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COLÉGIO ESTADUAL DJALMA MARINHO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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COLÉGIO ESTADUAL DJALMA MARINHOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CAMPO LARGO2011

SUMÁRIO1. APRESENTAÇÃO............................................................................................. 04

2. OGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:...................................................... 05

2.1. Identificação................................................................................................... 05

2.2. Descrição e situação da escola ..................................................................... 06

2.3. Aspectos históricos essenciais....................................................................... 06

2.4. Aspectos do Município................................................................................... 08

2.5. Relação Corpo Docente e Técnico- Administrativo........................................ 12

2.6.Organização do Espaço Físico........................................................................ 15

3. OBJETIVOS GERAIS........................................................................................ 17

4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS........................................................................... 18

4.1. Função Social da Escola................................................................................ 18

4.2. Filosofia da Escola......................................................................................... 19

4.3. Concepção Ensino Aprendizagem................................................................. 20

4.4. Concepção Infância e Adolescência............................................................... 22

4.5. AVALIAÇÃO .................................................................................................. 24

4.6. Recuperação.................................................................................................. 25

5. FORMAÇÃO CONTINUADA............................................................................. 26

6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP........................................................... 26

7. ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA............................................................ 27

8. ANÁLISE DOS DADOS ESTATISTICOS.......................................................... 27

9. GESTÃO ESCOLAR......................................................................................... 29

10. APMF............................................................................................................... 30

11. GRÊMIO ESTUDANTIL .................................................................................. 30

12. EQUIPE DE DIREÇÃO.................................................................................... 31

13. EQUIPE PEDAGÓGICA................................................................................. 31

14.CORPO DOCENTE.......................................................................................... 33

15. CONSELHO DE CLASSE............................................................................... 34

16. BIBLIOTECA................................................................................................... 35

17. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NÃO DOCENTE........................................ 35

18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA............................. 36

18.1. ARTE............................................................................................................ 36

18.2. LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................. 64

18.3. MATEMÁTICA.............................................................................................. 92

18.4. CIÊNCIAS.....................................................................................................

..............................................................................................................................105

18.5. EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 117

18.6. INGLÊS........................................................................................................ 152

18.7. HISTÓRIA ................................................................................................... 162

18.8. GEOGRAFIA................................................................................................ 176

18.9. ENSINO RELIGIOSO................................................................................... 202

18.10. QUÍMICA................................................................................................... 207

18.11. ESPANHOL............................................................................................... 212

18.12. FÍSICA. ...................................................................................................... 227

18.13. BIOLOGIA.................................................................................................. 237

18.14. FILOSOFIA................................................................................................. 244

18.15. SOCIOLOGIA............................................................................................. 250

1. APRESENTAÇÃO

Este documento é resultado dos estudos, análises e discussões realizadas

pelos profissionais da educação, durante as capacitações descentralizadas pela

SEED. Em nossa Escola, sua construção teve início no ano de 2004, onde

professores, equipe pedagógica e funcionários participaram de estudos e discussões

referentes a construção de uma proposta de ensino para o nosso Estado.No período

de 2004-2005 houveram encontros para estudos e trabalhos de sistematização das

propostas curriculares que culminaram nas Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná e embasaram as discussões do PPP deste Estabelecimento de Ensino.

Ainda no ano de 2006, este documento passa pela fase de revisão e

complementação dos Marcos Situacional, Conceitual e Operacional, com base na

formação continuada oferecida pela mantenedora e as DCEs.

Entendemos que a construção do Projeto Político Pedagógico é a expressão

da democratização do ensino na medida em que estabelece a intencionalidade do

coletivo escolar. No Marco Conceitual a Escola expressa a opção teórica defendida

pelo colegiado para atingir as metas estabelecidas.

O PPP apresenta a organização do trabalho escolar como um todo, as

nossas reflexões e discussões sobre os problemas sociais e da educação e as

possibilidades de intervenção na realidade em que vivemos. Fundamenta as

transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as

transformações mais amplas (econômica, política, social, educacional e cultural).

A cada momento, a cada ano letivo, a escola está num contínuo processo de

reflexão e organização do seu trabalho pedagógico, concebendo-o como uma

prática social coletiva, um processo democrático de decisões para desvelar conflitos

e contradições.

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2.1. Identificação

2.1.1. Nome do Colégio: Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino

Fundamental e Médio.

2.1.2. Endereço: Rua Joaquim Celestino Ferreira, nº 185.

2.1.3. Bairro: Itaqui - Jardim Esmeralda.

2.1.4. CEP: 83604-120

2.1.5. Cidade: Campo Largo

2.1.6. Estado: Paraná

2.1.7. Telefone/FAX: 3399- 4013

2.1.8. e-mail: [email protected]

2.1.9. Código do Colégio: 0493

2.1.10. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.

2.2. Descrição e situação da escola no atual contexto da realidade brasileira, do estado e do município

Num contexto histórico social a escola que temos nasce com a nova ordem

urbano - industrial, final do século XVIII e XIX, para dar conta do contexto social e da

formação de valores, fazendo a organização do tempo social das pessoas por dentro

da escola, esquadrinhando o tempo e o espaço escolar para o grande coletivo de

alunos. Daí surge a escola dentro de um tempo/espaço escolar.

O ensino seguiu historicamente um fluxograma, perpassando do modo

coletivo para o ensino padronizado, depois ao fragmentado e encerrando no

individual, atingindo um resultado negativo, que é a ineficiência da escola, mas em

busca da superação.

O que se busca pela Escola Básica, hoje, é o diferencial da compreensão da

vida, da educação, da vida do país. Portanto, há de se considerar que a Escola

trabalha com o conhecimento, que não é pronto, acabado e concluído. Sendo a

escola um espaço democrático, que recebe as pessoas e que contraditoriamente é

um espaço de inclusão e exclusão, que avança na busca do conhecimento, mas

sufoca a curiosidade. Ainda temos uma escola que separa - se do contexto social.

Ilustrando, por exemplo, é como se saíssemos da sociedade, abríssemos e

adentrássemos o portão da escola e, terminado o período escolar, voltássemos à

vida social.

O conhecimento não deve ser concebido como pronto, acabado e concluído e

a escola que buscamos, que queremos, tem como, ponto de partida, reflexão pela

contradição do que temos para o que queremos, que busca a inclusão, mas não

exclui.

2.3. Aspectos históricos essenciais

O Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino Fundamental e Médio, mantido

pelo Governo do Estado do Paraná, está localizado à Rua Joaquim Celestino

Ferreira nº185, no bairro Itaqui, município de Campo Largo, Estado do Paraná, tendo

por finalidade ministrar o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

O Colégio foi criado e autorizado a funcionar pelo Decreto nº4963/82 de 13 de

abril de 1982 e reconhecido pela resolução nº7801/84 de 13 de novembro de 1984.

O início das atividades do Colégio deu-se no ano de 1983 tendo como patrono o Dr.

Djalma Marinho, Deputado Estadual em duas Legislaturas e Deputado Federal em

sete Legislaturas pelo Estado do Rio Grande do Norte. A implantação gradativa de

5ª a 8ª série no período noturno, foi aprovada pela resolução nº 3283/89 de 04 de

dezembro de1989.

A implantação do curso de 2º grau/habilitação Técnico em Cerâmica com

terminalidade na 3ª série, de Auxiliar de Laboratório em cerâmica, se deu pela

Resolução nº 3976, com a finalidade de atender os trabalhadores das indústrias

locais, ocasião em que a Escola passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL

DJALMA MARINHO – Ensino de 1º e 2º Graus. Foi reconhecido o Curso Técnico

pela Resolução n° 1048/97 de 17/03/97 e cessado pela Resolução n° 1240/97 de

04/04/97. Em 1991, o Ensino de 1ª a 4ª séries do 1º grau (atualmente Ensino

Fundamental) foi municipalizado de acordo com a Resolução nº 3312/91 de 27 de

setembro de 1991. Pela Resolução nº 2739/97 de 12/08/97 foi autorizado o

funcionamento do Curso de 2º grau, Educação Geral, com implantação gradativa a

partir de 1997, sendo reconhecido através da Resolução nº 4206/99 de 19/11/99.

Atualmente o Colégio funciona com 08 turmas no período da manhã 06

turmas no período da tarde, que corresponde ao ensino fundamental e 08 turmas à

noite correspondendo ao Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais.

A comunidade a que pertence o Colégio Estadual Djalma Marinho-Ensino

Fundamental e Médio está inserida no Bairro Itaqui, periferia do município de Campo

Largo.

A maioria dos alunos são oriundos dos bairros: Vila Glória, Cristo Rei, Jardim

Bela Vista, Jardim Esmeralda, Jardim Meliane, Campo do Meio, Novo Horizonte.

Consideramos que os bairros Jardim Meliane e Novo Horizonte possuem

condições bastante precárias de moradia e serviços públicos deficitários, ruas sem

calçamento e não contando com serviço de esgoto. Compõe a infraestrutura da

maioria dos bairros a água encanada, coleta de lixo e iluminação elétrica.

A população deste núcleo comunitário é de classe média baixa, possuindo em

sua maioria casa própria. A clientela da escola é composta por famílias com

rendimento salarial de 1 a 3 salários mínimos, com casos de desempregos, são

filhos de operários das indústrias de porcelana, ceramistas, motoristas, mecânicos,

serventes, pedreiros, comerciantes e autônomos . Quanto a estrutura familiar, a

maioria dos alunos moram com os pais, muitos moram com pais separados, poucos

moram só com o pai ou com a mãe, bem poucos moram com responsável, avós, tios

ou outro. As religiões divergem entre o catolicismo, protestantes e outras. Quanto a

escolaridade dos pais, possuem em sua maioria, o ensino fundamental incompleto.

A desigualdade social destaca-se em nossa comunidade, percebe-se a

carência cultural, econômica e social. Diante desta análise, entendemos que a

maneira pela qual a Escola conduz o seu trabalho pedagógico determina as

concepções de educação e sociedade que defende, portanto, o trabalho com o

currículo, a rotina escolar, os encaminhamento metodológicos a forma de avaliar os

alunos podem romper com a ideologia da sociedade excludente ou mantê-la.

Almejamos uma sociedade mais justa e igualitária nas condições mínimas

garantidas em lei, com uma distribuição de renda igualitária, alunos participativos,

críticos e conscientes, o resgate dos valores educacionais, dos princípios éticos e

morais. A Escola em condições de exercer um trabalho de construção do

conhecimento, que possibilite aos alunos compreenderem a realidade e nela intervir.

2.4. Caracterização do Município

2.4.1. Nosso Município

Campo Largo serviu no início da colonização do Paraná e principalmente dos

arredores de Curitiba, como repouso de tropeiros gaúchos em trânsito para São

Paulo e também para a criação de gado. O primeiro proprietário das terras que hoje

constitui o Município, foi o português Coronel Antônio Luiz. Após seu falecimento

essas terras passaram a pertencer a diversas pessoas e a povoação teve início em

1814.

A Lei nº 219 de 02 de abril de 1870 criou o Município de Campo Largo da

Piedade, desmembrando de Curitiba. A instalação oficial do Município deu-se em 23

de fevereiro de 1871 e o primeiro Juiz de Direito da Comarca, foi o Dr. Antonio

Joaquim de Macedo Soares, que mais tarde, foi presidente do Supremo tribunal

Federal.

Apesar do progresso que houve com os colonizadores pioneiros, o

desenvolvimento de Campo Largo foi mais intenso, com a chegada dos imigrantes,

principalmente italianos e poloneses, a partir de 1875. A influência dos imigrantes

está presente nos alimentos, no artesanato, no estilo das igrejas, casas e utensílios

domésticos, no vocabulário, nos hábitos sociais e no lazer.

Situa-se ao Sul do Estado do Paraná, no 1º Planalto de Curitiba, ao longo da

BR277, fazendo parte da área metropolitana de Curitiba, sua sede está situada a 32

quilômetros de Curitiba. Possui uma superfície de 1192 quilômetros quadrados e

uma população de 82.443 habitantes (IBGE-1996). Limita-se ao norte com Castro, a

nordeste com Itaperuçu, a leste com Almirante Tamandaré , a sudeste com Curitiba,

ao sul com Araucária, a sudoeste com Balsa Nova, a oeste com Palmeira, a

noroeste com Ponta Grossa. Altitude é de 956 metros acima do nível do mar.

População com mais de 112.548 habitantes. A vegetação é composta por pastagens

naturais: pinho, bracatinga, eucalipto e erva-mate.

Os bairros mais conhecidos em Campo Largo são: Bom Jesus, Botiatuva,

Nossa Senhora Aparecida, Rondinha, Nossa Senhora do Pilar, Itaqui.

Campo Largo tem um complexo industrial de destaque, com a participação da

Incepa - Indústria Cerâmica do Paraná; PIP-Lorenzeti; Porcelana Industrial Paraná;

Porcelana Schimdt; Porcelana Guermer; Cavan- Fábrica de postes; Fábrica de

móveis Campo Largo; Ingra- Indústria Gráfica. Atualmente instalou-se as Indústrias

Caterpillar na fabricação de equipamentos para a construção e mineração, motores

a diesel e a gás natural e turbinas industriais e Sid-Combibloc na produção de

embalagens.

Desenvolve-se na agropecuária, avicultura, piscicultura, apicultura. Na

agricultura, são cultivados feijão, milho, batata inglesa, cebola, trigo, centeio,

legumes, verduras, tomate, arroz, e na fruticultura, a maçã, pêssego, uva, tangerinas

e laranjas. O agricultor recebe apoio de agrônomos e técnicos da EMATER e do

Centro de Promoção Agropecuária que é o órgão da Secretaria Municipal de

Agricultura e Abastecimento.

Na pecuária, existe rebanho bovino para corte e produção de leite, suíno e

granjas de criação de frangos e galinhas, com grande produção de ovos.

No comércio, existem muitas lojas, onde se pode adquirir qualquer produto. A

rede bancária conta com as agências: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,

Banco Itaú, Banco Santander.

O município conta com a sua própria iluminação elétrica, através da

Companhia Campolarguense de eletricidade - COCEL.

Neste município temos o Fórum, Cartório Cível e comércio, Cartório Criminal,

Cartório Eleitoral, Cartório de Registros de Imóveis da Comarca de Campo Largo.

Com a finalidade de promover a melhoria da qualidade de vida dos

adolescentes carentes, a prefeitura mantém a Guarda Mirim, PETI (Programa de

Erradicação do Trabalho Infantil), Projeto Sentinela, Projeto Nossas Meninas,

Projeto Bombeiro Mirim, Formando Cidadão, Programa PROERD, o Cime - Centro

de Integração do Menor, entidade particular de assistência social a crianças e jovens

em situação de risco.

Temos a Provopar, Associação de Bairros, Posto de Saúde, Pronto Socorro,

Hospitais, Ginásio de Esportes, uma Faculdade, Casa da Cultura, Biblioteca

Municipal.

No Município temos festas de artesanato, festas religiosas, Feira da Louça,

Semana Italiana. A Festa de Artesanato incentiva os artesãos a comercializar seus

produtos, a Feira da Louça divulga o polo cerâmico do Município. A Cantata dos

Reis é uma festa religiosa com mais de cem anos de tradição, onde um grupo sai à

meia noite no dia 06 de janeiro e leva seu canto até as portas da Igreja Matriz. No

dia 02 de fevereiro, a procissão da padroeira da cidade.

2.4.2. Aspectos do Bairro

O Bairro Itaqui é um dos bairros mais populoso da cidade. No campo religioso

existe uma diversidade de crenças, temos igrejas católicas, Igreja adventista, Igreja

Deus é Amor, Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja

Presbiteriana, Igreja quadrangular entre outras.

No setor educacional, temos o centro de educação infantil (presbiteriana),

Escolas Municipais e Escolas Estaduais que ofertam as séries finais do Ensino

Fundamental e o Ensino Médio.

No bairro não há oferta de vagas para o Ensino Médio diurno, prejudicando as

famílias e os nossos alunos que terminando a 8ª série, precisam deslocar-se para

colégios mais distantes, muitas vezes até o centro de Campo Largo.

Para os moradores do bairro, não existe opção de lazer e os momentos que

são ofertados a comunidade estão relacionados muitas vezes aos eventos escolares

ou religiosos.

Precisamos de projetos sociais e culturais, para melhorar a infraestrutura do

nosso bairro e de nosso município.

2.4.3. Caracterização da Comunidade Escolar

A comunidade a que pertence o Colégio Estadual Djalma Marinho - Ensino

Fundamental e Médio está inserida no bairro Itaqui na periferia do município de

Campo Largo.

A maioria dos alunos são oriundos dos bairros Vila Glória, Cristo Rei, Jardim

Esmeralda, Jardim Meliane e Belo Horizonte.

Consideramos que os bairros Jardim Meliane e Belo Horizonte possuem

condições bastante precárias de moradia e serviços públicos bastante deficitários,

ruas sem calçamento e serviço de esgoto. Compõem a infra-estrutura da maioria

dos bairros a água encanada, coleta de lixo e iluminação elétrica. A clientela da

escola é composta por filhos de pais desempregados e de operários das indústrias

de porcelana, tendo como renda mensal 0 à 3 salários mínimos. A religião que se

tem nesta comunidade é mista, católicos e protestantes. Quanto a escolaridade dos

pais possuem em sua maioria ensino fundamental incompleto.

2.4.4. Do Colégio

O Colégio está organizado por série, área de conhecimento e obedecerá 800

horas de atividade escolar num mínimo de 200 dias letivos, cujo ano letivo

corresponderá ao ano civil. A matriz curricular do Ensino Fundamental compreende

a Base Nacional Comum composta pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Arte,

Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia. A Parte Diversificada

compreende a disciplina de Inglês.

O Ensino Médio está organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais. Na

Base Nacional Comum compreende Língua Portuguesa, Arte, Educação Física,

Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia, Filosofia e Sociologia.

A Parte Diversificada é composta pela disciplina de Espanhol.

O horário de funcionamento do Colégio está dividido da seguinte maneira: no

período da manhã funciona o Ensino Fundamental no horário das 7h30min às

11h50min, atendendo duas turmas de 6ª séries; três turmas de 7ª séries e três

turmas de 8ª séries, perfazendo um total de 252 alunos. No período da tarde atende

quatro 5ª séries e duas 6ª séries do Ensino Fundamental das 13h às 17h e 15min,

perfazendo um total de 191 alunos. No período noturno funciona o Ensino Médio

das 18h e 55min. até às 22h e 55min, atendendo duas turmas do 1° ano, quatro

turmas do 2° ano e duas turmas do 3° ano, perfazendo um total de 221 alunos.

2.5. Relação do Corpo Docente e Técnico-Administrativo

Dados do Corpo Funcional

Total de Servidores em Regência: 33Servidores em Regência

Os servidores com a indicação '(A)' ao lado do nome estão afastados de seus cargos.

Nome CH Semanal Escola

Capacitação Máx. (Licenciatura)

ADRIANA PAULA MAGATON 8 LICENCIATURA PLENA

ALEXANDRA CEABRA 8 LICENCIATURA PLENA

AMANDA DE OLIVEIRA 16 LICENCIATURA PLENA

ANGELA REGINA MISSIO 4 LICENCIATURA PLENA

ARIANE MARIA AMADEU 25 LICENCIATURA

PLENA

BRUNA NALEPA 16 LICENCIATURA PLENA

BRUNO DE SOUZA NOGUEIRA 16 LICENCIATURA PLENA

CELINDA TURRA 36 LICENCIATURA PLENA

CLAUDIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI ADAMI 34 LICENCIATURA

PLENA

DARLEI DOS ANJOS 16 LICENCIATURA PLENA

DENIZE APARECIDA BERALDO 18 LICENCIATURA PLENA

ELAINY ANDREASSA 32 LICENCIATURA PLENA

ELIANE LEGESKI MONEGATE DE JESUS 8 LICENCIATURA

PLENA

ELISAMA DA SILVA BUENO 10 LICENCIATURA PLENA

EMILIO SENKO 18 LICENCIATURA PLENA

GESSY DE SOUZA 12 LICENCIATURA PLENA

HELIANE DE LIMA 36 LICENCIATURA PLENA

JACKSON RAFHAELL FRAGOSO 16 LICENCIATURA PLENA

LAYON PHILIPE BECKER 16 NÃO LICENCIADO

LUCI DE FATIMA PORTELA 18 LICENCIATURA PLENA

LUCIANE DOREA DA SILVA KRAMEK 16 LICENCIATURA PLENA

LUCINEIA FURTADO DA SILVA 8 LICENCIATURA PLENA

LUIZ FERNANDO MERCHIORI 8 NÃO LICENCIADOMAGDA BEATRIZ LEON BORDES FERREIRA 26 LICENCIATURA

PLENA

MIDIAN DE ASSIS BAST 20 LICENCIATURA PLENA

RAFAEL JOSE RAMOS SILVA 12 LICENCIATURA PLENA

RENATA ALEIXO DE OLIVEIRA 5 LICENCIATURA PLENA

RONI MIRANDA VIEIRA 33 LICENCIATURA PLENA

ROSICLEA APARECIDA DE SOUZA 18 LICENCIATURA

PLENA

SEBASTIAO VALTER FERNANDES 22 LICENCIATURA PLENA

TAMYRIS KEMPNER 4 LICENCIATURA PLENA

TANIA REGINA CUOOSS MAGALHAES 12 LICENCIATURA PLENA

VERONICA KOSOVSKI VIDAL 33 LICENCIATURA PLENA

DJALMA MARINHO, C E - E FUND MEDIO

NRE:AREA METROP.SUL-CAMPO LARGOFonte: SAERefere

ncia: 22/09/11 11:18

Dados do Corpo Funcional

Total de Servidores em Funções de Apoio/Técnico Pedagógicas: 20

Servidores em Funções de Apoio/Técnico Pedagógicas

Nome CH Semanal Escola Função

ANDREIA DE FATIMA GONCALVES 40 9313-CAT. FUNC.-

AUX.SERVICOS GERAIS

BRUNA MOREIRA 20 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

EDSON SOUZA BUENO 40 9605-PREST/SERV/DIRECAO ELIZABETE DE FATIMA FRANCO 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC

ADMINIST

FRANCIELI HARTMANN 20 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST

JOCINEIA DE FATIMA FRANCO BATISTA 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC

ADMINIST JULIA APARECIDA BUENO 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA

KAHUANA THAIZZA VERONEZ 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC

ADMINIST KELI CRISTINA AUGUSTYN 40 9313-CAT. FUNC.-

AUX.SERVICOS GERAIS

LORENI NOELI KEMPNER 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

LUCI DE FATIMA 20 9132-DIRETOR AUXILIAR

PORTELA MARIA DO CARMO PADILHA KEMPNER 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC

ADMINIST MARIUZA RAMOS DA SILVA SABINO 40 9313-CAT. FUNC.-

AUX.SERVICOS GERAISMIRIAN DO CARMO CAMPESE BATISTA (A) 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC

ADMINIST PATRICIA XAVIER KUSTER 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA

PAULO CESAR MIALSKI ADAMI 40 9731-SECRETARIO/ESCOLA

RITA DE CASSIA POLETO COELHO (A) 40 9731-SECRETARIO/ESCOLA

ROZELI CAMARGO 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

TEREZINHA DO ROCIO BORGES DE QUADROS 40 9313-CAT. FUNC.-

AUX.SERVICOS GERAIS

TEREZINHA ITTNER 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

2.6. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

2.6.1. Estrutura Física:12 salas de aulas

01 biblioteca

01 sala de laboratório de informática

01 laboratório de química, física e

biologia

01 sala para o almoxarifado do

patrimônio escolar

01 sala para os professores e

funcionários

01 sala para equipe pedagógica

01sala para direção

01sala para secretaria

02 saletas para material de educação

física

01saleta de almoxarifado

01cantina escolar com dispensa para

merenda escolar

01 uma pequena área coberta

01 quadra desportiva.

2.6.2. Equipamento de cozinha:01 fogão elétrico

01 fogão semi-industrial

01 geladeira

01 balcão com pia

01 mesa

01 liquidificador industrial

01 ventilador Utensílios de cozinha

2.6.3. Equipamento de lavanderia: 01 tanque

01 armário de aço com 12 guarda volumes

2.6.4. Equipamentos da secretaria:03 armários de aço

07 arquivos de aço

02 estantes de aço

03 mesas

04 cadeiras

02 computadores

02 impressoras

01 telefone / fax

01telefone sem fio

01 mesa para o telefone

02 aparelhos de som

01 ventilador

2.6.5. Sala dos professores: 01 armário de madeira com 40 guarda

volumes

01 balcão de madeira com 15 divisórias

01mesa redonda com 03 cadeiras

01 mesa grande com 08 cadeiras

01 mesa pequena com 04 cadeiras

01 mesa de computador

01 computador

01 geladeira

01 quadro de avisos

01 mural

01 relógio

2.6.6. Sala da equipe pedagógica: 01 armário de aço

02 mesas

04 cadeiras

01 mesa de computador

01computador

01 impressora matricial

02 arquivos

Material de expediente.

2.6.7. Sala da direção: 01armário de aço

01 armário de madeira

01 mesa / 01cadeira

01 armário pequeno de madeira

02 sofás individuais

01televisão

01vídeo

2.6.8. Salas de aula (cada):40 cadeiras / carteiras

01 quadro de giz

01 armários

01mesa/cadeira do professor

08 cortinas

2.6.9. Laboratório Química/Física/Biologia:01balança gmi

01microscópio eletroscópio

02 multimetros

01 balança analítica de precisão

01microscópio binocular

2.6.10. Biblioteca: 10 estantes

07 estantes de aço

01 arquivo de aço

01 balcão de madeira

01 armário de madeira

01 armário de madeira

07 mesas

28 cadeiras

01 microcomputador

01 impressora

01 escrivaninha

01 cadeira com rodinhas

01máquina de escrever elétrica Olivetti

01mesa para computador

01caixa para arquivo de acrílico

01caixa para arquivo de madeira

2.6.11. Equipamento de Educação Física:Quadra esportiva, mesa de ping-pong, bolas, redes etc.

2.6.12. Equipamento Pedagógico:Televisores

vídeo cassete

micro computador

scanner, retroprojetor

aparelho de som

mimeógrafo

máquina de calcular

episcópio

globo mundi

quadro de giz

mapas,projeto

3. OBJETIVOS GERAIS

Entendemos que os objetivos gerais devem estar em consonância com as

finalidades educacionais, com o contexto social e escolar.

Consideramos serem objetivos da Educação Básica:

Possibilitar ao aluno vivenciar a cidadania e incentivar a participação

social;

Propiciar compreensão crítica ao aluno de sua realidade social,

econômica e política tendo condições de desvelar suas contradições,

suas causas históricas e implicações;

Conscientizar ao aluno que a aprendizagem acontece

permanentemente, ao longo de toda a vida;

Incentivo ao uso das tecnologias como meio de acesso aos

conhecimentos favorecendo a aprendizagem;

Promover o diálogo e a participação de toda a comunidade escolar no

processo educativo;

Consolidar os princípios de respeito mútuo e o diálogo para a

resolução dos conflitos;

Oferecer condições político-pedagógicas propícias para o

desenvolvimento das atividades educacionais;

Propiciar o domínio do conhecimento científico básico, através das

diferentes áreas do conhecimento, tais como: Arte, Ciências, Biologia,

Educação Física, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Matemática, etc.

Desenvolver a responsabilidade de participação e envolvimento entre

todos os segmentos que compõem a escola buscando a construção do

conhecimento e a conquista de sua autonomia com responsabilidades

compartilhadas.

4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

4.1. Função Social da Escola

Pensar a Escola Pública exige dos seus profissionais reflexão sobre que

função atribuímos a ela. A maneira como os sujeitos da escola conduzem o

processo ensino-aprendizagem reflete o projeto de educação que defendem.

Neste aspecto, as ações planejadas e praticadas pelos gestores, professores,

pedagogos e funcionários revelam as concepções que norteiam a organização do

trabalho pedagógico, que podem ser mais limitadas ou mais complexas dependendo

de como os sujeitos compreendem as relações de produção/reprodução do

conhecimento.

A Escola objetiva o cumprimento da sua função pela socialização dos saberes

produzidos historicamente pela humanidade, ao passo que o sistema econômico

visa a expropriação destes saberes na reprodução dos interesses capitalista.

É através da reprodução da cultura dominante que é garantida a reprodução

dos interesses da sociedade capitalista, ou seja, a cultura que acaba por ter

prestígio social é a cultura das classes dominantes: seus valores, suas atitudes,

maneira de se comportar, gostos, etc. Na medida em que essa cultura tem valor

social, que favorece as pessoas na obtenção de vantagens materiais ou simbólicas,

ela se constitui em capital cultural. (SILVA, 2010, p. 34)

Este capital cultural se manifesta de diferentes maneiras. Ele pode estar

expresso através da cultura informal: obras de artes, teatro, música, obras literárias.

Pode apresentar-se também através da cultura formal, sendo a forma

institucionalizada do capital cultural: diploma, certificados, títulos.

Portanto, a escola reforça as diferenças na medida em que o que é avaliado

nem sempre se relaciona com a aprendizagem, mas com o modo de se comportar,

os gostos ou valores derivados do capital social e cultural dos alunos e das suas

famílias.

Desta maneira, as práticas escolares são carregadas de valores que facilitam

ou dificultam o desenvolvimento dos alunos e a inserção dos mesmos nas demais

instâncias da sociedade.

Diante desta análise, entendemos que a maneira pela qual a Escola conduz

o seu trabalho pedagógico determina as concepções de educação e sociedade que

defende, portanto, o trabalho com o currículo, a rotina escolar, os encaminhamento

metodológicos a forma de avaliar os alunos podem romper com a ideologia da

sociedade excludente ou mantê-la.

A Escola, no desempenho da sua função social, deve ter o compromisso com

um projeto de educação na perspectiva transformadora, como explica Gómez (1988,

p.22):A função educativa da escola, portanto, imersa na tensão dialética entre reprodução e mudança, oferece uma contribuição complicada, mas específica: utilizar o conhecimento, também social e historicamente construído e condicionado, como ferramenta de análise para compreender, para além das aparências superficiais do status quo real – assumido como natural pela ideologia dominante, o verdadeiro sentido das influências de socialização e os mecanismos explícitos ou disfarçados que se utilizam para sua interiorização pelas novas gerações. (...) preparar os alunos/as para pensar criticamente e agir democraticamente numa sociedade não-democrática.

4.2. Filosofia da Escola

A escola deve trabalhar o processo de construção do conhecimento,

assimilação e transmissão, etc, combatendo a desigualdade sócio-cultural,

assegurando posse do conhecimento na construção da cidadania. Queremos uma

escola emancipadora, que desperte a paixão pelo conhecimento, com uma

educação de qualidade, valorizando a diversidade cultural, provocando uma reflexão

crítica dos valores, crenças, culturas que produzimos, inserindo num contexto

contemporâneo.

A escola como parte integrante de um todo social e agente de transformação,

deve garantir um bom ensino pela apropriação dos conteúdos básicos,

sistematizados de forma organizada e unificados, favorecendo o acesso a cultura,

despertando o gosto pelo conhecimento, levando-o a autonomia. A contribuição

específica da escola neste processo de formação do educando ocorre pela

mediação dos conteúdos, conhecimentos, habilidades e atitudes, possibilitando a

passagem do conhecimento comum para o elaborado de forma consciente e crítica.

A missão da escola esta em propiciar educação de qualidade que prioriza a

vida, a criatividade, a autonomia, e o espaço de participação, fundamentada nos

valores de liberdade, igualdade, responsabilidade, solidariedade humana, justiça,

verdade, respeito mútuo e o diálogo.

O ensino fundamental e médio estão fundamentado nos princípios éticos

políticos, e estéticos que inspiram a constituição e a LDB.

4.3. Concepção Ensino Aprendizagem

Além dos objetivos gerais elencados anteriormente entendemos que o objetivo

primordial da Escola é, portanto, o ensino e a aprendizagem dos alunos.

A organização da Escola precisa propiciar as condições político-pedagógicas

para que o processo ensino aprendizagem ocorra satisfatoriamente.

Nesta perspectiva, ensino e aprendizagem tornam-se indissociáveis, ou seja,

ensinar e aprender correspondem a atividades complementares.

Claro que o ato de ensinar é responsabilidade do professor, porém na

concepção tradicional o ao ato de ensinar era problema do professor e aprender

problema do aluno. Portanto, eram processos dissociáveis, o professor poderia

ensinar e os alunos poderiam não aprender. (Neira, 2010, p. 35)

Assim, o aluno que não aprendia era excluído. Atualmente a compreensão do

processo ensino aprendizagem nos remete a repensar as condições que não

viabilizaram a aprendizagem, que estratégias deixaram de ser utilizadas pelo

professor para a obtenção de resultados satisfatórios.

Portanto, ensinar não é só transmitir conteúdos. É trabalhar com os alunos de

diferentes maneiras para que eles se apropriem do conhecimento formal.

Neste processo entendemos que a formação continuada dos professores é

extremamente importante, é através dela que os profissionais possuem cada vez

mais o conhecimento das estratégias de ensino adequadas aos alunos para cada

fase do seu desenvolvimento.

É relevante compreender que o ato de aprender não ocorre de primeira, é um

processo progressivo, gradativo, implica na apresentação do conteúdo aos alunos e

das sucessivas retomadas pelo professor do mesmo, para garantir a apropriação do

conhecimento.

Neste aspecto, Vygotsky (1989) colabora com a educação quando apresenta o

conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal: o conteúdo do ensino não pode

estar muito distante dos níveis de conhecimento já construídos pelo aluno, o objeto

de ensino deve ser algo capaz de ser compreendido/realizado em nível potencial, ou

seja, com a ajuda do outro.

Como a criação da ZDP é dinâmica e ocorre em um meio social com mediação

de símbolos, uma mesma pessoa pode possuir vários níveis de ZDP, de acordo com

as pessoas com quem irá se relacionar, os signos utilizados por ela e a forma de

atuação, sendo possível a existência em um mesmo indivíduo de várias ZDP.

Além disso, cada nova criação desses níveis poderá gerar novas conexões,

alimentando novos desenvolvimentos potenciais e reais, permitindo novos avanços

do indivíduo em níveis superiores do desenvolvimento.

Nesse sentido, o professor é quem atua estimulando, incentivando e

elaborando atividades que desafiam a tomada de decisão pelo aluno, decisões

essas que agem na ZDP; o professor deverá adequar metodologias e recursos para

que o objetivo do aprendizado seja atingido, pois é ele o responsável pela

aprendizagem do aluno, sempre em um clima de respeito mútuo e colaboração; a

atividade deve propiciar a criação de sentidos para o conteúdo ministrado.

É a partir desta ação complexa que o professor deve trabalhar com seus

alunos, superando a mera transmissão dos conteúdos.

4.4. Concepção Infância e Adolescência

A partir da Lei n° 11.274/2006 normatizou-se o Ensino Fundamental obrigatório

com duração de nove anos, alterando a LDB n° 9394/96.

A proposta da Lei n° 11.274/2006 prevê a incorporação das crianças de 6 anos

no Ensino Fundamental. Portanto, a ampliação de um ano de escolarização é uma

política educacional econômica, pois ampliar a Educação Infantil oneraria o Estado.

Porém, mesmo que em parcelas pequenas incluir as crianças de 6 anos no

Ensino Fundamental significa garantir direitos, o combate a exploração infantil, a

pobreza e a miséria.

Para nós educadores, a ampliação do ensino de 9 anos provoca reflexões

sobre dois aspectos fundamentais, sendo eles: os nove anos de trabalho escolar e a nova idade que integra esse ensino.

Assim, se torna necessário compreender a concepção sobre a infância para que não ocorra a mera transferência dos conteúdos tradicionais da primeira série as crianças de seis anos e a mera alteração de nomenclatura. Os profissionais da educação neste momento precisam apropriar-se das questões legais e pedagógicas que permeiam o Ensino Fundamental de nove anos para que possam conceber uma nova estrutura de organização dos conteúdos e, sobretudo as estratégias didáticas mais adequadas ao desenvolvimento destes alunos.

Pela política educacional o objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior aprendizagem não depende do aumento do tempo de permanência na escola, mas sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve contribuir significativamente para que os educandos aprendam mais.

As crianças de seis anos se distinguem das de outras faixas etárias, sobretudo pela imaginação, a curiosidade, o movimento e o desejo de aprender aliados à sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar.

Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é

imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências, sejam elas mais

voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma

intervenção direta realizada pelos professores.

Tradicionalmente a brincadeira é vista como uma atividade natural,

caracterizada pela ludicidade. A brincadeira e o jogo são estratégias cognitivas

utilizadas pelas crianças no seu processo de desenvolvimento, são atividades

funcionais, que estão articuladas às necessidades de conhecimento real pelas

crianças.

Neste sentido, o professor é mediador entre as crianças e os objetos de

conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens

que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas

de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos

diferentes campos de conhecimento humano.

O período imediatamente posterior a infância é o da adolescência, definida

como a fase que vai dos 12 aos 18 anos incompletos.

Os jovens, na puberdade e na fase posterior, vão aos poucos se

desprendendo de um corpo infantil e se aproximando cada vez mais da imagem de

um corpo adulto. Eles mesmos atribuem a si novas possibilidades e desafios,

criando estilos, comportamentos, modos de ser, gostos, diferentes dos das crianças

e também dos adultos (Corti e Souza, 2004).

A fase adolescência possui diferenciações internas relacionadas ao

desenvolvimento fisiológico, psíquico e social dos sujeitos nos seus diferentes

estágios. Assim, jovens de 12 anos apresentam certas características e vivências

que os distinguem, por exemplo, dos jovens de 17 anos.

Portanto, é fundamental que os professores sejam capazes de diferenciar os

indivíduos do 7° ano daqueles que freqüentam o 2° ano do Ensino Médio,

considerando seus processos de desenvolvimento. Estando em diferentes

momentos de vida, esses jovens apresentam gostos, interesses, preocupações e

necessidades de aprendizagem que se diferem.

O conhecimento sobre o desenvolvimento destas etapas oferece aos

professores subsídios necessários para que se possa conduzir o processo educativo

da forma mais adequada atendendo as necessidades dos alunos.

Neste aspecto, o processo educativo exige ações sistemáticas e intencionais

de um sujeito mais experiente na cultura que domine o objeto que vai ser ensinado e

aprendido. Por isso, o papel do professor é extremamente importante, é ele que

estabelece o quê, como, quando, para quê ensinar, criando as situações para os

jovens aprenderem.

Ao professor compete estabelecer as situações de aprendizagem própria para

cada etapa de desenvolvimento, oferecendo os instrumentos necessários a

apropriação do conhecimento. Todos os instrumentos que temos à disposição são

produções humanas, são heranças que recebemos e com as quais podemos contar

ao tomar parte de determinada cultura.

A Escola tem por função oferecer os instrumentos elementares como: leitura,

escrita, expressão oral, cálculo, etc ;através dos conteúdos básicos para que nossos

jovens possam se desenvolver plenamente respondendo as necessidades que a

realidade lhe impõe.

4.5. Avaliação

Entendemos que a avaliação ocupa um lugar importante no processo

educativo. Está intimamente associada ao fazer cotidiano, pois no fundo ela não é

outra coisa senão uma reflexão da prática pedagógica visando saber se está

adequada as necessidades dos alunos, se está produzindo os resultados esperados.

Por isso, a avaliação produz um conhecimento útil ao professor na revisão de seu

trabalho, no replanejamento, na escolha de estratégias novas e a forma de organizar

o fazer pedagógico e no acompanhamento e desenvolvimento das atividades.

Acreditamos que a avaliação não se reduz a verificação do desempenho do

aluno, pois esta concepção está vinculada a ênfase a nota e ao efeito de atribuir o

fracasso sobre o aluno. A prática do exame é classificatória e excludente.

Nossos alunos vêm até a Escola para aprender, portanto, a avaliação da

aprendizagem deve ser diagnóstica. De acordo com Luckesi (2005, p. 42) “ ... o ato

de avaliar implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir.

Não é possível uma decisão sem diagnóstico, assim como não faz sentido um

diagnóstico, sem uma consequente decisão.”

Ao detectar o que foi apreendido pelos alunos, o professor deve tomar uma

decisão sobre a necessidade de interferir no processo, estabelecendo novas

estratégias para que o aluno se aproprie do que ainda precisa. Esta ação avaliativa

é diagnóstica e considera tanto os aspectos qualitativos quanto os quantitativos na

reorientação do processo educativo.

Ainda para Luckesi (2005, p. 47) “...avaliar é um ato pelo qual, através de uma

disposição acolhedora, constatamos e qualificamos alguma coisa (objeto, ação ou

pessoa), tendo em vista, de alguma forma, tomar uma decisão sobre ela; no caso de

pessoas, junto com elas.

Assim o ato de avaliar na perspectiva diagnóstica pressupõe acolhimento e

diálogo. Nesta perspectiva, a avaliação é includente e democrática.

Constituem instrumentos importantes no processo de avaliação tanto uma

observação contínua ou concentrada; os trabalhos coletivos ou individuais;

atividades escritas ou orais.

Os instrumentos têm a capacidade de ampliar a realidade, ou seja, eles

ampliam a capacidade de observação do avaliador.

Os instrumentos de coleta de dados precisam ser planejados pelo professor,

contemplando os conteúdos essenciais trabalhados e as questões selecionadas,

devem criar condições para o educando manifestar sua aprendizagem.

Dessa maneira, os instrumentos permitem ao professor constatar o

desempenho dos seus alunos e, consequentemente, reorientar o processo se for

necessário.

4.6.Recuperação

Para Demo (2005, p. 67) “... avalia-se para garantir o direito de aprender.”,

portanto, o fundamento da recuperação reside no reconhecimento que a

aprendizagem não se dá num primeiro momento, ocorre por aproximações.

Ressalta-se que a recuperação não pode ser compreendida como a

“recuperação” somente da nota, na concepção crítica de educação a recuperação

deve ser da aprendizagem e consequentemente da nota.

A recuperação ocorre de duas maneiras: pela retomada dos conteúdos não apropriados e pela reavaliação do conteúdo através de instrumento diferenciado.

Na retomada o professor deve procurar outras formas de abordagem do

mesmo conteúdo junto ao aluno.

Assim sendo, a recuperação da aprendizagem não tem data ou época pré

definida para acontecer, ao contrário, ela é concomitante, deve ocorre em sala,

imediata e instantânea, conforme as necessidades constatadas.

5. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Quanto a Formação Continuada dos profissionais da educação, seguem

diretrizes emanadas da SEED. A própria mantenedora promove semana

pedagógica, jornadas pedagógicas, cursos on line GTR, seminários, grupos de

estudos,Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Profuncionário, etc, aos

profissionais e, ainda, aceita e incentiva a participação em outros cursos que

proporcione avanços de carreiras, cadastrando no banco de dados da ficha funcional

do mesmo.

A Escola organiza as reuniões pedagógicas previstas em calendário escolar,

o tema de estudo é definido conforme as necessidades do momento.

6. PLANO DE METAS E INDICADORES

INDICADORES A ESCOLA QUE TEMOS HOJE

Hoje o nosso estabelecimento de ensino Colégio Djalma Marinho, traz em seu PPP a busca pela educação de qualidade, onde cada educando será um cidadão atuante na sociedade, sabedor de seus direitos e deveres, defendendo com muita pertença a continuidade da escola justa que dê oportunidades iguais a todos, sem distinção de raça, cor, credo ou deficiência, etc.

A ESCOLA QUE PRETENDEMOSConsiderando as reflexões realizadas sobre o PPP, queremos atender as aspirações dos alunos, dos pais, e dos professores quanto ao ensino de qualidade adequado às necessidades sociais, políticas, econômicas e que considere os interesses e motivações do corpo discente e que garanta a todos os alunos as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos.

A ESCOLA QUE VAMOS FAZER A nosso escola terá uma gestão de co-participação, pois todos estarão envolvidos nas decisões que venham priorizar a aprendizagem de nossos educandos e uma boa convivência entre os profissionais da educação.

POTENCIALIDADES/DIFICULDADES

AÇÕES (CURTO/MÉDIO E LONGO PRAZO)

1-Gestão de Resultados Educacionais

P: A maioria de nossos alunos apresentam boas notas em diversas disciplinas.D: Porém existe uma minoria que precisa ser atingida.

Com a defasagem de conteúdos nas determinadas disciplinas, o corpo docente será acionado para que priorize o trabalho frente a defasagem dos conteúdos buscando atingir melhoria da aprendizagem

Curto: identificação de conteúdos defasados pelo corpo docente;Médio: apresentar os dados aos alunos e replanejar a metodologia avaliativa;Longo: realimentação no PPP dos conteúdos e

estratégias interventivas para melhoria da aprendizagem.

2-Gestão Participativa/Democrática

P: Conselho de Classe, reuniões pedagógicas.D:Reunir todos os profissionais da escola na participação de Conselhos de Classe.Formação , funcionamento e participação de todas as instâncias colegiadas.

Alterar a composição do conselho de classe como projeto piloto, contando com o envolvimento de todos os segmentos (professores, alunos, pais).Incentivar a formação e participação na APMF, Conselho Escolar e principalmente na formação do Grêmio Estudantil.

Curto: Efetivar a prática do conselho de classe integrado;Médio: Buscar a participação de todos os segmentos e formar o Grêmio Estudantil;Longo: Conscientizar todos os segmentos e instâncias colegiadas que a participação é de extrema importância.

3-Gestão Pedagógica

P: Ter conhecimento do currículo norteador com diretrizes desenvolvidas por área;D: Colocar em prática dentro do prazo estipulado todos os conteúdos referentes a cada disciplina;

Incentivar projetos inovadores que venham enriquecer cada disciplina como aulas de campo e aulas práticas de experimentos.

Curto: Montagem de um projeto para cada disciplina Média: Validação dos projetosLongo: Que os projetos validados possam fazer parte do currículo da escola.

4- Gestão de Inclusão / Socioeducação

D:Permanência e condições de aprendizagem junto aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;Condições de acessibilidade a todos os departamentos da escola.

Solicitar junto a mantenedora a adequação da estrutura física para acessibilidade a portadores de necessidades especiais.

Curto: comprar a ideia da inclusão com uma cultura inclusiva por todos os profissionais da educação.Médio: trabalhar a conscientização para que se cumpra a legislação sobre as necessidades especiais e também as diferenças;Longo e constante: disponibilizar a participação dos profissionais da educação em capacitações referentes ao processo inclusivo.

5-Gestão de Pessoas

P: Ter o PPP elaborado e em vigência;Profissionais dedicados D: Realimentar constantemente o PPP com aval de todos os profissionais da educação dedicados em um objetivo comum.D: implantação de projetos de diversas disciplinas

Valorizar projetos apresentados pelos professoresDentro da gestão democrática aceitar sugestões dos diversos segmentos da escola.Motivar todos os profissionais para formação continuada.Incentivar e facilitar o uso das novas tecnologias a todos os profissionais da

Curto: solicitar sugestões a todos os segmentos.Médio: Enriquecer o PPP com projetos inovadores diante das novas tecnologias. Longo: buscar apoio para treinamento para professores e funcionários ao uso das novas tecnologias.

educação.

6-Gestão de Serviços de apoio (Recursos Físicos e Financeiros)

P: Ter pessoal capacitado para o desenvolvimento do trabalho educacional;D: Manter os equipamentos em bom estado de conservação;Depredação do patrimônio publico;Falta de recursos para concretização dos projetos.

Que todos os segmentos envolvidos na instituição escolar possam utilizar espaços, instalações e materiais disponíveis com responsabilidades;Implantação de projetos de conscientização da preservação do patrimônio público; Buscar junto às instâncias colegiadas formas de arrecadação de fundos para realização dos projetos

Curto: Apresentar a todos os profissionais da escola os equipamentos que a mesma tem disponível.Médio: realização de eventos culturais para interação da comunidade escolar e arrecadação de fundos.Longo: adquirir equipamentos tecnológicos e pedagógicos

7. METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO.

Prioridades

Objetivos Ações Período

Público Alvo/ Recursos

Responsáveis pela ação

Resultados esperados

IDEB Desenvolver estratégias para o entendimento frente a questões das provas do IDEB

Focar os conteúdos prioritários junto a avaliação

Todo ano

Discentes Professores Espera-se que em 2013 a escola tenha 10% de avanço na média alcançada em 2011.

PPP Determinar a realimentação do PPP

Colocar as novas propostas no PPP

De março a julho 2012

Professores, Equipe Pedagógica e Direção

Professores A partir de agosto/12 a aplicabilidade das propostas.

Evasão Escolar

Desenvolver estratégias que melhore a frequência

Projetos inovadores diante de atividades escolares

Todo ano

Professores, Equipe Administrativa e Pedagógica

Professores e Alunos

Atingir o percentual máximo dos alunos em todas as disciplinas.

Biblioteca

Incentivar uma maior frequência dos alunos.

Implantar computadores com acesso a internet e impressora

Todo ano

Professores, alunos e funcionários

Direção, bibliotecária e professores

Maior hábito de leitura e de pesquisa em livros.

Leitura

Desenvolver o hábito da leitura

Realizar semanalmente leitura em sala

Todo ano

Professores e alunos

Professores Maior hábito de leitura

Recursos tecnoLógicos

Facilitar e incentivar o acesso ao laboratório de informática

Buscar apoio para formação continuada no uso das novas tecnologiasAdquirir um datashow para

Todo ano

Professores e alunos

Direção Buscar formas de inserir novas tecnologias no espaço escolar e com isso uma melhor qualidade de ensino.

escola

6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Atualmente, a avaliação da escola vem ganhando importância cada vez

maior. Feita em seu interior favorece o aperfeiçoamento, na medida em que aponta

os indicadores a serem melhorados e/ou revalidados.

A avaliação institucional enquanto diagnóstico, oferece também a Escola

dados que demonstrem se o que foi planejado passou a ser efetivado na prática.

Consideramos que as reuniões pedagógicas, os conselhos de classe e as

reuniões com os segmentos de representatividade da escola podem gerar

oportunidades para as avaliações mais periódicas envolvendo a participação de toda

a comunidade escolar.

Poderão fazer parte do roteiro de avaliação as seguintes reflexões:

Análise geral do que foi feito ou não: O que foi realizado? O que

não foi? O que está em andamento? O que vai ser ainda? O que não

foi planejado, mas foi realizado?

Análise das metas de ação: ajudaram a efetivação das propostas?

Até que ponto o esforço e o trabalho desenvolvido está nos fazendo

avançar na direção do que escolhemos?

Análise das necessidades pelos pais e alunos: O que você

gostaria que a escola oferecesse? O que você espera da escola? O

que você mudaria na escola? O que você considera que está bom ou

muito bom?

Análise das necessidades pelos professores e funcionários: Quais foram supridas? Quais permanecem?

Entendemos que o Projeto não dará conta de resolver todos os problemas da

Escola, mas devemos valorizar as metas que foram atingidas.

É importante salientar que o caráter da avaliação institucional deve ser

emancipatório, ou seja, que todas as pessoas possam ter o direito de se

manifestarem apresentando seu ponto de vista sem que a sua imagem seja

comprometida.

O Projeto Político-Pedagógico na concepção do envolvimento de todos é

hoje, concretamente, uma ferramenta importante para a transformação da realidade,

é através dele que podemos expressar o desejado e o vivido, tomar consciência da

distância entre ambos e tentar minimizar a mesma.

7. ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Existe a participação e apoio de todos os envolvidos na prática pedagógica,

comprometidos com a construção deste, que norteará toda a ação do colégio. A

direção apóia o trabalho pedagógico e estaremos buscando aprimorar ações como:

reuniões pedagógicas para atender o planejamento curricular de forma

interdisciplinar;

incentivos a projetos novos e a projetos já existentes como o de teatro, júri

simulado, campeonato esportivo, gincana anual, projeto incentivo a leitura,

feira do conhecimento;

reuniões escolares com os familiares para acompanhamento do

rendimento escolar.

8. ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DO COLÉGIO

Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2003

EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Fundamental 87,80% 5,80% 6,40%

Médio 71,30% 9,50% 19,20%

Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2004

EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Fundamental 93,40% 4,00% 2,60%

Médio 77,60% 6,30% 16,10%

Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2005

EnsinoRendimento Escolar Movimento Escolar

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Fundamental 92,90% 3,50% 3,60%

Médio 75,10% 5,30% 19,60%

Fonte: SERE/ABC/Portal Dia-a-dia Educação

Após análise dos resultados referentes aos anos de 2003-2005,

concluímos que, em nosso estabelecimento, a taxa de aprovação do ensino

fundamental e médio aumentou significativamente, destacando-se a do ensino

fundamental.

A taxa de reprovação baixou satisfatoriamente, porém a taxa de abandono

ainda é preocupante, no ensino fundamental diminuiu, porém a do ensino médio

permanece praticamente no mesmo índice do ano de 2004. A maioria das

justificativas dadas são: horário de trabalho e renda salarial.

9. GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar e um processo que rege o funcionamento do colégio, pela

tomada de decisões conjuntas no planejamento, execução, acompanhamento e

avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de

toda a comunidade escolar. A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos

profissionais da educação, alunos pais ou responsáveis e funcionários que

protagonizam a ação educativa do colégio.

A Gestão Escolar tem como órgão Maximo de direção o Conselho Escolar.

O Conselho Escolar é composto por:

Diretor

Representante da equipe pedagógica

Representante dos professores atuantes por grau e modalidade de

ensino

Representante dos pais ou responsáveis por alunos regularmente

matriculados, por grau e modalidade de ensino.

Representante da APMF

Representantes dos seguimentos sociais organizados comprometidos

com a escola pública.

A presidência do conselho escolar será exercida pelo diretor do

Estabelecimento de Ensino, na qualidade de membro nato.

A constituição, representação, funcionamento, atribuições e demais

normativas referentes ao Conselho Escolar estão explicitados em seu Estatuto,

aprovado pelo Ato Administrativo nº259/98.

10. APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS.

APMF – Associação de Pais, mestres e Funcionários é um órgão de

representação dos pais, mestres e funcionários do Estabelecimento de Ensino, sem

caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Destinado a

promover a integração família-escola-comunidade, propondo medidas que visem ao

aprimoramento do ensino e ações de assistência ao educando. Dentre os objetivos

da A.P.M.F. destaca-se o de prestar assistência aos educandos, professores e

funcionários,assegurando melhores condições de eficiência escolar,em consonância

com a proposta Pedagógica do Estabelecimento. O funcionamento da APMF será

regido de acordo com o seu estatuto devidamente registrado, e as suas ações são

determinadas de acordo com os objetivos e atribuições presentes no mesmo.

È vedada a interferência direta da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários na administração do Estabelecimento. Sempre que necessário a APMF

será convocada para reuniões, celebrações, encontros de famílias, estudos,

atividades esportivas, etc. A escola se incumbirá de comunicar os pais por escrito.

11. GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes do Colégio e

tem por objetivos:

representar condignamente o corpo discente;

defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;

incentivar a cultura literária artística e desportiva de seus membros;

Promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar buscando seus

aprimoramentos;

E outros citados no estatuto próprio.

È formado apenas por alunos, de forma independente, onde desenvolvem

atividades culturais e esportivas, organizando debates sobre assuntos de interesses

dos estudantes, e também organizando reinvidicações , tais como compras de livros

para a biblioteca,transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.

12. EQUIPE DE DIREÇÃO

A esta equipe cabe a gestão dos serviços escolares, procurando atingir os

objetivos educacionais do Estabelecimento, definidos neste PPP.

Neste colégio só temos em exercício na equipe de direção, o diretor escolar e

temos a falta de um diretor auxiliar.

Ao diretor compete:

Submeter seu plano anual de trabalho ao conselho escolar.

Convocar e presidir reuniões do conselho escolar.

Elaborar planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de

contas e submeter a apreciação e aprovação do conselho escolar.

Elaborar e submeter a aprovação do conselho escolar,as diretrizes

especificas da administração do Estabelecimento em consonâncias

com as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de

Estado da Educação.

Instituir grupos de trabalhos ou comissões encarregados de estudar e

propor alternativas de solução, para atender problemas de natureza

pedagógica,administrativa e situações emergenciais.

Exercer as atribuições acima citadas e as demais atribuições

decorrentes do Regimento e inerentes a sua função.

13. EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica e responsável pela coordenação, implantação e

implementação, no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.Esta equipe e composta pelo

Pedagogo(s) - Supervisor de Ensino e/ou Orientador Educacional,Corpo Docente e

responsável pela Biblioteca Escolar.

Compete ao pedagogo (supervisor escolar/orientador escolar)..

Subsidiar a Direção com critérios para a definição do calendário

escolar, organização das classes, do horário semanal e distribuição

das aulas.

Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento

de Ensino, em consonância com a Secretaria de Estado da Educação.

Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos

projetos pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino.

Supervisionar, a elaboração e execução de planejamento,

instrumentos de avaliação e registros avaliativos.

Orientar e acompanhar a pratica do corpo docente, oferecendo-lhes

subsídios para aprimoramento do seu desempenho profissional.

Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu

responsável.

Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia de seu

espaço pedagógico.

Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais,

analisando os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria.

Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações

relativas aos serviços de ensino prestados pelo Estabelecimento e o

rendimento do trabalho escolar.

Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para

o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços

de ensino.

Orientar e acompanhar a elaboração e execução do processo de

recuperação aos alunos que necessitam,

Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de

recebimentos de transferências, de acordo com a legislação vigente.

Propor a direção a implementação de projetos de enriquecimento

curricular a serem desenvolvidos pelo Estabelecimento e coordena-los

se aprovados.

Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados

pelo estabelecimento, obedecendo às diretrizes e critérios

estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação.

Promover o encaminhamento de alunos que demonstrem

necessidades de avaliação médica, psicológica ou pedagógica,

permitindo a aceleração de aprendizagem e do desenvolvimento.

Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano anual do

Estabelecimento de Ensino, a partir do rendimento escolar, do

acompanhamento de egressos, de consultas e levantamentos junto a

comunidade.

Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões

encontros, grupos de estudos e outros eventos.

Na falta de Diretor Auxiliar e Secretário, substituir o diretor em suas

faltas e/ou impedimentos.

Exercer as demais atribuições do Regimento e no que concerne a

especificidade de sua função.

14. CORPO DOCENTE

Dentre as contidas em Regimento, destacam-se algumas atribuições:

Desenvolver sua pratica pedagógica em consonância com as

diretrizes do Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de

Ensino.

Elaborar e executar seu planejamento diário de aula, assegurando

perfeita integração entre conteúdos, metodologias, avaliação e

recuperação.

Construir e executar projetos de recuperação para garantir um

momento a mais aquele aluno cujo ritmo circunstancial ou estrutural e

mais lento.

Comunicar a supervisão e ou orientação os resultados das análises

do desempenho dos alunos, com vistas a melhoria do processo.

Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando

sempre o respeito humano ao aluno.

Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e do

colégio com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-

aprendizagem.

Manter assiduidade, comunicando com antecedência, os atrasos e

faltas eventuais,

Apresentar-se decentemente trajado em serviço ou com uniforme que

for destinado.

15. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe e um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor – aluno e os procedimentos adequados a cada

caso. Tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor,na direção do processo ensino-aprendizagem

proposto pelo plano curricular,

Acompanhar e aperfeicoar o processo de aprendizagem dos alunos,

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico,

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros

indicados pelos conteúdos necessários de ensino,evitando a

comparação dos alunos entre si.

São atribuições do Conselho de Classe:

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-

aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e Equipe

Pedagógica.

Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o

rendimento escolar,

Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,

tendo em vista o respeito a cultura do educando,integração e

relacionamento com os alunos na classe,

Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos,em

consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino.

Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração de planos de

adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário.

Decidir sobre a aprovação ou reprovação dos alunos que após a

apuração dos resultados finais não atinjam o mínimo solicitado pelo

Estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do

aluno ate então.

16. BIBLIOTECA

É um espaço pedagógico, cujo acervo esta a disposição de toda a

comunidade escolar. Tem regulamento próprio, onde estão explicitados sua

organização, funcionamento e atribuições do responsável. Seu Regulamento foi

elaborado por seu responsável, orientado pela equipe pedagógica e aprovado pela

Direção e Conselho Escolar.

17. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NÃO DOCENTES

A Lei complementar nº: 123/08 de 09/09/08 publicada em Diário Oficial nº:

7802 de 09/09/08 foi sancionada e instituiu o Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos do Quadro de Funcionários da Educação Básica da Rede Pública

Estadual do Paraná.

Com base nessa Lei complementar, os profissionais da educação foram

reconhecidos e passaram a desempenhar papel relevante importância nas escolas

públicas em todo o estado do paraná.

É com essa responsabilidade que se passou a discutir o trabalho dos agentes

eudcacionais e de como esse trabalho deve ser descrito no presente Projeto Político

Pedagógico de forma que sua prática passa a ser sistematizada e levada ao

conhecimento da comunidade escolar.

O Trabalho executado no dia a dia do estabelecimento de Ensino está de

acordo com as atribuições descritas no Anexo I da Lei 123/08, porém, há a

necessidade da elaboração de um plano de ação para o bom desempenho das

atividades dos Agentes Educacionais I no Colégio Estadual Djalma Marinho-EFM a

saber: reivindicar junto a Gestão a aquisição de EPI( equipamentos de proteção

individual) para os funcionários dos serviços gerais como: luvas, botas, óculos,

jalecos e toucas. Pedir a colaboração dos alunos e professores quanto a manter

organizadas, limpas as dependências do estabelcimento de ensino: salas de aula,

banheiros, laboratório de informática, sala dos professores, secretaria.

Seguindo a mesma linha traçada no que diz respeito a elaboração de um

plano de ação para o bom desempenho das atividades dos Agentes Educacionais II

no Estabelecimento de Ensino observa-se que, de um modo geral, o trabalho do

Agentes Educacionais II também está de acordo com atribuições descritas no Anexo

I da Lei 123/08, sendo organizado o seguinte plano de ação a saber: Organizar a

efetivação da hora atividade para os Agentes II- Técnico Administrativo com a

definição de: Dias, Horas e escala; campanha de conscientização para respeito aos

prazos de entrega de: pen-drives, disquetes, CD's, para impressões de: trabalhos

avaliativos, conversão de vídeos, impressões na matricial, respeitar prazo mínimo

estabelecido de 48 horas para impressões e fotocópias. Campanha de

coscientização do bom uso do laboratório de Informática: com a implantação de um

regulamento de utilização do mesmo. Campanha de conscientização para restringir

o fluxo de alunos no corredor do setor admninstrativo. Plano de Ação: Solicitar a

equipe-pedagógica que orientem os professores a manterem os: LRC( Livro Registro

de Classe) dentro das pastas, na escola e a medida do possível preenchidos.

Orientar os professores e funcionários a manter sempre assinados e preenchidos o

livro ponto. Orientar que a medida do possível o fluxo de pessoas no interior da

secretaria seja reduzido, que só permaneçam no interior da mesma pessoas

devidamente autorizadas.

18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

18.1. ARTE

Apresentação geral da disciplina

Considerando as mudanças ocorridas no Brasil desde o século XIX no campo

sócio-político-econômico, podemos observar que transformações substanciais

influenciaram nas estruturas familiares e no surgimento de novas leis referentes ao

ensino no Brasil. Fez-se necessária uma re-organização das práticas educacionais,

na busca de uma educação de qualidade, tendo em vista que o aluno hoje,

questiona, discute, interage e está cada vez mais conquistando seu espaço e

construindo sua autonomia. Nesse contexto histórico, a disciplina de Artes vem

conquistando o seu espaço e reafirmando sua importância.

É necessário ser expert em arte para apreciá-la? Não necessariamente.

Todos sabem o que é arte, sem ao menos ter feito uma única pintura, poesia ou

música, ou mesmo sem ter jamais teorizado sobre ela. Cinema, teatro, música

experimental e pintura pós-moderna invadem nosso cotidiano. A televisão e o vídeo

os trazem para dentro de nossas casas, mas é na própria rua, com seus ruídos,

seus outdoors, suas máquinas maravilhosas, que tomamos contato com a arte.

Vidros de perfume exibem hoje assinaturas de Mondrian ou Salvador Dali, artistas

cuja obra ainda causa mal-estar em alguns. No entanto, consumimos essa arte sem

nos dar conta, inconscientemente. (...) Podemos não entende-la, mas passamos a

curti-la, sem perceber (...). Hoje, o museu é a própria cidade.

Sendo assim, no mundo contemporâneo a arte está mais acessível e

globalizada que nunca, de alguma forma as pessoas sempre tem acesso a

arte,sendo assim,  o aprendizado em arte compreende mais do que o fazer artístico

ou a manipulação de materiais de arte, compreende uma articulação entre a

produção, a crítica, a história e a estética da arte.O estudo da Arte traz como

essência a mímesis e a representação; a arte como expressão e o formalismo.

Essas teorias apresentam um ponto em comum à todas as obras de arte servindo

como base para um bom entendimento.

O ensino da Arte foi tornado obrigatório no Brasil em 1971, pela Lei de  Diretrizes e Bases para a Educação Nacional – Lei 5692/71.

A promulgação da Constituição em 1988 tornou necessária a elaboração de

nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. A nova LDB - Lei

9.394/96, também chamada Lei Darcy Ribeiro, manteve a obrigatoriedade da Arte na

educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório,

nos diversos níveis da educação básica de forma a promover o desenvolvimento

cultural dos alunos”

Na proposta geral dos PCNs, “Arte tem uma função tão importante quanto a

dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte

está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades”.

As Diretrizes Curriculares passam a considerar a Música, as Artes Visuais, o

Teatro e a Dança, como linguagens fundamentais na arte, no Ensino Fundamental e

Médio.

Durante o período de 2.003 a 2.006 são realizadas diversas ações que

valorizam o ensino da Arte, como o estabelecimento de duas aulas semanais de

Educação Artística no ensino fundamental e de duas a quatro aulas semanais

distribuídas durante o ensino médio. Com a Lei Federal 10.639/03 torna-se

obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira e africana.

A disciplina de Arte no ensino fundamental contempla as linguagens das

artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes

selecionados por essa disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica.

Elementos básicos das linguagens artísticas, produções/manifestações

artísticas e elementos contextualizadores são base para a disciplina de Arte

estruturando-a e não podem ser vistos como elementos limitadores ou

segmentados.

As diferentes formas de pensar o ensino de Arte são consequências do

momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio culturais,

econômicas e políticas.

Objetivo Geral

Para o ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade

serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da Arte coma

cultura e da Arte com a linguagem e apara o Ensino Médio, a partir de um

aprofundamento de conteúdos, a ênfase será maior na Associação da Arte com o

conhecimento, da Arte e do trabalho criador e da Arte e ideologia. Dessa forma, o

aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes

formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com proximidades das

mesmas com seu universo.

Metodologia

Até pouco tempo atrás, o ensino da disciplina Arte baseava-se no “deixar

fazer”, culminando com a exposição dos trabalhos dos alunos. Entretanto, mais

do que falar em conteúdo, as aulas de Artes atualmente primam por possibilitar

aos alunos uma relação entre o mundo e a maneira que o homem encontra

para perceber este mundo ao longo do tempo.

Lidar com o fazer artístico hoje, consiste além de criar, também o construir

um olhar crítico, perceptivo, identificando elementos estéticos e seus diversos

significados. A leitura, apreciação e compreensão de contextos e conceitos se

fazem prioritários ao se ensinar Artes.

É necessário possibilitar aos alunos o desenvolvimento de sua percepção,

imaginação, raciocínio, controle gestual, dentre outros aspectos que ajudarão

no processo de ensino aprendizagem, os tornado seres capazes de analisar,

refletir e emitir opiniões.

Assim, as linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,

serão inseridas no aluno de forma prazerosa, através do lúdico, da expressão

corporal, da sensibilidade, da criatividade. Para isso todas as formas contidas em

uma obra será apresentada por induzimento, para que desperte no aluno o interesse

de como tudo surgiu e que este aluno se sinta inebriado diante o exposto.

Avaliação

A avaliação na disciplina Arte apresenta duas funções: a diagnóstica e a

diretiva. Na função diagnóstica, a qual é processual, contínua, permanente e

cumulativa, tem-se como ponto de partida os conhecimentos artísticos construídos

historicamente pelo Homem e expressos na escola como conteúdo artístico. Já

como ponto de chegada, está a apreensão destes conteúdos pelos alunos a partir

da sistematização e mediação dos mesmos pelo professor na relação ensino-

aprendizagem. Na função diretiva, a avaliação baseia-se na reflexão e no

questionamento da práxis artística que foi desenvolvida no encaminhamento

metodológico pelo professor. Desta forma, além de ensinar, também cabe ao

docente avaliar o ensinar e o aprender durante o processo de desenvolvimento do

trabalho pedagógico da disciplina arte, tornando consciente ao aluno o que foi

aprendido e ao professor o que foi ensinado.

Entretanto, avaliar também consiste em construir uma síntese (sistematização

do conhecimento apreendido) do que os alunos estão aprendendo, sem nenhum

julgamento, a qual pode ser: descritiva e por meio de registro. A avaliação descritiva

comunica o andamento do processo ensino-aprendizagem, comparando-se o que o

aluno sabia no início do processo e os saberes que adquiriu durante este

movimento. Já na avaliação por registro, tudo o que é vivenciado e produzido pelo

aluno é registrado de forma concreta e material, por exemplo: fotos, portfólio, obras

artísticas produzidas e gravações de vídeo e áudio, entre outras.

Toda avaliação das diferentes linguagens artísticas pode ser realizada por

duas formas: a informal e a formal. Na informal, o discente manifesta os conteúdos

escolares que foram aprendidos e o docente os que foram ensinados; e na formal, o

docente seleciona os conteúdos trabalhados e verifica se houve ou não

aprendizagem pelo discente, e para tal utilizasse de diversos instrumentos de

avaliação, tais como: ficha de registro e de observação, dramatização,

autoavaliação, relatos, vivências, sínteses, etc.

Mas ainda indagamos: como sabemos que o aluno aprendeu? Como ele

expressa esta aprendizagem? Creio que nesta situação, tornasse necessário que

critérios de avaliação sejam estabelecidos, para que haja clareza dos conteúdos que

o aluno apreendeu ou não, e daqueles que está a caminho de apreender ou não,

desde que o foco esteja no processo e não no resultado da práxis pedagógica

artística. Assim, o aluno expõe os diferentes níveis de apropriação e

aprofundamento que efetivou ou não, e que pode vir a realizar. Como critérios de

avaliação, destacamos: a vivência e produção de diferentes trabalhos artísticos, o

desenvolvimento da sensibilidade do homem, a apreensão de produtos artísticos

que o indivíduo construiu em suas práticas sociais e ao longo do tempo e espaço

histórico, o desenvolvimento e aprimoramento dos órgãos dos sentidos para

compreensão, criação, produção e fruição do trabalho artístico e a valorização da

função social do artista, sua obra e seu tempo e espaço histórico, para a coletividade

e para si próprio.

Desta forma, concluímos que não basta aprender um conteúdo escolar para

mensuração de notas e aprovação de ano escolar, embora estas precisem existir no

contexto escolar; é primordial ir além disso, ou seja, de aprender um conteúdo

escolar em função de uma necessidade social e a compreensão e utilização do

mesmo, rumo a uma intervenção e transformação na sociedade e em si mesmo.

Nesta direção, o professor da disciplina Arte necessita formação continuada para

promover a educação estética de acordo com os parâmetros aqui apresentados, o

que só é possível por meio de oficinas e do uso de materiais de apoio e didáticos

desenvolvidos e aplicados por professores e profissionais desta área.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

6° ANO – ÁREA MÚSICA

 7º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas:

diatônica,

pentatômica.

cromática

Maior, menor,

Improvisação

Gêneros:

erudito, popular

Greco-romana

Oriental

Ocidental

Idade Média

Música Popular (folclore)

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a musica

oriental, ocidental e africana.

●Perceba a estruturação dos

elementos formais na paisagem

sonora e na musica e audição de

diferentes ritmos e escalas

musicais.

● Produza e execute instrumentos

percussivos.

●Conheça o cânone rítmico e

melódico.

●Desenvolva a percepção dos

sentidos rítmicos e de intervalos

melódicos e harmônicos.

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Estrutura

Gêneros: folclórico,

popular, étnico

Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Improvisação

Música popular e étnica

(ocidental e oriental)

Brasileira

Paranaense

Africana

Renascimento

Neoclássica

Caipira/Sertanejo Raiz

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a musica

oriental, ocidental e africana.

●Perceba a estruturação dos

elementos formais na paisagem

sonora e na musica e audição de

diferentes ritmos e escalas

musicais.

●Produza e execute instrumentos

percussivos.

●Conheça o cânone rítmico e

melódico.

●Desenvolva a percepção dos

sentidos rítmicos e de intervalos

melódicos e harmônicos.

8º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Ritmo

Melodia

Harmonia

Indústria Cultural

Eletrônica

●Compreenda a musica da

sociedade contemporânea e de

outras épocas, abordando a mídia

e os recursos tecnológicos.

●Perceba os modos de fazer

musica, por meio de diferentes

Intensidade

Densidade

Tonal, modal e a

fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental,

eletrônica,

informática e mista

Sonoplastia

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Sertanejo pop

Vanguardas

Clássica

mídias. (cinema, televisão, radio e

computador).

●Entenda a relação sobre musica

e indústria cultural.

●Produza trabalhos de composição

musical utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

●Compreenda as diferentes formas

musicais no Cinema e nas mídias,

sua função social e ideológica de

veiculação e consumo.

9º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Estrutura

Técnicas: vocal,

Música Engajada

Música Popular Brasileira.

Música contemporânea

Hip Hop, Rock, Punk

Romantismo

●Compreenda a arte musical como

ideologia e fator de transformação

social.

●Perceba os modos de produzir

musica e sua função social como

musica engajada.

●Produza trabalhos com os modos de

organização e composição musical,

com enfoque na Musica Engajada.

instrumental, mista

Gêneros: popular,

folclórico, étnico.

Popular Brasileira e Contemporânea.

●Perceba as diversas técnicas de

execução musical como: vocal,

instrumental e mista.

6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOSEXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa/Abstrato

Geométrica

Técnicas: Pintura,

desenho, baixo e

alto relevo,

escultura,

arquitetura...

Gêneros:

paisagem, retrato,

cenas da mitologia

Arte Greco-romana

Arte Africana

Arte Oriental

Idade Média

Arte Popular (folclore)

Arte Pré-histórica

Renascimento

Barroco

●Compreensão dos elementos que

estruturam e organizam as artes

visualize sua relação com o

movimento artístico no qual se

originaram.

●Apropriação prática e teórica de

técnicas e modos de composição

visual.

7º ANO - ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa

Abstrata

Geométrica

Técnicas:

Pintura,

desenho,

escultura,

modelagem,

gravura, mista,

pontilhismo...

Gêneros:

Paisagem,

retrato,

natureza morta.

Arte indígena

Arte Popular Brasileira e

Paranaense

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo

●Relacione o conhecimento artístico

com formas artísticas populares e do

cotidiano do aluno.

●Perceba os modos de estruturar e

compor as artes visuais na cultura

destes povos.

●Produza trabalhos em artes visuais,

com características da cultura popular,

relacionando os conteúdos com o

cotidiano do aluno.

●Compreenda as diferentes formas

artísticas populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

● Aproprie a pratica e teoria de

técnicas, gêneros e modos de

composição visual.

8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Cenografia

Técnicas:

pintura,

desenho,

fotografia,

audiovisual,

gravura...

Gêneros:

Natureza

morta, retrato,

paisagem.

Indústria Cultural

Arte Digital

Vanguardas

Arte Contemporânea

Arte Cinética

Op Art

Pop Art

Clássicismo

●Compreenda o significado da arte na

sociedade contemporânea e em outras

épocas, abordando a mídia e os

recursos tecnológicos na arte.

●Perceba os modos de fazer trabalhos

com artes visuais nas diferentes

mídias.

●Produza trabalhos em artes visuais

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

●Compreenda as artes visuais no

cinema e nas mídias, sua função social

e ideológica de veiculação e consumo.

●Aproprie a pratica e teoria das

tecnologias e modos de composição

das artes visuais nas mídias,

relacionadas a produção, divulgação e

consumo.

9º ANO - ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

 

 

 

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Geométrica

Figura-fundo

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Cenografia

Técnica: Pintura,

desenho,

performance...

Gêneros:

Paisagem urbana,

 

Realismo

Dadaísmo

Arte Engajada

Muralismo

Pré-colombiana

Grafite (Hip Hop)

Romantismo

●Entenda a arte como ideologia e fator

de transformação social.

●Perceba os modos de fazer trabalhos

em artes visuais e sua função social.

●Produza trabalhos em artes visuais

com ênfase nos elementos de

composição.

●Compreenda a dimensão das artes

visuais enquanto fator de

transformação social.

●Produza trabalhos visando atuação

do sujeito em sua realidade singular e

social.

idealizada, cenas

do cotidiano

6º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

 

Ação

 

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro 

indireto e direto

improvisação,

manipulação,

máscara

Gênero:

Tragédia,

Comédia,

enredo, roteiro.

Espaço Cênico,

circo.

Adereços

Greco-Romana

Teatro Oriental

Africano

Teatro Medieval

Renascimento

Teatro Popular

 

●Compreenda a forma como se

estrutura e organiza os elementos que

compõem o teatro em suas origens e

outros períodos históricos.

●Estude as estruturas teatrais:

personagem, ação dramática e espaço

cênico e sua articulação com formas

de composição em movimentos e

períodos.

●Produza trabalhos teatrais com

ênfase nos elementos de composição.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam o teatro e suas

relações com os movimentos artísticos.

●Aproprie pratica e teoricamente as

técnicas e modos de composição

teatrais.

7º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES  

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

EXPECTATIVA DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE  

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

 

Ação

 

Espaço

Representação,

Leitura

dramática,

Cenografia.

Gêneros: Rua,

Comédia, arena,

Caracterização

Técnicas: jogos

dramáticos e

teatrais,

Mímica, 

improvisação,

formas

animadas...

Comédia dell' arte

Teatro Popular

Teatro Popular Brasileiro

e Paranaense

●Compreenda as formas de estruturação

e organização da dança em suas origens

e outros períodos históricos;

●Compreenda o movimento corporal,

tempo, espaço e sua articulação com os

elementos de composição e movimentos e

períodos da dança.

●Produza trabalhos com dança utilizando

diferentes modos de composição.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a dança e sua

relação com o movimento artístico.

●Aproprie pratica e teoricamente de

técnicas e modos de composição da

dança.

8º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

 

Ação

 

Espaço

Representação

no Cinema e

Mídias (Vídeo,

TV e

Computador)

Texto

dramático

Cenografia

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro, enredo

Técnicas: jogos

teatrais,

sombra,

adaptação

cênica

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Vanguardas

Classicismo

●Compreenda o significado da arte na

sociedade contemporânea e em outras

épocas, abordando a mídia e os

recursos tecnológicos na arte.

●Perceba os modos de fazer trabalhos

com artes visuais nas diferentes

mídias.

●Produza trabalhos em artes visuais

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

●Compreenda as artes visuais no

cinema e nas mídias, sua função social

e ideológica de veiculação e consumo.

●Aproprie da pratica e teoria das

tecnologias e modos de composição

das artes visuais nas mídias,

relacionadas a produção, divulgação e

consumo.

9º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

 

Ação

 

Espaço

Técnicas:

Monólogo,

jogos teatrais,

direção, ensaio,

Teatro-Fórum,

Teatro Imagem

Representação

Roteiro, enredo

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Gêneros

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Romantismo

●Compreenda a arte teatral como

ideologia e fator de transformação

social.

●Perceba os modos de fazer teatro e

sua função social.

●Se aproprie das teorias do teatro.

●Crie trabalhos com os modos de

organização e composição teatral

como fator de transformação social.

6º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESEXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

 

Tempo

 

Espaço

Eixo

Deslocamento

Ponto de Apoio

Formação

Técnica:

Improvisação

Gênero:

Circular

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Idade Média

Arte Popular (folclore)

●Compreenda as formas de

estruturação e organização da dança

em suas origens e outros períodos

históricos;

●Compreenda o movimento corporal,

tempo, espaço e sua articulação com

os elementos de composição e

movimentos e períodos da dança.

●Produza trabalhos com dança

utilizando diferentes modos de

composição.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a dança e sua

relação com o movimento artístico.

● Aproprie pratica e teoricamente de

técnicas e modos de composição da

dança.

7º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

 

Tempo

 

Espaço

Gênero:

Folclórica,

popular, étnica

Ponto de Apoio

Formação

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Níveis (alto,

médio e baixo)

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Renascimento

●Compreenda o conhecimento da

dança e sua relação com formas

artísticas populares e o cotidiano do

aluno.

●Perceba os modos de elaborar e

executar dança, por meio de diferentes

espaços.

●Produza trabalhos com dança

utilizando diferentes modos de

composição.

●Compreenda as diferentes formas de

dança popular, suas origens e práticas

contemporâneas.

●Aproprie da pratica e teoria, de

técnicas, gêneros e modos de

composição da dança.

8º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

Direções

Dinâmicas

Hip Hop

Musicais

●Entenda o significado da arte na

sociedade contemporânea e em outras

épocas, abordando a mídia e os

 

Tempo

 

Espaço

Aceleração

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero:

Indústria

Cultural,

espetáculo

Expressionismo

Indústria Cultural 

Dança Moderna

Dança Clássica

recursos tecnológicos na arte.

●Perceba os modos de fazer dança,

através de diferentes mídias.

●Produza trabalhos de dança

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

●Compreenda as diferentes formas de

dança no cinema, musicais e nas

mídias, sua função social e ideológica

de veiculação e consumo.

●Aproprie da pratica e teoria sobre

tecnologias e modos de composição da

dança nas mídias; relacionadas a

produção, divulgação e consumo.

9º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

 

Tempo

Ponto de Apoio

Níveis (alto,

médio e baixo)

Rotação

Arte Engajada

Vanguardas

Dança Contemporânea

Romantismo

●Entenda a dança como ideologia e

fator de transformação social.

●Perceba os modos de fazer dança e

sua função social.

●Produza trabalhos com os modos de

organização e composição da dança

como fator de transformação social.

●Compreenda a dimensão da dança

 

Espaço

Deslocamento

Gênero: Salão,

espetáculo,

moderna

Coreografia

enquanto fator de transformação

social.

●Produza trabalhos com dança,

visando atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

ENSINO MÉDIO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

 

Duração

 

Timbre

 

Intensidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Modal, Tonal e

fusão de

ambos.

Gêneros:

erudito,

clássico,

Música Popular Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

●Perceba os modos de fazer música e

sua função social.

●Compreenda os elementos

os elementos que estruturam e

organizam a música e a sua relação

com a sociedade contemporânea.

●Analise a produção musical em

diferentes perspectivas históricas e

culturais.

●Identifique e produza diferentes

 

Densidade

popular, étnico,

folclórico, Pop

Técnicas: 

vocal,

instrumental,

eletrônica,

informática e

mista

Improvisação

Oriental

Africana

Latino-Americano

possibilidades de técnicas e modos de

composição musical.

●Reconheça os elementos formais na

paisagem sonora e na música.

●Perceba a paisagem sonora como

constitutiva da música contemporânea

(popular e erudita) dos modos de fazer

música.

●Identifique os diferentes ritmos e

escalas musicais, assim como seus

diversos gêneros.

●Produza e execute instrumentos

rítmicos (percussivos).

ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

 

Bidimensional

Tridimensional

Arte Ocidental

Arte Oriental

●Perceba os modos de se fazer artes

visuais e sua função social.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam as artes

Linha

 

Forma

 

Textura

 

Superfície

 

Volume

 

Cor

 

Luz

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Técnica:

Pintura,

desenho,

modelagem,

instalação

performance,

fotografia,

gravura e

esculturas...

Gêneros:

paisagem,

natureza-morta,

designer,

história em

quadrinhos...

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Engajada

Arte Contemporânea

Arte Digital

Arte Latino-Americana

 

 

visuais e sua relação com movimento

e período.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam as artes

visuais e a sua relação com a

sociedade contemporânea.

●Reconheça os modos de estruturar e

compor as artes visuais na cultura de

diferentes povos.

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

 

Ação

 

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

direto e indireto,

mímica, ensaio,

Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação,

leitura

dramática

Gêneros:

Tragédia,

Comédia,

Drama e Épico

Dramaturgia

Representação

nas mídias

Caracterização

Cenografia,

sonoplastia,

figurino,

iluminação

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-americano

Teatro Realista

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam o teatro e sua

relação com o movimento e período.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam o teatro e sua

relação com a sociedade

contemporânea.

●Reconheça os modos de estruturar e

compor o teatro na cultura de

diferentes povos.

●Analise a produção teatral em

diferentes perspectivas históricas e

culturais.

●Identifique diferentes possibilidades

de técnicas, gêneros e modos de

composição teatral.

●Perceba os modos de fazer teatro em

diferentes espaços.

●Perceba a relação do conhecimento

em teatro com formas artísticas

populares e do cotidiano.

●Produza trabalhos teatrais com

características da cultura popular,

relacionando-os com o cotidiano.

●Compreenda as diferentes formas de

representação, presentes no cotidiano,

suas origens e praticas

Direção

ProduçãoTeatro Simbolista

contemporâneas.

●Compreenda o significado do teatro

na sociedade contemporânea, em

outras épocas e na mídia.

●Perceba os modos de fazer trabalho

com teatro nas diferentes culturas e

mídias, sua função social e ideológica

de veiculação e consumo.

●Experimente e perceba as diferentes

possibilidades de trabalhos de

representação utilizando equipamentos

e recursos tecnológicos.

●Produza trabalhos de representação

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

●Compreenda o teatro como ideologia

e como fator de transformação social.

●Crie trabalhos teatrais com enfoque

da arte como ideologia e como fator de

transformação social.

●Reconheça a si mesmo como criador

e produtor de trabalhos teatrais,

inserido em determinado tempo e

espaço.

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

 

 

Movimento

Corporal

 

Tempo

 

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de Apoio

Salto e Queda

Rotação

Níveis

Formação

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gêneros:

Espetáculo,

industrial

cultural, étnica,

folclórica,

circular,

populares,

salão, moderna,

contemporânea.

..

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Expressionismo

Indústria Cultural Dança

Moderna

Arte Engajada

Vanguardas

Dança Contemporânea

●Perceba os modos de fazer dança e

sua função social.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a dança e sua

relação com os movimentos e

períodos.

●Compreenda os elementos que

estruturam e organizam a dança e sua

relação com a sociedade.

●Reconheça os modos de estruturar e

compor a dança na cultura de

diferentes povos.

●Análise a produção em dança nas

diferentes perspectivas históricas e

culturais.

●Identifique e produza diferentes

possibilidades de técnicas, gêneros e

modos de composição na dança.

●Perceba os modos de elaborar e

executar dança em diferentes

espaços.

●Perceba a relação do conhecimento

em dança com formas artísticas

populares e do cotidiano

●Produza trabalhos de dança com

características da cultura popular e

sua relação com o cotidiano.

●Compreenda as diferentes formas de

dança popular, suas origens e práticas

contemporâneas.

●Compreenda o significado da dança

na sociedade contemporânea, em

outras épocas e na mídia.

●Produza trabalhos de dança

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos

●Perceba os modos de fazer dança,

por meio de diferentes mídias.

●Compreenda a dança de palco e em

diferentes mídias.

●Compreenda as diferentes formas de

dança no cinema, musicais e nas

mídias, sua função social e ideológica

de veiculação e consumo.

●Experimente e perceba as diferentes

possibilidades de trabalhos de dança,

utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

●Compreenda a dança como ideologia

e como fator de transformação social.

●Produza trabalhos de dança com

enfoque na arte como ideologia e

como fator de transformação social.

●Perceba a si mesmo como criador e

produtor de trabalhos em dança,

Referência Bibliográfica

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revisada e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, Editora da USP, 1971.

AZEVEDO, H.A. Tarsila do Amaral a primeira dama da arte brasileira. 4ª ed.

Campinas: Arvore do saber, 2005.

_________Arte no Brasil. São Paulo, Nova Cultural, 1982.

CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, História & Produção 2. São Paulo: FTD, 1997.

CANTELE, Bruna R.. Arte, etc. e tal... volume 2. São Paulo: IBEP.

GOMBRICH, E.H. A história da arte, 16ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

MATTOS, Paula Belfort  A arte de educar: Cartilha de Arte e Educação. Editora

Antonio Bellini, 2003

_________Os grandes artistas. São Paulo, Nova Cultural, 1986.

SOUZA, Osvaldo Rodrigues. História Antiga e Medieval. São Paulo, Editora Ática,

1987.

PARANÁ. Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para o

Ensino Fundamental. Curitiba. SEED, 2006.

RAFFA, Ivete. Fazendo arte com os mestres. São Paulo: Escolar, 2006.

VASCONCELLOS, Thelma & NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. São

Paulo, Editora Scipione, 1985.

VIEIRA, Ivone Luzia & DECKERS, Jan. Educação Artística. Belo Horizonte Lê

Editora, 1975.

18.2. LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação Geral da Disciplina

Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de "linguagens" que

leve o aluno a observar, perceber, inferir, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir

com seu semelhante, por meio do uso funcional da linguagem, e que esta reflita a

posição histórico-social do autor, levando-o a perceber, consciente ou

inconscientemente, as marcas de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu

discurso, seja ele oral ou escrito.

Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante, transformador para a

existência de uma sociedade mais justa, humana, democrática.

O ensino de Língua Portuguesa deve ser concebido, atualmente, como um

possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno num

contexto globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela mídia.

Ao mesmo tempo em que deve lhe proporcionar meios generalizantes de

escuta/leitura de textos produzidos pelos formadores de opinião, o ensino deve,

também, valorizar uma variedade lingüística que reflita as diferenças regionais.

Além das variedades lingüísticas, que refletem diferentes valores sociais, o

ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes gêneros literários,

buscando dar ao aluno condições de ler e entender os tipos de discursos bem como

produzi-los, a partir de suas necessidades reais. Ele precisa ter consciência dos

diferentes níveis de linguagem e saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão

lingüístico mais adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.

Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, queremos

um aluno preparado para perceber e produzir bons textos de acordo com seus

interesses e necessidades. Não queremos um aluno reprodutor, mas produtor de

idéias.

Objetivos Gerais para oralidade

Para que o aluno adquira fluência e desinibição na expressão oral, sem,

contudo repetir os vícios habituais da oralidade será indispensável:

a- um ambiente de tranqüilidade e ordem que possibilite a ele ser ouvido e/ou

contestado pelo grupo classe;

b- o respeito à posição do outro durante debates e discussões;

c- a aceitação de que podem existir outros pontos de vista diferente do seu próprio;

d- a formação de opinião própria sem interferência;

e- o prazer de ler (ou declamar) em voz alta com pronúncia e entonações corretas;

f- o interesse em trazer para a sala de aula assuntos veiculados pelos meios de

comunicação;

g- a elaboração rápida de sínteses das idéias principais apresentadas pelos textos.

Objetivos Gerais para Leitura

Como a Análise do Discurso se dá no contexto ideológico, a leitura é a

determinação histórica dos processos de significação, pois quem lê produz sentidos

a partir de determinadas condições histórico-sociais.

Por ser o texto produzido a partir da posição histórico-social do autor, é claro

que ele imprimirá, consciente ou inconscientemente no discurso produzido marcas

de sua ideologia. Assim, um dos pontos fundamentais na exploração do texto será

levar o aluno a perceber essas marcas deixadas pelo autor. Ao aluno deve ser

mostrado que a intencionalidade do autor não aparece apenas no tema abordado,

mas também no vocabulário escolhido, no sentido dado a cada palavra, na

construção sintática e, sobretudo, na forma especial como ele organiza seu texto

para atingir seus objetivos.

Para que o aluno encontre e dê significação ao texto, é necessário que ele

saiba que o referente pode não estar claramente expresso. Por isso, precisa saber

que traz um enorme repertório de textos em sua memória – embora não tenha

clareza e consciência desse fato – que o ajudará a montar as espécies desse jogo.

É preciso mostrar-lhe que, nesse momento, entra toda a sua experiência e vivência

para a recuperação dos significados do texto que será mais intensa quanto maior

for sua capacidade de inserção nesse processo.

O aluno deve ser direcionado, mas jamais induzido no seu processo de dar

sentido ao texto, para que não se corra o risco de impedi-lo de uma apropriação

particular da significação do texto.

Essa apropriação de sentidos dos textos permitirá ao aluno a formação de um

significado mais amplo, que passa por um processo de auto-conhecimento,

ampliando seu quadro de valores até chegar a uma visão mais crítica da sociedade.

Finalmente, a seleção de textos deve considerar tudo o que a literatura

acumulou ao longo da história que constitui a produção cultural da humanidade.

Desde os gêneros mais conhecidos até as manifestações lingüísticas mais

prosaicas, uma gama variada de textos deve ser oferecida ao aluno: narrativos,

descritivos, dissertativos, poéticos, jornalísticos, publicitários, instrucionais,

enciclopédicos e não-verbais.

Para uma exploração de texto mais produtiva, serão observados os seguintes

procedimentos:

a- deixar que o aluno faça uma primeira leitura do texto livremente, sem

interferências, descobrindo o prazer da leitura;

b- direcioná-lo no sentido de trabalhar com hipóteses para a solução de situações

problemas;

c- direcioná-lo para o levantamento de pistas que o levarão a uma interpretação

mais completa do texto;

d- fornecer ao aluno o embasamento teórico que lhe permita reconhecer no texto

recursos expressivos para atingir um determinado objetivo;

e- fornecer ao alunos dados (contextualização) que lhe permita inferir marcas

ideológicas no texto;

f- fazê-lo perceber que os textos dialogam entre si, captando o significado desta

intertextualidade;

g- chamar sua atenção para os diferentes tipos de gêneros.

Objetivos gerais para escritaA produção de texto coloca-se como o ponto culminante do trabalho realizado

com o aluno em língua portuguesa. Facilitar a produção de texto do aluno, dando-

lhe às condições ideais para tornar-se um escritor competente, um produtor de

significados (e não um mero reprodutor de textos) acaba sendo o fim último de

nosso trabalho.

Pressupõe-se que o ato de escrever seja uma busca, uma investigação do

mundo ou de si mesmo. Essa busca deve proporcionar prazer. Portanto, o prazer é

o próprio escrever e assim as atividades que executamos desde criança (brincar,

jogar, fantasiar) não só podem como devem ser resgatadas no momento da criação

de textos.

Entre as variáveis existentes que garantem as condições ideais para a

produção textual, está fazer o aluno refletir sobre as inúmeras possibilidades que o

código lingüístico lhe oferece para expressar o conhecimento de si, de suas

emoções, da própria realidade, incluindo a projeção de seu imaginário por meio de

uma linguagem expressiva, marcada de intencionalidades, que procurarão tocar

positivamente o leitor. Além disso, inclui-se seu posicionamento ideológico, sua

visão de mundo.

Inclui-se também o conhecimento das regularidades da língua, o manejo das

estruturas subjacentes, enfim, o domínio de uma gramática do texto. E,

principalmente, inclui-se a progressão discursiva, garantidora da coesão e da

coerência do texto e responsável pela distinção entre um simples amontoado de

frases e um conjunto organizado lógica e semanticamente.

Pressupondo que o aluno escreverá para um leitor real (que pode ser o

professor, os colegas, o jornal da escola, a Internet) e não simplesmente para

encher a página de seu caderno ou para não perder nota, observar:

a- se ele realmente incorporou os diferentes subsídios presentes nos textos com os

quais trabalhou na exploração da escrita;

b- se sua produção, sendo diversificada, apresenta, para cada gênero, as condições

mínimas necessárias para que se considerem apreendidas as estruturas narrativas,

descritivas, poéticas e dissertativas bem como a combinação dessas estruturas,

principalmente a visual e a escrita;

c- se a proposta possibilita ao aluno projetar seu mundo interior, seu imaginário, ao

mesmo tempo em que lhe permite reinventar maneiras originais de expressar-se;

d- se o aluno escreve não apenas corretamente, mas expressivamente;

e- se ele sabe combinar períodos e formar parágrafos coerentes e se ele sabe

combinar parágrafos para compor um texto coeso;

f- se ele maneja com razoável habilidade recursos discursivos quer lhe permitem

atingir os objetivos de escritor que quer conquistar seu leitor, adequando esses

recursos às idéias que quer transmitir;

g- se ele transfere para seus escritos os conhecimentos adquiridos no campo da

gramática;

h- se ele inteirou-se dos critérios estabelecidos, com a concordância do grupo, para

a correção e avaliação das redações e se acata a orientação do professor e ou

colega no sentido de reescrever os textos para melhorá-los;

i- se na reescrita apresenta realmente melhoras significativas, a partir das

observações apontadas no texto;

j- se o grupo/classe participa ativamente das atividades relacionadas à leitura ou

exposição dos textos produzidos por todos em projetos, inclusive, valorizando

adequadamente a dimensão da linguagem.

Aspectos lingüísticos

A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular

não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão

que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar

com eles na sua ausência.

Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda

variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que

permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução.

Dessa forma, análise lingüística está presente entre os objetivos da língua

portuguesa, pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a

linguagem em seu dia-a-dia.

Essa análise lingüística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre

autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno

leitor diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos

lingüísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto

temático como na articulação entre as partes que constitui o texto, a clareza, a

coerência, a consistência argumentativa.

Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva

em atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de

adequação da linguagem.

É na produção de texto que se percebe se o aluno chegou, realmente, a uma

conscientização de como funciona a língua. Todos os recursos da oralidade

deverão ser aí traduzidos. E é a gramática que traduz tais recursos na escrita. É ela

que permite que se conheçam os jogos discursivos da língua. É através da

aquisição da competência gramatical que o aluno poderá produzir seus próprios

discursos e, ao produzi-los, terá a liberdade de empregar ou não as estruturas

lingüísticas de que tomou consciência. Entretanto, é importante salientar que ter

consciência das muitas regras gramaticais não vai garantir que, ao produzir seus

textos, o aluno será bem sucedido. Aqui é que entra o papel do professor que será

o mediador entre o aluno e os possíveis usos da língua. É ele que propicia

momentos de reflexão e correção. Ao perceber as lacunas apresentadas pelos

alunos, é o professor que proporciona o importante momento da reescrita para que

sejam trabalhados os aspectos por ele anteriormente selecionados. É este que

direciona o olhar do aluno para que perceba o texto como um conjunto de partes

vinculadas entre si, com laços morfossintáticos que garantam sua tessitura linear,

dando-lhe um encadeamento lógico.

A gramática sempre será considerada como meio de leitura de mundo e não

como um fim em si; seu estudo tem por objetivo apenas conscientizar o aluno de

algo que ele, intuitivamente, já sabe.

Para a aquisição desse repertório lingüístico, deve-se perceber que:

a- a sistematização dos conceitos visa à compreensão dos mecanismos da língua e

a uma melhor performance do aluno no momento da produção de texto;

b- será trabalhada a morfossintaxe;

c- todo o conteúdo gramatical será desenvolvido a partir de exemplos retirados de

textos trabalhados ou de situações reais criadas na sala de aula, o que possibilitará

ao aluno entender que os elementos do universo humano (e as relações entre

esses elementos) são respectivamente representados no universo da linguagem;

d- a organização dos períodos deverá moldar-se ao raciocínio lógico do aluno e

acompanhar progressivamente, a evolução da complexidade de seu pensamento;

e- os fenômenos lingüísticos deverão ser inicialmente analisados pelos alunos e,

somente depois de esgotados os questionamentos lançados ao grupo/classe será

feita a "amarração" final, seguida da correspondente conceituação;

f- o desenvolvimento do pensamento abstrato deverá corresponder à interiorização

de dois processos básicos de composição do período: a coordenação e a

subordinação;

g- o aprendizado dos elementos garantidores da coesão dos processos de

coordenação e subordinação devem voltar-se para o texto enquanto análise e

produção.

O estudo da Cultura Afro-brasileira, africana e indígena

Com base na Lei nº 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá

sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das

Africanidades na formação da cultura brasileira.

Conteúdos a serem abordados em todas as séries do Ensino Fundamental.Realização de leituras e estudos e pesquisas sobre:

Identidade cultural.

Patrimônio cultural.

Diversidade cultural.

Herança cultural.

Movimentos de resistência.

Aculturação.

Discriminação social.

Discutir diversas linguagens para discutir a temática, através de: danças,

filmes, textos, pintura, televisão, cinema, mídia impressa etc...

Conteúdos do Ensino Fundamental

6° ANO

Conteúdo Estruturante:O discurso como prática social

Conteúdos Específicos para leitura:- Identificação do tema

- Interpretação textual, observando:

- Conteúdo temático

- Interlocutores

- Fonte

- Intertextualidade

- Informatividade

- Intencionalidade

- Marcas lingüísticas- Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários

- Inferências.

Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

- Inferências de informações implícitas;

- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para,

interpretação de textos.

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;

- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

- Inferências de informações implícitas;

- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos.

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;

- Leitura de vários textos para a observação das relações;

Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

- Contação de histórias;

- Narração de fatos reais ou fictícios;

- Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas,desenhos,programas

infanto-juvenis e reportagem.

- Análise dos recursos próprios da oralidade;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

EscritaAdequação ao gênero:

- Conteúdo temático;

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Argumentação;

- Paragrafação;

- Clareza de idéias;

- Refacção textual;

Metodologia leitura, oralidade e escrita.- Discussão sobre o tema a ser produzido;

- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Produção textual

- Revisão textual

- Reestrutura e reescrita textual

Conteúdos para análise lingüística englobando as práticas de leitura, escrita e oralidade:- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;

- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,acentuação gráfica;

- Processo de formação de palavras;

- Gírias

- Algumas figuras de pensamento (prosopopéia, ironia...)

- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;

- Particularidades de grafia de algumas palavras;

Metodologia Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- Gêneros selecionados para leitura ou audição;

- Textos produzidos pelos alunos;

- Dificuldades apresentadas pela turma.

Sugestões de gêneros discursivos a serem trabalhados no 6° ano:História em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas,

narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial

para TV, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,

autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhos, cantigas de

roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre

outros.

7° ANOConteúdo estruturanteO discurso como prática social

Conteúdos específicosLeituraInterpretação textual, observando:

- Conteúdo temático

- Interlocutores

- Fonte

- Ideologia

- Papéis sociais representados

- Intertextualidade

- Intencionalidade

- Informatividade

- Marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários as

particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal.

-Texto verbal e não-verbal

Oralidade- Adequação ao gênero:

- Conteúdo temático;

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas)...

- Variedades lingüísticas;

- Intencionalidade do texto;

- Papel do locutor e do interlocutor;

- Participação e cooperação;

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

EscritaAdequação ao gênero;

- Conteúdo temático;

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação: entonação

repetições e pausas.

- Variedades lingüísticas;

- Intencionalidade do texto;

- Papel do locutor e do interlocutor;

- Participação e cooperação;

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

- Argumentação;

- Coerência e coesão textual;

- Organização das idéias/parágrafos;

- Finalidade do texto;

Refacção textual;

Metodologia para leitura, oralidade e escrita.- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

- Leitura das informações implícitas nos textos;

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

- Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;

- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

- Contação de histórias;

- Seleção de discurso de outros, como: notícias, cenas de novelas/filmes,

entrevistas, programas humorísticos...

- Análise dos recursos próprios da oralidade;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Produção;

- Discussão sobre o tema a ser produzido;

-Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Conteúdos para Análise lingüística.

- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto.

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen, acentuação

gráfica.

- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais.

- A representação do sujeito no texto (expressivo /elíptico; determinado

/indeterminado; ativo/passivo).

- Neologismo

- Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).

-Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;

-Linguagem digital;

-Semântica;

-Particularidades de grafia de algumas palavras.

Metodologia- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

- de textos produzidos pelos alunos;

- das dificuldades apresentadas pela turma;

- Diferencie a linguagem formal da informal;

- Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes...

- Amplie o léxico;

- Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto;

- Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos;

Sugestões de gêneros discursivos para o 7° ano: entrevista (oral e escrita),

crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda,

exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família,

literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso,

cartum, história em quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre outros.

8° ANOConteúdo estruturanteO discurso como prática social

Conteúdos específicos para leituraInterpretação textual, observando:

- Conteúdo temático

- Interlocutores

- Fonte

- Ideologia

- Intencionalidade

- Informatividade

- Marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

- As diferentes vozes sociais representadas no texto;

- Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.

- Relações dialógicas entre textos;

OralidadeAdequação ao gênero:

- conteúdo temático;

- elementos composicionais;

- marcas lingüísticas;

-Coerência global do discurso oral;

-Variedades lingüísticas;

-Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

-Particularidades dos textos orais

-Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

-Finalidade do texto oral

EscritaAdequação ao gênero;

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

- Argumentação

- Coerência e coesão textual

- Paráfrase de textos

- Paragrafação

- Refacção textual

Metodologia- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Consideração dos conhecimentos prévios;

- Inferências no texto;

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

- Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc.

- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

- Dramatização de textos;

- Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...

- Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa redonda,

cena de novela/programa, reportagem, debate.

- Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;

- Discussão sobre o tema a ser produzido;

- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

- Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Produção textual

- Revisão textual

- Reestrutura e reescrita textual

Conteúdos lingüísticos para as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

- Conotação e denotação;

- A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

- Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...).

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

- Acentuação gráfica;

- Figuras de linguagem;

- Procedimentos de concordância verbal e nominal;

- A elipse na seqüência do texto;

- Estrangeirismos;

- As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;

- A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

- Complementação do verbo e de outras palavras;

Metodologia

Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto

de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

- de textos produzidos pelos alunos;

- das dificuldades apresentadas pela turma;

Sugestões de gêneros discursivos para o 8°ano: regimento, slogan, telejornal,

telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de

terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio

publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato

pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa

redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.

9° ANO

Conteúdo estruturanteO discurso como prática social

Conteúdos específicos para leitura

1) Interpretação textual, observando:

- Conteúdo temático

- Interlocutores

- Fonte

- Intencionalidade

- Intertextualidade

- Ideologia

- Informatividade

- Marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

- Informações implícitas em textos

- As vozes sociais presentes no texto

- Estética do texto literário

Oralidade

Adequação ao gênero;

- Conteúdo temático

- Elementos composicionais

- Marcas lingüísticas

- Variedades lingüísticas

- Intencionalidade do texto oral

- Argumentação

- Papel do locutor e do interlocutor:

- Respeita os turnos de fala

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

Escrita

Adequação ao gênero;

- Conteúdo temático

- Elementos composicionais

- Marcas lingüísticas

- Argumentação

- Resumo de textos

- Paragrafação

- Paráfrase

- Intertextualidade

- Refacção textual

Metodologias para leitura, oralidade e escrita.

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Consideração dos conhecimentos prévios;

- Inferências sobre informações implícitas no texto;

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;

- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

- Exposição oral de trabalhos/textos produzidos;

- Dramatização de textos;

- Apresentação de seminários, debates, entrevistas...

- Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista;

- Análise dos recursos próprios da oralidade;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Discussão sobre o tema a ser produzido;

- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

- Produção textual

- Revisão textual

- Reestrutura e reescrita textual

Análise lingüística para as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Conotação e denotação

- Coesão e coerência textual

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

- Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao

que diz, como: felizmente, comovedoramente...).

- Semântica

- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.

- Acentuação gráfica

- Estrangeirismos, neologismos, gírias;

- Procedimentos de concordância verbal e nominal;

- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

- A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

- Coordenação e subordinação nas orações do texto;

Aspectos metodológicos para a análise lingüística.

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para: leitura ou escuta;

- de textos produzidos pelos alunos;

- das dificuldades apresentadas pela turma;

Sugestões de gêneros discursivos para 9° ano: artigo de opinião, debate,

reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,

narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial,

curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, reality show,

novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções,

entre outros.

Conteúdo Estruturante Ensino Médio

Para o ensino de Língua Portuguesa enfoca-se o discurso como prática social

para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e es-

critos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações

sociais.

Conteúdos 1º Ano

Projeto Político-pedagógico – CEDAM 2011

Disciplina de Língua Portuguesa

Objetivos gerais da Disciplina de Língua Portuguesa

Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la

a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão im-

plícitas no discurso cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações dis-

cursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores,

os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de

produção-leitura;

Refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo,

de forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim

como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto,

desenvolvendo também a capacidade de auto-avaliação;

Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação com consciên-

cia, na escola, no trabalho e em outros contextos da sua vida;

Desenvolver e aprimorar as capacidades de, principalmente, ler o

mundo, e assim representá-lo em diferentes contextos;

Aprimorar o senso crítico do aluno em relação aos textos, levando-o a

compreender e avaliar a realidade;

Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes

de informação, aprendizagem, lazer e arte;

Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as diferentes opiniões e

informações veiculadas nos textos;

Ver na leitura as possibilidades de expressão da cultura de um povo;

Trocar impressões e informações com outros leitores bem como com

outras leituras;

Possibilitar espaços dedicados à leitura;

Resgatar por meio de elementos fornecidos pelo texto valores hu-

manos e aplica-los no dia-a-dia;

Valorizar a cultura afro-descendente e indígena, o meio ambiente e a

história do Paraná.

Conteúdo Estruturante

Para o ensino de Língua Portuguesa enfoca-se o discurso como prática social

para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e es-

critos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações

sociais.

Conteúdos Básicos do 1º ano:

Leitura :

Fábula, poema, carta pessoal,texto teatral,relato pessoal,texto publicitário,re-

latório ,seminário,artigo de opinião

Reconhecer nos diferentes Gêneros :

Conteúdo Temático

Interlocutores

Finalidade e intencionalidade do Texto

Contexto de produção

Argumentos

Elementos composicionais do gênero

Marcas Linguísticas

Escrita :

Linguagem : língua, variedades linguísticas, interlocutor

Introdução aos gêneros textuais

Fábula, poema, carta pessoal,texto teatral,relato pessoal,texto publicitário,re-

latório ,seminário,artigo de opinião ( leitura, produção escrita e reescrita)

Textualidade, coerência e coesão

Finalidade e Informatividade do texto

Vozes sociais presentes no texto

Ideologia presente nos diferentes textos

Semântica : sinonímia, antonímia,hiponímia, hiperonímia,polissemia,ambigu-

idade

Sons e Letras : fonema e letra,dígrafo, encontros vocálicos e consonantais,

ortoépia e prosódia

Formação e estrutura das palavras: composição, hibridismo,onomatopéia,re-

dução,empréstimos e gírias;

Literatura : definição, linguagem literária

Figuras de Linguagem

Literatura Brasileira: início da produção literária até século XVII

Oralidade:

debates, relato pessoal, seminário: reconhecendo

Conteúdo Temático

Papel do locutor e interlocutores

Entonação,expressão facial,corporal, gestual, pausas

Adequação: do discurso ao gênero e da fala ao contexto

Variações Linguísticas

Diferenças e Semelhanças entre o discurso oral e o escrito

Conteúdos Básicos do 2º Ano :

Leitura:

Gêneros Textuais: cartaz,conto,notícia,entrevista,reportagem,anúncio

publicitário,crítica,editorial

Conteúdo Temático

Interlocutores

Finalidade e intencionalidade do Texto

Contexto de Produção-leitura

Intertextualidade

Marcas Línguísticas presentes no texto

Semântica

Escrita

Gêneros Textuais: cartaz, conto, notícia, reportagem,anúncio publicitário,

crítica e editorial – Leitura, Produção escrita e reescrita

- Função das classes gramaticais dentro do texto

Morfossintaxe e sua funcionalidade no texto

Sujeito e predicado na construção do texto

Termos ligados ao verbo na construção do texto

Literatura : Romantismo em Portugal e sua influência na Literatura Brasileira

Romantismo no Brasil - poesia e prosa Romântica : romance romântico, ro-

mance indianista,romance regional,romance urbano,prosa gótica na construção de

nossa identidade cultural

Realismo e Naturalismo –sua importância na contrução da Literatura

Brasileira

Parnasianismo e Simbolismo no Brasil- sua importância na Literatura

Brasileira

Oralidade :

Entrevista, debates, seminários

Conteúdo Temático

Finalidade e intencionalidade

Adequação do discurso ao gênero

Variações Linguísticas

Entonação, expressão facial,corporal, gestual, pausas

Semântica

Função do Locutor e interlocutores

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

Conteúdos Básicos do 3º Ano:

Leitura:

Crônicas, cartas ao leitor, textos argumentativos

Obras Pré Modernistas e Modernistas- prosa, poesia e teatro

Romances, contos , crônicas e teatro contemporâneos

Escrita:

Gêneros Textuais: crônica,carta do leitor, cartas argumentativas de recla-

mação e solicitação,texto dissertativo- argumentativo ( leitura, produção escrita e

reescrita)

Elementos composicionais dos gêneros

Conteúdo temático

Interlocutor e vozes sociais presentes no texto

Finalidade, intencionalidade, informatividade

Contexto de produção-leitura

Intertextualidade e referência textual

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

- Pontuação e sua importância no sentidodo texto

- A importância da Concordância verbal e nominal na construção do significado do

texto

Oralidade:

Debate regrado público, seminários.

Intencionalidade

Informatividade e argumentação

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal, gestual,

pausas

Adequação do discurso ao gênero

Variações Linguísticas

Marcas Linguísticas : coesão, coerência, gírias, repetições,etc.

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

AvaliaçãoA avaliação não pode ser aceita como um simples instrumento classificatório,

mas de acompanhamento da construção da aprendizagem, indicando assim um

processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar todos os resultados obtidos

durante o período letivo. De que maneira o aluno se posiciona na oralidade, na

leitura e produção escrita, o que é necessário para que uma caminhada qualitativa

aconteça. Assim como a certeza de onde se quer chegar, são questões norteadoras

do trabalho e avaliação do professor, esta perspectiva delineia alguns critérios

básicos que devem nortear o processo avaliativo. Considerando-se a oralidade em

sua especificidade é importante observar a participação individual e coletiva do

aluno nas atividades de linguagem, a capacidade de exposição clara das idéias, a

construção de argumentos coerentes.

Quanto à leitura devem ser observados aspectos como a caminhada do leitor,

a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a capacidade de

extrair informações, de perceber diversos pontos de vista, a capacidade de transitar

entre os textos lidos posicionando-se em relação a eles e perceber os recursos que

o autor utilizou. Na escrita é preciso examinar a capacidade de produzir , reproduzir,

narrar, sintetizar e apresentar usando a unidade temática, a seqüência lógica das

idéias, o uso dos elementos coesivos, discursos direto, indireto, concordância

nominal e verbal, ortografia e o domínio dos aspectos formais do texto.

Os alunos vêm com diferentes experiências em relação à leitura, escrita e

oralidade. Não é possível, pois, estabelecer metas idênticas para todos. Cada um

será observado em relação a seus próprios avanços e dificuldades. As avaliações

poderão ser:

Individuais, em grupos ou duplas.

Pesquisas e síntese dos trabalhos.

Apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre diversos

temas.

Participação do aluno em classe;

Reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os objetivos

propostos.

Debates e argumentação.

Para sintetizar, será avaliado o quanto o aluno aproxima-se dos objetivos a

seguir:

Linguagem Oral:

É capaz de expor suas idéias verbalmente e de forma clara;

Consegue argumentar em defesa de suas idéias;

Compreende que diferentes formas de registro têm o mesmo valor lingüístico;

Procura adequar a fala a diferentes interlocutores e as diversas situações

sociais;

Confronta opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem verbal.

Na linguagem escrita, no que se refere à produção de textos:

o Escolhe o tipo de texto de acordo com suas intenções;

o Procura utilizar uma configuração discursiva adequada às finalidades dos

diversos tipos de textos;

o Ao produzir textos, utiliza os recursos próprios do discurso escrito, em

oposição à escrita impregnada de marcas da oralidade;

o Escreve com clareza e coerência, utilizando recursos expressivos da

linguagem verbal.

No que se refere à leitura:

Identifica diferentes suportes de textos, organizações, estruturas, funções,

contextos;

Lê com autonomia para si e para o outro, textos cuja complexidade seja

compatível com seu nível de escolarização, compreendendo o que lê;

Reconhece e usa a língua materna como geradora de significados e integradora

da organização no mundo e da própria identidade.

Recuperação

A LDB N° 9394/96, possibilita a obrigatoriedade dos estudos de recuperação,

de preferência paralela ao período letivo, capaz de promover a valorização real dos

alunos nela envolvidos. E é nesse sentido que a aprendizagem como um processo

contínuo, com registros permanentes de aproveitamento escolar, pode se tornar

indicativo seguro para apontar alunos que precisam de recuperação da

aprendizagem, antes que o resultado final se concretize. Assim, a produção de texto

é um processo de elaboração que exige racionalidade. E a primeira versão de um

texto sempre pode ser melhorada. É o professor que deve conscientizar o aluno

sobre o que reformular e como fazê-lo com o texto produzido, mostrando que um

texto pode ganhar diferentes versões com algumas reformulações. No processo de

reestruturação pode haver uma autocorreção feita pelo próprio produtor de textos,

quando este relê sua produção para si ou para os outros. E as observações feitas

pelos outros leitores devem inferir nas reformulações de um texto. Ao valorizar o

processo de escrita, o professor e o aluno deve dar atenção ao texto rasurado, como

momento necessário até a versão definitiva do texto. Assim, deve ficar claro ao

aluno que para um texto escrito seja compreendido pelo outro é necessário que esse

texto seja claro, coerente e coeso.

Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem. Em relação

às produções de textos serão os alunos orientados para a reescrita e posterior

avaliação do progresso em relação a primeira versão . Serão tantas vezes revisadas

as produções quantas os alunos refizerem. Para apresentações orais de pesquisas,

debates dar-se-á uma nova oportunidade para que o aluno possa reapresentar o

trabalho procurando sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação

as provas escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação

escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao professor.

Referências Bibliográficas

BAKHTIN, Mikhail. Questões de estética e literatura. São Paulo: Martins Fontes,

1997.

FARACO,Carlos Alberto: TEZZA, Cristovão: CASTRO, Gilberto de . Diálogos com Bakhtin. Curitiba, Pr: editora UFPR, 2000.

GERALDI. O texto em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1987.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMANN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed.

Campinas, Sp: pontes, 2000.

KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3 ed. São Paulo: Ática,

2000.

PARANA , Secretaria de Estado da Educação. Curriculo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão Preliminar. Curitiba: SEED,

2008.

PELLEGRINI, Tânia. FERREIRA, Marina. Palavra e Arte. São Paulo: Atual, 1996.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

SUASSUNA,Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática.

Campinas, SP: Papirus, 1995.

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo; Parabóla, 2007.

APP-Sindicato. LDB – Lei de Diretrizes e bases da Educação – Lei 9394/96.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos, 6ª ed. São

Paulo: Contexto, 2002.

COSTA, Val Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes,

2001.

18.3. MATEMÁTICA

Apresentação Geral da Disciplina

A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no

mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção

humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.

É uma ciência viva, fazendo-se presente na qualificação do real -

contagem, medição de grandezas - e no desenvolvimento das técnicas de cálculo

com os números e com as grandezas. No entanto, esse reconhecimento vai muito

além criando sistemas abstratos ideais, que organizam inter-relacionamento e

revelam fenômenos do espaço, do movimento das formas e dos números

associados quase sempre a fenômenos do mundo físico.

O exercício da indução e da dedução em matemática reveste-se de

importância no desenvolvimento da capacidade de resolver problemas, de formular e

testar hipóteses, de induzir e de generalizar e de inferir dentro de determinada

lógica, o que assegura um papel de releva ao aprendizado dessa ciência em todos

os níveis de ensino.

A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao

desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias a

comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o

trabalho coletivo e autonomia advinda da confiança na própria capacidade para

enfrentar desafios. Para exercer essa cidadania é necessário saber calcular, medir,

raciocinar, argumentar, tratar informações estatísticas (etc...) Para Lorenzato &

Fiorentini (2001), Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes,

na qual, apenas, o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não

garantem competência a qualquer profissional que nela trabalhe. E para Pitombeira

é "o estudo de todos os fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre todos os

processos de ensino-aprendizagem em Matemática e a atuação sobre estes fatores"

(1991, p.18).

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se

em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática

pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino,

a aprendizagem e o conhecimento matemático.

Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação

Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento - natureza científica - e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem da Matemática - natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004, p.

70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda

e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos, etc.”. Outra finalidade apontada pelos autores

“é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático,

valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano

e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público”(id. 2004, p. 71).

Esta é a Educação Matemática proposta para estas Diretrizes Curriculares

de Matemática para a educação básica. Este campo de investigação prevê a

formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações

sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles,

o matemático. Para Ribnikov (1987), a Matemática enquanto ciência tem

singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto,

são as generalizações, abstraídas a partir delas, que a caracterizam como uma das

formas para as pessoas adquirirem sua consciência social. Assim, tem-se presente

à idéia de que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, o estudante se apropria

de conhecimentos que possibilita a criação de relações sociais.

Portanto, é necessário que o processo de ensino e aprendizagem em

Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada

para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o

estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

Objetivos Gerais

●Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter do

jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula

o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento

da capacidade para resolver problemas.

●Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos

da realidade do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior

número possível de relações entre eles, utilizando o conhecimento

matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico,

combinatório e probabilístico).

●Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-

las e avaliá-las criticamente.

●Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precessão e argumentar sobre suas

conjecturas, fazer uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre

ela e diferentes representações matemáticas.

●Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos

entre estes esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.

●Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemática, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de

soluções.

●Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando

coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto,

respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

6° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA

Sistemas de numeração.

Os Números naturais.

Divisores e múltiplos.

Potenciação e radiciação

Números fracionários

Números decimais

GRANDEZAS E MEDIDAS 2) Medidas de comprimento

3) Medidas de massa

4) Medidas de área

5) Medidas de volume

6) Medidas de tempo

7) Medidas de ângulos

8) Sistema monetário

GEOMETRIAS 9) Geometria plana

10)Geometria espacial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 11)Dados, tabelas e gráficos

12)Porcentagem

7° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA 13)Números inteiros

14)Números racionais

15)Equações e inequações de 1°

grau

16) razão e proporção

17) regra de três simples

GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura

medidas de ângulos

GEOMETRIAS Geometria plana

Geometria Espacial

Geometria não - euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Pesquisa estatística

Média aritmética

moda e mediana

Juros simples

8° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA o Números racionais e irracionais

o Sistemas de equações do 1° grau

o Potências

o Monômios e polinômios

o Produtos notáveis

GRANDEZAS E MEDIDAS o Medidas de comprimento

o Medidas de área

o Medidas de volume

o Medidas de ângulos

GEOMETRIAS o Geometria plana

o Geometria espacial

o Geometria analítica

o Geometria não - euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Gráfico e informação

População e amostra

9° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA Números reais

Propriedades dos radicais

Equação do 2° grau

Teorema de Pitágoras

Equações irracionais

Equações biquadradas

Regra de três composta

GRANDEZAS E MEDIDAS Relações métricas no triângulo

retângulo

Trigonometria no triângulo retângulo

FUNÇÕES Noção intuitiva de função afim

Noção intuitiva de função quadrática

GEOMETRIAS o Geometria plana

o Geometria espacial

o Geometria analítica

o Geometria não - euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Noções de análise

combinatória

Noções de probabilidade

Estatística

Juros compostos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO MÉDIO

Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual

baseiam-se em Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da In-formação.

Em Números e Álgebra insere-se Conjunto dos Números Reais, Conjunto dos

Números Complexos, Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios. O

campo matemático mapeado de conceito de álgebra é abrangente e permeado pelo

uso de convenções algébricas como conceito de variável, conceito de incógnita, con-

hecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo lit -

eral e coeficientes numéricos. Os Números vem de uma linha histórica, já que está

presente em nosso meio desde o começo da idade da pedra e veio se evoluindo

desde então, até chegar no atual sistema de numeração formado pelos algarismos

0,1,2,3,4,5,6,7,8, e 9 , usado mundialmente.

Para Geometrias, podemos considerar a inclusão da discussão de Geometria

Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções Básicas de Geometria

Não - Euclidiana.

Funções abrange situações nem sempre vividas somente em sala de aula,

ou seja, tem vários conceitos aplicáveis em situações cotidianas dos discentes. Este

conteúdo abrange várias áreas do conhecimento modelando e explorando matemati-

camente o raciocínio do aluno por provocar neste, a visão e atuação de outros con-

teúdos específicos da Matemática e outras áreas do conhecimento para a resolução

de problemas que utilizam – se as Funções como referência inicias. Para o ensino

de Funções engloba-se : Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial,

Função Logarítmica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Arit-

mética e Progressão Geométrica.

Em Tratamento da Informação insere-se os conteúdos de Análise Combi-

natória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton. De-

nomina-se Tratamento da Informação o meio para resolução de problemas que ex-

igem mais do que apenas a técnica de se resolver exercícios, mas também a capaci-

dade de análise e interpretação. Neste campo, visa-se a necessidade do estudante

de ter uma leitura mais crítica dos acontecimentos globais, tendo assim condições

de ler e expressar informações através do uso de tabelas, gráficos, dados percentu-

ais, indicadores e conhecimento das possibilidades de eventos ocorrerem ou não.

Diante dos conteúdos apresentados, vale lembrar que cabe ao professor anal-

isar de que forma estes serão abordados em sala de aula, afim de os mesmos este-

jam relacionados com a vivência do educando na aprimoração de conceitos

matemáticos.

1° ANO Teoria dos conjuntos;

Subconjuntos;

Igualdade de conjuntos;

Operações com conjuntos;

Conjuntos numéricos;

Intervalos;

Noção intuitiva de função;

Domínio, imagem e contradomínio da função;

Função par;

Função afim;

Função crescente e decrescente;

Função composta;

Função inversa;

Função polinomial do 1° grau;

Estudo do sinal de uma função;

Função quadrática;

Função modular;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Propriedades operacionais dos logaritmos.

2° ANO Matrizes;

Tipos de matrizes;

Operações de matrizes;

Determinantes;

Equações lineares;

Sistemas lineares;

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Seqüências;

Progressões aritméticas;

Progressões geométrica;

Média;

Geometria plana.

3° ANO Trigonometria;

Probabilidades;

Geometria espacial;

Prismas;

Pirâmides;

Cilindros;

Cones;

Esferas;

Geometria analítica;

Ponto, reta e circunferência;

Números complexos;

Polinômios;

Estatística;

Matemática financeira;

Metodologia

Em nosso Estabelecimento de Ensino contamos com um acervo de materiais

composto por: Conjunto de blocos lógicos, Dominó de subtração e multiplicação,

conjunto de números e sinais, material dourado, escala cuisenaire, réguas

numéricas, jogos de sequência lógica de trânsito, jogos de dominó associação de

ideias, conjunto de sólidos geométricos, conjunto de Tangram, sólidos geométricos

em acrílico, transferidores, compassos, esquadros, livro didático, tv pendrive,

laboratório de informática, aparelho de DVD.

O ensino-aprendizagem de matemática tem como ponto de partida a

resolução de problemas e pode ser resumida nos seguintes princípios:

- A situação problema é o ponto de partida da atividade matemática e não a

definição. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e métodos

matemáticos devem ser abordados mediante exploração de problemas, ou seja, de

situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia para

resolvê-la.

- O problema não deve requerer um ato de resolução mecânica, com a

simples aplicação de fórmulas ou processos operatórios aprendidos durante a aula.

Um problema só existe quando o aluno for levado a interpretar a questão e

estruturar e contextualizar a situação apresentada.

- O saber matemático deve ser considerado como um conjunto de idéias. A

situação-problema tem que privilegiar esse aspecto. Assim, o aluno percebe que

para resolver a questão é necessário recorrer a conhecimentos já aprendidos e que

precisam ser interligados.

- A resolução de problemas não pode ser apresentada como uma finalidade

em si. Ela é uma orientação para a aprendizagem. Com base nela, é possível

desenvolver conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.

●Ao aluno estar distante de um problema proporciona elaborar um ou vários

procedimentos de resolução, comparar o resultado com o dos colegas e validar seus

procedimentos.

●Usando situação-problema serão abordados os temas: História e Cultura

Afro Brasileira e Africana ( Lei nº 10639/03 e Deliberação de CEE/PR) ; História e

Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana ( Lei nº 11645/08) ; Política Nacional de

Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99) ; História do Paraná ( Lei nº 13381/01) ;

Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas ( Lei nº 11343/06) e Educação Sexual e

Prevenção à AIDS e DST ( Lei nº 11733/97 e 11734/97).

Postura do professor:

- Ser um mediador: promover o debate sobre os procedimentos adotados e as

diferenças encontradas; orientar reformulações e valorizar as soluções mais

adequadas;

- Ser um facilitador: fornecer informações (textos e material) que o aluno não tenha

acesso;

- Ser um incentivador: estimular a cooperação entre os alunos;

- Ser um avaliador: observar se os objetivos estão sendo atingidos ou se é

necessário reorganizar as atividades pedagógicas para que isso aconteça;

- Ser um organizador: conhecer quem são seus alunos para elaborar atividades que

possam atingir os objetivos necessários.

Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações

que podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se

incumbem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado

(1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada disciplina não pode

resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se

articulam”. O autor defende que abordar conteúdos disciplinares com base numa

organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no interior das

diversas disciplinas poderá incorrer em práticas docentes que impossibilitam a

produção de um ensino significativo. Portanto, o trabalho docente deve estar

pautado nos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada

conteúdo específico.

O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por

educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática

docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática.

Na disciplina de matemática há uma série de conteúdos que não podem ser

separados em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear. Eles

devem ser abordados de tal maneira que as conexões sejam favorecidas.

Avaliação

Avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem,

ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um

mesmo sistema.

Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação

encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções

e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e

de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador e/ou

calculadora.

O professor é o responsável pelo processo de ensino e da aprendizagem e

precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos,

os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem.

Dessa forma, o professor poderá problematizar:

- Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?

- Que conceito utilizou para resolver uma atividade de uma maneira equivocada?

- Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos?

- Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?

- Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa

mecânica de resolução?

A prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos

metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à interpretação e à

discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do

aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e

alunos, na tomada de decisões e nas questões relativas aos critérios utilizados para

se avaliar.

Portanto, a avaliação do aprendizado matemático deve ser feita a todo

momento e a toda hora. Isso porque a construção do conhecimento é um processo

maior do que a verificação por um único instrumento avaliativo.

Deve-se adotar uma postura que considerem os caminhos percorridos pelo

aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos.

É necessário ter em mente que na aprendizagem escolar o erro é inevitável

para se buscar o acerto.

Referência Bibliográfica

FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.

Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p. 1-37. 1995.

http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_out03/html/algebra,

LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em:

http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/ matematica/Oprofissional emEducacaoMatemática

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez,

2002.

MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação - UNICAMP - Pro-posições. Campinas.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1990.

DCE – Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, 2006.

SEED

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná , 2008.

18.4. CIÊNCIAS

Apresentação Geral da Disciplina

Segundo as DCE, da disciplina de Ciências da Educação Básica do Estado

do Paraná (2008), o objeto de estudo é o Conhecimento Científico, adquirido a partir

da investigação da natureza. Sendo assim, o educando deverá ter a capacidade de

interpretar de forma racional fenômenos observados na natureza e sua relação entre

elementos fundamentais como: tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo,

energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

natureza devem ocorrer pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. A

introdução do método científico levou a dominação cada vez mais eficaz da natureza

e passou assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a

dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da

dominação da natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas

através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável

legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura

(HABERMAS, 1980, p. 305).

A ciência não pretende revelar a verdade, mas propõe modelos explicativos

construídos a partir da aplicabilidade do método científico. Então, podemos concluir

que: Ciência é toda atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída onde se torna possível a introdução dos conceitos do método científico.

O ensino de Ciências no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que

se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado

à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre

antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se

originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no

consumo” (MARANDINO, 2005, p.162).

A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de sua

criação: “a existência de um único método para o trato do conjunto das ciências

naturais” (MACEDO e LOPES, 2002, p.73).

A sociedade brasileira passou por transformações significativas rumo à

modernização entre o início do século XX aos anos 50. Das transformações que se

destacam estão a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e

portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no

currículo de Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola.

A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas

brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com o objetivo de transmitir

conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência

já consolidadas no currículo escolar brasileiro ( DCE, p.99).

Com a reforma Capanema, na década de 1940, o ensino objetivava a

preparação de uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola

deveria contribuir para a divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças

de chances de aquisição cultural, dirigentes e dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991,

p.86).

A partir do surgimento do IBECC ( Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e

Cultura) em 1946, o ensino de Ciências passou por mudanças significativas, sendo

proporcionado o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de professores, bem

como a implantação de projetos que influenciaram a divulgação científica nas

escolas.

O currículo básico, no início dos anos 90, apresentou avanços consideráveis

para o ensino de Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua

identidade para o momento histórico vigente. Com a promulgação da LDB n.

9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e bases para a Educação Nacional, foram

produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais que propunham uma nova

organização curricular em âmbito federal.

Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciou-se

no Paraná um processo de discussão coletiva com o objetivo de produzir novas

Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o

ensino de Ciências (DCE, p. 104).

Após este breve histórico da disciplina de Ciências no Brasil, vale ressaltar,

que o ensino de Ciências deve superar a mera descrição teórica e manipulação

experimental, assumindo um caráter reflexivo sobre a ética dos conteúdos

desenvolvidos. O conhecimento sobre como a natureza se comporta e a vida se

processa contribui para o aluno se posicionar com fundamentos acerca de questões

bastante polêmicas e orientar suas ações de forma mais consciente.

O ensino de Ciências deve deixar de ser encarado como mera transmissão de

conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de

conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos

estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica ( LOPES, 1999). Espera-se

uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,

rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de

estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar

uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da

aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

Objetivos Gerais

● Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

● Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e

uma atividade humana, histórica, associadas a aspectos de ordem social,

econômica, política e cultural;

● Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e em evolução histórica e compreender

a tecnologia como meio de suprir necessidades humanas;

● Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens indivíduais e coletivos

que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

● Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

● Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

● Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para

a construção coletiva do conhecimento;

● Saber combinar leituras, observações, experimentações, organização,

comunicação e discussão de fatos e informações.

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Universo

Sistema Solar

Movimentos Terrestres

Movimentos Celestes

Astros

Matéria Constituição da Matéria

Sistemas Biológicos Níveis de Organização

Energia Formas de Energia

Conversão de Energia

Transmissão de Energia

Biodiversidade Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia

Astros

Movimentos Terrestres

Movimentos Celestes

Matéria Constituição da Matéria

Sistemas Biológicos Célula

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

Energia Formas de Energia

Transmissão de Energia

Biodiversidade Origem da Vida

Organização dos Seres Vivos

Sistemática

8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Origem e evolução do Universo

Matéria Constiuição da Matéria

Sistemas Biológicos Célula

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

Energia Formas de Energia

Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos

9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Astros

Gravitação Universal

Matéria Propriedades da Matéria

Sistemas Biológicos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

Mecanismos de Herança Genética

Energia Formas de Energia

Conservação de Energia

Biodiversidade Interações Ecológicas

Metodologia

O conhecimento não é uma produção desvinculada da vida concreta do

homem, daí a necessidade da produção organizada das bases capitalistas, significa

conquistar desenvolvimento, tecnologia e vontade de progredir.

O homem deve estar muito bem relacionado com a natureza e ao mesmo

tempo deve se adaptar com as transformações do mundo, com isso vai estar pronto

para o crescimento intelectual, atualizando sempre os seus conhecimentos podendo

ampliar a participação em seu meio social, desenvolvendo uma atitude crítica que

dirige as relações pessoais, como a outros aspectos de sua vida cultural e afetiva.

Portanto, abrir o diálogo, encontrar respostas e incentivos adequados aos trabalhos

capazes de colocar os alunos em interação social e cognitiva, possibilita a realização

de um ensino ativo, desafiador e atualizado, em busca de respostas para as

situações reais, desenvolvendo habilidade e ao mesmo tempo, dando atenção aos

diferentes conceitos, procedimentos e atitudes; oportunizando o contato direto do

aluno com os fenômenos naturais e artefatos tecnológicos em atividades de

observação e experimentação que levem a evolução conceitual, aprendizagem dos

procedimentos e a valorização humana.

A importância da busca de informações em fontes variadas é procedimento

importante para o ensino e aprendizagem, que permite obter informações para a

elaboração e reelaboração de ideias fundamentais para o desenvolvimento de

autonomia na obtenção de conhecimento, sendo que, os demais conteúdos e em

conjunto com as demais áreas do conhecimento, favorecerão a análise de

problemas científicos atuais, desenvolvendo uma visão globalizada das diversas

situações que envolvem o indivíduo em ações coletivas.

Avaliação

É uma atividade constante na vida de todo profissional, sejam eles

professores, médicos, engenheiros, músicos, etc. Isso não significa, no entanto, que

um professor sempre sabe avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas

do paciente; um engenheiro, as necessidades de seu cliente; um músico, a

performance de um colega.

Precisamos, primeiramente, nos liberar da ideia de que o senso comum é

suficiente para julgarmos um desempenho. Essa libertação permite estabelecer

parâmetro para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior

desenvolvimento daquele que estamos avaliando.

Um aspecto é verdadeiramente importante: avaliar pressupõe auto-avaliação.

Os resultados obtidos pelos alunos, além de revelar o nível de aprendizado que está

sendo obtido pela classe, mostra, também, o desempenho de quem está ensinando.

Bons resultados gerais indicam alunos atentos e a coerência dos objetivos

propostos. Maus resultados podem sugerir incompatibilidade entre o ensino e a

aprendizagem; neste caso, cabe ao professor rever seus métodos e a sua didática e,

ainda, procurar uma empatia maior com a classe.

É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações pedagógicas do

professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim de que os

critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito

principal do processo de ensino e aprendizagem, a aquisição dos conteúdos

específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, por meio

de abordagem articulada.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, na medida que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam,

defendendo o próprio ponto de vista.

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem, não

podendo estar centralizada em uma única atividade, considerando os alunos como

sujeitos históricos. Então os professores podem interpretar e analisar as informações

obtidas na aprendizagem, considerando as concepções de ciência, tecnologia,

sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e do

currículo de Ciência, reestruturando o processo educativo, dando-se como base em

uma auto-avaliação com a continuidade da prática pedagógica, realizando

intervenções coerentes com os objetivos previamente propostos para o ensino da

discipĺina.

A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático, fornecendo

Feedback ao professor e permitindo a recuperação do aluno. Deve ser funcional,

verificando se os objetivos previstos estão sendo atingidos; orientadora, pois permite

ao aluno conhecer erros e corrígi-los o quanto antes; e integral, pois considera o

aluno como um todo, não sendo analisado somente o aspecto cognitivo mas

também comportamentais e sua habilidade psicomotora.

O professor deve observar os critérios de avaliação que envolvem os

conteúdos básicos da disciplina de Ciências. Tomando esses critérios, espera-se

que os alunos:

6º ANO

1. Entenda as ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

2. Reflita sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do

universo.

3. Conheça a história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e

heliocêntricas.

4. Compreenda os movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes

do sistema solar.

5. Entenda a constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como

fenômenos da natureza.

6. Compreenda a constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e

crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

7-Conheça os fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta

Terra.

8. Entenda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo

integrado.

9-Reconheça as características gerais dos seres vivos.

10-Reflita sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo de

explicação da constituição dos organismos.

11-Conheça os níveis de organização celular.

12- Interprete o conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas

formas de manifestação.

13- Conheça as formas de conversão de energia.

14- Interprete o conceito de transmissão de energia.

15- Reconheça as particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa,

nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação,

convecção, condução.

16- Entenda essas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na

natureza.

17- Reconheça a diversidade das espécies e sua classificação.

18- Diferencie ecossistema, comunidade e população.

19- identifique as principais espécies ameaçadas de extinção.

20- Entenda a formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea

e sua relação com os seres vivos.

21- Compreenda a ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e

sua relação com os seres vivos.

7º ANO

22. Compreenda os movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.

23. Compare os movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da

Lua, com base no referencial Terra.

24-Reconheça os padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os

movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

25-Entenda a composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia

solar.

26- Entenda a constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.

27. Compreenda a constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes

essenciais ao surgimento da vida.

28. Conheça os fundamentos da estrutura química da célula.

29. Conheça os mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos

celulares.

30. Compreenda o fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de

energia na célula.

31. Compreenda as relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir

do entendimento dos mecanismos celulares.

32. Entenda o conceito de energia luminosa.

33. Entenda a relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com os

seres vivos.

34. Identifique os fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e

infravermelha.

35. Entenda o conceito de calor como energia térmica e suas relações com sistemas

endotérmicos e ectotérmicos.

36- Entenda o conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres

vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.

37- Conheça a classificação dos seres vivos, as categorias taxonômicas, filogenia.

38- Entenda as interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres

autótrofos e heterótrofos.

39- Conheça as eras geológicas e as teorias a respeito da origem da vida, geração

espontânea e biogênese.

8º ANO

40. Reflita sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do

universo.

41. Relacione as teorias e sua evolução histórica.

42. Diferencie as teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que

consideram o universo cíclico.

43. Conheça os fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados,

nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo).

44. Conheça sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos

atômicos.

45. Compreenda o conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias,

ligações químicas, reações químicas.

46. Conheça as Leis da Conservação da Massa.

47. Conheça os compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos

organismos vivos.

48. Compreenda os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer

um entendimento, de como esses mecanismos se relacionam no trato, das funções

celulares.

49. Conheça a estrutura e funcionamento dos tecidos.

50. Entenda os conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,

respiratório, excretor e urinário.

51. Compreenda os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de

transmissão e armazenamento.

52. Relacione os fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).

53. Entenda os fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de

transmissão e armazenamento.

54. Entenda os fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de

transmissão e armazenamento.

55- Compreenda as teorias evolutivas.

9º ANO

56. Entenda as Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

57. Entenda as leis de Newton no tocante a gravitação universal.

58. Interprete os fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

59. Compreenda as propriedades da matéria, massa, volume, densidade,

compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,

maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor,

brilho, sabor.

60. Compreenda os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,

sensorial, reprodutor e endócrino.

61. Entenda os mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os

processos de mitose e meiose.

62. Compreenda os sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua

relação com a Lei da conservação da energia.

63. Compreenda as relações entre sistemas conservativos.

64. Entenda os conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração,

trabalho e potência.

65. Entenda o conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo.

66. Entenda os fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem

como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

Referências Bibliográficas

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Ciências.

ABREU, D. C. De et. al. Concepções e tendências da educação e suas

manifestações na prática pedagógica escolar.

Gewandsznajder, Fernando. 4. ed. São Paulo : Ática, 2009.

18.5. EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação Geral da Disciplina

A Educação Física, é a forma de expressão tanto biológica quanto cultural. A

linguagem corporal está no movimento cadenciado, traduz emoções, fantasias,

idéias e sentimentos; manifesta a alma da forma, seus hábitos, tradições e

costumes. É através do movimento que o homem exterioriza suas necessidades,

seus instintos e suas motivações. O corpo ganha cada vez mais importância na

configuração harmoniosa do sujeito. É a imagem externa do próprio sujeito, uma vez

que expressa determinados momentos históricos da sociedade.

É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento e

aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a

Educação Física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo

educacional, para ser parte integrante deste buscando conhecer seu verdadeiro

espaço: o de área do conhecimento.

Dentro da tendência Histórica-crítica verificamos que a Educação Física em

sua ação pedagógica deve buscar elementos da ciência da motricidade humana.

A Educação Física deve trabalhar com corpo em movimento, à luz de uma

visão sócio interacionista, rumo a uma sociedade pretendida, visto que o corpo em

movimento e suas diferentes formas de manifestação é o seu objeto de estudo.

Para tanto é necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo

que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos a se situarem na

contemporaneidade, dialogando com o passado, visando o conhecimento do seu

corpo, proporcionando condições de análise e reflexão para a re-elaboração do

saber e da consciência da cultura corporal.

A Educação Física é aquela que contribui para a formação do indivíduo

através do ato educativo, que é resultado de um processo de ação dinâmica, onde

os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam a

sua criticidade durante todo o processo.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido

tratados na Educação Física, sendo necessário integrar e interligar as práticas

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corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos

Elementos Articuladores.

Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem

tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Como

articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na

escola, respondendo aos desafios descritos.

Cultura Corporal e Corpo - o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser

humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos de

valorização – ou não – do corpo devem ser analisados sob uma perspectiva crítica

da construção hegemônica do referencial de beleza e saúde, veiculado por

mecanismos mercadológicos e midiáticos, os quais fazem do corpo uma ferramenta

produtiva e um objeto de consumo.

Esse elemento articulador tem também como pressuposto a reflexão crítica sobre as

diferentes visões constituídas ao longo da história da humanidade em relação ao

corpo que favoreceram a dicotomia corpo mente e sua repercussão no interior das

aulas de Educação Física, nas práticas corporais.

As preocupações com o corpo e com os significados que o mesmo assume na

sociedade constituem um dos aspectos que precisam ser tratados no interior das

aulas de Educação Física, para que sejam desmistificadas algumas perspectivas

ingênuas no trato com essa questão.

Cultura Corporal e Ludicidade - Esse elemento articulador ganha relevância

porque, ao vivenciar os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras, o

aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o real, e de

refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo. Reconhece e valoriza,

também, as formas particulares que os brinquedos e as brincadeiras tomam em

distintos contextos e diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e

grupos sociais.

Dessa maneira, a ludicidade, como elemento articulador, apresenta-se como uma

possibilidade de reflexão e vivência das práticas corporais em todos os Conteúdos

Estruturantes, desde que não esteja limitada a uma perspectiva utilitarista, na qual

as brincadeiras surgem de modo descontextualizado, em apenas alguns momentos

da aula, relegando o lúdico a um papel secundário.

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Sendo de fundamental importância discutir com os alunos a ideia, por exemplo, de

que brincadeira é coisa de criança, isso porque Assim, o lúdico se apresenta como

parte integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais, sejam elas na

infância, na idade adulta ou na velhice. Essa problemática precisa ser discutida e

vivenciada pelos alunos, para que a ludicidade não seja vivida através de práticas

violentas, como em algumas brincadeiras que ocorrem no interior da escola. O

professor deve lançar mão das diversas possibilidades que o lúdico pode assumir

nas diferentes práticas corporais, conforme discutem os autores Os aspectos lúdicos

representam uma ação espontânea, de fruição, que interfere sobre e na construção

da autonomia, a qual é uma das finalidades da escolarização.

Cultura Corporal e Saúde - Esse elemento articulador permite entender a saúde

como construção que supõe uma dimensão histórico-social. Portanto, é contrária à

tendência dominante de conceber a saúde como simples volição (querer) individual.

Na esteira dessa discussão, propõem alguns elementos a serem considerados como

constitutivos da saúde:

Nutrição: referimos à abordagem das necessidades diárias de ingestão de

carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, e também de

seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico que ocorre durante

uma determinada prática corporal;

Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal: trata-se de conhecer o

funcionamento do próprio corpo, identificar seus limites na relação entre prática

corporal e condicionamento físico, e propor avaliação física e seus protocolos;

Lesões e primeiros socorros: abordam-se informações sobre as lesões mais

frequentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a partir das noções de

primeiros socorros. Trata-se, ainda, de discutir as consequências ou sequelas do

treinamento de alto nível no corpo dos atletas;

Doping: discutiremos as influências das condições econômicas, sociais, políticas e

históricas no uso de substâncias ilícitas por atletas e não atletas, numa sociedade

pautada na competição exacerbada. Assim como os motivos e os valores

determinantes no uso de esteroides anabolizantes e seus efeitos.

Nessa mesma direção, podendo abordar o uso de substâncias entorpecentes e os

seus efeitos sobre a saúde e demonstrar o que motiva a produção e a disseminação

dessas substâncias, o tráfico de drogas, etc. Outro exemplo seria a busca pelas

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atuais formas de tratamento, modelação, intervenção sobre o corpo com o intuito de

alcançar, a qualquer custo, os modelos instituídos de beleza e a chamada saúde

perfeita.

Sexualidade: pode ser analisada sob, no mínimo, dois aspectos: primeiro, que a

entende como fruição, prazer, alegria, encontro; segundo, a respeito do que ela

representa em termos de miséria humana: prostituição infantil, dominação sexual,

sexismo, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros. Na

prática pedagógica, para dirimir as diferenças, sugerindo jogos mistos. Trazendo a

responsabilidade da discussão para o aluno, mostrando a importância do convívio

social entre os mesmos, por meio da mudança de regras.

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho – O mundo do trabalho tornando o

elemento articulador dos Conteúdos Estruturantes da Educação Física, na medida

em que concentra as relações sociais de produção/assalariamento vigentes na

sociedade, em geral, e na Educação Física, em específico. Um exemplo dessas

relações pode ser verificado em Gebara (2002), ao explicitar a passagem do

amadorismo à profissionalização esportiva. Com isso, o professor poderá debater

com seus alunos as consequências da profissionalização e o assalariamento de

diversos atletas, vinculados às diferentes práticas corporais.

Outra dimensão relacionada, diretamente, à reordenação do mundo do trabalho é o

caráter de utilidade que a Educação Física tem assumido no processo de formação

do aluno. Com a restrutura produtiva, o trabalhador preterido deve contornar as

tarefas laborais com a máxima flexibilidade, isto é, deve saber trabalhar em equipe,

tomar decisões rapidamente, ter noções, ainda que gerais, de informática, a fim de

manusear as novas tecnologias. Com efeito, a Educação Física que, outrora esteve

associada à formação corporal do aluno visando adequado ao modelo de produção

social, perde sua centralidade, ficando relegada a segundo plano (NOZAKI, 2001).

Evidencia, portanto, Na crítica a esse processo, o professor poderá propor

atividades que alertem os alunos para os reais sentidos de tal prática, como exemplo

dos exercícios calistênicos, tão difundidos no interior da escola no período de

ditadura militar.

Cultura Corporal e Desportivização - O processo de desportivização das práticas

corporais é um fenômeno cada vez mais recorrente, impulsionado pela

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supervalorização do esporte na atual sociedade, como, por exemplo, uma Copa do

Mundo de Futebol em detrimento de causas sociais como a fome. Se, na origem do

esporte, sua prática condenava os jogos populares por serem uma atividade que

não condizia com os interesses da burguesia em ascensão, que tinham como foco a

seleção dos mais habilidosos, agora, na atualidade, suas luzes estã sobre as

práticas que ainda não estão vinculadas à lógica e as regras previamente fixadas. A

desportivização deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.

Isso significa que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade um esporte, é

colocando sempre sob as normas e regras padronizadas e subjugadas a

federações e confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta,

deixando o aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.

O professor poderá discutir com seus alunos as contradições presentes nesse

processo de esportivização das práticas corporais, visto que no ensino de Educação

Física é preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é

institucionalizada internacionalmente com regras próprias e uma estrutura

competitiva e comercial.

Sendo assim, perceber o motivo que leva uma luta, como a capoeira, a ter roupas

próprias, estrutura hierárquica interna (graduação), campeonatos mundiais com

regras estabelecidas, federações e confederações próprias, pode ser um, entre

vários caminhos, para a análise crítica dos Conteúdos Estruturantes.

Tal olhar pode ser lançado sobre todos os Conteúdos Estruturantes, percebendo em

que condições seus conteúdos específicos torna-se esporte institucionalizado e

quais os impactos desta transformação.

Cultura Corporal – Técnica e Tática- Os aspectos técnicos e táticos são elementos

que estão presentes nas mais diversas manifestações corporais, especificamente

naquelas que constituem os conteúdos da Educação Física na escola.

A técnica é, nesse sentido, fundamento central para pensar os diferentes conteúdos

da Educação Física, fruto do rigor científico e do desejo humano em criar estratégias

e métodos mais eficientes para educar e padronizar gestos das diversas práticas

corporais.

Por exemplo, foram criados recursos para formatar uma partida de futebol em gestos

técnicos. A atenção ficou centrada na prática, no fazer pelo fazer, de modo que o

futebol seja executado de forma eficiente, com performance máxima por meio do

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treinamento contínuo dos diferentes gestos técnicos, considerados “fundamentos

básicos”, das diferentes modalidades esportivas. Com efeito, impera certa

hierarquização dos gestos técnicos vistos como “eficientes” sobre a criatividade,

considerada pouco objetiva.

Se o enfoque permanecer apenas na técnica e na tática, deixando de lado os outros

princípios do esporte, perde-se a capacidade de se relacionar e refletir sobre quais

quer manifestações corporais.

As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado

cultural das diferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar a

importância do aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos. Trata-se,

sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos

elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre-se o risco de reduzir ainda mais as

possibilidades de superar as velhas concepções sobre o corpo, baseadas em

objetivos focados no desenvolvimento de habilidades motoras e no treinamento

físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas.

Cultura Corporal e Lazer - A disciplina de Educação Física tem, entre outros, o

objetivo de promover experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que

o lazer se torne um dos elementos articuladores do trabalho pedagógico. Por meio

dele, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de lazer em distintos

grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais, e a

maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

O lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de

educação (educação pelo lazer) ou como objeto de educação (educação para o

lazer). Na escola, o professor deve procurar educar para o lazer, conciliando a

transmissão do que é desejável em termos de valores, funções e conteúdos. O

processo de educação para o lazer pressupõe “[...] o aprendizado, o estímulo, a

iniciação aos conteúdos culturais [neste caso, relacionados com a Educação Física],

que possibilitem a passagem de níveis menos elaborados, simples, para níveis mais

elaborados, complexos, procurando superar o conformismo, pela criticidade e pela

criatividade” (MARCELLINO, 2002, p. 50).

Nesse sentido, o período em que o aluno permanece na escola, cursando o ensino

regular, não se caracteriza como lazer, mas como um tempo de obrigação. Não

obstante, a escola pode proporcionar experiências no âmbito do lazer para seus

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alunos, mas no contra turno, quando ele tem autonomia para decidir sobre a

atividade que pretende realizar.

A educação pelo lazer, desenvolvido no tempo/espaço fora das obrigações

escolares, é considerada um veículo de educação que pode potencializar o

desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. Pode ter como objetivos o

relaxamento, o prazer pela prática ou pela contemplação, e até mesmo contribuir

para a compreensão da realidade. A educação pelo lazer proporciona “(...) o

aguçamento da sensibilidade pessoal, pelo incentivo ao auto aperfeiçoamentos,

pelas oportunidades de contatos primários e de desenvolvimento de sentimentos de

solidariedade” (MARCELLINO, 2002, p. 50).

A discussão do lazer permeia todos os Conteúdos Estruturantes, ou seja, o

professor, ao tratar do esporte, por exemplo, poderá trazer para a reflexão questões

como: para um jogador (profissional) de qualquer modalidade esportiva, a atividade

que desenvolve caracteriza-se como lazer? E para os espectadores, tal atividade é

lazer?

A mesma reflexão pode ser desenvolvida em qualquer um dos Conteúdos

Estruturantes, o professor pode instigar seus alunos a buscarem: quais são os

espaços e equipamentos necessários para determinadas práticas corporais? Esses

espaços que existem perto da escola ou de casa são padronizados ou possibilitam

outras experiências corporais para além do esporte?

Dessa maneira, o professor de Educação Física pode trabalhar com seus alunos o

conceito de lazer, para isso, apresenta seus aspectos históricos, proporcionando

uma compreensão mais ampla de seu significado.

Outra forma de se trabalhar com esse elemento articulador é através de pesquisas

relacionadas ao dia-a-dia do aluno, em que o professor propõe algumas indagações,

tais como: o que faço no meu tempo livre? Quais são os espaços e equipamentos de

que me aproprio? Qual é a minha atitude frente ao tempo/espaço de lazer?

Sob esse viés, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação Física pode

possibilitar aos alunos, no tempo disponível – fora das obrigações escolares,

familiares, religiosas ou de trabalho – uma apropriação crítica e criativa de seu

tempo, por meio da interiorização do conhecimento.

Cultura Corporal e Diversidade - Aqui, propõe-se uma abordagem que privilegie o

reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as

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aulas de Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de

relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de

idéias e de valorização humana, para que o outro seja considerado.

Destaca-se que a inclusão não representa caridade ou assistencialismo,

mas condição de afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o outro, algo

que todos os alunos devem ter como experiência formativa.

Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as

experiências corporais do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais

têm riquíssimos acervos, muitas vezes esquecidos porque predominam os modelos

urbanos de educação do corpo. Assim, torna-se pertinente valorizar as práticas

corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas,

tanto quanto nas escolas urbanas.

De fato, é preciso que esses universos dialoguem entre si para que os alunos

convivam com as diferenças e estabeleçam relações corporais ricas em

experimentações. Um exemplo disso seria o desenvolvimento de atividades

corporais, oferecendo aos alunos a experimentação de esportes adaptados. Com

esse tipo de atividade, pode-se discutir as dificuldades encontradas pelos alunos,

tanto de locomoção e direção como de equilíbrio, dentre outros.

Busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes entre as

pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de

convivência. Por exemplo, jogar futebol com os olhos vendados, utilizando uma bola

com guizo, ou uma bola envolvida em sacolas plásticas que emitam um som, pode

ser uma atividade que busque os objetivos acima traçados.

Cultura Corporal e Mídia - Esse elemento articulador deve propiciar a discussão

das práticas corporais transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo,

diariamente exibido nos meios de comunicação para promover e divulgar produtos.

Para uma análise crítica dessa concepção das práticas corporais, diversos veículos

de comunicação podem servir de referência, quais sejam: programas esportivos de

rádio e televisão, artigos de jornais, revistas, filmes, documentários, entre outros. Em

vários momentos da grade de programação das empresas de telecomunicação,

evidencia-se a promoção de inúmeras marcas esportivas. Isso provoca, na escola,

importantes consequências para as práticas corporais, pois os alunos acabam

absorvendo estas informações, configurando-se num sonho: tornarem-se iguais aos

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esportistas mais conhecidos. Em si, esse não se apresenta como um problema, na

verdade pode servir ao professor como conteúdo a ser abordado, explicitando as

contradições presentes no seu cotidiano escolar.

Além disso, é importante lembrar que a mídia está presente na vida das pessoas e a

rapidez das informações dificulta a possibilidade de reflexão a respeito das notícias.

Desse modo, torna-se importante que o aluno reflita acerca desse elemento

articulador e o professor não pode ficar alheio a essa discussão.

A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para

aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas pela

mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e

reflexão sobre: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo;

os extremos sobre a questão salarial dos atletas; os extremos de padrões de vida

dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os esportes de alto

nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.

Conteúdos Estruturantes

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser

abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de

ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento

sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.

A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda,

ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos

com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as

particularidades de cada comunidade.

A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem

que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,

históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as

diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes

propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:

* Esporte;

* Jogos e Brincadeira;

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* Ginástica;

* Lutas;

* Danças;

• Esporte- Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas

esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na

rede pública de ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao

fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades

físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem considerar os

determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo

dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal.

Portanto, nestas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teórico-

prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens,

pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da

saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.

No entanto, se o profissional de Educação Física negligenciar a reflexão crítica e a

didatização desse conteúdo, pode reforçar algumas características como a

sobrepujança, a competitividade e o individualismo. A título de exemplo, a

profissionalização esportiva deve ser analisada criticamente, discutindo-se com os

alunos as consequências dos contratos de trabalho que levam à migração e a

desterritorialização prematura de meninos e meninas; às exigências de esforço e

resistência física levados a limites extremos; à exacerbação da competitividade;

entre outros.

A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e nas

comparações absolutas e objetivas faz do esporte na escola uma prática pedagógica

potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes, hábeis e ágeis

conseguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado desse

conteúdo. Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige

um trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na

escola, repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos

estudantes as múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica

perante esse conteúdo escolar.

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Os valores que privilegiam o coletivo são imprescindíveis para a formação do

humano o que pressupõem compromisso com a solidariedade e o respeito, a

compreensão de que o jogo se faz a dois, e de que é diferente jogar com o

companheiro e jogar contra o adversário (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 71).

Sendo assim, sugere-se uma abordagem que privilegie o esporte da escola, e não

somente o esporte na escola. Isso pressupõe que as aulas de Educação Física

sejam espaços de produção de outra cultura esportiva, de ressignificação daquilo

que Bracht (2005) denominou como “esporte moderno”, isto é, a expressão

hegemônica atual do esporte competitivo de alto rendimento, espetacularizado e

profissionalizado.

Ainda, o ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade

social, histórica e política. Busca-se um entendimento crítico das manifestações

esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição

técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a

expressão social e histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.

Portanto, o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim contemplar o

aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, mas

não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu plano de

trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das inúmeras

modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que, sem dúvida, é algo bastante

presente na sociedade atual.

O vínculo da sociedade brasileira com o futebol é um exemplo. O professor de

Educação Física pode elaborar várias estratégias metodológicas para esse

conteúdo, como: discussão sobre a predominância do futebol como esporte na

sociedade brasileira; o discurso hegemônico sobre a identidade brasileira ligada ao

futebol.

As inúmeras outras possibilidades de jogarmos futebol, modificando as

regras; o processo de esportivização que, a partir de um jogo popular, constituiu o

futebol; a masculinização do futebol; os preconceitos raciais historicamente

presentes nos times e torcidas; as relações de mercado e de trabalho no futebol;

dentre outros.

• Jogos e brincadeiras - Nestas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são

pensados de maneira complementar, mesmo cada um apresentando as suas

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especificidades. Como Conteúdo Estruturante, ambos compõem um conjunto de

possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade.

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover

entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de

seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de

Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a

subordinação de um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas

particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em distintos contextos históricos,

de modo que cabe à escola valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais

que identificam determinada sociedade.

Nessa direção, pode-se trazer como exemplo o jogo de queimada ou caçador,

fortemente presente no cotidiano escolar, que em sua organização delimita os

papéis e os poderes concedidos aos jogadores, os quais mudam conforme a

hierarquia assumida no jogo. Ou seja, o “capitão” ou “base” detém maior poder do

que qualquer outro jogador, com autoridade de decidir sobre a “vida” e a “morte” dos

demais jogadores. Via de regra, o jogador que assume este papel é o mais

habilidoso, o mais forte e com maior liderança, já aqueles que são escolhidos para

“morrer” no início do jogo, representam os jogadores mais frágeis e menos

habilidosos, e que dificilmente serão os escolhidos como “base”.

A partir dessa exemplificação, entendemos que o jogo praticado nesta perspectiva

reproduz e pode servir para reforçar desigualdades arraigadas no contexto social.

Dessa maneira, é possível garantir o papel da Educação Física no processo de

escolarização, a qual tem, entre outras, a finalidade de intervir na reflexão do aluno,

realizando uma crítica aos modelos dominantes. Intervenção esta que requer um

exercício crítico por parte do professor diante das práticas que reforçam tais

modelos. Exige, também, a busca de alternativas que permitam a participação de

todos os alunos nas aulas de Educação Física.

Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as

suas formas de jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias

culturas, pois Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o

desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do

real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à

137

escola fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos. Não

obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal.

Tanto os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados,

conforme a realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a

valorização das manifestações corporais próprias desse ambiente cultural. Os jogos

também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para que sejam

adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as

possibilidades das ações humanas.

Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,

segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de

sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a

força de dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.

Através do brincar (jogar) o aluno estabelece conexões entre o imaginário e o

simbólico.

Almeja-se organizar e estruturar a ação pedagógica da Educação Física, de

maneira que o jogo seja entendido, apreendido, refletido e reconstruído como um

conhecimento que constitui um acervo cultural, o qual os alunos devem ter acesso

na escola (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de

criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes

desde sua invenção.

A construção do brinquedo era repleta de significados tanto para o pai, que o

construía com as sobras de materiais utilizados em seu trabalho artesanal, como

para a criança, que brincava com ele. Entretanto, com o desenvolvimento da

industrialização, os brinquedos passaram a ser fabricados em grande escala,

perdendo sua singularidade, isto é, tornando-se cada vez mais estranhos aos

sujeitos inseridos nesta lógica de mercantilização dos brinquedos.

Assim, oportunizar aos alunos a construção de brinquedos, a partir de materiais

alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do

(re)aproveitamento de sucatas e a experimentação de seus próprios brinquedos e

brincadeiras, pode dar outro significado a esses objetos e a essas ações

respectivamente, enriquecendo-os com vivências e práticas corporais.

Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os

jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a

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percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o

interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.

• Ginástica- a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as

possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse conteúdo deve ser as

diferentes formas de representação das ginásticas.

Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a

busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os

modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais,

inclusive na ginástica.

Sob tal perspectiva, foram desenvolvidas técnicas visando à padronização dos

movimentos, a aquisição de força física, privilegiando os aspectos motores e a

vivência de coreografias e gestos normatizados. Nessa concepção, que não

considera a singularidade e o potencial criativo dos alunos, os exercícios físicos

privilegiam um bom desempenho de grupos musculares e o aprimoramento das

funções orgânicas para a melhoria da performance atlética.

Um exemplo é o método ginástico baseado em exercícios calistênicos. A eficiência

do movimento seria alcançada com hierarquização do movimento, de exercícios

mais simples para os mais complexos e pela ordem de comando para que todos os

alunos realizem os mesmos movimentos.

Ampliando esse olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma

gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais

circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica. Contudo, sem

negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência e o

aprendizado de outras formas de movimento.

Como exemplo, além de ensinar os alunos a técnica do rolamento para frente e para

traz, o professor pode construir com eles outras possibilidades de realizar o

rolamento, considerando as individualidades e limitações de cada aluno, fazendo

relações com alguns animais, com movimentos do circo, relacionando com formas

geométricas ou objetos, entre outras.

Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação espontânea

de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas

práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre

outros. Não há necessidade de material específico para realização das aulas, pois a

139

prática pedagógica pode acontecer por meio de materiais alternativos e/ou de

acordo com a realidade própria de cada escola.

Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que

os alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do

próprio corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a

interação, o conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as

possibilidades de significação e representação do movimento.

• Lutas - Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem

fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de

conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de

simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que

permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas

foram ou são praticadas.

Tanto as lutas ocidentais como as orientais surgiram de necessidades

sociais, em um dado contexto histórico, influenciadas por fatores econômicos,

políticos e culturais. Exemplo disso, conforme analisa Cordeiro Jr. (1999), no

contexto histórico feudal japonês, marcado pela tirania dos latifúndios, a luta entre

camponeses e samurais, e/ou entre estes, quando defendiam senhores de terra

diferentes, envolvia golpes de morte. Os camponeses, que precisavam se defender

de samurais armados com espadas, desenvolveram uma prática corporal coletiva –

o jiu-jitsu. Em grupo, atacavam os samurais, imobilizando-os e desarmando-os,

prendendo seus braços e/ou pernas para, rapidamente, derrubá-los e então aplicar-

lhes chaves, torções, etc.

De fato, as lutas desenvolvidas nos diversos continentes estão permeadas por esses

aspectos. Ao se pensar em outra prática corporal genuinamente brasileira, a

capoeira foi criada pelos escravos como forma de luta para se conquistar a

liberdade. Não obstante, hoje ela é considerada um misto de dança, jogo, luta, arte e

folclore (FALCÃO, 2003).

Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as suas

funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo

dos anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade

inicial ligada às técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e

140

combates militares, no entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante

manifestação da cultura corporal.

De maneira geral, as lutas estão associadas ao contato corporal, a chutes, socos,

disputa, quedas, atitudes agressivas, entre outros. Apesar disso, elas não se

resumem apenas a técnicas, que também são importantes de serem transmitidas,

pois os alunos devem ter acesso ao conhecimento que foi historicamente construído.

O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal, a

aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como,

por exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento

da filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo

outro, pois sem ele a atividade não se realizará.

As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de maneira

reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver

capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e

vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando,

sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir

desse conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude

autônoma, decidir pela sua prática ou não fora do ambiente escolar.

Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir dos jogos

de oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode ocorrer em

duplas, trios ou até mesmo em grupos. O objetivo é vencer o companheiro de

maneira lúdica, impondo-se fisicamente ao outro. Além disso, deve haver o respeito

às regras e, acima de tudo, à integridade física do colega durante a atividade.

Os jogos de oposição podem aproximar os combatentes, mantendo contato direto

(corpo a corpo) como o Judô, Luta Olímpica, Jiu-Jitsu, Sumo; podem manter o

colega à distância, como o Karatê, Boxe, Muay Thay, Taekwondo; ou até mesmo ter

um instrumento mediador, como a Esgrima.

Além dos jogos de oposição, para se trabalhar com o conteúdo de lutas, os

professores podem propor pesquisas, seminários, visitas às academias para os

alunos conhecerem as diferentes manifestações corporais que fazem parte desse

Conteúdo Estruturante.

Assim, o que se pode concluir é que a Educação Física, juntamente com as demais

disciplinas do currículo, deve, com seus próprios conteúdos, ampliar as referências

dos estudantes no que diz respeito aos conhecimentos, em especial no campo da

141

cultura corporal. Isso significa desenvolver, por meio das práticas corporais na

escola, conceitos, categorias e explicações científicas reconhecendo a estrutura e a

gênese da cultura corporal, bem como condições para construí-la a partir da escola.

• Dança- O professor, ao trabalhar com a dança no espaço escolar, deve tratá-la de

maneira especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as

possibilidades de superação do limites e das diferenças corporais.

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas

expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam

em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças

folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.

Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o professor

poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus

significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada

modalidade de dança, seja contemplada.

A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita

compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências

vividas na escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo

superar os modelos pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de

perceber o mundo (SARAIVA, 2005).

Alguns assuntos podem ser discutidos com os alunos, como o uso exacerbado da

técnica, mostrando que a dança pode ser realizada por qualquer pessoa

independentemente dos seus limites. A dança é uma forma de libertação do ser e

promove a expressão de movimentos.

A discussão pode ocorrer depois de experimentações de improvisação da

dança, sobre a supervalorização da coreografia, fruto do esforço humano em

produzir meios rápidos e eficientes para a realização de determinadas ações, por

meio da criação de técnicas, sejam elas mecânicas ou corporais, como é o caso das

inúmeras coreografias de danças, cujo interesse central está no fazer ou na prática

pela prática, sem qualquer reflexão sobre as mesmas.

Não significa dizer que a coreografia é essencialmente prejudicial ou negativa. Um

exemplo de dança onde ela está presente e que tem íntima relação com o folclore

do nosso Estado é o fandango paranaense. Trata-se de um conjunto de danças,

142

denominado “marcas”, acompanhado de violas, rabeca, adufo ou pandeiro, batidas

de tamanco e versos cantados.

Essa dança se manifesta, atualmente, no litoral paranaense, especialmente na

região de Antonina, Morretes, Porto de Cima, ilha dos Valadares, ilha de

Guaraqueçaba e Paranaguá. Dançado em pares dispostos em círculo, possui

melodias variadas e os movimentos são compostos por tamanqueados, que

exploram passos em forma de “8” ou de arco (PINTO, 2005).

Outras danças que podem ser exploradas são àquelas que retratam a cultura afro-

brasileira. Algumas são compostas por elementos provindos das manifestações que

retomam toda a cultura milenar de aldeias e tribos africanas. Nessas culturas, a

dança está presente, sobretudo no culto à espiritualidade, e faz incorporar os orixás

invocados (FIAMONCINI e SARAIVA, 2003).

Conforme tal concepção, os orixás têm comportamentos semelhantes aos dos seres

humanos e geralmente estão associados a elementos da natureza, como a água, o

ar, a terra e o fogo. O ritmo da dança tem uma batida forte, com uso de tambores,

atabaques e outros instrumentos de percussão, podendo ser confeccionados com

materiais alternativos para que sejam vivenciados os ritmos dessa cultura.

Na prática, o professor poderá aliar aos aspectos culturais e regionais específicos,

vivências desses diferentes estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação

coreográfica e a expressão livre dos movimentos.

Outra maneira de abordagem da dança, nesta perspectiva crítica proposta pelas

Diretrizes, seria problematizar a forma como essa manifestação corporal tem se

apropriado da erotização do corpo, tornando-se um produto de consumo do público

jovem. Outro exemplo seria o professor propor a vivência de uma dança próxima ao

cotidiano do aluno (exemplo: o funk), e depois realizar outra dança de acesso restrito

a esse sujeito (exemplo: a dança de salão), a fim de discutir, com seus alunos, como

se constituíram historicamente as duas danças, quais os seus significados, suas

principais características, vertentes e influências que sofrem pela sociedade em

geral.

Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se constitui

como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar,

pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal,

a cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância

143

para refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao

senso comum.

CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA

ENSINO FUNDAMENTAL

6º AnoEsporte

Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas

Danças criativas

Ginástica18)Ginásticas circenses

19)Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação

Capoeira

7ª AnoEsporte

Coletivos

144

Individuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

● Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Dançao Danças folclóricas

o Dança de rua

o Danças criativas

o Danças circulares

Ginásticao Ginásticas circenses

o Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação

Capoeira

8ª AnoEsporte

Coletivos

Radicais

Jogos e brincadeiraso Jogos e brincadeiras populares

o Jogos de tabuleiro

o Jogos dramáticos

o Jogos cooperativos

145

Dança Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginásticas circenses

Ginástica geral

Lutasi. Lutas com instrumento mediador

ii. Capoeira

9ª AnoEsporte

Coletivos

Radicais

Jogos e Brincadeiras1- Jogos de tabuleiro

2- Jogos dramáticos

3- Jogos cooperativos

Dança Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador

Capoeira

146

ENSINO MÉDIO

1° ANO

Esporte Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e brincadeirasi. Jogos de tabuleiro

ii. Jogos dramáticos

iii. Jogos cooperativos

Dança1- Danças folclóricas

2- Danças de salão

3- Danças de rua

Ginástica Ginástica artística /olímpica

Ginástica de academia

Ginástica geral

Lutas Lutas com aproximação

Lutas que mantém distancia

Lutas com instrumento mediador capoeira

2° ANO

147

Esporte1. Coletivos

2. Individuais

3. Radicais

Jogos e brincadeiras- Jogos de tabuleiro

- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

Dança- Danças folclóricas

- Danças de salão

- Danças de rua

Ginástica1. Ginástica artística /olímpica

2. Ginástica de academia

3. Ginástica geral

Lutas Lutas com aproximação

Lutas que mantém distancia

Lutas com instrumento mediador capoeira

3° ANO

Esporte Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e brincadeiras

148

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

Ginástica Ginástica artística /olímpica

Ginástica de academia

Ginástica geral

Lutas Lutas com aproximação

Lutas que mantém distancia

Lutas com instrumento mediador capoeira

Metodologia

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física na Cultura

Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,

ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de

contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio

corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre

as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar

e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o

senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões.

149

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar do histórico de

determinada modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram apresentados de

forma anacrônica e acrítica. No entanto, no encaminhamento proposto por estas

Diretrizes, esse mesmo conhecimento é transmitido e discutido com o aluno,

levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que os

fatos estão inseridos.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

‘teórico’, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central

a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e

a reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da

complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no

Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante jogo, o professor do Ensino

Fundamental pode apresentar aos seus alunos diversas modalidades de jogo, com

suas regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e recriação,

conforme a cultura local. Pode, ainda, discutir em que o jogo se diferencia do

esporte, principalmente quanto à liberdade do uso de regras.

Já o professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo Conteúdo

Estruturante, pode inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais em

jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.

O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não

refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente

produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o

conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar idéias e atividades

que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela

humanidade e suas implicações para a vida.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de

experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em

que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

150

Avaliação

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-

pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo

corpo docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos,

considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo

pedagógico:

• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades

propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio

da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa,

situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o

posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se

mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas

ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um

processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96,

em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas

diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a

dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve

buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes

realidades dos alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de

avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o

entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido.

Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos,

dentre outras.

151

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades

correspondentes à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um

apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e

técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade

de criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a

capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX E TERRA, 1998).

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus

alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de

diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão

corporal. Nesse momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem

aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais

lhes chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam

aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que

possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.

Expectativas de aprendizagem Ensino Fundamental

6º AnoEsporte Conheça a historia do esporte enquanto parte da cultura corporal;

Vivencie aspectos básicos dos fundamentos (movimentos + regras) de esportes

coletivos e individuais que forem trabalhados como conteúdo especifico;

Relacione aspectos do esporte com os jogos, experimentando vivencias lúdicas.

Jogos e Brincadeira

Conheça a origem dos jogos e brincadeiras que forem trabalhados como também

das cantigas de roda;

Vivencie experiências de criação;

Reconheça em suas ações o conceito de “jogar com” no lugar de “jogar contra”

Reconheça a vivencia lúdica;

Aproprie-se da flexibilização, quanto às regras oferecidas nos jogos, vivenciando,

experimentando e criando diferentes formas de jogar.

152

DançaConheça o conceito de dança folclórica;

Conheça os aspectos culturais atrelados a origem e permanência das danças

folclóricas;

Conheça e vivencie os movimentos básicos das danças folclóricas que forem

trabalhadas como conteúdo especifico;

Vivencie movimentos e saiba investigar formas variadas de mover-se

Amplie seu repertorio pessoal de movimentos;

GinásticaVivencie movimentos de transferência de peso, deslocamento, salto, giro, torção,

equilíbrio, desequilíbrio, inclinação, expansão, contração, espalhar, recolher, gesto e

pausa;

Conheça o contexto histórico e origem do circo, como também as alterações de sua

característica cênica;

Conheça e identifique manifestações circenses;

Amplie sua consciência corporal.

LutasVivencie as relações corporais de peso e espaço consigo mesmo e com o outro;

Conheça alguns cantos da capoeira e saiba contextualizá-los.

7º Ano

EsporteConheça a historia e contexto dos esportes escolhidos como conteúdo especifico,

abordando coletivos e individuais;

Conheça e vivencie os fundamentos básicos dos esportes coletivos e individuais que

forem trabalhados;

Compreenda as discussões que provem da reflexão sobre o sentido da competição

esportiva;

Conheça o contexto histórico brasileiro dos esportes escolhidos para serem

trabalhados.

153

Jogos e BrincadeirasConheça o contexto histórico brasileiro dos jogos, brinquedos e brincadeiras que

forem trabalhados como conteúdo especifico;

Conheça as diferenças entre brincadeiras, jogos e brinquedos;

Vivencie experiências de criação.

DançaConheça o contexto histórico brasileiro das danças folclóricas, circulares e de rua

que forem trabalhadas como conteúdo especifico e identifique manifestações destas

danças;

Experimente corporalmente praticas oriundas das danças folclóricas, circulares, de

rua e criativa;

Vivencie movimentos e saiba investigar formas variadas de mover-se

Vivencie experiências de criação;

Vivencie experiências de (re) significação dos movimentos, como também dos

movimentos das danças folclóricas, circulares e de rua.

GinásticaConheça o contexto cultural e origem da pratica da ginástica circense e geral;

Amplie sua consciência corporal;

Vivencie movimentos característicos da ginástica circense e geral.

LutasConheça os aspectos históricos e filosóficos das lutas de aproximação que forem

trabalhadas como conteúdo especifico, como também os da capoeira;

Vivencie movimentos característicos das lutas de aproximação que forem

trabalhadas e da capoeira;

Saiba explorar suas relações de peso e espaço consigo mesmo e com o outro;

Conheça as diferenças históricas entre capoeira Angola e Regional.

8º Ano

Esporte

154

Compreenda as diferenças entre esporte de rendimento, esporte como lazer e

esporte para promoção da saúde;

Identifique, analise e compreenda a influencia da mídia nos esportes;

Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem

Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.

Jogos e Brincadeiras

Conheça e vivencie jogos dramáticos.

Vivencie os jogos de tabuleiro, brincadeiras e jogos populares e os jogos

cooperativos, como também, saibam criar novas formas de jogá-los e de brincar

considerando as características do contexto local e/ou atual, sendo capaz de

ressignificá-los;

Dança

Saiba investigar movimentos;

Amplie seu repertorio particular de movimentos;

Saiba (re)significar e criar movimentos

Conheça e identifique manifestações de dança circular e composições de dança

oriundas de pesquisa de movimento.

GinásticaVivencie e explore o manuseio dos materiais da ginástica circense e seja capaz de

criar formas de move-los, como também de integrar-se na dinâmica destes objetos

corporalmente;

Conheça o contexto histórico da ginástica geral e seu desenvolvimento ate os dias

atuais.

Conheça o contexto histórico e origem das lutas realizadas com instrumentos

mediadores;

Vivencie os movimentos das lutas escolhidas como conteúdo especifico para se

trabalhar com as lutas realizadas com instrumento mediador;

Compreenda os elementos simbólicos da estrutura do jogo de capoeira.

155

9º AnoEsporte

Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem

escolhidos como conteúdo especifico;

Saiba organizar festivais desportivos;

Conheça o contexto social e econômico de diferentes esportes;

Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.

Jogos e Brincadeiras

Vivencie e saiba organizar gincanas e RPG's;

Saiba analisar os jogos considerando: objetivos, o outro, resultados, conseqüências

e motivações.

Dança

Conheça e compreenda a dança como manifestação cultural;

Vivencie e saiba organizar festivais de dança;

Conheça e compreenda elementos estéticos.

GinásticaReconheça a influencia da mídia nos padrões de comportamento do/no corpo;

Conheça e vivencie técnicas básicas da ginástica geral.

LutasSaiba diferenciar as variadas formas como essas lutas se apresentam, tanto a

capoeira quanto as que possuem instrumento mediador, considerando suas

características filosóficas e os contextos históricos.

Expectativas de Aprendizagem Ensino Médio

156

EsporteCompreenda as diferenças entre esporte de rendimento, esporte como lazer e

esporte para promoção da saúde;

Identifique, analise e compreenda a influencia da mídia nos esportes;

Conheça e vivencie os fundamentos dos esportes coletivos e radicais que forem

escolhidos como conteúdo especifico;

Conheça as características dos esportes radicais e sua relação com a natureza.

Jogos e BrincadeirasParticipe de atividades em grupo, com organização e respeito às diferenças, sendo

capaz de criar situações de aproximação;

Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação dos jogos e brincadeiras

pela industria cultural;

Conhecer os aspectos históricos e filosóficos dos jogos;

Vivencie os jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos, que forem escolhidos

como conteúdo especifico.

DançaCompreenda a influencia da mídia, ciência e indústria cultural nas praticas corporais;

Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação da dança pela indústria

Perceba suas motivações em mover-se, assim como seus processos de criação de

movimento;

Perceba os diferentes estados corporais, ou seja, suas dramaturgias;

Conheça os aspectos históricos e filosóficos das danças folclóricas, de salão e de

rua;

Vivencie as danças folclóricas, de salão e de rua que forem escolhidas como

conteúdo especifico;

Compreenda a dança de rua como viés de um movimento social e seus processos

de comunicação como cultura corporal.

GinásticaCompreenda a influencia da mídia, ciência e indústria cultural nas praticas corporais;

Identifique, interprete e posicione-se sobre a apropriação da ginástica pela indústria

cultural;

157

Perceba suas motivações em mover-se, assim como seus processos de criação de

movimento;

Perceba os diferentes estados corporais;

Referências Bibliográficas

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18. 6. INGLÊS

Apresentação Geral da Disciplina

O ensino de Língua Inglesa destina-se a preparar o aluno para lidar com a

linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética,

pois a interação com a Língua Estrangeira revela acesso a várias áreas do

conhecimento. Sendo assim, o ensino da Língua Estrangeira tem como missão

160

contribuir significativamente para que os alunos ampliem sua visão tornando os mais

críticos e atuantes na sociedade.

Para compreender melhor o processo ampliador do uso da língua é

fundamental centrar a presente discussão em uma concepção de língua(gem), que,

para o linguísta Bakthin é diferente dos teóricos estruturalistas, Bakhtin (1986)

escolhe como objeto de estudo a linguagem em uma perspectiva sociointeracionista.

Afirma que a perspectiva sociointeracionista é o fenômeno social da interação

verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações, que constitui a

realidade fundamental da linguagem, compreendida pelo princípio dialógico: “a

palavra constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda

palavra serve de expressão a um em relação ao outro” (BAKHTIN, 1986: 113).

Nessa concepção, o ser humano usa a linguagem para agir no contexto social, pois

língua e linguagem são concebidas como atividades interativas, como forma de ação

social, como espaço de interlocução possibilitando a prática social dos mais diversos

tipos de atos.

Em relação à concepção de língua, Bakhtin afirma que ela é uma abstração

quando concebida isolada da situação social que a determina. Para o autor, “a

língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema

linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”

(BAKHTIN, 1986: 124).

Adotada a concepção sociointeracionista de Bakthin e seguindo as

orientações propostas nas DCEs o ensino da Língua Estrangeira se pautará em

torno de dois grandes eixos: o do uso da língua oral e escrita e o da reflexão acerca

desses usos.

Considerando que toda atividade pedagógica de ensino de Inglês tem uma

determinada concepção de língua (como apresentamos anteriormente a nossa é a

concepção sociointeracionista defendida pelo linguista Bakthin e proposta pelas

DCEs) buscaremos tencionar a percepção dos alunos para os fatos da língua, com

uma tendência centrada na língua enquanto atuação social, enquanto atividade e

interação verbal de dois ou mais interlocutores e, assim, enquanto sistema-em-

função, vinculado, portanto, às circunstâncias concretas e diversificadas de sua

atuação.

Um aspecto a ser trabalhado com os alunos (de todas as séries) é o padrão

culto da língua e o conjunto de variedades determinadas pela situação geográfica,

161

histórica e social, conduzindo-os ao entendimento e questionamento de diversos

níveis da comunicação verbal (entenda-se verbal como comunicação através da

palavra escrita ou oral).

É fundamental levar o aluno a perceber que a língua é dinâmica, em

permanente transformação, e que ela reflete a história do próprio homem. Mas, ao

mesmo tempo, a língua só se atualiza (dinamiza) a serviço da comunicação

intersubjetiva, em situações de atuação social e através de práticas discursivas,

materializadas em textos orais e escritos. E é nesse núcleo que buscamos o ponto

de referência para definir todas as opções pedagógicas voltadas para o ensino da

Língua Inglesa, sejam os objetivos, os programas de estudo e pesquisa, seja a

escolha das atividades e a forma particular de realizá-las e avaliá-las.

Para que aconteça a aprendizagem do aluno, levamos em conta que o

conhecimento implica não no armazenamento em estoque de um conjunto de

informações, de conteúdos e regras, mas sim na existência de uma capacidade

gerativa, isto é, uma capacidade de encontrar novas respostas para problemas

inteiramente novos, em situação. Exploramos, portanto, para respaldar a prática

pedagógica um conjunto de princípios; a oralidade, a escrita, a leitura e a gramática

(gramática não como prática mecanicista, mas sim a análise de como a mesma se

faz presente nas nossas oralidades e textos).

Em linhas gerais o Ensino da Língua Língua Inglesa é a ampliação das

competências comunicativas-interacionistas da própria língua. O estudo se

propiciará dos aspectos oralidade, leitura e escrita. Sendo que esses aspectos serão

estudados através de diversos gêneros textuais e suas tipologias.

A partir dos pressupostos apresentados entende-se que as habilidades a

serem trabalhadas no ensino da Língua Inglesa envolvem as áreas de escrita, leitura

e oralidade (gramática), na perspectiva a seguir proposta.

A gramática terá sua participação na disciplina de Língua Inglesa, porém

como ampliadora da competência comunicativa dos alunos. A gramática será

trabalhada com o objetivo de exercício fluente e relevante da fala e da escrita e não

simplesmente como regras a serem decoradas e não aproveitadas na realidade

cotidiana do aluno.

Tendo como base um mundo globalizado, em que o conhecimento torna-se

cada vez mais importante, é imprescindível a utilização de uma língua universal: a

Língua inglesa.

162

Adotada como língua universal, a língua inglesa tem o papel de ampliar

horizontes e, com isso, facilitar a comunicação entre povo distintos.

A partir de 1961 na tentativa de fazer parte de um mundo globalizado, a

língua inglesa começava a ter maior influência e tornava-se cada vez mais

hegemônica.

Segundo as DCEs, ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira,

pretende-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina de

modo a desnaturalizar os aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos,

econômicos, sociais, culturais e educacionais

Objetivos Gerais Ao ensinar uma Língua Estrangeira, é essencial uma compreensão teórica do

que é linguagem, tendo em mente os conhecimentos para construir significados no

mundo social. Todo significado é dialógico, isto é, constituídos pelos participantes do

discurso.

Para que o processo de construção de significados seja possível, as pessoas

utilizam três tipos de conhecimento: sistêmico (léxico, semântico, morfológico,

sintático, fonético...); conhecimento de mundo; conhecimento de organização dos

textos.

O ensino fundamental tem um valioso papel construtivo como parte integrante

da educação integral. Envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade

social, política e econômica.

A aprendizagem da Língua Estrangeira, em específico o Inglês, é uma

possibilidade de aumentar a auto percepção do aluno do ser humano e como

cidadão.

CONTEÚDOS

6º ano e 7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

163

Discurso como prática social. LEITURA

Identificação do texto ;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos Estilísticos (figuras de

linguagens);

Marcas linguísticas: particularidades da

língua, pontuação,; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias

para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no

texto;

164

Elementos semânticos;

Recursos Estilísticos (figuras de

linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da

língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extras linguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de falas;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Pronúncia.

8º ano e 9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

CONTEÚDO BÁSICO

LEITURA

Identificação do texto ;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

165

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos Estilísticos (figuras de

linguagens);

Marcas linguísticas: particularidades da

língua, pontuação,; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias

para a coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos Estilísticos (figuras de

linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da

língua, pontuação, recursos gráficos

166

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extras linguísticos: entonação,

pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de falas;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e escrito.

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Metodologia

Diante da abordagem de ensino por Letramento Crítico, o qual implica em

engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras, que se

concretizam por meio da língua como prática social, o trabalho com a língua

estrangeira em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas nas

sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as

línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas

fundamentais apara o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e

agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas,

crenças e valores.

167

Possibilita-se, deste modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os

fenômenos lingüisticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam

na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. O texto, nesta

proposta, apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüistico-discursivas.

Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões

sociais emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua

estrangeira, o qual favorece à utilização de textos abordando assuntos relevantes

presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.

Deste modo utilizar-se-á as seguintes metodologias:

- aulas expositivas, internas e externas, com o objetivo da compreensão

gramatical e oral;

- utilização de rádio, televisão, DVD, para compreensão da língua inglesa

falada em seu cotidiano;

- filmes atuais, para perceber as mudanças que ocorrem na língua inglesa;

- valorização das datas comemorativas (dias das bruxas, dia de ação de

graças, tec) e costumes, para aproximar culturas e dar significado ao

estudo da língua inglesa;

- jogos e brincadeiras, ressaltando a importância da atividade lúdica no

ensino da língua inglesa.

Avaliação

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando

que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação

verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor,

entre os alunos da turma, na interação dos alunos com o material didático, nas

conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada e no próprio uso da

língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento dos

pensamentos e das idéias.

Ser ativo neste caso, significa produzir sentidos no processo de compreensão

de textos, tais como: inferir, servindo-se de conhecimentos prévios; levantar

hipóteses a respeito da organização textual, etc. Não se trata, portanto, de testar

conhecimentos lingüistico-discursivos ( de ordem gramatical, dos gêneros textuais,

168

etc) que possibilitam a leitura, mas sim verificar a construção dos significados na

interação com textos e nas produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários

significados são possíveis e válidos.

Critérios de Avaliação

LEITURA

- Espera-se que o aluno compreesão de textos, localização de informações

explícitas e implícitas no texto;

- Amplie seu léxico.

- Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir dos contextos trabalhados.

- Posicionamento argumentativo.

- Ampliação do horizonte de expectativas;

- Percepção no ambiente no qual circula o gênero;

ORALIDADE

- Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

- Apresentação de ideia com clareza;

- Compreenção de argumento no discurso do outro;

- Organização na sequência da fala;

- Exposição objetiva de argumentos;

- Respeito aos turnos de fala;

- Participação ativa em diálogos, relatos, discursos, quando necessário em língua

materna;

- Analise de recursos na oralidade em cenas de desenhos, programas infanto

juvenis, filmes etc.

ESCRITA

- Expressão de ideia com clareza;

- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação e conectores

textuais.

- Elabore textos atendendo as situações de produção proposta (gênero, interlocutor,

pontuação, finalidade do texto).

- Diferenciação do contexto de uso linguagem formal e informal;

169

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS:

- Leitura de textos, interpretação e apresentação de “seminários”.

- Produção de textos.

- Interpretação de textos diversificados.

- Avaliação escrita e oral podendo ser individual ou em duplas de temas trabalhados

na aula, através de leitura de textos, explicações e debates.

Referência Bibliográfica

BAKHTIN, M./VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. (1986).

Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 3. ed. São Paulo,1929.

MICHAELIS. Dicionário Inglês-Português

Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental,

2008.SEED

ROCHA, analuiza Machado & Ferrari, Zuleica Àgueda. Take your time. Moderna:

São Paulo. Books 5,6,7 e 8. 2002.

Keller, Victória – Caderno do Futuro.

Http:www.seed.pr.gov.br/portaldiaadiaeducação.Educadores. Disciplina. Inglês.

Conteúdos Básicos de inglês – 2008.

18.7 HISTÓRIA

Apresentação Geral da Disciplina

Ao estudar história sempre temos em mente estudar fatos do passado que

para muitos não deixa de ser uma coisa chata e cansativa. Claro que isto é resquício

170

de um tempo em que estudar história era decorar um número de perguntas, datas,

nomes de heróis importantes dentro do contexto histórico.

Mas para analisarmos o que estudar historia enquanto disciplina, temos que

fazer uma releitura do ensino de historia ao longo tempo.

O estudo de história inicia com a criação do Colégio Dom Pedro II em 1837 na

então Capital do Império Rio De Janeiro, e neste mesmo é criado o Instituto Historio

e Geográfico Brasileiro (IHBG) que obrigou o ensino de história como disciplina

acadêmica. Os intelectuais do IHBG, foram os primeiros professores do colégio e

também que fizeram o cronograma de conteúdos em que seriam enfatizados no

próprio colégio.

Este ensaio de conteúdos e métodos tinham influência dos conceitos

positivistas, em que não trabalhavam os documentos como fonte primária, mais

pela valorização dos heróis do que das pessoas comuns. Enfatizavam a história da

Europa na os fatos brasileiros quando já um número grande de fatos.

As mudanças no currículo aconteceram, no inicio da República 1889, porém o

Colégio Dom Pedro II ainda era a referência para o ensino de história.

E posteriormente muitas outras mudanças foram acontecendo, dentro da

disciplina de história podemos encontrar o ensino de Estudos Socias e produção dos

primeiros matérias didáticos.

Sob uma perspectiva de inclusão social, a disciplina considera

a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e

destacam os seguintes aspectos:

• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

Objetivos Gerais

171

A disciplina tem como objetivo, fazer com que o aluno se aproprie do

conhecimento histórico possibilitando que o mesmo promova a sua cidadania que

possa se relacionar perante a sociedade de forma crítica e construtiva, através de

exemplos de acontecimentos históricos. E assim o aluno terá referência de fatos

ocorridos no passado para realizar as transformações do presente.

Para Rüsen (2001, p. 50-51), as orientações e os métodos da pesquisa

histórica são distintos das orientações e dos métodos de ensino de História.

No ensino, considera-se o aprendizado de conceitos históricos que explicam

os processos de mudança da consciência histórica nos alunos, a qual pode ser

expressa de formas diferentes. De acordo com Rüsen (1993a, p. 69-81), existem

quatro tipos de consciência histórica: tradicional, exemplar, crítica e ontogenética.

Para que esse objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, sob a

exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante

considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos:

• múltiplos recortes temporais;

• diferentes conceitos de documento;

• múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

• formas de problematizarão em relação ao passado;

• condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente; superação da idéia de História como verdade absoluta por meio da

percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.

Conteúdos Estruturantes/Básicos

Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História nestas

Diretrizes são as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais.

Eles tratam das ações e relações humanas no tempo, articulando o ensino e a

pesquisa em História. Os conteúdos estruturantes se desdobram em conteúdos

básicos/temas históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma, todos têm a

possibilidade de relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos

básicos são os temas históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os

fundamentos teórico-metodológicos expressos neste documento.

172

Levando em conta que os conteúdos deverão ser distribuídos em três

trimestres durante o ano no ensino fundamental. Enquanto no ensino médio a

distribuição dos conteúdos será distribuídos em dois bimestres durante o bloco.

Além dos conteúdos básicos, deveram ser articulados com os temas que

contemplam a legislação vigente tais como:

Lei nº 10.639/03 e deliberação do CEE/PR ( história e cultura afro-brasileira)

Lei n º11.645/08 ( história e cultura afro-brasileira, Indígena e africana).

Lei nº 9795/99 ( política Nacional de Educação Ambiental)

Lei n º 13381/01 (História do Paraná )

Lei nº 11343/06 (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas)

Lei nº 11733/97 e 11734/97 ( Educação Sexual e Prevenção a AIDS e a

DST).

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS: a experiência humana no tempo, os sujeitos e suas

relações com o outro no tempo e as culturas locais e cultura comum.

EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:

1. Compreenda as diversas formas de temporalidades e de periodizações. Como a

idéia de processo, de continuidade, de ruptura e de simultaneidade.

2. Identifique e perceba as diferenças entre o tempo individual, familiar e social.

3. Entenda como os lugares de memória (museus, arquivos, monumentos) são

Construídos.

4. Analise a construção da memória local e a sua articulação com a memória da

Humanidade

5. Saiba a definição de fontes históricas e de uma tipologia de fontes simples.

6. Compreenda a simultaneidade dos acontecimentos históricos em diferentes

espaços e locais, por meio do estudo de diferentes sociedades históricas da

antiguidade, que em um mesmo tempo histórico foi vivenciado em diferentes

situações.

173

7. Compreenda como os povos indígenas do Paraná, Xeta, Kaigang, Xokleng e

Tupi- Guarani, se organizavam sócio - economicamente.

8. Conheça os povos pré - colombianos, como os maias, os incas e os astecas.

9. Analise a encontro entre os europeus e as populações americanas, ressaltando

as diferenças culturais entre estes povos e as relações de poder estabelecidas entre

eles.

10. Conheça os povos africanos, como o Reino de Kush na Nubia, sobretudo os

aspectos culturais e sua contribuição para a Historia do Br.

11. Compreenda que a cultura comum não se restringe a um grupo especifico e que

tem relação com as outras esferas sociais.

12. Compreenda que as praticas culturais conduzem e estão presentes na vida das

pessoas, e tem seus valores incorporados por elas.

13. Entenda que a cultura local faz parte da cultura comum da sociedade.

14. Analise as manifestações populares no Paraná (a congada, o fandango, cantos,

lendas, rituais e festividades religiosas), como produtos da cultura comum, ou seja,

que foram criadas a partir dos grupos sociais e que por isso adquirem determinados

significados.

7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS: as relações de propriedade, a constituição histórica do

mundo do campo e do mundo da cidade, as relações entre o campo e a cidade e os

conflitos resistências e produção campo/cidade.

EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:

15. Entenda que o engenho de açúcar constituía elemento chave na colonização

brasileira, bem como a sua importância com espaço de sociabilidade no período.

16. Perceba que a conformação territorial do Brasil colonial ultrapassou as fronteiras

previstas pelo Tratado de Tordesilhas, devido a ação dos colonos e do processo de

colonização na procura de mercadorias vendáveis, bem como de ouro e pedras

preciosas.

17. Conheça o que foram as missões jesuíticas, bem como compreenda as suas

funções e as relações estabelecidas entre jesuítas e indígenas nesses aldeamentos.

174

18. Compreenda a formação das vilas brasileiras no período colonial, a partir da

dinâmica do sistema colonial português.

19. Compreenda a formação das polis gregas, identificando a constituição dos

espaços, destinados a política, ao comercio, a agricultura e ao pastoril.

20. Conheça a organização espacial de algumas cidades pré-colombianas, como

Teotihuacan.

21. Compreenda o processo de ruralização que a sociedade romana passou com a

desagregação do Império.

22. Relacione o renascimento comercial com a formação dos burgos medievais.

23. Compreenda a relação entre o sistema colonial e a constituição dos cabildos nas

vilas na America Espanhola.

24. Analise as especificidades das cidades mineradoras coloniais brasileiras,

sobretudo os grupos sociais, as atividades complementares a mineração e a

constituição do espaço urbano.

25. Estabeleça relações entre o tropeirismo e a economia colonial, bem como a

formação das cidades paranaenses com esta atividade.

26. Analise o processo de constituição das grandes propriedades no Brasil e a

Conseqüente concentração de terra. Sobretudo, a partir da Lei de Terras (1850) ate

os latifúndios do século XX.

27. Compreenda que a luta pela terra no Brasil se constituiu mediante a realidade de

concentração de terras.

8º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS; história das relações da humanidade com trabalho, o

trabalho e a vida em sociedade, trabalhado e as contradições da modernidade, e os

trabalhadores e conquistas de direitos.

EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:

28. Relacione a forma de sobrevivência com a organização dos primeiros grupos

humanos.

29. Compreenda o escravismo antigo e as formas de resistência dos escravos na

Antiguidade Clássica.

175

30. Analise a constituição das relações de trabalho no mundo medieval, enfatizando

as obrigações servis e os ofícios realizados pelos servos.

31. Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final da

Idade Media.

32. Compreenda que o sistema fabril europeu criou novas formas de organização do

trabalho, como o controle do tempo e do saber do operário.

33. Analise a organização do trabalho em comunidades paranaenses, como:

quilombolas, caiçaras, ribeirinhos e faxinais.

34. Entenda a organização do trabalho na sociedade Inca, analisando modalidades

de trabalho como a ayni (reciprocidade), minga (coletivismo) e Mita (direção estatal).

35. Compreenda a adaptação das modalidades de trabalho preexistente nas

sociedades com as modalidades e os interesses dos espanhóis na America.

36. Identifique e compreenda em quais atividades, o trabalho escravo foi aplicado no

Brasil colônia. Para tanto, deve compreender o trabalho escravo na lavoura de cana-

de-açúcar e no fabrico do açúcar, na mineração, nas fazendas de gado.

37. Entender as revoltas escravas como formas de resistência a escravidão, bem

como identificar outras formas de resistências, como o suicídio, a fuga e a formação

de quilombos.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS: a constituição das instituições sociais, a formação do

Estado, sujeitos, guerras e revoluções.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

46. Compreenda as varias conformações familiares no período colonial brasileiro,

como a patriarcal e a nuclear dos bandeirantes.

47. Conheça as instituições na atualidade e suas mudanças históricas;

48. Compreenda as mudanças na constituição familiar do século XIX de acordo com

as idéias medicas.

49. Analise os vários arranjos familiares no Brasil contemporâneo.

50. Instituições surgidas com a Revolução Francesa;

176

51. Analise as instituições recreativas, como o futebol que de esporte exótico tornou

símbolo nacional.

52. Compreenda os conceitos de Estado, pátria e nação;

53. Compreenda a instituição do estado imperialista e sua crise

54. Analise a formação do estado republicano brasileiro;

55. Identifiquem as características dos Estados Totalitários;

56. Analise a forma de constituição da política populista na America Latina e no

Brasil, considerando-a como uma modalidade política para as massas.

57. Compreenda que o período da Ditadura Militar se configurou como um momento

de grande repressão política.

58. Entenda o processo de redemocratização com a mobilização civil.

59. Analise a relação entre a opção neoliberal dos governos brasileiros na década

de 1990 com o discurso e a política mundial daquele momento.

60. Perceba que o processo de colonização no Paraná foi conflituoso e contou com

a resistência dos grupos indígenas.

61. Compreenda o processo de escravidão africana no Paraná, bem como a

formação de quilombos como forma de resistência a ela.

62. Analise as revoltas do período colonial como formas de resistência as

imposições da coroa portuguesa.

63. Compreenda as revoltas no período imperial como parte do processo de

construção do Estado Nacional, seja a Confederação do Equador como critica ao

poder centralizador de D. Pedro I, seja as revoltas no período regencial que

reivindicavam igualdade de direitos ou melhoria nas condições de vida de uma

população excluída pelo Estado.

64. Entenda os movimentos messiânicos como uma reação as relações capitalistas

que estavam provocando a desintegração das relações tradicionais no campo.

Compreenda que a dimensão religiosa dos movimentos compunha a critica a

sociedade capitalista, bem como promovia o reencantamento daquela população.

65. Compreenda que o cangaço foi uma forma de resistência ao sistema de

exclusão da Primeira Republica.

66. Analise a Revolução Federalista como um movimento de oposição a

centralização do poder federal no inicio da Republica brasileira.

67. Compreenda movimentos como o Tenentismo como formas de protesto e de

reivindicação de mudanças na arena política e social da Primeira Republica.

177

68. Entenda o movimento estudantil da década de 1960 como uma forma de

resistência a Ditadura Militar.

69. Compreenda os movimentos de contracultura, como o movimento feminista e o

negro, como uma forma de propor mudanças nas relações de poder constituídas na

sociedade.

70. Compreenda que a Guerra da Cisplatina e do Paraguai fazem parte do processo

de constituição dos Estados Nacionais na America do Sul e das fronteiras.

71. Entenda o processo de colonização e de resistência das populações locais ao

poder imperialista no século XIX.

72. Compreenda a descolonização no século XX na África e na Ásia como parte do

processo de dominação e de resistência das populações locais.

73. Analise as Guerra Mundiais como uma nova modalidade de Guerra, a Total, que

mobiliza a produção e a economia dos países envolvidos.

74. Analise a Guerra Fria como uma competição entre o bloco capitalista e

socialista, que não promoveu o embate direto dos lideres, Estados Unidos e União

Soviética.

ENSINO MÉDIO

1º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS: trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.

Urbanização e industrialização.

2º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS: o Estado e as relações de poder, os sujeitos as revoltas e

as guerras.

3º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalhado, relações de poder e

relações culturais.

178

CONTEÚDOS BÁSICOS: movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e

revoluções. Cultura e religiosidade.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

75. Compreenda como era organizado o trabalho na sociedade egípcia e Inca,

sobretudo o papel do Faraó e do Inca naquela organização.

76. Identifique a relação de poder entre camponeses e a autoridade, por intermédio

do estudo de fontes históricas do período.

77. Entenda a especificidade do regime escravista na antiguidade, como a

escravidão por divida e por guerra. No caso romano, relacione o aumento no numero

de escravos por meio das guerras de conquista.

78. Perceba, por meio do estudo de fontes históricas, as varias visões sobre a

escravidão na antiguidade.

79. Identifique os esta mentos sociais medievais e as suas funções, bem como

analise as relações estabelecidas entre estes esta mentos.

80. Compreenda por meio da analise de fontes históricas como o discurso da Igreja

Católica justificou a desigualdade social medieval.

81. Entenda o processo de transição do trabalho servil para o assalariado no final do

período medieval.

82. Identifique as diferenças entre o trabalho servil e o assalariado.

83. Analise os impactos do sistema fabril nas relações de trabalho, bem como na

sociedade, identificando os sujeitos históricos envolvidos nesse processo como os

operários, operarias, as crianças trabalhadoras e o capitalista.

84. Compreenda as especificidades da escravidão africana no período moderno,

como o trafico de escravos provocou a desorganização dos povos africanos, o

funcionamento do trafico e o seu comercio lucrativo.

85. Analise as relações de trabalho no escravismo no Brasil no engenho de açúcar,

considerando as condições de trabalho e as formas de resistência dos escravizados.

86. Entenda o processo da organização do trabalho escravo para o assalariado no

Brasil do século XIX, compreendendo os vários sujeitos envolvidos, por meio do

estudo dos movimentos, das leis abolicionistas, das políticas de estimulo a imigração

e das narrativas dos primeiros imigrantes das fazendas de café de São Paulo.

87. Compreenda a constituição do espaço da cidade em vários períodos históricos,

percebendo-as como produtos sociais.

179

88. Identifique os efeitos da industrialização no espaço urbano no século XIX, o fato

das cidades terem que se adaptar a nova ordem fabril e ao numero grande de

habitantes.

89. Analise a articulação de um tipo especifico de urbanização com o

desenvolvimento industrial no Brasil, desde as primeiras iniciativas no século XIX

durante a vigência da Tarifa Alves Branco, as primeiras fabricas no inicio do século

XX e a política desenvolvimentista dos governos Vargas e JK.

90. Compreenda a articulação entre o desenvolvimento econômico do Paraná e o a

formação das cidades.

91. Entenda como Estados Teocráticos da antiguidade concebiam a união entre o

poder religioso e o poder temporal.

92. Compreenda as especificidades da democracia ateniense, quanto ao seu

funcionamento e os participantes e excluídos dela.

93. Analise o processo de descentralização do poder medieval, desde o contrato

feudovassalico ate as relações de poder entre senhores feudais e servos.

94. Entenda o processo de centralização do poder na Europa e as características

gerais do Absolutismo, como o poder excessivo do rei, o mercantilismo.

95. Analise a formação do Estado Nacional no século XIX, observando algumas de

suas características, como a autodeterminação dos povos.

96. Entenda a formação do Estado Nacional brasileiro, evidenciando que foi um

processo de elite e que por isso não atendeu a maior parte da população.

97. Compreenda a formação dos Estados latino americanos, demonstrando as

diferenças entre a experiência brasileira e a sul americana.

98. Entenda o contexto de emancipação do Paraná.

99. Analise a construção da Republica brasileira.

100. Identifique e explicar alguns aspectos do coronelismo no Brasil, como o voto de

cabresto, a política dos governadores e a política café com leite.

101. Compreenda o contexto da Revolução de 1930.

102. Analise o Estado Novo como Estado ditatorial, no qual os direitos democráticos

foram suspensos.

103. Entenda o populismo como um fenômeno político do século XX, próprio de uma

sociedade de massa e de sociedade adeptas ate então a um sistema coercitivo

tradicional.

180

104. Entenda a Ditadura Militar como um período de restrições e de perseguições

políticas.

105. Analise o processo de redemocratização na década de 1980.

106. Analise a situação e a ação dos seguintes sujeitos históricos na antiguidade

clássica: as mulheres atenienses, os plebeus e os escravos na sociedade romana.

107. Compreenda as relações de poder estabelecidas entre senhores e servos,

mulheres e homens fieis, hereges e clérigos no período medieval.

108. Entenda as motivações e o funcionamento dos quilombos, no Paraná e no

Brasil.

109. Analise as revoltas do final do século XVIII como formas de resistências ao

poder da metrópole portuguesa.

110. Compreenda as revoltas do período imperial, no Brasil do século XIX, como

uma forma da população se fazer ser ouvida, diante da construção de um Estado

excludente.

111. Entenda movimentos messiânicos, Canudos e Contestado, como reação da

inserção de elementos capitalistas numa sociedade tradicional.

112. Entenda o processo de colonização do século XIX, articulado a mundialização

do capitalismo, bem como as relações de poder estabelecidas entre colonizador e

população local.

113. Conheça as principais características e motivações das revoluções

democraticaliberais no Ocidente.

114. Identifique os elementos que constituem o conceito de Guerra Total aplicado as

Guerras Mundiais, como: a mobilização da produção e da economia para a guerra,

duração mais longa em comparação as outras guerras, o numero de países

envolvidos e o grande numero de vitimas.

115. Entenda a descolonização como parte de um processo de resistência dos

povos locais aos projetos imperialistas.

116. Compreenda a proposta socialista e a sua efetivação em dois casos, a

Revolução Russa (1917) e a Cubana (1959). Identifique as diferenças entre

capitalismo e socialismo.

117. Saiba sobre a existência e as características dos movimentos de resistência a

Ditadura Militar no Brasil.

118. Perceba a construção dos mitos, considerando a sua relação com os valores da

sociedade grega dos séculos VII a II a.C.

181

119. Entenda os personagens e valores ligados ao hinduísmo e ao budismo dos

séculos XVI a IV a.C..

120. Identifique os personagens e valores ligados ao islamismo no Oriente Médio.

121. Identifique os personagens e valores ligados ao judaísmo e ao cristianismo no

Oriente Médio.

122. Perceba os elementos presentes na mentalidade do período que tornou

possível a contestação dos parâmetros da Igreja Católica. Entre estes elementos

pode-se citar o individualismo e a progressiva racionalidade do pensamento

ocidental. Analise os desdobramentos da reforma religiosa como a contra-reforma e

as guerras religiosas.

123. Analise as origens do pensamento renascentista nas universidades medievais,

e entendendo as mudanças na forma de pensar que permitiram a insurgência do

movimento renascentista como o individualismo.

124. Compreenda que as festas populares são produtos sociais e que os elementos

que as compõem, fazem parte da cultura daquele período.

125. Perceba, também, que as festas populares são exemplos da circularidade

cultural, pois muitas vezes ocorrem apropriações por parte de instituições, como a

Igreja Católica, e de grupos sociais de elementos e símbolos culturais que tornam

aquela festa como pratica cultural possível.

126. Compreenda que na década de 1920, ocorreu uma crise de identidade entre a

intelectualidade brasileira, o questionamento da ordem a partir da ótica modernista,

que buscava o “brasileiro”, recolocando a questão do nacional e do tema popular na

cultura brasileira.

Metodologia

Ao se ensinar história temos que partir da hipótese que em história nada é

verdade absoluta que os fatos não são lineares, que a todo o momento fatos são

questionáveis . Que o objetivo da história é trabalhar o processo histórico. Segundo

o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos históricos estão articulados em

determinadas relações causais.

Assim, podemos observar que a história é uma disciplina articuladora dentro

do processo de ensino e aprendizagem ela é investigativa.

182

Mas para se desenvolver o conteúdo de história e a produção de

conhecimento outro fator relevante são os métodos específicos, baseados na

explicação e interpretação de fatos do passado. In: SEED. Diretrizes Curriculares De

História Para O Ensino Médio. 2009.

Outro fato relevante para o ensino de história esta no campo da

problematização dos conteúdos baseada na construção de conceitos, transcrevendo

as experiências sócias, culturais e políticas em que cada sujeito está inserido.

E para que aula de história tenha uma interação concreta a utilização de

materiais de apoio é fundamental para a compreensão do conteúdo proposto.

Podemos, utilizar imagens icnográfcas, livros didáticos e para -didáticos,

jornais, relatos de histórias fragmentadas, fotografias, pinturas, TV pendrive,

laboratório de informática, aula de campo ( visitas a museus), documentos primários,

mapas, tudo é valido para a construção do saber histórico.

AvaliaçãoA avaliação do conteúdo de história tem como objetivo de constatar o que o

aluno assimilou com as atividades desenvolvidas nas aulas, não como algo

classificatória.

O acompanhamento do processo ensino - aprendizagem, tem como finalidade

principal dar uma resposta ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo e,

assim, permitir refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor,

possibilitando o redimensionando deste , caso seja necessário. A avaliação não

deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino aprendizagem.

In: SEED. Diretrizes Curriculares De História Para O Ensino Médio. 2009.

A avaliação do ensino de História nesta Diretriz considera três aspectos

importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos

estruturantes e dos conteúdos específicos para tanto o professor tem que utilizar dos

muitos recursos disponíveis para a compreensão do contexto histórico.

Instrumentos avaliativos sugeridos a serem utilizados pelo professor:

Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes

em relação ao tema abordado;

Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de

uma narrativa histórica;

183

Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e

conceitos históricos;

Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura

de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias

em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento.

Avaliação escrita (objetiva e dissertativa),debates em sala, produção de

cartazes e texto, trabalho escrito e apresentando, construção de maquete e

participação em sala de aula (questionamento e argumentação).

Referências Bibliográficas

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São

Paulo: Cortez, 2004.

CHARTIER. ROGER. A HISTÓRIA Cultural. Entre práticas e representações. Rio de

Janeiro> Bertrand Brasil. 1997

FOUCAl. Michel. Vigiar e punir. Petrópolis. Vozes. 2001.

GINSBURG. Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das letras.

1987.SCHMIDT. Maria Auxiliadora. CAINELL. Marlene. Ensinar história. São Paulo.

Scipione. 2004.

LLOYD, Christopher. As estruturas da história. São Paulo: Zahar, 1995.

RÜSEN, Jörn. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.

______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.

Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In.:

Práxis educativa, v. 1, n.2. Ponta Grossa: UEPG, 2006.

THOMPSON, Edward P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de

Janeiro: Zahar, 1978.

______. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

______. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 2004. v. 1.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA -HISTÓRIA - 2009

18.8. GEOGRAFIA

184

Apresentação Geral da Disciplina

É antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no qual se desenrola

sua vida, algumas vezes por curiosidade, outras com fins econômicos ou políticos.

O nascimento da disciplina de Geografia pode ser situado na própria origem

do homem, embora só tenha alcançado a categoria de ciência com o florescimento

da civilização grega.

A área habitável da superfície terrestre apresenta várias características, das

quais uma das mais importantes é a complexa interação dos elementos físicos,

biológicos e humanos, como relevo, clima, água, solo, vegetação, agricultura e

urbanização. Outra característica é a grande variabilidade do ambiente de um lugar

para outro. Outra característica ainda, é a regularidade com que se registram

determinados fenômenos, como os climáticos, o que permite generalizações sobre

sua distribuição espacial.

A Geografia se preocupa particularmente com a localização espacial

(especialmente com a relação entre a sociedade e a terra, da mesma forma que a

ecologia e afinidades), com a regionalização e com a distribuição das áreas.

Pesquisa a respeito dos lugares onde as pessoas vivem, sobre a superfície da Terra

e os fatores (ambientais, culturais, econômicos recursos naturais) que influem nessa

distribuição. Tenta responder a questão e a possibilidade de reconhecer uma região

sobre a qual vive uma população, meio de vida, cultura e relações que ocorrem

entre os diferentes lugares.

Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram em

relatos de viajantes da Grécia antiga. No século III a.C., o grego Erastóstenes de

Cirene, escreveu a Geographica, primeira obra a usar a palavra geografia no título.

Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o

conhecimento clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a época de

Cristo, que se tornou a única referência sobre obras gregas e romanas

desaparecidas. Outra importante contribuição, apesar dos erros que seus estudos

apresentavam, foi a do astrônomo e geógrafo Ptolomeu, do século II da era cristã,

na elaboração da teoria geocêntrica.

Durante a Idade Média, devido à influência do poder político e da Igreja

muitos conhecimentos geográficos foram abandonados. De acordo com Andrade

(1987, p.34).

185

Os monges e os doutores da Igreja procuram desenvolver a fé,

sobretudo quando ameaçada pela expansão muçulmana, e adaptar

todas as ideias e concepções aos ensinamentos bíblicos. Surgiram da

interpretação do texto da Bíblia, dúvidas e contestações à ideia de

esfericidade da Terra, procurando-se justificar outras formas para o

planeta que não contrariassem a interpretação do livro sagrado. (...) A

ideia de que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se para a

Igreja de então uma verdade que não podia ser contrariada, conforma

os ensinamentos dos sábios e santos. Só com a difusão das ideias de

Aristóteles, após o século XII, é que se voltou a admitir, não sem

grandes riscos, a esfericidade do planeta.

Somente após o século XII as questões cartográficas voltaram a ser

discutidas, pois os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para

registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes. A partir de

então a questão da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez mais,

pauta de discussões e de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das

Grandes Navegações. Desde então, a partir do século XVI, as expedições terrestres

passaram a descrever e representar detalhadamente os espaços como rios, lagos,

montanhas, desertos, planícies e também as relações homem-natureza em

sociedades distintas e desconhecidas até aquele momento, com levantamento de

dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos.

Nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar

questões referentes ao espaço e à sociedade os saberes geográficos passaram a

ser evidenciados. Temas como comércio, formas de poder, organização do estado,

produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas

de representação de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.

Porém, até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica. Os

estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em obras

diversas, desde literárias até relatórios administrativos e por isso, “os temas

geográficos estavam legitimados como questões relevantes, sobre as quais cabia

dirigir indagações científicas” (MORAES, 1987, p. 41).

186

Durante o século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que

tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que,

mais tarde, viria ser a atual Alemanha. Estas sociedades tinham como objetivo a

exploração de outros continentes e organizavam expedições científicas para a

África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais dos

mesmos. Devido a estas pesquisas surgiram as escolas nacionais de pensamento

geográfico, destacadamente a alemã e a francesa.

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt

(1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como

fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O

pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal

representante Vidal de La Blache (1845-1918).

A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-

natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neocolonialista dos

impérios europeus na conquista de territórios da África e da Ásia. Para Ratzel e a

escola alemã. predominava o determinismo geográfico, ou seja, segundo ele a

pessoa é determinada pelo meio, se está na miséria, deve morrer na miséria. Ratzel

não considerava a inteligência como um meio de transformação, já Vidal de La

Blache tinha outra visão, na escola Francesa predominava o possibilismo

geográfico, ou seja, não é o fato de estar na miséria que o sujeito não pode mudar

de situação.

Portanto, para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação sociedade-

natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua

teoria,

Nas diferentes condições de meio em que o homem se encontrou, e tende

primeiro de assegurar sua existência, concentrou tudo o que possuía de

destreza e de engenho para alcançar esse fim. Os resultados que atingiu, por

inferiores que nos possam parecer, testemunham qualidades que não diferem

daquelas que encontram o seu emprego em nossas civilizações modernas

senão pela menor soma de experiência acumulada. Há com certeza

desigualdades e graus diversos na invenção; mas, por toda a parte, o estudo

do material etnográfico denota engenho, mesmo num círculo restrito de

ideias e necessidades. ( LA BLACHE, 1957, p. 176)

187

O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento fundamental

para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato oportunizava

verdadeiras oficinas de civilização. Estes argumentos, embora diferentes dos da

Geografia Alemã, porém da mesma forma, justificavam a colonização dos povos que

construíram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a ideia de missão

civilizadora europeia (MORAES, 1987).

Enquanto na Europa em alguns países a Ciência Geográfica já se encontrava

sistematizada, e presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só

aconteceu mais tarde.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou apenas

a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico. Para

efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração

mineral, o desenvolvimento da indústria de base e as políticas sociais, fazia-se

necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas

sobre os recursos naturais do país.

Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-se por boa

parte do século XX, caracterizando-se, na escola, pelo caráter

decorativo/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e

fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do

Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários.

Essa corrente teórica e metodológica é conhecida como Geografia Tradicional.

As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a

Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e

culturais na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos

aspectos. Essas transformações ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da

segunda metade do século XX e originaram novos enfoques para a análise do

espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia.

Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia e a

instalação das empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as

relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas

assuntos ligados a) à degradação da natureza em relação à intensa exploração dos

188

recursos naturais e suas consequências para o equilíbrio ambiental no planeta; b) às

desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico no

modo capitalista de produção em relação à experiência de organização sócio-

espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bipolarizado

e: c) às questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela

internacionalização da economia e pelas relações econômicas e políticas de

dependência materializadas, cada vez mais, nos espaços geográficos dos diferentes

países.

Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda

Guerra Mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto o

desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No

Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60,

que levaram a modificações no ensino de Geografia e na organização curricular da

escola.

O golpe militar de 1964 provocou mudanças em todos os setores sociais,

inclusive no âmbito educacional, pois para todas as reordenações econômicas e

políticas são necessárias adequações da educação aos novos moldes vigentes.

Essa adequação teve como marco o acordo, conhecido como MEC/USAID (Acordo

do Ministério da Educação e Cultura/United Stades Agency International for

Development), que implicou em reformas na educação universitária pela lei 5540/68

e no ensino de 1º e 2º Graus pela lei 5692/71 (PENTEADO, 1994). Essas leis tinham

por finalidade adequar a educação a crescente necessidade de formação de mão-

de-obra para suprir a demanda que, o surto industrial brasileiro, conhecido como

milagre econômico, geraria tanto no campo quanto na cidade.

A valorização de formação profissional contribuiu para transformações

significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Base

da Educação Nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às

ciências humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos sociais que, no

1º Grau envolveria os conteúdos de Geografia e História. No entanto, o que deveria

ser entendido como área de estudo passou a ser visto como disciplina e foi adotada

no 1º Grau, empobrecendo assim os conteúdos das disciplinas fundidas. No 2º Grau

foram impostas as disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e Educação

Moral e Cívica, em prejuízo da Filosofia e da Sociologia, consideradas de

importância secundária para a formação técnica, naquele momento desejada.

189

O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de estudos Sociais,

como já apontado, não garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e

História, o que tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. Mesmo

não atingindo essa inter-relação, a disciplina de Estudos sociais teve um período de

vigência de mais de uma década. Nos anos 80, ocorreram movimentos visando ao

desmembramento da disciplina de estudos Sociais e o retorno da Geografia e da

história.

No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a

Associação Paranaense de História – APAH – promoveu o primeiro encontro

paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas. Desse encontro foi

produzido um documento, enviado à Secretaria de Estado da Educação. disso,

resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual da Educação, permitindo que as

escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia

e História separadamente, desde que respeitando o princípio de integração que

fundamentava o currículo da época (Paraná, Parecer nº. 332/84, 1984, p.9).

Portanto, não houve o desaparecimento imediato do ensino de Estudos Sociais. O

desmembramento em disciplinas autônomas só ocorreu após a resolução nº. 06 de

1986 do conselho Federal de Educação (PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002).

Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação do

pensamento geográfico iniciada após a Segunda Guerra, chegou com força ao

Brasil. As discussões teóricas que se sobressaíram, nessa época, centraram-se em

torno do Movimento de Geografia Crítica. Alguns marcos históricos destacam-se

como emblemáticos e precursores da Geografia Crítica no Brasil. O principal deles;

o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela AGB-

Fortaleza, teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na

publicação do livro de Yves Lacoste (1988), “A Geografia: isso serve antes de mais

nada para fazer a guerra” , livro este considerado um marco para a Geografia

Crítica mundial.

Esse movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os

estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia. A

chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento

geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de

estudo da Geografia, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como

fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.

190

A abordagem teórica crítica proposta para o ensino da Geografia, naqueles

documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o espaço geográfico

como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana. A seleção de

conteúdos de Geografia, por sua vez, enfatizava a dimensão econômica da

produção do espaço geográfico, com destaque para as atividades industriais e

agrárias, além das questões relativas à urbanização.

Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à

chamada Geografia Tradicional. Nessa ruptura, rejeitou-se, da teoria e do método da

Geografia Tradicional, a abordagem histórica, presa a uma metodologia de ensino

reduzida à observação, descrição e memorização dos elementos naturais e

humanos do espaço geográfico, realizada de maneira fragmentada.

O movimento da Geografia Crítica, ao propor uma análise social, política e

econômica sobre o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia

natureza-sociedade (Geografia Física e Geografia Humana) e das fragmentações

das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das pesquisas e do

ensino sobre a dinâmica da natureza. Por isso, essa proposta não foi imediatamente

compreendida nem aceita por parte dos professores da rede estadual de ensino.

A incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e sofreu avanços e

retrocessos a partir de 80 e 90, pois aconteceram reformas políticas e econômicas

vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação.

Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizavam a

educação (inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a

formação do novo perfil do trabalhador, necessário para o capitalismo no atual

período histórico. Organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial,

passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implantação de

políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas

mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei

de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção,

a poucas mãos, dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Os PCNs a partir de então, apresentaram-se como documento balizador para

as reformulações curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros. As

críticas feitas pelos PCNs de Geografia recaíram sobre as linhas de pensamento

Tradicional e Crítica. Ambas foram acusadas de terem negligenciado a dimensão

sensível de perceber o mundo e a Geografia Crítica, especificamente, de enfatizar a

191

economia e fazer política militante (PCN Geografia Ensino Fundamental, p. 22). Este

documento desconsiderou o esforço de aprimoramento teórico-conceitual que o

movimento da Geografia Crítica vinha fazendo, ao tomá-la pela perspectiva

economicista, que inicialmente foi adotada por alguns de seus autores, mas que,

num movimento de crítica interna, vinha sendo superada. Por sua vez, os PCNs não

apresentaram uma alternativa teórica consistente, mas ao contrário, assumiram um

ecletismo ancorado numa concepção filosófica, no mínimo pouco clara e confusa.

Para Spósito

A assunção de uma tendência conceitual oscila no decorrer dos PCNs, pois

se ela é muitas vezes clara, em outras a concepção apresentada para os

conceitos e categorias centrais dos PCNs e/ou a terminologia utilizada nos

blocos temáticos identificam-se com diferentes correntes teórico-

metodológicas.

(...) No entanto há aspectos que parecem indicar que, em vez de uma

pluralidade que permitisse distinguir as diferentes abordagens, existe uma

indefinição que se aproximaria mais de um ecletismo(...) (1999,p.31).

Os conteúdos vinculados às discussões ambientais e multiculturais foram

mudanças provocadas pelos PCNs. A rigor, os debates sobre cultura e

ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque

na escala mundial desde o final dos anos 60. A presença desses conteúdos nos

PCN se deve ao resgate e aprofundamento das discussões sobre cultura (Geografia

Cultural) e ambiente (Geografia Socioambiental) que, na Geografia, ganharam força

no contexto histórico dos anos 90, tanto com as transformações políticas que

desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países,

quanto com os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e informação que

possibilitam a fragmentação da produção industrial e ampliação do mercado

mundial.

Porém, é preciso lembrar que estes assuntos – questões ambientais e

culturais – estiveram inseridos no temário geográfico desde a institucionalização da

Geografia e foram abordados de várias perspectivas teóricas, das descritivas às

192

críticas. Portanto, apenas inseri-los no currículo, como conteúdos de ensino, não

garante criticidade à disciplina.

Na medida em que a abordagem Socioambiental enfatiza o determinismo

tecnológico e a sustentabilidade percebe-se que a criticidade não aparece nos PCNs

como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de

produção capitalista e a abordagem Cultural destaca a ideia de tolerância e de

convivência tranquila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que estes

apresentem desiguais.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná as ideias

geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e

apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o

Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo

3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos

contemplados, os chamados princípios de geografia que tinha como objetivo

enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais (VLACH,

2004).

Hoje a Geografia procura assumir a interdisciplinaridade, admitindo que esta

posição é profundamente enriquecedora. Conceitos como natureza e sociedade, por

exemplo, se acham dilacerados entre várias disciplinas e necessitam de um esforço

interdisciplinar para serem reconstruídos. Questões contemporâneas, tais como

crise econômica, globalização do sistema financeiro, poder do Estado e sua relação

com a economia e as novas resultantes espaciais das desigualdades sociais e a

espacialização dos problemas ambientais e da biotecnologia favorece a interação

com estas e outras áreas da aprendizagem.

Objetivos Gerais

Para que o aluno seja capaz de construir um conjunto de conhecimentos

referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia, alguns

objetivos serão colocados em prática, fazendo com que ao final do processo o aluno

seja capaz de:

Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza

em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em

sua produção e construção;

193

o Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências

em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que

possibilitem uma participação em questões sociais, econômicas e ambientais;

Compreender que as melhorias nas condições de vida , os avanços tecnológicos e

as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e que

estas não são ainda usufruídas por todos os seres humanos, apesar dos seus

esforços;

Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender o espaço , a paisagem, o território e o lugar , seus processos de

construção , identificando suas relações, problemas e contradições.

o Fazer leituras de imagens, mapas , dados e documentos de diferentes fontes de

informação , de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o

espaço geográfico e as diferentes paisagens;

Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a

espacialidade dos fenômenos geográficos;

Valorizar o patrimônio sociocultural e ambiental, reconhecendo como um direito dos

povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia;

Respeitar as diferenças étnico-culturais dos diferentes povos que contribuíram para

a formação da sociedade brasileira e as diferentes civilizações;

20)Identificar a importância que representa o uso dos recursos naturais para a

sociedade a qual encontra-se inserido e a necessidade de se preservar os

recursos ou fontes ainda disponíveis na natureza;

Compreender que a organização do espaço geográfico mundial é fruto da

produção do trabalho humano, estando em constantes transformações.

Conteúdos Ensino Fundamental

6º ANO

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Formação e transformaçãodas paisagens naturais e culturais.

1. Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.2. Diferencie as paisagens geográficas.3. Construa os conceito de paisagem e lugar.

194

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica Espaço Geográfico

Dimensão Socioambiental Espaço Geográfico

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

4. Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.5. Reconheça as relações existentes entre os elementos (rochas, solo, relevo, clima, hidrografia, vegetação) que compõem a natureza e a sociedade.6. Construa os conceitos de paisagem, lugar e natureza.

A formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

7. Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.8. Entenda as formas de apropriação dos recursos naturais pelas diferentes sociedades humanas.9. Compreenda os problemas relacionados ao aproveitamento e a escassez dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a(re)organização do espaço geográfico.

10. Entenda a distribuição das atividades produtivas refletindo na organização do espaço geográfico.11. Compreenda as intervenções da sociedade humana no meio ambiente, decorrente das atividades produtivas.12. Construa o conceito de região e lugar.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

13. Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais e mobilidade populacional.14. Entenda as características que diferenciam o campo e cidade.15. Identifique as atividades econômicas típicas do campo e da cidade.

A transformaçãodemográfica, a distribuiçãoespacial da população e os indicadores estatísticos.

16. Entenda a transformação e a distribuição espacial da população, como resultado de diferentes fatores.17. Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organizaçãoespacial.18. Construa o conceito de sociedade.

A mobilidade populacional e as manifestaçõessocioespaciais da diversidade cultural.

19. Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.20. Compreenda as causas que levam a mobilidade populacionais e suas conseqüências na organização espacial.

As diversas regionalizaçõesdo espaço geográfico.

21. Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

7º ANO

195

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

DimensãoEconômica doEspaço Geográfico

Dimensão Políticado EspaçoGeográfico

Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico

DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçãodo território brasileiro.

22. Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da linguagem cartográfica.23. Reconheça a atual configuração do território brasileiro, definida ao longo dos últimos séculos, através do processo de ocupação e povoamento.24. Identifique o processo de formação do território brasileiro, construindo o conceito de território.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

25. Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.26. Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação dos recursos naturais.27. Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação e as atividades econômicas desenvolvidas.28. Construa o conceito de natureza.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

29. Identifique as diferentes formas de regionalização do espaço brasileiro. A exemplo a divisão do IBGE e a divisão das macrorregiões econômicas.30. Construa o conceito de região.

As manifestações socioespaciais dadiversidade cultural.

31. Compreenda a diversidade cultural e regional no Brasil construída pelos diferentes povos.

A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial eindicadores estatísticos.

32. Analise os fatores que determinam a distribuição espacial da população em território brasileiro.33. Verifique as desigualdades sociais do território brasileiro.34. Construa o conceito de sociedade e lugar.

Movimentos migratórios e suas motivações.

35. Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território.36. Entenda o processo de migração e a ocupação do território brasileiro.37. Perceba a migração como fator de crescimento da população brasileira.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

38. Compreenda os fatores naturais e a sua importância no uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.39. Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo.40. Compreenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do

196

território.41. Conheça as diferentes formas de desenvolver a agricultura.

A formação, o crescimentodas cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

42. Entenda o processo de formação e localização dos micro territórios urbanos.43. Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização no Brasil.44. Entenda o processo de crescimento urbano e suas repercussões no meio ambiente.45. Construa o conceito de território.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico.

46. Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades produtivas e as consequentes mudanças nas relações socioespaciais e ambientais.47. Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais.48. Espacialize as atividades produtivas no território brasileiro.

A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.

49. Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão de obra, mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.50. Compreenda as redes de informação e comunicação para a organização das atividades econômicas em território brasileiro e sua importância51. Compreenda a importância dos meios de transporte na integração do território brasileiro.

8º ANO

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM

DimensãoEconômica doEspaço Geográfico

Dimensão Políticado EspaçoGeográfico

Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

52. Reconheça as formas de regionalização da América nos diversos critérios adotados, e construa o conceito de região.53. Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leiturização dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.54. Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais, em especial as do continente americano.55. Construa os conceitos de região e lugar.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

56. Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do continente americano, entendendo o conceito de

197

DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico

territórios do continente americano.

território.57. Reconheça as relações de poder na configuração das fronteiras e territórios e a sua importância no contexto mundial.

A nova ordem mundial, osterritórios supranacionais e o papel do Estado.

58. Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e políticas.

O comercio em suasimplicações socioespaciais.

59. Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influencia política e econômica na regionalização do continente americano.60. Entenda o processo de territorialização do comercio no continente americano.61. Reconheça o protecionismo comercial dos países ricos influenciando o comercio dos países pobres, exemplificando o caso da América.62. Construa o conceito de lugar, região, território e sociedade.

A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações.

63. Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação da mercadorias, mão de obra e informações na economia regional.64. Identifique as redes de transporte e sua importância na circulação de mercadorias e mão de obra.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico.

65. Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas, e as suas consequências ambientais e sociais.66. Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.67. Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais.68. Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente americano.69. Construa o conceito de paisagem.

As relações entre o campo e a cidade na sociedadecapitalista.

70. Entenda a produção industrial e agropecuária, e a apropriação dos recursos naturais.71. Compreenda os problemas socioambientais decorrentes da produção industrial e agropecuária.72. Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade em suas implicações socioespaciais.73. Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano.

198

O espaço rural e a modernização da agricultura.

74. Compreenda o processo de modernização agrícola no continente americano.75. Entenda as diferentes formas de organizar o espaço rural na América.76. Reconheça os impactos ambientais decorrentes do processo de modernização agrícola.77. Relacione os elementos naturais (solo, clima, relevo e vegetação) e o desenvolvimento da agricultura.78. Construa os conceitos de natureza, região e território.

A transformação demográficada população, suadistribuição espacial e osindicadores estatísticos.

79. Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.80. Compreenda os principais fatores que definiram a distribuição espacial da população.81. Compreenda a desigualdade social existente no continente americano.82. Construa o conceito de sociedade.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

83. Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.84. Reconheça o processo migratório como fator de crescimento populacional.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

85. Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais.86. Identifique dos conflitos étnicos existentes na América e sua ligação com os demais continentes.

Formação, localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

87. Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea, em especial a americana.88. Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.89. Perceba a relação entre o aumento do consumo e o esgotamento dos recursos naturais.90. Construa o conceito de natureza.

9º ANO

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM1

DimensãoEconômica doEspaço Geográfico

As diversas regionalizaçõesdo espaço geográfico.

91. Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico mundial.92. Construa o conceito de região.93. Identifique a configuração socioespacial

199

Dimensão Políticado EspaçoGeográfico

Dimensão Cultural eDemográficaEspaço Geográfico

DimensãoSocioambientalEspaço Geográfico

mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

A nova ordem mundial, osterritórios supranacionais e o papel do Estado.

94. Entenda as relações entre países e regiões no processo de globalização.95. Compreenda a inserção dos espaços numa ordem econômica e política, considerando suas particularidades.96. Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais.97. Reconheça a ONU como um importante organismo supranacional.98. Construa os conceitos de território e lugar.

A revolução tecnicocientifico-informacional e osnovos arranjos no espaço da produção.

99. Compreenda a importância da transformação técnico-científica-informacional em sua relação com os espaços de produção.100. Analise as influencias da revolução técnico-científico-informacional na circulação de mercadorias e nas formas de consumo.101. Entenda a tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.

O comercio mundial e asimplicações socioespaciais.

102. Entenda a formação dos blocos econômicos e sua influencia política e econômica na regionalização mundial.103. Entenda a importância econômica, política e cultural do comercio mundial.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçãodos territórios.

104. Compreenda a atual configuração do espaço mundial e suas implicações sociais, econômicas e políticas.105. Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e osindicadores estatísticos da população.

106. Identifique a estrutura mundial da população.107. Analise a distribuição espacial da população mundial.108. Compreenda os indicadores sociais e econômicos da desigual distribuição de renda.109. Identifique os conflitos étnicos e separatistas, e suas consequências no espaço geográfico.110. Construa o conceito de sociedade.

As manifestaçõessocioespaciais da diversidadecultural.

111. Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural.112. Reconheça a globalização como uma das formas de interferência na cultura das diversas sociedades tradicionais do mundo.

200

Os movimentos migratóriosmundiais e suas motivações.

113. Reconheça as motivações que levam a ocorrer os fluxos migratórios mundiais.114. Entenda o aumento no fluxo populacional pelo mundo decorrente do processo de globalização.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaçogeográfico.

115. Compreenda os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas no processo de industrialização, e sua origem.116. Entenda como as atividades produtivas interferem e organizam o espaço geográfico.117. Construa o conceito de natureza.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

118. Relacione as inovações tecnológicas com as atividades produtivas.119. Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.120. Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e produção.121. Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia.122. Construa o conceito de natureza, lugar, região.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

123. Entenda as redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas e sua importância.124. Verifique de que forma o processo de globalização intensificou as redes e os fluxos no espaço geográfico mundial.125. Identifique o transporte aéreo e marítimo como facilitadores no intercambio de mercadorias entre os diferentes países do mundo.126. Construa o conceito de rede.

ENSINO MÉDIO1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEUDOS ESPECÍFICOS

* A formação e

transformação das

paisagens.

* A dinâmica da natureza e

*A evolução da Ciência

Geográfica;

* A origem e formação do

201

DIMENSÃO SOCIAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

*DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

sua alteração pelo emprego

de tecnologias de

exploração e produção.

* A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais.

Universo

*Orientação no espaço

geográfico.

*Representação do espaço

terrestre através da cartografia

* Fusos horários

*A Terra e seus movimentos no

espaço.

*Evolução geológica da Terra

* A estrutura interna da Terra

- Estrutura Geológica: Rochas e

minerais

- Os agentes internos e externos

de formação e transformação

do relevo

- A formação do solo

* Atmosfera terrestre

- O tempo e o clima

- Questões ambientais – A

politica nacional da educação

ambiental. lei nº 9795/99.

* Hidrosfera: águas continentais

e oceânicas

* Biomas e formações vegetais

202

2° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

*DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

*DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇOGEOGRÁFICO.

*DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

* Formação, mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios.

* As diversas

regionalizações do espaço

geográfico.

* As implicações

socioespaciais do processo

de mundialização

* O espaço em rede:

produção, transporte e

comunicação na atual

configuração territorial.

* O espaço em rede:

produção, transporte e

comunicação na atual

configuração territorial.

* A distribuição espacial das

atividades produtivas e a

(re)organização do espaço

geográfico.

* A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais

* A transformação

demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores

estatísticos da população.

* O território Brasileiro:

localização, formação e

regionalização.

- a contribuição indigena e

afro na formação da

população brasileira – lei n°

10.639/03 e lei n° 11.645/08

* A estrutura geológica e o

relevo brasileiro

* Dinâmica climática do Brasil

e os problemas ambientais

* As paisagens vegetais do

Brasil e suas características

* A hidrografia brasileira

* A atividade industrial e as

características da indústria

brasileira

* A urbanização brasileira

* Os recursos energéticos

brasileiros

* A atividade agropecuária

no Brasil

* Comércio, comunicações,

transportes e turismo no

Brasil

* Distribuição da população,

crescimento demográfico e

estrutura da população

brasileira

* Os movimentos migratórios

e suas motivações no Brasil

* Geografia do município e

do Paraná (contextualização

203

histórica e geografica

baseado na lei n° 13.381/01:

3° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

* DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

* DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

* DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

* A transformação

demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores

estatísticos da população.

* Os movimentos

migratórios e suas

motivações.

* As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

* As relações entre o campo

e a cidade na sociedade

capitalista.

* A formação, o crescimento

das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização recente.

* O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

* As relações entre o campo

e a cidade na sociedade

capitalista

* A revolução técnico-

científica-informacional e os

novos arranjos no espaço

* Dinâmica da População

mundial

- Conceitos, teorias,

estruturas e movimentos

demográficos.

- Crescimento e distribuição

da População mundial e

brasileira

- IDH – Índice de

Desenvolvimento Humano -

PEA – População

Economicamente Ativa

* Agrupamentos urbanos

* Os setores de atividades

econômicas

* O processo de

urbanização no Brasil e no

mundo

- O Estatuto da Cidade e o

Plano Diretor

- Problemas urbanos: a

drogadição e violência

204

da produção.

* As implicações

socioespaciais do processo

de mundialização.

* A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e

o papel do Estado.

urbana

leis n° 11.343/06, lei n°

11.733/97 e lei n° 11.734/97.

* A agropecuária e suas

características

- A questão agrária e a

estrutura fundiária do Brasil e

do Mundo

* Fases do Capitalismo,

Revoluções Industriais ,

Globalização e suas

consequências

* As novas formas de

regionalização e as

desigualdades sociais

* Os conflitos regionais e as

tensões no mundo

* O desenvolvimento

industrial dos países

* Fontes de energia:

utilização e impactos

ambientais

Metodologia

A metodologia utilizada no Ensino de Geografia deve ser aquela que contribua,

ou seja, possibilite ao educando a compreensão de sua posição no conjunto das

relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações, individuais ou

coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza têm consequências, tanto

para si, como para a sociedade. Uma metodologia que permita também fazer com

que o aluno adquira conhecimentos para compreender as diferentes relações que

são estabelecidas na construção do espaço geográfico, no qual se encontra

205

inserido, tanto em nível local como mundial, os avanços na tecnologia, nas ciências

e nas artes como resultantes de trabalho e experiência coletiva da humanidade.

Alguns encaminhamento metodológico, seguem abaixo como propostas de

ações:

Coleta de dados para posterior leitura e análise de resultados obtidos;

Perguntas e suposições acerca do assunto em estudo;

Defesa de um ponto de vista (Debate/Fórum);

Elaboração de hipóteses;

Projetos envolvendo a realidade local;

Leitura, interpretação e produção de textos;

Leitura, interpretação e superposição de mapas;

Interpretação de noticiários diários e a relação com os temas estudados;

Análise e/ou interpretação de gráficos e tabelas;

Elaboração de quadro cronológico/ processo histórico;

Produção de textos a partir de informações diversas;

Interpretação de filmes, documentários e fotos com paisagens retratando as

mais diversas realidades;

Aulas de campo como visitas a indústrias, parques, unidades de

conservação, municípios históricos, portos, Ilhas, pontos turísticos regionais e

outros locais que enriqueçam e auxiliem o educando na compreensão do

espaço geográfico;

Trabalhos em grupos, entre outros.

Uso dos recursos tecnológicos como laboratório de informática, TV pendrive,

entre outros

Avaliação

O processo de avaliação deve considerar a mudança de pensamento e

atitude do aluno, alguns elementos que demonstrem o êxito do processo de

ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o

questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como

parâmetros de qualidade do ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção

pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a

obediência e a passividade (HOFFMANN, 1993).

206

O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é condicionado pelo

conflito/confronto entre as ideias, os valores, os posicionamentos políticos, a

formação conceitual prévia dos alunos e as concepções científicas sobre tais

elementos. Esse método pedagógico dialético possibilita a (re) construção do

conhecimento, em que o processo de aprendizagem atinge, ao longo da

escolarização, diferentes graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento

cognitivo dos alunos (CAVALCANTI, 2005).

A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como

hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das

dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de

conhecimento (HOFFMANN, 1993, p. 21 apud Secretaria de Estado da Educação do

Paraná 1986 )

A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos

nestas Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que

atua em seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou

mesmo transformar esse meio. É esse resultado que se espera constatar no

processo de avaliação do ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como

os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos

geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para

compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos

formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais

e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas

geográficas.

No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que

o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos

do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços

obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter

processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do

sistema de notas.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de

avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar

técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,

como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

207

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.

O processo de avaliação deverá ser contínuo e dinâmico, onde o professor

esteja aberto para buscar formas mais criativas e até alternativas para compreender

se o aluno avançou, e como o conhecimento da Geografia faz sentido para esse

aluno hoje e também o fará futuramente.

Várias alternativas poderão diversificar a avaliação, desde trabalhos em

equipes e individuais, pesquisas bibliográficas e de campo, até mesmo provas

individuais e em duplas, com ou sem consulta. Além da análise e interpretação de

gráficos, mapas, tabelas, documentários, entre outros.

Será oportunizada a recuperação de estudos, como forma de garantir

desempenho do educando.

A avaliação é parte integrante do ensino e, por meio dela, o professor estuda,

analisando os dados da aprendizagem, tendo em vista acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem. Portanto, será diagnóstica, somativa, qualitativa,

contínua, permanente e cumulativa, levando em conta as atividades e a capacidade

de síntese e a elaboração pessoal do aluno sempre de forma holística.

Assim, o aluno deverá ser capaz de gerar respostas adequadas aos

problemas atuais através de textos, imagens, produções, etc.

Referência Bibliográfica

ADAS, Melhem. Geografia: O quadro político e econômico do mundo atual São Paulo. Ed. Moderna. 3ª ed. 2001.

ANDRADE, MC DE- Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico1987 – São Paulo: Atlas, 1987.

CAVALCANTI, L. De S. Geografia, escola e construção de conhecimento.

Campinas: Papirus, 1998.

208

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Educação, 1999. p.299-309.

COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral e Geografia do Brasil. O Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo. Ed. Moderna. 1ª ed.

2005

LUCCI, Elian Alabi...BRANCO, Anselmo Lazaro....MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Ed. Saraiva. 1ª Ed. 2003.

MORAES, A C. R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.

OLIVA, J. Ensino de Georgafia: Um retrato desnecessário. In CARLOS, A. F. A.

(org). A Geografia na Sala da Aula. São Paulo: Contexto, 1999.

PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006.

PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006.

RATZEL, F- Ratzel. Geografia do homem (Antropogeografia)Tradução Fátima

Murad. São Paulo: Ática, 1990

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

209

18.9. ENSINO RELIGIOSO

Apresentação Geral da Disciplina

A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas

catequéticas não correspondem mais ao sentido desta disciplina na escola. Os

debates em torno da sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos e a

busca de explicações que justificam as novas configurações da disciplina não se

restringem ao contexto brasileiro.

Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de

um novo enfoque para o Ensino Religioso:

210

●O primeiro, é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional,

laico e que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa.

●O segundo fator, diz respeito à própria maneira de apreender o

conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da

epistemologia, da educação e da comunicação.

●O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma

profunda reviravolta nas concepções.

●Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação

atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações

religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado.

●Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas

aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de

compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida,

condição essencial para a vida em sociedade, marcada pelas exigências do

capitalismo.

O processo de ensino e de aprendizagem defendido, visa à

construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza pela

promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do

confronto de idéias, de informações discordantes e, também, da exposição

competente de conteúdos formalizados.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante

das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e, de forma

mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a

sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta e

das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos

que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas

paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e

econômicas de que são impregnadas.

Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de

disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos

211

escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como

da formação dos professores.

É necessário reafirmar que, no processo de constituição do Ensino Religioso

como disciplina escolar, ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem

tratados na escola, portanto, é importante destacar que para a sociedade as

religiões são confissões de fé e de crença.Dessa forma, reafirma-se o compromisso

da escola com o conhecimento, sem excluir do horizonte os valores éticos que

fazem parte do processo educacional. Nessa perspectiva, todas as religiões podem

ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado

compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de

diferentes sociedades.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio

dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações

do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina

de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos

no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições

religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.

Objetivos Gerais

Diferentes manifestações do sagrado, possibilitando a análise e a

compreensão do mesmo como o cerne da experiência religiosa que se expressa no

universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que o sagrado é uma das

formas de expressão empregadas para se explicar os fenômenos que não

obedecem às leis da natureza e compõem o universo cultural de diferentes grupos

humanos. Os objetivos são:

Análise e compreensão das diferentes manifestações do sagrado;

Identificar acontecimentos que marcam a vida em sociedade atribuídos

às manifestações do sagrado;

Reconhecer as religiões como modalidades do sagrado;

Entender o sagrado como meio de compreensão de mundo,

identificando a maneira como o homem religioso vive o seu cotidiano.

Conteúdos

212

6° ANO

Convivência e cidadania (valores)

Religião x religiosidade

Tradições religiosas

A influência da religião na Cultura

Líderes religiosos

O sagrado em nossa vida

Textos sagrados

A linguagem mítica

Os ritos sociais, culturais

Símbolos e ritos das tradições religiosas

A espiritualidade

O transcendente

Manifestações do sagrado

As respostas para a vida, além morte.

7° ANO

Tradições religiosas

Os costumes religiosos do passado

Expressões do sagrado nas várias tradições religiosas

Os símbolos da origem da vida

O papel das tradições religiosas

Nossa herança cultural e transcendente

A descoberta do sentido do transcendente

Guias e líderes nas tradições religiosas

Os escritos sagrados

As atitudes humanas modificam-se iluminadas pelo transcendente

Símbolos religiosos.

A religiosidade humaniza.

As celebrações (festas) religiosas.

213

O transcendente revela-se por meio da experiência humana.

Como as tradições religiosas se comunicam com o transcendente.

Metodologia

É a abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objetivo de

estudos o sagrado, conceito discutido nos fundamentos teórico-metodológicos e que

será a base a partir da qual serão tratados todos os conteúdos de Ensino Religioso,

de acordo com os conteúdos estruturantes: paisagem religiosa, símbolos e textos

sagrados.

Nesse propósito, convém destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas

aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à ausência

ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem

como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e

não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo

escolar.

Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de

pesquisa a ser realizado pelo professor na identificação de referenciais teóricos que

subsidiem o planejamento de suas aulas, recomenda-se que a seleção priorize as

produções de pesquisadores daquela manifestação que se pretende tratar. Este

procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas

com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

Avaliação

O Ensino Religioso não se constitui como objetivo de reprovação, bem como

não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica

pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

O que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do

sagrado pelos alunos.

A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado

pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem.

214

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o

professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de

ensino e aprendizagem.

Nessa perspectiva, o professor de Ensino Religioso terá também, a partir do

processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua auto-

avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização

daquilo que já tenha sido trabalhado.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de

retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos

conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a

diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.

Referências Bibliográficas

Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos;

Caderno de Valores Humanos;

Apostila Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso.

SEED/DEF/Assintec;

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental-

SEED.

18.10. QUÍMICA

Apresentação Geral da Disciplina

O conhecimento científico surge da necessidade humana de

desmistificar o mundo em que está inserido e da tentativa de justificar os fenômenos

que nele ocorrem de forma racional e empírica. Nesta caminhada de construção do

conhecimento cientifico surge conceitos e estudos que afastam da realidade

humana, do senso comum, criando assim um abismo entre duas formas de

conhecimento como se um não existisse sem o outro.

Na realidade, o ensino da química tem neste ponto o grande desafio de

realizar a ponte que liga estes dois universos. Aliando a ciência química, a

215

construção do conhecimento inerente a esta disciplina deve respeitar tanto o lado

científico e tecnológico como principalmente deve valorizar a realidade do educando

a partir do contexto em que está inserido, aproximado o que se ensina do que se

vive. Desta maneira, a construção do conhecimento se dará não só de forma

cognitiva mas também afetiva, fazendo com que o educando não só compreenda o

mundo físico em que vive, mas também interprete-o para a tomada de decisões

criticas e responsáveis, que interfira neste mundo em todos os aspectos: social,

político, econômico, tecnológico, e ambiental.

Para isto o ensino de química de valorizar o contexto histórico em que

tais conhecimentos e conceitos foram construídos; o contexto social e econômico do

educando e sua realidade; desenvolvimento de novas tecnologias. A ponte entre o

senso comum e o conhecimento científico, rompendo e ampliando assim a barreira

do conceito simplório de ciência que investiga a matéria, suas propriedades e

transformações.

Objetivo Geral

Identificar e controlar as variáveis;

Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

Compreender os fatos químicos dentro de visão microscopia (abstração

reflexiva)

Conhecer e aplicar os conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica

(lógico e empírica);

Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química;

Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;

Reconhecer o papel da química no sistema produtivo;

Selecionar procedimentos experimentais pertinentes a uma situação

problemática;

Desenvolver conexões hipotéticas – lógicas (previsões);

Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em química:

os gráficos, as tabelas e relações matemáticas;

Compreensão de dados quantitativos: estimativa, medidas, compreensão de

relações proporcionais;

216

Representação simbólica das transformações químicas e suas modificações

ao longo do tempo.

Reconhecer as tendências e relações a partir de dados experimentais ou a

partir de outros dados (classificação, seriação e correspondência);

Identificar fontes, de informações e de formas de obter informações

relevantes à química (livro, computador, jornais, manuais);

Reconhecimento da interação do ser humano individual e coletivamente com

o ambiente;

Compreensão das relações entre desenvolvimentos científicos, tecnológicos e

aspectos sócio, político e culturais;

Reconhecimentos de limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da química e da tecnologia.

Metodologia

Propões-se que os conteúdos de Química sejam tratados em dois

momentos. No primeiro momento, utilizando-se da vivência dos alunos e dos fatos

do dia-a-dia. No segundo momento, em busca de explicações para os fatos

estudados, passa-se a interpretá-los segundo a necessidade e capacidades de

entendimentos dos alunos.

Os estudantes de nível médio devem ser capacitados a fazer uma leitura

crítica dos acontecimentos ligados à ciência. Combatendo-se o mito de que a ciência

é feita por gênios abnegados, que buscam os conhecimentos desligados das

preocupações materiais. É preciso saber perceber e julgar os interesses econômicos

e políticos envolvidos e o impacto da ciência na sociedade.

A teoria deve sempre combinar com a prática (laboratório).

O aluno do ensino médio deve ter e desenvolver o conhecimento, seleção,

compreensão, tradução, descrição de códigos, textos, análises, problemas,

linguagens, símbolos, variáveis, fatos, fenômenos próprios da Química moderna e

atual, sempre com uma visão crítica e analítica dos fatos envolvidos.

O aluno deve resolver situações com raciocínio, sem se preocupar com

fórmulas matemáticas que depois de memorizadas não tem valor significativo.

217

O aprender é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para

comprovação de idéias científicas, consiste em fazer com que o educando leia o

mundo em que vive, com seus próprios olhos e com os olhos da ciência.

Avaliação

O processo de avaliação tem em Química, com a nova filosofia do Ensino

Médio, a responsabilidade de conduzir os alunos à compreensão melhor do código e

linguagens próprios da química, interpretando gráficos, tabelas e estabelecendo

relações matemáticas, compreendendo a amplitude do universo químico,

conseguindo selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos, possibilitando a

resolução de problemas, sendo capaz de reconhecer os limites éticos e morais que

estão envolvidos no desenvolvimento da química e sua tecnologia.

A avaliação dever´desenvolver conteúdos integrados à vida do educando,

oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica,

sendo este capaz de posicionar-se frente à problemática.

A educação química deverá propiciar a discussão dessa disciplina

fundamentando o educando a desenvolver com mais amplitude as competências e

habilidades que são específicas, onde será capaz de formar indivíduos pensantes e

produtivos perante a competitividade do mercado.

Conteúdos

1° ANOMatéria e sua natureza:●UMA VISÃO DA QUÍMICA

●ESTRUTURA ATÔMICA B ÁSICA

●RADIOATIVIDADE

●CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA

●LIGAÇÕES QUÍMICAS

●FUNÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS:.

●REAÇÕES QUÍMICAS

218

2° ANOBiogeoquímica:●CÁLCULOS QUÍMICOS

●SOLUÇÕES;

●VELOCIDADE DAS REAÇÕES

●EQUILÍBRIO DAS REAÇÕES

●TERMOQUÍMICA

●ELETROQUÍMICA

3° ANOQuímica sintética:●QUÍMICAS ORGÂNICAS

●DIFERENCIAÇÃO ENTRE SUBSTÂNCIA ORGÂNICAS E INORGÂNICAS

●RECONHECIMENTO DE GRUPOS FUNCIONAIS.

●NOMENCLATURA

●PROPRIEDADES

●ISOMERIA

●REAÇÕES ORGÂNICAS

Referência Bibliográfica

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia, saberes necessários â prática educativa.

34 edição. Editora Paz e Terra.

MALDANER, Otavio Aloísio. A Formação Inicial e Continuada de Professores de

Química. 2 edição. Editora Unijui.

GOLDFARB, Ana Maria Alfonso. Da Alquimia à química. Landy editora

219

18.11. ESPANHOL

Apresentação geral da disciplina

O ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, remete diretamente à criação do

sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas está relacionada as razões sociais, econômicas e políticas.

Em 2005, como resultado de um processo que se arrastou por anos e

atendendo a interesses políticos e econômicos, foi criada a Lei 11.161, de 5 de

agosto de 2005, que decreta obrigatória a oferta de língua espanhola nos

estabelecimentos de Ensino Médio. A oferta é obrigatória para a escola, mas de

220

matrícula facultativa para o aluno e os estabelecimentos de ensino têm 5 anos, a

partir da data de sua publicação, para implementá-la.

O MEC tem incentivado, desenvolvido parcerias e promovido discussões

sobre o ensino de espanhol nas escolas brasileiras, além de distribuir material de

suporte para professores de língua espanhola.

O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976,

quando esta passa a ser obrigatória, porém, somente no 2o grau, não perdendo o

caráter de recomendação para o 1o grau, desde que em condições favoráveis.

A Língua Estrangeira Moderna, assim como as demais disciplinas, deve ter

como finalidade primordial no trabalho docente o pleno desenvolvimento do

educando, para que seja um cidadão cônscio, crítico, participativo e pró-ativo –

inserido na sociedade local e no panorama internacional.

Na seara pedagógica das Diretrizes Curriculares referentes ao Ensino

Fundamental está explícito: o dever de assegurar ao aluno um embasamento

necessário para dar continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem

como ampliar seus horizontes, tornando-os cidadãos mais críticos e reflexivos.

Sendo uma disciplina, atualmente, preeminente na formação do aluno, torna-o

capacitado para a habilidade comunicativa, o que proporciona ao educando uma

comparação da língua materna com a língua estrangeira estudada.

O ensino deste idioma permitirá que o educando tenha uma concepção

teórica e fundamental do que é linguagem, para a percepção de sua própria cultura

através do conhecimento da cultura de outros povos.

Os tópicos principais nesta proposta são: a cidadania, a consciência crítica de

como a linguagem é usada na sociedade e os aspectos sócio-políticos da

aprendizagem da língua espanhola dentro do trabalho com a leitura, produção oral e

escrita.

A aprendizagem da Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é

meramente um conceito de formas e estruturas linguísticas em um código diferente;

sendo uma experiência de vida a qual amplia as maneiras de se atuar

discursivamente no cotidiano.

A função educacional da Língua Espanhola é importante, com a finalidade de

um desempenho integral do indivíduo, sendo que seu ensino propiciará ao aluno

essa nova experiência de vida, também contribuindo para a capacitação e para a

221

prática de uma aprendizagem não só no uso de línguas estrangeiras, mas também

na compreensão de outras culturas.

Objetivos Gerais

- Desenvolver a abordagem do cognitivismo construtivista, onde a aquisição

da linguagem é entendida como resultado da interação entre o organismo e o

ambiente, através de assimilações e acomodações responsáveis pelo

desenvolvimento da inteligência;

- Dominar por parte do falante a competência comunicativa que são os

valores sócio-culturais da comunidade em que se realiza a comunicação e da

adequação do discurso aos usuários e a intenção do falante;

- Levar em conta uma prática social, interagindo a elaboração de muitos

materiais didáticos centrados na oralidade e organizados a partir de funções da

língua;

- Voltar a competência comunicativa para o uso efetivo da língua e não

apenas para o estudo da ‘língua pela língua’, para a busca da interação e não

apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos, atendendo às

necessidades dos alunos no mundo real;

- Integrar as quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender

auditivamente;

-Produzir significados que são considerados, além da gramática, o contexto

sociolinguístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não linguísticos e

paralinguísticos, assim como a tipologia textual típicas de situações de

comunicação.

- Ofertar no ensino de língua estrangeira nas escolas públicas a contribuição

para a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta;

- Trabalhar a língua enquanto discurso, entendido como prática social

significativa –(oral e/ou escrito);

- Colaborar para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o

aluno consegue perceber-se também como um sujeito histórico e socialmente

constituído;

- Contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as

convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua

222

estrangeira, de forma crítica, percebendo que não há um modelo a ser seguido, ou

uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades que os seres

humanos elegem para regular suas vidas e que são passíveis de mudanças ao

longo do tempo, como a língua, correspondem ao contexto histórico e social de uma

comunidade que está em constante movimento e transformação;

- Prover os alunos com os meios necessários para que não apenas assimilem

o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as

tendências de sua transformação, explicitando as relações de poder que as

determinam.

- Oportunizar a participação do educando na construção de significados

ligados à situação de uso da língua.

- Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos

participativos e transformadores.

- Possibilitar aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas

diversas, bem como as diversas maneiras de se viver a experiência humana.

- Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza

sócio-interacional.

- Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem

da língua estrangeira que está aprendendo.

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a como

meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;

Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira

e no panorama internacional.

Conteúdos estruturantes

Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da

disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um

corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente.

Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e

que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua

223

estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos,

culturais e sócio-pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às

regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua

que se lhe apresenta.

Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada

gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.

Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma

sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.

Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que

envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática

sócio-cultural.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1° ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Discurso como prática social Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação,

recursos gráficos (como gráficos (como aspas, travessão e

negrito);

224

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Intencionalidade do texto;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência

do texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito);

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Pronúncia.

225

Sugestões de gêneros discursivos para o primeiro ano:

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,

diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

lista de compras, avisos, música, entrevista,notícia, propaganda, charges,

provérbios, diário, cartoon, narrativa, etc.

2° ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Discurso como prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como gráficos (como

aspas, travessão e negrito);

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

226

Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Sugestões de gêneros discursivos para o segundo ano:

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,

diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

227

lista de compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propaganda, charges,

provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, reportagem, slogan,sinopse de filme,,

anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

3° ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Discurso como prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como gráficos (como

aspas, travessão e negrito);

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

228

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Sugestões de gêneros discursivos para o terceiro ano:

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,

diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

lista de compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propaganda, charges,

229

provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, reportagem, slogan,sinopse de filme,

anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

Metodologia

O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de

comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de

partida da aula de língua estrangeira.

O texto trará uma problematização em relação a um tema, pois a busca de

uma solução faz com que o aluno desenvolva uma prática reflexiva e crítica,

ampliando seus conhecimentos linguísticos.

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros, mas

sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,

jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc..

A leitura em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os

diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma

determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo literatura,

publicidade, jornalismo, mídia etc.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita

ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em

suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua

estrangeira dentro de suas limitações.

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como

uma atividade sócio-interacional.

Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações

sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividade

diversificada que envolverão uma ou mais habilidades linguísticas (ler, falar,

ouvir,escrever)

230

Entende-se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na construção

do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a outras culturas e no

posicionamento crítico.

O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este se

sinta incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o que o

educando já sabe, abre-se espaço para uma leitura de mundo mais ampla, e para

uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe.

O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades diversificadas ao

educando medidas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a aquisição

progressiva da Língua Espanhola falada e escrita, permitindo assim a compreensão

de textos e a expressão do pensamento. Pode-se trabalhar algumas atividades

como:

Pesquisas de palavras no dicionário (os múltiplos sentidos de uma palavra em

conforto com o apresentado no contexto).

Filmes (ouvir e interpretar);

Produção orais e escritas;

Confecções de cartazes, slogans;

Entrevistas;

Diálogos.

Uso de tipologias textuais diversificadas: trava-línguas, anedotas, provérbios,

charadas, rimas, palavras cruzadas, adivinhas, caça-palavras.

Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em quadrinhos,

anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados, receitas, poemas, bulas,

texto instrucional, narrativo, informativo.

Dramatização, músicas.

Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDS, DVDS.

A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará a

oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas e, como

consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando

assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.

A disciplina de Língua Espanhola abordará e dará enfase aos aspectos da

história e cultura afro-brasileira e indígena em sua metodologia com o objetivo de

valorizar a influência dos negros e índios na formação cultural brasileira, em

231

conformidade com a Lei nº. 11.645/2008 que prevê a abordagem destes conteúdos

no currículo escolar.

Avaliação

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e

contribuir para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,

determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos, superando a concepção de avaliação como

instrumento de classificação e atribuição de nota.

Na verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,

principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas

aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de trabalhos

encaminhadas aos alunos através de trabalho individuais ou em grupos, atividades

escritas e orais como; diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos, produção

textual, maquetes, teatro, pesquisas, entre outros.

O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de

avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas

produções e o entendimento do seu “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Mediante essas constatações o professor pode planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a efetivação da aprendizagem.

A avaliação em Língua Estrangeira Moderna deve ser um processo contínuo,

que possa avaliar o desempenho do aluno durante todo processo visando uma

aprendizagem significativa.

É indispensável considerar que cada aluno tem seu ritmo e processo de

aprendizagem e que uma avaliação formativa e diagnóstica não pode fechar os

olhos diante dessas diferenças. Dessa forma, não se pode conceber a avaliação

centrada apenas em provas, com datas pré-definidas e rituais especiais, mas numa

atitude que se concretiza no dia a dia por meio de práticas diversas.

Os alunos serão avaliados em cada um dos conteúdos básicos que

constituem o trabalho com a língua, a saber:

232

- Na oralidade: a participação dos alunos nos diálogos e atividades discutidas,

a adequação de sua linguagem as diferentes esferas sociais, a clareza e a fluência

na exposição de suas ideias e na defesa de seus pontos de vista.

- Na escrita: a adequação do texto ao gênero, à finalidade, ao interlocutor, a

utilização correta de seus aspectos discursivos-textuais (paragrafação, pontuação,

unidade temática, argumentação).

- Na leitura: a fluência, a compreensão do conteúdo (considerando as

estratégias utilizadas), a localização de informações explícitas e implícitas, as

inferências, a leitura de textos não verbais (gráficos, quadros, esculturas, charges,

quadrinhos).

Referência Bibliográfica

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

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CORACINI, M.J.R.F. Leitura: decodificação, processo discursivo. In CORACINI,

M.J.R.F. (Org.) O jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e língua

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PARANÁ). Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

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ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time. 3ª ed. Reformulado- Ed. Moderna,

2004

234

18.12. FÍSICA

Apresentação Geral da Disciplina

Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais, especialmente no que

diz respeito as propriedades e interações da matéria e da energia. Trata dos

componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados

destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza, pois nos

seus primórdios ela estudava, indistintamente, muitos aspectos do mundo natural

[1 ,2].

Como ciência, faz uso do método científico e baseia-se essencialmente na

matemática e na lógica para a formulação de seus conceitos. Sendo assim a

disciplina de Física tem o Universo como seu objeto de estudo, e propõem aos

235

estudantes o estudo da natureza, utilizando modelos elaborados pelo homem para

entender e explicar a natureza.

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE’s) [3] o ensino da

disciplina de Física deve estar focado em conteúdos e metodologias capazes de

levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva

de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. Ainda ela deve educar

para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento

científico sobre o Universo e a não-neutralidade da produção desse conhecimento e

o seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos

e culturais.

Desta forma espera-se que o ensino de Física, no ensino médio, contribua

para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a

interpretação critica dos fatos, fenômenos e processos naturais. E que através do

conhecimento ou do acesso ao conhecimento os alunos sejam capazes de

transformar a sociedade e compreendam criticamente o contexto social e histórico

[3].

E conforme as DCE’s [3] para tanto, é essencial que o conhecimento físico

seja explicitado como um processo histórico (os conteúdos devem ser abordados de

forma a mostrar aos alunos que eles foram construídos historicamente), objeto de

contínua transformação (não pronto e acabado como os livros didáticos mostram) e

associado às outras formas de expressão e produção humanas

(interdisciplinaridade).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais [4] o ensino de Física no

Brasil tem-se realizado freqüentemente mediante a apresentação de conceitos, leis

e fórmulas, de forma desarticulada, distanciados do mundo vivido pelos alunos e

professores e não só, mas também por isso, vazios de significado. Privilegia a teoria

e a abstração, desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento

gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos concretos.

Enfatiza a utilização de fórmulas, em situações artificiais, desvinculando a linguagem

matemática que essas fórmulas representam de seu significado físico efetivo.

Ainda os PCN’s insistem na solução de exercícios repetitivos, pretendendo

que o aprendizado ocorra pela automatização ou memorização e não pela

construção do conhecimento. Sendo a Física apresentada ao aluno como um

produto acabado, fruto da genialidade de mentes como a de Galileu, Newton ou

236

Einstein, contribuindo para que os alunos concluam que não resta mais nenhum

problema significativo a resolver [4].

Mas segundo as DCE’s o que foi exposto acima não deve acontecer e para

que isso não ocorra o ensino de Física deve estar vinculado à experiência cotidiana

dos alunos, procurando apresentar a eles a Física como um instrumento de melhor

compreensão e atuação na realidade. Um dos aspectos fundamentais no ensino de

Física é conhecer como os alunos percebem e compreendem o mundo físico. E a

partir destes conhecimentos é que devemos construir nosso ensino, e não somente

se basear em livros didáticos, mas se basear no cotidiano do aluno [3].

O ensino de Física deve mostrar aos alunos como foi a evolução histórica das

idéias e conceitos físicos e que o conhecimento cientifico é uma construção humana

com significado histórico e social, e deve ser evitado o ensino que privilegie apenas

a memorização de conceitos e definições excessivamente matematizados e

tomados como verdades absolutas, como coisas reais, e o enfoque conceitual deve

ir além da apresentação das equações matemáticas [3].

E sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico uma

construção humana com significado histórico e social e também aberta a influências

externas como qualquer atividade social, devemos mostrar aos alunos que a ciência

(Física) não está pronta nem acabada e não é absoluta. Mas revela ao aluno o

quanto é penoso, lento, sinuoso e violento o processo de evolução das idéias

científicas.

Deste modo, conforme as DCE’s [3] o ensino de Física deve ir vai além da

mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos ele deve abordar

os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma

ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. Sendo

também importante ao aluno compreender, a evolução dos sistemas físicos, suas

aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da

produção científica.

Desta forma é importante que a disciplina de Física faça parte do currículo

escolar, porque ela contribui para que o estudante reconstrua o conhecimento

historicamente produzido, o que se transformará em ferramenta para que ele se

subsidie como ser humano e futuro profissional em uma sociedade em processo de

globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as

tecnologias a sua volta e que o mesmo interage,

237

Metodologia

Sendo o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução e suas

transformações e as interações que nele ocorrem, segundo [3] a disciplina de Física

pode ser dividida em três campos de estudo:

- A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae

naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica). Refere-se ao

estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente nos trabalhos de Newton

e desenvolvida posteriormente por outros cientistas e centra-se nas leis do

movimento dos corpos materiais, sua descrição e suas causas.

- A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,

Kelvin, Helmholtz e outros. Iniciou-se a partir do estudo dos fenômenos térmicos.

Sendo o resultado da integração entre os estudos da mecânica e do calor

- O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de

homens como Ampére e Faraday. Deu-se a partir do estudo dos fenômenos

elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a estudos de diversos cientistas,

entre eles Ampère, Faraday e Lenz. E esse conjunto teórico é conhecido como

Física Clássica.

Como a ciência é uma produção cultural humana, sujeita ao contexto de cada

época, essas três grandes áreas sofreram muitas modificações com o passar dos

tempos, como exemplos no século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos

celestes e terrestres, sendo que suas Leis do Movimento englobaram a Estática, a

Dinâmica e a Astronomia, já no século XIX, os estudos da Termodinâmica, que

tiveram como ponto de partida as máquinas térmicas, unificam os conhecimentos

sobre gases, pressão, temperatura e calor, e ainda no século XIX, Maxwell inclui a

Óptica dentro da Teoria Eletromagnética, concluindo a terceira grande

sistematização da Física ao unir fenômenos elétricos com os magnéticos e a óptica. Desta forma é muito importante que o ensino seja fundamentado na História e na

Epistemologia da Física, sendo assim é possível estabelecer relações entre essa

ciência e outros campos do conhecimento, de modo que os estudantes percebam

essas relações [3].

Sendo a escola o local onde aos alunos adquirem conhecimento cientifico, o

ensino de Física deve-se considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto

238

de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as

concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a

aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico, respeitando seu contexto

social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência sendo o professor um

mediador ou um “informante cientifico” e que, compartilhe com os alunos

significados e promova a aprendizagem [3]. Essa aprendizagem significativa só

acontecerá quando as novas informações adquirem significado por interação com o

conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente agregam significados adicionais,

diferenciam, modificam e enriquecem o conhecimento já existente.

O professor deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, e ao

levar em conta esse conhecimento dos alunos o professor deve considerar que a

ciência atual rompe com o imediato, e com o perceptível. E a aprendizagem será

mais proveitosa quando existir uma maior interação entre professor e aluno. Sendo o

professor o possuidor do conhecimento físico, deve ser o centro do trabalho

pedagógico, ajudando e auxiliando os alunos, sendo um sujeito indispensável

processo ensino - aprendizagem, segundo [3].

Os experimentos podem ser os pontos de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos e para que os alunos percebam suas relações com as

idéias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de experimentos, jogos e brinquedos

inseridos na busca pedagógica do conhecimento físico, a serviço do sujeito,

proporcionando-lhe acesso ao conhecimento [3]

A matemática não pode ser considerada um pré-requisito para aprender

Física, sempre que possível o professor deve evitar o formalismo matemático, é

necessário que os estudantes adquiram conhecimento físico, dando a ênfase aos

aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático, mas

nunca fazer o contrário.

Conteúdos

Conforme as DCE’s [3] entende-se por conteúdos estruturantes os

conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e

servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos são a base para a

abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o aluno entenda o

objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Em cada conteúdo

239

estruturante existem idéias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos,

que formam uma teoria. Desses estruturantes saem os conteúdos que vão fazer

parte da proposta pedagógica curricular da escola.

Assim o currículo deve ser composto de conteúdos básicos que são os

conhecimentos fundamentais para cada série, considerados imprescindíveis para a

formação conceitual dos estudantes, derivados dos três estruturantes (Movimento,

Termodinâmica e Eletromagnetismo), de forma a garantir uma cultura científica o

mais abrangente possível, do ponto de vista da Física.

Sendo a disciplina seriada (1 ano, 2 ano e 3 ano) o currículo fica divido da

seguinte maneira: no primeiro ano será abordado o conteúdo estruturante

movimento, no segundo ano será abordado os conteúdos estruturante

termodinâmica e eletromagnetismo (alguns tópicos) e no terceiro ano será abordado

e conteúdo estruturante eletromagnetismo. Os conteúdos básicos abordados estão

listados abaixo e foram retirados da referência [3].

MOVIMENTO

-Conservação de quantidade de movimento.

-Leis de Newton e Gravitação.

-Energia e o Princípio da Conservação da energia.

TERMODINÂMICA

- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica, 2ª

Lei da Termodinâmica.

ELETROMAGNETISMO

- Carga elétrica.

- Corrente elétrica.

- Campo e ondas eletromagnéticas.

- Força eletromagnética.

- Lei de Coulomb.

- A natureza da luz e suas propriedades.

240

Encaminhamento Metodológico

Conforme já foi exposto é de extrema importância que o processo

pedagógico, na disciplina de Física, tenha início com o conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções

espontâneas. No seu dia – dia os alunos desenvolvem suas concepções

espontâneas sobre os fenômenos físicos, na interação com os diversos objetos no

seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de

aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizada sendo a escola o lugar onde se lida com esse conhecimento científico,

historicamente produzido.

O docente deve criar situações de ensino que propiciem um distanciamento

crítico do estudante ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao

mesmo tempo, apresentar uma alternativa, mostrando que o conhecimento

científico pode ser útil e os estudantes devem ser capaz de compreender que o

conhecimento que eles trazem não é definitivo, não se constitui numa verdade

pronta e acabada. E para que ocorra uma aprendizagem significativa, e muito

importante que o professor desempenhe a função de “informante científico” [3],

fazendo a ponte entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno.

Para que se obtenha uma aprendizagem satisfatória e professor consiga fazer

a “ponte” entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno, podem

ser utilizados diversos recursos metodológicos. A referência [3] cita: livros didáticos,

laboratório de informática (internet) e a TV pen drive, sendo consideradas

importantes ferramentas pedagógica a serviço do professor. Outra ferramenta muito

importante também citada em [3] e a pesquisa como parte integrante do processo

educativo e não deve ser deixada de lado. O uso de modelos para descrever

fenômenos físicos, o uso da história da Física, a experimentação, leituras cientificas

e o uso de tecnologias, se mostram ferramentas interessantes para serem utilizadas

pelo professor em suas aulas.

A TV pendrive é um bom exemplo onde o uso de tecnologias pode enriquecer

as aulas. Ela pode ser utilizada da mesma forma que o quadro e o giz, com um

diferencial, permitindo que o conteúdo seja trabalhado de uma forma mais dinâmica,

241

com o uso de slides e vídeos. Também pode ser uma ótima ferramenta para que o

aluno possa melhorar as suas apresentações de trabalhos e seminários.

A informática e a biblioteca disponível na escola podem ser utilizadas para a

pesquisa e durante as aulas a informática sempre que possível será utilizada pelos

alunos para pesquisas direcionadas pelo professor. O livro didático é excelente

ferramenta a serviço do professor e do aluno, porque facilita tanto a vida do

estudante que não necessita copiar o conteúdo do quadro, como a do educador que

não necessita utilizar tanto tempo passando no quadro. Com isso as aulas podem se

tornar mais proveitosas, já que sobra mais tempo para o professor explicar os

conteúdos e acompanhar os alunos nas suas possíveis dúvidas.

A experimentação pode ser utilizada para melhorar o aprendizado do aluno,

porque pode ser utilizada em situações simples que focalizam a mera verificação de

leis e teorias, até situações mais elaboradas que privilegiam as condições para os

alunos refletirem e reverem suas idéias a respeito dos fenômenos e conceitos

abordados. Podendo assim atingir um nível de aprendizado que lhes permita efetuar

uma reestruturação de seus modelos explicativos dos fenômenos [5].

Avaliação

Segundo as DCE’s [3], a avaliação é um instrumento tanto para que o

professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos

escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.

Já segundo [6] a avaliação tem como dimensão de análise o desempenho do aluno,

do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar e sua

principal função é subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no

aperfeiçoamento do ensino.

Também fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais

recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais

efetivo, sendo uma pratica valiosa na qual o desempenho do professor e outros

recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos

previstos e assumidos coletivamente na escola [6]. Podendo, além disso, ser

comparada com um remédio, assim como os remédios, tem propriedades que pode

produzir reações adversas e efeitos colaterais. E ainda mais: que devem ser

242

tomadas precauções ao utilizá-la, e que existem indicações e contra-indicações,

assim como há uma maneira correta de ser utilizada (posologia) [6].

Apesar do sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado

em uma nota para sua aprovação, a avaliação deve ser uma ferramenta que auxilie

o serviço do professor e da aprendizagem dos alunos. A sua finalidade e contribuir

para o crescimento da vida escolar do aluno, sendo um instrumento para intervir no

processo de aprendizagem do estudante. Desta forma, a avaliação proporciona

informações para que tanto o estudante quanto o educador acompanhem o

processo de ensino-aprendizagem [3].

Segundo as DCE’s [3] existem alguns critérios na avaliação de Física que

devem ser verificados:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada.

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos.

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos.

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e

as teorias Físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

Os instrumentos de avaliação utilizados serão os mais variados possíveis

(seminários, resolução de problemas com consulta, avaliação sem consulta, relatório

de atividades praticas desenvolvidas, pesquisas diversas, etc, seminários e

apresentações de temas, feira de ciências). Esse instrumentos devem serem

capazes de oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes e

desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento.

Com a avaliação espera-se que o aluno adquira certo conhecimento e na

referência [3] página 93 em diante pode ser encontrado o que se espera do aluno

após a avaliação de cada conteúdo básico.

Como já foi dito vários instrumentos podem ser utilizados na avaliação, mas

em cada bimestre haverá pelo menos uma avaliação formal (avaliação sem

consulta, individual), ficando os outros instrumentos restantes a critério do professor.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) [7] é obrigatório a recuperação de

estudos para os alunos com baixo rendimento, de preferência paralelos ao período

letivo. Desta forma A LDB deixa claro que caso o aluno não atinja 60 % da nota

243

(baixo rendimento), deve ser feita uma retomada de conteúdos e o aluno deve ser

submetido a uma nova avaliação (recuperação), podendo ser paralela.

Então sem contrariar a referência [7] a recuperação será de conteúdos e não

de instrumentos avaliativos, e se dará na forma de blocos de conteúdos. Ao aluno

que não obtiver um aproveitamento satisfatório (menos de 60 % da nota) no bloco

de conteúdo será feito às devidas retomadas dos assuntos abordados e então o

aluno será submetido a uma nova avaliação.

Referências Bibliográficas

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica

[2] http://www.fisica.net/historia/o_que_e_a_fisica.php

[3] Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE’s)

[4] PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN’s).

[5].Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques,

diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de

Física. vol.25 no.2 São Paulo June 2003.

[6] AVALIAÇÃO ESCOLAR LIMITES E POSSIBILIDADES CLARILZA PRADO DE

SOUZA - Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP.

[7] Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996.

244

18.13. BIOLOGIA

Apresentação Geral da Disciplina

O objeto de estudo da Biologia é o fenômeno Vida e desde os tempos antigos

o homem elabora conceitos, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, com-

preendê-lo. Com a necessidade de garantir a sobrevivência humana, se preocupou

com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais o que o levou a difer-

entes concepções de Vida. Por alguns milhares de anos, esse interesse esteve as-

sociado à magia, ao misticismo e ao mito; tratava-se, portanto, de uma concepção

sobrenatural ao mundo vivo. Gradativamente, porém, esse enfoque sobrenatural foi

perdendo força para as formas ditas naturais de explicação dos fenômenos, o que

certamente inclui o que ocorria com as criaturas viventes.

245

Devido à grande necessidade de organização do conhecimento humano,

houve o estabelecimento de algumas regras, ou seja, a criação do método científico,

conjunto que caracteriza o campo do saber que ficou conhecido como Ciência. For-

mulando hipóteses e elaborando formas de testá-las, novas conquistas foram obti -

das e a Ciência desdobrou-se em novas tecnologias. Ao mesmo tempo dividiu-se

em ramos, cada qual com sua especialidade. Assim, o ramo que se dedicou ao es-

tudo da vida recebeu o nome de Biologia.

A Biologia é hoje uma das áreas do conhecimento que tem crescido em ritmo

acelerado, ampliando a compreensão de tudo o que está ao nosso redor. A divul-

gação desse progresso através dos meios de comunicação tem trazido para dentro

das salas de aula assuntos que despertam muito o interesse dos alunos.

O ensino da Biologia é de fundamental importância para a formação do edu-

cando, que deve procurar construir conceitos científicos sobre sua realidade o que

permite uma compreensão maior e mais racional do fenômeno vida e de suas várias

formas de manifestações, levando a uma concepção de mundo sem superstições e

preconceitos. Conduz ainda a uma reflexão e a um posicionamento mais adequado

e crítico em relação à natureza e ao homem, como indivíduo e como parte da so-

ciedade em que vive e do ambiente que ocupa.

É evidente que os conhecimentos da Biologia e de suas aplicações afetam a

vida de todos nós. Portanto, cada um tem a obrigação de ter alguma preocupação

com esses fatos, não apenas para compreender nossa situação presente, mas tam-

bém para sentir que, obviamente, é necessário melhorar esta situação, sendo um

agente racional, construtivo e modificador, tendo como prioridade a conservação e a

preservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.

Objetivo Geral

Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se

manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado

que interage com o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um

fluxo de energia, e relacionar a preservação da vida com a conservação do ambi-

ente.

246

Conteúdos

1º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-

versidade; Manipulação Genética.

BÁSICOS ESPECÍFICOSClassificação dos seres vivos: critérios tax-onômicos e filogenéticos.

-A evolução molecular e o surgimento da vida;-Características dos seres vivos: organiza-ção celular, desenvolvimento, reprodução e evolução;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquími-cos.

-Química da célula;-Estrutura celular: membranas, citoplasma e núcleo;-Tipos celulares e sua morfologia;-Metabolismo celular;

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

-A diferenciação celular e a caracterização dos tecidos;-Classificação dos tecidos;

2º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-

versidade; Manipulação Genética.

BÁSICOS ESPECÍFICOSClassificação dos seres vivos: critérios tax-onômicos e filogenéticos.

- Regras de classificação taxonômica;- Classificação botânica e zoológica;- Princípios da classificação filogenética;- Organismos acelulares: Vírus;- Biodiversidade e classificação dos seres vivos;

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.Mecanismos de desenvolvimento embri-ológico.

- Reino Monera: características e organiza-ção morfológica das arqueobactérias e eu-bactérias;- Reino Protista: características e organiza-ção morfológica de organismos unicelulares e pluricelulares;- Reino Fungi: características e organização anatomomorfofisiológica dos fungos e líquens;- Reino Animal: características e organiza-ção anatomomorfofisiológica dos grupos de invertebrados e vertebrados;

247

- Fisiologia: processos metabólicos dos seres humanos; efeitos do uso de drogas na espécie humana ( Sistema Nacional de Política sobre Drogas – Lei nº 11343/06);- Embriologia animal;- Reprodução e desenvolvimento: sistema genital masculino e feminino; métodos con-traceptivos; DST ( Educação Sexual e Pre-venção à Aids e DST – Lei nº 11733/97 e 11734/97);- Reino Vegetal: características e organiza-ção anatomomorfofisiológica dos grupos vegetais;

3º ANOESTRUTURANTES: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodi-

versidade; Manipulação Genética.

BÁSICOS ESPECÍFICOSTransmissão das características hered-itárias.

- Os trabalhos de Mendel: 1ª e 2ª Lei;- Conceitos fundamentais da genética;- Linkage;- Polialelia;- Herança ligada ao sexo;- Interação gênica;- Anomalias da espécie humana;

Organismos geneticamente modificados. - Biotecnologias;- Nanotecnologias;

Teorias evolutivas. - Conceito de adaptação;- Lamarck e o mecanismo evolutivo;- Darwin e o mecanismo evolutivo;- Neodarwinismo;- Especiação;- Semelhanças embrionárias;- Os fósseis; - A origem da espécie humana ( História e cultura Afro Brasileira e Africana – Lei nº 10639/03);

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdepêndencia com o ambiente.

- Populações e comunidades;- Ecossistemas;-Ciclos biogeoquímicos;- Interações biológicas na comunidade;- Biomas terrestres e aquáticos;- O ser humano no ambiente e o impacto na Biosfera e Modificações no ambiente paranaense ( História do Paraná – Lei nº

248

13381/01 e Política Nacional de Edu-cação ambiental – Lei nº 9795/99

Metodologia

Os desafios de uma nova educação se impõem e ela deve ser repensada de

maneira a dar aos alunos oportunidades de tirarem o melhor proveito do ambiente

educativo em constante transformação.

O professor, ao planejar seu trabalho, deve tomar como ponto de partida os

conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos. Ao contemplar os conteúdos estru-

turantes o que se busca é uma abordagem mais integradora de conceitos dos varia-

dos campos especializados da Biologia, integrando assim os conteúdos estrutu-

rantes, básicos e específicos. Busca-se, também, articular os conhecimentos da Bi-

ologia com conceitos de outras áreas do conhecimento que ajudam na compreensão

dos conteúdos selecionados

O surgimento da vida, a diversidade de seres vivos, a classificação e a consti -

tuição de seus organismos, suas interações com os demais elementos do ambiente,

o aproveitamento de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável, são alguns

dos temas de estudo em Biologia. Dentro destes, devemos escolher os conteúdos

mais relevantes, fundamentais e atualizados, em seguida selecionar as atividades e

experiências que melhor levem à consecução dos objetivos propostos.

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes devem ocorrer de forma in-

tegrada de modo que haja uma interação entre os mesmos. Devemos também con-

hecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno,

fazendo com que os mesmos superem suas dificuldades e se tornem sujeitos inves-

tigativos, interessados, que buscam conhecer e compreender a realidade.

O ensino dos conteúdos estruturantes devem, ao longo do período letivo,

seguirem as seguintes estratégias metodológicas: prática social, problematização,

instrumentalização, catarse e retorno à pratica social.

Como ponto de partida, devemos tomar conhecimento da visão que os

alunos trazem dos conteúdos, criando uma forma de organizá-los a partir da utiliza-

ção dos conceitos biológicos no que diz respeito aos conteúdos estruturantes: orga-

249

nização dos seres vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e manipulação

genética.

A partir de uma visão social do aluno de saber verificar quais questões pas-

sam a ser relevantes no que diz respeito a incorporação desse saber: “ conteúdos

estruturantes” à prática social, sugerindo, então, uma problematização; munindo os

estudantes de instrumentos, através da apresentação de diversos conceitos ligados

aos conteúdos estruturantes de forma que esses mesmos conceitos conhecidos ou

reconhecidos pelos alunos passem a ser utilizados para a melhoria das condições

humanas de sobrevivência em sociedade.

Munidos das ferramentas conceituais que dizem respeito aos conteúdos, o

aluno, então deve, guiado pelo professor, ir aproximando conhecimento e proble-

mas, enchergando-os de forma sistêmica, encontrando meios de resolvê-los ou de

com eles conviver.

A aproximação do problema com a visão sistêmica, adquirida a partir de

apreensão do saber contido nos conteúdos estruturantes de Biologia faz com que o

aluno esteja munido de instrumentos que o transformem em sujeito ativo na so-

ciedade, dono de um saber transformador, conceituado pelo professor e contextual-

izado por ambos, professor e aluno no mundo de hoje.

Avaliação

O processo avaliativo deve ser contínuo e priorizar a qualidade na aprendiza-

gem, verificando o aprendizado do aluno ao longo de todo o processo educativo.

Este tipo de avaliação considera que cada aluno é único em seu modo de aprender,

e faz isto em seu ritmo próprio, fazendo com que o professor diversifique suas es-

tratégias de avaliação.

Em Biologia, são diversos os instrumentos utilizados para analisar o desem-

penho dos alunos e fazer com que os mesmos se integrem ao processo de apren-

dizagem. Mas independente do instrumento utilizado, a avaliação só faz sentido

quando provoca o desenvolvimento do aluno, e deve ser compreendida como prática

emancipadora com a finalidade de obter informações necessárias sobre o desen-

volvimento pedagógico para nele intervir e reformular os processos de aprendiza-

gem.

250

Pretende-se com a avaliação, que o aluno tome conhecimento dos resultados

de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias a fim de apro-

fundar e enriquecer cada vez mais seus conhecimentos.

Segundo as (Orientações Pedagógicas – Ensino Médio por blocos) “ sugere-

se observar alguns critérios de avaliação que envolvem os conteúdos básicos da

disciplina de Biologia. Tomando esses critérios, espera-se que os alunos:

●Identifiquem e comparem as características dos diferentes grupos de seres

vivos;

●Reconheçam e compreendam a classificação filogenética (morfológica, es-

trutural e molecular) dos seres vivos;

●Reconheçam a importância e identifique os mecanismos biofísicos e bio-

químicos que ocorrem no interior das células;

●Reconheçam e analise das diferentes teorias sobre a origem da vida e a

evolução das espécies;

●Compreendam o processo de transmissão das características hereditárias

entre os seres vivos;

●Reconheçam as relações de interdepência entre os seres vivos e destes

com o meio em que vivem;

●Analisem e discutam interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e

bioéticos da pesquisa científica que envolvam a manipulação genética.

Referências Bibliográficas

LOPES, Sônia e ROSSO, Sérgio.Biologia,volume único. São Paulo: Saraiva, 2005.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume único. São Paulo: Ática, 2002.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universi-

dade de São Paulo, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares

de Biologia ,2008.

251

18.14. FILOSOFIA

Apresentação Geral da Disciplina

Algumas idéias de G. Lebrun são estratégias para a elaboração de uma

concepção de ensino de Filosofia no segundo grau voltada para a determinação do

mínimo e do específico filosóficos; instituindo na importância da constituição de uma

“linguagem/referência/da segurança” e de um repertório, diz Lebrun que os alunos,

através da passagem pelos textos, conceitos e doutrinas filosóficas, aprendem a

marcar o sentido de todas as palavras, educando-se para a inteligibilidade, pois

onde os ingênuos só vêem fatos diversos, acontecimentos amontoados, a filosofia

permite discernir uma significação, uma estrutura.

252

É por isto, diz Lebrun, que os jovens retiram um prazer tão vivo da atividade

que lhe possibilita desenvolver o gosto em identificar o sentido das palavras, em

descobrir essências e estruturas. Porque, continua, até mesmo as crianças, (como)

dizia Hegel, gostam de encontrar um encadeamento e uma conclusão nos contos.

Descrever a filosofia como uma retórica consiste pois somente em comentar o ideal

de inteligibilidade que ela difunde. Insistir na necessidade retórica a que responde

para o adolescente ocidental não significa desprezá-la (...) Filosofar consiste

principalmente em expulsar o acaso, decifar a todo custo uma legalidade sob o

fortuito que se dá na superfície. Especificamente filosófico é o problema de

compreender o funcionamento de uma configuração a partir de uma lei que lhe é

infusa (é preciso que haja uma), conforme a ordem que se exprime nela (é preciso

que haja uma).

Educar para a inteligibilidade, contribuir para a constituição de uma retórica

(de uma língua e de uma linguagem), implicam submeter os interesses dos alunos a

um tratamento que lhe permita descobrir os encadeamentos, a lei, a estrutura que

está ( ou não está) nos discursos por eles elaborados.

Evita-se, assim, que as aulas sejam preenchidas pelo discurso vazio

(geralmente do professor), por simulacros de reflexão, ou então se tornem apenas

uns lugares para se discutir, criticar, etc.

Pois educar para a inteligibilidade significa reafirmar que a crítica não vem

antes das condições que a tornam possível. Portanto, mínimo no ensino de filosofia

não é, certamente, este ou aquele conjunto de tópicos, problemas ou partes da

filosofia. Não é, também, uma coleção de conceitos, textos ou doutrinas. O que

interessa é o foco do trabalho com os alunos.

Objetivos Gerais

- Reconhecer o conceito de filosofia, entendendo que toda a ação humana

baseia-se na racionalidade.

- Mostrar que a racionalidade da ação humana explica a livre escolha e esta

ação deve ser guiada por valores.

- Compreender que toda a atuação humana na sociedade, diariamente é

uma tomada de decisão reflexiva.

253

- Compreensão do funcionamento de uma configuração de pensamento a

partir de uma lei que lhe é própria

- Compreensão de como o pensamento se constitui historicamente.

- Compreender que a organização do mundo moderno é um ato político do

qual todos somos sujeitos.

- Reconhecer a importância da liberdade de expressão, da participação

política e social do mundo atual.

- Perceber que todo progresso econômico social e político e fruto do

trabalho, necessidade natural do homem.

- Atuar na sociedade como agente transformador através do trabalho

consciente.

- Participação democrática na sociedade seja compactuando com ela, seja

transformando-a.

- Desenvolvimento de formas de trabalho integrando-a ao mundo

globalizado.

- Entender que há um conhecimento lógico matemático e outro de caráter

indutivo-esperimental-racional.

- Reconhecer que há diferentes paradigmas científicos.

- Exercitar a leitura filosófica de textos.

- Exercer a argumentação o questionamento e a problematização.

- Reconhecimento da importância da linguagem na comunicação para que

haja conhecimento.

- Valorização da filosofia como ciência e educação científica relacionadas

com as demais práticas sociais.

- Articulação reflexiva das vivências entre linguagem e experiência.

Metodologia

Em termos práticos, a conquista da inteligibilidade pelos alunos pode advir da

proposição, pelo professor, de exercícios operatórios, nas leituras de textos. Nas

redações, nas discussões; na aquisição de uma determinada informação, na

elaboração de um conceito, é preciso levar em conta a qualidade do conteúdo e a

situação de aprendizagem.

254

Em filosofia, os trabalhos operatórios visam ao desenvolvimento de

habilidades em construir e avaliar proposição em determinar os princípios

subjacentes a elas – o que passa pelo sentido das palavras e pela atenção à cadeia

sintática, pelo menos. O pensamento crítico não provém, portanto, da simples

discussão, ou a confrontação de posição contrárias, ou da doação de solução pelo

professor.

A crítica pode ser avaliada pela capacidade dos alunos em formular questões

e objeções de maneira organizada, estruturada (rigorosa). A prática, sempre

interessante, de intrigar os alunos – provocando-os para a dúvida, a produção de

interferências e a articulação de experiência e teoria – é útil, principalmente

naquelas situações em que os alunos não têm condições de aplicar imediatamente

uma regra pelo exercício de uma retórica já desenvolvida. Explorar os trabalhos

operatórios talvez seja o grande caminho do professor de Filosofia.

Ensinar Filosofia enquanto disciplina escolar implica determinar uma ordem

de conhecimentos e práticas a que se poderia denominar ordem da

transmissibilidade, inscrita na própria história da Filosofia. A busca dessa ordem

dedica-se a especificar aquilo que na ação pedagógica é dimensionado como

encenável, embora tendo em vista que não se desdenhe o encenável, este

indeterminado da educação. O foco de atenção de cada disciplina, como se sabe,

diz respeito ao que pode ser ensinado e aprendido (incluindo-se aí o como se

aprende), enquanto processos pensados institucionalmente; isto é, a determinação

do que pode e deve ser apreendido tendo-se em vista as necessidades de formação

e saber inscritos culturalmente e solicitados socialmente. Aquilo que se enuncia pela

designação aula é um espaço em que se efetivam as condições da

transmissibilidade: um trabalho que articula materiais e linguagens, conceitos e

procedimentos, explicando o que, já intrinsecamente na disciplina, é disposição para

a transmissibilidade.

Conteúdos

1º ANO- A história da Filosofia

- Filosofia e Mito

- Filosofia e Ciência

255

- As grandes correntes filosóficas e seus principais representantes

- A grandeza do conhecimento humano

- Ética:

A ação humana enquanto guiada por valores.

O juízo de valor, a idéia do bem, a hierarquia de valores.

A consciência moral e liberal.

Problemas sociais e seu envolvimento com a ética.

A busca do conhecimento do ser para construir aquilo que deve ser.

2º ANOO processo histórico das civilizações com relação aos governos até o Estado

moderno.

A representação política e a noção de poder.

A importância da democracia no mundo atual.

A construção da cidadania.

A escola na formação ética – política.

Filosofia política.

A propaganda e a ideologia.

Virtude: o uso da liberdade com responsabilidade.

Relativismo Ético: a tolerância como virtude.

A ética objetiva.

A realização pelo trabalho.

O processo de alienação ( ideologia da fábrica).

Trabalho alienado.

O consumo alienado.

Relações: pessoal e social alienados.

Valorizar ou abolir o trabalho.

3º ANOTeoria do conhecimento.

Conhecimento e sua possibilidade e alcance.

Lógica – formal.

Lógica matemática.

Lógica como conhecimento formal à prioridade.

256

Racionalismo.

Empirismo.

A razão nas formas segundo Kant.

Metafísica.

Filosofia pós-metafísica.

Papel da linguagem no conhecimento.

Filosofia da Ciência. As revoluções científicas.

Métodos científicos.

Ciência racional – hipóteses e teorias.

Neopositivismo.

Popper e o critério de refutabilidade .

Ciência e técnicas no mundo moderno.

Ciência e Ética.

Ciência a serviço do homem e da sociedade.

Avaliação

Na avaliação de filosofia propõe-se que, qualquer que seja a escolha do

professor quanto ao modo de elaborar um programa, que o trabalho vise a levar o

aluno a ser capaz de: conceituar, problematizar e argumentar. São estas habilidades

que permitem que o educando simultaneamente se capacite a: desenvolver as

seguintes competências: leitura consciente significativa, que compreende um modo

de pensamento reflexivo, capacidade de problematizar, isto é, apropriar-se

reflexivamente do conteúdo, justificação de posições; interpretação com

possibilidades de transferência, de “aplicação” a outros problemas; elaboração de

linguagem teórica, discursiva; constituição de um conjunto de referências que lhe

permita transitar intelectualmente nas relações de conhecimento, de valorização, de

atitudes (interpessoais, sociais, políticas, culturais).

Discussões embasadas nas teorias dos clássicos e na modernidade para

buscar a razão e encontrar a essência do conhecimento fazendo com que o

educando exerça sua função atuando na sociedade contemporânea.

257

Referência Bibliográfica

GRAMSCI, A. Escritos políticos. Vol. I. Lisboa: Seara Nova, 1976

MORAES, A. C. Por que sociologia e filosofia no ensino médio? In. Revista de

Educação. São Paulo: Apeosp, nº 10, p. 50-53, Abril, 1999.

SEVERINO, A. J. A filosofia na formação do jovem e a ressignificação de sua

experiência existencial. São Paulo: 2002. Disquete.

________________. Filosofia e Ciências Humanas no ensino de 2º Grau: uma

abordagem antropológica da formação dos adolescentes. In. QUEIROZ, J. J. (org.)

Educação Hoje: educação e polaridades. São Paulo: FECS/USF, 1997. p. 101-109

DCE - Diretrizes curriculares de Filosofia para o ensino médio, 2006. SEED.

18.15. SOCIOLOGIA

Apresentação Geral da Disciplina

Desde tempos antigos já havia a necessidade ou a curiosidade de entender o

homem e suas relações.

Os gregos antigos foram os primeiros a se perguntarem a respeito do que os

rodeava e sua interação com o mundo e os demais. Foram os criadores do

pensamento “crítico filosófico”, tendo como importantes pensadores Platão e

Aristóteles, diziam eles que o “ homem é um ser social”.

Muito tempo depois, na Idade Média, com o predomínio da fé e da

religiosidade para explicar e justificar tudo o que acontecia ou como deveria se

comportar o homem, houve o extremismo por parte da Igreja Católica. Qualquer

pensar ou agir diferente das normas vigentes era considerado pecado e sujeito a

severas punições, o que impossibilitava ao homem se indagar de sua realidade e

conseqüências na sua vida.

258

Um pouco antes do século XV começou a surgir uma renovação cultural

chamada Renascimento. Resgatavam o pensamento”crítico filosófico” grego,

rejeitando os moldes vigentes, repudiando o radicalismo religioso, influenciando a

arte, a ciência, a literatura e a filosofia.

Um dos primeiros foi Nicolau Maquiavel, com o livro “O Príncipe”, onde indaga

sobre a capacidade de manipulação de um governante para conquistar e se manter

no poder.

Aí aparecem as idéias ou pensamentos de que o homem não só vive e deixa

viver mas que ele pode e deve participar da sociedade. Surge o antropocentrismo, o

homem passando a ser o centro dos acontecimentos, o agente modificador da

sociedade.

Continuando esse pensamento crítico, nos meados do século XVIII, aparece o

Iluminismo na Europa, inicialmente na França e Inglaterra.

Com o enfoque para a ciência e o racionalismo, combatiam as do

Absolutismo, onde o rei era supremo representante divino na terra. Não mais se

justificava a vida e a sociedade de outra forma que a racional.

Teve muitos expoentes, mais os principais foram: Voltaire que defendia a

razão e combatia o fanatismo religioso; Jean-Jacques Rosseau. Defensor da

democracia e estudioso das causas das desigualdades sociais; e Montesquieu, que

criticava o absolutismo e defendia a separação dos poderes.

Vale salientar que com as idéias do Iluminismo, os estudiosos começaram a

pensar no homem e suas relações, nada havia de se falar em uma ciência da

sociedade.

Dois grandes fatos históricos aconteceram conjuntamente com o Iluminismo

para alavancar o nascimento da Sociologia como ciência: a Revolução Francesa e a

Revolução Indistrial. Essas revoluções são marcos de passagem da sociedade pré-

capitalista para a sociedade moderna, fatos que provocaram intensas e profundas

mudanças na ordem geral.

A sociologia surgiu para compreender esses fenômenos sociais que alteraram

definitivamente o comportamento da sociedade.

259

REVOLUÇÃO FRANCESA

A França Passou por um processo longo e lento que culminou na “ Tomada

da Bastilha”, um dos símbolos da Revolução francesa. Em 1789, uma revolta política

pôs fim ao sistema monárquico francês, o Antigo Regima.. Na última fase do antigo

regime, a autoridade máxima e o poder absoluto estavam nas mãos do rei Luís XVI.

A nobreza e o clero eram classes privilegiadas, já as massas populares e os

pequenos proprietários sofriam com a miséria e a carestia; a classe média em

desenvolvimento não agüentava os altos impostos taxados pela monarquia.

A irresponsabilidade e total desconsideração da classe dominante pelos

menos favorecidos culminaram com o fim violento da monarquia, sob a bandeira

popular da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial conseguiu prosperar e se fortalecer devido a vários

fatores, principalmente à estabilidade política conjuntamente com a próspera

economia.

Desde as “Cruzadas”, realizadas pela Igreja Católica e da época das grandes

navegações, criou-se um importante canal de circulação de riquezas entre o

ocidente e o oriente, surgindo importantes núcleos urbanos chamados burgos. Mais

tarde vieram a ser as novas cidades.

As corporações de ofício se fortaleciam e a idéia de lucro se enraizava.

Transformadas mais tarde em manufaturas, os comerciantes viram que teriam mais

lucro se reunissem os artesãos e separassem as tarefas. Com o advento das

máquinas, surgiram as primeiras fábricas.

CRISES SOCIAIS

Se, de um lado , temos a França totalmente agitada pela revolução que

originou a primeira democracia moderna, de outro, temos a Inglaterra em acelerado

crescimento industria.

Famílias inteiras rumavam para os centros urbanos, expulsos de suas terras,

a procura de trabalho nas fábricas, uma vez que, com o surgimento das indústrias, a

260

profissão de artesão deixou de ser valorizada. Esses ex-artesãos e suas famílias

habitavam em condições precárias nas cidades. Nas fábricas eram sujeitos a todo

tipo de exploração, sem garantia de emprego, com salários miseráveis, onde

mulheres e crianças eram submetidos a longas e desgastantes jornadas de trabalho.

O estilo de vida das pessoas estava se transformando, levantamentos

realizaods na época mostram que em centros urbanos a delinqüência, a prostituição,

os mendigos e o homicídio alcançaram números elevadíssimos.

Surgem duas classes distintas: a dos banqueiros e empresários, chamada de

classe burguesa e o proletariado, a classe assalariada.

Todo o quadro europeu passava por profundas mudanças, com a

consolidação do sistema capitalista, a valorização da ciência,a abertura de

mercados mundiais e pelos conflitos entre a burguesia enriquecida e os miseráveis

dos operários.

Diante de tudo isso, é que a Sociologia começa a ser pensada como

ferramenta de reflexão sobre a sociedade que surgia. Suas teorias surgem para

entender os problemas sociais e ajudar a encontrar soluções.

Objetivo Geral

O objetivo geral é garantir ao aluno a percepção histórica do dualismo

tradição e modernidade e a emergência do saber sociológico como definidor dessa

oposição. O século XIX foi palco de mudanças nas políticas, ao implantar a primeira

democracia moderna e institucionalizar os direitos civis. Através da Revolução

Industrial, houveram profundas modificações do modo de pensar rural centrado na

estrutura social estática e na concepção de tempo orientada pela natureza, para um

pensar moderno e racional, baseado no pensar urbano.

Do parecer social, tal complexidade de transformações promoveu a

emergência do mercado de trabalho, de novos grupos sociais referenciais, novos

meios de produção e execução do trabalho, novos valores e crenças, uma

estruturação de poder completamente diferenciada da existente, referenciando toda

uma mudança no contexto social, com novos atores e papéis sociais. É em toda

essa conjuntura social que o saber sociológico se apresenta como uma ciência

261

capaz de analisar, identificar e classificar as transformações acontecidas. Esse

entender científico se prontifica sob a égide da rápida expansão urbana, pela

inadequação das condições de vida social e pela perda ou alteração de muitas

tradições. A sociologia aparece como ciência comprometida para entender e explicar

as transformações e as contradições da sociedade emergente, com a mutação de

valores tradicionais e a afirmação de uma modernidade.

AVALIAÇÃO

“ A aprendizagem entendida como construção de conhecimento pressupõem

entender tanto sua dimensão como produto quanto como processo, isto é, o

caminho pelo qual os alunos elaboram pessoalmente os conhecimentos. Ao

aprender o que muda não é apenas a quantidade de informação que o aluno

possui sobre determinado assunto, mas também a sua competência( aquilo que

é capaz de fazer, de pensar, de compreender), a qualidade de conhecimento que

possui e as possibilidades de continuar aprendendo. Dessa perspectiva, é óbvia

a importância de ensinar o aluno a aprender a aprender e ajudá-lo a

compreender que, quando aprende, não deve levar em conta apenas o conteúdo

objeto de aprendizagem, mas também como organiza a atua para aprender”

(Mauri, 1999, p.88)

A avaliação no ensino é considerada como um processo “ formativo e

continuado, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de

avaliação proposto pelo professor em sala de aula” (DCE, p. 98).

As formas de avaliação proposta, tendo sempre em vista para uma

construção autônoma do saber estudantil, devem sempre estar de acordo com a

prática pedagógica atuante do professor.

Para Luckesi (2005) deve-se considerar como critérios básicos: a) a

compreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a

coerência na exposição das idéias sociológicas, no texto oral e escrito; a mudança

na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

262

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

1. Processo de Socialização e as Instituições Sociais

Conteúdos Básicos

1.1Processo de Socialização;

1.21.2 Grupos Sociais;

1.3 Instituições sociais: familiares,escolares e religiosas;

1.4 A Instituição Estado.

Encaminhamento Metodológico

Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar

através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida

sobre tudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e

charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo

uma melhor forma de entendimento.

A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema

teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento

e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.

A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como

práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de

fatores sociais atuais importantes.

Avaliação – Critérios

Espera-se que os estudantes:

Espera-se que o estudante identifique e compreenda o processo e a importância da

contribuição dos diversos povos para a formação da diversidade cultural, étnica e

religiosa. Compreendam também como essa diversidade pode ser utilizada em favor

263

de classes dominantes, através dos meios de comunicação de massa, favorecendo

uma ideologia consumista e por muitas vezes discriminatória.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

Conteúdos Básicos

2.1 O desenvolvimento antropológico de conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

2.2 O que é diversidade cultural;

2.3 O que é identidade?

2.4 Indústria cultural e meios de comunicação de massa;

2.5 Sociedades de consumo

2.6 Preconceito e formas de discriminação;

2.7 Questões de gênero;

2.8 Cultura afro-brasileira e africana;

2.9 Cultura indígena;

2.10 A formação do povo brasileiro;

2.11 A formação da sociedade paranaense e campolarguense

Encaminhamento Metodológico

Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar

através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida

sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e

264

charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo

uma melhor forma de entendimento.

A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema

teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento

e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.

A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como

práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de

fatores sociais atuais importantes.

Avaliação – Critérios

Espera-se que os estudantes:

Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças

sexuais e de gênero presentes na sociedade;

Compreender que a questão de gênero é uma construção social;

Conheçam o processo, a importância e contribuições dos diversos povos e etnias na

formação da sociedade;

Entendam como a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas de

dominação e manipulação da sociedade, através dos meios de comunicação de

massa, criando um padrão de consumismo e muitas vezes de discriminação em

nossa realidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS

Conteúdos Básicos

3.1 O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

3.2 Desigualdades sociais:estamentos, castas, classes sociais;

3.3 O Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

265

3.4 Globalização; relações de trabalho;

3.5Neoliberalismo;

3.6 O trabalho no Brasil.

Encaminhamento Metodológico

Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar

através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida

sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e

charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo

uma melhor forma de entendimento.

A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema

teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento

e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.

A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como

práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de

fatores sociais atuais importantes.

Avaliação – Critérios

Espera-se que os alunos compreendam de forma crítica:

A diversidade das formas de trabalho no decorrer da história e subseqüente

consolidação da sociedade capitalista ;

Que as desigualdades sociais advém conforme a articulação e organização das

estruturas econômicas e dominação política, não de forma natural;

O que é o processo de globalização e sua influência nas relações de trabalho;

Que a sociedade é dividida em classes sociais, construídas sociologicamente, e a

conseqüente desigualdade social advinda desse processo.

266

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

4.PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA

Conteúdos Básicos

4.1 O que é Estado? E a formação e desenvolvimento do estado moderno;

4.2 A democracia, o autoritarismo, o totalitarismo;

4.3 O Estado no Brasil?

4.4 Conceitos de poder;

4.5 Conceitos de ideologia;

4.6 Conceitos de dominação e legitimidade;

4.7 As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Encaminhamento Metodológico

Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigação, análises e encaminhamentos que podem se dar

através de múltiplos recursos, tais como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e diversas obras. Tal prática pode ser enriquecida

sobretudo pela apresentação de filmes, vídeos, músicas, histórias em quadrinho e

charges, procurando relacionar a parte teórica com a sua realidade, lhes fornecendo

uma melhor forma de entendimento.

A pesquisa de campo também pode ser de muita utilidade, correlacionando o tema

teórico com a sua própria realidade,propiciando um efetivo trabalho de entendimento

e subseqüente crítica dos fatores sociais analisados.

A utilização da internet na pesquisa e captação de dados, tanto teóricos como

práticos, também se faz possível na aquisição de conhecimento e entendimento de

fatores sociais atuais importantes.

Avaliação – Critérios

Espera-se que os estudantes:

267

Possam analisar e compreender de forma crítica o desenvolvimento do Estado

Moderno, suas contradições, atribuições e funções;

Identifiquem as várias formas de relações de poder e analisem criticamente os

processos de consolidação e manutenção de cada uma;

Compreendam o papel da ideologia e os mecanismos de dominação na sociedade;

Reconheçam as diversas formas de violência, seu desenvolvimento e permanência

em nossa sociedade e quais as diretrizes para o enfrentamento de tais questões.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

5. DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Conteúdos Básicos

5.1 Direitos: civis, políticos e sociais;

5.2 Direitos Humanos;

5.3 Conceito de cidadania;

5.4 Conceito de Movimentos Sociais;

5.5 Movimentos sociais urbanos e rurais;

5.6 Movimentos sociais no Brasil;

5.7 Movimentos ambientalistas;

5.8 ONG’s.

Analisem e compreendam a formação histórica da conquista de direitos e sua

influência na constituição da cidadania;

Atentem para a dificuldade e a luta de vários setores da sociedade para a

formulação e a vigência de diversos direitos que para todos, hoje em dia, são

considerados “naturais”;

268

Percebam a existência de vários grupos sociais vulneráveis e marginalizados em

nossa sociedade e o porquê da necessidade de garantir seus direitos básicos;

Percebam diversas possibilidades de se entender e exercer a cidadania;

Entendam a formação histórica dos diversos movimentos sociais, seus objetivos e

manifestações na atualidade.

Referências Bibliográficas

BRASIL,Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,

1988.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares

Nacionais do Ensino Médio ( Sociologia, Antropologia e Política), parte IV do Ensino

de Ciências Humanas e Tecnológicas. Brasília: MEC, 2004.

269

BRIDI, Maria Aparecida;Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio.São Paulo:

Contexto, 2009.

Enfrentamento à Violência. Curitiba: SEED- Pr, 2008.

GIDDENS,Anthony; Sociologia.4.ed..Porto Alegre: Artmed, 2005.

LAKATOS, Eva Maria; Sociologia Geral. 7.ed. ver.e amp., 8.reimpr. São Paulo: Atlas,

2008.

Livro Didático Público.Sociologia

LUCKESI,C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17.ed. São Paulo: Cortez, 2005

MARX, Karl. O Capital.3.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Enfrentamento à Violência. Curitiba:

SEED- Pr, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação;Prevenção ao uso indevido de

drogas.Curitiba; SEED- Pr, 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Introdução às Diretrizes Curriculares.

Curitiba:SEED, 2006.

TOMAZI, Nelson Dacio; Sociologia para o Ensino Médio.1.ed.São Paulo:Atual, 2007.

WEBER,Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Pioneira,

1967.

Anexos:

270

271

272

273

274