resultados sb 2010
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Ouvidoria do SUS136
Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sadewww.saude.gov.br/bvs
Legislao em Sadewww.saude.gov.br/saudelegis
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
SB B
rasi
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0
Braslia DF2012
Resultados Principais
MINISTRIO DA SADE
Biblioteca Virtual de Sade do Ministrio da Sadewww.saude.gov.br/bvs
Ouvidoria do SUS136
Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sadewww.saude.gov.br/bvs
Legislao em Sadewww.saude.gov.br/saudelegis
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MINISTRIO DA SADESecretaria de Ateno Sade
Secretaria de Vigilncia em Sade
SB BRASIL 2010
Pesquisa Nacional de Sade BucalResultados Principais
Braslia DF2012
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2012 Ministrio da Sade.Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica. A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada na ntegra na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sade: .
Tiragem: 1 edio 2012 5.000 exemplares
Elaborao, distribuio e informaesMinistrio da SadeSecretaria de Ateno SadeDepartamento de Ateno BsicaSAF Sul, Quadra 2, lotes 5/6,Ed. Premium, bloco II, subsoloCEP: 70070-600 Braslia/DFTels.: (61) 3306-8090 / 3306-8044Site: www.saude.gov.br/dabE-mail: dab@saude.gov.br
Secretaria de Vigilncia em SadeEsplanada dos Ministrios, bloco G,Edifcio Sede, sobrelojaCEP: 70058-900 Braslia/DFSite: www.saude.gov.br/svsE-mail: svs@saude.gov.br
Editor GeralHider Aurlio Pinto
Superviso GeralGilberto Alfredo Pucca Jr.
Coordenao-geral do Projeto SB BrasilAngelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira
Assessoria em AmostragemNilza Nunes da Silva
Comit Tcnico Assessor em Vigilncia em Sade BucalAngelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira Gilberto Alfredo Pucca Jr.Lenildo de MouraMarco Aurlio PeresMaria do Carmo Matias FreireMaria Ilma de Souza Gruppioni CrtesMario Vianna VettorePaulo Capel NarvaiPaulo Svio Angeiras de GesSamuel Jorge Moyss
Coordenao-Executiva do SB Brasil nos Centros Colaboradores e no Ministrio da SadeAntonio Carlos Nascimento Cludia Helena Soares de Morais Freitas
Elisete CasottiKaren Glazer de Anselmo PeresLenildo de MouraMoacir Paludetto Jr. Nilcema FigueiredoRafaela da Silveira PintoRegina Auxiliadora de Amorim MarquesSandra Cristina Guimares Bahia Reis
Coordenao editorialMarco Aurlio Santana da Silva
NormalizaoMarjorie Fernandes Gonalves SAS
Editora responsvel:MINISTRIO DA SADESecretaria-ExecutivaSubsecretaria de Assuntos AdministrativosCoordenao-Geral de Documentao e InformaoCoordenao de Gesto EditorialSIA, Trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040 Braslia/DFTels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794Fax: (61) 3233-9558Site: www.saude.gov.br/editoraE-mail: editora.ms@saude.gov.br
Equipe editorialNormalizao: Cludio OliveiraReviso: Silene Lopes Gil e Paulo Henrique de CastroCapa, projeto grfico e diagramao: Ktia Barbosa de OliveiraSuperviso Editorial: Dbora Flaeschen
Impresso no Brasil / Printed in BrazilFicha catalogrfica
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade.SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Sade Bucal: resultados principais / Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Braslia : Ministrio da Sade, 2012.
116 p. : il.
ISBN 978-85-334-1987-2 1. Sade Bucal. 2. Ateno Sade. 3. Promoo da Sade. I. Ttulo.
CDU 616.314Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS OS 2012/0335
Ttulos para indexaoEm ingls: SB BRAZIL 2010: National Research on Oral Health: main resultsEm espanhol: SB BRASIL 2010: Investigacin Nacional de Salud Bucal: principales resultados
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AgrAdecimentos
O Ministrio da Sade e toda a equipe de planejamento e execuo do SB Brasil
2010 Pesquisa Nacional de Sade Bucal gostariam de expressar seu agradecimento s seguintes pessoas e instituies:
A todos os profissionais envolvidos na execuo do trabalho de campo, particu-
larmente os profissionais da Rede SUS (cirurgies-dentistas, auxiliares de sade
bucal, agentes de controle de endemias e agentes comunitrios de sade);
Aos secretrios estaduais de sade e aos secretrios de sade dos municpios par-
ticipantes da amostra, agradecimento este que tambm extensivo a todos os
membros de suas equipes de trabalho;
Aos coordenadores estaduais de sade bucal e aos coordenadores de sade bucal
dos municpios integrantes da amostra;
A Eymar Sampaio Lopes, pela elaborao do programa de entrada de dados;
Ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), pelo fornecimento dos
equipamentos para a coleta de dados.
s universidades, s instituies de ensino superior e aos institutos de pesquisa
que colaboraram com o projeto, cedendo seus profissionais para que atuassem
como instrutores durante o processo de treinamento;
s 131 contribuies, personificadas em profissionais e instituies, dadas ao pro-
jeto durante o processo de consulta pblica;
Ao Fundo Nacional de Sade (FNS), pelo financiamento da pesquisa;
Aos conselhos de gesto do SUS, ao Conselho Nacional de Sade (CNS), ao Conselho
Nacional de Secretrios de Sade (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Sade (Conasems);
s entidades que apoiaram o projeto: Conselho Federal de Odontologia (CFO),
Associao Brasileira de Odontologia (ABO), Associao Brasileira de Cirurgies-
-Dentistas (ABCD), Federao Interestadual de Odontologistas (FIO), Federao
Nacional de Odontologistas (FNO) e Associao Brasileira de Ps-Graduao em
Sade Coletiva (Abrasco).
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Lista de Tabelas
Tabela 1 Nmero de domiclios e indivduos pesquisados e respectivas taxas de resposta, de acordo com o domnio e o grupo etrio . .. .. .. .. .. .. 49
Tabela 2 Proporo de indivduos com CEO/CPO = 0 e respectivos intervalos de confiana (95%), segundo a idade e o domnio do estudo .. .. .. .. .. 50
Tabela 3 Proporo de indivduos com CEO/CPO = 0 e respectivos intervalos de confiana (95%), segundo a idade e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 51
Tabela 4 Mdia do ndice CEO-D, CPO-D e proporo dos componentes em relao ao CEO/CPO total, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Norte . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 52
Tabela 5 Mdia do ndice CEO-D, CPO-D e proporo dos componentes em relao ao CEO/CPO total, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Nordeste .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 53
Tabela 6 Mdia do ndice CEO-D, CPO-D e proporo dos componentes em relao ao CEO/CPO total, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Sudeste .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 54
Tabela 7 Mdia do ndice CEO-D, CPO-D e proporo dos componentes em relao ao CEO/CPO total, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Sul .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 55
Tabela 8 Mdia do ndice CEO-D, CPO-D e proporo dos componentes em relao ao CEO/CPO total, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Centro-Oeste . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 56
Tabela 9 Mdia do ndice CEO-D (5 anos), CPO-D (demais idades) e proporo dos componentes em relao ao CEO-D ou CPO-D total, segundo o grupo etrio e as regies.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 57
Tabela 10 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Norte .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 60
Tabela 11 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Nordeste . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 60
Tabela 12 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Sudeste .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 61
Tabela 13 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Sul . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 61
Tabela 14 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e os domnios da pesquisa, na Regio Centro-Oeste . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 62
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Tabela 15 Mdia da condio da raiz e proporo dos componentes em relao ao total de razes expostas, segundo o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 62
Tabela 16 Mdias das necessidades de tratamento para crie dentria e os respectivos percentuais em relao ao total, segundo o grupo etrio e a regio .. .. 63
Tabela 17 Percentual de indivduos segundo a condio periodontal, medida pelo ndice Periodontal Comunitrio (CPI), o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. 64
Tabela 18 Prevalncia de sangramento, clculo e bolsa periodontal rasa e profunda, segundo a idade e a regio . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 65
Tabela 19 Mdia de sextantes afetados por sangramento, clculo e bolsa, segundo o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 65
Tabela 20 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para o Brasil . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 66
Tabela 21 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para a Regio Norte .. .. .. .. .. .. .. .. 67
Tabela 22 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para a Regio Nordeste .. .. .. .. .. .. .. 68
Tabela 23 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para a Regio Sudeste . .. .. .. .. .. .. .. 68
Tabela 24 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para a Regio Sul .. .. .. .. .. .. .. .. .. 69
Tabela 25 Percentual de sextantes, segundo a idade/os grupos etrios e a condio periodontal, medida pelo CPI para a Regio Centro-Oeste . .. .. .. .. .. 69
Tabela 26 ndice de Perda de Insero Periodontal (PIP) em percentuais de pior escore, apresentado segundo o grupo etrio e a regio .. .. .. .. 70
Tabela 27 Condio de ocluso dentria, avaliada pelo ndice de Foster e Hamilton, na idade de 5 anos, segundo a regio e a condio avaliada .. .. .. .. .. .. 70
Tabela 28 Condio de ocluso dentria analisada pelo ndice de Esttica Dentria (DAI), segundo a idade e a regio . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 71
Tabela 29 Uso de prtese dentria superior, segundo o tipo de prtese, o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 71
Tabela 30 Uso de prtese dentria inferior, segundo o tipo de prtese, o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 72
Tabela 31 Necessidade de prtese dentria, segundo o tipo, a idade e a regio .. .. 72
Tabela 32 Prevalncia de pelo menos um dente incisivo afetado por traumatismo em crianas de 12 anos, segundo a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 73
Tabela 33 Mdia de dentes incisivos afetados por traumatismo em crianas de 12 anos, segundo a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 73
Tabela 34 Prevalncia e gravidade da fluorose dentria aos 12 anos, segundo a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 74
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Tabela 35 Estimativas de renda familiar em reais, segundo o domnio do estudo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 75
Tabela 36 Estimativas de renda familiar em reais, segundo a regio.. .. .. .. .. .. 76
Tabela 38 Estimativas da escolaridade (em anos de estudo), segundo o grupo etrio e a regio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 77
Tabela 39 Morbidade dentria autorreferida, prevalncia e gravidade da dor de dente, segundo a regio, para a idade de 12 anos . .. .. .. .. 77
Tabela 40 Morbidade dentria autorreferida, prevalncia e gravidade da dor de dente, segundo a regio, para o grupo etrio de 15 a 19 anos .. .. .. 77
Tabela 41 Morbidade dentria autorreferida, prevalncia e gravidade da dor de dente, segundo a regio, para o grupo etrio de 35 a 44 anos .. .. .. 78
Tabela 42 Morbidade dentria autorreferida, prevalncia e gravidade da dor de dente, segundo a regio, para o grupo etrio de 65 a 74 anos .. .. .. 78
Tabela 43 Uso de servios odontolgicos, segundo a regio, para a idade de 12 anos 79
Tabela 44 Uso de servios odontolgicos, segundo a regio, para o grupo etrio de 15 a 19 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 80
Tabela 45 Uso de servios odontolgicos, segundo a regio, para o grupo etrio de 35 a 44 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 81
Tabela 46 Uso de servios odontolgicos, segundo a regio, para o grupo etrio de 65 a 74 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 82
Tabela 47 Autopercepo de sade bucal, segundo o grupo etrio e a regio .. .. . .83
Tabela 48 Avaliao do impacto das condies de sade bucal sobre a vida diria (OIDP), segundo as dimenses do ndice e a regio, para a idade de 12 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 84
Tabela 49 Avaliao do impacto das condies de sade bucal sobre a vida diria (OIDP), segundo as dimenses do ndice e a regio, para o grupo etrio de 15 a 19 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 84
Tabela 50 Avaliao do impacto das condies de sade bucal sobre a vida diria (OIDP), segundo as dimenses do ndice e a regio, para o grupo etrio de 35 a 44 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 85
Tabela 51 Avaliao do impacto das condies de sade bucal sobre a vida diria (OIDP), segundo as dimenses do ndice e a regio, para o grupo etrio de 65 a 74 anos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 85
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Lista de Grficos
Grfico 1 Mdia do CPO-D e componentes aos 12 anos, segundo o domnio do estudo . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 58
Grfico 2 Mdias e respectivos intervalos de confiana (95%) do CPO-D aos 12 anos, segundo o domnio do estudo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 58
Grfico 3 CPO-D e componentes aos 12 anos, segundo a regio .. .. .. .. .. .. .. 59
Grfico 4 Mdia do CEO/CPO e respectivos componentes, segundo o grupo etrio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 59
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sumrio
Apresentao .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .111 Introduo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .152 Objetivos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .19
2.1 Geral.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .212.2 Especficos .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .21
3 Mtodo . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .233.1 Caractersticas da pesquisa . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .253.2 Plano Amostral . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .263.3 Condies pesquisadas .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .26
3.3.1 Crie dentria . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .273.3.2 Condio periodontal .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .273.3.3 Traumatismo dentrio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .283.3.4 Ocluso dentria .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .283.3.5 Fluorose dentria . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .283.3.6 Edentulismo (uso e necessidade de prtese) .. .. .. .. .. .. .. .293.3.7 Condio socioeconmica, utilizao de servios odontolgicos e
autopercepo de sade bucal .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .293.4 Treinamento e preparao das equipes .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .293.5 Coleta de dados .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .303.6 Apurao e anlise .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .30
4 Implicaes ticas .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .315 Resultados .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .35
5.1 Descrio da amostra . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .375.2 Crie dentria de coroa.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .37
5.2.1 Prevalncia de crie . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .375.2.2 Dentio decdua . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .385.2.3 Dentio permanente .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .38
5.3 Crie de raiz .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .395.4 Necessidades de tratamento para a crie dentria .. .. .. .. .. .. .. .405.5 Condio periodontal . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .405.6 Ocluso dentria .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .435.7 Uso e necessidade de prtese .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .44
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5.8 Traumatismo dentrio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .465.9 Fluorose dentria . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .475.10 Morbidade referida, uso de servios odontolgicos e impactos da sade
bucal na vida diria . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .476 Consideraes Finais .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .87Referncias . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .93ANEXOS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .97
Anexo A Plano Amostral . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .99Anexo B Ficha de Exame .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 109Anexo C Projeto SB Brasil 2010: Coordenao e Colaboradores .. .. .. .. 112
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Apresentao
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13
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
As aes de sade bucal no Sistema nico de Sade (SUS) eram anteriormente ofer-tadas de forma paralela ao processo de organizao dos demais servios de sade, com baixo poder de resolubilidade, de maneira que eram incapazes de equacionar os principais problemas da populao.
Em 2004, por determinao do ento presidente Luiz Incio Lula da Silva, o Ministrio da Sade lanou a Poltica Nacional de Sade Bucal Brasil Sorridente. Com tal poltica, a sade bucal passou a ser ofertada de forma integral. Houve a insero de procedimentos mais complexos na Ateno Bsica e a criao de uma rede de servios de ateno em sade bucal no SUS, resgatando a cidadania da populao brasileira.
O Brasil Sorridente teve como embasamento epidemiolgico a concluso do Pro-jeto SB Brasil 2003 Condies da Sade Bucal da Populao Brasileira. Entre os pressu-postos da Poltica Nacional de Sade Bucal esto os seguintes: (a) utilizar a epidemiologia e as informaes sobre o territrio para subsidiar o planejamento; e (b) centrar a atuao na Vigilncia Sade, incorporando prticas contnuas de avaliao e acompanhamento dos danos, dos riscos e dos determinantes do processo sade-doena.
Sete anos aps o lanamento do Brasil Sorridente, o Ministrio da Sade, por meio da Coordenao-Geral de Sade Bucal, concluiu, em 2011, o quarto levantamento epidemio-lgico de mbito nacional na rea da Sade Bucal, intitulado SB Brasil 2010 Pesquisa Nacional de Sade Bucal.
Esta pesquisa contou com a participao do Conselho Nacional de Sade (CNS), do Conselho Nacional de Secretrios de Sade (Conass) e do Conselho Nacional das Secreta-rias Municipais de Sade (Conasems), alm do apoio do Conselho Federal de Odontologia (CFO), da Associao Brasileira de Odontologia (ABO), da Associao Brasileira de Cirurgies--Dentistas (ABCD), da Federao Nacional dos Odontologistas (FNO), da Federao Inte-restadual dos Odontologistas (FIO), da Associao Brasileira de Ps-Graduao em Sade Coletiva (Abrasco) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).
Elaborado em 2009, no mbito do Comit Tcnico Assessor (CTA) em Vigilncia em Sade Bucal do Ministrio da Sade, com a participao da Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS), o referido projeto foi submetido a uma consulta pblica no site da Coorde-nao-Geral de Sade Bucal (www.saude.gov.br/bucal), contando com a colaborao de diversos setores neste processo.
Ainda na esfera federal, participaram da coordenao da pesquisa os oito Centros Co-
laboradores do Ministrio da Sade em Vigilncia da Sade Bucal (Cecol) e o Grupo Gestor
da pesquisa, formado a partir dos Centros Colaboradores.
A pesquisa, de base amostral, foi realizada nas 26 capitais estaduais, no Distrito
Federal e em 150 municpios do interior de diferentes portes populacionais, tendo sido
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14
Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
examinados 37.519 indivduos, pertencentes s faixas etrias de 5, 12, 15 a 19, 34 a 45 e
65 a 74 anos. Cerca de 2.000 trabalhadores e trabalhadoras do SUS das trs esferas gover-
namentais foram fundamentais no sucesso da execuo do SB Brasil 2010.
A Pesquisa Nacional de Sade Bucal 2010 analisou a situao da sade bucal da popu-
lao brasileira com o objetivo de proporcionar ao SUS informaes teis ao planejamento
de programas de preveno e tratamento, tanto em nvel nacional quanto nos mbitos
estadual e municipal.
O Brasil aprendeu, ao longo destes ltimos oito anos, a investir na reduo da pobreza
e das desigualdades regionais, e na sade bucal no foi diferente. O significativo cresci-
mento de 390% das equipes de sade bucal, a criao de 865 centros de especialidades
odontolgicas, a habilitao de 674 municpios com laboratrios de prteses dentrias,
a distribuio de 72 milhes de kits de escova e pasta dentria, a ampliao do acesso
gua tratada e fluoretada para cerca de sete milhes de brasileiros proporcionaram a
reduo do nmero de dentes extrados. Houve ainda a ampliao do acesso aos servios
pblicos odontolgicos, principalmente para os mais pobres, elevando o Brasil ao grupo de
pases com baixa prevalncia de crie.
Este relatrio, fruto do trabalho de gestores, pesquisadores e trabalhadores do SUS,
orientar o trabalho de cerca de 60 mil cirurgies-dentistas, alm dos tcnicos e auxiliares
em sade bucal presentes no SUS nos prximos anos. Esta publicao no s servir para
continuarmos avanando com equidade no acesso sade bucal para toda a populao bra-
sileira, como tambm representa importante instrumento de orientao para a erradicao
da extrema pobreza em nosso Pas. A ampliao da Rede de Ateno Sade fundamental
para a promoo da cidadania. No se reduz a misria no Pas sem promover a cidadania.
Ministrio da Sade
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1 Introduo
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17
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
Os estudos transversais so importantes componentes em qualquer poltica de vigilncia em sade. A despeito do constante aperfeioamento em nossos sistemas de informao, a partir dos quais se torna possvel estabelecer um diagnstico da situao de sade da popu-lao, em muitas situaes no h como prescindir de informaes epidemiolgicas obtidas a partir de dados primrios. No caso particular da sade bucal, o diagnstico coletivo dos principais agravos (crie dentria, doena periodontal, oclusopatias, entre outros) deve ser estabelecido, com propriedade, mediante a realizao de inquritos populacionais.
Os trs grandes levantamentos nacionais (realizados em 1986, 1996 e 2003) foram de grande relevncia para a construo de uma consistente base de dados relativa ao perfil epidemiolgico de sade bucal da populao brasileira. Contudo, fundamental que a re-alizao destes estudos faa parte de uma estratgia inserida no componente de vigiln-cia sade da poltica de sade, na perspectiva da construo de uma srie histrica de dados de sade bucal com o objetivo de verificar tendncias, planejar e avaliar servios.
A Poltica Nacional de Sade Bucal Brasil Sorridente constitui-se num marco na his-tria das polticas pblicas no Brasil, na medida em que incorpora uma agenda em discus-so desde o Movimento pela Reforma Sanitria Brasileira e traduz os princpios do Sistema nico de Sade em seus pressupostos operacionais. Ao trabalhar os eixos da ateno sade bucal a partir do incremento da ateno bsica por meio da Estratgia Sade da Famlia, da implementao dos centros de especialidades odontolgicas como elementos estruturantes da ateno secundria, alm das aes de carter coletivo, o Brasil Sorridente se insere no conjunto de programas estratgicos na atual poltica de sade.
Entre os pressupostos da referida poltica que visam reorientao do modelo de ateno sade bucal, destacam-se os seguintes: (a) utilizar a epidemiologia e as in-formaes sobre o territrio subsidiando o planejamento; e (b) centrar a atuao na vigilncia sade, incorporando prticas contnuas de avaliao e acompanhamento dos danos, riscos e determinantes do processo sade-doena (BRASIL, 2004b). Tais pressupos-tos devem, portanto, ser postos em prtica a partir de diversas estratgias, entre elas a realizao de pesquisas epidemiolgicas de base nacional.
Neste sentido, o presente relatrio descreve a metodologia e os resultados da Pesqui-sa Nacional de Sade Bucal Projeto SB Brasil 2010. importante salientar que a citada pesquisa faz parte do processo histrico que se ampliou e se aprofundou com o Projeto SB Brasil 2003, que proporcionou um dos mais completos diagnsticos da sade bucal dos brasileiros. Com tal projeto, pretende-se dar continuidade ao citado processo, realizando uma pesquisa em moldes semelhantes, de maneira a construir uma srie histrica, contri-buindo para as estratgias de avaliao e planejamento dos servios, ao mesmo tempo em que consolida um modelo metodolgico e demarca o campo de atuao do componente de vigilncia sade da Poltica Nacional de Sade Bucal.
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2 Objetivos
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21
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
2.1 gerAl
Conhecer a situao de sade bucal da populao brasileira urbana em 2010, subsidiar
o planejamento e a avaliao das aes e dos servios perante o Sistema nico de Sade e
manter uma base de dados eletrnica para o componente de vigilncia sade da Poltica
Nacional de Sade Bucal.
2.2 especficos
a. Estimar a prevalncia e a gravidade da crie dentria em coroa e raiz para a po-
pulao de 5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos.
b. Estimar a prevalncia, a extenso e a gravidade da doena periodontal para a
populao de 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos.
c. Estimar a prevalncia e a gravidade de oclusopatias para a populao de 5, 12 e
15 a 19 anos.
d. Estimaraprevalnciaeagravidadedafluorosedentriaparaapopulaode12anos.
e. Estimar a prevalncia de traumatismo dentrio (fratura coronria e avulso) para
a populao de 12 anos.
f. Estimar as necessidades de tratamento relacionadas com a crie dentria.
g. Estimar a necessidade e o uso de prtese nas faixas etrias de 15 a 19, 35 a 44 e
65 a 74 anos.
h. Estimar a prevalncia e a gravidade da dor de origem dentria para a populao
de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos.
i. Obter dados que contribuam para caracterizar o perfil socioeconmico, a utili-
zao de servios odontolgicos, a autopercepo e os impactos da sade bucal.
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3 Mtodo
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
3.1 cArActersticAs dA pesquisA
Os estudos seccionais de abrangncia nacional no Brasil se constituem em grandes de-
safios,dadasascaractersticaspeculiaresdoPas,comosuavastaextensoterritorialea
grandeheterogeneidadeentreasregies.Desde1969,oInstitutoBrasileirodeGeografiae
Estatstica (IBGE) estabeleceu a diviso territorial brasileira em cinco blocos, formados a
partirdecritriosnaturaiscomoclima,relevo,vegetaoehidrografia,sendo,porestara-
zo, chamados de regies naturais: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Embora
tenha sido formadaporcritrioseminentementegeogrficos,adiviso regionalbrasileira
tambm expressa diferentes caractersticas econmicas e culturais, pelo modo como se deu
o processo de colonizao e desenvolvimento do Pas. Desta forma, como em outros estudos
nacionais,oProjetoSBBrasil2010utilizouadivisoregionalcomoprimeiraestratificao.
Por outro lado, e tambm pelas mesmas razes ligadas ao desenvolvimento, as ca-
pitais dos 26 estados, juntamente com a do Distrito Federal, aglutinam quase um quarto
de toda a populao do Pas (mais de 45 milhes de pessoas). tambm o espao onde se
concentra a maior parte da atividade econmica, de modo que, independentemente da
regio em que esteja localizada, uma capital se constitui em um locus bastante peculiar
e que deve ser considerado em qualquer estudo de base nacional.
Neste sentido, do ponto de vista da organizao geral, o SB Brasil 2010 se constitui
em uma pesquisa de base nacional, com representatividade para as capitais de estado, do
Distrito Federal e para as cinco regies naturais (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-
-Oeste). Compe um estudo com base em uma amostra de indivduos residentes em 177
municpios, nos quais foram realizados exames bucais para avaliar a prevalncia e a gravi-
dade dos principais agravos bucais e aplicados questionrios para a coleta de dados sobre
a condio socioeconmica das populaes investigadas, a utilizao de servios odonto-
lgicos e a percepo de sade.
Com relao ao componente operacional, a pesquisa foi um estudo coordenado e fi-
nanciado pelo Ministrio da Sade, contando com a participao articulada da Secretaria
de Ateno Sade (SAS) e da Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS). Na execuo,
houve a participao ativa das secretarias estaduais e municipais de sade e contou com
o apoio de entidades de classe odontolgicas, universidades e institutos de pesquisa, ar-
ticulados pela Coordenao-Geral de Sade Bucal, por intermdio do seu Comit Tcnico
Assessor para Vigilncia em Sade Bucal (CTA) e dos Centros Colaboradores do Ministrio
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Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
da Sade em Vigilncia da Sade Bucal (Cecol). O projeto teve, ainda, o apoio da Associa-
o Brasileira de Ps-Graduao em Sade Coletiva (Abrasco) e a colaborao do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).
Para a operacionalizao do projeto foram desenvolvidos manuais especficos, nos
quais podem ser encontrados mais detalhes a respeito da metodologia da pesquisa. O
Manual do Coordenador contm as instrues gerais para que o coordenador municipal
pudesse conduzir a pesquisa localmente, incluindo informaes sobre o desenho amostral,
as atribuies das equipes e o fluxograma operacional, alm das estratgias de superviso
de campo. O Manual da Equipe de Campo traz as informaes necessrias para o trabalho
de campo, como as formas de percurso, o arrolamento dos domiclios e a descrio das
variveis utilizadas. No Manual de Calibrao de Examinadores constam as informaes
gerais para que os responsveis pelo treinamento das equipes locais pudessem realizar o
processo de calibrao de todos os ndices utilizados. Todo este material est disponvel
para download no stio da Coordenao-Geral de Sade Bucal (www.saude.gov.br/bucal).
3.2 plAno AmostrAl
O Plano Amostral constou de domnios relativos s capitais e aos municpios do interior.
Cada capital de Unidade da Federao (estados e Distrito Federal) comps um domnio e
todos os municpios do interior de cada regio outro domnio, representativo dos munic-
piosdo interior.Aotodo,so27domniosgeogrficosdecapital,maiscincode interior,
um para cada regio, totalizando 32 domnios. As Unidades Primrias de Amostragem (UPA)
foram: (a) municpio, para o interior das regies; e (b) setor censitrio, para as capitais.
Indivduos nas idades de 5 anos e de 12 anos e pertencentes aos grupos etrios de 15 a 19
anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos foram entrevistados e examinados em seus domiclios.
O detalhamento do processo de amostragem, com os procedimentos e clculos utili-
zados, encontra-se anexo a este relatrio.
3.3 condies pesquisAdAs
A manuteno de uma base metodolgica uniforme um requisito importante quando
se considera a realizao de estudos seccionais como um componente de destaque nas
estratgias de vigilncia da sade bucal.
Os ndices utilizados no SB Brasil 2010 e os acrscimos ou as modificaes atendem
s recomendaes da Organizao Mundial da Sade (OMS) na 4a edio de seu Manual de
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
Instrues para Levantamento Epidemiolgico Bsico em Sade Bucal (WHO, 1997) e le-
vam em conta a experincia acumulada no Brasil, em vrias regies, notadamente a partir
dos anos 1980.
Alm dos ndices tradicionais para aferio dos agravos bucais, tambm foi aplicado
aos indivduos examinados um questionrio contendo questes relativas caracterizao
socioeconmica, utilizao de servios odontolgicos, morbidade bucal autorreferida
e autopercepo de sade bucal.
Apresentam-se a seguir, de modo resumido, as condies observadas, os ndices ado-
tados e algumas alteraes propostas para o estudo. Mais detalhes sobre os cdigos, os
critrios e as tcnicas de aplicao dos ndices podem ser obtidos nos manuais tcnicos
elaborados para subsidiar as equipes de campo e coordenao e disponveis no j citado
stio eletrnico do projeto.
3.3.1 crie dentriA
Para a condio dentria, foi utilizado o ndice preconizado pela OMS (WHO, 1997), do
qual se pode inferir o CPO-D mdio (dentio permanente) e o CEO-D (dentio decdua).
O CPO-D/CEO-D expressam a soma dos dentes cariados, perdidos e obturados. Median-
te o registro das necessidades de tratamento, pde-se identificar a presena de leses
no cavitadas (mancha branca presente), bem como os diferentes nveis da doena ativa
(crie de esmalte, crie de dentina e crie prxima polpa), alm das necessidades pro-
priamente ditas. Dessa forma, maior qualificao do ndice pode ser proporcionada pela
combinao das distintas medidas de necessidades de tratamento.
3.3.2 condio periodontAl
O ndice mais utilizado em inquritos populacionais para a aferio da condio pe-
riodontal tem sido o CPI (ndice Periodontal Comunitrio), proposto pela OMS (HOLMGREN,
1994), que complementado pelo exame da Perda de Insero Periodontal (PIP) para a
populao adulta e idosa. O CPI verifica a ocorrncia de sangramento, clculo e presena
de bolsa periodontal (rasa e profunda), tendo como referncia o exame por sextante (gru-
pos de seis dentes entre os 32 da arcada dentria).
Especificamente com relao ao CPI, o modo de aferio foi modificado no sentido de
se obter a prevalncia individualizada dos agravos (sangramento, clculo e bolsa). Tratou-
-se de uma estratgia importante, pois o CPI tradicional, ao referir apenas o pior escore
do sextante, em geral tende a mascarar a real prevalncia desses agravos.
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Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
3.3.3 trAumAtismo dentrio
Embora na aferio da condio dentria os dentes que apresentem leses traumti-
cas sejam codificados (cdigo T do CPO), h uma ntida perda de informao, particu-
larmente por dois aspectos. Em primeiro lugar, nos casos em que h uma leso de crie
associada, perde-se a informao do trauma, uma vez que prevalece a informao de
crie dentria. Em segundo lugar, a informao demasiadamente simplificada, podendo
uma pequena fratura ser codificada do mesmo modo que uma perda de estrutura dentria
de maiores propores. Alm disso, no possvel saber quando o dente perdido por
trauma, pois o mesmo cdigo usado para perdas por outros motivos.
Desse modo, julgou-se importante que o traumatismo dentrio fosse avaliado como
uma medida especfica, em separado, na idade de 12 anos. Para tanto, foram utilizados
os critrios que indicavam sinais de fratura coronria e avulso dentria. Para este exame
foram considerados os incisivos superiores e inferiores permanentes.
3.3.4 ocluso dentriA
Em sua quarta edio, o Manual da OMS (WHO, 1997) props um novo ndice de ava-
liao de oclusopatias, proposto anos antes por Cons e colaboradores (CONS et al., 1989),
chamado DAI (sigla derivada da expresso inglesa Dental Aesthetic Index). O princpio
bsico do DAI de uma combinao de medidas (no somente de problemas oclusais), as
quais, em seu conjunto, expressam o estado oclusal do indivduo e sua respectiva neces-
sidade de tratamento ortodntico, devido composio do ndice, que considera o com-
prometimento esttico, alm da ocluso. Ao todo, so obtidas 11 medidas, considerando-
-se trs grandes dimenses que devem ser avaliadas: a dentio, o espao e a ocluso
propriamente dita.
Por tal razo, no presente inqurito, o ndice de Esttica Dental (DAI) foi utilizado
para avaliao das anormalidades dentofaciais na idade de 12 anos e na faixa etria de 15
a 19 anos. A ocluso na dentio decdua foi avaliada com o emprego do ndice de Foster
e Hamilton (FOSTER; HAMILTON, 1969).
3.3.5 fluorose dentriA
A classificao conhecida como ndice de Dean (DEAN, 1934) tem sido usada por mui-
tos anos para descrever a fluorose, o que permite a comparao com um volume maior
de estudos. o ndice recomendado pela OMS para estudos de fluorose dentria em po-
pulaes (WHO, 1997). Alm disso, dada a alta subjetividade envolvida na aferio dessa
condio, o instrumento epidemiolgico de escolha para inquritos populacionais, tendo
em vista a obteno de melhores nveis de reprodutibilidade em relao a outros ndices.
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
3.3.6 edentulismo (uso e necessidAde de prtese)
A avaliao do uso e da necessidade de prtese ajudam a entender o agravo conhecido
como edentulismo, servindo, ao mesmo tempo, para estimar a gravidade do problema
pela anlise conjunta dos dados de uso e necessidade e para subsidiar aes de planeja-
mento a partir da anlise das necessidades.
3.3.7 condio socioeconmicA, utilizAo de servios odontolgicos e Autopercepo de sAde bucAl
Para a pesquisa dessas variveis, foi utilizado um questionrio composto por trs
blocos: (a) caracterizao demogrfica e socioeconmica; (b) utilizao de servios odon-
tolgicos e morbidade bucal referida; (c) autopercepo e impactos em sade bucal. As
perguntas foram aplicadas ao responsvel pelo domiclio para a obteno de informaes
relativas famlia e aos menores de idade e ao prprio indivduo examinado, quando
maior de idade.
3.4 treinAmento e prepArAo dAs equipes
As equipes de campo, formadas por um examinador e um anotador, foram treinadas em
oficinasdetrabalhocomduraode32horas.Ascapitaiscontaramcomdezequipesdecam-
po. J os municpios do interior, com duas a seis equipes, dependendo do porte populacional.
Os objetivos da oficina foram os seguintes: (a) detalhar a operacionalizao das eta-
pas do trabalho; (b) compreender as atribuies de cada participante; (c) discutir aspec-
tos tericos e prticos dos ndices que deveriam ser utilizados; e (d) assegurar um grau
aceitvel de uniformidade nos procedimentos.
Atdezequipesparticiparam,aomesmotempo,decadaoficinadetreinamento;entre-
tanto, nos turnos planejados para a realizao dos exames, as equipes foram divididas em
dois grupos: cada um com um instrutor de calibrao. Os procedimentos de calibrao foram
planejados de modo a antecipar (simular) as condies que os examinadores encontrariam,
sobretudo em relao s condies estudadas e aos diferentes grupos populacionais.
A tcnica de calibrao adotada foi a do consenso (FRIAS; ANTUNES; NARVAI, 2004),
calculando-seoscoeficientesdeconcordnciaentrecadaexaminadoreosresultadosobti-
dos pelo consenso da equipe. O modelo proposto pela OMS (WHO, 1993) foi tomado como
refernciae,paraisso,foicalculadoocoeficientedeKappa,ponderadoparacadaexami-
nador, grupo etrio e agravo estudado, tendo o valor de 0,65 como limite mnimo aceitvel.
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Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
3.5 coletA de dAdos
Os dados foram coletados com o emprego de um dispositivo eletrnico (Personal Digital
Assistant PDA) e cedidos para o SB Brasil 2010 pelo IBGE para o trabalho de campo. Um software especfico para a entrada de dados foi desenvolvido por uma empresa especia-
lizada e instalado em todos os aparelhos. Cada equipe tinha um PDA disponvel, de modo
que o uso de fichas em papel ocorreu somente em situaes excepcionais e apenas como
alternativa ao sistema do PDA.
3.6 ApurAo e Anlise
O uso do PDA permitiu que os bancos de dados fossem produzidos durante a prpria
coleta. Aps a finalizao dos trabalhos da equipe de campo, os arquivos foram transfe-
ridos do PDA para computadores, que fizeram a converso em arquivos DBF. Aps a veri-
ficao de inconsistncias, os arquivos foram convertidos para o formato do software de
modelo padro que foi utilizado para as anlises. Os dados obtidos em fichas tradicionais
foram digitados em software desenvolvido em linguagem Fox Base, nos quais foram esta-
belecidos mecanismos de controle de qualidade na entrada dos dados. Do mesmo modo
que os arquivos do PDA, as inconsistncias foram corrigidas e, em seguida, os arquivos
foram convertidos para a plataforma de anlise.
Com relao anlise dos dados, em se tratando de amostra complexa, as estimativas
de mdias, prevalncias e os respectivos erros-padro foram calculados com o uso do m-
dulo Complex Samples, do programa Statistical Package for the Social Science (SPSS),
que considera as variveis de planejamento e incluso dos pesos bsicos resultantes do
processo de amostragem (SPSS Inc, 2006). Os pesos amostrais foram calculados, para
cada indivduo examinado, a partir das probabilidades obtidas nos diferentes estgios de
sorteio, conforme descrito no Plano Amostral. Em seguida, passaram por um processo de
suavizao e foram, ento, agregados ao banco de dados final da pesquisa.
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4 Implicaes ticas
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
De acordo com a Resoluo n 196/96 do Conselho Nacional de Sade (CNS), relativa
s pesquisas em seres humanos (BRASIL, 1999), o Projeto SB Brasil 2010 foi submetido ao
Comit de tica em Pesquisa do Ministrio da Sade, sendo aprovado e tendo recebido re-
gistro na Comisso Nacional de tica em Pesquisa (Conep), do CNS, sob o nmero 15.498,
em 7 de janeiro de 2010. Cpias do projeto, do Termo de Consentimento Livre e Esclareci-
do (TCLE) utilizado e do parecer do Conep esto disponveis no stio eletrnico do projeto.
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5 Resultados
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
Os resultados sero expressos a seguir de acordo com o tipo de agravo estudado e os
dados relativos ao questionrio aplicado. Inicialmente, ser ilustrada a distribuio da
amostra com relao s suas caractersticas demogrficas e socioeconmicas. Em cada
agravo, a anlise ser feita considerando-se as regies naturais e os grupos etrios estu-
dados. Para os dados de crie dentria de coroa, a distribuio tambm ser analisada
de acordo com os domnios do estudo (capitais e municpios do interior em cada regio).
As variveis de natureza quantitativa esto expressas na forma de mdias e as variveis
categricas na forma de frequncia percentual. Para ambos os casos, em algumas situa-
es, ser tambm ilustrado o respectivo intervalo de confiana para um de 5% (IC 95%),
considerando-se os limites inferior (LI) e superior (LS).
Embora em algumas tabelas os valores de intervalo de confiana estejam expressos
para todas as medidas, importante destacar que as estimativas intervalares tm pouca
aplicabilidade para os valores de prevalncia mais baixos (abaixo de 10%, aproximada-
mente), conforme descrio do Plano Amostral.
5.1 descrio dA AmostrA
A Tabela 1 traz as taxas de resposta segundo o grupo etrio e o domnio de estudo. De
uma maneira geral, as taxas de resposta foram mais altas no interior do que nas capitais.
Em relao aos grupos etrios, as taxas mais baixas se concentraram na faixa de 35 a 44
anos e as mais altas entre os idosos (de 65 a 74 anos).
5.2 crie dentriA de coroA
As tabelas de 2 a 9 e as figuras de 1 a 4 mostram os resultados referentes crie
dentria de coroa. As tabelas de 10 a 15 apresentam os resultados para crie de raiz, e a
Tabela 16, os resultados para as necessidades de tratamento.
5.2.1 prevAlnciA de crie
Nas tabelas 2 e 3 apresentada a distribuio dos indivduos livres de crie (CPO e CEO = 0),
segundo os domnios do estudo (nas capitais e no interior), as regies naturais e o Brasil. A
proporo de indivduos livres de crie (CEO/CPO = 0) diminui em funo da idade, um fen-
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Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
meno que comum, considerando-se o carter cumulativo dos ndices utilizados. Aos 5 anos
de idade, 46,6% das crianas brasileiras esto livres de crie na dentio decdua e, aos 12
anos, 43,5% apresentam a mesma condio na dentio permanente. Nas idades de 15 a 19,
35 a 44 e 65 a 74 anos, os percentuais foram 23,9%, 0,9% e 0,2%, respectivamente.
Grandes diversidades regionais e entre as capitais e os municpios do interior tambm
so percebidas em todas as idades. Percentuais de CPO-D/CEO-D = 0 so sempre inferiores
nas regies Centro-Oeste, Norte e Nordeste quando comparados com os das regies Sul
e Sudeste. A situao variada quando se compara os municpios do interior com as
capitais em cada regio. Nas regies Sul e Centro-Oeste, por exemplo, os percentuais de
crianas e adolescentes livres de crie so mais elevados nas capitais do que no interior,
enquanto em adultos e idosos algumas capitais apresentam percentuais mais baixos do
que os municpios do interior.
Nas tabelas de 4 a 9, apresentam-se os valores do ndice CPO-D e CEO-D e os componen-
tes para o conjunto do Pas, por regio e por domnio (capital e interior), segundo a idade.
5.2.2 dentio decduA
Aos 5 anos de idade, uma criana brasileira possui, em mdia, o ndice de 2,43 dentes
com experincia de crie, com predomnio do componente cariado, que responsvel
por mais de 80% do ndice. Novamente diferenas so observadas entre as regies. As m-
dias do ndice CEO-D so mais elevadas nas regies Norte, Centro-Oeste e Nordeste, em
comparao com as regies Sul e Sudeste. Alm disso, a proporo de dentes cariados
sensivelmente maior nas regies Norte e Nordeste, enquanto a de dentes restaurados
maior nas regies Sudeste e Sul (Tabela 9).
Quando so comparados os resultados entre as capitais e os municpios do interior de
cadaregio,verifica-sequeondiceCEO-D,emgeral,maiselevadonointerior.Aexceo
ocorre na Regio Sudeste, onde a mdia de Belo Horizonte maior do que a do interior.
5.2.3 dentio permAnente
Nastabelasde4a9enasfigurasde1a4soapresentadososresultadosdoataquedecrie
na dentio permanente na idade de 12 anos e nos grupos etrios de 15 a 19 anos, 35 a 44 anos
e 65 a 74 anos, no Brasil, segundo a regio e os domnios (capitais e municpios do interior).
Crianas brasileiras de 12 anos de idade e adolescentes de 15 a 19 anos apresentam,
respectivamente, em mdia, os ndices de 2,07 e 4,25 dentes com experincia de crie
dentria (Tabela 9). Para estas idades, os menores ndices encontram-se nas regies Sudeste
e Sul, enquanto mdias mais elevadas foram encontradas nas regies Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
No que se refere aos adultos, o CPO-D mdio foi de 16,75 na faixa etria de 35 a
44 anos e de 27,53 na faixa de 65 a 74. Menores ndices para o grupo de 35 a 44 anos
encontram-se nas regies Nordeste e Sudeste. Para o grupo de 65 a 74 anos, os menores
ndices foram encontrados nas regies Nordeste e Centro-Oeste. Destaca-se o fato de que
o componente perdido responsvel por cerca de 44,7% do ndice no grupo de 35 a 44 anos
e 92% no grupo de 65 a 74 anos (Tabela 9).
A situao variada quando se comparam os resultados da dentio permanente en-
tre as capitais e os municpios do interior dentro de cada regio (tabelas de 4 a 8). Nas
regies Norte e Nordeste, os valores de CPO-D mais elevados foram encontrados em algu-
mas capitais, com exceo da faixa etria de 65 a 74 anos.
As figuras 1 e 2 mostram as mdias, os intervalos de confiana e os componentes do
ndice CPO-D aos 12 anos de idade nas capitais e nos municpios do interior. Valores mais
altos, acima da mdia do Pas, so observados em capitais das regies Norte e Nordeste e
no interior das regies Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, com predomnio do compo-
nente cariado, exceto para Cuiab (MT).
A Figura 3 demonstra as desigualdades regionais nos componentes do ndice CPO-D
para a idade de 12 anos. Nota-se, por exemplo, que as regies Norte e Nordeste possuem
mdias mais altas de dentes cariados e perdidos quando comparadas com as mdias de
outras regies brasileiras.
A distribuio dos ndices de crie por idade na populao brasileira encontra-se na
Figura 4. Observa-se que, em crianas e adolescentes, o principal problema refere-se s
cries no tratadas, enquanto que, em adultos e idosos, a perda dentria por crie o
problema mais prevalente.
5.3 crie de rAiz
Nas tabelas de 10 a 15 so apresentados os resultados do ataque de crie de raiz na
dentio permanente nos grupos etrios de 35 a 44 anos e de 65 a 74 anos, segundo a re-
gio e os domnios da pesquisa (capital e interior) e para o Brasil.
De um modo geral, considerando-se as grandes perdas dentrias nesses dois grupos
etrios, pode-se perceber que a prevalncia de crie de raiz se apresenta baixa e a gran-
de maioria das razes expostas se encontra hgida. Nas razes com experincia de crie,
a condio mais prevalente foi a de crie no tratada. De 35 a 44 anos, os brasileiros
apresentam, em mdia, o ndice de 0,32 dentes com razes cariadas (somando-se as ca-
riadas com as obturadas e cariadas) e 0,11 obturadas. De 65 a 74 anos, as mdias dessas
condies foram 0,23 e 0,10, respectivamente (Tabela 15). Assim como no caso da crie de
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Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
coroa, observam-se diferenas entre as regies, com mdias de ataque de crie mais ele-
vadas nas regies Norte e Centro-Oeste. Em adultos e idosos, a mdia de razes cariadas
na Regio Norte foi aproximadamente o dobro da verificada na Regio Sudeste.
Quando se comparam os domnios das capitais e do interior em cada regio (tabelas
de 10 a 14), as mdias mais elevadas de ataque de crie foram verificadas nas capitais,
com exceo das regies Sul e Centro-Oeste na faixa etria de 35 a 44 anos.
5.4 necessidAdes de trAtAmento pArA A crie dentriA
A Tabela 16 apresenta os resultados da necessidade de tratamento nas denties de-
cdua e permanente para as regies e o total do Pas, segundo o grupo etrio. Em todas as
idades, o percentual de dentes com necessidade de algum tratamento para crie baixo.
A necessidade mais frequente de restauraes de uma superfcie. Assim como o verifi-
cado para os ndices de crie, h desigualdades entre as regies do Pas, sendo as regies
Norte, Nordeste e Centro-Oeste as que em geral apresentam mais indivduos com dentes
que necessitam de restauraes, tratamentos pulpares ou extraes.
5.5 condio periodontAl
Nas tabelas de 17 a 25 esto os principais resultados referentes s condies perio-
dontais da populao examinada.
O ndice CPI foi utilizado para identificar a presena de sangramento e clculo na
idade de 12 anos, sangramento, clculo e bolsas periodontais rasas (de 3mm a 5mm) e
profundas (6mm ou mais) nos grupos representativos dos adolescentes (de 15 a 19 anos),
dos adultos (de 35 a 44 anos) e dos idosos. Nos adultos e idosos tambm se dimensionou a
perda de insero periodontal pelo PIP.
Para o ndice CPI, optou-se por registrar a condio de cada sextante avaliado dife-
rentemente da orientao de registrar somente a condio mais grave, uma deciso que
permitiu a anlise da prevalncia de cada um dos componentes do ndice (Tabela 18).
No Brasil, 62,9% das crianas de 12 anos apresentaram todos os sextantes hgidos. O
maior percentual de crianas aos 12 anos com sextantes hgidos foi encontrado na Regio
Sudeste (67,9%) e o menor na Regio Norte (41,6%). A presena de clculo foi a pior con-
dio periodontal observada (23,7%) e, com relao ao sangramento, 11,7% do total de
crianas apresentaram essa condio como escore mximo.
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Pesquisa Nacional de Sade Bucal
No grupo de 15 a 19 anos, 50,9% dos examinados apresentaram todos os sextantes
hgidos; entretanto, em 1,5% j havia sextantes excludos. Presena de clculo foi a alte-
rao periodontal mais marcante nesse grupo etrio (28,4%). No houve diferenas signi-
ficativas na presena de clculo quando se analisam os resultados por regio. Cerca de 9%
dos adolescentes apresentavam bolsas rasas, e 0,7%, bolsas profundas, como pior condi-
o periodontal. A Regio Norte foi onde se identificou maior percentual de adolescentes
com essas alteraes (19,6%, sendo 17,9% com bolsas rasas e 1,7% com bolsas profundas).
Foi tambm na Regio Norte que se registraram as piores condies periodontais desse
grupo etrio, em que apenas 30,8% dos adolescentes dessa regio apresentaram sextantes
hgidos. As melhores condies foram observadas na Regio Sudeste, onde 56,8% dos exa-
minados apresentaram sextantes hgidos.
No grupo etrio de 35 a 44 anos, 32,3% apresentaram os sextantes excludos como
pior escore e 17,8% apresentaram todos os sextantes hgidos. A presena de clculo foi a
condio mais expressiva, presente em 28,6% dos adultos examinados. Alm disso, 19,4%
tinham bolsas periodontais, sendo 15,2% rasas e 4,2% profundas.
A Regio Sudeste foi onde se identificou o maior percentual de adultos com clculo
(30,5%) e com bolsas (21,7%), sendo 16,7% rasas. Na Regio Norte, foi identificado o menor
nmero de adultos com todos os sextantes hgidos (8,3%) e mais da metade dos adultos
dessa regio tinha o maior nmero de sextantes excludos (53,9%), denotando um alto
ndice de extraes dentrias.
As condies periodontais no grupo de 65 a 74 anos mostram que 90,5% tinham sextan-
tes excludos. Dos poucos sextantes em condies de exame nesse grupo etrio, 4,2% apre-
sentavam clculo e 3,3% bolsas periodontais, sendo que, dessas, 2,5% eram bolsas rasas.
A partir da anlise da prevalncia de cada condio isoladamente (Tabela 18), pode-
-se observar que a prevalncia de sangramento gengival aumenta dos 12 anos at a vida
adulta, decrescendo nos idosos. Para o Pas, cerca de um quarto dos adolescentes de 12
anos de idade, um tero dos adolescentes de 15 a 19 anos, aproximadamente a metade
dos adultos de 35 a 44 anos de idade e menos de um quinto dos idosos apresentaram
sangramento gengival. A presena de clculo dentrio aumenta com a idade, atingindo
a maior prevalncia entre adultos, aproximadamente 64%, declinando nos idosos. Bolsas
periodontais rasas acometem aproximadamente 10% dos jovens entre 15 a 19 anos, dos
adultos entre 35 a 44 anos e 14% dos idosos. Bolsas profundas so ainda mais raras, pois
atingem menos de 1% dos jovens de 15 a 19 anos, menos de 7% dos adultos e aproximada-
mente 3% dos idosos.
As tabelas de 20 a 25 apresentam as condies periodontais dimensionadas pelo CPI,
por sextante, para o total do Brasil e as regies.
Na Tabela 20, observam-se as condies periodontais por sextante dos examinados,
em cada grupo etrio, para o Brasil. A alterao periodontal mais prevalente em todos os
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42
Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
grupos etrios foi o clculo, sendo o sextante inferior central o mais acometido. Nos sex-
tantes posteriores, observou-se a presena de bolsas periodontais rasas e profundas tanto
nos adolescentes quanto em adultos e idosos, muito embora haja um incremento percen-
tual nos adultos em relao aos adolescentes. Entre os adolescentes, 4,6% dos sextantes
superiores esquerdos apresentaram bolsas rasas e profundas, enquanto 16,0% desses sex-
tantes apresentaram essa condio nos adultos. Tais alteraes foram identificadas em
18,9% desses sextantes nos idosos.
Em crianas de 12 anos, mais de 75% dos sextantes estavam hgidos, o percentual de
sangramento no variou de forma significativa e o sextante com maior percentual de cl-
culo foi o inferior central (13,1%).
No grupo etrio de 15 a 19 anos, no houve diferena entre os sextantes quanto ao
sangramento e a presena de clculo foi a alterao periodontal preponderante no sex-
tante inferior central (20,9% dos sextantes). O sextante superior esquerdo foi o que apre-
sentou maiores valores percentuais de bolsas rasas, mas no se verificou diferena entre
os sextantes para a presena de bolsas profundas.
Nos adultos de 35 a 44 anos, no foram verificadas diferenas significativas entre os
sextantes para sangramento e, no sextante inferior central, a presena de clculo foi a
alterao periodontal mais observada. Menos de 20% de cada um dos sextantes apresentou
bolsas periodontais rasas ou profundas, sendo o sextante superior central o menos acome-
tido por essas condies.
Nos idosos, os sextantes do lado esquerdo (superior e inferior) apresentaram maior
percentual de sangramento quando comparados com os demais. O sextante inferior cen-
tral foi o que concentrou a presena de clculo. Em contrapartida, nos adultos, com
exceo do sextante superior central, observaram-se bolsas periodontais, rasas e profun-
das, em mais de 20,0% de cada um dos sextantes, sendo o sextante superior direito o que
apresentou maior comprometimento periodontal.
Em todas as idades e grupos etrios avaliados, o sextante inferior central manteve ao
menos dois dentes em condio de exame periodontal, no tendo sido considerado nulo,
podendo-se inferir que o sextante no qual as perdas dentrias so as mais tardias na
maior parte da populao. O sextante superior central foi o que mais se manteve hgido,
embora se observe uma reduo progressiva de higidez desse sextante ao longo da vida.
As condies periodontais da populao examinada, segundo a regio, esto apre-
sentadas nas tabelas de 21 a 25. As condies periodontais nas regies Norte e Nordeste
foram piores em todas as idades e os grupos etrios, quando comparadas com as consta-
tadas nas demais regies. As regies Sudeste e Centro-Oeste apresentam semelhanas na
extenso e na severidade das condies periodontais em crianas, adolescentes e adultos.
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43
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
Na Tabela 26 esto apresentados os resultados da perda de insero periodontal em
adultos (de 35 a 44 anos) e idosos (de 65 a 74 anos), medida pelo ndice de Perda de In-
sero Periodontal (PIP).
Mais da metade (51,3%) dos adultos no apresentaram perda de insero com signi-
ficado patolgico, ficando entre 0 e 3mm. A perda de insero mais frequente ficou en-
tre 4 e 5mm, sendo que a Regio Sudeste apresentou maior percentual de adultos nessa
condio (15,2%). Cerca de 1/3 dos indivduos apresentaram sextantes excludos como
resultados das perdas dentrias ao longo da vida.
Nos idosos, tanto em mbito nacional quanto em cada uma das regies, foi observado
um percentual muito elevado de sextantes excludos (90,1% para o Brasil). Em 6,0% dos
idosos foi possvel identificar perda de insero de 0 a 3mm e, em 3,9%, perda de insero
de 4mm ou mais.
5.6 ocluso dentriA
Nas tabelas 27 e 28 so apresentados os resultados das condies oclusais nas idades
de 5 e 12 anos e na faixa etria de 15 a 19 anos para o Brasil e as regies.
Observa-se que 77,1% das crianas de 5 anos apresentaram ocluso normal para chave
de caninos (classe I), variando de 70,3% na Regio Sul a 82,4% na Regio Centro-Oeste,
porm sem variao significativa entre as regies. No Brasil, classes II e III de caninos
foram observadas em 16,6% e 6,4%, respectivamente, destacando-se que a Regio Norte
(12,3%) apresentou, significativamente, menor prevalncia de chave de caninos de classe
II do que a Regio Sul (22,1%).
Caractersticas normais de sobressalincia na idade de 5 anos variaram de 60,8% na
Regio Sul a 71,2% na Regio Norte, observando-se que a prevalncia de sobressalincia
aumentada foi significativamente menor nas regies Norte (15,6%) e Centro-Oeste (18,0%)
quando comparadas prevalncia na Regio Sul (33,1%). Mordida cruzada anterior esteve
presente em apenas cerca de 3,0% no Brasil, sem variao significativa entre as regies.
Maior variao foi observada com relao presena de mordida aberta anterior. A Regio
Norte apresentou menor prevalncia (5,9%) do que a Regio Nordeste (12,3%), a Regio
Sul (18,9%) e o Brasil (12,1%). No Brasil, assim como em todas as regies, a prevalncia de
mordida cruzada posterior no variou de maneira significativa. A menor prevalncia desse
agravo foi encontrada na Regio Norte (10,1%).
Observou-se ainda que, aos 12 anos de idade, a presena de ocluso considerada
normal, segundo o ndice de Esttica Dental (DAI), foi semelhante em todas as regies,
com prevalncia de cerca de 60%. A Regio Norte apresentou a menor prevalncia (7,4%)
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44
Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
de oclusopatias severas do que a Regio Sudeste (13,0%). No Brasil, a prevalncia de
oclusopatia severa aos 12 anos de idade foi de 7,1% e nenhuma variao significativa foi
observada entre as regies.
As prevalncias de oclusopatias severa e muito severa dos 15 aos 19 anos de idade
foram iguais a 6,6% e 10,3%, respectivamente, no sendo encontradas diferenas signifi-
cativas entre as regies.
5.7 uso e necessidAde de prtese
As tabelas de 29 a 31 apresentam a distribuio do grau de edentulismo avaliado pelo
uso e pela necessidade de prtese nas faixas etrias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos
para o Brasil e as regies.
Os resultados relativos ao uso de prtese demonstram que, no Brasil, 96,3% dos exa-
minados na faixa etria de 15 a 19 anos no usavam qualquer tipo de prtese dentria su-
perior, no havendo diferena entre as regies. Entre os usurios (3,7%), a maioria (3,2%)
usavaumapontefixa,0,3%usavaprteseparcialremovvel,e0,2%,prtesetotal.Nessa
faixaetria,poucoseramusuriosdemaisdeumapontefixa,enenhumadolescenteusava
prtesefixacomprteseremovvel.Adolescentesusuriosdeprtesetotalforamencon-
trados apenas na Regio Sudeste (0,3%). Observou-se que um pequeno nmero de adoles-
centesusavaprteseparcialremovvel,prtesefixamaisaremovveleaprtesetotal.
Na faixa etria de 35 a 44 anos, 67,2% dos examinados no usavam prtese dent-
ria superior. O maior percentual foi encontrado na Regio Sudeste (69,8%) e o menor na
Regio Norte (57,1%). Dos usurios de prtese dentria superior, a maioria usava prtese
parcial removvel (16,0%), sendo a maior porcentagem na Regio Nordeste (22,9%) e a
menor na Regio Sul (11,5%). A prtese total foi o segundo tipo de prtese superior mais
usado, com 9,1% de usurios, sendo o maior percentual de indivduos (14,5%) na Regio Sul
e o menor (6,6%) na Regio Sudeste. A presena de uma ponte fixa foi observada em 6,0%
dos adultos examinados. O maior valor percentual de pessoas que usam uma ponte fixa
superior foi de 6,6% na Regio Sudeste e o menor valor foi de 3,1% na Regio Nordeste. O
percentual de pessoas que usa mais de uma ponte fixa superior foi de 1,1%. J o uso de
prtese fixa associada prtese removvel foi diagnosticado em 0,7% das pessoas exami-
nadas de 35 a 44 anos.
Na faixa etria de 65 a 74 anos, apenas 23,5% de idosos no usavam algum tipo de
prtese dentria superior, sendo o maior percentual (31,4%) na Regio Nordeste, e o me-
nor (16,5%), na Regio Sul. A porcentagem de usurios de prtese total foi de 63,1% para
o Brasil, variando de 65,3% na Regio Sul a 56,1% na Regio Nordeste. Um total de 7,6%
das pessoas examinadas usava prtese parcial removvel, sendo a maioria na Regio Sul
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45
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
(11,1%) e a menor porcentagem na Regio Sudeste (6,5%). Um percentual de 3,8% dos
examinados usava uma ponte fixa. O uso de prtese fixa associada removvel se limitou
a 1,2% das pessoas examinadas, no havendo diferena entre as regies.
A tabela 30 apresenta os resultados para uso de prtese dentria inferior. Na faixa
etria de 15 a 19 anos, 99,4% dos jovens no usavam este tipo de prtese, no havendo
diferena entre as regies. Apenas 0,6% usava uma ponte fixa e 0,1% usava prtese parcial
removvel, presente apenas na Regio Nordeste. Outros tipos de prtese dentria inferior
no foram diagnosticados nos indivduos de 15 a 19 anos de idade.
Na faixa etria de 35 a 44 anos, no houve diferenas entre as regies, sendo que
89,9% no usavam prtese dentria inferior. Entre os usurios, uma maior proporo usava
prtese parcial removvel (5,3%), seguida de 2,3%, que usava prtese total. Poucos indi-
vduos usavam uma ponte fixa (1,7%), mais de uma ponte fixa (0,5%) e prtese fixa com a
removvel (0,3%).
Na faixa etria de 65 a 74 anos, a proporo de indivduos que no usava prtese infe-
rior de 46,1%, sendo maior nas regies Norte e Nordeste (55%). A porcentagem de usurios
de prtese total foi de 37,5% para o Brasil, estando a maioria na Regio Sul (40,4%) e a
menor porcentagem na Regio Nordeste (30,8%). Um total de 12,7% dos indivduos eram
usurios de prtese parcial removvel, sendo a maioria na Regio Sudeste (13,6%). Um
percentual de 1,6% dos examinados usava uma ponte fixa. O uso de mais de uma ponte
fixa se limitou a 0,9% e de prtese fixa associada removvel a 1,2%.
A necessidade de prtese dentria foi avaliada e os resultados so apresentados na
Tabela 31, segundo o tipo, a faixa etria e a regio. A maioria dos adolescentes exami-
nados no necessitava de prtese (86,3%), com diferenas entre as regies. A menor por-
centagem foi encontrada na Regio Norte (71,0%) e a maior na Regio Sul (90,8%). Ainda
com relao ao Brasil, observa-se a necessidade de prtese em 13,7% dos indivduos exa-
minados, sendo que uma maior proporo necessitava de prtese parcial em um maxilar
(10,3%), seguida de prtese parcial em dois maxilares (3,4%). A maior concentrao de
pessoas com necessidade de prtese foi encontrada na Regio Norte. 21,7% delas apresen-
tavam necessidade de prtese parcial em um maxilar e 7,3% nos dois maxilares. O menor
percentual de indivduos com necessidade de prtese parcial em um maxilar foi observado
na Regio Sul (6,8%). Quanto necessidade de prtese parcial em dois maxilares, a menor
proporo estava na Regio Centro-Oeste (1,2%). Nessa faixa etria no foram observadas
necessidades de prtese total em um maxilar, prtese parcial com prtese total e prtese
total nos dois maxilares.
Apenas 31,2% dos examinados na faixa etria de 35 a 44 anos no necessitavam de
prtese, sendo a maioria na Regio Sul (37,1%) e o menor percentual (16,7%) na Regio
Norte. No Brasil, a maior necessidade foi a de prtese parcial em um maxilar (41,3%), no
seobservandodiferenasentreasregies.Emseguida,verificou-seque26,1%daspessoas
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46
Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
tinham necessidade de prtese parcial nos dois maxilares, sendo a maior necessidade entre
os indivduos da Regio Norte (34%) e a menor entre os indivduos da Regio Sul (19,9%).
A necessidade de prtese total em um maxilar foi observada em 0,6% dos indivduos, de
prtese parcial juntamente com total em 0,4% e prtese total em dois maxilares em 0,3%.
A proporo de indivduos de 65 a 74 anos que no necessitavam de prtese dentria
foi igual a 7,3%, sendo marcantes as diferenas entre as regies. Na Regio Sul, a propor-
o foi de 12,7% e, na Regio Norte, de 2,8%. A maior necessidade foi a de prtese parcial
em um maxilar (34,2%), sendo que a maior proporo se concentrou na Regio Sul (45,7%)
e a menor na Regio Centro-Oeste (26,9%). Um quinto das pessoas tinha necessidade de
prtese parcial para dois maxilares, sendo que a maior necessidade estava na Regio
Nordeste (26,0%) e as menores nas regies Norte e Sul (15,4% e 14,3%). Observou-se a
necessidade de prtese total em um maxilar em 17,9% dos indivduos examinados, sendo a
maior proporo na Regio Norte (23,4%) e a menor na Regio Sul (14,3%). Uma proporo
de 15,4% das pessoas necessitava de prtese total nos dois maxilares, sendo a maior ne-
cessidade na Regio Norte (17,6%) e a menor na Regio Sul (6,9%). Um percentual de 5,0%
apresentou necessidade de prtese parcial associada prtese total.
5.8 trAumAtismo dentrio
As tabelas 32 e 33 apresentam os resultados do traumatismo dentrio na idade de 12
anos para o Brasil e as regies.
Na Tabela 32 encontra-se a prevalncia de indivduos com pelo menos um dente inci-
sivo que tenha apresentado leso traumtica. Para o Brasil, a prevalncia de traumatismo
dentrio foi 20,5%. O tipo de leso mais frequente foi a fratura de esmalte (16,5% ou 80%
dos casos). A fratura de esmalte e dentina foi identificada em 4,0% da amostra (19,0% dos
casos de trauma), no havendo diferena entre as regies. Apenas 0,2% dos examinados
apresentaram fratura de esmalte e dentina com exposio pulpar. A ausncia dentria
devido a traumatismo foi de 0,1%.
A Tabela 33 apresenta a mdia de dentes afetados por traumatismo dentrio segundo
o tipo de leso e a regio. Os resultados para o Brasil identificaram indivduos com uma
mdia de 7,7 dentes com ausncia de qualquer tipo de leso traumtica e 0,3 dentes apre-
sentando fratura de esmalte. No foram observadas diferenas entre as regies.
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47
Pesquisa Nacional de Sade Bucal
5.9 fluorose dentriA
A Tabela 34 apresenta a prevalncia de fluorose dentria em crianas de 12 anos de
idade. No Brasil, 16,7% apresentavam fluorose, sendo que 15,1% foram representados
pelos nveis de severidade muito leve (10,8%) e leve (4,3%). Fluorose moderada foi iden-
tificada em 1,5% das crianas. O percentual de examinados com fluorose grave pode ser
considerado nulo.
A maior prevalncia de crianas com fluorose foi observada na Regio Sudeste (19,1%)
e o menor valor na Regio Norte (10,4%).
5.10 morbidAde referidA, uso de servios odontolgicos e impActos dA sAde bucAl nA vidA diriA
As tabelas de 35 a 38 mostram as estimativas para a condio socioeconmica, ava-
liada pela renda familiar em reais e pela escolaridade medida em anos de estudo. A partir
da anlise dos dois indicadores se expressa a desigualdade regional, quando se comparam
os resultados das Regies Norte e Nordeste contra os das regies Sul e Sudeste, bem como
quando so comparados os das capitais com os do interior.
As tabelas de 39 a 51 apresentam os resultados das variveis obtidas por meio de
questionrio, relativas morbidade referida, ao uso de servios odontolgicos e aos im-
pactos da sade bucal na vida diria de crianas na idade de 12 anos e de indivduos dos
grupos etrios de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, para o Brasil e as regies.
As tabelas de 39 a 42 mostram as frequncias absolutas e percentuais para as variveis
relativas morbidade dentria autorreferida, dor de dente e gravidade da dor de dente.
Aos 12 anos de idade, 60,8% dos indivduos no Brasil relataram necessidade de trata-
mento dentrio e 24,6% declararam ter sentido dor de dente nos seis meses anteriores
entrevista. Nenhuma variao significativa foi observada entre as regies para ambas as
perguntas. O mesmo foi verificado na faixa etria entre 15 e 19 anos, com a prevalncia
de necessidade de tratamento dentrio autorreferido igual a 65,1% e dor de dente nos
ltimos seis meses anteriores entrevista igual a 24,7% no Brasil.
Para as faixas etrias de 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade, foram observadas prevaln-
cias de necessidade de tratamento dentrio para o Brasil igual a 75,2% e 46,6%, respecti-
vamente, sem diferenas significativas entre as regies. A prevalncia de dor de dente foi
de 27,5% e 10,8% para os grupos etrios de 35 a 44 e 65 a 74 anos, respectivamente, sem
diferenas significativas entre as regies.
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48
Secretaria de Ateno Sade / Secretaria de Vigilncia em Sade
As tabelas de 43 a 46 apresentam os resultados para o uso de servios odontolgicos.
Cerca de 18% dos jovens de 12 anos nunca foram ao dentista no Brasil, situao semelhan-
te a todas as regies, exceto a Regio Sul, que apresentou uma prevalncia significativa-
mente menor de crianas nessa condio (9,8%). O servio pblico foi marcadamente o
mais utilizado em todas as regies, assim como a opo de ir ao dentista para preveno
ou tratamento. Ambas as causas representaram os principais motivos em todo o Pas. A
grande maioria das crianas de 12 anos avaliou a ltima consulta odontolgica como muito
boa ou boa no Brasil e em todas as regies. Situao muito semelhante foi encontrada na
faixa etria dos 15 aos 19 anos de idade. A Regio Sul destacou-se com a menor prevaln-
cia de adolescentes que nunca se consultaram com o dentista no Pas (5,0%), contra 13,6%
no Brasil. Em todas as regies, a utilizao do servio pblico foi a opo mais citada, mas
foi maior na Regio Norte (65,4%), quando comparada com os dados da Regio Sudeste
(43,2%), da Regio Sul (41,3%) e do Brasil (46,3%). Quanto aos adultos em todas as regies,
o motivo mais citado da ltima consulta ao dentista foi a busca por tratamento, enquanto
que, para os idosos, observou-se importante diferena entre as regies. Enquanto na Re-
gio Norte maior proporo de idosos (46,2%) buscou o servio odontolgico para a extra-
o dentria e 24,9% de idosos procuraram o mesmo servio para tratamento, na Regio
Sul a situao foi inversa (22,9% e 38,3%, respectivamente).
A Tabela 47 apresenta a autopercepo da sade bucal. Observa-se que a grande
maioria dos jovens de 12 anos estava satisfeita ou muito satisfeita com seus dentes e suas
bocas, no havendo variao significativa entre as regies. Por outro lado, verificou-se
que, para os jovens entre os 15 e os 19 anos de idade das regies Sudeste (18,0%), Sul
(16,0%) e Centro-Oeste (19,5%), a prevalncia de insatisfao com seus dentes e suas bo-
cas foi significativamente menor do que a constatada nos jovens da mesma faixa etria
da Regio Norte (36,2%). Na idade adulta, os indivduos das regies Norte (39,5%) e Sul
(25,5%) se destacam com significativas diferenas na prevalncia de insatisfao com seus
dentes e suas bocas. Na populao idosa, no foram constatadas diferenas significativas
entre as prevalncias de insatisfao com os dentes e a boca entre as regies.
As tabelas de 48 a 51 apresentam a avaliao do impacto das condies de sade bu-
cal sobre a vida diria das pessoas. Aos 12 anos de idade, 34,8% dos jovens apresentaram
algum impacto. Dificuldade para comer, incmodo para escovar os dentes, apresentar-se
irritado ou nervoso e vergonha para sorrir foram os impactos mais prevalentes em todas
as regies e no Pas, com quadro semelhante para as pessoas entre 15 e 19 anos de idade.
Mais da metade dos adultos de 35 a 44 anos de idade apresentou algum impacto das con-
dies bucais sobre sua vida diria, com variaes no significativas entre as regies. A
prevalncia de algum impacto entre os idosos de 65 a 74 anos de idade foi menor do que
a verificada nos adultos. Cerca de 46% dos idosos relataram algum impacto, no havendo
variao significativa entre as regies do Pas. O impacto mais prevalente em todos os
grupos etrios e as regies foi a dificuldade para comer.
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49
Pesquisa Nacional de Sade BucalTa
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Font
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201
0).
Lege
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