pódio - 27 de setembro de 2015

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Pódioesportes@emtempo.com.br3090-1075

E1

MANAUS, DOMINGO, 27 DE SETEMBRO DE 2015

CHOQUE�REI

São Paulo e Palmeiras fazem clássicoPódio E6

Brincadeiraprofi ssional

O futebol de mesa, também chamado de botão, é uma brincadeira antiga, mas que em Manaus é levada a sério por mais de 60 jogadores profi ssionais. Uma equipe participou, recentemente, de um campeonato em São Paulo. Pódio E4 e E5

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE SETEMBRO DE 2015E2 PódioPódio

O presidente da Federação Amazonense de Desportos Aquáticos (Fada), Victor Hugo Façanha, ou Botinho, como é carinhosamente conhecido no meio, 59, iniciou sua história com a natação ainda aos 10 anos de idade. Apesar de ter que interromper os treinos por conta de uma cirurgia, a paixão pelo esporte falou mais alto e levou o menino novamente para dentro das piscinas.Na caminhada, o nadador conquistou inúmeras vitórias. Foi campeão em 1978 e 1997. Vice-campeão na travessia Almirante Tamandaré em 1974 e campeão na travessia do rio Negro, aos 40 anos de idade. Em 1977, tornou-se professor e passou por diversos clubes como Olímpico, Caco Nadador, Aquática Nobre e La Salle, onde trabalha há 13 anos. Em 1987, tornou-se técnico. É treinador da seleção estudantil há mais de 14 anos e, em 2010, começou a responder pela presidência da Fada.Ao PÓDIO, Botinho falou sobre o cenário do esporte no Amazonas, lembrou grandes feitos do passado e o que espera da natação para o futuro.

‘A difi culdade DE PATROCÍNIO é o principal VILÃO’

BOTINHO

PÓDIO - Como você avalia o atual cenário da natação no Estado?

Botinho - A gente sempre está no pódio brasileiro. Nossa natação sempre foi forte nos campeonatos brasileiros e não está sendo diferente neste ano de 2015. As pessoas às vezes cobram mais, acham que não é sufi ciente, mas é, até porque a natação é um esporte muito competitivo.

PÓDIO - Caio Vasconcelos, Estefani Rodrigues, Mariana Goulart, Luiza Marilac, Caio Graça, entre outros, todos estão entre 15 e 16 anos. Apesar da pouca idade, eles são os principais atletas do Amazonas na atualidade?

Botinho - Este grupo que disputa pela categoria juvenil já conquistou o Campeonato Nor-

te/Nordeste de 2014. Neste ano, em João Pessoa, a competição ocorreu em maio, e os 30 atletas amazonenses conquistaram o vice-campeonato geral. Perde-mos para Recife, mas fomos campeões na categoria juvenil.

PÓDIO - Além do juvenil, que são atletas com idade entre 15 e 16 anos, em que categorias estão os maiores rendimentos da natação amazonense?

Botinho - Os maiores rendi-mentos do Estado estão tam-bém nas categorias, infantil, de 13 a 14 anos de idade, e júnior sênior, de 17 a 20 anos de idade.

PÓDIO - Com os bons re-sultados conquistados pelos nadadores, ainda é difícil conseguir patrocínio?

Botinho - Patrocínio é difícil.

O investimento tem que existir, o poder público tem que aparecer mais, e o privado nem se fala, é o pior que tem. Vejo atleta no sinaleiro pedindo dinheiro para comprar passagem para com-petir fora. Se fi zer planejamento, tem condição.

PÓDIO - É verdade que pela difi culdade de patrocínio, a equipe da categoria juvenil corre o risco de fi car de fora da competição programada para 12 a 16 de novembro em Londrina (PR)?

Botinho - Apesar de classifi ca-do, o grupo ainda não conseguiu patrocínio para as passagens. Agora, só viaja com passagem dada pelo governo quem for de escola pública. Quem estuda em escola particular ou o colégio paga, ou o pai paga. Resultado? Infelizmente, vai pouca gente.

Patrocínio é difícil. O investi-mento tem que existir, o poder público tem que aparecer mais e o privado nem se fala, é o pior que tem. Vejo atleta no sinaleiro pe-dindo dinheiro para comprar passagem para competir fora. Se fizer plane-jamento tem condição”

PÓDIO - Então há grande dificuldade de fomentar uma geração de atletas de alto rendimento, por con-ta da ausência de grandes investimentos?

Botinho - Temos estrutura para treinar cedida pela FVO (Fundação Vila Olímpica). Mas é preciso de um corpo multi-disciplinar com médico, fi sio-terapeuta, preparador físico, nutricionista, psicólogo, masso-terapeuta. Para trabalhar equi-pe de alto rendimento, compe-titiva a nível nacional tem que ter esse apoio. Já pensou um pai pagar tudo isso? Se não tiver dinheiro, o atleta só treina, não tem dieta diferenciada, su-plemento e todo o resto.

PÓDIO - A difi culdade de patrocínio é o principal vilão responsável por abreviar a carreira dos nadadores amazonenses. Isto explica porque no cenário nacional é difícil encontrar atletas do Amazonas com mais idade, que representem pela cate-goria máster?

Botinho - Normalmente o nadador tem condição, mas tem que optar entre treinar, trabalhar ou estudar. Aí, acaba o treino, porque viver do esporte não tem como. É difícil patro-cínio. Enquanto tem o apoio do pai, tem o “paitrocinador”.

PÓDIO - Como foi sua che-gada na Fada?

Botinho - Nunca tive inte-resse em ser presidente, mas o Cláudio Nobre decidiu se afastar para integrar no futebol, então fi zemos reunião e fui eleito. Sempre trabalhei como um in-centivador da natação.

PÓDIO - Nos últimos anos é evidente o aumento da participação dos nadadores nos eventos promovidos pela

Fada. Como o senhor avalia este progresso?

Botinho - Conseguimos mas-sifi car em 6 anos a quantidade de cadastrados. Hoje, são 850 federados. Antes, nossos eventos reuniam 80 competidores, agora são uma média de 300. A fede-ração realiza 20 eventos por ano, entre torneios, circuitos e campe-onatos estaduais. As competições atraem nadadores a partir dos 5 anos de idade, nas categorias mini A, mini B, Mirim, Petis, Infantil, Juvenil, Junior Senior e Master.

PÓDIO - Qual o apoio concedido aos atletas de alto rendimento?

Botinho - Não podemos deixar de citar que as dependências da FVO sempre contribuíram para essa evolução. Sempre cederam espaço para treinamento e não cobram nada da federação. Há espaço para os treinos na FVO das17h às 21h, durante a semana.

PÓDIO - Quais novidades para 2016?

Botinho - Vamos implantar duas clínicas para identifi car e incentivar novos talentos. Nossa natação é forte, somos aqui um grande celeiro de talentos. Só é necessário maior patrocínio.

PÓDIO - Como você ini-ciou no esporte?

Botinho - Gosto muito de nadar. Fui aluno do professor Aly Almeida. Sou da segunda geração da natação no Amazo-nas, junto com Alfredo Jacaúna, Luis Armando Fartollino, Atylla Rayol e Eduardo Braga.

PÓDIO - O que representa a natação para você?

Botinho - A natação é um esporte que faz bem para a vida, além de ser um esporte compe-titivo, também serve como tera-pia e é muito importante para melhorar qualidade de vida.

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE SETEMBRO DE 2015E3PódioPódio E3Pódio

Willian D’Ângelo

Colunista do Pódio

No dia 14 de junho de 1942, no campo do Luso, em partida válida pelo primeiro turno do Campeonato Amazonense, o Nacional aplicou uma goleada histórica no Fast Clube por 10 a 0. A goleada foi construída com gols de Onety (2), Emanuel (2), Oliveira (2), Pedro Sena (2), Benjamim e Raspada, com o Leão da Vila Municipal jogando com Joel, Zeca Periquito, Luís Onety, Lupércio, Pedro Sena, Mariozinho, Oliveira, Emanuel, Paulo Onety, Benjamim One-ty e Raspada. Luís, Paulo e Benjamim eram irmãos, todos revelados pelo futebol do mu-nicípio de Itacoatiara.

Lupércio Pena do Nasci-mento foi outro itacoatia-rense campeão pelo o time da Vila Municipal. O jogador apareceu jogando pelo Brasil e depois teve uma passagem pelo Penarol. Veio direto para o Nacional, que sempre abrigou os craques da velha Serpa. Em 1939, tornava-se campeão pela primeira vez defendendo o Naça ao lado do técnico Praxí-teles Antony e de companhei-ros como Beré, Otílio Farias, Dôda, Casquinha, Garibaldi e Didi. Foi campeão ainda em 1950, invicto.

O prefeito de Manaus era Adhemar de Andrade Thury, que governou de 1941 a 1942, em substituição ao irmão do in-terventor Álvaro Maia, o Antô-

1942, goleada no clássico Pai e Filhopodio@emtempo.com.br

Túnel do tempo

No certame de 1942, o time azulino foi campeão e aplicou outras sonoras gole-adas, como o 11 a 1 diante do Tijuca do goleiro Li-mongi, e o 13 a 0 sobre o Independência. Além da dupla Pai e Filho, participaram da competição o Independên-cia, Rio Negro, Tijuca, União Esportiva e Olímpico, que só disputou um turno”nio Botelho Maria, em época da

implantação do Estado Novo pelo governo do presidente Getúlio Vargas e em plena Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945). No fi nal do século XIX, o campo do Luso foi palco dos primeiros jogos na capital baré.

Em 1942, o governo bra-sileiro fez um acordo com o governo dos Estados Unidos (Acordos de Washington), que

desencadeou uma operação em larga escala de extração de látex na Amazônia - opera-ção que fi cou conhecida como a Batalha da Borracha. Desta, a Amazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, ex-tração e comercialização que promoveu grande expansão na colonização da Região Norte.

No certame de 1942, o time

azulino foi campeão e aplicou outras sonoras goleadas, como o 11 a 1 diante do Tijuca do goleiro Limongi, e o 13 a 0 sobre o Independência. Além da dupla Pai e Filho, participaram da competição o Independên-cia, Rio Negro, Tijuca, União Esportiva e Olímpico, que só disputou um turno. A goleada do Naça sobre o time tricolor foi preliminar de União Esportiva

3 a 2 Olímpico.No ano anterior, o time na-

cionalino também conquistou o certame regional, tendo como base a formação com Joel, Beré, Luís Onety, Lupércio, Pe-dro Sena, Mariozinho, Caiado, Emanuel, Paulo Onety, Barrote e Raspada. Também jogaram na temporada de 1941 os atle-tas Zeca Periquito, Ariosto, Ca-çador e Esmeraldo.

Foto tirada antes do início da partida em que o Nacional fez 10 a 0 no Fast Clube, no dia 14 de junho de 1942, pelo Campeonato Amazonense

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Botão, profi ssionalismo e saudosismo

Engana-se quem pensa que o futebol de botão é ape-nas brincadeira de crian-ça. Em Manaus, à prática

resiste ao tempo. Atualmente, cerca de 60 atletas profi ssio-nais estão ligados a Associação Manauara de Futebol de Mesa (AMFM), que se reúne de 15 em 15 dias na Arena Amadeu Teixei-ra, Zona Centro-Sul de Manaus, para a prática do botonismo.

Praticante da atividade desde 2008, Marcos Oliveira é fi liado à AMFM e afi rma que o esporte passa por um processo de ama-durecimento profi ssional na capital amazonense. “Recente-mente jogamos um campeonato em São Paulo e tivemos bons resultados, inclusive atletas de Manaus que conseguiram exce-lentes colocações. Foi um gran-de aprendizado para nós. Aos poucos estamos disseminando as técnicas, as regras, e estamos fazendo essa transferência de conhecimento”, avalia o jogador.

Há dois domingos atrás (19), na Arena Amadeu Teixeira, a associação selecionou quatro atletas para uma seletiva que irá escolher os melhores com-petidores para representar o Estado em um campeonato em São Paulo.

A AMFM afi rma que os cam-peonatos estão cada vez mais trazendo novos adeptos para a associação. Quando a entida-de começou eram apenas seis competidores, hoje o número ultrapassa os sessenta.

Segundo o funcionário público Marlon Maior, a prática começou a ser disputada em Manaus ain-da na década de 1980, quando o futebol de mesa era forte na capital. Porém, após a saída do presidente da federação de fute-bol de botão à época, José Car-los, a prática do botão declinou, voltando apenas nos anos 90.

“Em 2007, por meio de um grupo de garotos do colégio Marechal Hermes começou um movimento de resgate do espor-te em Manaus. Hoje, os atletas são representados pela a AMFM, que possui um calendário anual de torneios, com encontros de 15 em 15 dias, na Arena Amadeu Teixeira”, afi rma Marlon.

O desportista diz ainda que o futebol de mesa que se joga hoje é muito diferente daqueles que se jogava quando ele era criança, com caixas de fósforos, ou com botões que os pais com-pravam em lojinhas de R$ 1,99.

“Hoje jogamos com botões acrílicos que nem de longe se parecem com os botões que jogá-vamos quando éramos crianças.

Com apenas cinco minutos de prática, é possível controlar a bola, que é redonda e feita de microfi bra”. As peças para um time de botão profi ssional variam entre R$ 150 e R$ 500 reais.

RegrasAs regras do esporte são

divididas em divisões e sub-divisões por clube e por atleta nos campeonatos realizados em Manaus. Como se fossem as séries A, B, e C, do Cam-peonato Brasileiro, na capital amazonense as divisões são de ouro, prata e a platina, que equivalem á principal categoria do campeonato do país.

As regras do futebol de mesa profi ssional estão ancorados a quatro principais normas. Se-gundo Marlon, são elas: a prá-tica com apenas um toque; três toques; com dadinho; e a de 12 toques, que é a mais difundida no Brasil e no mundo, e a que se joga em Manaus.

Segundo a AMFM, os botões são identifi cados pelo nome e número dos jogadores da equi-pe. E tal como na realidade, os jogadores (ou botões) treinam, lesionam-se, assinam contratos, transferem-se para outras equi-pes, falam com a imprensa e vivenciam outras situações roti-neiras do futebol.

Futebol de mesa vai muito além de brincadeira de criança. Em Manaus, há profissionais do esporte que disputam campeonatos fora da cidade e colecionadores de “times” O advogado Leonardo

Valente, 29, é um apaixo-nado pelos botõezinhos de acrílico. Léo garante que sua coleção, de aproximada-mente 150 times do mundo inteiro, é uma das maiores do mundo. Avaliada em mais de R$ 5 mil reais, segundo o colecionador, a coletânea de times varia entre clubes do Amazonas, dos diversos Estados do Brasil, além de seleções de todo o Mundo.

O colecionador, que ga-rante ser torcedor do Olímpi-

co, em Manaus, tem o botão do time que já está extinto. Equipes que já não fi guram mais no cenário local como Cliper, Libermorro e CDC Manicoré, ainda existem na coleção de Léo.

Existem até seleções ima-ginárias, como a do Vati-cano. Apaixonado pelo Fla-mengo, Leonardo tem em seu time peças raras, como o Flamengo de Zico, e do time centenário de 1995.

Com o esporte no sangue, o advogado garante que a

paixão herdou do pai, quando os dois jogavam juntos em mesas improvisadas no chão de casa, ou nas salas do jantar.

“Na verdade eu come-cei a colecionar futebol de botão em 1994. Sempre gostei de futebol e desde 1994 sempre comecei a co-lecionar os times de botão. Aqui no bairro, Vieiralves, sempre brincávamos e re-alizávamos torneios, assim me tornei hexacampeão de futebol de botão do bairro”, garante Leonardo.

Amor que passou de pai para fi lho

Peças de futebol de mesa podem chegar a custar R$ 500 e são confeccionadas com acrílico

Advogado Leo Valente mostra sua

coleção de times de botão

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Botão, profi ssionalismo e saudosismo

Engana-se quem pensa que o futebol de botão é ape-nas brincadeira de crian-ça. Em Manaus, à prática

resiste ao tempo. Atualmente, cerca de 60 atletas profi ssio-nais estão ligados a Associação Manauara de Futebol de Mesa (AMFM), que se reúne de 15 em 15 dias na Arena Amadeu Teixei-ra, Zona Centro-Sul de Manaus, para a prática do botonismo.

Praticante da atividade desde 2008, Marcos Oliveira é fi liado à AMFM e afi rma que o esporte passa por um processo de ama-durecimento profi ssional na capital amazonense. “Recente-mente jogamos um campeonato em São Paulo e tivemos bons resultados, inclusive atletas de Manaus que conseguiram exce-lentes colocações. Foi um gran-de aprendizado para nós. Aos poucos estamos disseminando as técnicas, as regras, e estamos fazendo essa transferência de conhecimento”, avalia o jogador.

Há dois domingos atrás (19), na Arena Amadeu Teixeira, a associação selecionou quatro atletas para uma seletiva que irá escolher os melhores com-petidores para representar o Estado em um campeonato em São Paulo.

A AMFM afi rma que os cam-peonatos estão cada vez mais trazendo novos adeptos para a associação. Quando a entida-de começou eram apenas seis competidores, hoje o número ultrapassa os sessenta.

Segundo o funcionário público Marlon Maior, a prática começou a ser disputada em Manaus ain-da na década de 1980, quando o futebol de mesa era forte na capital. Porém, após a saída do presidente da federação de fute-bol de botão à época, José Car-los, a prática do botão declinou, voltando apenas nos anos 90.

“Em 2007, por meio de um grupo de garotos do colégio Marechal Hermes começou um movimento de resgate do espor-te em Manaus. Hoje, os atletas são representados pela a AMFM, que possui um calendário anual de torneios, com encontros de 15 em 15 dias, na Arena Amadeu Teixeira”, afi rma Marlon.

O desportista diz ainda que o futebol de mesa que se joga hoje é muito diferente daqueles que se jogava quando ele era criança, com caixas de fósforos, ou com botões que os pais com-pravam em lojinhas de R$ 1,99.

“Hoje jogamos com botões acrílicos que nem de longe se parecem com os botões que jogá-vamos quando éramos crianças.

Com apenas cinco minutos de prática, é possível controlar a bola, que é redonda e feita de microfi bra”. As peças para um time de botão profi ssional variam entre R$ 150 e R$ 500 reais.

RegrasAs regras do esporte são

divididas em divisões e sub-divisões por clube e por atleta nos campeonatos realizados em Manaus. Como se fossem as séries A, B, e C, do Cam-peonato Brasileiro, na capital amazonense as divisões são de ouro, prata e a platina, que equivalem á principal categoria do campeonato do país.

As regras do futebol de mesa profi ssional estão ancorados a quatro principais normas. Se-gundo Marlon, são elas: a prá-tica com apenas um toque; três toques; com dadinho; e a de 12 toques, que é a mais difundida no Brasil e no mundo, e a que se joga em Manaus.

Segundo a AMFM, os botões são identifi cados pelo nome e número dos jogadores da equi-pe. E tal como na realidade, os jogadores (ou botões) treinam, lesionam-se, assinam contratos, transferem-se para outras equi-pes, falam com a imprensa e vivenciam outras situações roti-neiras do futebol.

Futebol de mesa vai muito além de brincadeira de criança. Em Manaus, há profissionais do esporte que disputam campeonatos fora da cidade e colecionadores de “times” O advogado Leonardo

Valente, 29, é um apaixo-nado pelos botõezinhos de acrílico. Léo garante que sua coleção, de aproximada-mente 150 times do mundo inteiro, é uma das maiores do mundo. Avaliada em mais de R$ 5 mil reais, segundo o colecionador, a coletânea de times varia entre clubes do Amazonas, dos diversos Estados do Brasil, além de seleções de todo o Mundo.

O colecionador, que ga-rante ser torcedor do Olímpi-

co, em Manaus, tem o botão do time que já está extinto. Equipes que já não fi guram mais no cenário local como Cliper, Libermorro e CDC Manicoré, ainda existem na coleção de Léo.

Existem até seleções ima-ginárias, como a do Vati-cano. Apaixonado pelo Fla-mengo, Leonardo tem em seu time peças raras, como o Flamengo de Zico, e do time centenário de 1995.

Com o esporte no sangue, o advogado garante que a

paixão herdou do pai, quando os dois jogavam juntos em mesas improvisadas no chão de casa, ou nas salas do jantar.

“Na verdade eu come-cei a colecionar futebol de botão em 1994. Sempre gostei de futebol e desde 1994 sempre comecei a co-lecionar os times de botão. Aqui no bairro, Vieiralves, sempre brincávamos e re-alizávamos torneios, assim me tornei hexacampeão de futebol de botão do bairro”, garante Leonardo.

Amor que passou de pai para fi lho

Peças de futebol de mesa podem chegar a custar R$ 500 e são confeccionadas com acrílico

Advogado Leo Valente mostra sua

coleção de times de botão

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São Paulo e Palmeiras duelam no Morumbi de olho no grupo dos quatro primeiros do Brasileirão

São Paulo (SP) – O clássico São Paulo e Palmeiras por si só já é um atrativo a mais para torcedor se empolgar e ir ao estádio. No

duelo deste domingo (27), às 15h (de Manaus), no Morumbi, há um ingre-diente a mais que promete apimentar a partida. Ambos lutam por uma vaga no grupo dos quatro primeiros coloca-dos do Campeonato Brasileiro e quem vencer conseguirá chegar ao objetivo. O Alviverde é o quarto com 44 pontos e o Tricolor vem logo atrás, na quinta posição, com 42 pontos somados.

O São Paulo vai para o jogo em-polgado após vencer o Vasco por 3 a 0 no meio de semana pela Copa do Brasil. Mesmo com o triunfo, o ambiente tricolor segue pesado, prin-cipalmente pela desconfi ança de parte da diretoria com o trabalho do técnico Juan Carlos Osorio. Para a partida, o treinador não poderá contar com o atacante Luis Fabiano, lesionado. O substituto do Fabuloso, por sinal, é a única dúvida para o derby. Wilder e Rogério brigam pela vaga. Outra possibilidade é adiantar o lateral-es-querdo Carlinhos para a ponta direita e colocar Matheus Reis em seu lugar.

Diante deste cenário, o Tricolor pau-

lista deve ir a campo para o clássico com: Rogério Ceni, Bruno, Lucão, Ro-drigo Caio, Carlinhos, Breno, Thiago Mendes, Michel Bastos, Ganso, Wilder e Alexandre Pato.

“No primeiro jogo fui expulso no inter-valo e aconteceram outros eventos que mudaram o jogo. Reconheço as forças do Palmeiras. Tenho dúvidas se joga Egídio ou Zé Roberto... Mas queremos que nossa torcida apoie o time como no jogo anterior. Foi muito importante para nós”, disse Osorio.

PalmeirasConsciente de que precisa vencer

para fi ncar os pés no G-4, o técnico Marcelo Oliveira não mudará a postura ofensiva da equipe. Com as ausências de Arouca, suspenso, e Dudu, que cumpre último jogo de suspensão imposta pelo STJD, a tendência é que o veterano Zé Roberto, poupado no meio de semana, volte ao meio de campo do Alviverde. Ele deve formar trinca de meias com Thiago Santos e Robinho.

O Palmeiras deve entrar em campo com: Fernando Prass, Lucas, Jackson, Vitor Hugo, Egídio, Thiago Santos, Zé Roberto, Robinho, Rafael Marques, Ga-briel Jesus e Lucas Barrios.

Emerson Sheik e Jorge Henrique voltam aos seus clubes após lesão

Meia Michel Bastos está confi rmado no time titular

Veterano Zé Roberto volta

ao time no meio de campo

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Vasco testa boa fase contra FlaRio de Janeiro (RJ) – Há

quatro jogos sem perder no Campeonato Brasileiro, o Vasco conseguiu sair da lanterna na última rodada e reavivou o sonho de escapar do rebaixamento. Para conti-nuar sua peregrinação rumo ao milagre de permanecer na elite do futebol brasilei-ro, o Cruz-Maltino terá pela frente, neste domingo (27), às 15h (de Manaus), no Ma-racanã, o Flamengo. Mesmo com o rival lutando na parte de cima da tabela, a autoes-tima vascaína está em alta para o duelo. Neste ano, o time de São Januário ain-da não perdeu uma partida ofi cial para o Rubro-Negro. Com 23 pontos somados, o Vasco está a oito de sair da incômoda zona da degola

Para o Clássico dos Milhões, o técnico Jorginho contará

com o retorno do atacante Leandrão, que não participou da derrota para o São Paulo no meio de semana. Jorge Henrique também pode re-tornar, mas ainda é dúvida, pois ainda se recupera de lesão. O “talismã” Rafael Silva também deve ganhar nova chance no setor ofensivo.

Diante deste cenário, o Gigante da Colina deve ir a campo com: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo, Julio Cesar, Rafael Vaz, Serginho, Nenê, Andrezinho, Rafael Sil-va e Leandrão.

FlamengoApós seis vitórias seguidas

no Brasileirão que o colocou como postulante ao G-4, o Flamengo perdeu seus dois últimos compromissos e dei-xou a zona de classifi cação para a próxima Libertadores

da América. Com 41 pontos, mesmo que vença, o Rubro-Negro não voltará ao grupo dos quatro melhores times da competição, visto que São Paulo (42) e Palmeiras (44) se enfrentam e, mesmo que empatem, o time carioca não os alcançará.

Para o clássico, o técnico Oswaldo de Oliveira terá os retornos do atacante Emer-son Shiek e do zagueiro Wallace. O lateral-esquerdo Jorge, que fi cou ausente na derrota para o Atlético-MG, também retorna ao time. A baixa é meia-atacante Everton, suspenso. Paulinho será o substituto.

O Fla entrará em cam-po com: Paulo Victor, Pará, Wallace, Samir, Jorge, Can-teros, Márcio Araújo, Alan Patrick, Paulinho, Emerson Shiek e Paolo Guerrero.

CLÁSSICO DOS MILHÕES

Corinthians enfrenta o Figueirense

Florianópolis (SC) – Líder do Campeonato Brasileiro com 57 pontos, o Corin-thians enfrenta o Figueiren-se neste domingo (27), às 15h (de Manaus), no Orlando Scarpelli, pela 28ª rodada da competição. O time ca-tarinense fi gura na zona de rebaixamento com apenas 28 pontos somados.

Com o jovem Yago man-tido na lateral-esquerda, o técnico Tite confi rmou o time que entrará em campo no Sul do país. A baixa será o volante reserva Cristian, que machucado, nem viajou para a capital de Santa Catarina.

O Timão deve ir a campo com: Cássio, Fagner, Gil, Felipe, Yago, Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love.

LÍDER

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE SETEMBRO DE 2015E7PódioPódio

COPA INTERBAIRROS

Horade se recuperar e vencerApós péssima atuação no GP de Cingapura, a Mercedes tem que voltar a vencer se quiser continuar com folga na liderança

Suzuka (Japão) - “Secar” a Mercedes virou quase que um esporte para os fãs de F-1 nos últimos 20 meses —

exceto, é claro, para os torcedores do time alemão e de seus pilotos, Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Mas nem o mais otimista dos secadores poderia esperar o que aconteceu no GP de Cingapura.

De repente, a Mercedes não só tinha que se preocupar com a chegada da Ferrari para in-comodá-la e quem sabe tirar Lewis ou Nico da primeira fi la. Na verdade, as Flechas de Pra-ta precisaram se esforçar para garantir lugar na terceira fi la do grid. Na corrida, não passou de um quarto lugar com Rosberg, enquanto Hamilton abandonou.

Para o GP do Japão, neste do-mingo (27) à 1h (de Manaus), a

estatégia é crer que o GP de Cin-gapura foi uma exceção à regra. Suzuka, para os padrões da F1 atual, é um circuito único. Difícil apontar outro circuito como o que abriga a 14ª etapa do campeo-nato. Longo, com sequências de várias curvas e punitivo ao erro do piloto. Um deslize e a volta lançada já era. Levando em conta que é um traçado onde pressão aerodinâmica é importante, mas que também tem grandes retas para o motor Mercedes falar mais alto, o favoritismo volta a Hamilton e Rosberg.

No entanto, Ferrari e Red Bull podem surpreender novamente. A equipe italiana vem de seu melhor fi m de semana em mais de 2 anos e tem em Sebastian Vettel um piloto que se dá muito bem em Suzuka. E esse histórico

do alemão tem quatro vitórias em seis oportunidades.

A Williams, que em Cingapura ao menos não foi mal como em Mônaco ou Budapeste, vai brigar para defender o posto de terceira força. A tendência é que, das pistas que restam até o fi m do ano, esta seja a última em que a Red Bull lhe represente uma grande ameaça. Valtteri Bottas, quinto colocado no domingo, falou: “Cingapura seria a pista mais difícil do resto do calendário, então pen-samos que p o d e m o s ser mais competiti-vos aqui do que no ano passado”.

Toro Rosso pode surpreender no JapãoÉ uma corrida para também se

fi car de olho na Toro Rosso. O STR10 pode se dar bem no traçado japonês, e os jovens Max Verstappen e Carlos Sainz têm surpreendido em pistas consideradas difíceis. Max arrepiou em Mônaco, por exemplo, ao fi car em segundo em um treino livre.

Assim, o time é forte candidato a entrar no Q3 e a pontuar, brigando no pelotão intermediário com Force India e Lotus. Na Force India, Nico Hülkenberg tem uma punição de três posições no grid pelo toque com Fe-lipe Massa no GP de Cingapura. Um pouco mais atrás, Sauber e McLaren.

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Pela primeira vez fora do pódio em

Cingapura, Mercdes quer

voltar a vencer

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015E8 PódioPódio

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