introdução à literatura

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Introdução à Literatura

O que é literatura?

O que o Reality Show “Big Brother Brasil” tem a ver com literatura?

O que o Reality Show “Big Brother Brasil” tem a ver com literatura?

Grande Irmão", "Big Brother" no original, é um personagem fictício no romance 1984

 de George Orwell. Na sociedade descrita por Orwell, todas as

pessoas estão sob constante vigilância das autoridades, principalmente por teletelas

 (telescreen), sendo constantemente lembrados pela frase propaganda do

Estado: "o Grande Irmão zela por ti" ou "o Grande Irmão está-te observando" (do

original "Big Brother is watching you"). A descrição física do "Grande Irmão"

assemelha-se a Josef Stalin ou Horatio Herbert Kitchener

O que a novela “Império” tem a ver com literatura?

O que a novela “Império” tem a ver com literatura?

Romeu e Julieta  (no original em inglês Romeo and Juliet) é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária deWilliam Shakespeare.

O enredo passa-se em Verona, Itália, por volta do ano 1500 e trata os amores de um casal de jovens (Romeu

e Julieta), que apesar de serem provenientes de famílias rivais, se apaixonam um pelo outro. Nesta

história as lutas de espada, o disfarce, os equívocos, a tragédia; o humor e a linguagem da paixão

simbolizam, no seu conjunto, o amor verdadeiro. Duas poderosas famílias (os Montagues e os Capulet) são

inimigas há muitos anos.

A Literatura é um tipo de arte, mas qual é o seu material?

TRADUZIR-SE

Uma parte de mimé todo mundo:outra parte é ninguém:fundo sem fundo.

uma parte de mimé multidão:outra parte estranhezae solidão.

Uma parte de mimpesa, pondera:outra partedelira.

Uma parte de mimé permanente:outra partese sabe de repente.

Uma parte de mimé só vertigem:outra parte,linguagem.

Traduzir-se uma partena outra parte- que é uma questãode vida ou morte -será arte?

Ferreira Gullar

“Literatura” vem do latim litteris, que significa Letras:

ler e escrever bem;

Gramática, Retórica, Poética, escrever artisticamente.

Comunicar, interagir e...criar

Interação com outras pessoas

A linguagem: patrimônio da humanidade

Interação com outras pessoas

Expressão de experiências, ideias, desejos, sentimentos, opiniões e emoções

A linguagem: patrimônio da humanidade

Interação com outras pessoas

Expressão de experiências, ideias, desejos, sentimentos, opiniões e emoções

Expressar nossa cultura, valores, tradições de um povo

A linguagem: patrimônio da humanidade

Interação com outras pessoas

Expressão de experiências, ideias, desejos, sentimentos, opiniões e emoções

Expressar nossa cultura, valores, tradições de um povo

Transmitir, em prosa e verso, as histórias, as canções , os poemas que criamos

A linguagem: patrimônio da humanidade

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

A literatura e a forma de contar

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

Invenção da escrita

A literatura e a forma de contar

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

Invenção da escrita

“As mil e uma noites” (a partir do séc. IX)

A literatura e a forma de contar

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

Invenção da escrita

“As mil e uma noites” (a partir do séc. IX)

As novelas de folhetim (século XIX)

A literatura e a forma de contar

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

Invenção da escrita

“As mil e uma noites” (a partir do séc. IX)

As novelas de folhetim (século XIX)

As radionovelas em Cuba

A literatura e a forma de contar

Épocas remotas: transmissão oral, de geração em geração

Invenção da escrita

“As mil e uma noites” (a partir do séc. IX)

As novelas de folhetim (século XIX)

As radionovelas em Cuba

As telenovelas

A literatura e a forma de contar

A natureza da linguagem literária

José Rosa de Miranda, o Mineirinho, foi encontrado morto, ontem na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio, com 13 tiros de metralhadora em várias partes do corpo – três deles nas costas e quatro no pescoço – uma medalha de ouro de S. Jorge no peito e Cr$ 3.112 nos bolsos, e sem os seus sapatos marca Sete Vidas, atirados a um canto.

(CORREIO DA MANHÃ, 1º de maio de 1962)

Notícia:

Suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo pro curar por que está doendo a morte de um facínora. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irre dutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo.

(LISPECTOR, [1962] 1999, Mineirinho, p. 123)

Crônica:

Texto literário / não literário Sem compromisso em

ser fiel à realidade;

Sentido conotativo;

Função poética e estética da linguagem;

Subjetividade.

Compromisso com o factual (real);

Sentido denotativo;

Função referencial (informativa) da linguagem;

Objetividade.

A literatura e suas funções

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer)

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o belo

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o beloBelo = semelhança entre a obra de arte e a

verdade e ou a natureza.

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o beloBelo = semelhança entre a obra de arte e a

verdade e ou a natureza.

Catártica (kátharsis = purificação)

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o beloBelo = semelhança entre a obra de arte e a

verdade e ou a natureza.

Catártica (kátharsis = purificação) O papel da tragédia para Aristóteles:

mimese e catarse

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos:Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o beloBelo = semelhança entre a obra de arte e a

verdade e ou a natureza.

Catártica (kátharsis = purificação) O papel da tragédia para Aristóteles:

mimese e catarseMimese = imitação do gesto ou da palavra

eficaz para despertar sentimentos de terror e piedade;

Literatura: prazer e catarse

Para os gregos: Hedônica (hedon = prazer) Proporcionar o prazer, retratando o belo Belo = semelhança entre a obra de arte e a

verdade e ou a natureza.

Catártica (kátharsis = purificação) O papel da tragédia para Aristóteles: mimese e

catarse Mimese = imitação do gesto ou da palavra eficaz

para despertar sentimentos de terror e piedade;

Catarse = efeito moral purificador que proporciona alívio desses sentimentos.

Literatura: prazer e catarse

E hoje?

Oferece um descanso dos problemas cotidianos, quando nos descreve o espaço do sonho e da fantasia.

A literatura nos faz sonhar

O GLOBO: O senhor crê que a literatura tem alguma capacidade de provocar mudanças no mundo? [...]

SARAMAGO: A resposta está na pergunta. Pretendo tocar os leitores, criar polêmicas, estimular discussões. Mas isto não significa que a literatura tenha poder para mudar o mundo. Já não é pouco que seja capaz de exercer influência sobre algumas pessoas. O mundo é demasiado grande, somos mais de sete bilhões os que habitamos neste planeta, e o poder real está nas mãos das grandes multinacionais que evidentemente não nasceram para ser agentes da nossa felicidade.

A literatura provoca nossa reflexão

A literatura diverte

“Livros não mudam o mundoquem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas.”

Mário Quintana

A literatura nos ajuda a construir nossa identidade

Ela pode oferecer possibilidades de resposta a indagações a todos os seres humanos

A literatura nos “ensina a viver”

A literatura nos denuncia a realidade

Mas para isso...

Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.

Pacto de leitura ou pacto com o leitor

Que me aconteceu? - pensou. Não era um sonho. O quarto, um vulgar quarto humano, apenas bastante acanhado, ali estava, como de costume, entre as quatro paredes que lhe eram familiares. Por cima da mesa, onde estava deitado, desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de roupas: Samsa era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada.

A metamorfose, Franz Kafka

Pacto de leitura ou pacto com o leitor

Contrato implícito entre autor e leitor;

Pacto de leitura ou pacto com o leitor

Contrato implícito entre autor e leitor;

Mediado pelo texto;

Pacto de leitura ou pacto com o leitor

Contrato implícito entre autor e leitor;

Mediado pelo texto;

O leitor aceita, de antemão, as regras do universo ficcional criadas pelo autor.

Pacto de leitura ou pacto com o leitor

Referências

ABREU-TARDELLI, L.; ODA, L. S.; CAMPOS, M.T.A; TOLEDO, S. Português vozes do mundo: literatura, língua e produção de texto. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T.C. Português, linguagens, 1. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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