os três grandes argumentos filosóficos

Post on 07-Jul-2015

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Revendo OS TRÊS GRANDES ARGUMENTOS FILOSÓFICOS que tentaram nortear o pensamento humano ao longo da história.

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Tenho escrito muitas crônicas,em slides, com seus fundos ilustrados.

Às vezes, quando o plano de fundo me põenum lugar como este, entre coisas que não

foram feitas pelo homem (e que mesmo assim ─ ou por isso mesmo ─ manifestam toda esta

extraordinária impressão de grandeza),eu penso em Deus, o Criador,

e no texto cito seu nome,como agora.

Tenho escrito muitas crônicas,em slides, com seus fundos ilustrados.

E o estranho é que não me preocupo emdar a isso uma sustentação religiosa.

Eu acharia ótimo, ao contrário,se pudesse dar a Deus

uma sustentaçãocientífica.

Afinal, se já é claroque a nossa existência não

saiu de dentro de velhos livros(e que Deus, portanto, não criouo Universo com “palavras”), Ele

provavelmente nunca andou comoradores e esteve mais perto de

matemáticos, ligados à áreada geometria.

Afinal, se já é claroque a nossa existência não

saiu de dentro de velhos livros(e que Deus, portanto, não criouo Universo com “palavras”), Ele

provavelmente nunca andou comoradores e esteve mais perto de

matemáticos, ligados à áreada geometria.

Deve ter sidoinspirado nisso quePitágoras introduziu

a geometria namatemática.

E já que não posso me recorrer à religião(nem às ciências, de fato, apesar de estar

aqui, no espaço, escrevendo sobreuma paisagem lunar fotografada

por elas...), o que me restaé a filosofia.

E daqui inicio a estruturaçãodo título desta crônica, onde o “revendo”sugere o exame de assuntos já tratados,mas que obviamente não surtiram efeito

...

E de fato a estrutura do pensamento humano(ou do pensamento ocidental, melhor dizendo),

começou de maneira adequada, na Gréciaantiga, quando Sócrates estabeleceu:

“Só o argumento corretopode levar à conclusão

correta”.

E vamos logo estabelecer aqui os três grandesargumentos filosóficos que tentaram nortearo pensamento humano ao longo da história.

Observem, leitores, como que os doisprimeiros correspondem à questão

que levantei a pouco,a respeito de

Deus:

O ARGUMENTO TEOCOSMOLÓGICO

“Se tudo no Universo e ele próprio existem,isto óbvia e naturalmente significa que

‘alguém’ deve tê-los criado,pois, sozinho, nada pode

‘passar a existir’.”

O ARGUMENTO TEOCOSMOLÓGICO

“Se tudo no Universo e ele próprio existem,isto óbvia e naturalmente significa que

‘alguém’ deve tê-los criado,pois, sozinho, nada pode

‘passar a existir’.”

As ciênciasnunca falaram de“alguém”..., mas

reconhecem que a“geração espontânea”

é impossível.

O ARGUMENTO TELEOLÓGICO

“Tudo no Universo, incluindo elepróprio, exigem desígnio e propósito.

Para compreendermos as coisasprecisamos conhecer as razões

pelas quais elas foramcriadas.”

O ARGUMENTO ONTOLÓGICO

“O que existe, ou o que de maneira clarapode ser visto existencialmente,

é mais importante do queo que só supostamente

existe.”

Portanto, em última instância,temos de dedicar nossas atençõesao que existe e que se mostra claro

na realidade..., mesmo sem desprezaros dois argumentos anteriores.

Evamos alargar

um pouco mais o assunto.

Estou certo de que, para Sócrates,essas três seriam as bases dos argumentos corretos,

capazes de nos levarem às conclusões corretas.

Mas aqui vamos examinar apenas a palavra “correto”.

Acho que Sócrates falou disto no sentido de “verdadeiro”ou de algo em que se encerra uma verdade (ligada ao que

se vê na realidade). É claro pois, ao contrário, um argumentoincorreto ─ estabelecido com erros pela ignorância, pela ilusão

ou pela simples mentira ─ nunca chegará a uma conclusão correta,verdadeiramente real ou “concreta” (para mudar o feitio da palavra).

Mas isso não mudará quem diz: A verdade é indefinível e,se não se pode definir “o que é uma verdade”, não se pode

definir “o que é uma mentira”.

Interessante. Isto sempre foi o argumento religiosomais inteligente: se cada uma das religiões possui a sua verdade(que não pode ser comprovada ─ e, nem por isso, contestada),

é preciso que todas aceitem ou respeitem as verdadesumas das outras, pois não há como determinar

qual possui a verdade verdadeira.

Então, insistindo, se todasas verdades são igualmente verdadeiras,

a despeito de suas divergências e contradições,não se pode determinar qual é a falsa

ou se existe alguma falsa.

Curioso. Lembro-me desta legenda: “A verdade oua realidade está no que acreditamos”. Então, aquiloem que eu acreditar, será uma verdade para mim.

E foi assim que o poder da “arte de convencer”se tornou tão importante, a ponto de requerer

instrumentos adicionais de propaganda...

Estou certo de que Goebbels, ministro da Informaçãoe Propaganda do governo de Hitler, percebeu tudo isso,

para enfim fazer funcionar na prática a sua teoria:

“O fundamento da propaganda é a repetição...,porque é a repetição que fundamenta (ou sempre

termina por fundamentar) a verdade e a realidade”.

É inegável que as antigas ladainhas intermináveis(transformadas em modernas mensagens sistematicamente

repetidas em nossos meios de comunicação social),agem eficientemente em nossas cabeças

de maneira até sutil ─ ou subliminar.

E elas fazem isso muito bem, independentes do mal,pois não têm propósitos ou propostas filosóficas,

e pouco se interessam pela sabedoria dosargumentos corretos.

E agora, enfim justamente,voltando minha atenção para nós que estamos aqui,

em relação ao que realmente interessa, por ser importante,devemos ter isto por convicção: do mesmo modo que a Vidanão se alimenta de mentiras (por isso, aliás, sobrevivemos),

a realidade não tem como se fundamentar sobre elas.

E o fato é que, toda mentira, mais cedo ou mais tarde cai,como um simples efeito da própria evolução...,

E agora, enfim justamente,voltando minha atenção para nós que estamos aqui,

em relação ao que realmente interessa, por ser importante,devemos ter isto por convicção: do mesmo modo que a Vidanão se alimenta de mentiras (por isso, aliás, sobrevivemos),

a realidade não tem como se fundamentar sobre elas.

E o fato é que, toda mentira, mais cedo ou mais tarde cai,como um simples efeito da própria evolução...,

senão for

impedida deocorrer.

Ao contrário uma verdade jamais cairá,a despeito dos esforços repetitivos das propagandas

ou das ladainhas intermináveis... Escrevo assim ao me lembrarde Copérnico e de Galileu Galilei, obrigados de joelhos anegar suas teorias a respeito do sistema heliocêntrico;

teorias que, não obstante, prevaleceram,porque eram verdadeiras ou,

simplesmente,reais.

E vamos concluir falando do segundo argumento,o Teleológico: “Tudo no Universo exige desígnio

e propósito; para compreendermos as coisasprecisamos conhecer as razões

pelas quais elas foramcriadas...”

Precisamos, então, ir além das ciências,que só procuram conhecer ou

saber como as coisasfuncionam...,

para recriá-las ou cloná-lase, assim, fazê-las funcionarpelos seus critérios, razões

ou propósitos, não?!...

Como eu não sei o que vocês, leitores,teriam para me dizer ou sugerir, se me permitem,vou formular uma pergunta, pelo ângulo científico:

Se considerarmos que o Universo foi o grande e únicoCRIADOR de tudo, quais teriam sido as suas razões paracriar um complexo e laborioso mundo como o da Terra eainda uma criatura supostamente preferencial, a humana,que apesar de extraordinária, destinada à auto-evolução,

é totalmente confusa, pois não consegue encontraruma única razão para sua própria existência?...

(!)

Por favor, amigos, leitores,não procurem compreender o Universo

sem estabelecer nele a presença de um Ser.Perderão seus tempos e ainda farão com queas suas mentes percam o sentido de existir:que não existe para coisas, só para seres!

Escreverei sobre ela em outro espaço, adequadamente.Mas já que ela entrou aqui, deixem-me

aproveitar de sua influência.

Lamento. Esta imagem entrou aqui,pela minha memória, vinda de outro lugar.

Eu sou exatamente igual aos outros e oscilo no cursodos pensamentos como se estivesse num barco à derivasobre o oceano da complexidade humana, sem bússolas,sem mapas, sem trilhas para seguir na superfície da água,

sem saber quando e aonde aportar ─ ou se tenhoaonde aportar nesta Terra...

E talvez a verdade seja mesmo esta:não existem portos para nós na Terra, e, por isso,

devemos nos comportar como os navegantes antigos,que se orientavam olhando para o alto,

em direção ao Céu... .

Olhem só!Nos dias de hojenós já escrevemos assim:olhando, do espaço, a Terra e a Lua.

Sabemos queo Universo não existiria pois sequer teria uma razãopara existir , sem a presença nelede mentes conscientementeperceptivas.

Simplesmentea existência só ocorrede fato se for percebida,

enquanto a razão de existirsó se dá pela consciência;

é aqui que entramos.

E, então,enquanto nãodescobrirmos novosseres por aí, pelo espaço,que sejamos nós mesmoscapazes de dar razãoà existênciade tudo.

Lanier Wcr

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