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Julia Zardo, juliaz@puc-rio.br, é Doutoranda em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pelo PPED/UFRJ, Mestre em mídia e
mediações socioculturais e Graduada em Comunicação Social pela PUC-Rio
Ruth de Mello, ruth@puc-rio.br, é Mestre em Desenvolvimento, Sociedade e Agricultura pelo CPDA/UFFRJ, Especialista em Políticas Públicas
e Governo pelo IUPERJ/UCAM e Graduada em Ciências Econômicas pelo IE/UFRJ.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Prédio Gênesis, Gávea. Telefone: 21 3527 1763
O CONCEITO DE CRIATIVIDADE NA CIDADE DO RIO:
Ambientes e economia criativa para o desenvolvimento
Julia Bloomfield Gama Zardo
Ruth Espínola Soriano de Mello
Palavras-chave: Desenvolvimento, Economia Criativa, Empreendedorismo, Rio de Janeiro,
Territórios.
Resumo:
Este artigo lida com a discussão sobre a crescente conscientização e a valorização de
iniciativas de promoção de ambientes que estimulam a inovação produtiva, cooperativa e
criativa.
Quanto à metodologia de apresentação do artigo, a contribuição de vários estudiosos é
dirigida ao longo do texto de uma forma crítica e dialógica, focando principalmente nos debates
em torno dos conceitos centrais do artigo: economia criativa, cultura, redes e territórios.
Rio de Janeiro e sua trajetória histórica e conceitual são comentados, bem como três
territórios na cidade - Santa Teresa, Lapa, e o corredor cultural Gávea - Jardim Botânico e
Botafogo - são destacadas brevemente, com o objetivo de contribuir para a análise do
desenvolvimento de processos das regiões e comunidades, com foco em redes de colaboração,
cooperação e na valorização de aspectos culturais locais, especialmente nas dinâmicas
econômicas atuais e perfil internacional da cidade.
As considerações finais visam apresentar a reavaliação do foco de ação local para a
implementação de políticas e instituições que surgem como uma estratégia, submetidos a um
processo de desenvolvimento e observação de novos ambientes produtivos e inovação criativa,
que têm impacto real na qualidade de vida e desenvolvimento cultural, social e econômico de
uma região.
THE CONCEPT OF CREATIVE IN THE CITY OF RIO:
Environments and creative economy for development.
Julia Bloomfield Gama Zardo
Ruth Espínola Soriano de Mello
Keywords: Development, Creative Economy, Entrepreneurship, Rio de Janeiro, Territories.
Structured Abstract:
This article, written in the form of full article, deals with the discussion of the growing
awareness and the appreciation of initiatives of environments promoting that stimulate
innovation productive, cooperative and creative.
Regarding the methodology of presentation of the article, the contribution of various
scholars is addressed throughout the text in a critically and dialogical form, focusing mainly on
the debates around central concepts of the article, namely: creative economy, culture, networks
and territories.
Rio de Janeiro and its historical and conceptual trajectory are treated, as well as three
territories in the city - Santa Teresa, Lapa, and the cultural corridor Gávea – Jardim Botânico
and Botafogo - are briefly highlighted, aiming to contribute to the analysis of processes
development of regions and communities, focusing on collaboration networks, cooperation, and
in the capital appreciation of local cultural aspects, especially in the current economic dynamics
and international profile of the city.
Final considerations are made in order to present the revaluation of local focus of action
for implementation of policies and institutions arises as a strategy submitted to a process of
development and observation of new productive environments, and creative innovation that have
real impact on the quality of life and cultural development, social and economic development of a
region.
Introdução:
Esse artigo foi concebido considerando a emergência da economia criativa no Brasil, e
principalmente na cidade do Rio de Janeiro, em que há o entendimento de ser a capital da cultura
nacional ou mesmo um lócus criativo internacional no contexto da pós-modernidade.
Ao perceber que a cidade possui territórios de relevância cultural a sua importância no
meio da economia criativa passa a ser maior. Além disso, é necessário destacar indicadores
recentes apontam que a proporção de empreendedores que iniciam seus negócios por enxergar
oportunidades aumentou, enquanto a dos que os fazem por necessidade diminuiu (GEM, 2012).
Com isso, observa-se a tendência virtuosa do empreendedorismo inovador potencialmente mais
vigoroso e estruturado.
Juntando tais fatores, o Rio de Janeiro passa a ser o foco de muitos daqueles que veem a
economia criativa como um caminho propício para negócios que podem notadamente se
comportar como um vetor de desenvolvimento social e ambientalmente sustentável. O artigo
explora a Lapa, Santa Teresa e o corredor Jardim Botânico/Botafogo enquanto territórios
criativos pulsantes, que contribuem com a valorização de aspectos culturais locais,
principalmente ao tratar das dinâmicas econômicas atuais e o perfil histórico internacional da
cidade, além do desenvolvimento de processos das regiões e comunidades, analisando
principalmente as redes de colaboração e cooperação.
Rio de Janeiro: Lócus Criativo nacional.
O Brasil vem ganhando notoriedade internacional crescente por inúmeras razões, dentre
as quais se destaca o fato de ter sido escolhido para sediar uma sequência de megaeventos
esportivos mundiais em detrimento de outros países centrais. Tais adventos em parte respondem
pela conjuntura econômica extremamente favorável para o Brasil, em que pese o fato de que o
país passou praticamente imune à crise dos mercados globais de 2008 devido à solidez de suas
instituições financeiras e à continuidade do crescimento do mercado interno, e vem enfrentando
novas crises instauradas na Europa, em 2012 e 2013, na esperança de responder de modo
igualmente satisfatório. De todo, o país conquistou e reforçou uma posição global de destaque
entre outros mercados do seu porte.
Adicionalmente, as recentes descobertas de extensos campos de petróleo na camada de
pré-sal da costa brasileira situaram o Brasil como o quinto maior detentor de reservas provadas
no mundo, agregando valor ao desenvolvimento e estabilidade do país.
Além disso, o Brasil tem conseguido alcançar indicadores que registraram dinâmica de
inovação em seu território importante se comparados a uma dinâmica histórica não expressiva.
Atualmente, o país está em 13º lugar na lista dos países com maior volume de produção científica
do mundo, assim como o número de mestrandos e doutorandos – responsáveis pelo maior volume
de produção científica no Brasil – é dez vezes maior do que há 20 anos.
Adicionalmente, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2012 apontou que a taxa
de empreendedorismo no Brasil passou de 21% em 2002 para 30% em 2012, e que a de
empreendedores por necessidade caiu de 7% em 2002 para 5% em 2012, sendo que a de
empreendedores que abriram um negócio por enxergarem oportunidades no mercado cresceu de
6% para 11% no mesmo período.
Este cenário é ainda mais especial se considerarmos que nos últimos dez anos, os jovens
tem crescido sua representatividade no campo do empreendedorismo nacional. Mais de 30% dos
novos empreendimentos gerados no período foram criados por pessoas entre 25 e 34 anos (GEM,
2012), revelando que empreender tem sido um verbo muito conjugado quando pensam em opções
de empregabilidade de obter renda e riqueza.
Tais dados expressam o desempenho de processos de educação empreendedora que vem
sendo implementado há décadas pela Universidade Empreendedora, em articulação com a Tripla
Hélice, e que tem sido estendida recentemente inclusive para programas de ensino técnico, na
formação de novos profissionais e qualificação da força de trabalho nacional enfoque que, por
deter natureza mais enxuta e prática, oportuniza uma aprendizagem empreendedora
potencialmente estratégica às nações que a concebem no bojo dos vetores de desenvolvimento
sustentável. (ARANHA, 2009)
Fatores competitivos intrínsecos - como o baixo custo da força de trabalho ou avanços
específicos relacionados à tecnologia da informação - somente podem ser superados pela
inteligência de novos modelos de negócios, novos processos, novas tecnologias e outros
decorrentes da criatividade, imaginação e inovações constantes. Este é o caminho a ser trilhado
tanto por países desenvolvidos, quanto por países em desenvolvimento.
Neste contexto, o Brasil precisa superar os desafios que a Lei Nacional de Inovação
apresentou desde sua vigência, em 2004, especialmente para os Núcleos de Inovação
Tecnológicas (NITs) quanto à sustentabilidade, tanto do ponto de vista da manutenção de
recursos, carência de profissionais especializados, questão cultural dos pesquisados, estudantes e
empresariado associado quanto à relação com a transferência de tecnologia per se ou de parcerias
para o desenvolvimento de soluções. (ANPROTEC, 2012, p. 86)
É neste mesmo contexto que se observa também a emergência da economia criativa no
Brasil, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, considerada por muitos como a capital
cultural nacional ou mesmo como lócus criativo internacional da pós-modernidade. Os processos
de renovação urbana estão dando origem a novos contornos e estratégias de articulação visando à
promoção do desenvolvimento local integrado e endógeno, com ampla participação da sociedade.
O Rio de Janeiro já tem territórios de destaque internacional. Como exemplo, o bairro de
Santa Teresa e entorno, nas proximidades do centro da cidade, que, “ao se tornar uma constelação
de atividades econômicas e culturais, [...] pode ser considerado um ambiente criativo que
descobre novas vocações e se reinventa como uma cidade criativa”, segundo artigo de Achcar
(2011).
Além de Santa Teresa, a região da Lapa e entorno, também localizada nas proximidades
do centro da cidade do Rio de Janeiro é na atualidade reconhecidamente um polo de
entretenimento. A região oferece um circuito cultural do samba e do choro e releva possibilidades
para a indústria da música para o Estado do Rio de Janeiro.
O bairro da Lapa, antigo reduto da “malandragem carioca” do início do século passado,
estava notadamente abandonado pelo Estado nos anos 1990, tendo sido recuperado por artistas e
comerciantes da própria região. Tal fato evidencia como circuitos independentes que se
configuram como alternativas ao monopólio dos grandes conglomerados empresariais de cultura
e de comunicação conforme argumenta Micael Herschmann (2007). A trajetória de sucesso deste
território fornece pistas que evidenciam a importância estratégica da cultura e, em particular, da
indústria da música local para o desenvolvimento de diferentes regiões do país.
Adicionalmente, o corredor cultural que abrange os bairros da Gávea, do Jardim Botânico
e de Botafogo e que abriga a maior quantidade de empreendimentos formais na área da economia
criativa na cidade (FIRJAN, 2012).
Essa última região tem expressiva representação de agentes que atuam no segmento mais
dinâmico da economia criativa, o audiovisual, conforme Bruno Feijó argumenta:
“O setor de conteúdo audiovisual é um dos mais representativos do novo cenário industrial
internacional e um dos que mais crescem no mundo digital na atualidade. Este setor gera
bens de elevado valor agregado, conforma um mercado onde podem florescer e interagir
diversas pequenas, médias e grandes empresas, convoca grande diversidade de força de
trabalho especializada, abre perspectivas para a inclusão social e trabalha explicitamente
com a valorização da propriedade intelectual. Em outros termos, neste ramo, pode-se fazer
mais com menos recursos”. (FEIJÓ, 2012)
Ainda segundo Feijó, a cidade do Rio de Janeiro preserva a vocação de ser o ambiente físico e
cultural mais propício para a atração do bipolo “investidores & pessoas tecnológicas criativas”
conforme definição de Paul Graham em 2006 (Graham apud FEIJÓ, 2012).
A cidade do Rio de Janeiro tem ainda regiões não exploradas do ponto de vista de seu
potencial criativo de estímulo a tecidos culturais locais. Como exemplo, pode-se pensar na
promoção de circuitos que remontam e recontam história do surgimento da bossa nova, do
samba, do funk, dentre outras expressões do segmento da música que expressam a vanguarda
carioca em novos ritmos que tem influenciado internacionalmente.
Esse movimento de redescoberta dos lugares em meio à dinâmica global-local suscita
novos empreendimentos que ressignificam os espaços urbanos para além de seus elementos
materiais, vinculando os constructos imateriais, as atividades culturais, as formas comunitárias
ricas de simbolismo, como fatores propulsores das economias locais. Essa relação produz
talentos, aumenta a oferta de empregos, gera conhecimento entre a comunidade, aumenta o
potencial criativo de empresas, atraem turistas, promove diversidade social e cultural
contribuindo para a economia da cidade e qualidade de vida de seus cidadãos, na medida em que
mantêm um constante diálogo com a comunidade local e com os poderes público e privado.
Ao apontar as atividades estruturadas no talento e nas habilidades individuais que
contemplam conteúdo criativo e valor econômico, as indústrias criativas respondem por um vetor
de desenvolvimento que engloba a criação, produção e distribuição de produtos e serviços
criativos, imputando valor agregado inovador ao ativo intelectual; a criatividade é algo que
sempre se renova, e uma economia criativa pode se apresentar como uma significativa estratégia
de desenvolvimento e distribuição de renda.
Além disso, a diversidade étnica da cultura brasileira soma-se à fragmentação fugaz da
produção cultural universal que se transforma e se comunica em tempo real, fazendo com que as
indústrias criativas se organizem fora de uma linha de montagem fordista, configurando um
sistema em que “cada produto é um protótipo, único e insubstituível”. Assim, as “indústrias
criativas não só contribuem com o Produto Interno Bruto (PIB) de seus países e com um diálogo
interno de muitas vozes, como também exportam seus produtos e seus modos de vida”
(DIEGUES, 2010).
A indústria criativa já é considerada a terceira maior indústria do mundo, superada apenas
pela indústria do petróleo e pela indústria armamentista, e tem como principal insumo a
criatividade. No Brasil, o setor movimenta mais de 667 bilhões de reais anualmente –
correspondendo a 18% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo estimativa da
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN, 2012) que se valeu apenas de
dados formais do número de empregados e respectiva remuneração dos setores do Núcleo1,
Atividades Relacionadas2 e de Apoio
3 associadas ao setor criativo nacional.
Adicionalmente, tem-se que no estado do Rio de Janeiro a cadeia produtiva da indústria
criativa representa pelo menos R$ 76 bilhões, empregando mais de 973 mil pessoas nas
atividades relacionadas, de apoio e do núcleo. Considerando apenas as atividades do Núcleo, o
setor criativo representa, no Estado do RJ, 2% do trabalho formal fluminense, ficando apenas
abaixo de São Paulo no hanking nacional.
No entanto, convém salientar que tais dados não dão conta da real dimensão e importância
da circulação doméstica de produtos e serviços criativos, dado o alto grau de informalidade da
economia brasileira, ainda que, em relação ao mercado de trabalho total, a informalidade seja
menor no mercado de trabalho cultural, conforme dados históricos que apontam que a
informalidade do setor varia de 39% a 55%, dependendo dos parâmetros adotados (IBGE, 2001),
conforme pode ser visto com dados históricos na Tabela 1.
Tabela 1. Dados históricos de informalidade nas atividades culturais.
Informalidade nas atividades culturais e outras no Brasil
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001
Informalidade no mercado de trabalho
cultural
31,9 32,8 33,9 34,7 34,4 35,2 35,2 38,7
Informalidade no mercado de trabalho
cultural, sem educação4
49,1 48,6 50,9 52,3 51,4 53,8 53,6 55,5
Fonte: IBGE/Microdados da Pnad, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001.
1 Como sendo as atividades que têm a criatividade como parte principal do processo produtivo. (FIRJAN, 2012)
2 Os segmentos de provisão direta de produtos e serviços ao núcleo e compostos, em grande parte, por indústrias e
empresas de serviços e fornecedoras de materiais e elementos fundamentais para o funcionamento do núcleo.
(FIRJAN, 2012) 3 Atividades que englobam provisão de produtos e serviços de forma indireta. (FIRJAN, 2012)
4 O setor da educação é mais formalizado, mas incluem segmentos envolvidos que terminam por gerar distorções.
De toda sorte, o Brasil vive um momento singular em sua história em que a taxa de juros
está baixa, vivencia-se pleno emprego a despeito de crise financeira na União Europeia, detém
um imenso mercado consumidor, fato que reforça ainda o cenário supracitado e faz com que os
territórios criativos ganham ainda mais relevância.
Economia criativa, histórico conceitual.
Vale registro que a economia criativa é um conceito novo e não consolidado. O
conceito surgiu pela primeira vez na Austrália, em 1994, no relatório “Nação Criativa”, elaborado
por aquele governo. Em 1997, tornou-se política de Estado quando o Reino Unido criou uma
força-tarefa interministerial para promovê-lo. Em 2001, o conceito ganha pela primeira vez status
de referencial teórico com a publicação de John Howkins (2001), e em 2004 entrou para a agenda
global da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
A primeira pesquisa brasileira a incorporar o termo foi “A Cadeia da Indústria Criativa
no Brasil”, elaborada e publicada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(FIRJAN), em 2008, tendo sido posteriormente atualizada em 2010 e em 2012. A partir desta
pesquisa, o país passa a ter as primeiras informações sobre o setor e sua representatividade na
economia brasileira.
O século passado foi marcado por profundas mudanças nos campos políticos, sociais,
culturais e tecnológicos cujos efeitos seguem nos tempos contemporâneos. Uma das
transformações projeta-se sob os efeitos da chamada desmaterialização dos processos produtivos
que passaram a incorporar com mais vigor a informação, o conhecimento e a criatividade na
produção de bens e serviços.
A supremacia dos conteúdos imateriais, simbólicos e intangíveis nas relações sociais dá
substância à economia do conhecimento, trazendo implicações para a sociedade da informação e
revelando um bom cenário para possibilidades criativas em que a cultura se insere
estrategicamente, especialmente quando se busca emoção e entretenimento.
Da economia da arte à economia da cultura, do lazer, do entretenimento e, mais
recentemente, à economia da experiência, o conceito de indústrias criativas surge associado às
abordagens que identificam seu potencial de geração de riqueza, trabalho, emprego, produção de
uma diversidade de bens e serviços inovadores. (ZARDO; MELLO, 2010)
A pesquisadora Ana Clara Fonseca Reis advoga que efetivamente a economia criativa
apresenta extratos conceituais que se fundem configurando um conceito uno: da economia da
experiência, detém a originalidade; dos processos colaborativos utiliza os aspectos intangíveis na
geração de valor, fortemente ancorada na cultura e em sua diversidade; da economia do
conhecimento, partilha-se o foco no trinômio que apresenta tecnologia / força de trabalho
capacitada / geração de direitos de propriedade intelectual; da economia da cultura, o novo termo
propõe a valorização da autenticidade e do intangível cultural (REIS, 2008).
Por sua vez, a UNCTAD (2010) atesta que a “economia criativa engloba a criatividade,
cultura, economia e tecnologia em um mundo contemporâneo dominado por imagens, sons,
textos e símbolos e é considerado como um dos setores mais dinâmicos da nova economia
mundial”, conforme evidências quantitativas e qualitativas e particularidades do setor já
apresentados neste estudo.
Uma nova perspectiva analítica da indústria criativa reside na utilização da cultura local
como norteadora em uma realidade de grandes modificações, como aponta Lopes (1998), para
quem teriam sido “geradas pelos inúmeros avanços tecnológicos que identificamos de forma
genérica como globalização, que introduziram novas forças criando um ambiente de grande
insegurança nas estruturas sociais básicas, com reflexos desorientadores na formação cultural e
de identidade”.
A novidade reside no reconhecimento que o contexto formado pela
convergência de tecnologias, globalização e insatisfação com o
atual quadro socioeconômico mundial atribui à criatividade o
papel de motivar e embasar novos modelos de negócios, processos
organizacionais e institucionais e relações que galvanizam um novo
modelo. (REIS, 2008, p. 23)
Neste sentido, pode-se afirmar que a economia criativa é um conceito emergente em nível
mundial devido ao potencial crescente dessas cadeias produtivas para o desenvolvimento
econômico e social, que inclui as atividades que têm origem na criatividade, no talento e nas
habilidades individuais, e na geração de renda e trabalho através da criação e exploração de
propriedade intelectual.
Assim, a identidade e a cultura locais estão sendo tomadas como ferramentas preciosas no
processo de dinamização de ações estratégicas em âmbito político, cultural, econômico e social.
Diversos pensadores vêm tratando do resgate das questões locais, quando o lugar retoma o
sentido de vínculo paradoxalmente entendido como antítese da globalização.
Em resposta à desmaterialização que se criou para dar mais leveza
e mobilidade ao capital, a perspectiva cultural acaba fazendo com
que os lugares diferenciados e únicos funcionem como âncora de
referência para a própria produção de valores de mercado.
(CARSALADE, 2006)
No contexto da complexidade dos territórios na contemporaneidade, vale abordar
brevemente o posicionamento crítico de Zaoual (2006) para quem sua teoria dos sítios simbólicos
de pertencimento estaria diretamente relacionada com “verdades locais” por se configurar como
um marcador invisível da realidade que considera o ser humano lotado no seu território com todo
seu conhecimento empírico e teórico e ainda suas crenças, mitos, valores e tradições, os quais,
conjuntamente, conduziriam a um sentido de comprometimento com as propostas e soluções para
um chamado empreendedorismo situado.
De toda sorte, o que se coloca como uma das questões centrais na discussão sobre a
estratégia de um processo de desenvolvimento e identificação de novas oportunidades criativas é
a revalorização da esfera local como foco de ação para implantação de instituições e políticas que
tenham real impacto sobre a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma região.
Um dos papéis da cultura neste contexto é a integração social, que rompe as distâncias
entre os grupos sociais através do “fomento da criatividade, do resgate da autoestima da
população, do resgate dos valores tradicionais e, através deles, da identidade sociocultural”.
(VETRALE, 2000)
Segundo Werthein (2003), a cultura pode ser considerada como um estímulo ao capital
social de uma comunidade por fomentar:
“o sentimento de pertencimento a um projeto coletivo, a
participação, a promoção de atitudes que favoreçam a paz e o
desenvolvimento sustentado, o respeito a direitos, enfim, a
capacidade da pessoa humana e das comunidades de regerem o seu
destino”. Werthein (2003)
Torna-se central para a criação deste ambiente o chamado “espírito empreendedor” dos
agentes sociais, dos governos e das organizações existentes. Tais agentes devem ser protagonistas
no desenvolvimento de projetos que dialoguem com as raízes culturais locais, e que gerem, além
do sentimento de pertencimento, a possibilidade de retomar ou de ousar na criação de diferentes
padrões de confiança, de cooperação e interação social, de modo a oportunizar dinâmicas
econômicas reais e, possivelmente, mais democráticas. (ZARDO; MELLO, 2010)
Redes e cooperação
A supremacia dos conteúdos imateriais oportunizada pela revolução tecnológica no
campo da comunicação ganha ainda mais relevo na sociedade da informação quando da
conformação das redes de interação pessoal e institucional tal como são vivenciadas nos dias
atuais.
Enquanto estruturas abertas e distribuídas ilimitadamente, as redes conectam novos
nodos/cruzamentos ao passo que oportunizam a interação mútua em seu interior, desde que
compartilhem códigos comunicacionais – perfis, valores, objetivos etc. Assim, uma estrutura
social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de inovação.
Notadamente, a disposição organizacional em redes se releva como meio apropriado para
a economia capitalista baseada na inovação, globalização e concentração descentralizada; para o
trabalho, trabalhadores e empresas voltadas para flexibilidade e adaptabilidade; para uma cultura
de desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao processamento
instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma organização social que vise a
suplantação do espaço e invalidação do tempo. (CASTELLS, 2000)
A nova morfologia social da sociedade em redes, e difusão de sua lógica e natureza
modificam de forma substancial a operacionalização e os resultados dos processos produtivos, de
experimentação, poder e cultura. Embora a forma de organização social em redes tenha existido
em outros tempos e espaços, o novo paradigma da tecnologia da informação fornece a base
material para expansão penetrante em toda estrutura social. (ZARDO, 2006).
Cocco, Galvão e Silva (2003) advoga que novas formas de cooperação – criativa e
produtiva - se afirmam nos ambientes de redes, ou seja:
“quanto mais você aumenta a parte de trabalho de caráter criativo
(...) mais você precisa de um meio social complexo, rico, produtor
de encontros de caráter aleatório e que exige um contato direto
entre os indivíduos.” (LÉVY apud COCCO; GALVÃO; SILVA,
2003, p.100)
Neste contexto, as redes vêm realmente se mostrando como um dos mecanismos em torno
dos quais comunidades têm se organizado para conviver, trocar – informações, mercadorias e
impressões – e produzir.
Adicionalmente, tem-se que o estudo do funcionamento de diferentes modos associativos,
organizados ou não, de sua identidade cultural e modos de expressão (ou seja, de sua
comunicação/informação), bem como de suas formas de mobilização/desmobilização e
participação (explícitas ou implícitas, eficazes ou não, em nível individual ou grupal) pode
contribuir para estimular a reflexão e a busca de novos caminhos e metodologias de aplicação
para aqueles que trabalham com inovação, criatividade e cultura. (ZARDO, 2006)
Nesse sentido, os mecanismos de cooperação e colaboração vivenciados nas redes, tanto
físicas como virtuais, são centrais vis-à-vis paradoxalmente vivermos “[...] em uma época em que
o individualismo é maior do que jamais foi e ´novas ferramentas´, como a Internet, permitem que
a cooperação alcance patamares nunca antes observados.” (BAUMAN, 2004)
Endossando tal posicionamento, Bauman (2004, p.82) defende que “a realização mais
importante da proximidade virtual parece ser a separação entre a comunicação e o
relacionamento”. Diferentemente da antiquada proximidade topográfica, ela não exige laços
estabelecidos de antemão nem resulta necessariamente em seu estabelecimento. ‘Estar conectado’
é menos custoso do que ‘estar engajado’ – mas também consideravelmente menos produtivo em
termos de construção e manutenção de vínculos. (ZARDO, 2006)
Ditas redes tecem tramas cujos enlaces trazem questões relevantes ao mundo do trabalho;
à concepção de produtos e serviços inovadores, à idealização de loci, físicos ou virtuais, que
incitam a criatividade e inovação; à modelagem e implementação de políticas públicas no campo
da geração de empreendimentos culturais criativos; etc.
De toda sorte, tem-se que a perspectiva de enfoque da economia criativa traz a cultura
local como norteadora em uma realidade de grandes modificações, como apropriadamente aponta
Lopes (1998) para quem seria gerada pelos inúmeros “avanços tecnológicos que identificamos de
forma genérica como globalização, que introduziram novas forças criando um ambiente de
grande insegurança nas estruturas sociais básicas, com reflexos desorientadores na formação
cultural e de identidade”, ainda que valha salientar, corroborando com Ana Carla Fonseca Reis
que:
“a novidade reside no reconhecimento que o contexto formado pela
convergência de tecnologias, globalização e insatisfação com o atual
quadro socioeconômico mundial atribui à criatividade o papel de motivar
e embasar novos modelos de negócios, processos organizacionais e
institucionais e relações que galvanizam um novo modelo.” (REIS, 2008)
Centralidade dos territórios nos tempos globais
A discussão apresentada surge da percepção crescente da existência e valorização de
iniciativas de promoção de ambientes que concentram fatores de estímulo à inovação produtiva e
criativa. Ditos ambientes têm se tornado cada vez mais importantes nos processos de
desenvolvimento socioeconômico de regiões e comunidades com foco principal na cooperação,
no capital social e na valorização dos aspectos culturais locais.
A identidade e a cultura locais estão sendo tomadas como ferramentas preciosas no
processo de dinamização de ações estratégicas locais em âmbito político, cultural, econômico e
social.
Diversos pensadores vêem tratando do resgate das questões locais, quando o lugar se
coloca como vínculo irreversível no contexto da globalização. Neste sentido, espaços criativos
acabam sendo vitrines expostas nas plataformas de comunicação mundiais como ícones a serem
perseguidos e replicados por serem convidativos à sociabilidade, à cognição coletiva geradora de
novos produtos, serviços e negócios e promotores de novos vetores de desenvolvimento em meio
à aparente estagnação dos modelos tradicionalmente implementados.
Tal assertiva se coloca como ponto fundamental da discussão apresentada e tem certa
consonância em Carsalade, para quem:
“em resposta à desmaterialização que se criou para dar mais
leveza e mobilidade ao capital, à perspectiva cultural acaba
fazendo com que os lugares diferenciados e únicos funcionem como
âncora de referência para a própria produção de valores de
mercado”. (CARSALADE, 2006)
Neste contexto, Florida discute sobre como a economia criativa está fazendo com que o
lugar onde se vive seja a decisão mais importante da vida de muitas pessoas nos tempos atuais.
No contexto de sociedade do conhecimento e da informação, ser o destino escolhido por esta
classe de trabalhadores criativos deve ser um dos fatores que evidenciam o sucesso ou fracasso de
uma cidade enquanto lócus produtivo e inovador. (FLORIDA, 2008)
Atualmente, esta preocupação não está restrita a um ou outro setor de atividade. A
iniciativa privada – grandes, médias e pequenas empresas com seu capital aberto ou fechado –, a
iniciativa pública – além das instâncias de governo, diversos órgãos que buscam apoiar e
promover o desenvolvimento –, os centros geradores de conhecimento – como universidades e
centros de pesquisa – e o terceiro setor – a sociedade civil organizada – perceberam que, para a
manutenção de um crescimento sustentável do “bem-estar” da sociedade, estar atento ao
desenvolvimento de ambientes criativos que estimulam o trabalho cooperativo, por exemplo, é
um dos caminhos a seguir.
Em um levantamento feito em 200 países no ano de 2009 pela Thomson Reuters, para
aferir o número de publicações científicas, o Brasil alcançou o 13º lugar. Entretanto, o país ocupa
hoje o 58º lugar no ranking de inovação (WAINER, 2012). Esses dados apontam que o os
recursos alocados em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil em grande medida não se revertem
em resultados tangíveis.
O trabalho, “A década do Brasil”, analisou o desempenho da economia do país e quais são
os pontos de melhoria para alavancar o crescimento. O estudo foi realizado pela consultoria
Roland Berger Strategy (ROCHA; FERREIRA, 2013) e mostra que o Brasil precisa ampliar
bastante os investimentos nesse segmento.
Portanto, o que se coloca como questão importante na discussão sobre a estratégia de um
processo de desenvolvimento e observação de novos ambientes produtivos, de inovação e
criativos, como a cidade do Rio de Janeiro, é a revalorização da esfera local como foco de ação
para atuação de instituições e políticas que tenham real impacto sobre a qualidade de vida e o
desenvolvimento econômico de uma região.
Torna-se central para a criação desse ambiente o chamado “espírito empreendedor” -
conforme conceituado por Schumpeter (1949) e Druker (2008) - dos agentes sociais, dos
governos e das organizações existentes. Tais agentes devem ser protagonistas no
desenvolvimento de projetos que dialoguem com as raízes culturais locais, e que gerem, além do
sentimento de pertencimento, a possibilidade de retomar ou de ousar na criação de diferentes
padrões de confiança, de cooperação e de interação social, de modo a oportunizar dinâmicas
econômicas efetivas e, possivelmente, mais democráticas. (ZARDO; MELLO, 2010)
Um dos papéis da cultura neste contexto é a integração social, que rompe as distâncias
entre os grupos sociais através do “fomento da criatividade, do resgate da autoestima da
população, do resgate dos valores tradicionais e através deles, da identidade sociocultural.”
(VETRALE, 2000)
Segundo Werthein (2003), a cultura pode ser considerada como um estímulo ao capital
social de uma comunidade por fomentar “o sentimento de pertencimento a um projeto coletivo, a
participação, a promoção de atitudes que favoreçam a paz e o desenvolvimento sustentado, o
respeito a direitos, enfim, a capacidade da pessoa humana e das comunidades de regerem o seu
destino”.
Nesse contexto, as plataformas de comunicação em rede suscitadas com o advento e
popularização crescente da conectividade reforçam e geram mais complexidade às implicações
dos aspectos culturais dos locais enredados em tempo real.
Considerações gerais
Como visto, avizinham-se relevantes oportunidades para o Brasil em que o Rio de Janeiro
se destaque, apesar de novas crises mundiais serem ameaças concretas contra qualquer plano de
desenvolvimento sustentável.
De todo modo, tem-se que não é possível conceber ambientes inovadores que estimulem o
desenvolvimento de territórios de colaboração e cooperação sem a orquestração de um efetivo
sistema nacional de inovação.
Proposições e ações que tenham a inovação como orientação para o desenvolvimento
econômico e social prescindem de investigação do papel da economia criativa no momento de
recriação de ambientes de trabalho e das localidades urbanas tomando a cultura como propulsora
desta transformação social.
Para isso, a pesquisa sobre a construção e o estímulo de um novo pensamento sobre os
tipos de infraestrutura de fomento à inovação e desenvolvimento social e econômico em/para
comunidades, sob o impacto das novas tecnologias de comunicação e informação, são fatores
que, agregados à economia criativa, podem fazer se pensar a cidade como espaço produtivo
criativo.
O estímulo sustentável às indústrias criativas neste ambiente vai ao encontro da
evidenciação do ambiente urbano enquanto espaço para o prazer, a emoção, a produção, a fruição
e o conhecimento com as marcas do pertencimento da população e da identidade local.
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