pesquisa em comunicação breve histórico e modelos a partir de lúcia santaella

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PESQUISA EM COMUNICAÇÃO: breve histórico e modelos a partir de Lúcia Santaella

Kalyne MenezesQuézia Alcântara

Universidade Federal de Goiás

Mass Communication Research

Delia (1987)

1900 a 1940: Laswell (nascimento de pesquisas subsequentes)

1949-1965: consolidação das ciências da comunicação (Hobland e Lazarfeld)

Escolas de Jornalismo: desenvolvimento da área de comunicação. Anos1980 alargamento do espectro de perspectivas.

Influências para pesquisa em comunicação Identificação das pesquisas com MCM

Preocupação dos MC públicos com vida social e política

Desenvolvimento de práticas profissionais dentro e através das ciências sociais

Origem pesquisa MCM

Laswell: Propaganda techniques in the world war (1927)

Que efeito tem os mass media em uma sociedade de massa?

Audiência como amorfa (hipodérmicas)

Teoria HipodérmicaPilares

Sociedade de massa (audiência indefesa e passiva)

Modelos teóricos da comunicação(psicologia behaviorista de Watson; reflexo condicionante Pavlov; psicologia de massa Le Bon)

Abordagem psico-experimental

Superação da teoria hipodérmica Empírica de tipo psicológica-experimental Funcional

Superação modelo mecanicista de comunicação Pela primeira vez na pesquisa sobre

comunicação de massa ficou evidente a complexidade dos elementos que entram em jogo na relação emissor, mensagem, destinatário

Mass media e sua capacidade de influenciar o público.

Pesquisa sociológica de campo: associação de processos de comunicação de massa às características do contexto social em que esses processos se realizam (WOLF).

Abordagem psico-experimental

Merton e Lazarfeld Estudo da composição dos públicos e seus

modelos de consumo de Comunicação de Massa

Medições sociais que caracterizam esse consumo

Lazarfeld e Katz: os meios de comunicação não influenciam diretamente o público, mas sim grupos e líderes que retomam ou não a mensagem da mídia.

Abordagem psico-experimental

...definir a problemática da mídia a partir do ponto de vista da sociedade e do seu equilíbrio, da possibilidade do funcionamento do total do sistema social e da contribuição que os seus componentes (inclusive os meios de comunicação de massa) lhe trazem. O campo de interesse de uma teoria dos meios de comunicação de massa não é mais definido pela dinâmica interna dos processos de comunicação [...], mas pela dinâmica do sistema social e pela função que as comunicações de massa nela desenvolvem (WOLF, 2009, p.51).

Teoria sociológica estrutural-funcionalista

Um dos desdobramentos dessa teoria foi a hipótese dos usos e satisfações (O que as pessoas fazem com os mass media?)

A audiência é tão ativa quanto os emissores das mensagens e apresenta um complexo conjunto de necessidades que buscam satisfazer com os mass media.

Anos 1980 a hipótese aprofundou o papel assumido pelas audiências e pelo seu envolvimento.

Pesquisa etnometodológica Oposição à análise de conteúdo das

pesquisas de comunicação. Considera a dimensão subjetiva dos processos de comunicação.

Resgata ao receptor a capacidade de produzir sentidos e interpretar

Observação das pessoas no processo comunicativo

Teoria do agendamento: papel importante dos produtores e programadores na formação da realidade social

Os mass media não pretendem persuadir, mas apresentam ao público o que é necessário ter uma opinião e discutir (SANTAELLA, 2001)

Anos 1980: transição dosestudos de Comunicação

Agenda-setting

Grande parte da realidade social fornecida é emprestada pela mídia

Mac Comb e Shaw (1972): efeitos de mídia são indiretos. Existe a busca dos usos e gratificações, mas a necessidade de orientação é bem mais flexível.

Influências a longo prazo

Agendamento

Newsmaking

Técnicas de pesquisa participativa

Produção de informação cultura organizacional do jornalista processos produtivos

Santaella: agenda-setting e newsmaking não chegam a se constituir teorias da comunicação; tratam-se mais de teorias setoriais do campo específico da imprensa

Wolf deixou de ver que a hegemonia dos MCM e a ideia de comunicação de massa seriam postas em crise nos anos 1980 (SANTAELLA, 2001, p.38).

Alemanha, Escola de Frankfurt

Crítica à sociedade de mercado na qual os indivíduos são alienados em relação à sociedade como resultante histórica da divisão de classes

Teorias críticas

Teoria crítica Horkheimer e Adorno: Indústria cultural

Produção de bens culturais está inserida no movimento global de produção da cultura como mercadoria.

Degradação do papel filosófico-existencial da cultura.

Mesma racionalidade técnica dos outros produtos. Uniformização e padronização.

Teoria crítica Marcuse: O homem unidimensional

(1964).

Marcuse buscava desmascarar a irracionalidade do modelo de organização social conduzido pela técnica e ciência, que mais subjugam do que libertam o indivíduo.

Circulação de “linguagens unidimensionais”, não há mais espaço para o pensamento crítico.

Teoria crítica Habermas - desenvolvimento das leis de

mercado e a intrusão destas na esfera da produção cultural: declínio do espaço público.

Na sociedade de mercado esse espaço público passa a ser substituído por formas de comunicação cada vez mais inspiradas em modelos comerciais de fabricação de opiniões.

Teoria crítica Marcuse: libertação do homem

unidimensional pela completa revolução da ciência e técnica.

Habermas: restauração das formas de comunicação num espaço público estendido ao conjunto da sociedade.

Agir comunicativo: fundamentos conceituais para uma nova razão crítica.

Teoria crítica Walter Benjamin (frankfurtiano):

desenvolveu formas de pensamentos autônomas, recuperadas e inteligidas a partir dos anos 1980.

Enzensberg: potencial liberados dos MC pelas esquerdas políticas.

Crítica de Baudrillard: meios não tem qualquer possibilidade de emancipação.

Teoria crítica Brasil: Lopes (1990) - influência Gramsci

como paradigma teoria crítica de extração marxista

Guy Debord: apesar da origem francesa, seus estudos sobre a sociedade do espetáculo sintonizam com a teoria crítica norte-americana.

Espetáculo: relações degradadas entre pessoas e mediatizadas pelos MC.

Teoria crítica Rodrigues (1990): Estratégias da

Comunicação desencantamento com a técnica e a

instrumentalização do campo da comunicação o aproximam da teoria crítica

Zizek (1991, 1992, 2000): sociologia interpretativa dos fenômenos estéticos, culturais e midiáticos com base lacaniana.

MODELOS LINEARES

LaswellTeoria matemáticaCibernéticaBerlo

Modelos do processo comunicativo

Modelo Laswell

Modelos lineares

Modelo Teoria Matemática

Modelo cibernético (Wienner)

Modelo cibernético

Esquema de Berlo

SchrammOsgood

Modelos circulares

Modelo circular Scrhamm

Linguístico-funcionalSemiótico informacionalSemiótico-textual

Modelos interativos

Modelo linguístico-funcional (Jacobson

Modelo semiótico-informacional

Modelo semiótico textual

Modelo lummaniano

1 – Cultural Estudies (Birminghan)Estudos sobre o consumo da comunicação de massa como espaço de negociação

EtnografiaMedia studies Teorias a linguagem e subjetividade, literatura e sociedade

Tendências culturológicas e midiáticas

2 – Estudos Midiológicos Marshal, McLuhan (tecnoculturalista)

Três períodos históricos marcados pela introducao de uma nova tecnologia e que definem a cultura. A centralidade do papel das mídias

Oral ou tribalista, escrita ou tipográfica, eletrônica ou dos MCM

Período atual: aldeia Global

ESCOLA DE TORONTO

Harold Innis

Havelock

Meuronyts

Teoria culturológica francesa Edgar Morin (1962): L’Esprit du temps. Definição

nova forma de cultura da sociedade

Cultura de massas não e autônoma, mas pode embeber-se de outras culturas nelas, interpenetrando e corrompendo-as

Morin: sincronismo e mais adequado para traduzir a tendência para homogeneizar a diversidade dos conteúdos sobre um denominador comum

Bourdieu e Passeron ausência de sistematicidade em Morin. Reivindicam comportamento mais empírico e especifico para os MCM

Final anos 1970- pós-modernidade: meios comunicação, satélites e tecnologia: memória cultural da humanidade

Novas tecnologias começaram a descentralizar a comunicação massuda, afeitando a recepção de Massa ao permitir ao usuário maior controle sobre o processo de comunicação.

Debate cultural intenso final anos 1980, pós-modernidade. Jean-Francois Lyotard La Condition Postmoderne (1979)

Gatarri (1993): rejeita ideologia pôs modernidade propondo que as novas tecnologias operam no centro da subjetividade humana 

Virilio: quanto mais a transformações humanas aceleram seu ritmo mais as atividades humanas se reduzem a sua inércia

Baudrillard: a comunicação virou vítima do excesso de comunicação, excesso que levou à implosão dos sentidos. Perda do real em um mundo de simulacro.

Teorias da América Latina; não conformistas. Barbero, Canclini, Sodré, Pinheiro.

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