praxis e poesis: ações humanas, demasiado humanas

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"Se você pudesse voltar ao tempo, o que mudaria?", esse foi o convite feito a professores(as) e técnicos(as) da escola para facilitar a construção de memorial sobre o próprio processo de letramento. Segundo Lacan (1969), “um ser que pode escrever a sua marca, isso basta para que ele possa se reinscrever noutra parte além dali onde a gravou”. Convite a ver o mundo com os olhos de Criança em busca da sua Palavra-Mundo. Foram embalados por: Brahms’ Lullaby (Canção de Ninar de Brahms) e Clareana, de Joyce.

TRANSCRIPT

ações humanasdemasiado humanas

Há um tempo certo para

determinadas experiências de crescimento, e a infância é o

período de aprender a construir

pontes sobre a imensa lacuna

entre a experiência interna e o mundo real.

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 20 ed. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 2006. (p.83)

Reflexão de educadores

que se descobrem sujeitos da

história e na história.

EDUCADORES EDUCADORES (AS)(AS)

PROTAGONISTAPROTAGONISTASS

HOMENS: 14 (19%)

MULHERES: 59 (81%)

SEUS PAISE

SUAS MÃES

Pai protagonistaMãe figurante

Qual o lugar que ocupam nas memórias das infâncias e de

suas aprendizagens?

PORQUÊ

?

A relação triangular mãe-filha-pai / mãe-filho-pai emergem da questão edípica. Objetos de desejo e castração. A aprendizagem vem de uma relação triangular ensinante-aprendente-conhecimento. O termo função revela os estados transitórios entre um e outro. A função materna é aquela que funda o desejo. Somos a metáfora do desejo da mãe.

FERNANDÉZ, Alícia. A mulher escondida na

professora. Artmed, 1994.

A função ensinante materna é ensinar a sonhar, a desejar, a

idealizar, a criar vínculos. É despertar o desejo de

saber.

A função de ensinante paterno é ensinar a

realizar, é trazer autonomia.

Criar vínculos não significa aprisionar.A liberdade, o espaço do brincar, cria também o espaço do imaginário...A mãe funda o desejo.O pai traz a realidade.Nesse espaço se insere o desenvolvimento da cultura e do conhecimento.

As dimensões

racional,

desiderativa e

relacional –

complementam-

se e articulam-

se. O eu

cognoscente

pouco a pouco

assume a autoria

de seu

pensamento.

“Porque brinca mais”.

“Canta, leva para passear”.

“Faz coisas engraçadas”.

“Faz rir”.

“Sai para trabalhar”.

“Está mais ausente”.

Para

eles... É o pai...

Somos todos

Talvez o objeto seja a

BOFF, Leonardo. Tempo de transcendência. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

mais imediata

e, ao mesmo

tempo,

mais profunda.

“A maioria é formada por mulheres”.

“As meninas têm uma relação maior

com os pais”.

“Os meninos com a mãe”.

Segundo as (os) professoras (es) ...

Modus Operandi1 e Modus Vivendi2

são as práticas de vida

1. Modus vivendi: é a forma como se vive.2. Modus operandi: é a forma como agimos nas situações da vida.

Complexo de Édipo – Freud

Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente com relação aos pais. Segundo Freud, o apogeu do complexo de Édipo é vivido entre os três e cinco anos, durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período de latência, a partir dos seis anos. O complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo humano. A antropologia psicanalítica procura encontrar a estrutura triangular do complexo de Édipo, afirmando a sua universalidade nas culturas mais diversas, e não apenas naquelas em que predomina a família conjugal.

Complexo de Electra – Jung

Sinônimo do complexo de Édipo feminino, para marcar a existência nos dois sexos, de uma simetria da atitude para com os pais.

de

sustentação

da família”.

“Pilar

Eles ainda atribuem...

Ao pai

como...

A criança mistura-se de maneira muito mais íntima

do que o adulto. O desenrolar e as palavras

trocadas nas histórias têm tanta força para ela, que quando se levanta está

inteiramente envolta pela neve que sopra da leitura...

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2002. (p.105).

“Representa a figura do super-herói...”

Ou...

A criança é livre para compreender a história como bem quiser...

(BENJAMIN, 1994, p.203)

No Dicionário Aurélio, o herói é um homem extraordinário pelo seus feitos guerreiros...

Para Jung, o herói é quase sobre-humano - simboliza as idéias, formas e forças que moldam ou dominam a alma.

O herói é um ser transitório, uma personalidade que fascina, porque personifica o desejo e a figura ideal do ser humano.

Defende a nossa causa e por isso identificamo-nos com ele.Sua luta heróica possibilita a superação dos medos,

compensação das mágoas, humilhações e a expressão da raiva.

Segundo Jung, existe o perigo da identificação com a imagem do herói.

O perigo da identificação com a imagem é que talvez leve vários autores a associarem à vida do herói a seu fim trágico.

“Nossos Pais partem mais

cedo do que as nossas Mães...”

Ainda

dizem

...

Pesquisa feita pelo Instituto Konrad Lorenz para Etnologia, em Viena, na Áustria, foi feita com dados históricos de 21 mil casais

(174 filhos), que tiveram em média oito filhos.

As conclusões que ajudam a esclarecer questões sobre reprodução humana são pertinentes até hoje.

As fêmeas dos seres humanos passam por um processo de menopausa.

A menopausa parece permitir que as mães tenham uma vida mais longa. O fato de as mulheres geralmente suportarem o maior esforço reprodutivo...

• É uma questão umbilical...• Relação mais próxima, talvez não nos

permita a decepção...• É do cotidiano, a mais preocupada...• Apaixonei-me por minha mãe negra. Por

que não?• Eu tinha vergonha de abraçar a minha

mãe.• Vivia sempre ocupada. Era a que menos

abraçava...

Declarações a posteriori à mãe...

Mãe Divina - Pai Humano

Pai, o afeto conquistado Mãe,

o afeto seguro

Pai, o abraço apertado Mãe, o

abraço maior

ELES AINDA RELACIONAM...

A FUNÇÃO MATERNA E A PATERNA...

O mundo perceptivo da

criança

Se enraíza

E ao mesmo tempo

Se confronta com o mundo

histórico... BENJAMIN

POLIFONIASPRÁTICAS DE

LETRAMENTO E CONTEXTO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

Onde está escrito a palavra pela ?

- Mas eu não sei ler, e agora?Um jogo precisa ter sentido para

quem quer nele se envolver...Todos da casa procuravam até que

alguém encontrava e era a sua vez de dizer outra palavra.

E assim o jogo recomeçava.E ela desejou ler.- “Preciso aprender a ler”.E assim aconteceu...

Para aprender é necessário ser

criativo, é necessário ousar, arriscar experimentar, autorizar-se a

conhecer.

A aprendizagem é uma construção individual e interna, realizando-se

num processo histórico, pessoal e social, dentro de um corpo investido de

significação simbólica.

As primeiras experiências, as primeiras relações e as primeiras

percepções do mundo no qual fomos inseridos serão

significativos na construção do nosso sistema cognitivo e afetivo

e em seu desenvolvimento.

Profa. Maria do Rocio Rodi Gonçalves - Coordenação

Precisamos buscar compreender o compreender

das crianças para caminhar por entre as redes de significados que vão se estabelecendo em seus saberes, incorporados e

recombinados ou recolocados. Saberes “ocultos” que emergem

em novas experiências - são memórias acumuladas e

ressignificadas.

Nunca poderemos recuperar

totalmente o que foi esquecido. E talvez seja bom assim. O choque

do resgate do passado seria tão destrutivo que, no exato momento, deixaríamos de compreender

nossa saudade.BENJAMIN, Walter. Livros antigos e esquecidos. In: Obras escolhidas I. São Paulo: Brasiliense, 1994. (p.236-7.)

APRENDER É RESSIGNIFICAR-SE...

Neruda busca “des-coisificar” o universo das coisas e

transformá-las em palavras geradoras de uma reflexão

(po)ética, estética, histórica e política.

PRÁXI

S E

POESIS

OS POETAS ENSINAM A VER (ALVES, 2004)

Profa. Maria do Rocio Rodi Gonçalves - Coordenação

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