pÓs graduaÇÃo direito e processo tributÁrio · o sistema tributário nacional entrará em vigor...
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PÓS GRADUAÇÃODIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO
Art. 34
O sistema tributário
nacional entrará em
vigor a partir do
primeiro dia do
quinto mês seguinte
ao da
promulgação...
Art. 34, §5º
Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação referida nos §3º e § 4º.
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.MULTA MORATÓRIA. REDUÇÃO. INAPLICABILIDADEDO CDC.
1. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor àsrelações jurídicas tributárias. Precedentes citados: REsp261.367/RS, 1ª Turma, Rel. Min. HumbertoGomes de Barros, DJ de 9.4.2001; REsp 641.541/RS,1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJde 3.4.2006; AgRg no REsp 671.494/RS, 1ª Turma,Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 28.3.2005; AgRg no Ag847.574/GO, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJde 14.5.2007; REsp 674.882/PE, 2ª Turma, Rel. Min. JoãoOtávio de Noronha, DJ de 14.2.2005.2. Recurso especial desprovido.RECURSO ESPECIAL Nº 673.374 - PR (2004/0114092-0)
Poder de Tributar
Limites Constitucionais
Credito Tributário
Execução Fiscal
MULTA
IMPOSTO DE RENDA
Vinculação a atividade estatal
Restituição do valor pago
Destinação do produto arrecadado
Art. 113, §1
A obrigação principal
surge com a ocorrência
do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de
tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-
se juntamente com o
crédito dela decorrente.
Art. 113, §2
A obrigação acessória
decorre da legislação
tributária e tem por objeto
as prestações, positivas
ou negativas, nela
previstas no interesse da
arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
Art. 150, I
Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça;
Geraldo dos Santos, recebeu sua faturacorrespondente ao seu lançamento da Taxa de Lixo domês de fevereiro de 2016. Identificou uma notação norespectivo documento informando: “conformedeterminação do decreto nº 13/2016 fica alterado adata de vencimento da respectiva taxa do dia 10 paratodo dia 2 de cada mês a partir da prévia notificaçãoaos contribuintes”.
Geraldo surpreendido com a cobrança não conseguiuefetuar o pagamento, e ao fazê-lo foi determinadojuros de 2,5% ao mês, o que entende ser indevido,pois o artigo 52, §2º do CDC determina penalidade
máxima de 2%.
Caso...
É indiscutível que a Fazenda pode alterar prazo devencimento, de correção ou da sistemática derecolhimento, por meio de decreto. Simples questãoregulamentar e que independe de maior formalidade.Porém, e isto é óbvio, as modificações introduzidas sóprevaleceram para fatos geradores que ainda vierem aocorrer, vedada a aplicação de novo estatuto parasituações pretéritas. (TJ/SP – 132/129)
Jurisprudência...
Jurisprudência...
MULTA.DCTF.INSTRUÇÃO NORMATIVA.A Instrução Normativa
nº129 da Receita Federal não poderia ter instituído multa pelo
atraso na entrega da DCTF, tendo em vista tratar-se de matéria
reservada à lei. (TRF4, 2ªT., AC 2000.04.01.045125/PR, Juiz
Élcio Pinheiro de Castro, mai/00.)
A empresa “XLS – produtos de cosméticos” efetivou acirculação de mercadorias em agosto de 2016 e porisso deve pagar ICMS.
Ocorre que a lei majorou tal imposto em Junho de2016, e por isso a empresa realizou o pagamentoainda com base na lei anterior.
Agiu corretamente a empresa, visto que a lei quemajorou informava que a Lei entrava em vigor na datada sua publicação?
Caso...
Caso...
Decreto 62.401 – 29.12.2016
"Artigo 3° - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeitos a partir de 1º de abril de 2017".
Jurisprudência...
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
SERVIÇOS – DECRETOS Nº 39.596 E Nº 39.697, DE 1999,
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE
BENEFÍCIO FISCAL – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE –
DEVER DE OBSERVÂNCIA – PRECEDENTES. Promovido
aumento indireto do Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços – ICMS por meio da revogação de
benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da
anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b”
e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta. Precedente –
Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
2.325/DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de
2004.
As imunidades tributárias e as isenções alcançam apenas a dispensa
no pagamento?
Jurisprudência...
“OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. MULTA. Mesmo que
fosse reconhecida a imunidade tributária, remanesce
a obrigação da entidade filantrópica de recolher as
contribuições descontadas dos seus empregados e de
apresentar os livros e documentos fiscais, sendo
devida multa pelo descumprimento dessa obrigação
acessória. (TRF4, AC 0016979-78.2011.404.9999,
Segunda Turma, Relator Luiz Carlos Série, D.E.
08/02/2012).
Caso...
Determinado contribuinte realiza a circulação de mercadoria do
seu ativo permanente para outro estabelecimento de sua própria
instituição, e para tal entende que não se obriga a emissão de
Nota Fiscal, em razão de entendimento pacificado que tal
operação não vincula a obrigação ao pagamento do ICMS.
Ao ser interrompido em uma fiscalização na estrada, o Estado
exige a apresentação da Nota.
Jurisprudência...“ACÓRDÃO EMBARGADO JULGADO SOB O RITO DO ART. 543 – C
DO CPC. OPERAÇÃO INTERESTADUAL DE DESLOCAMENTO DE
BENS DO ATIVO PERMANENTE OU DE USO E CONSUMO ENTRE
ESTABELECIMENTOS DA MESMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
HIGIDEZ DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA CONSISTENTE NA
EXIGÊNCIA DE NOTA FISCAL DOS BENS. IRRELEVÂNCIA DA
INEXISTÊNCIA, EM TESE, DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. FATOR
VIABILIZADOR DA FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. ARTIGOS 175 E
194 DO CTN. Afirmou-se que os deveres instrumentais, previstos na
legislação tributária, ostentam caráter autônomo em relação à regra
matriz de incidência do tributo, uma vez que vinculam, inclusive, as
pessoas físicas ou jurídicas que gozem de imunidade ou outro
benefício fiscal. (...), compete ao Fisco Estadual averiguar a veracidade
da aludida operação, sobressaindo a razoabilidade e proporcionalidade
da norma jurídica que tão somente exige que os bens da pessoa
jurídica sejam acompanhadas das respectivas notas fiscais.” (STJ,
Primeira Seção, EDcl no Resp 1116792/PB, Rel. Napoleão Nunes Maia
Filho, ago/2012).
A isenção deve necessariamente ser concedida pelo ente que detém
competência?
Art. 156, §3º
Em relação ao imposto
previsto no inciso III
do caput deste artigo,
cabe à lei complementar:
III - regular a forma e as
condições como isenções,
incentivos e benefícios
fiscais serão concedidos e
revogados.
Caso...
O Estado de Goiás aprovou a lei ordinária número
19.021/2015 que dentre outras alterações alterou o artigo 94
do Código Tributário do Estado de Goiás, com a seguinte
redação:
Art. 94...
X - com 15 (quinze) anos ou mais de uso;
Anteriormente a esse lei, prevalecia a isenção de imposto para
carros usados, registrado em qualquer município do Estado de
Goiás com mais de 10 anos de uso.
Caso...
Art. 178
A isenção, salvo se
concedida por prazo
certo e em função de
determinadas condições,
pode ser revogada ou
modificada por lei, a
qualquer tempo,
observado o disposto no
inciso III do artigo 104.
Jurisprudência...MANDADO DE SEGURANÇA. ILEGITIMIDADE PASSIVA
AFASTADA. DECADÊNCIA. LEI 19.021/2015. REVOGAÇÃO
DA LEI ANTERIOR. ALTERAÇÃO PRAZO DE ISENÇÃO DO
IPVA. 1. A Secretária da Fazenda é a autoridade responsável pelo controle
e execução da política fiscal, mormente porque incumbe a ela o
encaminhamento ao Governador do Estado de anteprojetos de leis de
interesse da administração fazendária, bem como referendar leis
sancionadas, nos termos do art. 13 da Lei n. 7.599/2012. . O ato de afastar a
isenção do IPVA para veículos com mais de 10 (dez) e menos de 15 (quinze)
anos, alterando-se o disposto no art. 94 do CTE-GO, pelo advento da Lei n.
19.021/2015, encontra-se circunscrito ao juízo de conveniência e
oportunidade da administração, não sobressaindo, pois, mácula de
ilegalidade. 5. Não há se falar em direito adquirido, uma vez que a isenção
do IPVA não foi concedida por prazo determinado e nem sob condição
onerosa, motivo porque não há óbice à sua revogação por lei posterior, à luz
do art. 178 do CTN e Súmula 544 do STF. SEGURANÇA DENEGADA. (27
de Setembro de 2016 - DJ 2128 de 10/10/2016MS 01946020920168090000
Jurisprudência...
ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
ISENÇÃO. IOF. NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO DOS
REQUISITOS. 1. Nos termos do parágrafo primeiro do artigo 72
da Lei 8.383/91, o gozo da isenção de IOF na compra de
veículos automotores estabelece a prévia verificação dos
requisitos legais pelo Departamento da Receita Federal. 2. O
aresto reconheceu que os recorridos estavam enquadrados na
categoria profissional beneficiada pelo favor fiscal. 3. A
verificação dos requisitos é atividade vinculada atribuída ao
órgão fazendário. Havendo reconhecimento judicial quanto à
sua observância, o indébito deve ser reconhecido e repetido.
RECURSO ESPECIAL Nº 576.394 - CE (2003/0132513-0)
Brasília, 16 de junho de 2005
Jurisprudência...
Sumula 591 do STF: A imunidade ou a isenção tributária do
comprador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto
sobre produtos industrializados.
"(...) 5. A imunidade tributária recíproca não se aplica ao Imposto
sobre Produtos Industrializados, pois o contribuinte desse
imposto é o industrial ou o produtor. O município não realiza o
fato gerador desse tributo, razão pela qual não há que se falar
em contrariedade ao disposto no art. 150, inc. VI, alínea a, da
Constituição da República. Este Supremo Tribunal assentou que
'a imunidade ou a isenção tributária do comprador não se
estende ao produtor, contribuinte do Imposto sobre Produtos
Industrializados' (Súmula n. 591 do Supremo Tribunal Federal)."
(RE 371243, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Decisão
Monocrática, julgamento em 1.2.2011, DJe de 18.2.2011)
Pedro Vasconcelos é deficiente físico, em oportunidade adquiriu um
veículo automotor zero km na cidade de São Paulo. Após a
aquisição do veículo e respectivo pagamento do IPVA proporcional
do ano foi informado que poderia ser beneficiário de isenção.
Buscou advogado para consulta, e foi informado que de acordo com
o artigo 13 da Lei 13.296/08:
Artigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:
III - de um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa
com deficiência física;
Como seu veículo não é conduzido por ele em razão do grau de sua
deficiência, não faria jus a isenção.
O contribuinte já realizou o pagamento dos anos de 2015, 2016 e
2017.
Jurisprudência...
MANDADO DE SEGURANÇA Pretendida isenção de ICMS na
compra de veículo automotor a portador de necessidades
especiais Veículo a ser conduzido por terceiro. Possibilidade.
Recurso provido.” (AC Nº 931.737.5/5-00, Rel. Des. Carlos
Eduardo Pachi, j. 18.01.2010 v.u).“DEFICIENTE FÍSICO -
Impossibilidade de dirigir Isenção de ICMS. Admissibilidade:
Aquisição de veículo para transporte de pessoa portadora de
severa deficiência física, mesmo sem condições de dirigir, goza
do benefício fiscal. Interpretação harmônica entre o art. 19,
Anexo I, do RICMS e o art. 5º da CF e demais preceitos
constitucionais que asseguram a proteção especial às pessoas
deficientes. Recurso provido.” (AC 874.201-5/5-00 Rel.
Des.Evaristo dos Santos, j. 18.05.09 - v.u.).
Qual a diferença entre isenção e anistia?
Sujeitos da Relação Tributária
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
DESTINATÁRIO DO PRODUTO
≠
≠
Repartição
de Receita
U
E/DF M/DF
IR
IPI
CIDE
COMBUSTÍVEL
IR
ITR
IPVA
ICMS
IPI
CIDE COMBUSTÍVEL
Caso...Determinado funcionário público do Município de Guarulhos foi
descontado de forma irregular pelo município no que tange ao
recolhimento do IR sobre seu salário pago a título de Horas
Extras por acréscimo de carga horária de trabalho.
Em razão disso procurou advogado que tempestivamente
impetrou Mandado de Segurança à Justiça Federal, com base
no entendimento jurisprudencial a luz da Sumula 498 do STJ
alegando que verbas indenizatórias não sofrem a incidência do
IR.
O Juízo negou provimento ao MS, alegando ilegitimidade de
parte da Justiça Federal.
Jurisprudência...
Súmula 447 - STF
“Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação derestituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seusservidores”.
Jurisprudência...
Servidor estadual ou municipal. O Estado como parte.
Ilegitimidade da União. Competência da Justiça Estadual.
“...IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL. RESTITUIÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO...
2. O STJ pacificou o entendimento de que a União não possui
legitimidade passiva em demandas promovidas por servidores
públicos estaduais com o objetivo de obter isenção ou não
incidência de imposto de renda retido na fonte, porquanto,
nessas hipóteses, por força do que dispõe o art. 157, I da
Constituição Federal, pertencem aos Estados da Federação o
produto da arrecadação desse tributo...” (STJ, 1ª T., REsp
874.759/Se, Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, nov/06).
Obrigação Tributária e Crédito Tributário nascem Simultaneamente?
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇAO FISCAL.
CONTRIBUIÇAO DE MELHORIA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇAO
DO DEVEDOR DO LANÇAMENTO DO TRIBUTO.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DEFICIENTE. VÍCIO
QUECONTAMINA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO. PRESUNÇAO DE LIQUIDEZ E CERTEZA DA CDA
AFASTADA. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NAO
CARACTERIZADA. Com efeito, o título executivo possui
presunção de certeza e liquidez juris tantum, admitindo prova em
contrário quando questionada sua validade em sede de execução.
Contudo, o vício alegado é antecedente à inscrição, isto é, refere-
se à não ocorrência do procedimento de notificação ao
contribuinte do lançamento, fato esse que contamina a
constituição do crédito tributário. AgRg no AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 1.265.138 – SP – 01.11.2010
Jurisprudência...
Lei estadual que atribui ao pedido de parcelamento de crédito
fiscal o efeito de confissão irretratável e de renúncia a qualquer
defesa ou recurso administrativo ou judicial, bem como
desistência dos já interpostos. Inconstitucionalidade desse
dispositivo relativamente à expressão “ou judicial”, por ofensa ao
artigo 5º, XXXV da CF. Recurso extraordinário conhecido e
provido (STF, Plenário, RE 94.141-0, 1982).
Jurisprudência...
Caso...
O Decreto Lei nº 1.736/79, dispõe no artigo 8º:
São solidariamente responsáveis com o sujeito passivo os
acionistas controladores, os diretores, gerentes ou
representantes de pessoas jurídicas de direito Privados, pelos
créditos decorrentes do não recolhimento do Imposto sobre
Produtos Industrializados e do Imposto sobre a Renda
descontada na fonte.
Responsabilidade Tributária
Solidariedade na Responsabilidade Tributária pode ser presumida?
Em razão de um contrato de locação firmado entre o
locador e locatário, é exigido que tal termo garanta que
o pagamento do tributo (IPTU) deverá ser efetivado
pelo locatário até o 5º dia útil do mês vigente em conta
corrente do locador já determinada.
A ausência do pagamento em questão coloca qual dos
integrantes no pólo passivo da obrigação tributária.
Havendo pagamento a maior feito pelo locatário,
garante a quem a propositura da Ação de Repetição de
Indébito?
Caso...
Jurisprudência...
DIREITO TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IPTU. LEGITIMIDADE
ATIVA.
Apenas o proprietário do imóvel tem legitimidade ativa para propor ação de
repetição de indébito de IPTU. A relação tributária estabelecida entre a
Fazenda e o proprietário do imóvel (art. 34 do CTN) prevalece sobre
qualquer estipulação contratual que determine que terceiro arcará com o
pagamento de IPTU, pois a referida avença não é oponível à Fazenda.
Segundo o art. 123 do CTN, convenções particulares relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos não modificam a definição
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Precedente citado: AgRg no Resp 836.089-SP, DJe 26/4/2011. AgRg no
AgRg no AREsp 143.631-RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em
4/10/2012.
Caso...O Artigo 42 do CTN determina que “contribuinte do imposto é
qualquer das partes na operação tributária, como dispuser a lei”.
A Lei 12.486/2003 do município de Mirandópolis/SP, determina
que o responsável no pagamento do ITBI é comprador do imóvel.
Ocorre que, em razão da inadimplência do comprador em um ato
de transferência do bem imóvel, o vendedor fora incluído em
Dívida Ativa sob o argumento, de que neste caso haveria
interesse em comum, por isso, estes seriam solidários na
obrigação.
Analise o caso narrado acima.
Caso...Fernanda realizou um contrato de leasing com a empresa
“Crédito & Leasing Fácil S/A” pertencente ao grupo econômico
“Crédito Fácil S/A” para aquisição de um veículo 0Km. A empresa
contratada por entender não ser cabível o pagamento de ISS nas
operações bancárias, não realiza o pagamento do tributo.
Contudo, 03 anos após a formalização da operação a empresa
“Crédito Fácil S/A” foi citada em Execução Fiscal como devedora
solidária da obrigação da “Crédito & Leasing Fácil S/A” sob o
argumento da entidade fazendária que há no presente caso
interesse em comum. A respeito dos fatos, responda:
A – É legitima a solidariedade da empresa “Crédito Fácil S/A”
para com as dívidas tributárias de uma de suas controladas.
Detalhe.
Jurisprudência...“ISS. EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. EMPRESAS
DO MESMO GRUPO ECONÔMICO. SOLIDARIEDADE.
INEXISTÊNCIA... 1. A solidariedade passiva ocorre quando, numa
relação jurídico-tributária composta de duas ou mais pessoas
caracterizadas como contribuintes, cada uma delas está obrigada pelo
pagamento integral da dívida. 10. Para se caracterizar
responsabilidade solidária em matéria tributária entre duas empresas
pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro, é imprescindível que
ambas realizem conjuntamente a situação configuradora do fato
gerador, sendo irrelevante a mera participação no resultado dos
eventuais lucros auferidos pela outra empresa coligada ou do mesmo
grupo econômico.” (REsp 834044/RS, Rel. Ministra Denise Arruda,
PRIMEIRA TURMA, julfado em 11/11/2008, DJe 15/12/2008). In casu,
verifica-se que o Banco Safra S/A não integra o polo passivo da
execução, tão somente pela presunção de solidariedade decorrente do
fato de pertencer ao mesmo grupo econômico da empresa Safra
Leasing S/A. (STJ, 1ª T., REsp 884845/SC, Luiz Fux, fev/09)
Caso...A empresa de transporte “Caminhos do Futuro Ltda.” fora contratada
pela empresa “Americanas S/A” para a entrega de uma mercadoria de
uma de suas clientes, comprada via internet. O contrato de prestação
de serviços foi formalizado para que a entrega ocorra dentro do prazo
previsto entre as cidades de Goiânia e Caldas Novas/GO.
A caminho do local da entrega, a empresa de transporte foi
interceptada pela fiscalização estadual na rodovia BR153 próximo a
cidade de Santa Tereza de Goiás, e ao analisar os documentos,
identifica que não foi recolhido o ICMS da mercadoria que está se
circulando de propriedade da Americanas S/A.
O Auditor fiscal promove o Auto de Infração e Imposição de Multa com
fundamento no artigo 46, I da Lei 11.651/91 (Código Estadual de
Goiás), que prevê:
Caso...Art. 46 - São responsáveis pelo pagamento do imposto devido:
I - o transportador, em relação às mercadorias.
§ 1º - A responsabilidade de que trata este artigo exclui a do
contribuinte, exceto nos casos em que este tenha concorrido para a
prática da infração à legislação tributária.
§ 2º - Quando a responsabilidade, de que trata este artigo, alcançar
mais de uma pessoa, estas responderão solidariamente pela
satisfação da obrigação tributária.
O caminhoneiro conversa com o Advogado da empresa, pois não
poderá continuar a viagem, sem o devido recolhimento do tributo no
valor de R$ 150.000,00, e também a multa no montante de R$
500.000,00.
Avalie o caso
Art. 128
Sem prejuízo do disposto
neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade
do contribuinte ou atribuindo-a
a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial
da referida obrigação.
Caso...Paula e Joana (irmãs) adquiriram um imóvel em 2007 para
investimento. Formalizaram um contrato de locação com José em
2008, que durante 2 anos ficaria responsável pela quitação de todos os
tributos incidentes sobre a propriedade, como IPTU e taxa de lixo.
Ocorre que José perdeu seu emprego, e não está mais adimplindo
com suas obrigações, o que leva Paula e Joana a requerem por ordem
judicial, o despejo do inquilino. Por circunstâncias do mercado, o
imóvel não foi mais alugado. 03 anos se passam, e Paula recebe em
Agosto de 2011 uma citação para se manifestar de uma Execução
Fiscal municipal pelo não recolhimento do IPTU de 2009. Contrata
advogado e nos autos manifesta que tal cobrança seria indevida, pois
o contrato formalizado levava a José, na época inquilino, a
responsabilidade pelo pagamento do tributo. Manifesta também que
não era a única proprietária do imóvel, e por isso não deveria arcar
sozinha com o tributo, exigindo a citação da Joana para que também
possa se manifestar. Apresenta como prova, o contrato de locação,
bem com a escritura do imóvel.
Caso...O Juiz ao receber os embargos à execução realiza despacho de
citação para Joana que não fora encontrada. Em 2017 a Fazenda
Pública Municipal requer ao Juiz o redirecionamento da Execução
Fiscal para Joana, visto que Paula não possuía nenhum bem para uma
possível penhora.
O Juiz imediatamente defere o pedido, citando em 03.02.2017 com
sucesso a proprietária Paula. Diante dos fatos narrados, responda:
A – O contrato de locação firmado entre Joana, Paula e José, tem o
condão de retirar a responsabilidade tributária do pagamento de IPTU?
B – No caso em tela há responsabilidade solidária entre Joana e Paula
no pagamento de IPTU?
C - No caso em tela observando o disposto no artigo 125, III é possível
descaracterizar a responsabilidade da Joana no pagamento do tributo?
Jurisprudência...
CITAÇÃO DE UM DOS SÓCIOS. INTERRUPÇÃO FRENTE A
TODOS. “2. É certo que, segundo o artigo 125, III do CTN, os
efeitos da interrupção da prescrição em relação a um dos
devedores solidários atinge todos os outros co-devedores. 3.
Na hipótese, é incontroverso que houve a efetiva citação e um
dos sócios que figuram no polo passivo da execução, razão
pela qual a não-efetivação da citação de outro executado não
impediu a interrupção do prazo prescricional em relação a ele.
(STJ, Primeira Turma, REsp 1015117/RS, Rel. Ministra
DENISE ARRUDA, nov/2008).
Caso...Luciana é proprietária de um imóvel urbano, mas em razão de
uma mudança de cidade, decide vender para Francisco, e para
tal formalizam um contrato de compra e venda em fevereiro de
2014. Após a realização do registro do imóvel em nome do novo
proprietário, Luciana muda para uma nova cidade. Ocorre que foi
surpreendida com uma citação para se manifestar em uma
Execução Fiscal de dívidas de IPTU de 2013, quando era
proprietária. A alegação de Francisco que havia sido citado
inicialmente, foi de que todo o processo de venda somente foi
concluído em 2014, e seu nome neste momento sequer constava
em CDA ou dívida ativa, e que também seu bem imóvel adquirido
estaria protegido por ser considerado “Bem de Família”. Diante
dos fatos o Juízo deferiu seu pedido para que a execução fosse
redirecionada a Luciana. Sendo seu escritório contratado pela
Luciana para auxiliar no caso, responda:
Caso...
A – É legítima a responsabilidade solidária da Luciana para
responder pela dívida tributária?
B – O argumento do atual proprietário com relação a
impenhorabilidade do bem de família, se aplicaria ao caso em tela?
C – Quais argumentos poderiam ser apresentados para afastar a
responsabilidade da Luciana nessa Execução Fiscal?
Art. 3º
A impenhorabilidade é
oponível em qualquer
processo de execução civil,
fiscal, previdenciária,
trabalhista ou de outra
natureza, salvo se movido:
IV - para cobrança de
impostos, predial ou territorial,
taxas e contribuições devidas
em função do imóvel familiar
Jurisprudência...
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. BEM DE
FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. LEI Nº 8.009/90.
ESTATUTO DO IDOSO. LEI Nº 10.741/2003. EXEGESE.
DIGNIDADE HUMANA DO IDOSO.
1. A impenhorabilidade do bem de família, prevista na Lei
8.009/80, visa a preservar o devedor do constrangimento do
despejo que o relegue ao desabrigo. 2. Deveras, a lei deve
ser aplicada tendo em vista os fins sociais a que ela se
destina, por isso que é impenhorável o imóvel residencial
caracterizado como bem de família, bem como os móveis que
guarnecem a casa, nos termos do artigo 1º e parágrafo único
da Lei nº 8.009, de 25 de março de 1990. Precedentes: AgRg
no AG nº 822.465/RJ, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJU de
10.05.2007.
Jurisprudência...IPTU. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PROP-TER REM. INCLUSÃO DO
NOVEL PROPRIETÁRIO. SUBSTITUIÇÃO DA CDA. POSSIBILIDADE. 1.
A obrigação tributária real é propter rem, por isso que o IPTU incide sobre
o imóvel (art. 130 do CTN). 2. Devera, ainda que alienada a coisa litigiosa,
é lícita a substituição das partes, preceito que se aplica a execução fiscal,
em cujo procedimento há regra expressa de alteração da inicial, qual a de
que é lícito substituir a CDA antes do advento da sentença. 4. O IPTU tem
como contribuinte o novel proprietário, porquanto consubstanciou-se a
responsabilidade tributária por sucessão, em que a relação jurídico
tributária deslocou-se do predecessor ao adquirente do bem. Por isso que
impedir a substituição da CDA pode ensejar que as partes dificultem o
fisco, até a notícia da alienação, quanto a exigibilidade judicial do crédito
sujeito à prescrição. 7. Consequentemente, descoberto o novel
proprietário, ressoa manifesta a possibilidade de que, na forma do art. 2º,
da Lei 6.830/80, possa a Fazenda Pública substituir a CDA antes da
sentença de mérito, impedindo que as partes, por negócio privado,
infirmem as pretensões tributárias”. (STJ, 1ª T., REsp 840.623/BA, Rel.
Ministro Luiz Fux, Set/07).
Caso...Maria de Lourdes, advogado trabalhista, recentemente em razão de
seu trabalho, adquiriu um bem imóvel e por saber que seria
responsável pelas dívidas tributárias, requereu ao alienante uma
certidão negativa para se proteger de futuros incômodos com a
prefeitura. Ocorre que recentemente foi surpreendida com a cobrança
de um IPTU do período anterior à data da compra, e por entender ser
ilegítima se dirigiu a secretaria da fazenda municipal requerendo a
correção dos dados. A servidora pública municipal que atendeu a nova
proprietária argumentou que a cobrança estava correta, pois esse
crédito que agora está inscrito em Dívida Ativa não havia sido apurado
anteriormente, e conforme nota descrita na CND emitida a época (vide
abaixo) tal certidão não contemplava ainda tais dívidas.
Como consultor jurídico qual seria a recomendação a ser dirigida a
Maria de Lourdes?
Caso...
CERTIDAO NEGATIVA DE DÉBITOS
Ressalvado o direito de a Fazenda Pública Municipal cobrar e
inscrever quaisquer dívidas de responsabilidade do sujeito passivo
acima identificado que vierem a ser apuradas, é certificado que não
constam pendências sobre o Bem Imóvel identificado acima,
relativas a tributos administrados pela Secretaria Fazendária
Municipal de São Paulo e as inscrições em Dívida Ativa do Município
junto à Procuradoria Municipal.
Caso...Pedro vendeu seu veiculo automotor para Júlio, e ambos foram até o
cartório para reconhecimento de firma do documento de transferência.
Combinaram que caberia a Júlio a realização da transferência do
documento no departamento de transito, pois Pedro iria viajar
brevemente. Recentemente Pedro recebeu uma notificação do
Departamento de Transito de sua região que conforme determina o
Artigo 134 do CTB: “No caso de transferência de propriedade, o
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito
do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do
comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e
datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas
penalidades impostas e suas reincidências até a data da
comunicação”. Por isso, seu nome foi inscrito em Dívida Ativa a partir
desta data, pois conforme consta, Júlio não adimpliu o IPVA, bem
como a Taxa de Licenciamento do veículo, o que ensejaria pela
ausência da comunicação a responsabilidade do Pedro. Como
consultor jurídico avalie o caso em tela.
Jurisprudência...
IPVA. Descabe invocar o CTB para dizer da responsabilidade
solidária do ex-proprietário. “IPVA. ALIENAÇÃO.
RESPONSABILIDADE DO ANTIGO PROPRIETÁRIO. ARTIGO
134 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. INFRAÇÕES
DE TRÂNSITO. 1. O artigo 134 do CTB dispõe sobre a
incumbência do alienante de comunicar a transferência de
propriedade ao órgão de trânsito, no prazo de trinta dias, sob
pena de responder solidariamente por eventuais infrações de
trânsito. O referido dispositivo não se aplica a débitos tributários
relativos ao não pagamento de IPVA, por não serem
relacionados a penalidade aplicada em decorrência de infração
de trânsito.” (STJ 1ª T., REsp 1116937/PR, BENEDITO
GONÇALVES, OUT/09).
Jurisprudência...
Súmula 585 - STJ
“A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no artigo134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVAincidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao períodoposterior à sua alienação”.
Art. 134
V - o síndico e o comissário,
pelos tributos devidos pela
massa falida ou pelo
concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e
demais serventuários de ofício,
pelos tributos devidos sobre os
atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu
ofício;
VII - os sócios, no caso de
liquidação de sociedade de
pessoas.
Art. 135
São pessoalmente
responsáveis pelos créditos
correspondentes a
obrigações tributárias
resultantes de atos
praticados com excesso de
poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
Jurisprudência...
Súmula 430 - STJ
“O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera,por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”.
Jurisprudência...
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO
SÓCIO-GERENTE. ATO COM EXCESSO DE PODER OU
INFRAÇÃO À LEI, CONTRATO SOCIAL, ESTATUTO, OU QUE
REDUNDE NA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE.
CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA. COMPROVAÇÃO. MATÉRIA
PROBATÓRIA. A Jurisprudência firmou entendimento no sentido
que o sócio-gerente de sociedade só pode ser responsabilizado
pelo não pagamento de tributo, respondendo com o seu patrimônio,
se comprovado, pelo Fisco, ter aquele praticado, no comando da
sociedade, ato com excesso de poder ou infração à lei, contrato
social, estatuto, ou, ainda, que redunde na dissolução irregular da
sociedade. Precedentes.(AgRg no REsp 638.326/RS, 1ªT., rel. Min.
Francisco Falcão, j. 28-09-2004).
Caso...Fernando sócio da empresa Xtudo – Ltda, foi surpreendido
recentemente pela cobrança de contribuição previdenciária do
empregador em razão de inadimplemento da sua empresa.
Segundo o auto de infração, tal responsabilidade decorre por
força do artigo 13 – Lei 8.620/93 que determina:
O titular da firma individual e os sócios das empresas por cotas
de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com
seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social.
Avalie o caso em tela.
Jurisprudência...
DIREITO TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. NORMAS
GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. ART 146, III, DA CF. ART. 135, III, DO
CTN. SÓCIOS DE SOCIEDADE LIMITADA. ART. 13 DA LEI 8.620/93.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. REPERCURSSÃO
GERAL. APLICAÇÃO DA DECISÃO PELOS DEMAIS TRIBUNAIS.
Reconhecida a inconstitucionalidade do artigo 13, na parte em que
determinou que os sócios das empresas por cotas de responsabilidade
limitada responderiam solidariamente, com seus bens pessoais. O código
tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição de 1988 com nível
de lei complementar por trazer normas que cumprem tal função.
RE – 562.276/PR – 03/11/2010.
Caso...A Empresa Luz S/A em razão de crescimento, decide modificar o
endereço da sede atual, em assim após pesquisas imobiliárias fecha
contrato em 10.03.2014.
Em 10.06.2014 a Receita Federal em fiscalização identifica que no
endereço registrado a empresa não mais funciona, e lavra auto de
infração em nome dos sócios, por força do artigo 135, III do CTN e
Sumula 435 do STJ que determina: Presume-se dissolvida
irregularmente a empresa que deixar de
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para
o sócio-gerente.
O sócio em processo administrativo tempestivo argumenta que a
empresa estava ainda em processo de mudança, e por isso, não é
possível a alegação que não realizou a comunicação.
Caso...A Receita Federal em decisão final, negou o pedido de anulação do
auto, em razão do disposto no artigo 213 do RIR 3000/99: Quando o
contribuinte transferir, de um município para outro ou de um para outro
ponto do mesmo município, a sede de seu estabelecimento, fica
obrigado a comunicar essa mudança às repartições competentes
dentro do prazo de trinta dias.
Jurisprudência...EXECUÇÃO FISCAL – CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA –
RESPONSABILIZAÇÃO DO SÓCIO CUJO NOME CONSTA DA CDA –
HIPÓTESE SE QUE DIFERE DO REDIRECIONAMENTO DA
EXECUÇÃO – OCORRÊNCIA EM TESE DO CRIME PREVISTO NO
ARTIGO 168-A DO CP – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. A CDA é
documento que goza da presunção de certeza e liquidez de todos os
seus elementos: sujeitos, objeto devido, e quantitativo. Não pode o
Judiciário limitar o alcance dessa presunção. 2.Caso a execução
tenha sido proposta somente contra a pessoa jurídica e havendo
indicação do nome do sócio-gerente na CDA como co-responsável
tributário, não se trata de típico redirecionamento. Neste caso, o ônus
da prova compete ao sócio, tendo em vista a presunção relativa de
liquidez e certeza que milita em favor da Certidão de Dívida Ativa. 3.
Na hipótese, a execução foi proposta com base em CDA da qual
constava o nome do sócio-gerente. (STJ, 2ªT, REsp 1010399/PR,
Eliana Calmon, Ago/08).
Art. 133, §2º
Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 792, §3º
Nos casos de desconsideração da
personalidade jurídica, a fraude à execução
verifica-se a partir da citação da parte cuja
personalidade se pretende
desconsiderar.
Caso...Determinado empresário da exploração de CDS e DVD´s para locação, decide
adquirir determinado bem imóvel, que antigamente já explorava tal atividade.
Por facilitar o processo de início de sua atividade empresarial, antes mesmo
da mera formalização do registro, consegue através de um contato, comprar
alguns dos materiais explorados pelo antigo proprietário para iniciar
imediatamente seu empreendimento, como: mesas, CDS e DVD´s, e uma
geladeira para disponibilização de bebidas a seus clientes.
Iniciada suas atividades recebe a fiscalização estadual que promove um Auto
de Infração e Imposição de Multas, para cobrar tributos devido pelo antigo
proprietário, bem como tributos relacionados a nova exploração comercial.
Diante dos fatos responda:
Assiste razão da fiscalização estadual, em entender que a continuidade na
exploração da mesma atividade no estabelecimento que há tempos atrás
explorava o mesmo negócio caracteriza a sucessão empresarial.
Jurisprudência...
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO TRIBUTÁRIA. ART. 133, DO CTN-
66. CONTINUIDADE DO EMPREENDIMENTO. 1. Tenho o entendimento de
que, em se tratando de mera aquisição de imóvel, para nele instalar negócio,
ainda que do mesmo ramo de negócio que anteriormente existia no mesmo
endereço, não se dá a responsabilidade por sucessão tributária, prevista no
art. 133 do Código Tributário Nacional. 2. Contudo, in casu, em se tratando de
aquisição de imóvel utilizado anteriormente por outro estabelecimento, com
suas benfeitorias e utensílios, ocorre a sucessão e consequente
responsabilidade pelo débitos tributários da empresa anterior, porquanto há
verdadeira transferência de fundo de comércio e aquisição do negócio, e não
somente aproveitamento de espaço onde outrora localizava-se outra empresa,
pelo que deve ser reconhecida a legalidade da execução fiscal ora atacada. 3.
Assim, embora não formalizada a sucessão, levam os elementos fáticos à
conclusão de que a empresa, que explora a mesma atividade, em
estabelecimento antes utilizado por outra afim, com o emprego dos mesmos
equipamentos, faticamente é sucessora daquela contra a qual foi promovida a
ação executiva. 4. Apelação improvida. (TRF4, 1ª Turma, AC 95.04.41508-
3/PR, Juiz José Germano, Fev/00, DJ2 nº 51-E, 15.03.2000, p.14).
Caso...Maria Eduarda, ingressou em Abril de 2015 na sociedade da Corretora
“Seguridade S/A” e foi surpreendida com um pedido de
redirecionamento de Execução Fiscal para o seu próprio patrimônio,
em razão de inadimplemento de tributos federais da PJ.
O processo de execução envolve fatos geradores do período de 2013
e 2014. A Procuradoria da Fazenda requer o redirecionamento
conforme o artigo 135 do CTN. Em face de Exceção de Pré
Executividade, se demonstra que a alteração do quadro societário só
se deu após os fatos, o que afastaria sua responsabilidade pessoal.
A Exceção de Pré Executividade foi julgada procedente, e a
Procuradoria recorre através de Agravo de Instrumento, alegando a
sucessão empresarial pelo artigo 133 do CTN.
Jurisprudência...
PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –
MATÉRIA DE DEFESA: PRÉ-EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE
– SÓCIO-GERENTE – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – ART.
133 DO CTN – SUCESSÃO INEXISTENTE. 1. Doutrinariamente,
entende-se que só por embargos é possível defender-se o
executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de pré-
executividade. 2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de,
sem embargos ou penhora, argüir-se na execução, por mera
petição, as matérias de ordem pública ou as nulidades absolutas. 3.
Se a empresa continuou a sua atividade, com alteração de alguns
sócios que ingressaram na sociedade adquirindo cotas, não houve
sucessão a justificar a aplicação do art. 133 do CTN. 4. Recurso
especial provido em parte. (REsp 783394/MG, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 06.12.2005, DJ
19.12.2005)
Jurisprudência...
Art. 138
A responsabilidade é excluída
pela denúncia espontânea da
infração, acompanhada, se for
o caso, do pagamento do
tributo devido e dos juros de
mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela
autoridade administrativa,
quando o montante do tributo
dependa de apuração.
Caso...
Flávia da Silva, não realizou com relação ao ganho de capital
auferido em operação de compra e venda de seu imóvel, a
declaração e por consequência a impressão do carnê-leão
para recolhimento do tributo conforme determina a legislação
vigente.
Requereu 06 meses após a operação, a aplicação da
denuncia espontânea para não pagamento da multa. A
Receita Federal aplicou a cobrança do tributo e dos juros,
contudo aplicou multa com relação a obrigação acessória.
Jurisprudência...
“TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. ART. 138 DO CTN.
ENTREGA EM ATRASO DA DECLARAÇÃO DE
RENDIMENTOS. 1. A denúncia espontânea não tem o
condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega
da declaração de rendimentos, uma vez que os efeitos do
artigo 138 do CTN não se estendem às obrigações
acessórias autônomas. Precedentes. 2. Recurso especial
não provido.” (STJ, Segunda Turma, RESP - RECURSO
ESPECIAL – 1129202, Data da Publicação: 29/06/2010)
Como funciona a denuncia espontânea no parcelamento?
“RECURSO ESPECIAL – ALÍNEAS "A" E "C" – TRIBUTÁRIO –
PARCELAMENTO DE DÉBITO TRIBUTÁRIO – EXCLUSÃO DA MULTA
MORATÓRIA – IMPOSSIBILIDADE – ALÍNEA "A" - PRETENSA VIOLAÇÃO
AO ARTIGO 138 DO CTN – NÃO-OCORRÊNCIA - SÚMULA 208 DO TFR – §
1º DO ARTIGO 155-A DO CTN (ACRESCENTADO PELA LC 104/01) –
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL CONHECIDA, PORÉM IMPROVIDO O
RECURSO PELA ALÍNEA "C". O instituto da denúncia espontânea da
infração constitui-se num favor legal, uma forma de estímulo ao contribuinte,
para que regularize sua situação perante o Fisco, procedendo, quando for o
caso, ao pagamento do tributo, antes do procedimento administrativo ou
medida de fiscalização relacionados com a infração.
Jurisprudência...
Nos casos em que há parcelamento do débito tributário, não deve ser
aplicado o benefício da denúncia espontânea da infração, visto que o
cumprimento da obrigação foi desmembrado, e só será quitada quando
satisfeito integralmente o crédito. O parcelamento, pois, não é
pagamento, e a este não substitui, mesmo porque não há a presunção
de que, pagas algumas parcelas, as demais igualmente serão
adimplidas(...)A Lei Complementar n. 104, de 10 de janeiro de 2001, que
acresceu ao Código Tributário Nacional, dentre outras disposições, o
artigo 155-A, veio em reforço ao entendimento ora esposado, ao
estabelecer, em seu § 1º, que "salvo disposição de lei contrário, o
parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e
multas". Recurso especial não-conhecido pela alínea "a", e conhecido mas
improvido pela alínea "c". (STJ, Primeira Seção, RESP - RECURSO
ESPECIAL – 378795, Data da Publicação: 21/03/2005).
Jurisprudência...
Jurisprudência...
Súmula 360 - STJ
“O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributossujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados,mas pagos a destempo.”
Jurisprudência...
TRIBUTÁRIO. CONFISSÃO DA DÍVIDA. PARCELAMENTO DO
DÉBITO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA NÃO CONFIGURADA.
EXCLUSÃO DA MULTA MORATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O
benefício previsto no art. 138 do CTN não se aplica aos casos
em que o contribuinte faz opção pelo parcelamento do débito
tributário, exigindo-se, para a exclusão da multa moratória, o
integral pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou o
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.
2. A LC 104/2001 incide apenas sobre os parcelamentos
posteriores ao seu advento. Entende a 1ª Seção, contudo, que
tal dispositivo apenas positivou norma que já se continha no
sistema, decorrente da interpretação do art. 138 do CTN. 3.
Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 545.426/PR, 1ªT.,
rel. Min. Teori Zavascki, j.28-10-2003).
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A QUEM CABE APRESENTAR PROVA EM CONTRÁRIO?
Jurisprudência...
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AUTO DE INFRAÇÃO.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE.ÔNUS DA PROVA. ART.
333, DO CPC. 1. A autuação do fisco tem presunção de
legitimidade e instiga prova em contrário para a sua
desconstituição. 2. O auto de infração constitui um documento
que declara a existência de uma dívida e, como é criado por
uma autoridade fiscal competente para tal função, gera uma
situação jurídica a que se subordina o contribuinte. Este, por
sua vez, possui o direito de questionar o procedimento
administrativo, mas incumbe-lhe, por consequência obvia, o
ônus de demonstrar a prova de suas assertivas. 3. Recurso
especial do contribuinte improvido. [...]”. (STJ – 1ªT. Resp.
465,399/MG, Min. José Delgado, mar/03.)
Jurisprudência...AUSENCIA DE NOTIFICAÇÃO. VIOLAÇÃO À AMPLA
DEFESA E CONTRADITÓRIO. VÍCIO NO PROPRIO
LANÇAMENTO. 1. A ampla defesa e o contraditório,
corolários do devido processo legal, postulados com sede
constitucional, são de observância obrigatória tanto no que
concerne aos ‘acusados em geral’ quanto aos litigantes, seja
em processo judicial, seja em procedimento administrativo. 2.
Insere-se nas garantias da ampla defesa e do contraditório a
notificação do contribuinte do ato de lançamento que a ele
respeita. A sua ausência implica a nulidade do lançamento e
da Execução Fiscal nele fundada. 3. A notificação do
lançamento do crédito tributário constitui condição de eficácia
do ato administrativo tributário, mercê de figurar como
pressuposto de procedibilidade de sua exigibilidade.” (STJ
1ªT., Resp. 1073494/RJ, Rel. Ministro Luiz Fux, set/2010.)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇAO FISCAL.
CONTRIBUIÇAO DE MELHORIA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇAO
DO DEVEDOR DO LANÇAMENTO DO TRIBUTO.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DEFICIENTE. VÍCIO QUE
CONTAMINA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
PRESUNÇAO DE LIQUIDEZ E CERTEZA DA CDA AFASTADA.
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NAO CARACTERIZADA.
Com efeito, o título executivo possui presunção de certeza e
liquidez juris tantum, admitindo prova em contrário quando
questionada sua validade em sede de execução. Contudo, o vício
alegado é antecedente à inscrição, isto é, refere-se à
não ocorrência do procedimento de notificação ao contribuinte do
lançamento, fato esse que contamina a constituição do crédito
tributário. AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.265.138 –
SP – 01.11.2010
Jurisprudência...
Art. 173
O direito de a Fazenda
Pública constituir o crédito
tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter
sido efetuado;
Caso...
Paloma realizou em 10.08.2011 a venda do seu imóvel no valor
de R$ 550.000,00. Por ter tido um ganho de capital, efetivou a
impressão do carnê-leão, e realizou o pagamento.
No ano que prestou a declaração 2012 o Fisco visualizou que o
valor tributado era menor do devido, e por lavrou um auto de
infração em 15.02 de 2017.
A contribuinte ingressou com pedido administrativo alegando a
decadência do crédito tributário.
Jurisprudência...PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO
CPC. CONFISSÃO DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS PARA EFEITO
DE PARCELAMENTO APRESENTADA APÓS O PRAZO
PREVISTO NO ART. 173, I, DO CTN. OCORRÊNCIA DE
DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONSTITUIÇÃO DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 3. A decadência, consoante a letra do
art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito tributário.
Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado
por qualquer sistemática de lançamento ou auto-lançamento,
seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de
débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA,
DCOMP, GFIP, etc.). (REsp 1.355.947/SP, rel. Min. Mauro
Campbell Marques, 2ªT., j. em 12.06.2013).
Jurisprudência...
TRIBUTÁRIO.EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO
POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. PRAZO QUINQUENAL.
(...) 3. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via
judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o
contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como
inscrição em dívida, execução e penhora mas não impossibilita a
Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário
para prevenir a decadência do direito de lançar. 4. Embargos de
divergência providos. (EREsp 572.603/PR, 1ªT., rel. Min. Castro
Meira, j. 08-06-2005, REsp 119.156/SP).
Caso...A Fábrica de papel “Santa Therezinha S/A” realiza atividades de
industrialização e por isso deve IPI. Ocorre que em razão de uma nova
Instrução Normativa da Receita Federal não concorda com a nova
metodologia na apuração do tributo, e por isso, decide propor em
13.03.2010 “Ação Declaratória de Modo de Ser da Relação Jurídica”,
com relação ao Fato Gerador ocorrido no mês de fevereiro, com o
objetivo de se ver garantida a apuração da forma anteriormente
realizada.
Para evitar juros, ou qualquer outra correção, requer ao juízo o
depósito do montante integral, o que de pronto foi autorizado. Com
decisão do TJ do Estado favorável ao Fisco em 05.05.16, a Fazenda
Nacional realiza o lançamento da diferença dos valores que deveriam
ter sido recolhidos, e também aceita a conversão do depósito em renda
do valor anteriormente depositado.
Jurisprudência...TRIBUTÁRIO - IPI - FORMA DE APURAÇÃO - CORREÇÃO
MONETÁRIA - DL 2.450/88 E LEI 7.799/89 - CTN, ART. 151, II -
DEPÓSITO JUDICIAL - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - LANÇAMENTO - POSSIBILIDADE - NÃO
OCORRÊNCIA - DECADÊNCIA - LEVANTAMENTO DOS VALORES
DEPOSITADOS - IMPOSSIBILIDADE ANTES DO TRÂNSITO EM
JULGADO DA SENTENÇA - PRECEDENTES. O depósito do montante
integral suspende a exigibilidade do crédito tributário impugnado, nos
termos do art. 151, II, do CTN, mas não impede que a Fazenda
proceda ao lançamento e, muito menos, que se abstenha de lavrar
novas autuações sob o mesmo fundamento, paralisando apenas a
execução do crédito controvertido. - Transcorrido o prazo decadencial
de cinco anos (art. 150, § 4º, do CTN), insuscetível de interrupção ou
suspensão, e não efetuado o lançamento dos valores impugnados e
depositados em juízo, há que se reconhecer a decadência do direito
do fisco efetuar a constituição do crédito tributário. (STJ, 2ª T., REsp
464.343/DF, Min. Francisco Peçanha Martins, fev/06.)
Art. 174
A ação para a cobrança do
crédito tributário prescreve
em cinco anos, contados da
data da sua constituição
definitiva.
Existe lançamento inicial, provisório e definitivo?
Resumindo...
DEVE
DECLARARDECLARA PAGA PRAZOS
100 100 100 EXTINÇÃO
100 NÃO DECLARA ZERO DECADÊNCIA
100 100 ZERO PRESCRIÇÃO (100)
100 80 80 DECADÊNCIA (20)
100 80 ZERO PRESCRIÇÃO (80)
DECADÊNCIA (20)
Art. 151
Suspendem a exigibilidade
do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu
montante integral;
III - as reclamações e os
recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo
tributário administrativo;
Art. 151
V – a concessão de medida
liminar ou de tutela
antecipada, em outras
espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
EXISTE DIFERENÇA ENTRE DEPÓSITO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL?
Jurisprudência...
Apesar de se tratar de uma faculdade do contribuinte, a opção
pelo depósito judicial vincula os valores depositados ao
crédito tributário discutido judicialmente, cujo levantamento
por alguma das partes, Fisco ou contribuinte, fica dependente
do desfecho da lide, a teor do artigo 32, §2º da LEF. (STJ,
2ªT., AgRg no REsp 835.067/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon
– maio/08.)
Art. 1º, §3º
mediante ordem da
autoridade judicial ou, no
caso de depósito
extrajudicial, da autoridade
administrativa competente, o
valor do depósito, após o
encerramento da lide ou do
processo litigioso, será:
Jurisprudência...
Apesar de se tratar de uma faculdade do contribuinte, a opção
pelo depósito judicial vincula os valores depositados ao
crédito tributário discutido judicialmente, cujo levantamento
por alguma das partes, Fisco ou contribuinte, fica dependente
do desfecho da lide, a teor do artigo 32, §2º da LEF. (STJ,
2ªT., AgRg no REsp 835.067/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon
– maio/08.)
Jurisprudência...PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO.
DEPÓSITO JUDICIAL EFETUADO PARA SUSPENDER A
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. CONVERSÃO EM RENDA.
PRECEDENTES. 1. Com o Julgamento dos Embargos de
Divergência no Recurso Especial n. 479.725/BA (relator Ministro
José Delgado), firmou-se, na primeira turma do STJ, o
entendimento de que, na hipótese de extinção do mandado de
segurança sem julgamento de mérito, em face da ilegitimidade
passiva da autoridade apontada como coatora, os depósitos
efetuados pelo contribuinte para suspender a exigibilidade do
crédito tributário devem ser convertidos em renda da Fazenda
Pública. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag
756.416/SP, rel. Min. João Otávio de Noronha, 2ªT., j, 27-06-
2006).
Jurisprudência...
O depósito inibitório de ação fiscal (CTN, art. 151) deve ser
devolvido ao contribuinte em caso de este ser vitorioso na ação a
ele relativa. Não é lícito ao Fisco apropriar-se de tal depósito a
pretexto de que existe outras dívidas do contribuinte, oriundas de
outros tributos. Semelhante apropriação atenta contra a coisa
julgada. (CPC, arts. 467 e 468) (REsp 297.115/SP., rel. Min.
Humberto Gomes de Barros, j.03-04-2001).
Art. 174, parágrafo único.
A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que
ordenar a citação em execução
fiscal;
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que
constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco
ainda que extrajudicial, que
importe em reconhecimento do
débito pelo devedor.
Art. 2º, §3º
A inscrição, que se constitui
no ato de controle
administrativo da legalidade,
será feita pelo órgão
competente para apurar a
liquidez e certeza do crédito e
suspenderá a prescrição,
para todos os efeitos de
direito, por 180 dias, ou até a
distribuição da execução
fiscal, se esta ocorrer antes
de findo aquele prazo.
Jurisprudência...
PRESCRIÇÃO – ART. 2º §3º, DA LEI 6830/80 (SUSPENSÃO
POR 180 DIAS) – NORMA APLICÁVEL SOMENTE ÀS DÍVIDAS
NÃO TRIBUTÁRIAS...1. A norma contida no art. 2º, §3º da Lei
6830q80, segundo a qual a inscrição em dívida ativa suspende a
prescrição por 180 (cento e oitenta) dias ou até a distribuição da
execução fiscal, se anterior àquele prazo, aplica-se tão somente
às dívidas de natureza não tributárias, porque a prescrição das
dívidas tributárias regula-se por lei complementar, no caso o art.
174 do CTN.” (STJ, 2ª T., REsp 881.607/MG, Rel. Ministra Eliana
Calmon, jun/08).
Caso...Felipe Cruz era sócio da Gráfica “impressão do futuro”, contudo em
razão de mudança para outra cidade, decidiu se afastar da sociedade,
o que em 10.03.2001 se consumou após alteração no quadro
societário.
Em 10.05.2002 a empresa sofreu uma autuação da Receita Federal
pelo entendimento que algumas receitas não foram contabilizadas, por
isso, cobrou a diferença correspondente ao fato gerador do período de
1997.
A empresa manifestou impugnação administrativa dentro do prazo e
em sentença denegatória proferida em 05.04.2003 foi inscrita em
Dívida Ativa. Não realizou o pagamento do respectivo tributo e por isso
em 08.02.2008 a Fazenda Pública protocolou o pedido de Execução
Fiscal. Em Agosto de 2009 o Juiz proferiu o despacho de citação em
favor do executado (PJ Jurídica).
Caso...Após a não manifestação da PJ dentro do prazo previsto, houve o
pedido da Fazenda Nacional para a Penhora online, prevista no artigo
185 –A do CTN, o que de pronto foi autorizado pelo juízo. Em
novembro de 2015 foi pedido o redirecionamento da Execução Fiscal
para o Sócio Felipe Cruz, com o bloqueio imediato da sua conta
corrente.
Jurisprudência...
Súmula 560 - STJ
“A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma doart. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na buscapor bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferoso pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição deofícios aos registros públicos do domicílio do executado, aoDenatran ou Detran..”
Jurisprudência...
Nos termos da jurisprudência pacífica desta Corte, o prazo
prescricional interrompe-se pela confissão e pedido de
parcelamento, recomeçando a fluir no dia em que o devedor deixa
de cumprir o acordo. (STJ, Segunda Turma, AgRg nos Edcl no
AREsp 91.345/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, abr/2012).
Art. 40
O Juiz suspenderá o curso
da execução, enquanto não
for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os
quais possa recair a
penhora, e, nesses casos,
não correrá o prazo de
prescrição.
Jurisprudência...PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
REDIRECIONAMENTO AO SÓCIO-GERENTE.
PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. 1. A citação da empresa
executada interrompe a prescrição em relação aos seus
sócios-gerentes para fins de redirecionamento da execução
fiscal. No entanto, com a finalidade de evitar a
imprescritibilidade das dívidas fiscais, vem-se entendendo, de
forma reiterada, que o redirecionamento da execução contra os
sócios deve dar-se no prazo de cinco anos contados da citação
da pessoa jurídica. Precedentes: AgRg nos EREsp
761.488/SC, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, Primeira Seção,
DJe de 7.12.2009; AgRg no REsp 958.846/RS, Rel. Min.
Humberto Martins, Segunda Turma, DJe de 30.9.2009; REsp
914.916/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe
de 16.4.2009. 2. Agravo regimental não provido.
O PARCELAMENTO SUSPENDE OU INTERROMPE A PRESCRIÇÃO?
Jurisprudência...
Nos termos da jurisprudência pacífica desta Corte, o prazo
prescricional interrompe-se pela confissão e pedido de
parcelamento, recomeçando a fluir no dia em que o devedor deixa
de cumprir o acordo. (STJ, Segunda Turma, AgRg nos Edcl no
AREsp 91.345/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, abr/2012).
Art. 40, §4º
Se da decisão que ordenar
o arquivamento tiver
decorrido o prazo
prescricional, o juiz, depois
de ouvida a Fazenda
Pública, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la
de imediato.
Jurisprudência...
Súmula 314 - STJ
“Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-seo processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescriçãoquinquenal intercorrente.”
Jurisprudência...
EXECUÇÃO FISCAL – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE –
TERMO A QUO – FINDO PRAZO DE UM ANO DA
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO – SUMULA 314/STJ...1. O
termo a quo para a contagem da prescrição intercorrente
inicia-se após findado o prazo de um ano de suspensão da
execução, quando não encontrado o devedor ou localizados
os seus bens. O enunciado da Sumula 314 do STJ assim
dispõe. 2. Ademais, entendeu o Tribunal a quo que a
exequente mante-se inerte desde 2000 até a decisão que
reconheceu a prescrição intercorrente em 27.10.2008, ou
seja, mais de cinco anos.” (STJ, 2ªT., AgRg, no Ag
1253088/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, ago/2010).
Tutelas
Evidência
Urgência
Antecipada
Cautelar
Art. 85
Os honorários serão fixadosentre o mínimo de dez e omáximo de vinte por centosobre o valor dacondenação...
§3º: Nas causas em que aFazenda Pública for parte, afixação dos honoráriosobservará os critériosestabelecidos nos incisos Ia IV do §2º e os seguintespercentuais:
Percentual sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtidoSalários Mínimos
10 a 20% Até 200
8 a 10% Acima de 200 até 2.000
5 a 8% Acima de 2.000 até 20.000
3 a 5% Acima de 20.000 até 100.000
1 a 3% Acima de 100.000
26/10/2008 – Processo Suspenso por 1 ano – Arquivado Provisoriamente –
Execução Frustrada.
18/07/2007 – Petição Intermediária Juntada
21/06/2007 - Mandado Devolvido Cumprido Negativo
01/04/2007 – Mandado Expedido
01/03/2006 - Conclusos para Despacho
07/11/2005 - Remetidos os Autos ao Cartório (movimentação exclusiva do
distribuidor) Tipo de local de destino: Cartório
Especificação do local de destino: Cartório da SAF - Setor de Anexo Fiscal
07/11/2005 - Distribuído Livremente (por Sorteio) (movimentação exclusiva
do distribuidor)
Consulta – Processo de 1º Grau – TJ/SP
PÓS GRADUAÇÃODIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO
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