As diversas
regionalizações do espaço
geográfico.
* As implicações
socioespaciais do processo
de mundialização
* O espaço em rede:
produção, transporte e
comunicação na atual
configuração territorial.
* O espaço em rede:
produção, transporte e
comunicação na atual
configuração territorial.
* A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(re)organização do espaço
geográfico.
* A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais
* A transformação
demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos da população.
* O território Brasileiro:
localização, formação e
regionalização.
- a contribuição indigena e
afro na formação da
população brasileira – lei n°
10.639/03 e lei n° 11.645/08
* A estrutura geológica e o
relevo brasileiro
* Dinâmica climática do Brasil
e os problemas ambientais
* As paisagens vegetais do
Brasil e suas características
* A hidrografia brasileira
* A atividade industrial e as
características da indústria
brasileira
* A urbanização brasileira
* Os recursos energéticos
brasileiros
* A atividade agropecuária
no Brasil
* Comércio, comunicações,
transportes e turismo no
Brasil
* Distribuição da população,
crescimento demográfico e
estrutura da população
brasileira
* Os movimentos migratórios
e suas motivações no Brasil
* Geografia do município e
do Paraná (contextualização
203
histórica e geografica
baseado na lei n° 13.381/01:
3° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
* DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
* A transformação
demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos da população.
* Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
* As manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
* As relações entre o campo
e a cidade na sociedade
capitalista.
* A formação, o crescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização recente.
* O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
* As relações entre o campo
e a cidade na sociedade
capitalista
* A revolução técnico-
científica-informacional e os
novos arranjos no espaço
* Dinâmica da População
mundial
- Conceitos, teorias,
estruturas e movimentos
demográficos.
- Crescimento e distribuição
da População mundial e
brasileira
- IDH – Índice de
Desenvolvimento Humano -
PEA – População
Economicamente Ativa
* Agrupamentos urbanos
* Os setores de atividades
econômicas
* O processo de
urbanização no Brasil e no
mundo
- O Estatuto da Cidade e o
Plano Diretor
- Problemas urbanos: a
drogadição e violência
204
da produção.
* As implicações
socioespaciais do processo
de mundialização.
* A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e
o papel do Estado.
urbana
leis n° 11.343/06, lei n°
11.733/97 e lei n° 11.734/97.
* A agropecuária e suas
características
- A questão agrária e a
estrutura fundiária do Brasil e
do Mundo
* Fases do Capitalismo,
Revoluções Industriais ,
Globalização e suas
consequências
* As novas formas de
regionalização e as
desigualdades sociais
* Os conflitos regionais e as
tensões no mundo
* O desenvolvimento
industrial dos países
* Fontes de energia:
utilização e impactos
ambientais
Metodologia
A metodologia utilizada no Ensino de Geografia deve ser aquela que contribua,
ou seja, possibilite ao educando a compreensão de sua posição no conjunto das
relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações, individuais ou
coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza têm consequências, tanto
para si, como para a sociedade. Uma metodologia que permita também fazer com
que o aluno adquira conhecimentos para compreender as diferentes relações que
são estabelecidas na construção do espaço geográfico, no qual se encontra
205
inserido, tanto em nível local como mundial, os avanços na tecnologia, nas ciências
e nas artes como resultantes de trabalho e experiência coletiva da humanidade.
Alguns encaminhamento metodológico, seguem abaixo como propostas de
ações:
Coleta de dados para posterior leitura e análise de resultados obtidos;
Perguntas e suposições acerca do assunto em estudo;
Defesa de um ponto de vista (Debate/Fórum);
Elaboração de hipóteses;
Projetos envolvendo a realidade local;
Leitura, interpretação e produção de textos;
Leitura, interpretação e superposição de mapas;
Interpretação de noticiários diários e a relação com os temas estudados;
Análise e/ou interpretação de gráficos e tabelas;
Elaboração de quadro cronológico/ processo histórico;
Produção de textos a partir de informações diversas;
Interpretação de filmes, documentários e fotos com paisagens retratando as
mais diversas realidades;
Aulas de campo como visitas a indústrias, parques, unidades de
conservação, municípios históricos, portos, Ilhas, pontos turísticos regionais e
outros locais que enriqueçam e auxiliem o educando na compreensão do
espaço geográfico;
Trabalhos em grupos, entre outros.
Uso dos recursos tecnológicos como laboratório de informática, TV pendrive,
entre outros
Avaliação
O processo de avaliação deve considerar a mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstrem o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como
parâmetros de qualidade do ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção
pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a
obediência e a passividade (HOFFMANN, 1993).
206
O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é condicionado pelo
conflito/confronto entre as ideias, os valores, os posicionamentos políticos, a
formação conceitual prévia dos alunos e as concepções científicas sobre tais
elementos. Esse método pedagógico dialético possibilita a (re) construção do
conhecimento, em que o processo de aprendizagem atinge, ao longo da
escolarização, diferentes graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento
cognitivo dos alunos (CAVALCANTI, 2005).
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como
hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das
dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de
conhecimento (HOFFMANN, 1993, p. 21 apud Secretaria de Estado da Educação do
Paraná 1986 )
A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos
nestas Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que
atua em seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou
mesmo transformar esse meio. É esse resultado que se espera constatar no
processo de avaliação do ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como
os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos
geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para
compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos
formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais
e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas
geográficas.
No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que
o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos
do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços
obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter
processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do
sistema de notas.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
207
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
O processo de avaliação deverá ser contínuo e dinâmico, onde o professor
esteja aberto para buscar formas mais criativas e até alternativas para compreender
se o aluno avançou, e como o conhecimento da Geografia faz sentido para esse
aluno hoje e também o fará futuramente.
Várias alternativas poderão diversificar a avaliação, desde trabalhos em
equipes e individuais, pesquisas bibliográficas e de campo, até mesmo provas
individuais e em duplas, com ou sem consulta. Além da análise e interpretação de
gráficos, mapas, tabelas, documentários, entre outros.
Será oportunizada a recuperação de estudos, como forma de garantir
desempenho do educando.
A avaliação é parte integrante do ensino e, por meio dela, o professor estuda,
analisando os dados da aprendizagem, tendo em vista acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem. Portanto, será diagnóstica, somativa, qualitativa,
contínua, permanente e cumulativa, levando em conta as atividades e a capacidade
de síntese e a elaboração pessoal do aluno sempre de forma holística.
Assim, o aluno deverá ser capaz de gerar respostas adequadas aos
problemas atuais através de textos, imagens, produções, etc.
Referência Bibliográfica
ADAS, Melhem. Geografia: O quadro político e econômico do mundo atual São Paulo. Ed. Moderna. 3ª ed. 2001.
ANDRADE, MC DE- Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico1987 – São Paulo: Atlas, 1987.
CAVALCANTI, L. De S. Geografia, escola e construção de conhecimento.
Campinas: Papirus, 1998.
208
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da
Educação, 1999. p.299-309.
COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral e Geografia do Brasil. O Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo. Ed. Moderna. 1ª ed.
2005
LUCCI, Elian Alabi...BRANCO, Anselmo Lazaro....MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Ed. Saraiva. 1ª Ed. 2003.
MORAES, A C. R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.
OLIVA, J. Ensino de Georgafia: Um retrato desnecessário. In CARLOS, A. F. A.
(org). A Geografia na Sala da Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006.
PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006.
RATZEL, F- Ratzel. Geografia do homem (Antropogeografia)Tradução Fátima
Murad. São Paulo: Ática, 1990
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
209
18.9. ENSINO RELIGIOSO
Apresentação Geral da Disciplina
A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas
catequéticas não correspondem mais ao sentido desta disciplina na escola. Os
debates em torno da sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos e a
busca de explicações que justificam as novas configurações da disciplina não se
restringem ao contexto brasileiro.
Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de
um novo enfoque para o Ensino Religioso:
210
●O primeiro, é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional,
laico e que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa.
●O segundo fator, diz respeito à própria maneira de apreender o
conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da
epistemologia, da educação e da comunicação.
●O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma
profunda reviravolta nas concepções.
●Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação
atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações
religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado.
●Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas
aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de
compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida,
condição essencial para a vida em sociedade, marcada pelas exigências do
capitalismo.
O processo de ensino e de aprendizagem defendido, visa à
construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza pela
promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do
confronto de idéias, de informações discordantes e, também, da exposição
competente de conteúdos formalizados.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante
das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da
diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e, de forma
mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a
sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta e
das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos
que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de
disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos
211
escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como
da formação dos professores.
É necessário reafirmar que, no processo de constituição do Ensino Religioso
como disciplina escolar, ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem
tratados na escola, portanto, é importante destacar que para a sociedade as
religiões são confissões de fé e de crença.Dessa forma, reafirma-se o compromisso
da escola com o conhecimento, sem excluir do horizonte os valores éticos que
fazem parte do processo educacional. Nessa perspectiva, todas as religiões podem
ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado
compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de
diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio
dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações
do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina
de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos
no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições
religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Objetivos Gerais
Diferentes manifestações do sagrado, possibilitando a análise e a
compreensão do mesmo como o cerne da experiência religiosa que se expressa no
universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que o sagrado é uma das
formas de expressão empregadas para se explicar os fenômenos que não
obedecem às leis da natureza e compõem o universo cultural de diferentes grupos
humanos. Os objetivos são:
Análise e compreensão das diferentes manifestações do sagrado;
Identificar acontecimentos que marcam a vida em sociedade atribuídos
às manifestações do sagrado;
Reconhecer as religiões como modalidades do sagrado;
Entender o sagrado como meio de compreensão de mundo,
identificando a maneira como o homem religioso vive o seu cotidiano.
Conteúdos
212
6° ANO
Convivência e cidadania (valores)
Religião x religiosidade
Tradições religiosas
A influência da religião na Cultura
Líderes religiosos
O sagrado em nossa vida
Textos sagrados
A linguagem mítica
Os ritos sociais, culturais
Símbolos e ritos das tradições religiosas
A espiritualidade
O transcendente
Manifestações do sagrado
As respostas para a vida, além morte.
7° ANO
Tradições religiosas
Os costumes religiosos do passado
Expressões do sagrado nas várias tradições religiosas
Os símbolos da origem da vida
O papel das tradições religiosas
Nossa herança cultural e transcendente
A descoberta do sentido do transcendente
Guias e líderes nas tradições religiosas
Os escritos sagrados
As atitudes humanas modificam-se iluminadas pelo transcendente
Símbolos religiosos.
A religiosidade humaniza.
As celebrações (festas) religiosas.
213
O transcendente revela-se por meio da experiência humana.
Como as tradições religiosas se comunicam com o transcendente.
Metodologia
É a abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objetivo de
estudos o sagrado, conceito discutido nos fundamentos teórico-metodológicos e que
será a base a partir da qual serão tratados todos os conteúdos de Ensino Religioso,
de acordo com os conteúdos estruturantes: paisagem religiosa, símbolos e textos
sagrados.
Nesse propósito, convém destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas
aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à ausência
ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem
como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e
não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo
escolar.
Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de
pesquisa a ser realizado pelo professor na identificação de referenciais teóricos que
subsidiem o planejamento de suas aulas, recomenda-se que a seleção priorize as
produções de pesquisadores daquela manifestação que se pretende tratar. Este
procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas
com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.
Avaliação
O Ensino Religioso não se constitui como objetivo de reprovação, bem como
não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica
pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.
O que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
sagrado pelos alunos.
A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado
pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem.
214
Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o
professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de
ensino e aprendizagem.
Nessa perspectiva, o professor de Ensino Religioso terá também, a partir do
processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua auto-
avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização
daquilo que já tenha sido trabalhado.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de
retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.
Referências Bibliográficas
Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos;
Caderno de Valores Humanos;
Apostila Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso.
SEED/DEF/Assintec;
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental-
SEED.
18.10. QUÍMICA
Apresentação Geral da Disciplina
O conhecimento científico surge da necessidade humana de
desmistificar o mundo em que está inserido e da tentativa de justificar os fenômenos
que nele ocorrem de forma racional e empírica. Nesta caminhada de construção do
conhecimento cientifico surge conceitos e estudos que afastam da realidade
humana, do senso comum, criando assim um abismo entre duas formas de
conhecimento como se um não existisse sem o outro.
Na realidade, o ensino da química tem neste ponto o grande desafio de
realizar a ponte que liga estes dois universos. Aliando a ciência química, a
215
construção do conhecimento inerente a esta disciplina deve respeitar tanto o lado
científico e tecnológico como principalmente deve valorizar a realidade do educando
a partir do contexto em que está inserido, aproximado o que se ensina do que se
vive. Desta maneira, a construção do conhecimento se dará não só de forma
cognitiva mas também afetiva, fazendo com que o educando não só compreenda o
mundo físico em que vive, mas também interprete-o para a tomada de decisões
criticas e responsáveis, que interfira neste mundo em todos os aspectos: social,
político, econômico, tecnológico, e ambiental.
Para isto o ensino de química de valorizar o contexto histórico em que
tais conhecimentos e conceitos foram construídos; o contexto social e econômico do
educando e sua realidade; desenvolvimento de novas tecnologias. A ponte entre o
senso comum e o conhecimento científico, rompendo e ampliando assim a barreira
do conceito simplório de ciência que investiga a matéria, suas propriedades e
transformações.
Objetivo Geral
Identificar e controlar as variáveis;
Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
Compreender os fatos químicos dentro de visão microscopia (abstração
reflexiva)
Conhecer e aplicar os conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica
(lógico e empírica);
Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química;
Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;
Reconhecer o papel da química no sistema produtivo;
Selecionar procedimentos experimentais pertinentes a uma situação
problemática;
Desenvolver conexões hipotéticas – lógicas (previsões);
Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em química:
os gráficos, as tabelas e relações matemáticas;
Compreensão de dados quantitativos: estimativa, medidas, compreensão de
relações proporcionais;
216
Representação simbólica das transformações químicas e suas modificações
ao longo do tempo.
Reconhecer as tendências e relações a partir de dados experimentais ou a
partir de outros dados (classificação, seriação e correspondência);
Identificar fontes, de informações e de formas de obter informações
relevantes à química (livro, computador, jornais, manuais);
Reconhecimento da interação do ser humano individual e coletivamente com
o ambiente;
Compreensão das relações entre desenvolvimentos científicos, tecnológicos e
aspectos sócio, político e culturais;
Reconhecimentos de limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da química e da tecnologia.
Metodologia
Propões-se que os conteúdos de Química sejam tratados em dois
momentos. No primeiro momento, utilizando-se da vivência dos alunos e dos fatos
do dia-a-dia. No segundo momento, em busca de explicações para os fatos
estudados, passa-se a interpretá-los segundo a necessidade e capacidades de
entendimentos dos alunos.
Os estudantes de nível médio devem ser capacitados a fazer uma leitura
crítica dos acontecimentos ligados à ciência. Combatendo-se o mito de que a ciência
é feita por gênios abnegados, que buscam os conhecimentos desligados das
preocupações materiais. É preciso saber perceber e julgar os interesses econômicos
e políticos envolvidos e o impacto da ciência na sociedade.
A teoria deve sempre combinar com a prática (laboratório).
O aluno do ensino médio deve ter e desenvolver o conhecimento, seleção,
compreensão, tradução, descrição de códigos, textos, análises, problemas,
linguagens, símbolos, variáveis, fatos, fenômenos próprios da Química moderna e
atual, sempre com uma visão crítica e analítica dos fatos envolvidos.
O aluno deve resolver situações com raciocínio, sem se preocupar com
fórmulas matemáticas que depois de memorizadas não tem valor significativo.
217
O aprender é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para
comprovação de idéias científicas, consiste em fazer com que o educando leia o
mundo em que vive, com seus próprios olhos e com os olhos da ciência.
Avaliação
O processo de avaliação tem em Química, com a nova filosofia do Ensino
Médio, a responsabilidade de conduzir os alunos à compreensão melhor do código e
linguagens próprios da química, interpretando gráficos, tabelas e estabelecendo
relações matemáticas, compreendendo a amplitude do universo químico,
conseguindo selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos, possibilitando a
resolução de problemas, sendo capaz de reconhecer os limites éticos e morais que
estão envolvidos no desenvolvimento da química e sua tecnologia.
A avaliação dever´desenvolver conteúdos integrados à vida do educando,
oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica,
sendo este capaz de posicionar-se frente à problemática.
A educação química deverá propiciar a discussão dessa disciplina
fundamentando o educando a desenvolver com mais amplitude as competências e
habilidades que são específicas, onde será capaz de formar indivíduos pensantes e
produtivos perante a competitividade do mercado.
Conteúdos
1° ANOMatéria e sua natureza:●UMA VISÃO DA QUÍMICA
●ESTRUTURA ATÔMICA B ÁSICA
●RADIOATIVIDADE
●CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA
●LIGAÇÕES QUÍMICAS
●FUNÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS:.
●REAÇÕES QUÍMICAS
218
2° ANOBiogeoquímica:●CÁLCULOS QUÍMICOS
●SOLUÇÕES;
●VELOCIDADE DAS REAÇÕES
●EQUILÍBRIO DAS REAÇÕES
●TERMOQUÍMICA
●ELETROQUÍMICA
3° ANOQuímica sintética:●QUÍMICAS ORGÂNICAS
●DIFERENCIAÇÃO ENTRE SUBSTÂNCIA ORGÂNICAS E INORGÂNICAS
●RECONHECIMENTO DE GRUPOS FUNCIONAIS.
●NOMENCLATURA
●PROPRIEDADES
●ISOMERIA
●REAÇÕES ORGÂNICAS
Referência Bibliográfica
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia, saberes necessários â prática educativa.
34 edição. Editora Paz e Terra.
MALDANER, Otavio Aloísio. A Formação Inicial e Continuada de Professores de
Química. 2 edição. Editora Unijui.
GOLDFARB, Ana Maria Alfonso. Da Alquimia à química. Landy editora
219
18.11. ESPANHOL
Apresentação geral da disciplina
O ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, remete diretamente à criação do
sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do prestígio das línguas
estrangeiras nas escolas está relacionada as razões sociais, econômicas e políticas.
Em 2005, como resultado de um processo que se arrastou por anos e
atendendo a interesses políticos e econômicos, foi criada a Lei 11.161, de 5 de
agosto de 2005, que decreta obrigatória a oferta de língua espanhola nos
estabelecimentos de Ensino Médio. A oferta é obrigatória para a escola, mas de
220
matrícula facultativa para o aluno e os estabelecimentos de ensino têm 5 anos, a
partir da data de sua publicação, para implementá-la.
O MEC tem incentivado, desenvolvido parcerias e promovido discussões
sobre o ensino de espanhol nas escolas brasileiras, além de distribuir material de
suporte para professores de língua espanhola.
O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976,
quando esta passa a ser obrigatória, porém, somente no 2o grau, não perdendo o
caráter de recomendação para o 1o grau, desde que em condições favoráveis.
A Língua Estrangeira Moderna, assim como as demais disciplinas, deve ter
como finalidade primordial no trabalho docente o pleno desenvolvimento do
educando, para que seja um cidadão cônscio, crítico, participativo e pró-ativo –
inserido na sociedade local e no panorama internacional.
Na seara pedagógica das Diretrizes Curriculares referentes ao Ensino
Fundamental está explícito: o dever de assegurar ao aluno um embasamento
necessário para dar continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem
como ampliar seus horizontes, tornando-os cidadãos mais críticos e reflexivos.
Sendo uma disciplina, atualmente, preeminente na formação do aluno, torna-o
capacitado para a habilidade comunicativa, o que proporciona ao educando uma
comparação da língua materna com a língua estrangeira estudada.
O ensino deste idioma permitirá que o educando tenha uma concepção
teórica e fundamental do que é linguagem, para a percepção de sua própria cultura
através do conhecimento da cultura de outros povos.
Os tópicos principais nesta proposta são: a cidadania, a consciência crítica de
como a linguagem é usada na sociedade e os aspectos sócio-políticos da
aprendizagem da língua espanhola dentro do trabalho com a leitura, produção oral e
escrita.
A aprendizagem da Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é
meramente um conceito de formas e estruturas linguísticas em um código diferente;
sendo uma experiência de vida a qual amplia as maneiras de se atuar
discursivamente no cotidiano.
A função educacional da Língua Espanhola é importante, com a finalidade de
um desempenho integral do indivíduo, sendo que seu ensino propiciará ao aluno
essa nova experiência de vida, também contribuindo para a capacitação e para a
221
prática de uma aprendizagem não só no uso de línguas estrangeiras, mas também
na compreensão de outras culturas.
Objetivos Gerais
- Desenvolver a abordagem do cognitivismo construtivista, onde a aquisição
da linguagem é entendida como resultado da interação entre o organismo e o
ambiente, através de assimilações e acomodações responsáveis pelo
desenvolvimento da inteligência;
- Dominar por parte do falante a competência comunicativa que são os
valores sócio-culturais da comunidade em que se realiza a comunicação e da
adequação do discurso aos usuários e a intenção do falante;
- Levar em conta uma prática social, interagindo a elaboração de muitos
materiais didáticos centrados na oralidade e organizados a partir de funções da
língua;
- Voltar a competência comunicativa para o uso efetivo da língua e não
apenas para o estudo da ‘língua pela língua’, para a busca da interação e não
apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos, atendendo às
necessidades dos alunos no mundo real;
- Integrar as quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender
auditivamente;
-Produzir significados que são considerados, além da gramática, o contexto
sociolinguístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não linguísticos e
paralinguísticos, assim como a tipologia textual típicas de situações de
comunicação.
- Ofertar no ensino de língua estrangeira nas escolas públicas a contribuição
para a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta;
- Trabalhar a língua enquanto discurso, entendido como prática social
significativa –(oral e/ou escrito);
- Colaborar para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o
aluno consegue perceber-se também como um sujeito histórico e socialmente
constituído;
- Contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as
convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua
222
estrangeira, de forma crítica, percebendo que não há um modelo a ser seguido, ou
uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades que os seres
humanos elegem para regular suas vidas e que são passíveis de mudanças ao
longo do tempo, como a língua, correspondem ao contexto histórico e social de uma
comunidade que está em constante movimento e transformação;
- Prover os alunos com os meios necessários para que não apenas assimilem
o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as
tendências de sua transformação, explicitando as relações de poder que as
determinam.
- Oportunizar a participação do educando na construção de significados
ligados à situação de uso da língua.
- Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos
participativos e transformadores.
- Possibilitar aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas
diversas, bem como as diversas maneiras de se viver a experiência humana.
- Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza
sócio-interacional.
- Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.
Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem
da língua estrangeira que está aprendendo.
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a como
meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;
Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira
e no panorama internacional.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da
disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um
corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
223
estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos,
culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada
gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que
envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio-cultural.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1° ANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Discurso como prática social Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação,
recursos gráficos (como gráficos (como aspas, travessão e
negrito);
224
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intertextualidade;
Intencionalidade do texto;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência
do texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
225
Sugestões de gêneros discursivos para o primeiro ano:
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,
diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,
lista de compras, avisos, música, entrevista,notícia, propaganda, charges,
provérbios, diário, cartoon, narrativa, etc.
2° ANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Discurso como prática social
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua,
pontuação, recursos gráficos (como gráficos (como
aspas, travessão e negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
226
Informatividade (informações necessárias para a
coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Sugestões de gêneros discursivos para o segundo ano:
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,
diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,
227
lista de compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propaganda, charges,
provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, reportagem, slogan,sinopse de filme,,
anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.
3° ANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Discurso como prática social
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua,
pontuação, recursos gráficos (como gráficos (como
aspas, travessão e negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a
coerência do texto);
228
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Sugestões de gêneros discursivos para o terceiro ano:
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,
diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,
lista de compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propaganda, charges,
229
provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, reportagem, slogan,sinopse de filme,
anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.
Metodologia
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de
comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de
partida da aula de língua estrangeira.
O texto trará uma problematização em relação a um tema, pois a busca de
uma solução faz com que o aluno desenvolva uma prática reflexiva e crítica,
ampliando seus conhecimentos linguísticos.
É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros, mas
sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc..
A leitura em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os
diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma
determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo literatura,
publicidade, jornalismo, mídia etc.
O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita
ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira dentro de suas limitações.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sócio-interacional.
Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações
sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividade
diversificada que envolverão uma ou mais habilidades linguísticas (ler, falar,
ouvir,escrever)
230
Entende-se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na construção
do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a outras culturas e no
posicionamento crítico.
O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este se
sinta incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o que o
educando já sabe, abre-se espaço para uma leitura de mundo mais ampla, e para
uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe.
O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades diversificadas ao
educando medidas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a aquisição
progressiva da Língua Espanhola falada e escrita, permitindo assim a compreensão
de textos e a expressão do pensamento. Pode-se trabalhar algumas atividades
como:
Pesquisas de palavras no dicionário (os múltiplos sentidos de uma palavra em
conforto com o apresentado no contexto).
Filmes (ouvir e interpretar);
Produção orais e escritas;
Confecções de cartazes, slogans;
Entrevistas;
Diálogos.
Uso de tipologias textuais diversificadas: trava-línguas, anedotas, provérbios,
charadas, rimas, palavras cruzadas, adivinhas, caça-palavras.
Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em quadrinhos,
anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados, receitas, poemas, bulas,
texto instrucional, narrativo, informativo.
Dramatização, músicas.
Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDS, DVDS.
A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará a
oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas e, como
consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando
assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.
A disciplina de Língua Espanhola abordará e dará enfase aos aspectos da
história e cultura afro-brasileira e indígena em sua metodologia com o objetivo de
valorizar a influência dos negros e índios na formação cultural brasileira, em
231
conformidade com a Lei nº. 11.645/2008 que prevê a abordagem destes conteúdos
no currículo escolar.
Avaliação
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos, superando a concepção de avaliação como
instrumento de classificação e atribuição de nota.
Na verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,
principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas
aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.
Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de trabalhos
encaminhadas aos alunos através de trabalho individuais ou em grupos, atividades
escritas e orais como; diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos, produção
textual, maquetes, teatro, pesquisas, entre outros.
O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de
avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas
produções e o entendimento do seu “erro” como parte integrante da aprendizagem.
Mediante essas constatações o professor pode planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a efetivação da aprendizagem.
A avaliação em Língua Estrangeira Moderna deve ser um processo contínuo,
que possa avaliar o desempenho do aluno durante todo processo visando uma
aprendizagem significativa.
É indispensável considerar que cada aluno tem seu ritmo e processo de
aprendizagem e que uma avaliação formativa e diagnóstica não pode fechar os
olhos diante dessas diferenças. Dessa forma, não se pode conceber a avaliação
centrada apenas em provas, com datas pré-definidas e rituais especiais, mas numa
atitude que se concretiza no dia a dia por meio de práticas diversas.
Os alunos serão avaliados em cada um dos conteúdos básicos que
constituem o trabalho com a língua, a saber:
232
- Na oralidade: a participação dos alunos nos diálogos e atividades discutidas,
a adequação de sua linguagem as diferentes esferas sociais, a clareza e a fluência
na exposição de suas ideias e na defesa de seus pontos de vista.
- Na escrita: a adequação do texto ao gênero, à finalidade, ao interlocutor, a
utilização correta de seus aspectos discursivos-textuais (paragrafação, pontuação,
unidade temática, argumentação).
- Na leitura: a fluência, a compreensão do conteúdo (considerando as
estratégias utilizadas), a localização de informações explícitas e implícitas, as
inferências, a leitura de textos não verbais (gráficos, quadros, esculturas, charges,
quadrinhos).
Referência Bibliográfica
ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
BOURDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: EDUSP, 1996. p.54.
CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.
CORACINI, M.J.R.F. Leitura: decodificação, processo discursivo. In CORACINI,
M.J.R.F. (Org.) O jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e língua
estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.
DONATO, H. Coleção Povos do Passado. S.P. Melhoramentos, 1998
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo.
Curitiba: mimeo, 2004.
LEFFA, V. J. Metodologias do ensino de línguas. In: BOHN, H.I.;VANDRESEN,P.
Tópicos em linguística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis:
Ed.da UFSC, 1988.p. 211-236
MEIRELES, S.M. Língua Estrangeira e Autonomia. In:Educar em revista. Curitiba:
UFPR, 2002.
233
MUSSALIM, F. ; BENTES, A B. Introdução à Linguística – domínios e fronteiras.
Vol. I, II e III. São Paulo: Cortez Editora, 2004.
ORLANDI, E. P. A polissemia da noção de leitura. In:discurso e leitura. São Paulo:
cortez,1999.
ROJO, R.H.R.; LOPES,L.P.M. PCNEM e PCN+ de Línguas Estrangeiras (LE) no Ensino Médio.In: Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004
SARMENTO, S.; MULLER, V. (orgs.). O ensino do inglês como língua estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (GOVERNO DO ESTADO DO
PARANÁ). Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
SOUZA, L.M.T.M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M.J. (Org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. p. 21-26.
VOLPI, M. T. A Formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O Professor de Línguas
Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna - Inglês do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.
ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time. 3ª ed. Reformulado- Ed. Moderna,
2004
234
18.12. FÍSICA
Apresentação Geral da Disciplina
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais, especialmente no que
diz respeito as propriedades e interações da matéria e da energia. Trata dos
componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados
destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza, pois nos
seus primórdios ela estudava, indistintamente, muitos aspectos do mundo natural
[1 ,2].
Como ciência, faz uso do método científico e baseia-se essencialmente na
matemática e na lógica para a formulação de seus conceitos. Sendo assim a
disciplina de Física tem o Universo como seu objeto de estudo, e propõem aos
235
estudantes o estudo da natureza, utilizando modelos elaborados pelo homem para
entender e explicar a natureza.
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE’s) [3] o ensino da
disciplina de Física deve estar focado em conteúdos e metodologias capazes de
levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva
de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. Ainda ela deve educar
para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento
científico sobre o Universo e a não-neutralidade da produção desse conhecimento e
o seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos
e culturais.
Desta forma espera-se que o ensino de Física, no ensino médio, contribua
para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a
interpretação critica dos fatos, fenômenos e processos naturais. E que através do
conhecimento ou do acesso ao conhecimento os alunos sejam capazes de
transformar a sociedade e compreendam criticamente o contexto social e histórico
[3].
E conforme as DCE’s [3] para tanto, é essencial que o conhecimento físico
seja explicitado como um processo histórico (os conteúdos devem ser abordados de
forma a mostrar aos alunos que eles foram construídos historicamente), objeto de
contínua transformação (não pronto e acabado como os livros didáticos mostram) e
associado às outras formas de expressão e produção humanas
(interdisciplinaridade).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais [4] o ensino de Física no
Brasil tem-se realizado freqüentemente mediante a apresentação de conceitos, leis
e fórmulas, de forma desarticulada, distanciados do mundo vivido pelos alunos e
professores e não só, mas também por isso, vazios de significado. Privilegia a teoria
e a abstração, desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento
gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos concretos.
Enfatiza a utilização de fórmulas, em situações artificiais, desvinculando a linguagem
matemática que essas fórmulas representam de seu significado físico efetivo.
Ainda os PCN’s insistem na solução de exercícios repetitivos, pretendendo
que o aprendizado ocorra pela automatização ou memorização e não pela
construção do conhecimento. Sendo a Física apresentada ao aluno como um
produto acabado, fruto da genialidade de mentes como a de Galileu, Newton ou
236
Einstein, contribuindo para que os alunos concluam que não resta mais nenhum
problema significativo a resolver [4].
Mas segundo as DCE’s o que foi exposto acima não deve acontecer e para
que isso não ocorra o ensino de Física deve estar vinculado à experiência cotidiana
dos alunos, procurando apresentar a eles a Física como um instrumento de melhor
compreensão e atuação na realidade. Um dos aspectos fundamentais no ensino de
Física é conhecer como os alunos percebem e compreendem o mundo físico. E a
partir destes conhecimentos é que devemos construir nosso ensino, e não somente
se basear em livros didáticos, mas se basear no cotidiano do aluno [3].
O ensino de Física deve mostrar aos alunos como foi a evolução histórica das
idéias e conceitos físicos e que o conhecimento cientifico é uma construção humana
com significado histórico e social, e deve ser evitado o ensino que privilegie apenas
a memorização de conceitos e definições excessivamente matematizados e
tomados como verdades absolutas, como coisas reais, e o enfoque conceitual deve
ir além da apresentação das equações matemáticas [3].
E sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico uma
construção humana com significado histórico e social e também aberta a influências
externas como qualquer atividade social, devemos mostrar aos alunos que a ciência
(Física) não está pronta nem acabada e não é absoluta. Mas revela ao aluno o
quanto é penoso, lento, sinuoso e violento o processo de evolução das idéias
científicas.
Deste modo, conforme as DCE’s [3] o ensino de Física deve ir vai além da
mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos ele deve abordar
os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma
ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. Sendo
também importante ao aluno compreender, a evolução dos sistemas físicos, suas
aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da
produção científica.
Desta forma é importante que a disciplina de Física faça parte do currículo
escolar, porque ela contribui para que o estudante reconstrua o conhecimento
historicamente produzido, o que se transformará em ferramenta para que ele se
subsidie como ser humano e futuro profissional em uma sociedade em processo de
globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as
tecnologias a sua volta e que o mesmo interage,
237
Metodologia
Sendo o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução e suas
transformações e as interações que nele ocorrem, segundo [3] a disciplina de Física
pode ser dividida em três campos de estudo:
- A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae
naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica). Refere-se ao
estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente nos trabalhos de Newton
e desenvolvida posteriormente por outros cientistas e centra-se nas leis do
movimento dos corpos materiais, sua descrição e suas causas.
- A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,
Kelvin, Helmholtz e outros. Iniciou-se a partir do estudo dos fenômenos térmicos.
Sendo o resultado da integração entre os estudos da mecânica e do calor
- O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de
homens como Ampére e Faraday. Deu-se a partir do estudo dos fenômenos
elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a estudos de diversos cientistas,
entre eles Ampère, Faraday e Lenz. E esse conjunto teórico é conhecido como
Física Clássica.
Como a ciência é uma produção cultural humana, sujeita ao contexto de cada
época, essas três grandes áreas sofreram muitas modificações com o passar dos
tempos, como exemplos no século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos
celestes e terrestres, sendo que suas Leis do Movimento englobaram a Estática, a
Dinâmica e a Astronomia, já no século XIX, os estudos da Termodinâmica, que
tiveram como ponto de partida as máquinas térmicas, unificam os conhecimentos
sobre gases, pressão, temperatura e calor, e ainda no século XIX, Maxwell inclui a
Óptica dentro da Teoria Eletromagnética, concluindo a terceira grande
sistematização da Física ao unir fenômenos elétricos com os magnéticos e a óptica. Desta forma é muito importante que o ensino seja fundamentado na História e na
Epistemologia da Física, sendo assim é possível estabelecer relações entre essa
ciência e outros campos do conhecimento, de modo que os estudantes percebam
essas relações [3].
Sendo a escola o local onde aos alunos adquirem conhecimento cientifico, o
ensino de Física deve-se considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto
238
de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as
concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a
aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico, respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência sendo o professor um
mediador ou um “informante cientifico” e que, compartilhe com os alunos
significados e promova a aprendizagem [3]. Essa aprendizagem significativa só
acontecerá quando as novas informações adquirem significado por interação com o
conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente agregam significados adicionais,
diferenciam, modificam e enriquecem o conhecimento já existente.
O professor deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, e ao
levar em conta esse conhecimento dos alunos o professor deve considerar que a
ciência atual rompe com o imediato, e com o perceptível. E a aprendizagem será
mais proveitosa quando existir uma maior interação entre professor e aluno. Sendo o
professor o possuidor do conhecimento físico, deve ser o centro do trabalho
pedagógico, ajudando e auxiliando os alunos, sendo um sujeito indispensável
processo ensino - aprendizagem, segundo [3].
Os experimentos podem ser os pontos de partida para desenvolver a
compreensão de conceitos e para que os alunos percebam suas relações com as
idéias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de experimentos, jogos e brinquedos
inseridos na busca pedagógica do conhecimento físico, a serviço do sujeito,
proporcionando-lhe acesso ao conhecimento [3]
A matemática não pode ser considerada um pré-requisito para aprender
Física, sempre que possível o professor deve evitar o formalismo matemático, é
necessário que os estudantes adquiram conhecimento físico, dando a ênfase aos
aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático, mas
nunca fazer o contrário.
Conteúdos
Conforme as DCE’s [3] entende-se por conteúdos estruturantes os
conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e
servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos são a base para a
abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o aluno entenda o
objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Em cada conteúdo
239
estruturante existem idéias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos,
que formam uma teoria. Desses estruturantes saem os conteúdos que vão fazer
parte da proposta pedagógica curricular da escola.
Assim o currículo deve ser composto de conteúdos básicos que são os
conhecimentos fundamentais para cada série, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes, derivados dos três estruturantes (Movimento,
Termodinâmica e Eletromagnetismo), de forma a garantir uma cultura científica o
mais abrangente possível, do ponto de vista da Física.
Sendo a disciplina seriada (1 ano, 2 ano e 3 ano) o currículo fica divido da
seguinte maneira: no primeiro ano será abordado o conteúdo estruturante
movimento, no segundo ano será abordado os conteúdos estruturante
termodinâmica e eletromagnetismo (alguns tópicos) e no terceiro ano será abordado
e conteúdo estruturante eletromagnetismo. Os conteúdos básicos abordados estão
listados abaixo e foram retirados da referência [3].
MOVIMENTO
-Conservação de quantidade de movimento.
-Leis de Newton e Gravitação.
-Energia e o Princípio da Conservação da energia.
TERMODINÂMICA
- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica, 2ª
Lei da Termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
- Carga elétrica.
- Corrente elétrica.
- Campo e ondas eletromagnéticas.
- Força eletromagnética.
- Lei de Coulomb.
- A natureza da luz e suas propriedades.
240
Encaminhamento Metodológico
Conforme já foi exposto é de extrema importância que o processo
pedagógico, na disciplina de Física, tenha início com o conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas. No seu dia – dia os alunos desenvolvem suas concepções
espontâneas sobre os fenômenos físicos, na interação com os diversos objetos no
seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de
aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizada sendo a escola o lugar onde se lida com esse conhecimento científico,
historicamente produzido.
O docente deve criar situações de ensino que propiciem um distanciamento
crítico do estudante ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao
mesmo tempo, apresentar uma alternativa, mostrando que o conhecimento
científico pode ser útil e os estudantes devem ser capaz de compreender que o
conhecimento que eles trazem não é definitivo, não se constitui numa verdade
pronta e acabada. E para que ocorra uma aprendizagem significativa, e muito
importante que o professor desempenhe a função de “informante científico” [3],
fazendo a ponte entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno.
Para que se obtenha uma aprendizagem satisfatória e professor consiga fazer
a “ponte” entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno, podem
ser utilizados diversos recursos metodológicos. A referência [3] cita: livros didáticos,
laboratório de informática (internet) e a TV pen drive, sendo consideradas
importantes ferramentas pedagógica a serviço do professor. Outra ferramenta muito
importante também citada em [3] e a pesquisa como parte integrante do processo
educativo e não deve ser deixada de lado. O uso de modelos para descrever
fenômenos físicos, o uso da história da Física, a experimentação, leituras cientificas
e o uso de tecnologias, se mostram ferramentas interessantes para serem utilizadas
pelo professor em suas aulas.
A TV pendrive é um bom exemplo onde o uso de tecnologias pode enriquecer
as aulas. Ela pode ser utilizada da mesma forma que o quadro e o giz, com um
diferencial, permitindo que o conteúdo seja trabalhado de uma forma mais dinâmica,
241
com o uso de slides e vídeos. Também pode ser uma ótima ferramenta para que o
aluno possa melhorar as suas apresentações de trabalhos e seminários.
A informática e a biblioteca disponível na escola podem ser utilizadas para a
pesquisa e durante as aulas a informática sempre que possível será utilizada pelos
alunos para pesquisas direcionadas pelo professor. O livro didático é excelente
ferramenta a serviço do professor e do aluno, porque facilita tanto a vida do
estudante que não necessita copiar o conteúdo do quadro, como a do educador que
não necessita utilizar tanto tempo passando no quadro. Com isso as aulas podem se
tornar mais proveitosas, já que sobra mais tempo para o professor explicar os
conteúdos e acompanhar os alunos nas suas possíveis dúvidas.
A experimentação pode ser utilizada para melhorar o aprendizado do aluno,
porque pode ser utilizada em situações simples que focalizam a mera verificação de
leis e teorias, até situações mais elaboradas que privilegiam as condições para os
alunos refletirem e reverem suas idéias a respeito dos fenômenos e conceitos
abordados. Podendo assim atingir um nível de aprendizado que lhes permita efetuar
uma reestruturação de seus modelos explicativos dos fenômenos [5].
Avaliação
Segundo as DCE’s [3], a avaliação é um instrumento tanto para que o
professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos
escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.
Já segundo [6] a avaliação tem como dimensão de análise o desempenho do aluno,
do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar e sua
principal função é subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no
aperfeiçoamento do ensino.
Também fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais
recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais
efetivo, sendo uma pratica valiosa na qual o desempenho do professor e outros
recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos
previstos e assumidos coletivamente na escola [6]. Podendo, além disso, ser
comparada com um remédio, assim como os remédios, tem propriedades que pode
produzir reações adversas e efeitos colaterais. E ainda mais: que devem ser
242
tomadas precauções ao utilizá-la, e que existem indicações e contra-indicações,
assim como há uma maneira correta de ser utilizada (posologia) [6].
Apesar do sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado
em uma nota para sua aprovação, a avaliação deve ser uma ferramenta que auxilie
o serviço do professor e da aprendizagem dos alunos. A sua finalidade e contribuir
para o crescimento da vida escolar do aluno, sendo um instrumento para intervir no
processo de aprendizagem do estudante. Desta forma, a avaliação proporciona
informações para que tanto o estudante quanto o educador acompanhem o
processo de ensino-aprendizagem [3].
Segundo as DCE’s [3] existem alguns critérios na avaliação de Física que
devem ser verificados:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada.
• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos.
• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos.
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e
as teorias Físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
Os instrumentos de avaliação utilizados serão os mais variados possíveis
(seminários, resolução de problemas com consulta, avaliação sem consulta, relatório
de atividades praticas desenvolvidas, pesquisas diversas, etc, seminários e
apresentações de temas, feira de ciências). Esse instrumentos devem serem
capazes de oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes e
desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento.
Com a avaliação espera-se que o aluno adquira certo conhecimento e na
referência [3] página 93 em diante pode ser encontrado o que se espera do aluno
após a avaliação de cada conteúdo básico.
Como já foi dito vários instrumentos podem ser utilizados na avaliação, mas
em cada bimestre haverá pelo menos uma avaliação formal (avaliação sem
consulta, individual), ficando os outros instrumentos restantes a critério do professor.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) [7] é obrigatório a recuperação de
estudos para os alunos com baixo rendimento, de preferência paralelos ao período
letivo. Desta forma A LDB deixa claro que caso o aluno não atinja 60 % da nota
243
(baixo rendimento), deve ser feita uma retomada de conteúdos e o aluno deve ser
submetido a uma nova avaliação (recuperação), podendo ser paralela.
Então sem contrariar a referência [7] a recuperação será de conteúdos e não
de instrumentos avaliativos, e se dará na forma de blocos de conteúdos. Ao aluno
que não obtiver um aproveitamento satisfatório (menos de 60 % da nota) no bloco
de conteúdo será feito às devidas retomadas dos assuntos abordados e então o
aluno será submetido a uma nova avaliação.
Referências Bibliográficas
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica
[2] http://www.fisica.net/historia/o_que_e_a_fisica.php
[3] Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE’s)
[4] PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN’s).
[5].Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques,
diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de
Física. vol.25 no.2 São Paulo June 2003.
[6] AVALIAÇÃO ESCOLAR LIMITES E POSSIBILIDADES CLARILZA PRADO DE
SOUZA - Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP.
[7] Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
244
18.13. BIOLOGIA
Apresentação Geral da Disciplina
O objeto de estudo da Biologia é o fenômeno Vida e desde os tempos antigos
o homem elabora conceitos, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, com-
preendê-lo. Com a necessidade de garantir a sobrevivência humana, se preocupou
com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais o que o levou a difer-
entes concepções de Vida. Por alguns milhares de anos, esse interesse esteve as-
sociado à magia, ao misticismo e ao mito; tratava-se, portanto, de uma concepção
sobrenatural ao mundo vivo. Gradativamente, porém, esse enfoque sobrenatural foi
perdendo força para as formas ditas naturais de explicação dos fenômenos, o que
certamente inclui o que ocorria com as criaturas viventes.
245
Devido à grande necessidade de organização do conhecimento humano,
houve o estabelecimento de algumas regras, ou seja, a criação do método científico,
conjunto que caracteriza o campo do saber que ficou conhecido como Ciência. For-
mulando hipóteses e elaborando formas de testá-las, novas conquistas foram obti -
das e a Ciência desdobrou-se em novas tecnologias. Ao mesmo tempo dividiu-se
em ramos, cada qual com sua especialidade. Assim, o ramo que se dedicou ao es-
tudo da vida recebeu o nome de Biologia.
A Biologia é hoje uma das áreas do conhecimento que tem crescido em ritmo
acelerado, ampliando a compreensão de tudo o que está ao nosso redor. A divul-
gação desse progresso através dos meios de comunicação tem trazido para dentro
das salas de aula assuntos que despertam muito o interesse dos alunos.
O ensino da Biologia é de fundamental importância para a formação do edu-
cando, que deve procurar construir conceitos científicos sobre sua realidade o que
permite uma compreensão maior e mais racional do fenômeno vida e de suas várias
formas de manifestações, levando a uma concepção de mundo sem superstições e
preconceitos. Conduz ainda a uma reflexão e a um posicionamento mais adequado
e crítico em relação à natureza e ao homem, como indivíduo e como parte da so-
ciedade em que vive e do ambiente que ocupa.
É evidente que os conhecimentos da Biologia e de suas aplicações afetam a
vida de todos nós. Portanto, cada um tem a obrigação de ter alguma preocupação
com esses fatos, não apenas para compreender nossa situação presente, mas tam-
bém para sentir que, obviamente, é necessário melhorar esta situação, sendo um
agente racional, construtivo e modificador, tendo como prioridade a conservação e a
preservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
Objetivo Geral
Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se
manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado
que interage com o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um
fluxo de energia, e relacionar a preservação da vida com a conservação do ambi-
ente.
246
Conteúdos
1º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-
versidade; Manipulação Genética.
BÁSICOS ESPECÍFICOSClassificação dos seres vivos: critérios tax-onômicos e filogenéticos.
-A evolução molecular e o surgimento da vida;-Características dos seres vivos: organiza-ção celular, desenvolvimento, reprodução e evolução;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquími-cos.
-Química da célula;-Estrutura celular: membranas, citoplasma e núcleo;-Tipos celulares e sua morfologia;-Metabolismo celular;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
-A diferenciação celular e a caracterização dos tecidos;-Classificação dos tecidos;
2º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-
versidade; Manipulação Genética.
BÁSICOS ESPECÍFICOSClassificação dos seres vivos: critérios tax-onômicos e filogenéticos.
- Regras de classificação taxonômica;- Classificação botânica e zoológica;- Princípios da classificação filogenética;- Organismos acelulares: Vírus;- Biodiversidade e classificação dos seres vivos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.Mecanismos de desenvolvimento embri-ológico.
- Reino Monera: características e organiza-ção morfológica das arqueobactérias e eu-bactérias;- Reino Protista: características e organiza-ção morfológica de organismos unicelulares e pluricelulares;- Reino Fungi: características e organização anatomomorfofisiológica dos fungos e líquens;- Reino Animal: características e organiza-ção anatomomorfofisiológica dos grupos de invertebrados e vertebrados;
247
- Fisiologia: processos metabólicos dos seres humanos; efeitos do uso de drogas na espécie humana ( Sistema Nacional de Política sobre Drogas – Lei nº 11343/06);- Embriologia animal;- Reprodução e desenvolvimento: sistema genital masculino e feminino; métodos con-traceptivos; DST ( Educação Sexual e Pre-venção à Aids e DST – Lei nº 11733/97 e 11734/97);- Reino Vegetal: características e organiza-ção anatomomorfofisiológica dos grupos vegetais;
3º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-
versidade; Manipulação Genética.
BÁSICOS ESPECÍFICOSTransmissão das características hered-itárias.
- Os trabalhos de Mendel: 1ª e 2ª Lei;- Conceitos fundamentais da genética;- Linkage;- Polialelia;- Herança ligada ao sexo;- Interação gênica;- Anomalias da espécie humana;
Organismos geneticamente modificados. - Biotecnologias;- Nanotecnologias;
Teorias evolutivas. - Conceito de adaptação;- Lamarck e o mecanismo evolutivo;- Darwin e o mecanismo evolutivo;- Neodarwinismo;- Especiação;- Semelhanças embrionárias;- Os fósseis; - A origem da espécie humana ( História e cultura Afro Brasileira e Africana – Lei nº 10639/03);
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdepêndencia com o ambiente.
- Populações e comunidades;- Ecossistemas;-Ciclos biogeoquímicos;- Interações biológicas na comunidade;- Biomas terrestres e aquáticos;- O ser humano no ambiente e o impacto na Biosfera e Modificações no ambiente paranaense ( História do Paraná – Lei nº
248
13381/01 e Política Nacional de Edu-cação ambiental – Lei nº 9795/99
Metodologia
Os desafios de uma nova educação se impõem e ela deve ser repensada de
maneira a dar aos alunos oportunidades de tirarem o melhor proveito do ambiente
educativo em constante transformação.
O professor, ao planejar seu trabalho, deve tomar como ponto de partida os
conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos. Ao contemplar os conteúdos estru-
turantes o que se busca é uma abordagem mais integradora de conceitos dos varia-
dos campos especializados da Biologia, integrando assim os conteúdos estrutu-
rantes, básicos e específicos. Busca-se, também, articular os conhecimentos da Bi-
ologia com conceitos de outras áreas do conhecimento que ajudam na compreensão
dos conteúdos selecionados
O surgimento da vida, a diversidade de seres vivos, a classificação e a consti -
tuição de seus organismos, suas interações com os demais elementos do ambiente,
o aproveitamento de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável, são alguns
dos temas de estudo em Biologia. Dentro destes, devemos escolher os conteúdos
mais relevantes, fundamentais e atualizados, em seguida selecionar as atividades e
experiências que melhor levem à consecução dos objetivos propostos.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes devem ocorrer de forma in-
tegrada de modo que haja uma interação entre os mesmos. Devemos também con-
hecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno,
fazendo com que os mesmos superem suas dificuldades e se tornem sujeitos inves-
tigativos, interessados, que buscam conhecer e compreender a realidade.
O ensino dos conteúdos estruturantes devem, ao longo do período letivo,
seguirem as seguintes estratégias metodológicas: prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e retorno à pratica social.
Como ponto de partida, devemos tomar conhecimento da visão que os
alunos trazem dos conteúdos, criando uma forma de organizá-los a partir da utiliza-
ção dos conceitos biológicos no que diz respeito aos conteúdos estruturantes: orga-
249
nização dos seres vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e manipulação
genética.
A partir de uma visão social do aluno de saber verificar quais questões pas-
sam a ser relevantes no que diz respeito a incorporação desse saber: “ conteúdos
estruturantes” à prática social, sugerindo, então, uma problematização; munindo os
estudantes de instrumentos, através da apresentação de diversos conceitos ligados
aos conteúdos estruturantes de forma que esses mesmos conceitos conhecidos ou
reconhecidos pelos alunos passem a ser utilizados para a melhoria das condições
humanas de sobrevivência em sociedade.
Munidos das ferramentas conceituais que dizem respeito aos conteúdos, o
aluno, então deve, guiado pelo professor, ir aproximando conhecimento e proble-
mas, enchergando-os de forma sistêmica, encontrando meios de resolvê-los ou de
com eles conviver.
A aproximação do problema com a visão sistêmica, adquirida a partir de
apreensão do saber contido nos conteúdos estruturantes de Biologia faz com que o
aluno esteja munido de instrumentos que o transformem em sujeito ativo na so-
ciedade, dono de um saber transformador, conceituado pelo professor e contextual-
izado por ambos, professor e aluno no mundo de hoje.
Avaliação
O processo avaliativo deve ser contínuo e priorizar a qualidade na aprendiza-
gem, verificando o aprendizado do aluno ao longo de todo o processo educativo.
Este tipo de avaliação considera que cada aluno é único em seu modo de aprender,
e faz isto em seu ritmo próprio, fazendo com que o professor diversifique suas es-
tratégias de avaliação.
Em Biologia, são diversos os instrumentos utilizados para analisar o desem-
penho dos alunos e fazer com que os mesmos se integrem ao processo de apren-
dizagem. Mas independente do instrumento utilizado, a avaliação só faz sentido
quando provoca o desenvolvimento do aluno, e deve ser compreendida como prática
emancipadora com a finalidade de obter informações necessárias sobre o desen-
volvimento pedagógico para nele intervir e reformular os processos de aprendiza-
gem.
250
Pretende-se com a avaliação, que o aluno tome conhecimento dos resultados
de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias a fim de apro-
fundar e enriquecer cada vez mais seus conhecimentos.
Segundo as (Orientações Pedagógicas – Ensino Médio por blocos) “ sugere-
se observar alguns critérios de avaliação que envolvem os conteúdos básicos da
disciplina de Biologia. Tomando esses critérios, espera-se que os alunos:
●Identifiquem e comparem as características dos diferentes grupos de seres
vivos;
●Reconheçam e compreendam a classificação filogenética (morfológica, es-
trutural e molecular) dos seres vivos;
●Reconheçam a importância e identifique os mecanismos biofísicos e bio-
químicos que ocorrem no interior das células;
●Reconheçam e analise das diferentes teorias sobre a origem da vida e a
evolução das espécies;
●Compreendam o processo de transmissão das características hereditárias
entre os seres vivos;
●Reconheçam as relações de interdepência entre os seres vivos e destes
com o meio em que vivem;
●Analisem e discutam interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e
bioéticos da pesquisa científica que envolvam a manipulação genética.
Referências Bibliográficas
LOPES, Sônia e ROSSO, Sérgio.Biologia,volume único. São Paulo: Saraiva, 2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume único. São Paulo: Ática, 2002.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universi-
dade de São Paulo, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares
de Biologia ,2008.
251
18.14. FILOSOFIA
Apresentação Geral da Disciplina
Algumas idéias de G. Lebrun são estratégias para a elaboração de uma
concepção de ensino de Filosofia no segundo grau voltada para a determinação do
mínimo e do específico filosóficos; instituindo na importância da constituição de uma
“linguagem/referência/da segurança” e de um repertório, diz Lebrun que os alunos,
através da passagem pelos textos, conceitos e doutrinas filosóficas, aprendem a
marcar o sentido de todas as palavras, educando-se para a inteligibilidade, pois
onde os ingênuos só vêem fatos diversos, acontecimentos amontoados, a filosofia
permite discernir uma significação, uma estrutura.
252
É por isto, diz Lebrun, que os jovens retiram um prazer tão vivo da atividade
que lhe possibilita desenvolver o gosto em identificar o sentido das palavras, em
descobrir essências e estruturas. Porque, continua, até mesmo as crianças, (como)
dizia Hegel, gostam de encontrar um encadeamento e uma conclusão nos contos.
Descrever a filosofia como uma retórica consiste pois somente em comentar o ideal
de inteligibilidade que ela difunde. Insistir na necessidade retórica a que responde
para o adolescente ocidental não significa desprezá-la (...) Filosofar consiste
principalmente em expulsar o acaso, decifar a todo custo uma legalidade sob o
fortuito que se dá na superfície. Especificamente filosófico é o problema de
compreender o funcionamento de uma configuração a partir de uma lei que lhe é
infusa (é preciso que haja uma), conforme a ordem que se exprime nela (é preciso
que haja uma).
Educar para a inteligibilidade, contribuir para a constituição de uma retórica
(de uma língua e de uma linguagem), implicam submeter os interesses dos alunos a
um tratamento que lhe permita descobrir os encadeamentos, a lei, a estrutura que
está ( ou não está) nos discursos por eles elaborados.
Evita-se, assim, que as aulas sejam preenchidas pelo discurso vazio
(geralmente do professor), por simulacros de reflexão, ou então se tornem apenas
uns lugares para se discutir, criticar, etc.
Pois educar para a inteligibilidade significa reafirmar que a crítica não vem
antes das condições que a tornam possível. Portanto, mínimo no ensino de filosofia
não é, certamente, este ou aquele conjunto de tópicos, problemas ou partes da
filosofia. Não é, também, uma coleção de conceitos, textos ou doutrinas. O que
interessa é o foco do trabalho com os alunos.
Objetivos Gerais
- Reconhecer o conceito de filosofia, entendendo que toda a ação humana
baseia-se na racionalidade.
- Mostrar que a racionalidade da ação humana explica a livre escolha e esta
ação deve ser guiada por valores.
- Compreender que toda a atuação humana na sociedade, diariamente é
uma tomada de decisão reflexiva.
253
- Compreensão do funcionamento de uma configuração de pensamento a
partir de uma lei que lhe é própria
- Compreensão de como o pensamento se constitui historicamente.
- Compreender que a organização do mundo moderno é um ato político do
qual todos somos sujeitos.
- Reconhecer a importância da liberdade de expressão, da participação
política e social do mundo atual.
- Perceber que todo progresso econômico social e político e fruto do
trabalho, necessidade natural do homem.
- Atuar na sociedade como agente transformador através do trabalho
consciente.
- Participação democrática na sociedade seja compactuando com ela, seja
transformando-a.
- Desenvolvimento de formas de trabalho integrando-a ao mundo
globalizado.
- Entender que há um conhecimento lógico matemático e outro de caráter
indutivo-esperimental-racional.
- Reconhecer que há diferentes paradigmas científicos.
- Exercitar a leitura filosófica de textos.
- Exercer a argumentação o questionamento e a problematização.
- Reconhecimento da importância da linguagem na comunicação para que
haja conhecimento.
- Valorização da filosofia como ciência e educação científica relacionadas
com as demais práticas sociais.
- Articulação reflexiva das vivências entre linguagem e experiência.
Metodologia
Em termos práticos, a conquista da inteligibilidade pelos alunos pode advir da
proposição, pelo professor, de exercícios operatórios, nas leituras de textos. Nas
redações, nas discussões; na aquisição de uma determinada informação, na
elaboração de um conceito, é preciso levar em conta a qualidade do conteúdo e a
situação de aprendizagem.
254
Em filosofia, os trabalhos operatórios visam ao desenvolvimento de
habilidades em construir e avaliar proposição em determinar os princípios
subjacentes a elas – o que passa pelo sentido das palavras e pela atenção à cadeia
sintática, pelo menos. O pensamento crítico não provém, portanto, da simples
discussão, ou a confrontação de posição contrárias, ou da doação de solução pelo
professor.
A crítica pode ser avaliada pela capacidade dos alunos em formular questões
e objeções de maneira organizada, estruturada (rigorosa). A prática, sempre
interessante, de intrigar os alunos – provocando-os para a dúvida, a produção de
interferências e a articulação de experiência e teoria – é útil, principalmente
naquelas situações em que os alunos não têm condições de aplicar imediatamente
uma regra pelo exercício de uma retórica já desenvolvida. Explorar os trabalhos
operatórios talvez seja o grande caminho do professor de Filosofia.
Ensinar Filosofia enquanto disciplina escolar implica determinar uma ordem
de conhecimentos e práticas a que se poderia denominar ordem da
transmissibilidade, inscrita na própria história da Filosofia. A busca dessa ordem
dedica-se a especificar aquilo que na ação pedagógica é dimensionado como
encenável, embora tendo em vista que não se desdenhe o encenável, este
indeterminado da educação. O foco de atenção de cada disciplina, como se sabe,
diz respeito ao que pode ser ensinado e aprendido (incluindo-se aí o como se
aprende), enquanto processos pensados institucionalmente; isto é, a determinação
do que pode e deve ser apreendido tendo-se em vista as necessidades de formação
e saber inscritos culturalmente e solicitados socialmente. Aquilo que se enuncia pela
designação aula é um espaço em que se efetivam as condições da
transmissibilidade: um trabalho que articula materiais e linguagens, conceitos e
procedimentos, explicando o que, já intrinsecamente na disciplina, é disposição para
a transmissibilidade.
Conteúdos
1º ANO- A história da Filosofia
- Filosofia e Mito
- Filosofia e Ciência
255
- As grandes correntes filosóficas e seus principais representantes
- A grandeza do conhecimento humano
- Ética:
A ação humana enquanto guiada por valores.
O juízo de valor, a idéia do bem, a hierarquia de valores.
A consciência moral e liberal.
Problemas sociais e seu envolvimento com a ética.
A busca do conhecimento do ser para construir aquilo que deve ser.
2º ANOO processo histórico das civilizações com relação aos governos até o Estado
moderno.
A representação política e a noção de poder.
A importância da democracia no mundo atual.
A construção da cidadania.
A escola na formação ética – política.
Filosofia política.
A propaganda e a ideologia.
Virtude: o uso da liberdade com responsabilidade.
Relativismo Ético: a tolerância como virtude.
A ética objetiva.
A realização pelo trabalho.
O processo de alienação ( ideologia da fábrica).
Trabalho alienado.
O consumo alienado.
Relações: pessoal e social alienados.
Valorizar ou abolir o trabalho.
3º ANOTeoria do conhecimento.
Conhecimento e sua possibilidade e alcance.
Lógica – formal.
Lógica matemática.
Lógica como conhecimento formal à prioridade.
256
Racionalismo.
Empirismo.
A razão nas formas segundo Kant.
Metafísica.
Filosofia pós-metafísica.
Papel da linguagem no conhecimento.
Filosofia da Ciência. As revoluções científicas.
Métodos científicos.
Ciência racional – hipóteses e teorias.
Neopositivismo.
Popper e o critério de refutabilidade .
Ciência e técnicas no mundo moderno.
Ciência e Ética.
Ciência a serviço do homem e da sociedade.
Avaliação
Na avaliação de filosofia propõe-se que, qualquer que seja a escolha do
professor quanto ao modo de elaborar um programa, que o trabalho vise a levar o
aluno a ser capaz de: conceituar, problematizar e argumentar. São estas habilidades
que permitem que o educando simultaneamente se capacite a: desenvolver as
seguintes competências: leitura consciente significativa, que compreende um modo
de pensamento reflexivo, capacidade de problematizar, isto é, apropriar-se
reflexivamente do conteúdo, justificação de posições; interpretação com
possibilidades de transferência, de “aplicação” a outros problemas; elaboração de
linguagem teórica, discursiva; constituição de um conjunto de referências que lhe
permita transitar intelectualmente nas relações de conhecimento, de valorização, de
atitudes (interpessoais, sociais, políticas, culturais).
Discussões embasadas nas teorias dos clássicos e na modernidade para
buscar a razão e encontrar a essência do conhecimento fazendo com que o
educando exerça sua função atuando na sociedade contemporânea.
257
Referência Bibliográfica
GRAMSCI, A. Escritos políticos. Vol. I. Lisboa: Seara Nova, 1976
MORAES, A. C. Por que sociologia e filosofia no ensino médio? In. Revista de
Educação. São Paulo: Apeosp, nº 10, p. 50-53, Abril, 1999.
SEVERINO, A. J. A filosofia na formação do jovem e a ressignificação de sua
experiência existencial. São Paulo: 2002. Disquete.
________________. Filosofia e Ciências Humanas no ensino de 2º Grau: uma
abordagem antropológica da formação dos adolescentes. In. QUEIROZ, J. J. (org.)
Educação Hoje: educação e polaridades. São Paulo: FECS/USF, 1997. p. 101-109
DCE - Diretrizes curriculares de Filosofia para o ensino médio, 2006. SEED.
18.15. SOCIOLOGIA
Apresentação Geral da Disciplina
Desde tempos antigos já havia a necessidade ou a curiosidade de entender o
homem e suas relações.
Os gregos antigos foram os primeiros a se perguntarem a respeito do que os
rodeava e sua interação com o mundo e os demais. Foram os criadores do
pensamento “crítico filosófico”, tendo como importantes pensadores Platão e
Aristóteles, diziam eles que o “ homem é um ser social”.
Muito tempo depois, na Idade Média, com o predomínio da fé e da
religiosidade para explicar e justificar tudo o que acontecia ou como deveria se
comportar o homem, houve o extremismo por parte da Igreja Católica. Qualquer
pensar ou agir diferente das normas vigentes era considerado pecado e sujeito a
severas punições, o que impossibilitava ao homem se indagar de sua realidade e
conseqüências na sua vida.
258
Um pouco antes do século XV começou a surgir uma renovação cultural
chamada Renascimento. Resgatavam o pensamento”crítico filosófico” grego,
rejeitando os moldes vigentes, repudiando o radicalismo religioso, influenciando a
arte, a ciência, a literatura e a filosofia.
Um dos primeiros foi Nicolau Maquiavel, com o livro “O Príncipe”, onde indaga
sobre a capacidade de manipulação de um governante para conquistar e se manter
no poder.
Aí aparecem as idéias ou pensamentos de que o homem não só vive e deixa
viver mas que ele pode e deve participar da sociedade. Surge o antropocentrismo, o
homem passando a ser o centro dos acontecimentos, o agente modificador da
sociedade.
Continuando esse pensamento crítico, nos meados do século XVIII, aparece o
Iluminismo na Europa, inicialmente na França e Inglaterra.
Com o enfoque para a ciência e o racionalismo, combatiam as do
Absolutismo, onde o rei era supremo representante divino na terra. Não mais se
justificava a vida e a sociedade de outra forma que a racional.
Teve muitos expoentes, mais os principais foram: Voltaire que defendia a
razão e combatia o fanatismo religioso; Jean-Jacques Rosseau. Defensor da
democracia e estudioso das causas das desigualdades sociais; e Montesquieu, que
criticava o absolutismo e defendia a separação dos poderes.
Vale salientar que com as idéias do Iluminismo, os estudiosos começaram a
pensar no homem e suas relações, nada havia de se falar em uma ciência da
sociedade.
Dois grandes fatos históricos aconteceram conjuntamente com o Iluminismo
para alavancar o nascimento da Sociologia como ciência: a Revolução Francesa e a
Revolução Indistrial. Essas revoluções são marcos de passagem da sociedade pré-
capitalista para a sociedade moderna, fatos que provocaram intensas e profundas
mudanças na ordem geral.
A sociologia surgiu para compreender esses fenômenos sociais que alteraram
definitivamente o comportamento da sociedade.
259
REVOLUÇÃO FRANCESA
A França Passou por um processo longo e lento que culminou na “ Tomada
da Bastilha”, um dos símbolos da Revolução francesa. Em 1789, uma revolta política
pôs fim ao sistema monárquico francês, o Antigo Regima.. Na última fase do antigo
regime, a autoridade máxima e o poder absoluto estavam nas mãos do rei Luís XVI.
A nobreza e o clero eram classes privilegiadas, já as massas populares e os
pequenos proprietários sofriam com a miséria e a carestia; a classe média em
desenvolvimento não agüentava os altos impostos taxados pela monarquia.
A irresponsabilidade e total desconsideração da classe dominante pelos
menos favorecidos culminaram com o fim violento da monarquia, sob a bandeira
popular da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial conseguiu prosperar e se fortalecer devido a vários
fatores, principalmente à estabilidade política conjuntamente com a próspera
economia.
Desde as “Cruzadas”, realizadas pela Igreja Católica e da época das grandes
navegações, criou-se um importante canal de circulação de riquezas entre o
ocidente e o oriente, surgindo importantes núcleos urbanos chamados burgos. Mais
tarde vieram a ser as novas cidades.
As corporações de ofício se fortaleciam e a idéia de lucro se enraizava.
Transformadas mais tarde em manufaturas, os comerciantes viram que teriam mais
lucro se reunissem os artesãos e separassem as tarefas. Com o advento das
máquinas, surgiram as primeiras fábricas.
CRISES SOCIAIS
Se, de um lado , temos a França totalmente agitada pela revolução que
originou a primeira democracia moderna, de outro, temos a Inglaterra em acelerado
crescimento industria.
Famílias inteiras rumavam para os centros urbanos, expulsos de suas terras,
a procura de trabalho nas fábricas, uma vez que, com o surgimento das indústrias, a
260
profissão de artesão deixou de ser valorizada. Esses ex-artesãos e suas famílias
habitavam em condições precárias nas cidades. Nas fábricas eram sujeitos a todo
tipo de exploração, sem garantia de emprego, com salários miseráveis, onde
mulheres e crianças eram submetidos a longas e desgastantes jornadas de trabalho.
O estilo de vida das pessoas estava se transformando, levantamentos
realizaods na época mostram que em centros urbanos a delinqüência, a prostituição,
os mendigos e o homicídio alcançaram números elevadíssimos.
Surgem duas classes distintas: a dos banqueiros e empresários, chamada de
classe burguesa e o proletariado, a classe assalariada.
Todo o quadro europeu passava por profundas mudanças, com a
consolidação do sistema capitalista, a valorização da ciência,a abertura de
mercados mundiais e pelos conflitos entre a burguesia enriquecida e os miseráveis
dos operários.
Diante de tudo isso, é que a Sociologia começa a ser pensada como
ferramenta de reflexão sobre a sociedade que surgia. Suas teorias surgem para
entender os problemas sociais e ajudar a encontrar soluções.
Objetivo Geral
O objetivo geral é garantir ao aluno a percepção histórica do dualismo
tradição e modernidade e a emergência do saber sociológico como definidor dessa
oposição. O século XIX foi palco de mudanças nas políticas, ao implantar a primeira
democracia moderna e institucionalizar os direitos civis. Através da Revolução
Industrial, houveram profundas modificações do modo de pensar rural centrado na
estrutura social estática e na concepção de tempo orientada pela natureza, para um
pensar moderno e racional, baseado no pensar urbano.
Do parecer social, tal complexidade de transformações promoveu a
emergência do mercado de trabalho, de novos grupos sociais referenciais, novos
meios de produção e execução do trabalho, novos valores e crenças, uma
estruturação de poder completamente diferenciada da existente, referenciando toda
uma mudança no contexto social, com novos atores e papéis sociais. É em toda
essa conjuntura social que o saber sociológico se apresenta como uma ciência
261
capaz de analisar, identificar e classificar as transformações acontecidas. Esse
entender científico se prontifica sob a égide da rápida expansão urbana, pela
inadequação das condições de vida social e pela perda ou alteração de muitas
tradições. A sociologia aparece como ciência comprometida para entender e explicar
as transformações e as contradições da sociedade emergente, com a mutação de
valores tradicionais e a afirmação de uma modernidade.
AVALIAÇÃO
“ A aprendizagem entendida como construção de conhecimento pressupõem
entender tanto sua dimensão como produto quanto como processo, isto é, o
caminho pelo qual os alunos elaboram pessoalmente os conhecimentos. Ao
aprender o que muda não é apenas a quantidade de informação que o aluno
possui sobre determinado assunto, mas também a sua competência( aquilo que
é capaz de fazer, de pensar, de compreender), a qualidade de conhecimento que
possui e as possibilidades de continuar aprendendo. Dessa perspectiva, é óbvia
a importância de ensinar o aluno a aprender a aprender e ajudá-lo a
compreender que, quando aprende, não deve levar em conta apenas o conteúdo
objeto de aprendizagem, mas também como organiza a atua para aprender”
(Mauri, 1999, p.88)
A avaliação no ensino é considerada como um processo “ formativo e
continuado, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de
avaliação proposto pelo professor em sala de aula” (DCE, p. 98).
As formas de avaliação proposta, tendo sempre em vista para uma
construção autônoma do saber estudantil, devem sempre estar de acordo com a
prática pedagógica atuante do professor.
Para Luckesi (2005) deve-se considerar como critérios básicos: a) a
compreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a
capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a
coerência na exposição das idéias sociológicas, no texto oral e escrito; a mudança
na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
262
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Conteúdos Básicos
1.1Processo de Socialização;
1.21.2 Grupos Sociais;
1.3 Instituições sociais: familiares,escolares e religiosas;
1.4 A Instituição Estado.
Encaminhamento Metodológico
Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar
através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida
sobre tudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e
charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo
uma melhor forma de entendimento.
A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema
teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento
e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.
A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como
práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de
fatores sociais atuais importantes.
Avaliação – Critérios
Espera-se que os estudantes:
Espera-se que o estudante identifique e compreenda o processo e a importância da
contribuição dos diversos povos para a formação da diversidade cultural, étnica e
religiosa. Compreendam também como essa diversidade pode ser utilizada em favor
263
de classes dominantes, através dos meios de comunicação de massa, favorecendo
uma ideologia consumista e por muitas vezes discriminatória.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
Conteúdos Básicos
2.1 O desenvolvimento antropológico de conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
2.2 O que é diversidade cultural;
2.3 O que é identidade?
2.4 Indústria cultural e meios de comunicação de massa;
2.5 Sociedades de consumo
2.6 Preconceito e formas de discriminação;
2.7 Questões de gênero;
2.8 Cultura afro-brasileira e africana;
2.9 Cultura indígena;
2.10 A formação do povo brasileiro;
2.11 A formação da sociedade paranaense e campolarguense
Encaminhamento Metodológico
Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar
através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida
sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e
264
charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo
uma melhor forma de entendimento.
A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema
teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento
e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.
A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como
práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de
fatores sociais atuais importantes.
Avaliação – Critérios
Espera-se que os estudantes:
Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças
sexuais e de gênero presentes na sociedade;
Compreender que a questão de gênero é uma construção social;
Conheçam o processo, a importância e contribuições dos diversos povos e etnias na
formação da sociedade;
Entendam como a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação e manipulação da sociedade, através dos meios de comunicação de
massa, criando um padrão de consumismo e muitas vezes de discriminação em
nossa realidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
Conteúdos Básicos
3.1 O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
3.2 Desigualdades sociais:estamentos, castas, classes sociais;
3.3 O Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
265
3.4 Globalização; relações de trabalho;
3.5Neoliberalismo;
3.6 O trabalho no Brasil.
Encaminhamento Metodológico
Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar
através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida
sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e
charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo
uma melhor forma de entendimento.
A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema
teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento
e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.
A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como
práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de
fatores sociais atuais importantes.
Avaliação – Critérios
Espera-se que os alunos compreendam de forma crítica:
A diversidade das formas de trabalho no decorrer da história e subseqüente
consolidação da sociedade capitalista ;
Que as desigualdades sociais advém conforme a articulação e organização das
estruturas econômicas e dominação política, não de forma natural;
O que é o processo de globalização e sua influência nas relações de trabalho;
Que a sociedade é dividida em classes sociais, construídas sociologicamente, e a
conseqüente desigualdade social advinda desse processo.
266
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
4.PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
Conteúdos Básicos
4.1 O que é Estado? E a formação e desenvolvimento do estado moderno;
4.2 A democracia, o autoritarismo, o totalitarismo;
4.3 O Estado no Brasil?
4.4 Conceitos de poder;
4.5 Conceitos de ideologia;
4.6 Conceitos de dominação e legitimidade;
4.7 As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Encaminhamento Metodológico
Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar
através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida
sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e
charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo
uma melhor forma de entendimento.
A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema
teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento
e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.
A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como
práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de
fatores sociais atuais importantes.
Avaliação – Critérios
Espera-se que os estudantes:
267
Possam analisar e compreender de forma crítica o desenvolvimento do Estado
Moderno, suas contradições, atribuições e funções;
Identifiquem as várias formas de relações de poder e analisem criticamente os
processos de consolidação e manutenção de cada uma;
Compreendam o papel da ideologia e os mecanismos de dominação na sociedade;
Reconheçam as diversas formas de violência, seu desenvolvimento e permanência
em nossa sociedade e quais as diretrizes para o enfrentamento de tais questões.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
5. DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
Conteúdos Básicos
5.1 Direitos: civis, políticos e sociais;
5.2 Direitos Humanos;
5.3 Conceito de cidadania;
5.4 Conceito de Movimentos Sociais;
5.5 Movimentos sociais urbanos e rurais;
5.6 Movimentos sociais no Brasil;
5.7 Movimentos ambientalistas;
5.8 ONG’s.
Analisem e compreendam a formação histórica da conquista de direitos e sua
influência na constituição da cidadania;
Atentem para a dificuldade e a luta de vários setores da sociedade para a
formulação e a vigência de diversos direitos que para todos, hoje em dia, são
considerados “naturais”;
268
Percebam a existência de vários grupos sociais vulneráveis e marginalizados em
nossa sociedade e o porquê da necessidade de garantir seus direitos básicos;
Percebam diversas possibilidades de se entender e exercer a cidadania;
Entendam a formação histórica dos diversos movimentos sociais, seus objetivos e
manifestações na atualidade.
Referências Bibliográficas
BRASIL,Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,
1988.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ensino Médio ( Sociologia, Antropologia e Política), parte IV do Ensino
de Ciências Humanas e Tecnológicas. Brasília: MEC, 2004.
269
BRIDI, Maria Aparecida;Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio.São Paulo:
Contexto, 2009.
Enfrentamento à Violência. Curitiba: SEED- Pr, 2008.
GIDDENS,Anthony; Sociologia.4.ed..Porto Alegre: Artmed, 2005.
LAKATOS, Eva Maria; Sociologia Geral. 7.ed. ver.e amp., 8.reimpr. São Paulo: Atlas,
2008.
Livro Didático Público.Sociologia
LUCKESI,C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17.ed. São Paulo: Cortez, 2005
MARX, Karl. O Capital.3.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Enfrentamento à Violência. Curitiba:
SEED- Pr, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação;Prevenção ao uso indevido de
drogas.Curitiba; SEED- Pr, 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Introdução às Diretrizes Curriculares.
Curitiba:SEED, 2006.
TOMAZI, Nelson Dacio; Sociologia para o Ensino Médio.1.ed.São Paulo:Atual, 2007.
WEBER,Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Pioneira,
1967.
Anexos:
270
top related