obra no bairro luxemburgo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMOMATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

PROFESSOR EDUARDO CABALEIRO

RELATÓRIO DE VISITA À OBRA

CONSTRUTORA DINIZ CAMARGOS

LUDMILA SOUZA

OUTUBRO DE 2010

RELATÓRIO DA VISITA À OBRA DA CONSTRUTORA DINIZ CAMARGOS

1. Introdução

2. Objetivos

3. Desenvolvimento

4. Conclusão

1. Introdução:

No dia 06 de Setembro de 2010 foi realizada pelos alunos da Disciplina de

Técnicas e Materiais, uma visita técnica à obra da construtora Diniz Camargos. Ela se

localiza no bairro Luxemburgo, e sob orientação do Professor Eduardo Cabaleiro

tivemos orientação a respeito das técnicas utilizadas no processo construtivo.

O Edifício Vila Real, trata-se de um empreendimento residencial, locado em um

terreno muito acidentado necessitando um projeto específico estrutural de contenção de

terra como o retangulão. Além disso, a obra tem uma particularidade muito

fundamental, uma usina de concretagem dentro da própria obra diminuindo os custos de

logística e aumentando a possibilidade de fiscalização da qualidade do concreto.

2. Objetivos

Reconhecer diversos procedimentos adotados nas diversas etapas de construção

bem como as técnicas para se obter o melhor desempenho dos materiais;

Entender a importância do processo de fiscalização de uma obra bem como

ressaltar a importância da organização e criteriosidade da execução do projeto

tendo em vista economia de materiais, zelo pela segurança e preocupação com a

reputação dos agentes executores da obra;

Analisar a relevância do detalhamento do projeto para a execução de uma

intervenção de qualidade.

3. Desenvolvimento:

A construtora Diniz Camargos, no empreendimento localizado no bairro

Luxemburgo, criou sua própria usina de fabricação de concreto graças ao dispositivo

montado com uma enorme betoneira. Essa aparelhagem funciona como uma unidade

industrial onde é produzido o concreto para a própria obra nas especificações de

resistência ou do tipo mais adequado às necessidades do projeto. Esse concreto é então

distribuído a todos os pontos da obra com auxílio de uma grua, comumente chamado de

guindaste, que é um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas

e materiais pesados.

Nessa etapa de fabricação do concreto, é extremamente importante a presença do

engenheiro ou um técnico, de inteira confiança e com larga experiência em execução do

concreto. Os erros cometidos nessa etapa geralmente acarretam grandes prejuízos

futuros. A necessidade de correção das patologias ocorridas nas estruturas provocadas

por falta de cuidados na fase de concretagem implicará em perda da reputação e de

dinheiro para o profissional e construtora responsável.

No entanto, antes do processo de concretagem e, no caso de obras onde o concreto é

encomendado nas concreteiras e chegam através de caminhões betoneira, antes da

descarga é necessário fazer uma avaliação da quantidade de água do concreto,

verificando se a consistência está de acordo com o que foi especificado no projeto. A

falta de água torna o concreto menos trabalhável, podendo criar ninhos de concretagem

(bicheiras) e água em excesso reduz a resistência do concreto. A consistência é avaliada

pelo ensaio slump test, que tem como objetivos de determinar da trabalhabilidade e

controlar a quantidade de água adicionada no concreto fresco, de acordo com os passos

a seguir:

a) Coletar diretamente da calha da betoneira uma amostra de aproximadamente

30 litros de concreto depois de descarregado pelo menos 0,5 m3 (não retire a

amostra de concreto já lançado na fôrma);

b) Colocar a amostra em um carrinho e misturar para assegurar a

homogeneidade;

c) Colocar o cone sobre a placa metálica (previamente molhados e tratados)

nivelada, apoiando firmemente os pés sobre as abas inferiores do cone;

d) Preencher o cone em 3 camadas iguais e aplicar um apiloamento de 25

golpes em cada camada em toda a seção do cone, adensando cuidadosamente

com a haste sem que esta penetre na camada inferior;

e) Retirar o excesso de material da última camada com a régua, alisando a

superfície;

f) Içar o cone verticalmente, com cuidado;

g) Colocar a haste sobre o cone invertido ao lado da massa abatida, medindo a

distância entre o ponto médio do material e a parte inferior da haste,

expressando o resultado em centímetros.

Cone de Abrams

RéguaHaste metálica

Base de chapametálica

Abatimento(cm)

Amostra

Slump test

Embora a amostra ideal seja aquela retirada do terceiro terço do concreto ainda na

betoneira, é conveniente fazer um ensaio logo na segunda descarga na calha para tomar

as medidas de aceite ou rejeição da carga. O valor do abatimento desejado deve estar

expresso na nota fiscal ou de acordo com o projeto e deve ser verificado antes de seu

lançamento. Caso o ensaio aponte estar o concreto com trabalhabilidade acima do limite

estabelecido a carga deve ser rejeitada. No caso do abatimento ficar abaixo do limite

pode-se adicionar água ao concreto e em seguida, verificar novamente o abatimento. Se

este ficar aumentado em até 2,5 cm e dentro do limite máximo o concreto pode ser

aceito.

Outra particularidade da obra visitada é a característica íngreme do terreno sendo

necessárias algumas medidas de contensão de terreno e a adoção de estruturas auxiliares

para garantir a segurança dos taludes. Para isso, o engenheiro de estruturas dimensionou

retangulões que eram preenchidos com concreto produzido no próprio local da obra. O

“retangulão” é um método inovador que ainda está se difundindo no meio da construção

civil, e tem como objetivo conter taludes e encostas que estão ou sofreram problemas de

deslizamentos ou escorregamentos de terra.

Pode ser utilizado para reforçar elementos estruturais ou até mesmo servir de

sub-base para muros de divisa ou estruturas apoiadas diretamente no solo. É um método

que possui mais de uma função (reforço e contenção), e pode ser utilizado de várias

formas, o que o diferencia dos outros métodos de contenções existentes. Por não

precisar de equipamentos grandes e de mão-de-obra especializada, o custo da execução

dos “retangulões” é baixo em comparação com s outras contenções. Ao mesmo tempo

do custo viabilizar a sua utilização este método sofre uma forte crítica por expor o

operário envolvido na escavação do seu fuste a um risco iminente de desabamento.

Para a execução do projeto é necessário realizar ensaios de análise do solo ,

posteriormente fazer o cálculo estrutural dos “retangulões” e depois desenvolver do

projeto arquitetônico e estrutural. Para execução da obra primeiramente faz a limpeza

do terreno, loca-se os “retangulões”, escava-se a terra, remove o entulho, monta-se as

fôrmas e escoramentos, corta, dobra e monta a armação e posteriormente faz a

concretagem (com ou sem utilização de bomba).

Seguindo as instruções do consultor de solos, todos os “retangulões” devem ser

concretados em, no máximo, 2 dias após aberto, pois o poço pode desbarrancar fazendo

com que toda a escavação seja perdida. O mangote da bomba de concreto bombeia,

então, o concreto no "retangulão" escavado e armado.

A execução dos “retangulões” segue passos e seqüências previamente

especificadas em projeto. Não é permitido que seja executado um “retangulão” na

seqüência do outro, sempre é preciso dar um intervalo de um ou dois “retangulões”, por

exemplo, se for executado o “retangulão” R1, só poderá executar em paralelo o R3,

fazendo o intervalo entre as 2 peças, para que seja executado outro “retangulão” em

paralelo.

4. Conclusão

Com a visita técnica vimos em detalhes as etapas e os processos de execução do projeto

e também as técnicas utilizadas para conceber uma estrutura. Desta forma, conseguimos

entender a importância do papel do arquiteto ao designar a função de determinados

espaços na fase elaboração do projeto, já que essa escolha irá atuar diretamente na

execução da obra e no desempenho dos materiais empregados no processo construtivo.

REFERÊNCIAS:

http://www.uepg.br/denge/aulas/Concretagem/Concretagem.doc

http://cursos.anhembi.br/TCC-2007/Trabalhos/tcc-35.pdf

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