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PROCESSO DE TRABALHO EM

APS

Curso Técnico ACS - Cajati

– SP - 2013

OBJETIVOS

• Objetivo geral

– Compreender o processo de trabalho em saúde à partir do conceito ampliado de saúde e a divisão de trabalho dentro da equipe.

• Objetivos específicos

– Compreender os aspectos fundamentais do trabalho em saúde, principalmente da atenção primária em saúde.

– Compreender a essência da Estratégia de Saúde da Família e do trabalho do Agente Comunitário de Saúde nessa estratégia.

– Discutir a importância do trabalho em equipe à partir da compreensão das funções de cada profissional e de sua interação

Atenção Primária à Saúde

“Encarar sistematicamente e de peito aberto o

sofrimento humano bruto, sem lapidação ou

anteparos, identificar a violência intra e extradomiciliar

contra idosos, crianças e mulheres; conviver com

questões sociais complexas como o subemprego e o

desemprego, a droga adição, a acomodação e

dependência das famílias a programas públicos, a

falta de perspectiva de vida dos que visitam e

assistem diariamente” (Caccia-Bava, Mattos e Rocha

2012, 65)

A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

• http://www.youtube.com/watch?v=EvAbGkvf

3Yw&hd=1

História da Atenção Primária

• Bárbara Starfield em 1998 publico o livro Primary

Care: Balancing Health Needs, Services, and

Technology. (Starfiel 2002).

• Em 2005 a Organização Panamericana de Saúde

publicou um documento cujo título traduzido para o

português é Renovação da Atenção Primária de

Saúde nas Américas.

Experiências de APS no mundo antes

de Alma Ata

• Alemanha 1847 - Virchow

• Rússia 1864 - projeto Zemstvo

• Inglaterra – NHS – após relatório Dawson

• China – 1965 – Médicos descalços

• Canadá – após documento Lalonde – 1974

• EUA – relatório Carnegie – década de 60

• Alma Ata – 1978 – FUNDAMENTAL MARCO

HISTÓRICO

• Espanha – Real Decreto 137 - 1984

• Brasil – Constituição de 1988

CONCEITOS

• Doença - disease

• Adoecimento - willness

• Saúde – conceito ampliado

• Promoção da Saúde

• Prevenção

– Primária

– Secundária

– Terciária

– Quaternária – primum non nocere

CONCEITO ATENÇÃO PRIMÁRIA

• ATENÇÃO BÁSICA X ATENÇÃO PRIMÁRIA

O que há realmente por traz desses conceitos

• PORTARIA 2488/2011 – POLÍTICA NACIONAL DE

ATENÇÃO PRIMÁRIA

Do processo de trabalho

São características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica:

I – definição do território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes;

II – programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de freqüência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias dificultando o acesso dos usuários;

III – desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os

fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou

ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou

a persistência de doenças e danos evitáveis;

IV – realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação

de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de

vulnerabilidade tendo em vista a responsabilidade da

assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro

atendimento às urgências;

V – prover atenção integral, contínua e organizada à população

adscrita;

VI – realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação planejada;

VII – desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;

VIII – implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na produção de saúde, o compromisso com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de vínculos solidários, a identificação das necessidades sociais e organização do serviço em função delas, entre outras;

IX – participar do planejamento local de saúde assim como do

monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe,

unidade e município; visando à readequação do processo de

trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade,

dificuldades e possibilidades analisadas;

X – desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes

de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma

atenção integral;

XI – apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do

controle social; e

XII – realizar atenção domiciliar destinada a

usuários que possuam problemas de saúde

controlados/compensados e com dificuldade ou

impossibilidade física de locomoção até uma

unidade de saúde, que necessitam de cuidados

com menor frequência e menor necessidade de

recursos de saúde e realizar o cuidado

compartilhado com as equipes de atenção

domiciliar nos demais casos.

Atributos da Atenção Primária a Saúde

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação

do atributo

Primeiro

Contato

Serviços procurados

regularmente cada vez que

o paciente necessita de

atenção em caso de

adoecimento ou para

acompanhamento rotineiro

de sua saúde.

Porta de entrada

preferencial do sistema de

saúde: ponto de início da

atenção e filtro para acesso

aos serviços especializados

A equipe de APS é acessível aos

usuários na maior parte do tempo?

As famílias percebem que tem acesso

á atenção primária adequada?

Exige-se encaminhamento dos

profissionais de atenção primária para

acesso à atenção especializada?

A unidade básica de saúde é o serviço

de procura regular das famílias?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in (Giovanella

e Mendonça 2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação

do atributo

Longitudinali

dade

Assunção de

responsabilidade

longitudinal pelo usuário

com continuidade da

relação equipe/usuário ao

longo da vida,

independentemente da

ausência ou da presença

de doença.

Exige-se o cadastramento/registro de

pacientes a um

profissional/equipe/serviço?

As famílias são atendidas pela

mesma equipe ao longo do tempo?

Há relação de mútua confiança e

conhecimento entre famílias e

profissionais das equipes de APS?

Meu médico me vê para rotinas

preventivas?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in

(Giovanella e Mendonça 2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação do

atributo

Abrangência ou

integralidade

Reconhecimento de amplo

espectro de necessidades,

considerando-se os âmbitos

orgânico, psíquico e social da

saúde, dentro dos limites de

atuação do pessoal de saúde.

Implica oferecer serviços

preventivos e curativos e

garantir acesso a todos os tipos

de serviços para todas as faixas

etárias, resolvendo a grande

maioria das demandas ou por

meio de encaminhamento,

quando necessário

A equipe de saúde é capaz de reconhecer

os problemas de saúde dos indivíduos e da

comunidade?

Qual a abrangência do leque de serviços

ofertados?

Os pacientes são referidos para o

especialista quando apropriado?

Meu médico cuida da maioria de meus

problemas de saúde.

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in (Giovanella e Mendonça

2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação

do atributo

Coordenação Coordenação das

diversas ações e

serviços para resolver

necessidades menos

frequentes e mais

complexas

Se vários médicos estão envolvidos

em meu tratamento, meu médico de

APS o organiza?

Há reconhecimento de problemas que

demandam atenção constante?

Existem diretrizes formais (protocolos)

para transferência de informações

entre médicos de atenção primária e

especialistas? São utilizadas na

prática?

Há mecanismos de integração da

rede? A contrarreferência ocorre?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in

(Giovanella e Mendonça 2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação

do atributo

Orientação

para a

comunidade

Conhecimento das

necessidades de saúde da

população adscrita em

razão do contexto

econômico e social em que

vive.

Conhecimento da

distribuição dos problemas

de saúde e dos recursos

disponíveis na comunidade.

Participação da

comunidade nas decisões

sobre sua saúde

A equipe conhece os problemas da

comunidade?

A equipe realiza diagnóstico de saúde

da comunidade?

A equipe trabalha com outras

organizações para realizar ações

intersetoriais?

Representantes da comunidade

participam do conselho da unidade de

saúde?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in

(Giovanella e Mendonça 2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para avaliação

do atributo

Centralidade

na família

Consideração do contexto e

dinâmica familiar para bem

avaliar como responder às

necessidades de cada

membro.

Conhecimento dos

membros e de seus

problemas de saúde.

Os prontuários são organizados por

famílias?

Durante a consulta, os profissionais

perdem informações sobre a saúde

de outros membros da família?

Durante a consulta, os profissionais

pedem informações sobre as

condições socioeconômicas de

família?

Os profissionais conhecem os

membros da família?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in

(Giovanella e Mendonça 2012)pag. 505-506

Atributos da

APS

Definição Perguntas norteadoras para

avaliação do atributo

Competência

cultural

Reconhecimento de

diferentes

necessidades dos

grupos populacionais,

suas características

étnicas, raciais e

culturais, entendendo

suas representações

dos processos saúde-

enfermidade.

A equipe reconhece

necessidades culturais

especiais?

A população percebe suas

necessidades culturais

específicas como sendo

atendidas?

Os usuários entendem as

orientações da equipe?

Fonte: Elaborado com base em Starfield, 2002; Almeida &Macinko, 2006 in

(Giovanella e Mendonça 2012)pag. 505-506

FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE

DE SAÚDE DA FAMÍLIA

FUNÇÕES DO ENFERMEIRO

I – realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;

II – realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços;

FUNÇÕES DO ENFERMEIRO

III – realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

IV – planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe;

V – contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe; e

VI – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.

FUNÇÕES DO MÉDICO

I – realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua

responsabilidade;

II – realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos

cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado

ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços

comunitários (escolas, associações etc);

III – realizar atividades programadas e de atenção à demanda

espontânea;

FUNÇÕES DO MÉDICO

IV – encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário;

V – indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;

VI – contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e

VII – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB.

FUNÇÕES DO ACS

I – trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica

definida, a microárea;

II – cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os

cadastros atualizados;

III – orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de

saúde disponíveis;

IV – realizar atividades programadas e de atenção à demanda

espontânea;

FUNÇÕES DO ACS

V – acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias

e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser

programadas em conjunto com a equipe, considerando os

critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com

maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo

como referência a média de 1 (uma) visita/família/mês;

VI – desenvolver ações que busquem a integração entre a

equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando

as características e as finalidades do trabalho de

acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou

coletividade;

FUNÇÕES DO ACS

VII – desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco; e

VIII – estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe.

É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às atribuições acima.

FUNÇÕES AUXILIAR/TÉCNICO

EM ENFERMAGEMI – participar das atividades de atenção realizando

procedimentos regulamentados no exercício de sua

profissão na UBS e, quando indicado ou

necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços

comunitários (escolas, associações etc);

II – realizar atividades programadas e de atenção à

demanda espontânea;

FUNÇÕES AUXILIAR/TÉCNICO

EM ENFERMAGEM

III – realizar ações de educação em saúde a

população adstrita, conforme planejamento da

equipe;

IV – participar do gerenciamento dos insumos

necessários para o adequado funcionamento da

UBS; e

V – contribuir, participar e realizar atividades de

educação permanente.

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISI – participar do processo de territorialização e mapeamento da

área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e

indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;

II – manter atualizado o cadastramento das famílias e dos

indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor

municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a

análise da situação de saúde considerando as características

sociais, econômicas, culturais, demográficas e

epidemiológicas do território, priorizando as situações a

serem acompanhadas no planejamento local;

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISIII – realizar o cuidado da saúde da população

adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de

saúde, e quando necessário no domicílio e nos

demais espaços comunitários (escolas,

associações, entre outros);

IV – realizar ações de atenção a saúde conforme a

necessidade de saúde da população local, bem

como as previstas nas prioridades e protocolos da

gestão local;

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISV – garantir da atenção a saúde buscando a integralidade

por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;

VI – participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISVII – realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de

notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;

VIII – responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;

IX – praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade;

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISX – realizar reuniões de equipes a fim de discutir em

conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;

XI – acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho;

XII – garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica;

XIII – realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;

ATRIBUIÇÕES COMUNS A

TODOS OS PROFISSIONAISXIV – realizar ações de educação em saúde a população

adstrita, conforme planejamento da equipe;

XV – participar das atividades de educação permanente;

XVI – promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;

XVII – identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e

XVIII – realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.

PARA PENSAR

• Do artigo: Programa de saúde da família (PSF):

contradições de um programa destinado à

mudança do modelo tecnoassistencial

• Tulio batista franco

• Emerson Elias Merhy

O trabalho ocorre em relações que são estabelecidas entre os individuos trabalhadores, e entre estes e os usuários. O autogoverno do trabalhadores de saúde, sobre o modo de fazer a assistência , muitas vezes, é o que determina o perfil de determinado modelo assistencial, agindo como dispositivo de mudanças, capazes de detonar processos instituintes ante a organização de serviços de saúde. Por este motivo, a mudança de modelos assistenciais requer, em grande medida, a construção de uma nova consciência sanitária e a adesão desses trabalhadores ao novo projeto. É preciso consensuar formas de se trabalhar, que estejam em sintonia com a nova proposta assistencial, o que não se consegue or normas editadas verticalmente

Podemos definir este modelo assistencia, como

“procedimento-centrado”. Isto é, um modelo no

qual o principal compromisso do ato de assistir à

saúde é com a produção de procedimentos.

Apenas secundariamente existe compromisso com

as necessidades dos usuários. Essas ações deve

ser substituidas por ações relacionais, que podem

estar centradas na ação acolhedora e no vínculo

com o usuário, comprometidas com a busca do

cuidado à saúde e da cura, como finalidade última

de um trabalho em saúde, que se pauta pela

defesa da vida individual e coletiva

• Mesmo voltada para a comunidade e propondo o

trabalho em equipes multiprofissionais, o processo

de trabalho continua centrado no médico e nas

suas tecnologias próprias.

Os trabalhadores de saúde, incluindo o médico,

podem ser potentes dispositivos de mudanças dos

serviços assistenciais. Para que isto ocorra,

entendemos que será necessário constituir uma

nova ética entre estes mesmos profissionais,

baseada no reconhecimento que os serviços de

saúde são, pela sua natureza, um espaço público,

e que o trabalho neste lugar deve ser presdido por

valores humanitários, de solidariedade e

reconhecimento de direitos de cidadania em torno

da assistencia à saúde. Estes valores deverão

guiar a formação de um novo paradigma para a

organização de serviços.

O novo modelo precisa ter algumas diretrizes

como: acolhimento, vínculo/responsabilização e

autonomização>

Acolhimento – é a possibilidade de universalizar o

acesso, abrir as portas da unidade a todos os

usuários que dela necessitarem. Como a escuta

qualificada do usuário, o compromisso com a

resolução do seu problema de saúde, dar-lhe

sempre uma resposta positiva e encaminhamentos

seguros quando necessários.

Vínculo baseia-se no estabelecimento de

referências dos usuários a uma dada equipe de

trabalhadores, e a responsabilização destes para

com aqueles, no que diz respeito à produção do

cuidado.

Autonomização significa ter como resultado

esperado a produção do cuidado, ganhos de

autonomia do usuário para “viver a vida”

A equipe multiprofissional:

Trabalhar com limites e com a necessidade de inventar

abordagens a cada caso, exige um “luto” da onipotência

de cada profissional, para que seja possível o trabalho

em equipe, e somam-se as competências e a criatividade

de cada membro da equipe.

O aprisionamento de cada um em seu “núcleo específico” de

saberes e práticas aprisiona o processo de trabalho às

estruturas rígidas do conhecimento técnico-estruturado,

tornando-o trabalho morto dependente. Ao contrário, o

“campo de competência” ou “campo do cuidado”, além da

interação, abre a possibilidade de cada um usar todo seu

potencial criativo e criador na relação com o usuário, para

juntos realizarem a produção do cuidado.

AGENTES EM AÇÃO

• http://www.youtube.com/watch?v=CVR0Pm999zY

PARA A PRÓXIMA AULA

• O que é sistema de saúde?

• O que você sabe sobre o funcionamento do

sistema de saúde brasileiro, quem gerencia os

serviços?

• O sistema é público?

• É privado por seguro de saúde?

• É privado por pagamento direto?

• O que é melhor?

• O QUE É O SUS? Explique.

• O que é Sistema de Informação em Saúde?

Descreva o Sistema do seu município.

• http://esfcajati.wordpress.com

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