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Aula 11
Noes de Direito Administrativo p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - Com videoaulas
Professor: Daniel Mesquita
Noes de Direito Administrativo p/ Tcnico deSeguro Social do INSS. Teoria e exerccioscomentados
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AULA 11 Licitaes.
SUMRIO
1) INTRODUO AULA 11 2
2) LICITAES 2
2.1. ASPECTOS GERAIS 22.2. PRINCPIOS 72.3. DEFINIO DO OBJETO A SER LICITADO 222.4. MODALIDADES DE LICITAO 232.4.1. CONCORRNCIA 242.4.2. TOMADA DE PREOS 292.4.3. CONVITE 342.4.4. CONCURSO 382.4.5. LEILO 42
3) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 46
3.1 ASPECTOS GERAIS 463.2 LICITAO DISPENSADA 483.3 LICITAO DISPENSVEL 543.4 LICITAO INEXIGVEL 703.5 PROCEDIMENTO 76
4) RESUMO 78
5) QUESTES 83
6) REFERNCIAS 107
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1)Introduo aula 11
Que bom que voc est conosco hoje para mais uma aula de
Direito Administrativo do curso preparatrio para o concurso de Tcnico
de Seguro Social do INSS.
Nesta aula 11, abordaremos a matria 9. Licitao: dispensa e
inexigibilidade; vedaes; sanes administrativas e penalidades..
Com certeza haver uma ou duas questes desta aula na sua
prova, por isso, ABRA O OLHO!!!
No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as
questes tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na
vspera da prova!
Chega de papo, vamos a luta!
2)LICITAES
2.1. Aspectos gerais
Os entes que compem a administrao pblica direta e indireta de
qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados e dos Municpios so
tambm, em ltima anlise, consumidores de produtos indispensveis
ao bom andamento da atividade administrativa. Como a administrao
se vale do dinheiro pblico para satisfazer suas necessidades, no pode
o administrador sacar esse dinheiro no caixa eletrnico e pagar
empreiteira pela construo de um prdio pblico, por exemplo.
A regra geral que regula todo o sistema de aquisies e venda pela
administrao pblica est no art. 37, XXI, da CF. Esse dispositivo
assim dispe:
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ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios,compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitaopblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes,com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas ascondies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somentepermitir as exigncias de qualificao tcnica e econmicaindispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.
Assim, antes de celebrar um contrato para aquisio ou alienao
de um bem ou servio, a administrao deve realizar um procedimento
administrativo vinculado e formal para selecionar a melhor proposta
dentre os interessados que vierem a cumprir todos os requisitos e
condies definidos em ato prprio (edital ou convite). Esse
procedimento denominado licitao.
Por falar em Lei n 8.666/1993, voc j parou pra pensar se os
Estados-membros e municpios podem legislar sobre licitaes?
Veja o que diz o art. 22, XXVII, da CF:
Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre:XXVII - normas gerais de licitao e contratao, em todas asmodalidades, para as administraes pblicas diretas, autrquicas efundacionais da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, obedecidoo disposto no art. 37, XXI, e para as empresas pblicas e sociedades deeconomia mista, nos termos do art. 173, 1, III;
Apesar da Lei n 8.666/93 tratar tambm de aspectos especficos
da licitao, ela aplicvel aos Estados-membros e municpios.
Entretanto, esses entes no perderam a competncia legislativa que a
Lei Maior lhes assegura de editar leis locais de licitaes acerca de
aspectos especficos do procedimento licitatrio. Essas leis podem ser
editadas, desde que no violem as normas gerais da Lei federal.
Um ltimo tema que quero levantar nos aspectos gerais o que
concerne obrigatoriedade da licitao.
Como vimos, essa obrigatoriedade decorre do comando do art. 37,
XXI, da CF.
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A Lei 8.666/1993, por sua vez, afirma, no pargrafo nico de seu
art. 1., que:
subordinam-se ao regime desta Lei, alm dos rgos da administraodireta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, asempresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais entidadescontroladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federale Municpios.
Diante disso, quem estaria obrigado a licitar?
Tanto a administrao direta (todos os rgos administrativos da
Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios no mbito dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judicirio, todos os Tribunais de Contas e
rgos do Ministrio Pblico) como a administrao indireta (autarquias,
empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas)
se submetem obrigatoriedade da aquisio e alienao de bens,
produtos ou servios por meio da licitao.
J nos casos previstos no art. 173, caput, da CF, o Estado atua
como agente econmico, explorando diretamente determinada atividade
econmica (ou por imperativo de segurana nacional ou por relevante
interesse econmico). Essa atividade prestada pelas empresas
pblicas e pelas sociedades de economia mista.
Nesses casos, os arts. 22, XXVII, e 173, 1., III, da CF/1988
informam que a lei estabelecer o estatuto jurdico das empresas de
capital pblico, ou seja, a licitao e suas modalidades, as contrataes
e os casos de dispensa e inexigibilidade para essas empresas sero
dispostos em lei especfica.
O Congresso Nacional, contudo, ainda no editou tal norma. Desse
modo, persiste a discusso acerca da obrigatoriedade da licitao
nesses casos.
Di Pietro (2009, p. 363) ensina que a natureza empresarial das
empresas estatais, independentemente da atividade que exercem,
justifica o tratamento diferenciado. A partir dessa reflexo, a doutrina
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majoritria (CARVALHO FILHO, 2005, p. 188, e SUNDFELD, 1994, p.
39) entende que as empresas pblicas e as sociedades de economia
mista somente devem licitar quando a contratao envolver produtos ou
servios que no estejam relacionados sua atividade-fim ou ao seu
objeto econmico. Isso porque, como tais empresas atuam em uma
economia aberta, a obrigatoriedade da licitao para a compra ou a
venda de produtos a retiraria do mercado competitivo, porquanto o
procedimento licitatrio lento e caro.
Com relao s organizaes sociais e as OSCIPs, o STF, no
julgamento da medida cautelar na ADI 1.923, entendeu que o art. 24,
XXIV, da Lei 8.666/1993, que trata da dispensa de licitao para a
celebrao de contratos de prestao de servios com as organizaes
sociais qualificadas, no mbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gesto, constitucional.
Por fim, no que tange necessidade de licitao pelos conselhos de
classe, aps ajuizamento da ADIN 1.717, o STF reconheceu-lhes
natureza jurdica de autarquia especial. Desse modo, so obrigados a
licitar.
No que tange OAB, na ADI 3.026, o STF decidiu que a Ordem
no uma entidade da Administrao Indireta da Unio e, por isso
no est sujeita a controle da Administrao. Analisando essa deciso
do Pleno do STF, Di Pietro (2009, p. 432) afirma que a OAB passa a
ser considerada como pessoa jurdica de direito pblico no que esta tem
de vantagens (...) mas no considerada pessoa jurdica de direito
pblico no que diz respeito s restries impostas aos entes da
Administrao Pblica direta e indireta (como licitao, concurso
pblico, controle).
Assim, conclui-se que a OAB, ao contrrio dos demais conselhos de
classe, no tem a obrigao de licitar.
Desse modo, temos:
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Obrigados a licitar No so obrigados
Administrao direta, autarquias,
fundaes.
Organizaes sociais e OSCIP
(dispensvel)
Conselhos de classe OAB
Atividade meio das EP e SEM que
prestam atividade econmica
Atividade fim das EP e SEM que
prestam atividade econmica
Questo deconcurso
1. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judicirio) O Estado
adquiriu imveis em procedimento judicial (adjudicao em processo de
execuo fiscal) e, em razo da natureza dos mesmos, no pretende
afet-los finalidade pblica, concluindo, assim, pela utilidade da
alienao, de forma a obter recursos financeiros para a aplicao em
atividades prioritrias. De acordo, com a Lei no 8.666/1993, a alienao
deve ser precedida de
a) avaliao e licitao na modalidade concorrncia,
obrigatoriamente.
b) avaliao e licitao na modalidade concorrncia ou leilo.
c) autorizao legislativa, avaliao e licitao na modalidade
prego.
d) autorizao legislativa, que dever estabelecer o preo mnimo
de alienao e licitao na modalidade leilo.
e) autorizao legislativa e licitao na modalidade leilo,
dispensando-se a avaliao mediante a adoo do valor da avaliao
judicial para fins de adjudicao.
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Mais uma vez, a regra geral que regula todo o sistema de
aquisies e venda pela administrao pblica est no art. 37, XXI, da
CF. Esse dispositivo assim dispe:
ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios,compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitaopblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes,com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas ascondies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somentepermitir as exigncias de qualificao tcnica e econmicaindispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.
A regra geral, como visto acima, embasada no art. 37, XXI, da CF,
de que as alienaes so contratadas mediante processo de licitao
pblica, ressalvados os casos previstos na legislao.
Com relao aos bens imveis, a alienao depender de (a)
interesse pblico devidamente justificado; (b) autorizao legislativa;
(c) avaliao prvia; e (d) licitao na modalidade concorrncia ou
leilo.
Gabarito: b.
2.2. Princpios
Conforme define Humberto vila:
Os princpios so normas imediatamente finalsticas,
primariamente prospectivas e com pretenso de complementaridade e
de parcialidade, para cuja aplicao se demanda uma avaliao da
correlao entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos
decorrentes da conduta havida como necessria sua promoo .
A Constituio Federal Brasileira orienta em seu artigo 37 o
seguimento dos princpios das leis esparsas como a Lei 8.666/93. No
h unanimidade entre os doutrinadores quanto aos princpios
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licitatrios, de acordo com o surgimento de situaes no caso concreto,
os princpios se desenvolvem. Dessa forma, um princpio novo torna-se
uma extenso de outro pr-existente.
Assim o procedimento licitatrio ir observar os princpios bsicos
impostos pela Constituio em seu artigo 37, e os princpios especficos,
previstos no artigo 3 da Lei 8.666/93.
E quais os princpios regem as licitaes?
A licitao regida pelos princpios gerais da administrao pblica
(LIMPE) e outros elegidos pelo art. 3 da Lei 8.666/1993, so eles:
promoo do desenvolvimento nacional sustentvel, seleo da
proposta mais vantajosa, isonomia, probidade administrativa,
vinculao ao instrumento convocatrio e julgamento objetivo.
Perceba que a promoo do desenvolvimento nacional sustentvel
tambm um princpio da licitao. Esse princpio foi inserido pela Lei
n 12.349/10.
Anlise dos princpios bsicos
So bsicos os princpios da legalidade, impessoalidade, da
moralidade, da publicidade e eficincia, que surgem do artigo 37 da
Constituio Federal.
a. Legalidade
O princpio da legalidade limita a Administrao a fazer to
somente o que est expresso em lei. No mbito das licitaes, este
princpio direciona o procedimento e regras para observarem as leis
especficas locais, os regulamentos, decretos, bem como o edital, que
o instrumento convocatrio regulador do certame.
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Tomando por base que todas as fases da licitao esto
regulamentadas de forma detalhada e especfica pela Lei 8.666/93, a
no observncia ao princpio da legalidade, no que diz respeito aos
procedimentos, conivente com a violao do devido processo legal.
Inclusive, o artigo 4 da Lei em comento trata especificamente do
princpio discutido:
Art. 4o Todos quantos participem de licitao promovida pelos rgosou entidades a que se refere o art. 1 tm direito pblico subjetivo fielobservncia do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendoqualquer cidado acompanhar o seu desenvolvimento, desde que no interfirade modo a perturbar ou impedir a realizao dos trabalhos.
Pargrafo nico. O procedimento licitatrio previsto nesta lei caracterizaato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera daAdministrao Pblica.
b. Impessoalidade
O Administrador Pblico quando na funo de organizar o edital,
deve saber que as condies e exigncias estabelecidas devem,
privativamente, assegurar a contratao mais interessante para a
Administrao Pblica. Os privilgios so inadmissveis, devendo todos
os licitantes receber tratamento igualitrio, tanto ao que devido
quanto a sua obrigao.
Os critrios deste princpio seriam quanto destinao do exerccio
de atribuies entre aqueles incumbidos pelo bom andamento do
procedimento da licitao, tendo em vista que incabvel, que uma
autoridade julgue a proposta e examine os recursos em desfavor do
feito.
c. Moralidade
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O princpio da moralidade relaciona-se intimamente juridicidade e
atos honestos praticados pela Administrao Pblica, em harmonia com
a boa moral e costumes. Conceitua Celso Antnio Bandeira de Mello:
O princpio da moralidade significa que o procedimento licitatrio
ter de se desenrolar na conformidade de padres ticos prezveis, o
que impe, para a Administrao e licitantes, um comportamento
escorreito, liso, honesto, de parte a parte..
Cabe ressaltar que a maior parte da doutrina faz correlao entre o
princpio da moralidade ao da probidade, pois conceito de moral
bastante amplo. A probidade abordada de uma maneira mais peculiar
e profunda no ordenamento jurdico, sobre improbidade existe Lei
especfica, a Lei 8429/92 .
d. Publicidade
Neste princpio, a Administrao deve tornar pblica a licitao, de
forma que esta seja extensamente divulgada, a fim de que suas normas
e critrios sejam conhecidos pela maior quantidade de pessoas possvel.
A extenso desse princpio no est limitada ao conhecimento dos
participantes, mas para que todos os procedimentos, fases, tenham
uma fiscalizao mais precisa quanto legislao aplicvel.
Di Pietro afirma que a amplitude da competio de acordo com a
modalidade da licitao estende-se a amplitude da publicidade. Sem
dvida, este princpio um dos mais visveis nos dispositivos da Lei
8.666/93.
e. Eficincia
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A eficincia mais do que um princpio, um dever. J que os
agentes pblicos, sem exceo, devem atuar com presteza, dedicao,
quanto busca de bons resultados para atender a sociedade.
Podemos visualizar este princpio nos contratos que a
Administrao pactua, dentre os interesses em que se desempenhe a
licitao, que os servios pblicos sejam realizados de forma adequada.
Anlise dos princpios especficos
A Lei de licitaes reportou de modo expresso em seu artigo 3
alguns princpios que so basilares da aplicao desta norma,
condicionando a estrutura posterior da norma. So princpios nomeados
pelo artigo 3 da Lei 8.666/93: Promoo do desenvolvimento nacional
sustentvel, seleo da proposta mais vantajosa, isonomia, probidade
administrativa, vinculao ao instrumento convocatrio e julgamento
objetivo.
(a) Desenvolvimento Nacional Sustentvel
Esse princpio, alm de incentivar a aquisio de produtos
ecologicamente corretos tambm tem o claro propsito de promover o
crescimento da economia nacional por meio do incentivo a aquisio de
produtos e servidosproduzidos no pas ou cuja tecnologia foi
desenvolvida no Brasil.
Com relao ao primeiro tema (aquisio de produtos
ecologicamente corretos), vale dar notcia da Instruo Normativa n
01/2010 do MPOG, que dispe sobre os critrios de sustentabilidade
ambiental na aquisio de bens, contratao de servios ou obras pela
Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional
(aplicvel, portanto, no mbito da Unio).
Nessa instruo, h a determinao de que as especificaes para
a aquisio de bens, contratao de servios e obras por parte dos
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rgos e entidades da administrao pblica federal direta, autrquica e
fundacional devero conter critrios de sustentabilidade ambiental,
considerando os processos de extrao ou fabricao, utilizao e
descarte dos produtos e matrias-primas.
Se a licitao for do tipo melhor tcnica ou tcnica e preo,
devero ser estabelecidos no edital critrios objetivos de
sustentabilidade ambiental para a avaliao e classificao das
propostas.
Outro dispositivo interessante dessa IN o que autoriza a
Administrao Pblica Federal a exigir os seguintes critrios de
sustentabilidade ambiental:
I que os bens sejam constitudos, no todo ou em parte, por material
reciclado, atxico, biodegradvel, conforme ABNT NBR 15448-1 e 15448-2;
II que sejam observados os requisitos ambientais para a obteno de
certificao do Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade
Industrial INMETRO como produtos sustentveis ou de menor impacto
ambiental em relao aos seus similares;
III que os bens devam ser, preferencialmente, acondicionados em
embalagem individual adequada, com o menor volume possvel, que utilize
materiais reciclveis, de forma a garantir a mxima proteo durante o
transporte e o armazenamento; e
IV que os bens no contenham substncias perigosas em concentrao
acima da recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous
Substances), tais como mercrio (Hg), chumbo (Pb), cromo hexavalente
(Cr(VI)), cdmio (Cd), bifenil-polibromados (PBBs), teres difenil-
polibromados (PBDEs).
Com relao ao incentivo ao desenvolvimento da economia
nacional, a Lei n 12.349/10, fruto da converso da Medida Provisria
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n 495/10, alterou diversos dispositivos da Lei n 8.666/93. Dentre as
alteraes, destacam-se:
(a) a incluso da promoo do desenvolvimento nacional
sustentvel como objetivo da licitao;
(b) a impossibilidade de se privilegiar as sociedades cooperativas
nas licitaes;
(c) revogao do critrio de desempate para os bens e servios
produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional;
(d) possibilidade de concesso de margem de preferncia
de at 25%, conforme estabelecido pelo Poder Executivo - para
produtos manufaturados e para servios nacionais que atendam
a normas tcnicas brasileiras;
(e) possibilidade de concesso de margem de preferncia
adicional para produtos manufaturados e servios nacionais
resultantes de desenvolvimento e inovao tecnolgica
realizados no Pas;
(f) possibilidade de realizao de licitao restrita a bens e
servios com tecnologia desenvolvida no Pas nas contrataes
de sistemas de tecnologia de informao e comunicao,
considerados estratgicos pelo Poder Executivo federal; e, por
fim,
(g) possibilidade de exigir que o contratado promova, em favor de
rgo ou entidade integrante da administrao pblica ou daqueles por
ela indicados, medidas de compensao comercial, industrial,
tecnolgica ou acesso a condies vantajosas de financiamento.
Em seguida, o Governo Federal editou os Decretos ns 7.540/11,
7.546/11 e 7.601/11. O primeiro institui o Plano Brasil Maior, idealizado
para o perodo 2011-2014, com o objetivo de aumentar a
competitividade da indstria nacional, a partir do incentivo inovao
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tecnolgica e agregao de valor. O segundo regulamenta os 5 a
12 do art. 3 da Lei n 8.666/93, que tratam da margem de
preferncia para os produtos manufaturados e servios
nacionais, e cria a Comisso Interministerial de Compras Pblicas. O
ltimo estabelece margem de preferncia de 8% para a aquisio de
produtos de confeces, calados e artefatos nacionais.
Toda essa inovao legislativa est inserida num propsito claro: o
de promover o crescimento do pas, afastando os reflexos da crise
internacional do Brasil. Isso porque, conforme bem destacado por
Maral Justen Filho (2011), o Estado pode exercer atividade de
interveno na economia no s quando ele exerce atividades
econmicas ou regulamenta determinado setor. A atividade interventiva
tambm se manifesta quando o Estado contrata bens e servios no
mercado privado.
No foi por outra razo que o Poder Executivo, na E.M.I. n
104/MP/MF/MEC/MCT, que acompanhou a proposta de edio da
medida provisria em referncia, se manifestou no sentido de que a
orientao da demanda do setor pblico preferencialmente a produtos e
servios domsticos rene condies para que a atuao normativa e
reguladora do Estado efetive-se com maior eficincia e qualidade do
gasto pblico e, concomitantemente, possa engendrar poderoso efeito
multiplicador na economia. Afinal de contas, no se pode ignorar o a
vultosa quantidade de recursos pblicos que so injetados na economia
anualmente com a aquisio de bens e servios por toda Administrao
Pblica, direta e indireta, em todos os nveis, poderes e em todas as
unidades da federao.
Desse modo, nada mais lgico do que o prprio Estado incentivar a
produo interna de forma direta, tornando-se um grande consumidor
dessa produo. Alm disso, exercendo esse desiderato, o Estado
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obtm mais um instrumento de regulao de mercado e de equilbrio
entre oferta e demanda.
A possibilidade de fixao de margens de preferncia para
produtos manufaturados e servios nacionais, desde que estes
atendam a normas tcnicas brasileiras, e de licitao restrita
para bens e servios com tecnologia desenvolvida no Pas,
relacionados informao e comunicao, e considerados
estratgicos, so, sem dvida, importantes instrumentos de
incentivo da produo nacional.
Alm disso, no se pode deixar de destacar que a revogao do
critrio de preferncia pautado na origem do capital da empresa um
avano, pois, finalmente, o poder pblico percebeu que o importante
o local de produo do bem ou prestao do servio, pois nesse local
que so gerados os empregos e cobrados os tributos. Assim, sanado o
descompasso que havia entre a Lei n 8.666/93 e a Constituio de
1988, com a sua redao alterada pela Emenda Constitucional n
06/95.
(b) Vinculao ao instrumento convocatrio
Caso esse princpio no seja observado, o procedimento licitatrio
poder ser considerado nulo. Em razo disso, Di Pietro traz a esse
princpio o carter de essencial.
cedio que a vinculao obriga a Administrao Pblica a
considerar criteriosamente cada uma das normas que por anterior
legislao foi firmada para a devida disciplina do certame, como est no
art. 41 da Lei 8666.
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(c) Julgamento objetivo
A principal caracterstica desse princpio obstar a subjetividade.
De acordo com Celso Antnio Bandeira de Mello o subjetivismo refere-
se a sentimentos, impresses ou propsitos pessoais dos membros da
comisso julgadora, conforme dispe o art. 45 da Lei de Licitaes .
Di Pietro correlaciona o princpio do julgamento objetivo ao
princpio da legalidade, j que no poder haver nenhuma interpretao
alm da que est previamente fixada no edital.
(d) Probidade administrativa
O procedimento licitatrio est completamente vinculado ao
princpio da moralidade j tratado, assim, nesse princpio, encontram-se
os aspectos no s a correo defensiva dos interesses de quem a
promove, mas tambm as exigncias de lealdade e boa-f no trato com
os licitantes.
(e) Isonomia
A licitao nada mais do que a materializao do princpio da
isonomia na Administrao Pblica. Se esta busca comprar produtos e
servios atendendo ao princpio da isonomia, nada mais adequado do
que promover um procedimento que assegure a todos os interessados
igualdade de condies, sem o estabelecimento de exigncias
infundadas ou que restrinjam a concorrncia.
bvio que algumas diferenciaes podem ser admitidas, mas
somente se amparadas com fundamento legal expresso (como os
privilgios s micro e pequenas empresas) e se houver uma justificativa
para se tratar os desiguais na medida de sua desigualdade.
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Questes deconcurso
2. (FCC- 2004- TRT 22 regio- concurso Judicirio- rea
Administrativa) A possibilidade de a Administrao Pblica alterar
unilateralmente o contrato administrativo, quando necessria a
modificao do valor contratualem decorrncia de acrscimo ou
diminuio quantitativa de seu objeto, decorre do princpio da
a) impessoabilidade.
b) indisponibilidade do interesse pblico.
c) vinculao ao edital.
d) adjudicao compulsria.
e) legalidade.
Essa questo pode ser respondida observando-se o artigo 65,
inciso I, alnea b da Lei 8.666/93:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser alterados,
com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administrao:
b) quando necessria a modificao do valor contratual em
decorrncia de acrscimo ou diminuio quantitativa de seu objeto, nos
limites permitidos por esta Lei;
Desta forma, fica fcil perceber que se trata do princpio da
legalidade.
Gabarito: Letra e
3. (FCC - 2009 - TRE-PI - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa Disciplina: Direito Administrativo) Sobre as disposies gerais
do contrato administrativo, previstas na Lei no 8.666/93, correto
afirmar que
a) aos contratos administrativos aplicam-se, supletivamente, os
princpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direito
privado.
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b) dispensvel constar clusula referente ao crdito pelo qual
correr a despesa.
c) a garantia pode ser exigida mesmo que no prevista no
instrumento convocatrio.
d) permitido o contrato com prazo de vigncia indeterminado,
nos casos de locao de imvel.
e) as clusulas econmico-financeiras e monetrias podem ser
alteradas sem prvia concordncia do contratado, desde que
plenamente justificadas.
Trata-se de mais uma questo, j comentada no decorrer da aula,
cujo texto encontra-se na Lei 8.666/93, em seu artigo 54:
Art. 54. Os contratos administrativos de que trataesta Lei
regulam-se pelas suas clusulas e pelos preceitos de direito
pblico, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princpios da teoria geral
dos contratos e as disposies de direito privado.
Portanto, so aplicados os princpios da teoria geral dos contratos e
as disposies de direito privado.
Gabarito: Letra a
4. (FCC - 2013 - TRT - 9 REGIO (PR) - Analista Judicirio -
Medicina) Durante a prestao de servio pblico por particular,
mediante regular contratao com a Administrao pblica, esta
entendeu por bem promover alteraes no regime de execuo,
impondo alteraes ao contratado para melhorias na esfera jurdica do
usurio, com base em previso legal. Essa conduta da Administrao
pblica encontra fundamento direto no princpio da
a) continuidade dos servios pblicos, no podendo o contratado
pleitear o reequilbrio econmico-financeiro do contrato por se tratar de
evento previsvel.
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b) mutabilidade do regime jurdico, permitindo que a Administrao
promova mudanas no regime de execuo de servios para
atendimento do interesse pblico, sem prejuzo de eventual cabimento
de reequilbrio econmico-financeiro em favor do contratado.
c) igualdade dos usurios, no podendo ser feita distino entre as
condies de prestao do servio a usurios em situao semelhante.
d) indisponibilidade do interesse pblico, no podendo a
Administrao pblica se furtar a corrigir situao de desigualdade na
prestao do servio pblico.
e) supremacia do interesse pblico, que afasta a possibilidade do
contratado pleitear o reequilbrio econmico-financeiro do contrato.
Conforme j explicitado na aula, a Administrao Pblica pode
alterar o contrato a fim de adapt-lo ao interesse pblico, obedecendo
ao princpio da mutabilidade do regime jurdico.
Gabarito: Letra b
5. (FUNCAB 2010 PRODAM/AM Analista Administrativo)
Sobre a Lei n 8.666/93, que estabelece normas para licitaes e
contratos da Administrao Pblica, correto afirmar que:
A) o convite modalidade de licitao adequada a contrataes de
grande vulto.
B) na licitao, a Administrao no pode descumprir as normas e
condies do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
C) o leilo modalidade de licitao que se destina a escolher
trabalho tcnico, artstico ou cientfico.
D) expressamente vedada a revogao de licitao j concluda,
ainda que exista vcio de legalidade no procedimento.
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E) a habilitao a fase em que a Administrao procede
efetivamente seleo daquela proposta que se afigura mais vantajosa
para o futuro contrato.
a) A concorrncia a modalidade de licitao adequada a
contrataes de grande vulto (Art. 23, I, c e II, c).
b) Certssima!
c) No se esquea! De acordo com o art. 22, 4, do Estatuto,
o concurso a modalidade de licitao que visa escolha de trabalho
tcnico, artstico ou cientifico, ou seja, aquele de carter intelectual.
d) Lembre-se a revogao o desfazimento dos efeitos da
licitao j concluda, por conta de critrios administrativos, ou at
mesmo de interesse pblico. Rende o ensejo da aplicao do art. 49,
3, do Estatuto. Alm disso, aps a revogao os interessados devem
ser devidamente comunicados para que se manifestem sobre o referido
ato.
e) Erradssimo! A habilitao a fase do procedimento em que
a Administrao verifica a aptido do candidato para a futura
contratao.
Gabarito: B
6. (FUNCAB 2010 PRODAM/AM Analista Administrativo)
No que concerne aos princpios que regem as licitaes, INCORRETO
afirmar que:
A) o princpio da igualdade constitui um dos alicerces da licitao,
na medida em que assegura a igualdade de direitos a todos os
interessados em contratar.
B) pelo princpio da impessoalidade, todos os licitantes devem ser
tratados igualmente.
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C) o princpio da moralidade exige que o administrador se paute
por conceitos ticos.
D) o princpio da publicidade informa que a licitao deve ser
amplamente divulgada, de forma a possibilitar o conhecimento de suas
regras a um maior nmero de pessoas.
E) pelo princpio da eficincia, os bens e interesses pblicos no
pertencem Administrao nem a seus agentes.
De acordo com as nossas aulas, os princpios que regem o
procedimento licitatrio so o principio da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio e
do julgamento objetivo. A questo faz uma pegadinha introduzindo o
principio da eficincia, aquele que norteia a atividade administrativa a
alcanar os melhores resultados a menor custo e utilizando os meios
que dispe.
Gabarito: Letra E
7. (FUNCAB 2013 IPEM/RO Administrador) Dentre os
princpios da licitao, encontra-se o da:
A) vinculao ao instrumento convocatrio.
B) exclusividade.
C) unidade.
D) periodicidade.
E) reserva legal.
A licitao norteada por alguns princpios, alguns que at mesmo
constam expressos em lei, os quais definem os lineamentos que se
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deve prosseguir o procedimento licitatrio. So dessa forma
considerados bsicos os princpios norteadores fundamentais do
procedimento licitatrio, expressos no art. 3 do estatuto. So bsicos
os princpios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao
objetiva e o da vinculao ao instrumento convocatrio.
Gabarito: A
2.3. Definio do objeto a ser licitado
O objeto deve ser bem definido no instrumento convocatrio.
Esse objeto poder ser (a) Contratao de Obra; (b) Contratao de
Servio; (c) Compra; (d) Alienao de bem pblico; (e) Locao ou (f)
Concesso ou uma Permisso de bem ou servio pblico.
Qualquer que seja a modalidade de licitao, a Administrao
deve saber especificar o seu objeto, buscando no mercado ou
recorrendo s normas existentes como as Normas Tcnicas da
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, alm de em
outras fontes possveis.
A descrio do objeto deve contemplar especificaes
tcnicas detalhadas e precisas. A questo da descrio
fundamental, porque as melhores compras comeam pela descrio
detalhada do produto na sua solicitao, resultando na aquisio de
bens de qualidade, melhor oferta de preos e adequao s
necessidades do rgo solicitante.
Lembre-se de que a impessoalidade deve permear todo o
processo de compra. Assim, a descrio do objeto deve ser isenta, de
forma que a seleo de proposta siga, to somente, critrios tcnicos.
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Muitos dos problemas nas aquisies pela Administrao
Pblica ocorrem porque a m definio do objeto provoca a compra de
um bem que no atende s expectativas do solicitante e a descrio do
objeto constante no pedido.
Um grande problema que comumente ocorre que o servidor
que solicita o bem se preocupa mais conceituar do que definir o objeto
pretendido.
Por exemplo, a gua pode ser conceituada como um lquido
incolor, inodoro e essencial para a sobrevivncia dos seres humanos
(veja quantos adjetivos!). Contudo, sua definio nica: uma
partcula de hidrognio associada a duas de oxignio (por uma nica
linha voc j sabe do que o gestor est falando).
Na definio do objeto, voc deve atentar para o seguinte:
No indique marca nem modelo de um determinado
fabricante; exceto quando se tratar da identificao de um
equipamento, cuja manuteno ou peas de reposio
constituam o objeto da despesa pretendida;
Divida os pedidos em grupos de material (grupo dos
suprimentos de informtica, grupo de material de escritrio,
grupo de material eltrico, etc.);
Especifique de forma completa (sem determinao de marca
ou modelo) o material ou servio com o padro de
desempenho e de qualidade. Voc receber o que
escreveu e no o que imaginou!;
No se aventure a definir objetos ou servios tcnicos
quando voc no tem a expertise para tanto. Solicite a
ajuda de engenheiros do rgo quando for descrevem um
servio de engenharia, por exemplo;
2.4. Modalidades de licitaoAgora chegamos no ponto nodal de nossa aula!
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OLHO ABERTO E NO PISQUE, POIS ESSE O TEMA QUE TEM 90%
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O art. 22 da Lei 8.666/1993 define cinco modalidades de licitao:
concorrncia, tomada de preos, convite, concurso e leilo. O
prego, sexta modalidade, definido no art. 1. da Lei 10.520/2002.
A consulta, definida no art. 58 da Lei 9.472/1997, declarado
constitucional pelo STF na ADI 1.668, e disciplinada pela Resoluo
Anatel 5, de 15.01.1998, tem aplicabilidade restrita s agncias
reguladoras, por fora do art. 37 da Lei 9.986/2000, e, por isso, no
considerada uma modalidade, conforme lio de Fernanda Marinela
(2007, p. 302).
bom lembrar que o art. 22, 8., da Lei 8.666/1993, direcionado
ao administrador, veda a criao de novas modalidades licitatrias ou a
combinao das existentes.
As modalidades no podem ser aplicadas indistintamente. Para
determinar qual deve ser aplicada no caso concreto, o operador do
direito dever se valer dos critrios do valor e das
especificaes/natureza do objeto.
No que importa ao valor, as modalidades so divididas em
concorrncia, tomada de preos e convite. No que concerne natureza,
as modalidades so o leilo, o concurso, a concorrncia (em casos
especficos) e o prego.
Passa-se anlise de cada uma das modalidades.
2.4.1. ConcorrnciaConcorrncia, conforme redao do art. 22, 1., da Lei
8.666/1993:
a modalidade de licitao entre quaisquer interessados que, na faseinicial de habilitao preliminar, comprovem possuir os requisitos mnimosde qualificao exigidos no edital para execuo de seu objeto.
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a modalidade que possui mais requisitos e, em tese, confere uma
maior segurana ao procedimento.
possvel ao administrador, de modo a conferir uma maior
segurana ao procedimento, adotar a concorrncia nos casos em que
couberem o convite e a tomada de preo.
Quanto ao critrio do valor, a concorrncia ser adotada para (a)
obras e servios de engenharia cujos valores estimados sejam
superiores a R$ 1.500.000,00 e (b) outros bens e servios que
no os de engenharia cujos valores superem R$ 650.000,00.
Esses valores, assim como os demais definidos em lei para a
caracterizao das modalidades, podem ser atualizados anualmente
pelo Poder Executivo Federal, observada como limite superior a
variao geral dos preos do mercado (art. 120 da Lei 8.666/1993).
Para os consrcios pblicos, os valores das modalidades
licitatrias ficam duplicados quando pelo menos trs entes da
federao estiverem participando do consrcio, e so triplicados
quando for formado por um nmero ainda maior.
Quanto natureza do objeto, a concorrncia ser adotada,
independentemente do valor do objeto, nas seguintes hipteses:
compras e alienaes de bens imveis;
concesso de direito real de uso;
licitaes internacionais (23, 3., da Lei 8.666/1993);
contratos de empreitada integral (21, 2., I, b, da mesma
Lei);
concesses de servios pblicos (art. 2., II, da Lei
8.987/1995), inclusive as PPPs (art. 10 da Lei 11.079/2004);
contratao de concesses florestais (art. 13, 1., da Lei
11.284/2006).
Esse rol comporta excees, professor?
Sim, meu caro e sagaz aluno. Algumas excees a esse rol
merecem destaque.
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Se o imvel foi adquirido pelo Poder Pblico em procedimento
judicial ou mediante dao em pagamento, o administrador poder
optar pelo leilo para promover a alienao desse bem, conforme
autoriza o art. 19 da Lei 8.666/1993.
No tocante licitao internacional, a lei autoriza a tomada de
preos, quando a Administrao dispuser de cadastro internacional, e o
convite, quando no houver fornecedor do bem ou servio no Pas,
devendo o administrador observar, em ambos os casos, os limites de
valor definidos para essas modalidades (art. 23, 3.).
Nas concesses de servio pblico comum, antecedidas ou no de
obra pblica, excepcionalmente ser possvel a utilizao da modalidade
leilo quando o servio estiver previsto no Programa Nacional de
Desestatizao (art. 29, da Lei 9.074/1995).
O procedimento da concorrncia e de cada uma das modalidades
ser estudado em tpico prprio.
Questes deconcurso
8. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo -
Auditoria de Obras Pblicas) Concorrncia a modalidade licitatria
obrigatria para
a) obras e servios de engenharia com valor estimado acima de R$
1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais) e facultativa para
contratos de concesso de servio pblico.
b) contratos de concesso de servio pblico e para obras e
servios de engenharia com valor estimado acima de R$ 1.500.000,00
(um milho e quinhentos mil reais) e facultativa para as situaes onde
a modalidade cabvel seja o convite ou tomada de preos.
c) contratos de concesso de servio pblico e facultativa para
parcerias pblico-privadas.
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d) contratos de concesso de servio pblico e facultativa para
alienao de imveis, independentemente do valor e forma de aquisio
destes pela Administrao.
e) as alienaes de imveis com valor estimado acima de R$
1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais) e facultativa para
alienao de imveis abaixo desse valor, independentemente da forma
de aquisio pela Administrao.
Para respondermos corretamente essa pergunta, preciso
combinar o artigo 2 com o pargrafo 4, I, do artigo 23 da Lei
8.666/93. Vamos ver:
Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: III - concesso deservio pblico precedida da execuo de obra pblica: a construo, total ouparcial, conservao, reforma, ampliao ou melhoramento de quaisquerobras de interesse pblico, delegada pelo poder concedente, mediantelicitao, na modalidade de concorrncia, pessoa jurdica ou consrcio deempresas que demonstre capacidade para a sua realizao, por sua conta erisco, de forma que o investimento da concessionria seja remunerado eamortizado mediante a explorao do servio ou daobra por prazodeterminado;
Art. 23. As modalidades de licitao a que se referem os incisos I a III doartigo anterior sero determinadas em funo dos seguintes limites, tendo emvista o valor estimado da contratao:
I - para obras e servios de engenhariac) concorrncia: acima de R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos milreais); 4o Nos casos em que couber c01008991538onvite, a Administrao poder utilizar atomada de preos e, em qualquer caso, a concorrncia.
Resposta: B
9. (FCC- 2013- PGE/BA- Analista de Procuradoria- rea de
Apoio Calculista) A modalidade licitatria denominada concorrncia
a) condiciona a participao dos interessados ao cadastramento
prvio e comprovao, na fase de habilitao, de que possuem os
requisitos de qualificao exigidos no edital.
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b) deve ter o edital publicado na imprensa oficial e em jornal de
grande circulao com antecedncia mnima de 15 dias da data de
realizao do evento.
c) poder ser utilizada nos casos em que couber convite ou tomada
de preos.
d) caracteriza - se pela apresentao de lances verbais e
sucessivos at a proclamao do vencedor.
e) serve tipicamente para escolha de trabalhos tcnicos ou
cientficos, mediante a instituio de prmio ou remunerao aos
vencedores.
A Lei 8.666/93 estipula que a modalidade concorrncia pode ser
utilizada quando couber qualquer outra modalidade, por ser a
modalidade mais complexa, mais rigorosa, portanto a alternativa c a
correta.
Gabarito: Letra c.
10. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judicirio - rea
Administrativa)No que tange s modalidades de licitao, a
concorrncia obrigatria, entre outros, para a
a) concesso de direito real de uso.
b) venda de bens mveis inservveis.
c) alienao de produtos legalmente apreendidos.
d) escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico.
e) contratao de obras e servios de engenharia de qualquer
valor.
A concesso de direito real de uso a nica alternativa cabvel,
uma vez que para as alternativas b e c a modalidade seria o leilo,
na alternativa d a modalidade seria o concurso, e a alternativa e
admite convite, tomada de preos e concorrncia.
Gabarito: Letra a
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11. (FUNCAB 2014 EMDUR/RO Analista- Administrador) A
concorrncia, como modalidade licitatria, obrigatria para:
A) obras e servios de engenharia acima de quinhentos mil reais.
B) compras e servios que no sejam de engenharia acima de duzentos
e cinquenta mil reais.
C) concesses de direito real de uso.
D) a venda de bens mveis avaliados, isolada ou globalmente, qualquer
que seja o valor.
E) compra e alienao de qualquer bem imvel, independente de seu
valor.
Vamos recordar? Recordar viver! A concorrncia ser adotada,
independentemente do valor do objeto, nas seguintes hipteses:
compras e alienaes de bens imveis;
concesso de direito real de uso;
licitaes internacionais (23, 3., da Lei 8.666/1993);
contratos de empreitada integral (21, 2., I, b, da mesma Lei);
concesses de servios pblicos (art. 2., II, da Lei 8.987/1995),
inclusive as PPPs (art. 10 da Lei 11.079/2004);
contratao de concesses florestais (art. 13, 1., da Lei
11.284/2006).
Gabarito: C
2.4.2. Tomada de preos
Tomada de preos, conforme redao do art. 22, 2., da Lei
8.666/1993,
a modalidade de licitao entre interessados devidamente cadastradosou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento ato terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada anecessria qualificao.
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A caracterstica principal da tomada de preos que ela se
restringe s pessoas previamente cadastradas, organizadas em
funo dos ramos de atividade, e aos que apresentaram pedido de
cadastramento e atenderem a todas as condies exigidas at o terceiro
dia anterior data fixada para abertura das propostas.
Isso faz com que a fase de habilitao seja bem mais clere do que
na concorrncia. O nico trabalho da comisso na fase de habilitao
ser verificar o certificado de registro cadastral e os documentos
daqueles que requereram o cadastramento.
Se o requerimento for indeferido, cabe recurso administrativo
(representao).
As caractersticas essenciais da tomada de preos, segundo
Carvalho Filho (2005, p. 211), so a inscrio, a habilitao prvia, que
ocorre no momento da inscrio nos registros cadastrais, e a
possibilidade de sua substituio pela concorrncia.
Conforme observado acima, a tomada de preos segue,
exclusivamente, o critrio do valor e se destina a contratos de
mdio vulto, ou seja, maiores que o limite do convite e menores que o
da concorrncia.
possvel a tomada de preos para (a) obras e servios de
engenharia cujos valores situem-se entre R$ 150.000,00 e R$
1.500.000,00 e (b) outros bens e servios que no os de
engenharia cujos valores se situem entre R$ 80.000,00 e R$
650.000,00.
ATENO! No pode o administrador promover o fracionamento do
objeto a ser licitado de modo a enquadrar o procedimento em
modalidade que requer menor rigor.
Esse ato, alm de constituir-se em desvio de finalidade, provoca
srios prejuzos ao errio na medida em que uma maior quantidade de
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produto, normalmente, tem preo unitrio menor do que uma pequena
quantidade, segundo a lgica da economia de escala.
Se a Administrao pretende contratar uma empresa de
engenharia para construir um hospital, no pode licitar, separadamente,
a enfermaria para enquadr-la na tomada de preos, a recepo para
enquadr-la no convite e assim por diante. Do mesmo modo, se a
Administrao necessita trocar a sua frota de automveis, no pode
fazer uma licitao para a metade dos carros no primeiro semestre e
outra licitao para o restante no segundo semestre.
por essa razo que o 5. do art. 23 da Lei 8.666/1993 dispe
que:
vedada a utilizao da modalidade convite ou tomada de preos,conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou servio, ou aindapara obras e servios da mesma natureza e no mesmo local que possamser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatriode seus valores caracterizar o caso de tomada de preos ouconcorrncia, respectivamente, nos termos deste artigo.
Professor, h tambm exceo a essa regra?
H sim uma exceo a essa regra: permitido o parcelamento e a
utilizao de modalidade mais simples quando se tratar de parcelas de
natureza especfica que possam ser executadas por pessoas ou
empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou
servio. Exemplo tpico dessa permisso legal a contratao separada
de empresa especializada em ar condicionado para o fornecimento e
instalao desse bem em determinada obra.
A hiptese de fracionamento vedada pelo 5. no pode ser
confundida com a previso legal contida no 7. do mesmo dispositivo.
Vejamos o que diz este ltimo:
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7o Na compra de bens de natureza divisvel e desde que no hajaprejuzo para o conjunto ou complexo, permitida a cotao dequantidade inferior demandada na licitao, com vistas a ampliao dacompetitividade, podendo o edital fixar quantitativo mnimo parapreservar a economia de escala.
O citado dispositivo autoriza a Administrao a cotar quantidade
inferior demandada na licitao, visando a ampliao da
competitividade, quando se tratar de bens de natureza divisvel. o
que Maral Justen Filho denomina de fracionamento interno (2008,
p. 276).
Nessa hiptese, a Administrao promove a licitao de
determinado objeto divisvel e o divide em lotes, de forma a alcanar os
fornecedores que no podem entregar quantidades maiores desse
produto. Ser publicado um nico edital, mas o mesmo produto ser
dividido em vrios lotes, como ocorre na licitao por itens (os
fornecedores apresentam propostas para cada item). Sero
selecionadas tantas propostas quantas necessrias at que se atinja a
quantidade demandada na licitao.
Desse modo, se, por exemplo, a Administrao pretende comprar
cem carteiras escolares e houver, na localidade, apenas pequenas
marcenarias, o edital poder consignar que as marcenarias apresentem
propostas para lotes de cinco, dez ou vinte carteiras. Quem apresentar
a melhor proposta para cada lote ser o vencedor daquele lote. essa a
situao autorizada pela lei.
Por fim, vale lembrar que os valores-limite acima especificados so
multiplicados quando se trata de consrcios pblicos e que admissvel
a tomada de preos nas licitaes internacionais nas condies acima
verificadas.
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Questo deconcurso
12. (FUNCAB - 2013 - DETRAN-PB - Advogado) a
modalidade de licitao entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o
terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a
necessria qualificao. Segundo a Lei n 8.666/1993 ( dispe sobre
licitao e contratos da Administrao Pblica ), tal assertiva traduz o
conceito da seguinte modalidade de licitao:
a) concurso.
b) tomada de preos.
c) leilo.
d) concorrncia.
e) convite.
De acordo com o Art. 22. , so modalidades de licitao
concorrncia, tomada de preos, convite, concurso e o leilo. 2o
Tomada de preos a modalidade de licitao entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies
exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do
recebimento das propostas, observada a necessria qualificao.
Gabarito B.
13. (FUNCAB 2013 IPEM/RO Administrador) A tomada de
preo cabvel na:
A) contratao de servios ou compras com valor estimado de at R$
80.000,00.
B) contratao de servios ou aquisio de bens at R$ 650.000,00.
C) contratao de servios ou aquisio de bens at R$ 1.500.000,00.
D) escolha de projeto tcnico ou cientfico.
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E) alienao de bens julgados inservveis.
Vale lembrar que a tomada de preo a modalidade de licitao
entre os interessados previamente cadastrados nos registros dos rgos
pblicos e pessoas administrativas, ou mesmo que atendam a todas as
exigncias para cadastramento at o terceiro dia anterior data do
recebimento das propostas. Cabem em contrataes de mdio vulto,
com faixas de valores estabelecidas em lei, conforme art. 23,I,b e II,b).
Gabarito: B
2.4.3. ConviteConvite, conforme redao do art. 22, 3., da Lei 8.666/1993:
a modalidade de licitao entre interessados do ramo pertinente aoseu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmeromnimo de trs pela unidade administrativa, a qual afixar, em localapropriado, cpia do instrumento convocatrio e o estender aos demaiscadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seuinteresse com antecedncia de at 24 (vinte e quatro) horas daapresentao das propostas.
Como se v, a Administrao, ao realizar o convite, no precisa
se limitar a pessoas previamente cadastradas, pode encaminhar
a carta-convite a pessoas no cadastradas. Em outro giro, os
interessados em participar da licitao que no foram convidados pela
Administrao devem ser admitidos, desde que manifestem o interesse
com antecedncia de at vinte e quatro horas antes da apresentao
das propostas e, cumulativamente, estejam previamente cadastrados.
Os j cadastrados limitam-se a apresentar o certificado de registro
cadastral.
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A Administrao, contudo, deve tomar especial cuidado ao convidar
pessoas no cadastradas, uma vez que, no convite, a fase de
habilitao presumida, conforme lio de Bandeira de Mello (2007, p.
571).
Gasparini (2008, p. 569) ensina que nessa modalidade a entidade
licitante presume como boas a habilitao jurdica, a qualificao
tcnica, a qualificao econmico-financeira e a regularidade fiscal dos
convidados. No necessria qualquer medida para averiguar esses
aspectos da pessoa do licitante, salvo quanto prova de regularidade
para com o INSS, pois nenhuma pessoa jurdica pode contratar com o
Poder Pblico se estiver em dbito com o sistema de seguridade social
(art. 195, 3.) e para com o FGTS (...).
Assim, a nica medida que a Administrao deve tomar no
convite para verificar se o interessado tem condies de
contratar com o poder pblico buscar a comprovao da
regularidade perante o INSS e o FGTS.
Bandeira de Mello admite a participao do interessado no
cadastrado, interpretando por analogia as regras da tomada de preo
que admitem o cadastramento em at trs dias antes da data do
recebimento das propostas (2007, p. 543-544).
Quanto publicidade do instrumento convocatrio, a lei determina
que sua cpia seja afixada em local apropriado de forma a dar uma
maior publicidade ao certame e dar conhecimento aos no convidados
da existncia do mesmo.
At mesmo a comisso de licitao pode ser dispensada e
substituda por servidor formalmente designado pela autoridade
competente nas pequenas unidades administrativas em que houver
exiguidade de pessoal disponvel (art. 51, 1., da Lei 8.666/1993).
Pelas caractersticas at aqui verificadas, pode-se concluir que o
convite a modalidade licitatria de menor formalismo, destinada a
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licitaes de menor vulto. Em razo desse menor formalismo, pode o
administrador optar por adotar a concorrncia ou a tomada de preos
quando o valor se enquadrar nos limites do convite.
Os limites legais para a adoo do convite so: (a) obras e
servios de engenharia de valores at R$ 150.000,00 e (b)
outros bens e servios que no os de engenharia de valores at
R$ 80.000,00.
Os limites para os consrcios pblicos tambm so ampliados aqui
e o convite pode ser adotado em licitaes internacionais nos moldes
em que explicado linhas acima.
ATENO!!! Dois importantes aspectos ainda merecem destaque
quanto ao convite.
O primeiro refere-se ao disposto no art. 22, 6., da Lei
8.666/1993. Esse dispositivo determina que, caso existam na praa
mais de trs interessados, a Administrao deve, a cada novo convite
realizado para objeto idntico ou assemelhado, convidar um novo
interessado, enquanto existirem cadastrados no convidados nas
ltimas licitaes. Dessa maneira, a legislao procura evitar que
sempre os mesmos trs interessados sejam convidados. Assim, a cada
convite para o mesmo objeto, deve haver ao menos um convidado
diferente.
O segundo refere-se importantssima discusso acerca da
existncia de um nmero mnimo de propostas vlidas ou de um
nmero mnimo de licitantes.
A redao do 7. do artigo em referncia informa que a
Administrao pode prosseguir na realizao do convite quando, por
limitaes do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, no
for possvel a obteno de trs licitantes, desde que as razes sejam
devidamente apresentadas no processo.
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H casos, contudo, em que a Administrao convida trs
interessados, mas apenas um ou dois apresentam proposta vlida.
Nesse caso, o TCU tem jurisprudncia firme no sentido de que a
licitao na modalidade convite deve ser repetida e um ou dois novos
interessados devem ser convidados quando no houver o mnimo de
trs propostas vlidas. Esse o comando da Smula 248/TCU: No se
obtendo o nmero legal mnimo de trs propostas aptas seleo, na
licitao sob a modalidade Convite, impe-se a repetio do ato, com a
convocao de outros possveis interessados, ressalvadas as hipteses
previstasnopargrafo7.,doart.22,daLein.8.666/1993.
Por fim, quanto aos aspectos procedimentais, observa-se que os
prazos so mais curtos no convite. Alm do prazo de cinco dias teis
entre a efetiva disponibilidade do convite e a apresentao das
propostas, conforme se ver no quadro abaixo, o prazo de diligncia
para a apresentao de nova documentao ou de novas propostas a
que se refere o art. 48, 3., da Lei Geral de trs dias teis no
convite e oito dias teis as demais modalidades. Ainda, o prazo para
recursos tambm menor no convite, pois, enquanto nas modalidades
anteriores o prazo de cinco dias teis, na modalidade em anlise de
apenas dois dias teis.
Veja o quadro comparativo entre concorrncia, tomada de preos e
convite:Modalidades Critrios Valores Participantes Prazos mnimos
entre a ltimapublicao do
edital ou convite eo recebimento das
propostas
Publicao
Concorrncia(maior vulto)
Valor eoutros
(imveis,concesses,empreitadaintegral etc.)
- engenharia:maior que R$1.500.000,00
- outros bens eservios: maior
que R$650.000,00
Quaisquerinteressados,
observados osrequisitos do
edital.
- 45 dias:empreitada
- 30 dias:demais casos
Publicaodo edital na
imprensaoficial e emjornal diriode grandecirculao.
Tomadade
Valor - engenharia:entre
150.000,00 e R$
Todosinteressados
cadastrados e os
- 30 dias:
Publicaodo edital na
imprensa
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Preos(mdio vulto)
1.500.000,00- outros bens eservios: entreR$ 80.000,00 eR$ 650.000,00
que requereramcadastramentoem at 3 dias
antes dorecebimento das
propostas.
- 15 dias:demais casos
oficial e emjornal diriode grandecirculao.
Convite(menor vulto)
Valor - engenharia:at R$
150.000,00- outros bens eservios: at R$
80.000,00
Convidados (nomnimo 3) e
cadastrados quemanifestarem
interesse em at24 horas antes dorecebimento das
propostas.
5 dias teis Fixao emlocal
prprio eadmite-se apublicao
na imprensaoficial
2.4.4. ConcursoConcurso, conforme redao do art. 22, 4., da Lei 8.666/1993,
a modalidade de licitao entre quaisquer interessados para escolha detrabalho tcnico, cientfico ou artstico, mediante a instituio de prmiosou remunerao aos vencedores, conforme critrios constantes de editalpublicado na imprensa oficial com antecedncia mnima de 45 (quarentae cinco) dias.
Desse conceito extrai-se que o objetivo do concurso escolher um
trabalho tcnico, cientfico ou artstico. a modalidade preferencial
de licitao para a contratao de servios tcnicos especializados. Aps
a escolha de um trabalho tcnico, um projeto de arquitetura, por
exemplo, a Administrao no est obrigada a contratar uma empresa
de engenharia para executar a obra daquele projeto escolhido.
O vencedor do certame ganhar um prmio e dever ceder os
direitos de sua obra Administrao. Conforme lio de Carvalho Filho
(2005, p. 212), com fundamento nos arts. 52, 2., e 111 da Lei
8.666/1993, o prmio ou a remunerao, no entanto, s podero ser
pagos se o autor do projeto ceder Administrao os direitos
patrimoniais a ele relativos e a ela permitir a utilizao, de acordo com
sua convenincia, na forma do que estabelecer o regulamento ou o
ajuste para a elaborao deste.
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Quem escolher o vencedor ser uma comisso especial que no
precisa ser composta por servidores pblicos, bastando que os
integrantes sejam pessoas de reputao ilibada e reconhecido
conhecimento na matria (art. 51, 5., da Lei 8.666/1993).
CUIDADO: Os tipos de licitao (menor preo, melhor tcnica,
tcnica e preo e maior lance ou oferta) no so adotados para o
concurso, nos termos do art. 45, 1., da mesma lei.
No h procedimento legal especfico para o concurso. A
Administrao dever elaborar um regulamento prprio que indicar a
qualificao exigida dos participantes, as diretrizes e a forma de
apresentao do trabalho, as condies de realizao do concurso e os
prmios a serem concedidos. O edital deve indicar o local em que o
regulamento pode ser acessado ou dever trazer o regulamento anexo.
O prazo de intervalo mnimo entre a ltima publicao do edital e
a apresentao dos trabalhos de 45 dias corridos.
Questes deconcurso
14. (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Tcnico Judicirio)
Contm a relao correta entre a situao descrita e a modalidade
licitatria aplicvel, de acordo com as disposies da Lei no 8.666/93:
a) Leilo, para aquisio de obras de arte, com lance igual ou
superior ao da avaliao.
b) Concurso, para escolha de trabalho cientfico, mediante a
instituio de prmio ou remunerao ao vencedor.
c) Tomada de preos, para aquisio de bens mveis,
independentemente do valor.
d) Concorrncia, para escolha de trabalho cientfico ou artstico,
com a instituio de prmio ao vencedor.
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e) Leilo, para alienao de bens inservveis, desde que o valor no
supere o limite de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
a) Art.22 5 Leilo a modalidade de licitao entre quaisquer
interessados para a venda de bens mveis inservveis para a
administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienao de bens imveis prevista no art. 19, a quem
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao. Letras
a e e erradas.
b) Art. 22 4o Concurso a modalidade de licitao entre
quaisquer interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou
artstico, mediante a instituio de prmios ou remunerao aos
vencedores, conforme critrios constantes de edital publicado na
imprensa oficial com antecedncia mnima de 45 (quarenta e cinco)
dias. Correta.
c) Art.23 - 3o A concorrncia a modalidade de licitao cabvel,
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienao
de bens imveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concesses
de direito real de uso e nas licitaes internacionais, admitindo-se neste
ltimo caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preos,
quando o rgo ou entidade dispuser de cadastro internacional de
fornecedores ou o convite, quando no houver fornecedor do bem ou
servio no Pas. Alternativa errada.
d) Errada, como j visto.
15. (FUNCAB 2010 DER/RO Agente de atividades
administrativas) A modalidade de licitao adequada para contratar
servios profissionais, cujo critrio de julgamento consiste na avaliao
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do trabalho tcnico ou artstico, de criao ou desenvolvimento
intelectual, pago mediante prmio denomina-se:
A) convite.
B) leilo.
C) concurso.
D) prego.
E) concorrncia.
Gabarito: C
Boa questo para nos relembrar das modalidades de licitao, no
? No se esquea, o art. 22,4do Estatuto prev que a modalidade de
licitao que visa a escolha de trabalho tcnico, artstico ou cientifico
o concurso, aquele que possui carter eminentemente intelectual. A
Administrao visa com essa modalidade selecionar um projeto de
cunho intelectual, para conceder a seu autor o prmio ou a
remunerao correspondente.
Gabarito: C
16. (FUNCAB - 2013 - IPEM-RO - Assistente Jurdico)
modalidade de licitao realizada entre quaisquer interessados para
escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico d-se o nome de:
a) prego.
b) leilo.
c) convite.
d) concorrncia.
e) concurso.
Ns j falamos do art. 22,4 do Estatuto que prev a modalidade
de licitao que visa a escolha de trabalho tcnico, artstico ou cientifico
o concurso, aquele que possui carter eminentemente intelectual. A
Administrao visa com essa modalidade selecionar um projeto de
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cunho intelectual, para conceder a seu autor o prmio ou a
remunerao correspondente.
Gabarito: Letra E
2.4.5. LeiloLeilo, conforme definio do art. 22, 5., da Lei 8.666/1993, a
modalidade de licitao entre quaisquer interessados para a venda de
bens mveis inservveis para a administrao ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados (=empenhados, segundo
Marinela), ou para a alienao de bens imveis oriundos de
procedimentos judiciais ou de dao em pagamento, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao.
importante observar, inicialmente, que o leilo adotado na
venda de bens pela Administrao. Quanto aos bens mveis, a lei
impe o limite de at R$ 650.000,00, em avaliao isolada ou global,
para a utilizao do leilo. Acima desse valor, a concorrncia deve ser
adotada.
H, ainda, uma inconsistncia na definio do instituto. A
Administrao no pode promover a penhora de bens e realizar o leilo
para a venda desses bens, essa atividade privativa do Poder Judicirio
em sede de execuo civil.
No s nas hipteses elencadas no dispositivo em referncia que
o leilo pode ser adotado. Essa modalidade tambm pode ser utilizada
para a promoo da privatizao e, de forma simultnea, para a
outorga de nova concesso de servio pblico, nos termos do art. 27, I,
da Lei 9.074/1995. A adoo do leilo nessa hiptese foi chancelada
pelo STF que considerou constitucional a transferncia da concesso ou
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permisso de servio pblico empresa privada por meio de leilo de
aes ou quotas (ADI 1.528 e ADI 1.863).
E quais so os aspectos procedimentais do leilo?
Quem dirige o leilo a comisso de licitao. A conduo dos
trabalhos no momento da praa cabe ao leiloeiro oficial ou ao servidor
designado pela Administrao.
Todo bem a ser leiloado ser previamente avaliado pela
Administrao para fixao do preo mnimo de arrematao.
O edital de leilo deve ser amplamente divulgado, por meio de
publicao oficial e em jornal dirio de grande circulao,
principalmente no municpio em que se realizar. O intervalo mnimo
entre a sua publicao e a realizao do certame de 15 dias.
No dia, hora e local determinados no edital, todos os participantes
comparecero e apresentaro suas propostas (lances) de forma oral.
Nesse ponto, observa-se que o princpio da publicidade levado ao
extremo, pois no h sigilo de propostas. Um mesmo licitante pode
melhorar sua oferta a qualquer momento e fica vinculado a ela at a
apresentao de uma mais vantajosa.
Os bens arrematados sero pagos vista ou no percentual
estabelecido no edital nunca inferior a 5%. Nos leiles internacionais,
o pagamento dessa parcela poder ser feito em 24 horas. Aps a
assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilo, os bens sero
imediatamente entregues ao arrematante que se obrigar ao
pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocao.
Tudo isso conforme as diretrizes do art. 53 da Lei Geral.
Todos os atos para a efetivao da venda sero concentrados em
uma nica oportunidade e, ao final, dever ser lavrada a ata
circunstanciada.
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17. (FCC - 2012 - TJ-PE - Oficial de Justia) O leilo
proceder-se- na forma da legislao pertinente, observando-se, entre
outros aspectos, que
a) os bens arrematados devero ser pagos, imediatamente aps a
realizao do leilo, vista ou no percentual estabelecido no edital, no
inferior a 5% (cinco por cento), e o restante nas condies e prazos
estipulados no edital de convocao.
b) dever ser cometido a leiloeiro oficial, ou no, mas vedada a
designao de servidor pela Administrao.
c) todo bem a ser leiloado dispensa a avaliao prvia, sendo esta
facultativa, objetivando a fixao do preo mximo de arrematao.
d) o edital do leilo no exige ampla divulgao no municpio em
que ser realizado, bastando uma simples comunicao aos
interessados.
e) o pagamento da parcela vista, nos leiles internacionais,
poder ser realizado em at 03 (trs) dias teis, prorrogveis por mais
02 (dois) dias.
Letra (A). Os bens arrematados sero pagos vista ou no
percentual estabelecido no edital, no inferior a 5% (cinco por cento) e,
aps a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilo,
imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigar ao
pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocao,
sob pena de perder em favor da Administrao o valor j recolhido (art.
53, 2, Lei n 8.666/93). Logo, est CORRETA.
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Letra (B). O leilo pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor
designado pela Administrao, procedendo-se na forma da legislao
pertinente (art. 53, caput, Lei n 8.666/93). Logo, est INCORRETA.
Letra (C). Todo bem a ser leiloado ser previamente avaliado pela
Administrao para fixao do preo mnimo de arrematao (art. 53,
1, Lei n 8.666/93). Logo, est INCORRETA.
Letra (D). O edital de leilo deve ser amplamente divulgado,
principalmente no municpio em que se realizar (art. 53, 4, Lei n
8.666/93). Logo, est INCORRETA.
Letra (E). Nos leiles internacionais, o pagamento da parcela
vista poder ser feito em at vinte e quatro horas (art. 53, 3, Lei n
8.666/93). Logo, est INCORRETA.
18. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judicirio) A administrao
pblica realizou, por meio de regular procedimento, a apreenso de
grande quantidade de obras de arte. Pretende agora alien-las
onerosamente. Para tanto, de acordo com a Lei n 8.666/93, a
modalidade de licitao adequada
a) prego.
b) convite.
c) tomada de preos.
d) leilo.
e) empreitada.
Letra (A). Para aquisio de bens e servios comuns, poder ser
adotada a licitao na modalidade de prego. Consideram-se bens e
servios comuns aqueles cujos padres de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificaes usuais no mercado (art. 1, caput e pargrafo nico,
Lei n 10.520/02). Logo, est INCORRETA.
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Letra (B). O convite a modalidade de licitao utilizada no caso
de obras e servios de engenharia com valor at 150 mil reais e de
compras e servios at 80 mil reais (art. 23, inciso I, alnea a e inciso
II, alnea a, Lei n 8.666/93). Logo, est INCORRETA.
Letra (C). A tomada de preos a modalidade de licitao utilizada
no caso de obras e servios de engenharia com valor at 1.500.000
reais e de compras e servios at 650 mil reais (art. 23, inciso I, alnea
b e inciso II, alnea b, Lei n 8.666/93). Logo, est INCORRETA.
Letra (D). Leilo a modalidade de licitao entre quaisquer
interessados para a venda de bens mveis inservveis para a
administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienao de bens imveis da Administrao Pblica, cuja
aquisio haja derivado de procedimentos judiciais ou de dao em
pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor
da avaliao (art. 22, 5, Lei n 8.666/93). Logo, est CORRETA.
Letra (E). So modalidades de licitao: concorrncia; tomada de
preos; convite; concurso; leilo (art. 22, incisos I a V, Lei n
8.666/93). A empreitada no modalidade de licitao. Logo, est
INCORRETA.
3)Dispensa e inexigibilidade
3.1 Aspectos gerais
Aqui, meus amigos, voc no tem 30% de chances de uma questo
desse tpico entrar na sua prova no, voc tem 100% de chances de
que voc vai ter uma questo de dispensa ou inexigibilidade de licitao
em sua prova.
Noes de Direito Administrativo p/ Tcnico deSeguro Social do INSS. Teoria e exerccioscomentados
Prof Daniel Mesquita Aula 11
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O mesmo dispositivo constitucional que impe a obrigatoriedade da
licitao prev que a lei pode dispens-la em casos especficos. Assim,
em razo da incompatibilidade da situao apresentada com a demora
do procedimento licitatrio, em hipteses em que a realizao de uma
licitao no faria qualquer sentido (fornecedor nico, por exemplo) ou
para a satisfao de interesses estatais especficos, o inciso XXI do art.
37 da CF possibilita legislao ordinria prever casos em que a
contratao se dar de forma direta.
A contratao direta, contudo, medida excepcional e as
hipteses previstas em lei so taxativas, no se admitindo
interpretao extensiva. Nesse ponto, o administrador deve ser
cauteloso, pois dispensar ou inexigir a licitao fora dos casos previstos
em lei tipo penal descrito no art. 89 da Lei n 8.666/93.
A Lei 8.666/93 traz hipteses de dispensa (dispensvel e
dispensada) e de inexigibilidade de licitao.
inexigvel a licitao quando a competio for completamente
invivel.
A licitao dispensada aquela em que a lei veda a realizao do
procedimento licitatrio, ou seja, no h margem de discricionariedade
ao administrador, ele no deve fazer a licitao. So as hipteses do
art. 17, I e II, da Lei n 8.666/93, que tratam da alienao de bens
mveis e imveis pblicos.
J na licitao dispensvel, a competio perfeitamente vivel,
mas a lei possibilita ao administrador, valendo-se de seu critrio de
convenincia e oportunidade, dispensar sua realizao. Esse ato,
portanto, um ato administrativo discricionrio.
Assim, temos:
Licitao inexigvel Competio invivel
Licitao dispensada A lei veda a licitao
Licitao dispensvel O administrador pode no
fazer
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Vamos s hipteses legais de cada uma. FORA E ATENO,
guerreiro!
3.2 Licitao Dispensada
A regra geral, como visto acima, embasada no art. 37, XXI, da CF,
de que as alienaes so contratadas med
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