patogenia das doenças infecciosas

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Patogenia das Doenças Infecciosas

Iasmyn FlorencioJordana SoaresMaria Oliveira

Roberto RivelinoSandra Helena

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco Campus Pesqueira

Infecção Vs Doenças Infecciosas

Quando um patógeno se aloja no organismo dar-se o nome de infecção, esta pode desenvolver uma doença infecciosa ou não. Doença infecciosa é aquela doença causada por microrganismo, e os microrganismos que causam doenças são coletivamente chamados de patógenos.

Porque nem sempre se desenvolve doença infecciosa.

• O microrganismo pode “se alojar” em um local anatômico onde é incapaz de se multiplicar.

• Muitos patógenos precisam se fixar a específicos receptores locais antes que sejam capazes de se multiplicar e causar dano.

• Fatores antibacterianos que destroem ou inibem o crescimento do microorganismo.

• A microbiota endógena local, que pode produzir fatores antibacterianos ou através do antagonismo microbiano.

• O estado nutricional ou a saúde do individuo• Imunidade ao patógeno específico• Os leucócitos fagocíticos.

Quatro períodos ou fases no curso de uma doença infecciosa

• Período de incubação;• Período prodrômico;• Período da doença;• Período de convalescência.

Curso de uma doença infecciosaExposição ao patógeno

Período de incubação

Período prodrômico

Período da doença

Morte

IncapacidadeConvalescência

Infecções localizadas versus infecções sistêmicas

Uma vez que um processo infeccioso tenha sido iniciado, a doença pode permanecer localizada num determinado local ou se espalhar.Infecções localizadas: espinhas, furúnculos, e abscessos.Infecção sistêmica ou generalizada: tuberculose, que a bactéria causadora pode se espalhar por muitos órgãos, condição conhecida como tuberculose miliar.

Doença aguda, subaguda e crônica• Aguda tem início repentino recuperação

rápida (ex: sarampo, caxumba, gripe);

• Crônica tem início insidioso e dura muito tempo (ex: tuberculose, hanseníase e sífilis);

• Subaguda surge mais repentinamente do que a crônica e menos subitamente do que a aguda(ex: endocardite bacteriana)

Sintomas versus sinais de uma doença

• Sintoma de uma doença é definido como alguma evidência de doença percebido pelo paciente, algo mais subjetivo.

• Sinal de doença é definido como algum tipo de evidência objetiva da doença.

Infecções latentes

Uma doença infecciosa pode ir de sintomática a assintomática, e algum tempo depois voltar a ser sintomática. Tais doenças são referidas como infecções latentes.

Exemplos:

Estágios da sífilis

Infecção por sífilis (3 semanas)

Primária: Cancro (2 a 6 meses)

Secundária: Lesões, febre, perda de cabelo (2 a 6 meses)

Estágio latente: Sem sintomas (5 a 50 anos)

Terciária: Destruição do cérebro, coração, medula espinhal e/ou outros órgãos

Catapora x CobreiroO cobreiro é uma dolorosa infecção dos

nervos, considerada manifestação latente da catapora.

Infecções primárias e infecções secundárias

Em geral, uma doença infecciosa pode surgir depois de outra, caso em que a primeira doença é chamada de infecção primária e a segunda, infecção secundária.

Etapas na patogenia das doenças infecciosas

Em geral a patogenia segue a sequência abaixo: • Entrada;• Fixação;• Multiplicação;• Invasão/disseminação;• Evasão das defesas do hospedeiro;• Dano ao(s) tecido(s) do hospedeiro.

Virulência Às vezes se utiliza a palavra virulento como

sinônimo de patogênico, ou seja, podem existir cepas virulentas (patogênicas) e não virulentas (não patogênicas) de uma determinada espécie.

A virulência também é utilizada como medida/grau de patogenicidade.

Algumas vezes a virulência é utilizada como referência à gravidade das doenças infecciosas causadas pelos patógenos, ou seja se um patógeno causa uma doença mais grave que a que outro patógeno causa, o primeiro é mais virulento que o segundo.

Fatores de virulência

Os atributos que possibilitam ao patógeno aderir, escapar dos vários mecanismos de defesa do organismo do hospedeiro e desencadear a doença são chamados de fatores de virulência.

FixaçãoPara causar doença, alguns patógenos

precisam ser capazes de se fixar/prender às células para depois conseguirem ter acesso ao corpo.• Receptores e Adesinas

Um determinado patógeno só pode aderir à células que possuam o receptor apropriado.

Os termos usuais adesinas e ligantes são usados para descrever a molécula na superfície de um patógeno capaz de reconhecer e se ligar a um receptor específico.

• Fímbria Bacteriana (Pili)Projeções longas, finas, flexíveis,

semelhantes a pelos, compostas principalmente de um arranjo de proteína chamada pilina. São consideradas fatores de virulência porque permitem que as bactérias se fixem às superfícies. Pelo fato de a fímbria possibilitar às bactérias colonizar superfícies, elas são, algumas vezes referidas como fatores de colonização.

Patógenos intracelulares obrigatórios

Também chamados de parasitas intracelulares obrigatórios, esses microrganismos precisam viver no interior de uma célula hospedeira para sobreviver e se multiplicar.

Patógenos intracelulares facultativos

Também chamados de parasitas intracelulares facultativos, esses microrganismos podem sobreviver tanto de forma intracelular quanto extracelular.

Mecanismos de sobrevivência intracelular

Os fagócitos desempenham importante função em nossa defesa contra os patógenos. Uma vez fagocitados, os patógenos são, na grande maioria, destruídos no interior dos fagócitos. Entretanto alguns patógenos conseguem sobreviver, uns possuem parede celular resistente à digestão; outros impedem a fusão dos lisossomas; há ainda alguns que são capazes de sobreviver através de mecanismos que ainda são desconhecidos.

Cápsulas

As cápsulas bacterianas são consideradas fatores de virulência porque servem a uma função antifagocítica. Os fagócitos são incapazes de se prender às bactérias capsuladas porque não possuem os receptores de superfície para o material polissacarídico do qual a cápsula é constituída.

Já as bactérias não encapsuladas são fagocitadas e mortas.

Flagelos

Os flagelos bacterianos são considerados fatores de virulência pois permitem às bactérias flageladas invadir áreas aquosas do corpo onde as bactérias não flageladas não conseguem. Talvez os flagelos também permitam que as bactérias escapem da fagocitose.

Exoenzimas As exoenzimas e/ou toxinas que os patógenos produzem constituem os principais mecanismos pelos quais eles causam doenças. Alguns exemplos de exoenzimas, são:

• Enzimas Necrosantes;•Coagulase;•Quinases;•Hialuronidase;•Colagenase;•Hemolisinas;•Lectinase.

ToxinasVários tipos de substâncias venenosas que

dependendo de sua produção e liberação, aumentam a capacidade dos patógenos de danificarem os tecidos do hospedeiro e causar doença. Sendo endotoxinas e exotoxinas, suas principais categorias.

• Endotoxina: pode causar graves efeitos fisiológicos adversos, como febre e choque. As substâncias que causam a febre são chamadas pirógenas. O choque representa condição potencialmente fatal resultante de hipertensão e hipotensão, fornecimento inadequado de sangue aos tecidos e orgãos do corpo.

• Exotoxinas: são proteínas venenosas secretadas por inúmeros patógenos. As mais potentes são as neurotoxinas, outros tipos são, chamadas enterotoxinas.

Mecanismos pelos quais os patógenos escapam das respostas imunológicas

• Variação Antigênica

• Camuflagem e Mimetismo Molecular

• Destruição de Anticorpos

Referências Bibliográficas

BURTON, G.R.W.; ENGELKIRK, P.G. Microbiologia para ciências da saúde. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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