prof. luiz henrique - bananeira doenças e pragas

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PROF. LUIZ HENRIQUE - Bananeira doenças e pragas

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DOENÇAS e PRAGAS DA BANANEIRA

Mal-do-Panamá - Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

• Doença endêmica no Brasil.

• Controle - antieconômico e pouco viável.

• Limita cultivo de variedades altamente suscetíveis: Maçã.

• Raça 4 – pode afetar variedades do subgrupo Cavendish.

Mal-do-Panamá – Fusariose ou Murcha de Fusarium Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith)

ESCURECIMENTO DOS VASOS

Fonte: EPARN

Mal-do-Panamá – Fusariose ou Murcha de Fusarium Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith)

Fonte: 200.96.190.186

ESCURECIMENTO DOS VASOS

• Amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para mais novas, dos bordos do limbo foliar (evoluindo para nervura principal).

• Folhas murcham, secam e se quebram junto

ao pseudocaule (aparência de guarda-chuva fechado).

• Folhas centrais permanecem eretas mesmo

após morte das mais velhas.

Mal-do-Panamá - Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

• Próximo ao solo: rachaduras do feixe de bainhas, cuja extensão varia com área afetada no rizoma.

• Internamente: descoloração pardo-avermelhada na parte mais externa do pseudocaule provocada pela presença do patógeno nos vasos.

Mal-do-Panamá Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

Mal-do-Panamá Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

Fotos; EPARN

• Variedades resistentes:

• cultivares do subgrupo Cavendish e do subgrupo Terra:

‘Caipira’, ‘Thap Meo’ e ‘Pacovan Ken’.

Mal-do-Panamá Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

• Evitar áreas com histórico de alta incidência;

• Mudas sadias e livres de nematóides;

• Manter pH próximo à neutralidade com níveis ótimos de Cálcio e Magnésio, que dão condições menos favoráveis ao patógeno;

Mal-do-Panamá Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

• Preferência solos com teores mais elevados de matéria orgânica (aumenta concorrência entre espécies, dificultando ação e sobrevivência do fungo no solo;

• Nematóides sob controle (responsáveis pela quebra da resistência ou facilitar penetração do patógeno, através dos ferimentos);

• Boa relação: Potássio, Cálcio e Magnésio.

Mal-do-Panamá Fusariose ou Murcha de Fusarium

Fusarium oxysporum f. sp. cubensis

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis,

Morelet) - distribuição no mundo.

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

• Fase ascospórica sobrevivência: Temperatura baixa e Umidade baixa.

• Fase conidial inóculo secundário: Temperatura alta e Umidade baixa.

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

• Mudas certificadas.

• Práticas culturais: desfolhas freqüentes, controle de plantas daninhas, desbastes e espaçamento adequado.

• Eliminar plantios abandonados ou não explorados.

• Monitorar sanidade.

• Controle rigoroso (var. resistentes e fungicidas de modo adequado).

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

• Coloração + escura das manchas.

• Coalescimento de lesões antes das lesões estarem em estádio avançado.

• Grandes áreas necrosadas do limbo foliar que evoluem do limbo foliar para nervura.

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

Progresso dos sintomas da Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet) em folhas

Fotos: Luís Gasparotto e M. R. Arruda

A) Mangueira transparente de látex acoplada à sonda; B) Conduíteacoplado à extremidade da mangueira; C) Depósito de fungicidapreso à cintura do operário; D) Vista geral da seringa adaptada;

E) Deposição do fungicida na axila da 2ª folha.

Seringa veterinária Höpper para depositar o fungicida na axila.

Fotos: Luís Gasparotto

Cultivar Prata Anã antes (A) e após (B) aplicação de fungicida na axila. Plantas das cultivares Prata Anã (C e D), Maçã (E)

e D´Angola (F).

Fotos: Luís Gasparotto

Produto Nome comercial Dosagem de princípio ativo ha-1

Intervalo/ aplicação

Óleo mineral  OPPA, Spray oil, etc.

12 a 15 L 2 semanas 

Propiconazol + óleo mineral

Tilt 100 a 125 mL 4 semanas 

Benomil + óleo mineral Benlate 125 a 150 mL 4 semanas 

Thiabendazol + óleo mineral

Cercobin, Tecto, etc.

125 a 150 mL 4 semanas 

Metiltiofanato + óleo mineral

Cycosin, Topsin 125 a 150 mL 4 semanas 

Clorotalonil*   Bravo, Daconil 800 a 1600 g 4 semanas 

Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis, Morelet)

Sigatoka amarela Mycosphaerella musicola Leach

• Pseudocercospora musae (imperfeita).

• Sobrevivência: um ano para outro (folhas).

• Disseminação: conídios (ar ou água).

• Ascósporos - liberados dos peritécios pelo mecanismos de ejeção (vento).

• Penetração: através de estômatos (superfície abaxial da folha).

• Prejuízos:

• Morte precoce das folhas.

• Enfraquecimento da planta.

• Diminuição do número de pencas.

Sigatoka amarela Mycosphaerella musicola Leach

• Só folhas são diretamente afetadas pelo patógeno.

• Diminuição do tamanho dos frutos.

• Maturação precoce de frutos (campo).

• Perfilhamento lento.

Sigatoka amarela Mycosphaerella musicola Leach

Início: leve descoloração em formade ponto entre as nervuras secundárias nas folhas

jovens (0 a 4)

Fonte: Profª. Marli F.S. Papa – Agr/Feis/Unesp

Início: leve descoloração em forma de ponto entre as nervuras secundárias nas folhas jovens (0 a 4)

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Lesão com centro deprimido, de coloração cinza,circundada por halo amarelo

Foto: Zilton José Maciel Cordeiro

Coalescimento das lesões com necrose do tecido foliar.

Foto: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Coalescimento de lesões comprometimento de grande área foliar

Fotos: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Ferimento do Despencamento

• Fungos e bactérias (escurecimento e necrose do tecido).

• Patógeno: 7 dias após inoculação primeiros sintomas (maturação espalha-se rapidamente podendo passar da almofada para o pedicelo dos frutos e/ou para os frutos).

Ferimento do Despencamento

Podridão-da-coroa, Fusarium roseum (Link) Sny e Hans., Verticillium theobromae (Torc.) Hughes e Gloeosporium musarum

Cooke e Massel (Colletotrichum musae Berk e Curt.).

Foto: minhasfrutas.blogspot.com

Antracnose Colletotrichum musae

Fotos: www.google.com.br/images

Antracnose Colletotrichum musae

Foto: whatpushesmybuttons.wordpress.com

Moko ou Murcha Bacteriana Ralstonia solanacearum Smith

Diferença nos sintomas entre Murcha de Fusarium (MF) e Moko ou Murcha Bacteriana (MK)

• Teste do copo:

• MK: descida de um ou mais filetes densos e contínuos de fluxo bacteriano de coloração leitosa.

• MF: não ocorre.

Diferença entre Murcha de Fusarium (MF) e Moko ou Murcha Bacteriana (MK)

• Rachaduras no pseudocaule:

• MK - ausente.

• MF – presente.

Diferença entre Murcha de Fusarium (MF) e Moko ou Murcha Bacteriana (MK)

Sintomas do cacho e engaço : MK presente MF ausente

Mosaico Cucumber mosaic vírus CMV

• Transmissão: afídeos (não persistente).

• Hospedeiras: cucurbitáceas, tomate, milho e outras.

• SINTOMAS:

• folhas velhas variam de suaves estrias até severa necrose interna, nanismo e morte da planta.

• plantas com nanismo: roseta no ponto de saída das folhas, bainhas tendem a despregar-se do pseudocaule e necrose da folha central ou cartucho.

Mosaico Cucumber mosaic vírus CMV

Mosaico Cucumber mosaic vírus CMV

Outros Vírus

• Vírus da bananeira-de-corda ou cânhamo-de-manilha (Musa textilis) – (abacca mosaic virus - AbaMV).

• Vírus do mosaico das brácteas da bananeira – (banana bract mosaic – BBrMV).

• Vírus do bunchy top (banana bunchy top vírus BBTV): importante em outros países.

• Vírus do streak da bananeira (banana streak vírus – BSV) – Brasil em var. Myssore.

Vírus das Estrias (Banana streak virus, BSV)

Foto: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Sintomas de deficiências de nutrientes nos cachos e frutos

N Cachos raquíticos, menor número de pencas

P Frutos com menor teor de açúcar

K Cachos raquíticos, frutos pequenos e finos, maturação irregular, polpa pouco saborosa

Ca Maturação irregular frutos verdes junto com maduros, podridão dos frutos, pouco aroma e pouco açúcar

Mg Cacho raquítico e deformado, maturação irregular, polpa mole, viscosa e de sabor desagradável, apodrecimento rápido do fruto

S Cachos pequenos

B Deformação do cacho, poucos frutos e atrofiados, pode causar empedramento da banana Maçã

Fe Pencas anormais e frutos curtos

Zn Frutos tortos e pequenos com ponta em forma de mamilo (Cavendish) e de cor verde-pálida

Fonte: Embrapa CNPMF

Nutrientes Idade da folha Sintomas no limbo Sintomas adicionais

N Todas as idades Verde-claro uniforme. Pecíolos róseos.

Cu Todas as idades - Nervura principal se dobra.

Fe Jovens Folhas amarelas, quase brancas. -

S Jovens Folhas, inclusive nervuras, tornam-se verde-pálidas a amarelas.

Engrossamento das nervuras secundárias.

B Jovens Listras perpendiculares às nervuras secundárias. Folhas deformadas (limbos incompletos).

Zn Jovens Faixas amareladas ao longo das nervuras secundárias. Pigmentação avermelhada na face inferior das folhas jovens.

Ca Jovens Clorose nos bordos. Engrossamento das nervuras secundárias; clorose marginal descontínua e em

forma de "dentes de serra"; diminuição do tamanho da folha.

Mn Medianas Limbo com clorose em forma de pente nos bordos. Ocorrência do fungo Deightoniella torulosa, que pode contaminar os frutos.

P Velhas Clorose marginal em forma de "dentes de serra". Pecíolo se quebra; folhas jovens com coloração verde-escura tendendo a

azulada.

Mg Velhas Clorose da parte interna do limbo; nervura central e bordos permanecem verdes.

Descolamento das bainhas.

K Velhas Clorose amarelo-alaranjada e necroses nos bordos. Limbo se dobra na ponta da folha, com aspecto encarquilhado e seco.

Fonte: Embrapa CNPMF

Calagem

• Recomendação pode ser calculada baseando-se na elevação da saturação por bases para 70%, quando esta for inferior a 60%.

• V1 = saturação por bases atual do solo

• CTC = capacidade de troca catiônica do solo (cmolc/dm3)

• PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário.

Fonte: Embrapa CNPMF

Broca-do-rizoma - Cosmopolites sordidus (Germ.) (Coleoptera: Curculionidae)

Fotos: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Broca-do-rizoma - Cosmopolites sordidus (Germ.) (Coleoptera: Curculionidae)

Adulto da Broca-do-rizoma da bananeira. Fotos: Nilton F. Sanches

Danos provocados pela larva da Broca-do-rizoma da bananeira.

Broca-do-rizoma - Cosmopolites sordidus (Germ.) (Coleoptera: Curculionidae)

Foto: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br Foto: olhares.aeiou.pt

Armadilhas: Broca-do-rizoma

Armadilhas de feromônio. (Fonte: http://www.biocontrole.com.br/bio_cosmolure.htm)

Armadilhas: Broca-do-rizoma

Fotos: www.ceinfo.cnpat.embrapa.br

Controle Biológico: Broca-do-rizoma

• Fungo:

Beauveria bassiana

• Aplicado em forma de pasta em pedaços do pseudocaule que são colocados ao redor das plantas servindo de isca.

Fotos: Portal São Francisco

Ácaros de teia - Tetranychus spp. (Acari: Tetranychidae)

Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Tripes da Erupção dos Frutos Frankliniella spp.

Fonte: EPARN Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br

Tripes da Ferrugem dos Frutos Chaetanaphothrips spp.

Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br Fonte: EPARN

Broca-gigante (Castnia licus)

Fotos: ambientes.brasil.com.br Pupa: envolvida em casulo feito de fibras

A) Caligo spp. e Ospiphanes spp. B) Antichloris spp.

Danos causados por lagartas desfolhadoras. A) Caligo spp. e Ospiphanes spp. B) Antichloris spp.

A B

Lagartas Desfolhadoras

Caligo sp.

Osiphanes sp.

Antichloris sp. 

Fotos: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Caligo sp

Foto: argentinean insects.com Foto: flickr.com

Caligo sp

Foto: sbs.utexas.edu

Antichloris eriphia (macho)

Foto: cahurel-entomologie.com

Nematóides: Radopholus similis danos nas raízes

Nematóides: Radopholus similis danos no rizoma.

Nematóides: Meloidogyne incognita e M. javanica – galhas em raízes

Nematóides: Helycotylenchus multicinctus

Nematóides: Pratylenchus coffeae.

Nematicidas

• Carbofuran (Furandan 50 GR – 350 SC): 80 g cova-1 - 400 ml 100 l água-1;

• Ethoprophos (Ruocap 100 GR): 30 g cova-1;

• Aldicarb (Temik 150 GR): 20 – 150 g cova-1;

• Terbufos (Counter 50 GR): 60 g cova-1.

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