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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Comissão de Graduação de Estatística
Av. Bento Gonçalves 9500 - 91509-900 - Porto Alegre - RS Tel.: (51) 3308-6185 Fax: (51) 3308-7301
mat-comgradest@ufrgs.br
PROJETO PEDAGÓGICO
DO
CURSO DE BACHARELADO EM ESTATÍSTICA
2014
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Comissão de Graduação de Estatística
Av. Bento Gonçalves 9500 - 91509-900 - Porto Alegre - RS Tel.: (51) 3308-6185 Fax: (51) 3308-7301
mat-comgradest@ufrgs.br
REITOR: Carlos Alexandre Netto
VICE-REITOR: Rui Vicente Oppermann
PRÓ-REITORIA DE COORDENAÇÃO ACADÊMICA
Vice-Reitor: Rui Vicente Oppermann
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Pró-Reitor: Sérgio Roberto Kieling Franco
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Pró-Reitor: Vladimir Pinheiro do Nascimento
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
Pró-Reitor: José Carlos Frantz
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
Pró-Reitora: Sandra de Deus
COORDENADORIA DE ACOMPANHAMENTO DE AÇÕES AFRIMATIVA S
Coordenadora: Luciene Juliano Simões
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Secretário: Daltro José Nunes
SECRETARIA DE ENSINO A DISTÂNCIA
Secretário: Mára Lúcia Fernandes Carneiro
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Secretária: Raquel Mauler
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Comissão de Graduação de Estatística
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REITOR: Carlos Alexandre Netto
VICE-REITOR: Rui Vicente Oppermann
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO
Pró-Reitor: Ário Zimmermann
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
Pró-Reitor: Maurício Viegas da Silva
PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS
Pró-Reitor: Angelo Ronaldo Pereira da Silva
SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Secretário: Nicolas Maillard
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Secretário: Ricardo Schneiders da Silva
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
Secretário: Alberto Tamagna
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Instituto de Matemática
Diretora: Profª Suzi Alves Camey
Vice-Diretora: Profª Liane Werner
Departamento de Estatística
Prof. Cleber Bisognin
Chefe de Departamento
Departamento de Matemática Pura e Aplicada
Prof Leonardo Fernandes Guidi
Chefe de Departamento
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Comissão de Graduação de Estatística
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Comissão de Graduação de Estatística (Mandato: 31/01/2013 a 30/01/2015)
Prof. Álvaro Vigo* (Coordenador) Departamento de Estatística
Profª Lisiane Priscila Roldão Selau (Coordenadora Substituta)
Departamento de Estatística
Profª Vanessa Leotti Torman
Departamento de Estatística
Prof. Jairo Mengue
Departamento de Matemática Pura e Aplicada
Prof. Renato Perez Ribas
Departamento de Informática Aplicada
* Bacharel em Estatística pela UFRGS (1989), Mestre em Estatística pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e Doutor em Epidemiologia pela UFRGS (2004). É professor do Departamento de Estatística desde 26/12/1990, em regime de Dedicação Exclusiva, ministrando principalmente disciplinas de inferência estatística, bioestatística e análise de dados categóricos. Também é Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS, onde ministra disciplinas de bioestatística e análise de dados categóricos, e atua nas linhas de pesquisa "Métodos Estatísticos Aplicados à Epidemiologia", "Diabetes e Doenças Cardiovasculares" e "Sexualidade e Reprodução Humana" [Lattes]
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA
Comissão de Graduação de Estatística
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Núcleo Docente Estruturante †
Profª Luciana Neves Nunes* (Coordenadora)
Doutorado em Epidemiologia (UFRGS)
Profª Suzi Alves Camey**
Doutorado em Estatística (USP)
Profª Stela Maris de Jezus Castro*
Doutorado em Epidemiologia (UFRGS)
Profª Marcia Elisa Soares Echeveste*
Doutorado em Engenharia de Produção (UFRGS)
Patrícia Klarmann Ziegelmann**
Doutorado em Estatística (Kent University)
Prof. Álvaro Vigo*
Doutorado em Epidemiologia (UFRGS)
† Os membros do NDE do Curso de Estatística são professores do Departamento de
Estatística em regime de Dedicação Exclusiva
* Mandato: 20/05/2013 - 20/05/2017
** Mandato: 20/05/2013 - 20/05/2015
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Apresentação
Este documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso de
Bacharelado em Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
elaborado em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação
em Estatística, estabelecidas na Resolução Nº 8, de 28/11/2008 da Câmara de
Educação Superior, Conselho Nacional de Educação. De forma sucinta, também
apresenta informações sobre a Universidade, incluindo aspectos legais da sua
criação, contextualização, trajetória e relevância social, particularmente no Sul do
País. Por fim, apresenta informações detalhadas sobre o Curso de Bacharelado em
Estatística, as quais constituem a espinha dorsal do Projeto Pedagógico do Curso.
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1 A UFRGS
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com sede em
Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, foi instituída pelo Decreto
Estadual nº 5.758, de 28 de novembro de 1934 e federalizada pela Lei nº 1.254, de 4
de dezembro de 1950, sendo uma autarquia dotada de autonomia didático-científica,
administrativa e de gestão financeira e patrimonial.
A estrutura, finalidade, a organização e o funcionamento dos órgãos da
Administração Superior, das Unidades Universitárias e demais órgãos da
Universidade estão definidos no Estatuto e Regimento Geral da Universidade,
conforme Decisão nº 148/94 e Decisão nº 183/95 do Conselho Universitário e a
Resolução nº 42/95 do Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa,
publicados no Diário Oficial da União em 11 de janeiro de 1995 e 30 de janeiro de
1996.
Reconhecida nacional e internacionalmente, ministra cursos em todas as
áreas do conhecimento e em todos os níveis, desde o Ensino Fundamental até a
Pós-Graduação. A qualificação do seu corpo docente, composto em sua maioria por
mestres e doutores, a atualização permanente da infraestrutura dos laboratórios e
bibliotecas, o incremento à assistência estudantil, bem como a priorização de sua
inserção nacional e internacional são políticas em constante desenvolvimento.
Por seus prédios circulam, diariamente, cerca de 36 mil pessoas em
busca de um dos mais qualificados ensino do país. Este, aliado à pesquisa, com
reconhecidos níveis de excelência, e a extensão, a qual proporciona diversificadas
atividades à comunidade, faz com que a UFRGS alcance altos níveis de avaliação.
A UFRGS, como instituição pública a serviço da sociedade e
comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as diferenças,
prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso com a
educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e
solidariedade.
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2 PERFIL DO CURSO
A Estatística pode ser informalmente definida como a ciência que permite
organizar a geração de dados e sua transformação em informação. É um
componente fundamental do método científico e tem um papel importante na
sociedade atual, seja no contexto da pesquisa e desenvolvimento ou para a tomada
de decisões no cotidiano da indústria, comércio ou serviços.
Neste contexto, o Curso de Estatística da UFRGS propõe atuar na
formação de profissionais conscientes e qualificados para desempenhar, com
excelência, um papel de protagonista no ensino, em processos produtivos, no
comércio, na prestação de serviços ou outras atividades que envolvem a tomada de
decisão embasada no planejamento de estudos observacionais e experimentais, na
coleta e análise de dados.
O Curso de Bacharelado em Estatística da UFRGS visa qualificar
profissionais, versados no conhecimento estatístico, voltados para atuar dentro e
fora do ambiente acadêmico, podendo prosseguir estudos em pós-graduação
visando uma melhor atuação no mercado de trabalho, bem como ampliar a
consciência de seu papel social na perspectiva de contribuírem para uma sociedade
democrática e igualitária.
Dentro desta perspectiva, o programa do Curso contempla disciplinas nas
áreas da Estatística, Matemática, Informática, Administração, Economia, Ciências
Biológicas e Humanas, visando uma ampla formação de seus graduados. Esta
formação está amparada nos termos do inciso II do artigo 53 da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996) que confere
autonomia às Instituições de Ensino Superior para fixar os currículos de seus cursos,
observando as diretrizes curriculares gerais pertinentes.
2.1 Nome do Curso
Bacharelado em Estatística
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2.2 Título conferido aos egressos
Aos egressos do Curso de Bacharelado em Estatística da UFRGS é
conferido o diploma de Bacharel em Estatística e, mediante registro no Conselho
Regional de Estatística (CONRE), poderão exercer a profissão de Estatístico.
2.3 Histórico do Curso
O Curso de Bacharelado em Estatística é pioneiro no Estado do Rio
Grande do Sul, sendo oferecido pela UFRGS desde 1978. O Curso foi reconhecido
pelo MEC por meio do Parecer nº 172/83, aprovado em 08/04/1984, tendo sido
renovado por meio da Portaria nº 478 da Secretaria de Regulação e Supervisão da
Educação Superior (SERES) do Ministério da Educação, publicada no Diário Oficial
da União em 24 de novembro de 2011.
A sede do curso está localizada no Instituto de Matemática, no Campus
do Vale (Prédio 43111 - Av. Bento Gonçalves, 9500 - CEP 91509-900 - Porto Alegre
- RS), sendo coordenado pela Comissão de Graduação de Estatística
(COMGRAD/EST) e assessorada pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), bem
como por duas servidoras, ocupantes do cargo de técnico em assuntos
educacionais, com sólida formação em educação (uma Licenciada em Pedagogia e
outra Licenciada em Matemática e Mestre em Educação).
Conforme especificado no Art. 42 do Regimento Interno do Instituto de
Matemática, a COMGRAD/EST é composta por 3 professores representantes do
Departamento de Estatística, um professor representante do Departamento de
Matemática Pura e Aplicada, um professor representante de outros departamentos
que ministram disciplinas obrigatórias para o Curso de Estatística e por dois
representantes discentes. A elegibilidade e forma de eleição dos representantes
estão detalhadamente descritos no Art. 42 supracitado. A composição e mandato
dos membros atuais da COMGRAD/EST estão descritos no início deste documento.
O curso passou por avaliação externa in loco em 1997 e os alunos
participaram do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) em
novembro de 2009.
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2.4 Contextualização
O Estatístico é um profissional que atua em equipes multidisciplinares de
todas as áreas do conhecimento, propiciando suporte metodológico para planejar a
coleta, a sistematização e a análise de dados, visando a tomada de decisões.
A relevância do Curso deve ser vista dentro do contexto nacional e
regional, e tem mudado desde a sua criação, com é descrito a seguir. Inicialmente
os egressos do curso continuaram sua formação, fazendo Mestrado em Estatística
no centro do país ou no exterior, ocupando prioritariamente posições no ensino
superior. Estes profissionais ainda são professores em destacadas Instituições de
Ensino Superior (IES) do país. Na UFRGS, em particular, 20 dos atuais 26 docentes
são egressos do Curso de Estatística da UFRGS, com mestrado e doutorado em
Estatística ou em áreas afins.
Egressos ocupam cargos ou exercem funções de Estatístico em órgãos
governamentais e de pesquisa, tais como a Secretaria de Saúde e Fundação de
Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, Prefeitura de Porto Alegre,
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Grupo Hospitalar Conceição, DETRAN-RS e
UFRGS. Embora estes exemplos não constituam um levantamento exaustivo,
servem para caracterizar uma demanda da sociedade gaúcha (e brasileira) por
profissionais qualificados, tanto para o ensino de Estatística quanto em atividades de
planejamento econômico, políticas de saúde, etc, subsidiando a tomada de
decisões.
O efeito multiplicador do conhecimento gerado pelos egressos do Curso
(principalmente pelo ensino de Estatística para os mais variados cursos de
graduação) implicou na geração de novas demandas da sociedade. Uma das mais
importantes, possivelmente, tem sido o ensino de pós-graduação e atuação
interdisciplinar do profissional de Estatística em grupos de pesquisa de diversas
áreas. Somente no contexto da UFRGS, professores do Departamento de Estatística
desenvolvem atividades de ensino e pesquisa nos Programas de Pós-Graduação
em Administração, Agronomia, Cardiologia e Ciências Cardiovasculares, Economia,
Engenharia de Produção, Ensino de Matemática, Epidemiologia, Farmácia,
Genética, Matemática, Neurociências e Sensoriamento Remoto, com relevante
papel na formação de novos pesquisadores e profissionais de diversas áreas, na
produção de conhecimento e de novas tecnologias.
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Também é importante destacar que egressos do Curso de Bacharelado
em Estatística da UFRGS consolidam sua formação acadêmica em nível de
mestrado e doutorado nesses programas de pós-graduação. Esses profissionais têm
sido caracterizados pela formação híbrida, com sólidos conhecimentos de Estatística
e da área afim, facilitando a integração interdisciplinar de pessoas, conhecimentos e
tecnologias. O Bacharel em Estatística, portanto, certamente possui um papel
importante para o exercício da Estatística como "tecnologia da ciência".
De uma profissão ainda pouco conhecida no sul do País no início dos
anos 1980 (época dos primeiros egressos do Curso), profissionais de Estatística
com diferentes formações e habilidades têm sido requisitados pelo mercado. Dada a
natureza interdisciplinar da Estatística, as habilidades exigidas não se referem
apenas ao domínio de métodos ou softwares estatísticos, mas também
conhecimentos, ferramentas e métodos da área específica em que o Estatístico
atua.
Nos anos recentes, além de IES (públicas e privadas) e órgão
governamentais, os egressos do Curso têm sido absorvidos em grande número por
empresas privadas do setor da industrial, comércio e serviços. Em particular, lojas
de varejo e bancos tem admitido alunos (estagiários) e egressos do Curso de
Estatística do Curso para o desenvolvimento de modelos de previsão para risco de
crédito (credit scoring).
Atualmente é enorme a demanda por profissionais de Estatística no sul do
Brasil, tanto por empresas públicas e como privadas. O mercado de trabalho da
região sul demanda profissionais de estatística com diferentes perfis de formação e
habilidades computacionais. Em alguns casos, é exigido o conhecimento de
programas estatísticos comerciais, como SAS (Statistical Analysis System) e SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences), por exemplo, ou software livre, como o
R. Estes aspectos da formação computacional são atendidos inicialmente em uma
disciplina de softwares estatísticos e, de maneira mais detalhada, nas disciplinas do
Núcleo de Conhecimentos Específicos descrito nas diretrizes curriculares.
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2.5 Alinhamento do curso às Diretrizes Curriculares Nac ionais
O currículo do Curso de Bacharelado em Estatística da UFRGS é
orientado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
nº 9.394/96) e pelas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Estatística
(Resolução CNE/CES nº 8), em consonância com a Resolução CNE/CES nº 2/2007
que estabelece a carga horária total mínima igual a 3000 horas.
Em consonância com as disposições do Artigo 6 da Resolução nº 8/2008
do CES/CNE, parágrafos §2º e §3º, o Curso propõe formar profissionais qualificados
para realizar mestrado ou doutorado em Estatística ou área afim e atuar no ensino
superior e na pesquisa científica, em empresas públicas ou privadas, servindo como
referência e suporte para profissionais de outras áreas em problemas de natureza
multidisciplinar que envolvam a coleta, sistematização e análise de dados.
2.6 Alinhamento do curso ao Projeto Pedagógico Inst itucional
O Estatuto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul afirma que a
finalidade precípua da Universidade é “a educação superior e a produção de
conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico integradas no ensino, na
pesquisa e na extensão”. Na elaboração de um Plano de Desenvolvimento
Institucional, busca-se demarcar a direção em que a Universidade avança na
realização dessas finalidades. Em respeito à trajetória histórica da UFRGS, a
direção a percorrer é indicada necessariamente pela busca da excelência na
contribuição da Universidade para o desenvolvimento da Sociedade e sua
responsabilidade em manter-se inserida em sua comunidade, atuando como fator de
propulsão de seu desenvolvimento. (PDI, 2010)
O curso de Bacharelado em Estatística alinha-se ao Projeto Pedagógico
Institucional (PPI) da UFRGS nos seguintes aspectos:
a) articulação das atividades de ensino de graduação e de pós-graduação e
de pesquisa, por meio de projetos de pesquisa e bolsas de iniciação
científica, no âmbito do Instituto de Matemática e em outras Unidades da
UFRGS e outras instituições;
14
b) articulação das atividades de assessoria estatística do projeto de extensão
do NAE com o ensino de graduação, por meio de disciplinas de laboratório
de estatística;
c) incentivo aos alunos da graduação para vivenciar e colaborar em projetos
de pesquisa da pós-graduação;
d) busca da excelência na formação dos alunos do Curso de Estatística,
compartilhando experiências de pesquisa e ensino na pós-graduação;
e) aperfeiçoamento, atualização e flexibilização do currículo do Curso de
Estatística;
f) incentivo à mobilidade acadêmica, nacional e internacional na forma de
intercâmbios, estágios e programas de dupla diplomação;
g) incentivo à postura mais pró-ativa do aluno em atividades de ensino,
pesquisa e extensão;
h) integração de novas ferramentas e tecnologias, inclusive de educação à
distância nas atividades didáticas;
i) aconselhamento dos discentes para estimular a permanência dos alunos
no curso e diminuir a evasão;
j) acolhimento de alunos com necessidades especiais, com especificidades
culturais, e aqueles ingressantes a partir de políticas de ações afirmativas e
encaminhamento para os órgãos competentes da Universidade, quando
necessário;
k) ocupação plena das vagas oferecidas no Curso de Estatística, por meio do
ingresso extravestibular;
l) avaliação institucional permanente das atividades de graduação como um
dos parâmetros de avaliação da própria Universidade.
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3 ATIVIDADE DO CURSO
O Curso de Bacharelado em Estatística da UFRGS é oferecido na
modalidade de ensino presencial, concentrando a grande maioria das atividades
acadêmicas no turno da manhã. O currículo é orientado pelas disposições da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996)
e pelas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Estatística (Resolução
CNE/CES nº8), que asseguram maior flexibilidade na organização curricular dos
cursos de graduação (Parecer CNE/CES nº 583/2001, publicado no D.O.U. em
29/10/2001). Este marco propiciou o despertar para um novo pensamento em
relação ao ensino da graduação no Brasil, além da mera transmissão de
conhecimentos. Esta nova percepção de ensino tem como princípio norteador o
perfil do profissional a ser formado, além das habilidades, atitudes e valores
esperados para os egressos dos cursos de graduação. Em consonância com a
Resolução CNE/CES nº 2/2007, a carga horária total mínima de 3000 horas,
distribuídas de forma aproximadamente igual ao longo de 8 etapas semestrais.
Assim, o curso pode ser integralizado de 4 a 8 anos, no máximo.
A concepção curricular tem como finalidade a formação de um profissional
dinâmico, capaz tanto de assimilar novos conhecimentos quanto de aplicar aqueles
já adquiridos. Neste sentido, o curso é orientado pela sólida formação científica,
englobando conteúdos do Núcleo de Conhecimentos Fundamentais, seguidos de
disciplinas com conteúdos do Núcleo de Conhecimentos Específicos, ambos
descritos nas Diretrizes Curriculares.
Os dois anos inicias (4 semestres) contemplam prioritariamente disciplinas do
Núcleo de Conhecimentos Fundamentais, objetivando uma sólida formação
matemática, computacional, probabilística e inferencial. Nos dois últimos anos são
ministradas disciplinas do Núcleo de Conhecimentos Específicos, que proporcionam
um aporte de métodos de análise estatística de dados utilizados com maior
frequência em diversas áreas do conhecimento, tendo como finalidade a
consolidação de sólida formação metodológica de caráter prático-aplicado. Essas
disciplinas, em conjunto com os conteúdos do Núcleo de Conhecimentos
Fundamentais, permitem ao egresso ampliar seu conhecimento e domínio de novos
métodos e ferramentas de análise de dados. Com esta formação, o egresso do
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curso está habilitado para o exercício da profissão, com capacidade de atuar em
várias áreas. A grade curricular do curso contendo etapas seqüenciais de
disciplinas e respectivos pré-requisitos encontra-se no anexo.
A Erro! A origem da referência não foi encontrada.1 apresenta a distribuição das
disciplinas e atividades de ensino do Curso de Estatística classificadas de acordo
com núcleo de conhecimentos, fundamental (F) ou específico (E).
Tabela 1 – Disciplinas do Curso de Estatística segundo o núcleo de conhecimentos: Fundamental (F) e Específico (E).
Disciplinas/Atividades de Ensino
Núcleo de Conhecimento
Departamento de Origem
Nº de Disciplinas Créditos Nº de
Horas
Cálculo, Equações Diferenciais e Álgebra Linear
F Matemática 5 24 360
Probabilidade F Estatística 3 14 210
Inferência Estatística F Estatística 3 12 180
Computação F Informática Aplicada 2 8 120
Administração F Administração 2 8 120
Estatística Aplicada E Estatística 18 70 1050
Estágio Obrigatório E Estatística 1 0 180
Trabalho de Conclusão de Curso E Estatística 1 0 90
Eletivas E Vários - 40 600
Complementares - - - 6 90
Total 182 3000
O elenco de disciplinas de Estatística aplicada é bastante amplo,
abrangendo os principais métodos e técnicas aplicados nas diferentes áreas de
conhecimento. Sendo assim, espera-se que o aluno adquira experiência na escolha
e aplicação dos métodos estatísticos e habilidade no uso destas técnicas bem como
de sistemas e códigos computacionais. O currículo prevê, igualmente, disciplinas
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obrigatórias de computação (estrutura de dados e programação), haja vista que são
ferramentas essenciais para a ampliação do uso de estatística.
A COMGRAD/EST aconselha e recomenda aos alunos a distribuição de
disciplinas eletivas ao longo dos 8 semestres, para atingir um equilíbrio do número
de créditos em cada semestre.
Os horários das aulas são estruturados de forma que o aluno possa
cursar a maioria (se não todas) as disciplinas obrigatórias do semestre no horário da
manhã. Desta maneira, o aluno pode ter o turno da tarde livre, para poder se engajar
em atividades complementares, como projetos de pesquisa ou de extensão,
monitorias e estágios não obrigatórios.
A grande maioria das disciplinas do Curso de Estatística é ministrada no
Campus do Vale, utilizando salas de aula de tamanho adequado ao número de
alunos das turmas. As disciplinas de softwares estatísticos, estatística computacional
e aquelas do Núcleo de Conhecimentos Específicos são ministradas em laboratórios
computacionais de ensino no Instituto de Matemática. Atualmente estão disponíveis
5 laboratórios de informática, dispondo de projetor multimídia e dos softwares R,
SAS, SPSS e ESTATÍSTICA, além de outros softwares livres. Estes laboratórios
possuem equipamentos e softwares atualizados, possibilitando o desenvolvimento
pleno das atividades de ensino das disciplinas.
O curso é oferecido na modalidade de ensino presencial, porém algumas
disciplinas são ministradas em plataformas de ensino no formato EaD (Educação à
Distância), as quais podem alternar momentos de atividade presencial e momentos
de atividades à distância.
As disciplinas oferecidas pelo Departamento de Estatística para os alunos
do Curso de Estatística são, em geral, turmas únicas. Este fato favorece uma maior
proximidade dos alunos com os professores contribuindo para um atendimento mais
personalizado, o que consequentemente, aumenta o aproveitamento dos alunos.
Os docentes do Departamento de Estatística são responsáveis pelo ensino
da maior parte das disciplinas do Curso, particularmente aquelas do Núcleo de
Conhecimentos Específicos. Aproximadamente 74% da carga horária de atividades
de ensino obrigatórias são ministradas pelos docentes do Departamento de
Estatística, respondendo por cerca de 60% do total. A formação em nível de pós-
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graduação destes docentes, agregando formação estatística e em áreas afins, e
suas experiências nos diferentes programas de pós-graduação, colaboram para que
os alunos tenham diversos tipos de vivências e experiências ao longo da sua
formação. Estas características facilitam a identificação de diferentes demandas da
sociedade e estratégias para garantir que os egressos do curso estejam qualificados
no mercado de trabalho.
O Departamento de Estatística possui também o Núcleo de Assessoria
Estatística (NAE), que tem por finalidade prestar serviços de assessoria estatística
para a comunidade universitária ou externa à Universidade. O NAE está vinculado a
um Projeto de Extensão de caráter permanente, renovado anualmente. A grande
maioria das assessorias atendidas no NAE são trabalhos de dissertação ou tese de
alunos de programas de pós-graduação da UFRGS, e são utilizadas para o
desenvolvimento das atividades de ensino de duas disciplinas de Laboratório de
Estatística. Em cada turma procura-se matricular no máximo 3 alunos. O
atendimento é agendado pelos servidores técnico-administrativos vinculados ao
NAE, nos horários especificados para as diferentes turmas, sob a responsabilidade
de um professor do Departamento de Estatística. Sob a supervisão do professor, os
alunos são estimulados a fazer a interlocução com o consulente, para identificar os
objetivos, delineamento amostral, variável resposta, preditores e potenciais
confundidores, bem como a abordagem de análise para atender os objetivos
propostos. Em momento separado, a abordagem de análise é discutida em conjunto
com o professor e executada pelos alunos, cujos resultados são apresentados para
o consulente em outra entrevista.
A disciplina de Laboratório de Estatística - A (2 créditos) é dirigida para
alunos a partir do terceiro semestre, e usualmente é o primeiro contato que eles têm
com o exercício formal da profissão, neste momento sob a supervisão do professor.
A outra disciplina de Laboratório de Estatística (4 créditos), é dirigida para alunos do
sétimo semestre. Como mencionado acima, estas disciplinas funcionam junto ao
NAE, e o objetivo é reunir alunos de início e final de curso para que, com a
orientação de um professor, possam resolver problemas práticos, do dia-a-dia de um
profissional de Estatística.
Outra forma de integração dos alunos de início e final de curso é por meio
dos alunos do Curso de Estatística que desenvolvem atividade remunerada como
19
bolsistas do Projeto de Extensão do NAE. Estes bolsistas, sob a orientação dos
professores do Departamento de Estatística que atuam no NAE promovem a
integração das atividades dos alunos, a troca de experiências e conhecimentos.
O Departamento de Estatística também conta com a colaboração de três
professores aposentados que, atendendo ao convite do Departamento, continuam
compartilhando a experiência acadêmica e de análise de dados, cujas atividades
são desenvolvidas junto ao Laboratório de Estudos e Métodos Avançados em
Estatística (LEMAE) e no NAE. O LEMAE, localizado no Instituto de Matemática,
também permite a integração dos alunos em atividades práticas de pesquisa e
extensão.
Embora estas não sejam as únicas maneiras, o NAE e o LEMAE
estimulam uma forte integração entre teoria-prática no contexto de assessoria de
trabalhos acadêmicos, a promoção da interdisciplinaridade e a integração entre
atividades de graduação e pós-graduação, possibilitando aos alunos vivências que
facilitam o trânsito em diversas áreas do conhecimento.
As quatro disciplinas eletivas de Tópicos Avançados em Estatística (I a
IV), contando com 2 créditos cada, permitem explorar métodos de análise estatística
(novas ou antigas) não contemplados nas disciplinas do currículo vigente ou que não
tenham sido abordados com profundidade. Estão em funcionamento desde 2004, e
tem se mostrado muito eficazes para atender com agilidade e flexibilidade
demandas dos alunos.
No último ano do curso, o aluno realiza o Estágio Obrigatório (7º
semestre) e o Trabalho de Conclusão de Curso (8º semestre), versando sobre um
tema específico que pode ou não ter sido abordado durante o curso. A orientação do
TCC deve ser realizada por um professor da UFRGS, preferencialmente do
Departamento de Estatística.
Em adição às disciplinas obrigatórias, o aluno deve cursar 40 créditos
eletivos. Estas disciplinas eletivas devem ser escolhidas pelo aluno dentre uma lista
de disciplinas das mais diversas áreas no conhecimento (Educação, Matemática,
Economia, Administração, etc.). O objetivo é oportunizar ao aluno o contato com
outras áreas, dependendo da afinidade de cada um, e direcioná-lo para uma futura
área de atuação profissional.
20
Em 2004 foram criadas quatro disciplinas eletivas denominadas “Tópicos
Avançados em Estatística I, II, III e IV”, importantes para a formação acadêmica dos
graduandos visto que nelas são ministrados conteúdos que não tenham sido
contemplados nos programas das disciplinas tradicionais, ou que não sejam vistos
com profundidade durante o curso. No elenco das disciplinas eletivas também
existem duas disciplinas de “Laboratório de Estatística”, uma destinada a alunos a
partir do terceiro semestre e a outra para alunos de sétimo semestre. Estas
disciplinas funcionam junto ao Núcleo de Assessoria Estatística (NAE) e têm como
objetivo integrar alunos de início e do final do curso para que, sob a orientação de
um professor, possam resolver problemas práticos do dia-a-dia de um Estatístico,
visto que o NAE presta serviço de assessoria estatística para a comunidade
acadêmica e externa.
Além de disciplinas obrigatórias e eletivas, os alunos também devem
realizar atividades complementares, conforme as normas especificadas na
Resolução nº 24/2006 do CEPE, alterada pela Resolução nº 50/2009 e pela
Resolução nº 20/2010 do mesmo órgão. Em consonância com a legislação da
Universidade e com as orientações das Diretrizes Curriculares, a COMGRAD/EST,
por meio da Resolução nº 03/2008, regulamentou as atividades complementares no
âmbito do Curso de Bacharelado em Estatística, definindo os critérios, o número de
créditos de acordo com a atividade desenvolvida e correspondente carga horária. Os
critérios estabelecidos visam estimular no discente a aquisição de experiências
acadêmicas e não acadêmicas, na forma de habilidades, competências e atitudes,
flexibilizando o enriquecimento do seu perfil profissional e pessoal, além da área de
concentração do curso. Entre as atividades previstas estão contempladas monitorias
acadêmicas, participação e apresentação de trabalhos em congressos ou
seminários, estágio não obrigatório, iniciação científica, atividades de extensão,
disciplinas extracurriculares e adicionais, entre outras.
Os planos de ensino das disciplinas do Curso de Bacharelado em
Estatística são avaliados pela COMGRAD/EST, usualmente antes de cada semestre
letivo. O Coordenador emite parecer de aprovação ou reencaminha o plano ao
professor regente para fazer as alterações necessárias. Este processo é realizado
eletronicamente, por meio do Portal do Servidor. Desta forma, os planos de ensino
de todas as disciplinas do currículo são sistematicamente acompanhados e
21
avaliados pela COMGRAD/EST, bem como pela coordenação dos demais cursos de
graduação da UFRGS, caso as disciplinas sejam compartilhadas.
Os alunos do Curso de Estatística podem realizar atividades de estágio
não obrigatório a partir da segunda etapa do curso, respeitadas as disposições da
Resolução CEPE nº 29/2009 e da Lei nº 11788/2008. São atividades de formação
extracurricular importantes, visando o desenvolvimento de competências e
habilidades na aplicação de métodos estatísticos, e também para a atuação como
membro de equipe multidisciplinar, postura profissional embasada nos princípios da
cidadania e preceitos éticos. As atividades de iniciação científica e de extensão
também são bastante estimuladas.
A COMGRAD/EST está comprometida com a organização de horários
compatíveis com a realização de estágios não obrigatórios, iniciação científica e
extensão, haja vista que um número expressivo (senão a maioria) dos alunos do
curso depende financeiramente dessas atividades para sua manutenção e
continuidade dos estudos. Nos últimos anos, tanto a oferta de estágios quanto de
bolsas de extensão e iniciação científica superam a capacidade de atendimento.
Desde 2006 está disponível na Biblioteca do Instituto de Matemática um
espaço para estudo e computadores para os usuários pesquisarem, via Sistema
SABi, o catálogo das bibliotecas setoriais e da Biblioteca Central da Universidade,
bem como para acesso ao Portal de Periódicos da Capes. A biblioteca conta com
um acervo considerável de livros especializados nas áreas de Matemática e
Estatística, o qual tem sido atualizado com aquisição de novos livros e também pela
reposição de livros que já existem. Estando ou não nas dependências da
Universidade, artigos publicados em periódicos (de todas as área do conhecimento)
podem ser acessados remotamente utilizando o Portal de Periódicos da Capes, por
meio da comunidade acadêmica federada (via CAFe-RNP). Na Biblioteca Central da
UFRGS também está disponível o acesso gratuito à extensa coleção de livros
virtuais das mais variadas áreas.
Anualmente, durante a semana acadêmica da UFRGS, tem sido realizado
o evento chamado de “SEMANÍSTICA – Semana de Estatística” com o objetivo de
reunir alunos, ex-alunos, professores, pesquisadores e profissionais convidados,
para apresentar trabalhos científicos ou da experiência profissional em Estatística.
Além de estimular os alunos para participar de eventos científicos, deseja-se
22
proporcionar um espaço de discussão e troca de experiências e consequente
enriquecimento da formação.
23
3 PERFIL DO EGRESSO
A Lei nº 4.739 de 15/07/1965 (publicada no D.O.U. em 19/07/1965) dispõe
sobre o Exercício da Profissão de Estatístico, tendo sido regulamentada pelo
Decreto Federal Nº 62.497 de 01/04/1968 (publicado no D.O.U. em 05/04/1968). O
exercício das atividades do Estatístico é orientado, regulamentado e fiscalizado pelo
Conselho Federal de Estatística (CONFE) e pelos Conselhos Regionais de
Estatística (CONRE), que são autarquias federais. Para exercer a profissão, os
egressos do Curso de Estatística devem estar regularmente registrados nos seus
respectivos conselhos de classe. O Estatístico responde pelos seus atos perante o
seu conselho de classe e também na esfera cível, criminal ou administrativa. Como
profissional liberal, o Estatístico também deve respeitar o Código de Defesa do
Consumidor.
O perfil desejado do egresso do Curso de Bacharelado em Estatística da
UFRGS, portanto, é definido como o conjunto de competências, habilidades e
princípios éticos exigidos para o exercício da profissão de Estatístico, em
consonância com as disposições da Lei nº 4.739 e do Decreto Federal Nº 62.497
referidos acima. Embasado na sólida formação científica e conhecimentos
atualizados, é desejado o desenvolvimento de sua capacidade para:
I. abordar com proficiência os problemas usuais de sua área de atuação: coleta,
organização e síntese de dados e ajuste de modelos;
II. identificar novos problemas na área da Estatística, pesquisar, entender,
implementar computacionalmente e interpretar os resultados da solução;
III. interagir e dialogar com profissionais de grupos multidisciplinares, adaptando
a linguagem e o repertório de métodos estatísticos para análise e
interpretação de dados científicos, tecnológicos, sociais, econômicos, etc.,
produzindo informações acuradas para subsidiar a tomada de decisão;
IV. continuar a formação em nível de pós-graduação na área de Estatística ou em
área afim, para o exercício da docência, de pesquisa científica e tecnológica,
ou da profissão de Estatístico em empresas públicas ou privadas de qualquer
área; e,
24
V. produzir relatório técnico descrevendo adequadamente os métodos
estatísticos utilizados e resumo dos resultados, de maneira que seja
compreensível para profissionais de outras áreas.
De forma mais específica, e considerando os principais perfis de
profissionais demandados pela sociedade, o curso propõe formar profissionais
possuidores das qualidades referidas nos itens (I) a (V) acima, respeitando suas
áreas de interesse, para: a) realizar mestrado ou doutorado em Estatística ou área
afim e atuar no ensino superior e na pesquisa científica; b) trabalhar em empresas
públicas ou privadas, do setor financeiro, comércio, indústria ou serviços, servindo
como referência e suporte para profissionais de outras áreas em problemas de
natureza multidisciplinar que envolvam a coleta, sistematização e análise de dados
com o objetivo de fazer previsão, segmentação ou pesquisa de mercado,
planejamento de políticas públicas, estratégias de mercado, etc.; c) atuar em
laboratórios, empresas ou indústrias que necessitem implementar, otimizar ou
executar atividades de controle estatístico de qualidade ou planejamento e análise
de experimentos visando a melhoria de qualidade de produtos, processos ou
serviço, e; d) trabalhar em instituições de qualquer natureza que necessitem
profissionais de Estatística para o planejamento e execução de estudos envolvendo
a coleta, organização, sistematização e análise de dados para pesquisa em saúde,
seja no contexto clínico ou epidemiológico.
Este perfil de profissional está em consonância com as disposições do
Artigo 6 da Resolução CES/CNE nº8/2008, parágrafos §2º e §3º, caracterizando
uma ênfase mista.
25
4 FORMA DE ACESSO AO CURSO
As formas de acesso ao curso de Bacharelado em Estatística da UFRGS
são:
1) por meio do Concurso Vestibular, conforme definido em Edital aberto pela
UFRGS anualmente, podendo o candidato se inscrever nos sistemas de
ingresso:
- acesso universal; ou,
- acesso universal e reserva de vagas para candidatos egressos do
Sistema Público de Ensino Médio de acordo com a categoria de renda
bruta mensal per capita ou, adicionalmente, autodeclarado preto, pardo
ou indígena;
- a partir do ano de 2015 o acesso também ocorrerá pelo desempenho do
candidato na prova do ENEM, gerenciado pelo Sistema de Seleção
Unificada (SISU), de acordo com especificações do edital da
Universidade.
2) por ingresso extravestibular, conforme definido nos respectivos Editais, pelas
modalidades de Transferência Interna, Transferência Voluntária ou Ingresso
de Diplomado.
O ingresso no curso por meio do Concurso Vestibular ocorre anualmente
com o oferecimento de 40 vagas para o 1º semestre letivo. A distribuição e o
preenchimento das vagas, segundo a forma de acesso, serão definidos no Edital do
Concurso Vestibular, em consonância com a legislação vigente.
O ingresso extravestibular pelas modalidades de Transferência Interna,
Transferência Voluntária e Ingresso de Diplomado ocorre semestralmente, e o
número de vagas para cada modalidade é definido no correspondente Edital.
A modalidade de Transferência Interna é destinada aos alunos da UFRGS
que desejam trocar de curso. A COMGRAD/EST adota como critério de aprovação o
recálculo da média harmônica do Concurso Vestibular, devendo ser superior ao
26
argumento do último classificado no Curso de Estatística no ano que o candidato
prestou o vestibular.
A modalidade de Transferência Voluntária é destinada para alunos de
outras IES. O candidato deve estar matriculado ou com matrícula trancada e ter sido
aprovado no conjunto das disciplinas que compõem os três primeiros semestres do
seu curso de origem (no caso de curso semestral) ou nos dois primeiros anos (no
caso de curso seriado ou anual). O curso de origem do candidato deverá ser
reconhecido pelo MEC e ser idêntico (mesma denominação) ou assemelhado ao
curso pretendido, conforme disposto no anexo da Resolução nº.14/2008 do
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS (CEPE). Também pode se
candidatar aluno de curso idêntico ou assemelhado de IES estrangeira e, se pré-
selecionado, estará sujeito à análise específica da sua documentação, a ser
realizada pela COMGRAD/EST. É vedada a Transferência Voluntária para os dois
semestres finais do curso pretendido.
O Ingresso de Diplomado é a forma de ingresso, mediante processo
seletivo, para diplomados por esta Universidade ou por outras IES do país em curso
reconhecido ou que tenham obtido diploma no exterior, desde que este tenha sido
revalidado, na forma da lei.
Também é autorizado o ingresso por transferência compulsória, destinada
para Servidor Público Federal civil ou militar, ou seu dependente discente, em razão
de comprovada remoção ou transferência de ofício que acarrete mudança de
domicílio para Porto Alegre ou município próximo, na forma da lei. A transferência
compulsória ocorre, a qualquer tempo, independentemente da existência de vagas.
O pedido desse tipo de transferência para curso idêntico, isto é, de mesma
denominação, será apreciado pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Caso
não exista curso idêntico, a Câmara de Graduação deve emitir um parecer
vinculativo quanto à existência de curso equivalente nesta Universidade, cabendo a
decisão final à PROGRAD.
27
5 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO
5.1 Avaliação Interna
A cada dois anos, ao final do mandado da Comissão de Graduação, a
COMGRAD/EST faz um relatório das atividades desenvolvidas no período,
avaliando-as quantitativamente e qualitativamente. Essas atividades incluem os
eventos (seminários, projetos de extensão ou salão de iniciação científica)
promovidos pela COMGRAD/EST ou que tenham tido participação dos alunos, sobre
evasão, avaliação do corpo docente, avaliação do espaço físico, alterações
curriculares, atividades extracurriculares, trabalhos de conclusão de curso e
acompanhamento dos egressos.
Além dessa avaliação pela COMGRAD/EST, o Núcleo de Avaliação da
Unidade (NAU) do Instituto de Matemática tem a função de avaliar todos os cursos
no âmbito da Unidade, bem como as atividades administrativas.
O Núcleo Docente Estruturante do Curso de Estatística, além de órgão
consultivo da Comissão, também tem sido seu parceiro na discussão do currículo do
curso, aprimoramento das disciplinas e execução das atividades do curso.
A Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) da Universidade também tem
um importante papel neste processo de avaliação, trazendo suporte para que as
Comissões de Graduação possam avaliar e refletir sobre os processos de
construção do Projeto Pedagógico de Curso.
5.2 Avaliação Externa
A última avaliação externa do curso de Bacharelado em Estatística da
UFRGS foi realizada em janeiro de 1997. Os avaliadores que compuseram a
Comissão de Avaliação foram o Prof. Dr. José Francisco Soares (UFMG), Prof. Dr.
José Eduardo Corrente (ESALQ/USP) e a Estatística Maria de Lourdes T. Jardim,
vinculada à Fundação de Economia e Estatística (FEE). Do Estado do Rio Grande
do Sul.
Nessa avaliação foram levantados pontos positivos e negativos. Dentre os
positivos a Comissão considerou que:
28
� os alunos formados pelo Curso eram profissionais capazes de exercer a
profissão com propriedade;
� o tratamento individualizado dado pelos professores aos alunos de fim de
curso, através de bolsas e orientação de estágios, deveria ser mantido e
ampliado para os alunos de etapas mais iniciais;
� a constante reflexão sobre a grade curricular e o esforço de
acompanhamento dos egressos influenciava em mudanças significativas ao
currículo e motiva os alunos;
� o corpo docente era qualificado;
� a existência do NAE é muito importante.
Dentre os aspectos que deveriam ser melhorados a Comissão considerou
que:
� a grande evasão deveria ser contornada;
� os laboratórios não tinham a infraestrutura adequada, em termos de rede
local, acesso à Internet, impressoras e programas estatísticos;
� a Biblioteca tinha um bom acervo de obras clássicas, entretanto que as
edições eram antigas e poucos títulos modernos;
� as disciplinas tinham um número excessivo de pré-requisitos;
� as disciplinas básicas de Probabilidade eram oferecidas somente anualmente.
A partir dessa avaliação externa, o Curso sofreu mudanças nos últimos
anos para se contornar os pontos negativos levantados pela Comissão. Os
laboratórios melhoraram sua infraestrutura e hoje contam com rede local, acesso à
Internet, os alunos têm acesso à impressora e a própria Universidade adquiriu
programas estatísticos (SAS, SPSS e ESTATÍSTICA), embora hoje em dia haja a
preferência de uma parte dos docentes do Departamento em se utilizar programas
livres.
O acervo da Biblioteca foi renovado e hoje conta com títulos mais
modernos da área, embora ainda seja necessário mais investimento nesse setor.
Como forma de estimular os alunos a continuar no curso, bem como avançar mais
rápido, as disciplinas de Probabilidade I e II e Inferência Estatística I e II passaram a
ser oferecidas semestralmente. O problema do número excessivo de pré-requisitos
das disciplinas deve ser resolvido com a conclusão da reforma curricular, atualmente
29
em discussão, em conjunto com o NDE e demais professores do Departamento de
Estatística.
Embora a evasão tenha diminuído substancialmente, ainda precisa ser
resolvida. No entanto, este não é um problema exclusivo do Curso de Estatística da
UFRGS e a solução parece depender de uma maior visibilidade do curso pela
sociedade. Embora este processo possa ser considerando lento, a divulgação do
Curso e da profissão podem atrair alunos mais preparados para concorrer pelas
vagas do vestibular, pois a relação candidato/vaga no vestibular ainda é baixa.
Adicionalmente, semestralmente tem sido oferecidas cerca de 70 vagas para
ingresso extravestibular, distribuídas nas diferentes modalidades descritas na seção
4, porém nem todas são ocupadas.
30
6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
Para a formação de um profissional de qualidade é necessário que o
processo de ensino e aprendizagem dos aspectos teóricos e metodológicos,
necessários e indispensáveis, sejam obtidos de uma forma mais eficaz, por meio do
despertar do seu interesse a respeito dos mesmos, discutindo e relacionando cada
tópico com fenômenos práticos ou cotidianos. Na maioria das disciplinas são
abordados conteúdos práticos, proporcionando aos alunos elementos adequados
para a criação e a reflexão do conhecimento.
No curso de Estatística existe grande utilização de recursos
computacionais. Várias disciplinas requerem integração entre as atividades
expositivas das metodologias e a aplicação destas em problemas, reais ou didáticos.
Esta integração é feita com a análise e resolução de problemas utilizando-se
programas estatísticos adequados.
As atividades do curso procuram utilizar programas computacionais de
qualidade inquestionáveis, com facilidade de acesso e mais utilizados no mercado
de trabalho, tais como R, SAS, SPSS, e ESTATÍSTICA. Desta forma, no decorrer do
curso são utilizados vários aplicativos, iniciando com os que sejam de mais fácil
assimilação, de caráter geral e introdutório, evoluindo para os mais específicos e
avançados.
Outro aspecto particular de um curso de Estatística é a
interdisciplinaridade desta ciência. Neste contexto, todas as atividades didáticas
ministradas contemplam aplicações em diversas áreas. Além das abordagens feitas
em disciplinas, é importante também o convívio com estudantes e profissionais de
outras áreas, principalmente na solução estatística de problemas destas áreas. Esta
interação tem sido proporcionada pela participação dos alunos em atividades
complementares, projetos de pesquisa e bolsas de iniciação científica, estágios e,
também, por meio das disciplinas de Laboratório de Estatística ministradas junto ao
NAE e LEMAE.
A avaliação dos alunos nas disciplinas é responsabilidade dos respectivos
professores, respeitados os critérios especificados nos planos de ensino, em
31
conformidade com a Resolução nº 11/2013 do CEPE. Os critérios de avaliação,
incluindo a forma cálculo da nota, critérios para atribuição de conceitos e atividades
de recuperação, são definidos no Plano de Ensino, o qual deve ser aprovado pelo
Departamento e homologado pelas Comissões de Graduação.
O sistema de avaliação prevê também que o aluno seja avaliado em todo
o processo de ensino aprendizagem, havendo mais de uma avaliação nas
disciplinas que se dão ao longo do semestre, procurando sempre retomar o que já
foi visto, especialmente com os monitores das disciplinas e também com o professor
que se dispõem a esclarecer as dúvidas dos alunos em horários extraclasse.
A COMGRAD/EST procura manter contato permanente com os
professores das diferentes disciplinas do currículo do curso, na intenção de
promover melhorias na qualidade das aulas ministradas por eles. Este contato
deverá ocorrer através dos departamentos de origem das disciplinas e de seus
professores. Dessa forma, a avaliação dos processos de ensino e aprendizagem
está acontecendo a todo instante e em todos os âmbitos da educação, aliada a uma
avaliação institucional, provocando a reflexão e reestruturação deste processo.
32
7 TRABALHO DE CONCLUSAO DO CURSO
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade de ensino de
caráter individual, equivalente a 90 horas. O objetivo é consolidar a formação prática
e metodológica do aluno, bem como desenvolver habilidades para realizar e
apresentar trabalhos científicos ou práticos. Muitas vezes é caracterizado como um
primeiro exercício de pesquisa inteiramente realizado pelo aluno. O orientador do
TCC deve ser professor da UFRGS, preferencialmente do Departamento de
Estatística. Sob a supervisão do orientador, o aluno é estimulado a identificar um
tópico de probabilidade, estatística matemática ou de métodos estatísticos, de
natureza prática ou teórica, e elaborar um documento estruturado que deve ser
entregue por escrito e apresentado ao final do semestre, conforme cronograma
definido semestralmente pela COMGRAD/EST. O projeto e o trabalho final (TCC)
devem estar fundamentados na literatura, e o TCC pode ser apresentado no formato
de monografia ou de artigo científico.
O projeto deve ser apresentado à comunidade acadêmica no primeiro
mês do período letivo. Esta apresentação oportuniza que os alunos recebam
sugestões e esclareçam dúvidas quanto a sua proposta de trabalho. No final do
semestre o TCC deve ser submetido à apreciação de uma banca examinadora
composta pelo professor orientador e por um membro convidado. Eventuais
recomendações ou sugestões da banca examinadora devem ser incorporadas ao
trabalho e a versão final é encaminhada à COMGRAD/EST para registro do conceito
e, se aprovado, é encaminhado para a biblioteca do Instituto de Matemática da
UFRGS e registrado no Repositório Digital da UFRGS (LUME).
33
8 ESTÁGIO CURRICULAR
O Estágio Obrigatório é uma atividade de ensino obrigatória equivalendo
a 180 horas. Está posicionado na 7ª etapa do currículo para que, além do aporte de
conhecimentos propulsionado pelas disciplinas de formação fundamental e
específica, e do desenvolvido de cultura e maturidade Estatística, o aluno também
demonstre postura profissional e ética frente aos desafios apresentados, com
capacidade para investigar e apresentar soluções para problemas novos,
interpretando de maneira crítica novos conhecimentos. Também se espera que o
aluno já tenha discernimento para escolher uma área de atuação profissional.
Consoante às disposições na Lei nº 11.788/2009, "o estágio visa ao
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho". Dentro deste contexto, o Estágio Obrigatório estimula e facilita a
consolidação da formação prática mediante o acúmulo de vivências e experiências
no campo de trabalho, bem como a reflexão entre teoria e prática. Também pode ser
motivação para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). O estágio pode ser
realizado em empresas públicas ou privadas, indústrias, hospitais ou instituições de
pesquisa, desde que esteja caracterizado o exercício da profissão de Estatístico.
No início do semestre, os alunos matriculados no Estágio Obrigatório
recebem orientações da COMGRAD/EST sobre todos os procedimentos a serem
executados e o cronograma de atividades. O aluno deverá elaborar um Plano de
Atividades em conjunto com o Supervisor no Campo do Estágio, o qual também é
responsável pela sua execução e pelo cumprimento das 180 horas de estágio. Além
de atestar o cumprimento da carga horária, o Supervisor no Campo do Estágio
também fará a avaliação do aluno, utilizando o formulário enviado pela
COMGRAD/EST. No final do semestre, os alunos da disciplina devem apresentar um
relatório das atividades realizadas no campo do estágio para a comunidade
acadêmica. Desta forma, os alunos de etapas iniciais do curso podem ampliar a
percepção de atividades exercidas pelo profissional de Estatística, e também o
potencial das empresas ou instituições como potencial fonte de estágio e trabalho. A
avaliação final é realizada pela COMGRAD/EST, com base na avaliação realizada
34
pelo Supervisor no Campo de Estágio, na autoavaliação do aluno e também pela
apresentação do relatório de estágio realizada pelo aluno no final do semestre.
9 PERFIL DE FORMAÇÃO
O currículo do Curso de Bacharelado em Estatística está comprometido
com o desenvolvimento de competências e habilidades especificadas nas diretrizes
curriculares do curso, caracterizando um perfil de formação de ênfase mista. Dessa
forma, os egressos do curso possuem uma formação robusta, alicerçada na sólida
formação do núcleo de conhecimentos fundamentais da matemática, computação,
probabilidade e inferência estatística, complementada pelo amplo elenco de
conteúdos de disciplinas do núcleo de formação específica. Essa formação estimula
o espírito crítico, qualifica e habilita o egresso para a continuidade de formação na
pós-graduação, para a aplicação de métodos estatísticos, para a atuação como
membro de equipe multidisciplinar, e postura crítica frente a problemas de coleta de
dados, análise e interpretação de resultados.
O estágio obrigatório, sob a supervisão de profissional no campo do
estágio e também por professor do Curso de Estatística, possibilita consolidar o
conhecimento e habilidades adquiridos, articulando teoria e prática no contexto real
profissão. Estes aspectos também são atingidos por meio do TCC, haja vista que
muitos trabalhos são motivados por problemas reais da Estatística vivenciados
durante a realização do estágio obrigatório ou voluntário. Em outras situações, o
aluno desenvolve o TCC sobre um tema teórico ou metodológico, propiciando a
consolidação de atitudes e habilidades importantes para a pesquisa científica e
continuidade da formação na pós-graduação.
35
10 ATO AUTORIZATIVO ANTERIOR OU ATO DE CRIAÇÃO
O Curso foi reconhecido pelo MEC por meio do Parecer nº 172/83,
aprovado em 08/04/1984, tendo sido renovado por meio da Portaria nº 478 da
Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES) do Ministério
da Educação, publicada no Diário Oficial da União em 24 de novembro de 2011.
36
11 POLÍTICA DE ATENDIMENTO A PORTADORES DE
NECESSIDADES ESPECIAIS
O atendimento aos portadores de necessidades especiais também é uma
preocupação constante da UFRGS, que tem mantido e ampliado diversas ações,
tais como:
a) Programa de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou
mobilidade reduzida: inclui obras como construção de rampas, nivelamento
de passeios, sanitários adaptados, além de estudos para diferentes
situações de acesso. Esta iniciativa está sendo contemplada nos Projetos de
Arquitetura para os prédios novos. Os prédios antigos estão sendo
gradualmente reformados para atender este tipo de necessidade;
b) Núcleo de Apoio ao Aluno com Deficiência Visual (NAPNES): criado para
atender portadores de deficiência visual, atua diretamente com alunos e
professores. Confecciona textos em Braille e capacita estagiários e outros
profissionais para o trabalho com esse público. Conta também com o apoio
da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para
Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades no Rio Grande do
Sul (FADERS);
c) Setor de Apoio a Alunos com Deficiência Visual (SAADVIS): criado em
janeiro de 2005, por portaria do Reitor, iniciou um processo inclusivo, ao
cumprir a legislação nacional vigente sobre a educação de pessoas com
deficiência visual no ensino superior, criando as condições necessárias para
que esses alunos que já ingressaram pelos caminhos legais (vestibular)
tenham o acesso adequado ao material de seus cursos. O setor tem como
objetivo oferecer o apoio necessário aos alunos de graduação, pós-
graduação e ensino profissionalizante da Universidade;
d) Programa Incluir: consiste em um edital de fomento a ações de
acessibilidade aos ambientes e currículos e de inclusão social de pessoas
com necessidades educacionais especiais (PNEEs) nas Universidades
Federais. Segundo o Edital nº 8, de 3 de junho de 2006 é um programa de
acesso à universidade desenvolvido pela SESu e SEESP, que visa a
37
inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior, constituindo-se
numa ação afirmativa que por meio de ações inovadoras de acessibilidade
aos ambientes e aos currículos, provoca a transformação cultural e
educacional nas IFES. Além disso, destina-se a apoiar projetos das
universidades federais para a promoção de condições de acessibilidade que
visem à eliminação de barreiras pedagógicas, arquitetônicas e nas
comunicações. Em 2005 foi encaminhado para o Programa Incluir o projeto
intitulado: “Possibilitando o Acesso e Permanência dos Alunos com
Deficiências Visuais”. Naquele ano havia dez alunos da UFGRS com
deficiência visual e o programa visava atender suas demandas, beneficiando
alunos em formação, professores e técnicos envolvidos, com as seguintes
ações:
i) Acessibilidade digital à informação e comunicação: aquisição de
software ledor, lupas eletrônicas, televisão, gravadores, e
computadores a fim de promover acesso à material didático-
pedagógico adequado e/ou adaptado, bem como acesso à
informação, digitação e correção de trabalhos acadêmicos, em
igualdade de condições;
ii) Acessibilidade social por meio do esporte: oferecer disciplina para
capacitação de docentes no atendimento a pessoas portadoras de
necessidades especiais e buscar recursos em termos de mão de
obra para construção de rampas e trilhas de concreto, visando
passagem de cadeirantes e circulação de cegos, dentre outras
ações relacionadas à acessibilidade física; e,
iii) Acessibilidade didático-pedagógica: oferecimento da disciplina
Introdução à Educação Especial, em caráter obrigatório para os
alunos do curso de Pedagogia, e instalação de software ledor de
tela na Biblioteca da Faculdade de Educação.
Em 2006 foi encaminhado novamente ao Ministério da Educação um
formulário básico do Programa Incluir - UFRGS 2006. A proposta, de
abrangência institucional, preconizava a organização de estratégias de apoio
aos alunos que ingressem na UFRGS e que apresentem uma das seguintes
38
situações pessoais: surdez ou deficiência auditiva, paralisia cerebral ou
deficiência física. Em um período que muito se acentua a inclusão educacional
e social, da pré-escola ao ensino superior, é importante que uma Universidade
da estatura da UFRGS disponha de recurso para garantir o efetivo acesso e
permanência dos alunos com necessidade especiais em seu quadro discente.
Assim, propõe-se capacitar funcionários da Universidade no uso e habilitação
para interpretar a Língua de Sinais, no caso dos alunos surdos, e adquirir
instrumentos que sejam necessários para facilitar a aprendizagem e locomoção
de alunos com paralisia cerebral e deficiência física nos espaços da
Universidade e em sala de aula. Nele constavam, dentre outras informações,
as entidades parceiras e suas atuações:
� Escola superior de Educação Física da UFRGS: execução de projetos
de extensão universitária, atendendo portadores de necessidades
especiais nas diversas formas.
� Faculdade de Educação da UFRGS: assessoramento didático-
pedagógico às atividades do projeto e a coordenação do mesmo.
� Núcleo de Pesquisa e Apoio a Pessoas Portadoras de Necessidades
Educacionais Especiais da UFRGS: inclusão social das pessoas com
necessidades educacionais especiais (PNEEs) através da educação,
tecnologia e profissionalização.
� Setor de Apoio aos Alunos com Deficiência Visual: criar condições
necessárias para que os alunos da UFRGS, com deficiência visual
tenham acesso adequado aos materiais de seus cursos.
� Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do Rio
Grande do Sul: articulação das políticas públicas para pessoas com
deficiência e com altas habilidades.
� Associação de Cegos do Rio Grande do Sul: assessoramento às
pessoas portadoras de deficiência visual, no RS.
O projeto teve sua implementação iniciada em 2008, tempo em que foram
instalados equipamentos em cinco pontos: Biblioteca Setorial da Faculdade de
Educação, Escola Superior de Educação Física, Escola Técnica, Faculdade de
Letras e Biblioteca Setorial das Ciências Humanas.
39
Também todos os laboratórios de informática desta Universidade foram
equipados com software Ledor de Tela para uso dos alunos. No segundo
semestre, do mesmo ano, houve seleção de cinco bolsistas e criação de um
serviço de intérpretes para os alunos nas suas respectivas salas de aula. Além
disso, foram atendidos, paralelamente, ações da comunidade dos surdos, com
intérpretes em sala de aula e a Graduação Letras/Libras na modalidade EAD,
em convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
ministrando-se também aulas presenciais. Nesse mesmo período, foi
estabelecida uma parceria com a FADERS, para formação e capacitação em
braille de um bolsista por ponto e doze funcionários. No primeiro semestre de
2009 foram realizados cursos de capacitação em Libras Básico e Avançado,
via PROGESP, para 25 técnicos administrativos.
e) LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais: em consonância com a política
nacional de inclusão e com a legislação emanada da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos e do Ministério de Educação, a Universidade oferece os
recursos assistivos requeridos aos estudantes portadores de deficiência
auditiva. Tanto para as atividades de graduação como de pós-graduação,
são disponibilizados intérpretes da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS -
sobretudo na Faculdade de Educação. Um grupo de pesquisa estabelecido e
reconhecido no tema auxiliando na implantação das ações definidas. Na
Faculdade de Educação, o ensino de Libras é oferecido para os alunos das
licenciaturas, a fim de capacitá-los para o trabalho com portadores de
deficiência auditiva. Por meio dos professores vinculados a essa atividade, a
Universidade tem participado de iniciativas nacionais que visam à formação
de intérpretes. Os servidores técnico-administrativos da Universidade
também têm oportunidade de se capacitarem em Libras, conforme referido
no item anterior. Esta disciplina está sendo incluída no currículo do curso.
40
12 POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS
A UFRGS vem promovendo ações afirmativas, ou seja, políticas públicas
que visam proteger minorias e grupos que, em uma determinada sociedade, tenham
sido discriminados no passado. A ação afirmativa visa remover barreiras, formais e
informais, que impeçam o acesso de certos grupos ao mercado de trabalho,
universidades e posições de liderança. Nesse sentido a universidade tem promovido
diálogos e reflexões desde o ano de 2005, quando foram realizados amplos debates,
promovidos por estudantes, técnicos, professores, em parceria com os movimentos
sociais, principalmente, os movimentos negros e indígenas para garantir a reserva
de vagas através de cotas para alunos negros, pardos, indígenas e oriundos de
escolas públicas.
Em 2006, a Universidade, em diálogo com esses movimentos, iniciou
oficialmente o debate sobre a implementação de uma política de ações afirmativas.
O resultado deste debate foi a constituição da Comissão Especial formada por
membros do Conselho Universitário (CONSUN) e do Conselho de Ensino, Pesquisa
e Extensão (CEPE), cujo objetivo era formular uma proposta de política de ações
afirmativas a serem adotadas pela UFRGS. O ano de 2007 foi um marco na luta
contra a histórica exclusão de estudantes negros, indígenas e oriundos de escolas
públicas: a proposta do ingresso por reserva de vagas foi aprovada pelo Conselho
Universitário para vigorar a partir de 2008.
A Universidade entende que não basta reservar as vagas para este grupo
de alunos e, preocupada com sua permanência na Universidade, criou em 2012 a
Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) com o objetivo de promover ações que
visam a garantir a permanência e o sucesso do estudante na UFRGS bem como a
Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, com o
mesmo objetivo, entretanto especialmente preocupada com o acompanhamento e a
permanência dos estudantes cotistas na universidade.
O Programa de Ações Afirmativas tem como objetivo garantir a
permanência dos alunos ingressantes pelo sistema de cotas através de programas
de bolsas, ampliação dos restaurantes universitários e moradia estudantil, aumento
do acervo bibliográfico, entre outras ações. A resolução Nº 268/2012 do
CEPE/UFRGS regulamentou o Programa de Ações Afirmativas na Universidade.
Esta resolução foi aprovada pelo Conselho Universitário em agosto de 2012, quando
determinou a criação da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de
Ações Afirmativas.
41
O artigo 12 da referida resolução decide: “Fica instituída a Coordenadoria
de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, ligada à Pró-Reitoria de
Coordenação Acadêmica, com estrutura própria e as seguintes atribuições:
I - realizar o acompanhamento dos estudantes ingressantes por este Programa,
junto à Pró-Reitoria da Graduação – PROGRAD – e às Comissões de
Graduação – COMGRADs – de cada curso da UFRGS, e buscar o
atendimento de suas necessidades acadêmicas;
II - elaborar, ouvidas as Unidades Acadêmicas e as COMGRADs de cada
curso, e encaminhar ao Conselho Universitário relatório anual de avaliação
do Programa;
III - realizar e encaminhar ao Conselho Universitário relatório bianual relativo à
permanência e ao desempenho do estudante ingressante por meio das
vagas reservadas por este Programa;
IV - a partir das avaliações parciais realizadas, sugerir mecanismos de
aperfeiçoamento do Programa ao Conselho Universitário;
V - encaminhar relatório de avaliação acerca dos resultados do Programa de
Ações Afirmativas, sugerir mecanismos de aperfeiçoamento do mesmo e
manifestar-se relativamente à sua prorrogação, ao final de sua vigência;
VI - implementar mecanismos de efetivação, junto às Unidades Acadêmicas,
dos objetivos deste Programa, especialmente no que concerne aos incisos
III e IV do Art. 2º.
VII - disponibilizar os dados referentes aos estudantes beneficiários da política
de ações afirmativas para as COMGRADs e Unidades Acadêmicas, a fim de
permitir o acompanhamento e qualificação dessa política no âmbito das
Unidades e Cursos da UFRGS”.
Os estudantes do curso de Bacharelado em Estatística são convidados a
refletir sobre a importância dessas ações, que visam diminuir a desigualdade racial e
social em nosso país, através de disciplinas promovidas pelo curso como a disciplina
denominada “Introdução a Sociologia – A” e através da participação em atividades
de extensão, palestras e diálogos promovidos pelo DEDS – Departamento de
42
Educação e Desenvolvimento Social da UFRGS. Essas atividades versam sobre os
seguintes temas: conversações afirmativas, lideranças de mulheres negras,
conhecimento do continente africano, culturas indígenas, etc. Mais informações no
site: http://www.ufrgs.br/deds. O objetivo é difundir o conhecimento das culturas
africana e indígena, e ressignificar os conceitos sobre o negro e índio em
consonância com a Lei LDBEN/2006 e a Lei Federal 10.639 de 2003 que trata da
importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.
43
13 CONSIDERAÇOES FINAIS
Este plano pedagógico procura destacar que um dos principais papéis do
ensino da Estatística é o desenvolvimento do pensamento científico do aluno,
habilitando-o a enfrentar desafios durante a graduação, e também quando este
ingressar no mercado de trabalho, após a conclusão do curso, quando ocorrerão
situações reais nas quais ele precisará interagir com outros profissionais de áreas
diferentes.
Ressalta-se que os professores do curso estão em constante atualização
através de participação em congressos, projetos com outras universidades e
acompanhamento das demandas no mercado de trabalho nas áreas em que atuam.
Ainda, uma parcela expressiva dos docentes do Departamento de Estatística atua
em programas de pós-graduação da Universidade, desenvolvendo atividades de
ensino, pesquisa e orientação. Este conhecimento pode ser transmitido também aos
alunos do Curso de Estatística, por meio de exemplos e exercícios ou com a
discussão de artigos científicos. Alguns alunos do curso também tem a oportunidade
de atuar nos projetos de pesquisa dos professores.
Ainda mais importante, as atividades de extensão desenvolvidas pelos
docentes, particularmente junto ao NAE, permitem aos alunos contato com
problemas de pesquisa reais. Sob a supervisão do professor, é um importante
treinamento para desenvolver prematuramente competências e habilidades para
atuar como profissional em equipes multidisciplinares.
O currículo do curso está em constante discussão e atualização e
recentemente reuniões periódicas estão sendo encaminhadas para reavaliar as
súmulas e pré-requisitos das disciplinas, no sentido de adequarem-se às mudanças
no mercado de trabalho e oferta de novas tecnologias que impactam diretamente no
curso. Em particular, a COMGRAD/EST e o NDE estão coordenando uma ampla
discussão com os demais professores do Curso de Estatística visando a
reestruturação do currículo. O objetivo é atualizar sua estrutura, conteúdo de
disciplinas e abordagem de ensino, para que os egressos possam ter uma formação
sólida e atualizada.
44
ANEXO - GRADE CURRICULAR
Etapa 1
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
MAT01353
CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA I – A Súmula: Estudo da reta e de curvas planas. Cálculo diferencial de uma variável real. Cálculo integral das funções de uma variável real.
90 6
MAT02006
HISTÓRIA DA ESTATÍSTICA E ESTATÍSTICA DOCUMENTÁRIA Súmula: Fundamentos da ciência estatística. Filosofia e método científico. A história da probabilidade. A profissão de estatístico. Organização da estatística nacional e principais fontes de dados estatísticos. A realidade brasileira. Organização de setores de estatística. Levantamento, apuração e apresentação de dados: séries estatísticas e gráficos. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa e sua execução.
60 4
MAT02246
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA Súmula: Estatística: objetivos, divisão. Introdução ao estudo de estatística descritiva, probabilidade, amostragem, estimação, teste de hipótese, análise de variância, análise de regressão e correlação, estatística não-paramétrica, análise de dados categóricos.
60 4
Etapa 2
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária Crédito
MAT01355
ÁLGEBRA LINEAR I – A Pré-Requisitos:CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA I – A Súmula: Sistema de equações lineares. Matrizes. Fatoração LU. Vetores. Espaços vetoriais. Ortogonalidade. Valores próprios. Aplicações.
60 4
MAT01354
CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA II – A Pré-Requisitos: CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA I – A Súmula: Geometria analítica espacial. Derivadas parciais. Integrais múltiplas. Séries.
90 6
MAT02007
MÉTODOS DESCRITIVOS Pré-Requisitos: INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA Súmula: Características de tendência central: médias, separatrizes e dominantes. Características de variabilidade: absolutas e relativas. Taxas linear e geométrica. Assimetria e curtose. Distribuição de variável bidimensional e suas características. Noções de ajustamento de dados. Introdução ao estudo de séries temporais. Número-índice: indicadores de variação de preços e de concentração. Análise exploratória de dados.
60 4
MAT02248
PROBABILIDADE I Pré-Requisitos: CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA I – A Súmula: Espaços de probabilidade. Probabilidade condicional e independência. Variáveis aleatórias unidimensionais discretas e contínuas. Principais distribuições unidimensionais. Transformações de variáveis aleatórias unidimensionais.
90 6
45
Funções geradoras de probabilidades. Funções geradoras de momentos e funções características unidimensionais.
INF 01040
INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO Pré-Requisitos: CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA I – A Súmula: Arquitetura de computadores.Sistemas operacionais. Redes e comunicação de dados. Estrutura e linguagens de programação.
60 4
Etapa 3
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
INF 01126
ESTRUTURA DE DADOS I Pré-Requisitos: Introdução à Programação Súmula: Introdução. Abstração de dados. Estruturas básicas: matrizes, listas lineares e árvores. Pesquisa em tabelas: seqüencial, binária e calculada.
60 4
MAT02251
AMOSTRAGEM I Pré-Requisitos: Probabilidade I e Métodos Descritivos e Introdução à Estatística. Súmula: Planejamento de um levantamento por amostragem. Amostragem aleatória simples, características, estimação, dimensionamento de amostras. Amostragem estratificada: características, construção de estratos, dimensionamento de amostras e critérios de repartição. Métodos não probabilísticos.
60 4
MAT01356
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E DIFERENÇAS FINITAS Pré-Requisitos: Álgebra Linear I – A e Cálculo e Geometria Analítica II – A Súmula: Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem. Equações lineares de segunda ordem. Sistemas de equações diferenciais lineares. Equações de diferenças finitas. Funções beta e gama. Números e funções especiais de interesse para a Estatística.
60 4
ADM01101
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Súmula: Conceitos básicos. Princípios de administração. Filosofia da administração. Organização. Direção. Controle. Políticas. Pessoal executivo. Auditoria administrativa.
60 4
MAT0205
INTRODUÇÃO A SOFTWARE ESTATÍSTICOS Pré-Requisitos: Introdução à Estatística e Métodos Descritivos Súmula: Introdução ao uso de técnicas estatísticas básicas nos softwares SAS, R e SPSS, entre outros.
60 4
MAT02250
PROBABILIDADE II Pré-Requisitos: Probabilidade I e Cálculo e Geometria Analítica II – A Súmula: Probabilidade como medida. Vetores aleatórios discretos e contínuos. Transformação de vetores aleatórios. Funções geradoras de probabilidades, funções geradoras de momentos e funções características multidimensionais. Modos de convergência. Leis dos grandes números. Teorema central do limite.
60 4
46
Etapa 4
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
MAT02254
AMOSTRAGEM II Pré-Requisitos: Amostragem I Súmula: Amostragem sistemática. Amostragem por conglomerados. Amostragem com probabilidades proporcionais. Dimensionamento de amostras. Erros não-amostrais.
60 4
MAT01032
CÁLCULO NUMÉRICO A Pré-Requisitos: Introdução à Informática e Equações Diferenciais e Diferenças Finitas ou Algoritmos e Programação e Equações Diferenciais e Diferenças Finitas ou Álgebra Linear I – A e EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E DIFERENÇAS FINITAS Súmula:
60 4
MAT02274
ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Pré-Requisitos: Probabilidade I E Algoritmos e Programação E Introdução à Estatística Súmula: Geração de números aleatórios e distribuições clássicas de probabilidades e experimentos Monte Carlo. Uso e desenho de técnicas numéricas para cálculo e estimação de parâmetros e distribuições clássicas. Aspectos computacionais das principais técnicas de análise de dados.
60 4
MAT02253
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA I Pré-Requisitos: Probabilidade II Súmula: Modelos estocásticos. Estimação pontual. Propriedades dos estimadores. Estatísticas suficientes. Método dos momentos. Método da máxima verossimilhança. Estimação por intervalo, por limite inferior e por limite superior. Estimação assintática.
60 4
MAT02016
LEITURA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS Pré-Requisitos: Amostragem I E Probabilidade II Súmula: Introdução à leitura e discussão crítica de artigos científicos.
30 2
MAT02252
PROCESSOS ESTOCÁSTICOS Pré-Requisitos: PROBABILIDADE II e EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E DIFERENÇAS FINITAS Súmula: Processos estocásticos. Cadeias de Markov a parâmetro discreto. Distribuições estacionárias. Distribuições limites. Cadeias de Markov finitas. Cadeias de Markov a parâmetro contínuo. Processos de Poisson, de filas, de nascimentos e mortes e de ramificação.
60 4
47
Etapa 5
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
MAT02282
ANÁLISE ESTATÍSTICA NÃO-PARAMÉTRICA Pré-Requisitos: INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA e INFERÊNCIA ESTATÍSTICA I Súmula: Método estatístico. Escalas de medida. Estatística não-paramétrica: problemas de uma amostra; comparação de dois tratamentos; problema de duas amostras independentes e comparações emparelhadas; problemas de K amostras. Análise de dados em tabelas de contingência: teste qui-quadrado; medidas de associação. Testes de aderência.
60 4
MAT02234
CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE Pré-Requisitos: AMOSTRAGEM I e INFERÊNCIA ESTATÍSTICA I Súmula: O controle estatístico da qualidade no âmbito da produção industrial. Métodos de amostragem para aceitação e em produção contínua. Aplicação de diversos métodos de análise de dados ao controle de qualidade.
60 4
MAT02255
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA II Pré-Requisitos: INFERÊNCIA ESTATÍSTICA I Súmula: Testes de hipóteses simples e compostos. Função poder. Testes uniformemente mais poderosos. Testes da razão de verossimilhança. Testes qui-quadrado de ajustamento e de independência.
60 4
ADM01120
PESQUISA OPERACIONAL I Pré-Requisitos: Créditos Obrigatórios: 100 ou ÁLGEBRA LINEAR I – A ou ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Súmula: Introdução. Solução geométrica para o problema com duas variáveis. Solução algébrica de problemas de programação linear, soluções básicas possíveis, aprimoramento da solução, término do processo simples e outros problemas. O caso particular do modelo de transporte. Programação linear em números inteiros. O problema da distribuição biunívoca. Exemplos de aplicação de programação linear.
60 4
Etapa 6
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
MAT02256
ANÁLISE DE REGRESSÃO A Pré-Requisitos: INFERÊNCIA ESTATÍSTICA II Súmula: O modelo de regressão linear simples. Estimadores de mínimos quadrados e suas distribuições. Testes e predições. O modelo linear geral. Hipóteses básicas e distribuições dos estimadores. Testes. Problemas em regressão: análise de resíduos. Regressão de cumeeira e regressão com coeficientes não-estáveis.
60 4
MAT02258
ANÁLISE ESTATÍSTICA DE DADOS CATEGÓRICOS Pré-Requisitos: INFERÊNCIA ESTATÍSTICA II e ANÁLISE ESTATÍSTICA NÃO-PARAMÉTRICA Súmula: Características principais dos instrumentos de medida. Escalas de medida. Validade e fidedignidade. Análise de item. Modelos log-lineares para tabelas multidimensionais. Regressão logística. Modelos logísticos. Análise de sobrevivência.
60 4
48
MAT02257
INFERÊNCIA BAYESIANA E TEORIA DAS DECISÕES Pré-Requisitos: INFERÊNCIA ESTATÍSTICA II Súmula: Jogos. Função utilidade e função perda. Função risco. Regras de decisão ótimas. Admissibilidade e complemento. Critério minimax. Distribuições a priori e a posteriori. Risco de Bayes. Regras de decisão bayesianas. Estimação e decisões múltiplas.
60 4
MAT02013
PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS I Pré-Requisitos: INFERÊNCIA ESTATÍSTICA II Súmula: Etapas do planejamento de experimentos. Experimentos com um fator (fixo e aleatório) em planejamento completamente casualizado, blocos casualizados, quadrado latino. Experimentos em blocos incompletos balanceados e parcialmente balanceados.
60 4
Etapa 7
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
MAT02263
ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS A Pré-Requisitos: Cálculo Numérico A e Análise de Regressão A e Processos Estocásticos Súmula: Processos estocásticos e séries temporais. Estimação das funções de autocovariância e autocorrelação. Análise espectral. Filtragem linear. Métodos de Regressão no domínio do tempo. Metodologia de Box & Jenkings. Métodos de regressão no domínio da freqüência.
60 4
MAT02239
ANÁLISE MULTIVARIADA Pré-Requisitos: Inferência Estatística II e Estatística Computacional Súmula: Introdução. Variáveis aleatórias vetoriais. Componentes principais. Análise fatorial. Variáveis canônicas. Análise discriminante. Análise por agrupamento (cluster analysis), análise de variância multivariada.
60 4
MAT02262
ESTATÍSTICA DEMOGRÁFICA I Pré-Requisitos: Cálculo Numérico A e Inferência Estatística II Súmula: Problemas demográficos da atualidade. Variáveis demográficas. Estudos das correntes migratórias. Modelos de análise demográfica. Processos markovianos. Matrizes de transferência. Projeções demográficas. Aspectos qualitativos das populações.
60 4
MAT02014
PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS II Pré-Requisitos: Planejamento de Experimentos I Súmula: Experimentos fatoriais cruzados e hierárquicos. Experimentos fatoriais 2k e 3k. Confundimento. Experimentos fatoriais fracionários. Metodologia de Superfície de Resposta. Experimentos em parcela subdividida e sub-subdividida. Análise de covariância.
60 4
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO - ESTATÍSTICA Pré-Requisitos: 110 Créditos Obrigatórios Súmula: Estágio prático individual em empresas públicas e privadas com apresentação de relatório final, sob orientação de professor da área, com supervisão do professor responsável pela disciplina.
180 0
49
Etapa 8
MAT02265
PESQUISA E ANÁLISE DE MERCADO A Pré-Requisitos: Amostragem II e Análise Multivariada e Pesquisa Operacional I e Introdução à Administração Súmula: Natureza e objeto da pesquisa de mercado. Método de coleta de dados: observacionais, qualitativos, quantitativos, técnicas projetivas. Formas e tratamento de não-respostas. Algumas teorias de mercado. Segmentação de mercado. Planejamento, execução e relatório de uma pesquisa.
60 4
Código Disciplina/Pré-Requisito Carga Horária
Crédito
TABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - ESTATÍSTICA Pré-Requisitos: Estágio Obrigatório - Estatística Súmula: Elaboração de trabalho de conclusão orientado por professor do Departamento de Estatística escolhido pelo aluno, de acordo com sua área de interesse.
90 0
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