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Os hospitais públicos têm por missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as
demais unidades prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Regulamento Geral dos Hospitais (1968) definia os hospitais como serviços de interesse público,
instituídos, organizados e administrados com o objetivo de prestar à população assistência médica
curativa e de reabilitação (artigo 1º), competindo-lhes também colaborar na prevenção da doença, no
ensino e na investigação científica.
Ao longo dos últimos 40 anos, em Portugal, o paradigma e a prestação de cuidados de saúde, em meio
hospitalar, sofreu várias transformações ao nível da gestão e da prestação, em busca de uma maior
eficiência e de qualidade.
• Vbn m
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Os Hospitais em Portugal: Enquadramento
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Evolução Demográfica em Portugal - Redução drástica da natalidade - Acréscimo da esperança média de vida - Aumento da prevalência das doenças crónicas - Sobrecarga de doença no fim da vida, com múltiplas comorbilidades
Equidade no acesso
Gratuitidade
Eficácia
Qualidade
Integração
Eficiência, financiamento e sustentabilidade
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Cobertura
- Constituição da rede de hospitais e construção de novas unidades
- Recursos humanos – carreiras e formação profissionais - Minimização da concentração de recursos nas grandes áreas metropolitanas, embora com assimetrias e carências sectoriais
Equidade no Acesso
- Listas de espera – problema universal, não resolvido
- Cirurgia – PPA, PECLEC, SIGIC - MCDT’s – complementaridade com o sector convencionado
Gratuitidade
- Efectiva
- Taxas moderadoras…
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Qualidade
- Redução do recurso ao exterior
- Centros de Referência – redes transfronteiriças - Constrangimentos persistentes : - infecção nosocomial, sobrelotação sazonal, “urgencialização”
Integração e articulação
- Paradigma dos cuidados primários no centro do sistema
- Articulação com a rede de cuidados continuados e integrados - Relação inter-hospitalar – Redes de Referenciação
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Sustentabilidade – crescimento exponencial dos custos
- Alargamento da rede, para garantia da cobertura nacional
- Aumento do número e da diversificação e qualificação dos efectivos - “Explosão” do volume e valor dos medicamentos e dispositivos médicos
Sustentabilidade – modelos de financiamento e fusão/integração de unidades - Orçamento histórico - GDH’s grupos de diagnóstico homogéneo - CRI’s centros de responsabilidade integrada - SPA’s sector público administrativo - SA’s sociedades anónimas - EPE’s entidades públicas empresariais - PPP parcerias público-privadas
- CH’s centros hospitalares - ULS’s unidades locais de saúde
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Sustentabilidade – experiências inovadoras de gestão
1995 – Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca
1998 – Hospital de São Sebastião
1999 – Unidade Local de Saúde de Matosinhos
2001 – Hospital do Barlavento Algarvio
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Sustentabilidade – hospitais em regime de Parceria Público-Privada (PPP)
2010 – Hospital de Cascais 2012 – Hospital de Loures
2012 – Hospital de Braga 2013 – Hospital de Vila Franca de Xira
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Sustentabilidade – Centros de Referência
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Hospitais – Evolução da Prestação de Cuidados Resultados – Produção das Unidades (1986-2015)
1986 2015 Δ 2015/1986
Doentes saídos do internamento 694.159 819.483 125.324 18,05%
Camas (número) 31.163 21.305 -9.858 -31,63%
Demora média (em dias) 12,3 7,8 - -
Episódios de urgência 4.430.293 6.118.365 1.688.072 38,10%
Intervenções cirúrgicas 209.861 667.206 457.345 217,93%
694.159
819.483
1986 2015
Doentes saídos do internamento
4.430.293
6.118.365
1986 2015
Episódios de urgência
209.861
667.206
1986 2015
Intervenções cirúrgicas
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CRESCIMENTO EM CRISE ou
CRISE DE CRESCIMENTO?
SERIA POSSÍVEL, COM OS MESMOS RECURSOS,
OBTER MAIS E MELHORES GANHOS EM SAÚDE?
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Desafios
• Gestão hospitalar com autonomia, responsabilização e aplicação de incentivos ligados ao
desempenho
• Optimização da contratualização e financiamento, com vista á adequação eficiente dos
recursos às necessidades
• Aprofundamento da articulação e integração dos cuidados (primários, continuados e inter-
hospitalares)
• Optimização da equidade no acesso (resolução das listas de espera)
• Combate à infecção nosocomial
• Minimização da sobrelotação sazonal e do papel da urgência hospitalar como porta de
acesso prioritária
• Reforço da ambulatorização dos cuidados
• Planeamento da adequação dos recursos humanos
• Melhoria do Registo de Saúde Electrónico e dos Sistemas de Informação para apoio à
decisão e governação hospitalar
• Contenção dos custos de medicamentos e dispositivos médicos – inovação virtuosa
• Utilização racional dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica
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