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SERVIO PBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR INSTITUTO DE CINCIAS DA SADE FACULDADE DE MEDICINA

PROJETO PEDAGGICO CURSO DE MEDICINA

Belm 2010

GOVERNO FEDERAL Luiz Incio Lula da Silva Presidente da Repblica

MINISTRIO DA EDUCAO Fernando Haddad Ministro da Educao

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR Reitor: Carlos Edilson de Almeida Maneschy Vice-reitor: Horcio Schneider

INSTITUTO DE CINCIAS DA SADE Diretora: Eliete Cunha de Arajo Diretora Adjunta: Eliana Ozela

FACULDADE DE MEDICINA Diretora: Tnia de Ftima DAlmeida Costa Vice Diretor: Jos Gonalves de Alcntara

Belm 2010

PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE MEDICINA

ELABORAO: Professores do Curso de Medicina: Tnia de Ftima DAlmeida Costa (Direo da FM Sade da Criana) Jos Gonalves Alcntara (Vice-Direo da FM Ateno ao Sistema locomotor) Antnia Rodrigues Vieira (ICB Agentes de Agresso e Mecanismo de defesa) Carla Avelar Pires (ICS - Ateno Integral a Sade) Cludio Galeno de Miranda Soares (ICS Ateno Integral Sade) Ernesto Yoshihiro Seki Yamano (ICS Habilidades Mdicas) Silvia Helena Arias Bahia (ICS Ateno Integral Sade) Simone Regina da Silva Conde (ICS - Clnica Mdica) COLABORAO Representantes Estudantis do Curso de Medicina do Diretrio Acadmico Bettina Ferro de Souza. Aaro Carajs Amanda Arajo Moura (Representante Estudantil do Curso de Medicina no COBEM) Caio Cesar Bezerra da Silva Danilo Rezegue Julius Caesar Mendes Monteiro Vitor Nina de Azevedo

REVISO/AVALIAO Diretoria de Ensino / Coordenadoria de Avaliao e Currculo PROEG.

ASSESSORIA PEDAGGICA: Nildo Alves Batista (CEDESS/UNIFESP) Sylvia Helena Batista (CEDESS/UNIFESP)

SUMRIO

1. APRESENTAO ..................................................................................................6 2. HISTRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR .......................................7 3. IDENTIFICAO DO CURSO ................................................................................8 4. O PAR COMO CENRIO DE PRTICA: caractersticas socioeconmicas e dos servios de sade............................................................................................ 10 5. PRECEDENTES INSTITUCIONAIS PARA IMPLANTAO DA NOVA

PROPOSTA CURRICULAR......................................................................................16 5.1. HISTRICO........................................................................................................16 5.2 MEDIDAS ADOTADAS PELA FACULDADE DE MEDICINA PARA ATENDER AO TERMO DE SANEAMENTO DE DEFICINCIAS MEC- SESU- UFPA..................16 5.1.2. Reformulao e aprovao do novo Projeto Pedaggico..........................19 5.3. IMPLEMENTAO DA NOVA PROPOSTA E EXTINO PROGRESSIVA DO ATUAL CURRCULO..................................................................................................19 5.4. AMPLIAO DE CENRIOS DE APRENDIZADO.............................................20 5. CARACTERSTICAS GERAIS DO CURSO .........................................................22 6.1. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE.............................................................22 6.2. DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO ....................................................23 6.3. FUNDAMENTOS NORTEADORES DO CURSO ...............................................23 6.4. OBJETIVOS DO CURSO ...................................................................................24 6.5. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO...............................................24 6.6. COMPETNCIAS GERAIS ................................................................................25 6.7. COMPETNCIAS ESPECFICAS ......................................................................26 6.8. OBJETIVOS POR ANO DO CURRCULO .........................................................28 7. ORGANIZAO CURRICULAR DO CURSO ......................................................35 7.1. CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................35 7.2. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO ......................................................40 7.3. ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO DE TREINAMENTO EM SERVIO.40 7.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ..................................................................42 7.5. ARTICULAO DO ENSINO COM A PESQUISA E A EXTENSO .................43 7.5.1 Poltica de Pesquisa .......................................................................................43 7.5.2 Poltica de Extenso .......................................................................................47

8. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS E PLANEJAMENTO DO TRABALHO DOCENTE .................................................................................................................48 8.1. O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR. ............................................................................................................48 8.2. OBJETIVOS DA DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR ...................................49 8.3. METODOLOGIA .................................................................................................49 8.4. BUSCA DA INFORMAO ................................................................................51 8.5. FUNES DOS MEMBROS DA SESSO DE DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR .............................................................................................................52 9. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES ACADMICAS ........................................54 10. INFRAESTRUTURA............................................................................................55 10.1. HUMANA...........................................................................................................55 10.1.1. Programa de Desenvolvimento Docente em Educao Mdica..............56 10.1.2. Relao de Docentes com atuao na Faculdade de Medicina...............57 10.1.2.1 Docentes lotados no Instituto de Cincias da Sade...................................57 10.1.2.1. Docentes lotados no Instituto de Cincias Biolgicas.................................61 10.2. FSICA...............................................................................................................61 11. POLTICA DE INCLUSO SOCIAL ...................................................................66 12. SISTEMA DE AVALIAO ................................................................................67 12.1. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO ...................................................67 12.2. AVALIAO DO PROCESSO EDUCATIVO ...................................................68 12.2.1. Avaliao da aprendizagem e dos discentes ...........................................69 12.2.2. Avaliao do ensino e dos docentes .........................................................74 REFERNCIAS .........................................................................................................75 APNDICES ..............................................................................................................76

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1. APRESENTAO

Neste momento em que todos os cursos de medicina, tanto nacionais como internacionais, buscam novos caminhos de aprimoramento de seus currculos, tenho certeza que a Faculdade de Medicina da UFPA avana significativamente, assumindo princpios norteadores de transformao do Projeto Pedaggico que mostram respostas aos mais importantes questionamentos sua estrutura atual. A insero do aluno em cenrios de prtica desde o incio da graduao nos eixos de ateno primria e de habilidades mdicas rompe com o princpio rgido de um ciclo bsico que tem se mostrado frequentemente como uma aprendizagem no significativa para o estudante de medicina. Cria assim, uma efetiva integrao bsico-clnica. Por outro lado, esta mesma configurao curricular em eixos implanta neste modelo a interdisciplinaridade, princpio procurado por todas as reformas curriculares atuais. Importantssimo tambm todo o movimento j implementado de maior articulao com a rede de ateno bsica, ampliando significativamente os cenrios de prtica para os estudantes e introduzindo a prtica em urgncias e emergncias, essencial para a formao geral do mdico. A avaliao tambm ser totalmente reformulada trazendo um carter essencialmente formativo e, consequentemente, contribuindo para o aprimoramento do ensino na faculdade. Um investimento em metodologias mais ativas, com mudanas de posturas de professores e alunos nas prticas de ensino e aprendizagem, com a incorporao dos casos motivadores e de enfoques problematizadores no novo modelo curricular deve propiciar momentos mais significativos de aprendizagem. Finalmente a total reformulao do internato dever, sem dvida nenhuma, garantir a continuidade da excelncia de ensino que a UFPA tem como misso e o compromisso do curso de Medicina com a sade da regio norte do pas.

Prof. Dr. Nildo Alves Baptista.Vice Pr- Reitor de Graduao da UNIFESP Coordenador Acadmico do Campus Baixada Santista / UNIFESP

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2. HISTRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

A Universidade Federal do Par (UFPA) uma instituio pblica de educao superior, organizada sob a forma de autarquia especial, criada pela Lei n 3.191, de 02 de julho de 1957, estruturada pelo Decreto n 65.880 de 16 de dezembro de 1969, modificado pelo Decreto n 81.520 de 4 de abril de 1978. A UFPA goza de autonomia didtico-cientfica, disciplinar, administrativa e de gesto financeira e patrimonial, nos termos da lei e do seu Estatuto. A UFPA caracteriza-se como universidade multicampi, com atuao no Estado do Par e sede e foro legal na cidade de Belm. So princpios da UFPA o (a): I. Universalizao do conhecimento; II. Respeito tica e diversidade tnica, cultural e biolgica; III. Pluralismo de idias e de pensamento; IV. Ensino pblico e gratuito; V. Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso; VI. Flexibilidade de mtodos, critrios e procedimentos acadmicos; VII. Excelncia acadmica; VIII. Defesa dos direitos humanos e a preservao do meio ambiente. So fins da Universidade Federal do Par: I. Estimular a criao cultural e o desenvolvimento do pensamento crtico e reflexivo, de forma a gerar, sistematizar, aplicar e difundir o conhecimento em suas vrias formas de expresso e campos de investigao cientfica, cultural e tecnolgica; II. Formar e qualificar continuamente profissionais nas diversas reas do conhecimento, zelando pela sua formao humanista e tica, de modo a contribuir para o pleno exerccio da cidadania, a promoo do bem pblico e a melhoria da qualidade devida, particularmente do amaznida; III. Cooperar para o desenvolvimento regional, nacional e internacional, firmando-se como suporte tcnico e cientfico de excelncia no atendimento de servios de interesse comunitrio e s demandas scio-poltico-culturais para uma Amaznia economicamente vivel, ambientalmente segura e socialmente justa.

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3. IDENTIFICAO DO CURSO.

O Curso de Medicina da UFPA tem sua origem na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par, fundada em 09 de Janeiro de 1919, portanto, com 91 anos de existncia. Por muitos anos permaneceu como Faculdade livre, tendo sido federalizada pela Lei 1049 de 03.01.1950 e, com esta nomenclatura, em 02 de julho de 1955, foi integrada Universidade Federal do Par. Com a implantao da Reforma Universitria e aps a aprovao do Plano de Criao de Centros, atravs do Decreto n 65.680, em 1970 recebeu o nome de Curso de Medicina, integrandose ao Centro de Cincias da Sade. No ano de 2008, aps reforma do Estatuto da Universidade Federal do Par, voltou a ser denominada Faculdade de Medicina (FAMED), por sua vez integrante do recm-criado Instituto de Cincias da Sade (ICS) que congrega as Faculdades de Enfermagem, Farmcia, Medicina, Nutrio, Odontologia e Fisioterapia. A Direo do ICS e as subunidades (Faculdade de Medicina, Nutrio e Enfermagem) desenvolvem parte de suas atividades de ensino no mesmo prdio, no centro da cidade, outrora to somente sede da antiga Faculdade de Medicina, localizada fora do Campus Universitrio, enquanto que as Faculdades de Farmcia, e Odontologia j esto instaladas no Campus Universitrio do Guam. A ltima reforma curricular do Curso Mdico ocorreu em 2001, apontando para caminhos de integrao do currculo, que embora constando no Projeto Pedaggico (PP), no se constituiu em real transformao da Escola Mdica. As deficincias do curso mdico da FAMED, tem motivado inmeras manifestaes do seu Conselho e da comunidade acadmica, sendo consensual a necessidade de adequao do currculo de formao e ampliao de cenrios de ensino e aprendizado, assim como a capacitao do corpo docente em metodologias ativas de ensino e aprendizado, de modo a estimular a participao ativa do estudante na construo do seu conhecimento. Em dezembro do ano de 2008 a FAMED iniciou o processo de transformao e busca de um Projeto Pedaggico alinhado s Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduao em Medicina e voltado s necessidades de sade da populao amaznica.

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O Projeto Pedaggico da FAMED/UFPA baseia-se no disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB) Lei n 9.394 de 20/12/96 e suas alteraes e regulamentaes, nas Diretrizes Curriculares do Conselho Nacional de Educao (CNE), no Estatuto e Regimento da UFPA e no Regulamento do Ensino de Graduao da UFPA (REG). A FAMED contou com a cooperao do seu corpo docente, discente, tcnicoadministrativo, alm de diferentes segmentos representativos da sociedade para a elaborao do seu Projeto Pedaggico, tendo sido tambm apreciado e aprovado pelo seu Conselho e do mesmo modo obteve a concordncia do Instituto de Cincias Biolgicas que proporciona atividades curriculares ao Curso de Medicina. O Projeto Pedaggico busca explicitar os objetivos do Curso e estabelecer os princpios norteadores e as perspectivas em torno da formao do mdico. Alm disso, traceja a forma em que se dar a articulao entre ensino, pesquisa e extenso bem como delibera suas polticas de gesto de estgio e prtica acadmica e a poltica do Curso para a qualificao docente. Contempla tambm os princpios e estratgias de avaliao de aprendizagem, durao do curso, estrutura curricular em seus diversos desdobramentos: matriz curricular, elenco de atividades curriculares com as respectivas ementas e cargas horrias. A homologao final do Projeto ocorrer com a aprovao da Resoluo do Curso de Medicina nas instncias competentes.

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4. O PAR COMO CENRIO DE PRTICA: caractersticas socioeconmicas e dos servios de sade.

O Par o segundo maior estado do pas com uma extenso de 1.247.689,515 km, uma das 27 unidades federativas do Brasil e est dividido em 144 municpios. O estado o mais populoso da regio norte, contando com uma populao de 7.321.493 habitantes. Sua capital, Belm, rene em sua regio metropolitana cerca de 2,1 milhes habitantes, sendo a maior populao metropolitana da regio norte. A FAMED/ICS/UFPA fica situada na capital, assim como a maioria do seu campo de atuao prtica. Belm considerada a maior cidade na linha do Equador, a segunda cidade mais populosa da regio Norte e principal cidade da maior regio metropolitana da Amaznia. Com populao estimada em 1.437.600 (IBGE/2009), conhecida como "Metrpole da Amaznia". Assemelhando-se a uma pennsula, cercada por gua, reas militares e de proteo ambiental, teve pouco espao para expanso, ocasionando conurbao com municpios prximos dando origem Grande Belm, que tem populao estimada em 2,1 milhes de habitantes. Belm possui o maior IDH entre as capitais nortistas. A expectativa de vida dos paraenses estimada em 71,67 anos com uma taxa de natalidade de 21%, segundo a publicao de indicadores e Dados Bsicos para a Sade (IDB/2007). O desenvolvimento social do Estado, analisado atravs do ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), que uma medida comparativa que engloba trs dimenses: riqueza, educao e esperana mdia de vida, sendo uma maneira padronizada de avaliao e medida do bem-estar de uma populao, mostra que o IDH de Belm de 0,806 (Quadro 1).

QUADRO 1 - NDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL (IDH-M) DE BELM/PA: 0,806 Mdia do IDH-M em Par: 0,671 Colocao no ranking Estadual: 1 (em 143 municpios) Mdia do IDH-M na Regio Norte: 0,664 Colocao no ranking Regional: 1 (em 449 municpios) Colocao no ranking Nacional: 445 (em 5.507 Mdia do IDH-M no BRASIL: 0,699 municpios)Fonte: Indicadores e Dados Bsicos - Brasil 2007 (DATASUS.gov.br/idb). .

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A populao de Belm encontra-se distribuda em 71 bairros, os quais, por meio da regionalizao administrativa instituda pelo Poder Pblico Municipal (Lei n 7.682, de 05 de janeiro de 1994), foram organizad os em oito distritos administrativos: Distrito Administrativo de Belm (DABEL), Distrito Administrativo do Entroncamento (DAENT), Distrito Administrativo do Guam (DAGUA), Distrito Administrativo de Icoaraci (DAICO), Distrito Administrativo do Bengu (DABEN) e Distrito Administrativo da Sacramenta (DASAC), mais dois distritos insulares: o Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS) e o Distrito Administrativo do Outeiro (DAOUT) (IBGE/2008). Em 2002 deu-se o processo de municipalizao da sade em Belm, de modo que hoje, a ateno bsica desse Municpio est assim organizada: uma Unidade Mista de Sade (UMS), 73 Unidades Bsicas de Sade (UBS), dois Pronto Socorro especializados, entre outros servios (Quadro 2). Todas essas unidades esto vinculadas ao Sistema nico de Sade, obedecendo normatizao do Ministrio da Sade e adequando-as s caractersticas do Municpio, porm ainda com uma baixa cobertura populacional pela Estratgia Sade da Famlia (ESF) (Grfico 1).

GRFICO 1 - COBERTURA POPULACIONAL PELA ESF NO MUNICPIO DE BELM PA.

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QUADRO 2 TIPO E NMERO DE UNIDADES DE SADE NO MUNICPIO DE BELM PA.

Fonte: DATASUS (2009).

compromisso do Curso de Medicina da UFPA, formar profissionais mdicos competentes para resoluo dos problemas de sade, individual e coletivo, com viso humanstica e tica, capaz de conduzir a ateno sade, especialmente local e regional, a excelncia que a comunidade merece e anseia deste modo, estabeleceu parcerias com o Sistema nico de Sade (SUS) regional e local, atravs de convnios de cooperao tcnica pedaggica, estes convnios facilitam a insero dos discentes e docentes do curso nos trs nveis de ateno sade, em todos os momentos previstos para a formao mdica, de acordo com a complexidade e o grau de autonomia no desenvolvimento do mesmo. Atualmente o Curso de Medicina atua em dois campos de ensino e aprendizagem, localizados na Regio Metropolitana de Belm (RMB), um no municpio de Belm e outro no municpio de Ananindeua. A RMB a 179 maior rea metropolitana do mundo, a maior da regio norte e uma das cinco maiores regies metropolitanas brasileiras.

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No municpio de Belm, o Distrito DAGUA (Figura 1), o principal campo de ensino e aprendizagem para os alunos dos cursos da rea da sade, incluindo o Curso de Medicina. Neste Distrito localiza-se o Campus Universitrio Belm da UFPA, local onde dever ser construda a Unidade Acadmica da FAMED e a Unidade de Ensino e Aprendizagem em Servio, e onde esto localizados os Hospitais Universitrios Joo de Barros Barreto (HUJBB) e Bettina Ferro e Souza (HUBFS). As atividades de ensino e aprendizagem do Curso, assim como as aes do projeto PET Sade e do PRO SADE so desenvolvidas no Distrito DAGUA, que abrange os bairros do Jurunas, Condor, Guam, Cremao, Canudos e Terra Firme, abrigando uma populao de 349.535 habitantes, atendida por sete USF, com 15 equipes do PSF que do ateno a uma populao cadastrada de 79.880 indivduos, membros de 19.970 famlias.

F i g u r a F

FIGURA 1 MAPA ESQUEMTICO DO DISTRITO DAGUA, EM BELM-PA.

14Tabela 1- Indicadores da Ateno Bsica no Municpio de Belm % populao coberta pelo programa 14,4 21,8 36,2 13,9 21,1 35,0 11,1 25,5 36,6 3,6 23,3 26,9 3,3 19,3 22,6 4,7 31,4 Mdia mensal de visitas por famlia (2) 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,07 0,06 0,07 0,05 0,06 0,05 0,08 0,07 0,07 0,08 0,05 0,06 % de crianas c/ esq.vacinal bsico em dia(2)

Ano

Modelo de Ateno

Populao coberta (1)

% de crianas c/aleit. materno exclusivo (2) 81,4 84,2 83,1 83,3 85,9 85,0 86,5 84,3 84,9 87,5 83,8 84,5 85,0 85,4 85,3 82,3 85,5 85,0

% de cobertura de consultas de pr-natal (2) 80,8 83,5 82,6 84,7 84,3 84,4 87,9 84,7 85,5 88,0 85,6 85,9 88,0 85,9 86,2 85,8 87,3 87,1

Taxa mortalidade infantil por diarria (3) 2,8 2,6 2,7 0,8 0,6 3,6 2,7 0,7 0,6 0,3 0,3 -

Prevalncia de desnutrio(4)

Taxa hospitalizao por pneumonia(5)

Taxa hospitalizao por desidratao(5)

PACS 2004 PSF Outros Total PACS 2005 PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PACS 2007 PSF Outros Total PACS 2008 PSF Outros Total PACS 2009 PSF Outros

196.451 296.167 492.618 195.345 296.566 491.911 159.150 364.083 523.233 52.297 338.012 390.309 46.320 275.171 321.491 67.813 450.869 -

86,5 86,2 86,3 89,7 87,9 88,5 92,9 88,7 89,8 95,1 89,8 90,7 92,6 91,2 91,4 93,3 91,4 91,7

6,1 6,6 6,4 3,7 3,6 3,7 1,8 2,5 2,3 0,8 2,0 1,8 1,4 1,3 1,3 1,8 0,9 1,0

38,7 34,5 36,0 45,2 46,4 46,1 109,0 18,6 25,7 319,8 31,1 42,3 325,7 48,1 62,2 29,6 13,6 15,2

18,4 13,4 15,1 20,3 13,9 15,9 85,5 10,6 16,5 84,0 11,1 13,9 157,1 26,4 33,0 9,3 5,1 5,5

Total 518.682 36,1 Fonte: SIAB. Situao da base de dados nacional em 22/02/2010. Notas: (1): Situao no final do ano

(2): Como numeradores e denominadores, foi utilizada a mdia mensal dos mesmos. (3): por 1.000 nascidos vivos (4): em menores de 2 anos,

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O municpio de Ananindeua, que j foi considerado "cidade-dormitrio" ou "anexo de Belm", apresentou um grande desenvolvimento nos ltimos dez anos, tornando-se, hoje, a terceira maior cidade da Amaznia e a 39 do Brasil. Segundo as estimativas de 2008 do IBGE, o municpio conta com 505.512 habitantes. O crescimento decorre da falta de espao na capital paraense e consolidou-se com a construo do conjunto habitacional Cidade Nova, na dcada de 1980, que desponta como uma boa alternativa prxima a Belm. O Programa Sade da Famlia (PSF) neste municpio, conta com 26 unidades divididas em cinco plos, de forma a atender melhor a populao. Em 2007 tinha 43 equipes de Sade da Famlia, havendo um aumento para 75 equipes em 2008 e mantendo-se constante em 2009, terminando o ms de Novembro de 2009 com 52,17% de cobertura populacional. A sade bucal contemplada com 14 equipes qualificada no Programa Sade Bucal. Em obedincia aos princpios constitucionais de organizao do SUS, um dos municpios pioneiros no processo de descentralizao, estando com experincia consolidada em cinco distritos sanitrios (plos) e possui poltica de parceria com a Faculdade de Medicina, com um projeto PET-Sade, aprovado e implementado em 2010.

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5. PRECEDENTES INSTITUCIONAIS PROPOSTA CURRICULAR.

PARA

IMPLANTAO

DA

NOVA

5.1 HISTRICO Em dezembro de 2008 o Conselho da Faculdade de Medicina (FM) teve conhecimento do Termo de Saneamento de Deficincias (TSD) encaminhado pela CGSUP/DESUP/SESu/MEC, em virtude do processo de avaliao do MEC, em particular dos conceitos insatisfatrios apresentados no ENADE (curso de medicina) e no IDD (UFPA). Com relao ao TSD oportuno destacar a reformulao do

Projeto Pedaggico do Curso como uma das principais recomendaes previstas. Neste sentido, medidas voltadas a organizao didtico-pedaggica do curso foram iniciadas, como: [1] Instituir uma Comisso para reformulao do Projeto Pedaggico do Curso, objetivando adequao s Diretrizes Curriculares Nacionais do MEC para os cursos de Medicina e adotar metodologias ativas na formao do mdico, considerando a incorporao da interdisciplinaridade, da integrao entre ensino, pesquisa e extenso, e entre ensino, servios e comunidade, privilegiando a insero no sistema de ateno primria sade; [2] Implantao do programa de desenvolvimento docente, instrudo por um Ncleo de Formao Continuada, objetivando capacitar todo o corpo docente do curso, por meio de reunies e oficinas peridicas; [3] acompanhamento da implantao do novo PPC pelo Ncleo

Docente Estruturante, alinhado s diretrizes curriculares do MEC para os cursos de educao mdica; [4] Implementao do Ncleo de Apoio Pedaggico em

Educao Mdica, que estabelecer estratgias para a formao continuada e permanente aos docentes.

5.2 MEDIDAS ADOTADAS PELA FACULDADE DE MEDICINA PARA ATENDER AO TERMO DE SANEAMENTO DE DEFICINCIAS MEC- SESU- UFPA.

Em junho de 2009, aps liberao interna de recursos para Consultoria, teve incio o Programa de Desenvolvimento em Educao Mdica, realizado em parceria com o Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Sade da

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Universidade

Federal

de

So

Paulo

(CEDESS/UNIFESP).

Este

Programa

proporcionou subsdios para a reestruturao do projeto pedaggico da FAMED, e vem sendo desenvolvido em ciclos de Oficinas de Trabalho. De junho de 2009 a dezembro de 2009 foram realizadas cinco oficinas: OFICINA DE PLANEJAMENTO ESTRATGICO (29 e 30 de junho de 2009), I OFICINA DE DISCUSSO DO NOVO MODELO CURRICULAR (28 e 29 de agosto), I OFICINA DE CONSTRUO DE ESTRATGIAS FRENTE AO ATUAL CURRCULO DO CURSO MDICO NFASE NO INTERNATO (25 e 26 de setembro), II OFICINA DE CONSTRUO DO NOVO MODELO CURRICULAR (29 e 30 de outubro), III OFICINA DE CONSTRUO DE ESTRATGIAS FRENTE AO ATUAL CURRCULO DO CURSO MDICO - NFASE NA ETAPA PR-INTERNATO (4 e 5 de dezembro).

Em maio de 2010, novamente com recursos internos, as oficinas reiniciaram, at junho de 2010 ocorreram a seguintes oficinas: IV OFICINA DE CONSTRUO DO NOVO MODELO CURRICULAR (abril de 2010), OFICINA SOBRE

ESTRATGIAS PROBLEMATIZADORAS DE ENSINO (maio de 2010), V OFICINA DE CONSTRUO DO NOVO MODELO CURRICULAR (junho de 2010), estas, tero continuidade nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2010 com os seguintes temas: OFICINA SOBRE ESTRATGIAS

PROBLEMATIZADORAS DE ENSINO (agosto de 2010); OFICINA SOBRE PRTICAS DE AVALIAO DA APRENDIZAGEM (setembro de 2010); OFICINA SOBRE A ARTICULAO UNIVERSIDADE SERVIO (outubro de 2010); OFICINA GESTORES DO CURSO MDICO COMO EQUIPE (novembro de 2010); e SEMINRIO CURSO DE MEDICINA DA UFPA: desafios e perspectivas (dezembro de 2010). Este programa dever ter continuidade anualmente, de modo a favorecer a implantao, o desenvolvimento e a avaliao das estratgias pedaggicas implementadas.

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Vale destacar que durante o perodo entre as diversas oficinas realizadas, ocorreram reunies com docentes das diferentes atividades curriculares para socializao e aprofundamento das discusses de acordo como segue (Quadro 3):

QUADRO 3- DEMONSTRATIVO DE PRESENAS DA COMUNIDADE ACADMICA DA FAMED EM REUNIES E EVENTOS INTERNOS EM 2010. PARTICIPANTES (1) / EVENTO (2) REUNIO DATA FAMEDDocente Discente NDE* NDE e Servio de Dermatologia (1) NDE e Funcionrios da FAMED /ICB** / HOSPITAIS UNIVERSITRIOS e UNIFESP (6 Oficina - Construo do novo PPC***) (2) Servio de Dermatologia(1) (1)

OUTROS 21 (Func.) 04 (ICB) 01 (UNIFESP) 01 (HU) 01 (UNIFESP) 12 (ICB) 01 (UNIFESP) 01 (Pr-Reitor) 01 (Direo ICS) 21 (Func.)

TOTAL 06 24 30 06 12 49 11 05 05 11 22 61 11 23 16

15/03 31/03 26 e 27/06 15/05 19/05 01 e 02/06 15/06 15/06 16/06(1)

05 02 16 06 09 38 09 02 05 09 10 35 09 21 01

-

01 01

FAMED (1)

05 04 08 08 10

04 03 05 02 03 02 04 05 03 02 03

NDE e Docentes de Semiologia, Med. Geral do Adulto FAMED /ICB / HOSPITAIS UNIVERSITRIOS e UNIFESP (7 Oficina Enfoques problematizadores) (2) NDE e Disciplina de Sade da Mulher (Ginecologia) (1) NDE e Disciplina MGA II (Ortopedia) (1) Servio de Dermatologia (1) NDE e Disciplina de Sade da Criana (Pediatria)(1)

23/06 06/07 09 e 10/08

FAMED (Construo do PPC - Internato) FAMED /ICB / HOSPITAIS UNIVERSITRIOS e UNIFESP (8 Oficina - Construo do novo PPC) (2) NE e Disciplina MGA I (Urologia, Pneumologia, etc)(1) (1)

29/09 30/09 09/10

NDE e Preceptores do HUJBB**** (Preceptoria) FAMED e PROEX***** (Dilogo com a Pr-Reitoria) (1)

FAMED (Avaliao da aprendizagem) (1) NE e Funcionrios da FAMED (1)* Ncleo Docente Estruturante. ** Instituto de Cincias Biolgicas. *** Projeto Pedaggico do Curso. **** Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto. ***** Pr-Reitoria de Extenso.

12/11 19/11

13 01

-

04 02

17 24

Fundamental ressaltar que do ms de janeiro de 2009 dezembro de 2010 foram realizadas reunies de planejamento das diferentes atividades curriculares que compem o percurso acadmico (Quadro 4):

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QUADRO 4 - DEMONSTRATIVO DE PRESENAS DOS DOCENTES EM REUNIES DE PLANEJAMENTO ACADMICO NOS ANOS DE 2009 E 2010. PARTICIPANTES REUNIO DATA FAMEDFAMED e PROEG FAMED e PROEG FAMED e PROEG NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED NDE e Docentes da FAMED 17/02/09 18/02/09 19/02/09 06/08/09 07/08/09 10/08/09 11/08/09 12/08/09 17/08/09 24 e 25/02/10 09 e 10/08/10 Docente Discente NDE* 19 04 28 11 26 06 07 31 14 12 19 47 03 04 03 03 02 03 01 02 01 05 OUTROS 05 02 05 02 TOTAL 28 33 20 29 09 09 34 17 14 20 52

5.1.2. Reformulao e aprovao do novo Projeto Pedaggico.

O novo Projeto Pedaggico do Curso, ser submetido ao Conselho da Faculdade de Medicina Congregao do Instituto de Cincias da Sade e posteriormente encaminhado ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso, para implementao em agosto de 2010, aos alunos ingressantes.

5.3. IMPLEMENTAO DA NOVA PROPOSTA E EXTINO PROGRESSIVA DO ATUAL CURRCULO. Gradativamente o Projeto Pedaggico (PP) aprovado em 2002 ser substitudo pelo atual, entretanto, compromisso da FAMED, beneficiar os alunos remanescentes deste PP, investindo em interdisciplinaridade; metodologias mais ativas de ensino e aprendizagem, com a incorporao de casos motivadores e de enfoques problematizadores, de forma a propiciar momentos mais significativos de aprendizagem; em cenrios de ensino aprendizagem construdos e estruturados como: prticas no laboratrio de habilidades mdicas e laboratrio morfofuncional; insero nos trs nveis de ateno sade e com a reformulao do internato.

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5.4. AMPLIAO DE CENRIOS DE APRENDIZADO

A Direo da Faculdade tem trabalhado incessantemente, buscando a insero dos discentes nos trs nveis de ateno sade. Os acordos tm avanado especialmente com a rede de ateno primria sade do municpio de Belm. Com relao a estas atividades, em abril de 2009, a Direo da Faculdade encaminhou, Secretaria Municipal de Sade, um Plano de Trabalho para incluso de vrias atividades curriculares em Unidades de Sade da Famlia, Unidades Bsicas de Sade e Urgncia e Emergncia do municpio. Objetivando estabelecer estratgias para efetivao da integrao do ensino na rede de assistncia sade e definio dos Distritos Sanitrios para atuao da FAMED e das demais Faculdades do ICS (Distrito DAGUA E DASAC), no dia 23 de setembro de 2009 realizou-se uma Mesa-Redonda sobre o tema "Integrao ensino servio na ateno primria". Este evento contou com a participao de 68 profissionais da rea da sade (Secretrio Municipal de Sade, grupo de profissionais que compe a Diretoria de Ateno Primria do municpio, Pr-Reitor de Extenso da Universidade Federal do Par, Diretora do Instituto de Cincias da Sade (ICS), Presidente do Sindicato dos Mdicos do Estado do Par, Diretores das Faculdades do Instituto de Cincias da Sade (Farmcia, Nutrio e Enfermagem), docentes, alunos, Coordenadores do PET Sade e Coordenadora do PR Sade da Universidade Federal do Par. Nos dias 11 e 12 de novembro de 2009, a Direo da Faculdade participou do Seminrio de multiplicadores para implantao das CIES (Comisses de Integrao Ensino-Servio), garantindo vaga para representante titular e suplente da UFPA na Comisso de Integrao Ensino-Servio do Estado do Par. Nos dias 19 e 20 de novembro, o Prof Joo Jos Neves Marins e Prof Armando Cypriano Pires ministraram duas oficinas (81 e 70 participantes respectivamente) com os temas Transformaes na Educao Mdica e Formao e Ateno Bsica. As duas oficinas contriburam para fomentar a discusso e realizar uma capacitao de todos para construo do novo modelo

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pedaggico da faculdade que vem sendo realizado com a presena de diversos profissionais atravs das trocas de experincias e da pactuao de estratgias. Houve ampliao das aes no Programa de Educao pelo Trabalho para a Sade (PET-Sade) do municpio de Belm e aprovao da proposta contemplando aes no municpio de Ananindeua (Edital n 18, de 16 de setembro de 2009). Considera-se de igual relevncia o incio do 2 Curso de Especializao em Pediatria, as atividades de superviso nos Programas de Residncia Mdica dos Hospitais de Ensino, pelos docentes do Curso e a oferta de Residncia Mdica em Medicina da Famlia e Comunidade (dez vagas ofertadas, distribudas em nmeros similares para a capital e para o interior do Estado). Com relao ateno secundria sade, j est ocorrendo, a ampliao de outros servios da Faculdade de Medicina, tais como Dermatologia, especialidades peditricas, ortopedia, alm daquelas j existentes (psiquiatria, otorrinolaringologia, oftalmologia, alergia e cirurgia), inclusive com a edificao de um prdio anexo ao HU Bettina Ferro e Souza com recursos internos, definidos pela Reitoria. As obras iniciaram em maio de 2010 e devero estar concludas no ano de 2011. No HU Joo de Barros Barreto j est pactuada a otimizao dos espaos existentes, melhoria da infraestrutura ampliao do servio de cardiovascular, reumatologia, neurologia, que se somaro aos servios de clnica mdica, infectologia, cirurgia, anatomia patolgica, urologia, nefrologia, endcrino e oncologia que l esto.

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6. CARACTERSTICAS GERAIS DO CURSO.

Local: Belm. Forma de ingresso: processo seletivo anual. Nmero de vagas: 150. Turno de funcionamento: Integral Modalidade de oferta: presencial. Ttulo conferido: Bacharel em Medicina. Durao: seis anos (mnimo), nove anos (mximo). Carga horria: 8.960 h. Perodo letivo: extensivo. Regime acadmico: seriado. Formas de oferta de atividades: paralela. Atos normativos do curso:

Resoluo de criao: Federalizada pela Lei 1049 de 03.01.1950. Atos de reconhecimento e renovao: Portaria N 3856 de 10 de novembro de 2005 do Ministrio da Educao e Cultura (MEC). Projeto Pedaggico do Curso (PPC): Res. 2986 de 29/10/2002.

6.1. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

A gesto do Curso de Medicina realizada por um ncleo docente estruturante (NDE), responsvel pela formulao do projeto pedaggico do curso, sua implementao e desenvolvimento, composto por docentes com titulao em nvel de ps-graduao stricto sensu; contratados em regime de tempo integral ou dedicao exclusiva e com experincia docente. O Diretor e o Vice Diretor da Faculdade so docentes efetivos, eleitos em conformidade com a legislao pertinente e o Regimento Geral da Universidade Federal do Par. O NDE est constitudo pelos docentes coordenadores dos diferentes eixos de formao. O mandato de cada docente de dois anos, sendo eleito entre seus pares.

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6.2. DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO

O Projeto Pedaggico do Curso de Graduao de Medicina da UFPA foi elaborado, considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resoluo CNE/CES N 4/2001), que prev: Como competncias e habilidades do mdico a ser formado: a ateno sade, a tomada de decises, a comunicao, a liderana, a administrao e gerenciamento e a educao permanente; Que os contedos essenciais devem estar relacionados com o processo de sade-doena do cidado, da famlia e da comunidade, integrando com a realidade epidemiolgica e profissional; Que o estgio curricular obrigatrio de treinamento em servio incluir necessariamente aspectos essenciais nas reas de Clnica Mdica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrcia, Pediatria e Sade Coletiva, devendo incluir

atividades no primeiro, segundo e terceiro nveis de ateno em cada rea. Estas atividades devem ser eminentemente prticas e sua carga horria terica no poder exceder a 20% do total dos estgios; As avaliaes dos alunos devero basear-se no conhecimento, habilidades e atitudes; Que se adotem metodologias e critrios para acompanhamento e avaliao do processo de ensino-aprendizagem e do prprio curso, em consonncia com o sistema de avaliao e a dinmica curricular definidos pela Instituio de Ensino Superior (IES) a qual pertence.

6.3. FUNDAMENTOS NORTEADORES DO CURSO O novo Projeto Pedaggico do Curso, a ser implantado em agosto de 2010, assume os seguintes princpios norteadores: Insero do aluno em cenrios de prtica desde o incio da graduao; Integrao bsico-clnico; Interdisciplinaridade;

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Articulao com a rede de ateno bsica integralidade e intersetorialidade; Trabalho em equipe; Articulao ensino-pesquisa-extenso; Avaliao formativa; Mudanas de posturas de professores e alunos; Metodologias mais ativas de ensino e aprendizagem; Problematizao do ensino; Avaliao contnua durante todo o processo; e, Desenvolvimento docente.

6.4. OBJETIVOS DO CURSO Preparar o profissional mdico qualificado para o trabalho de assistncia ao binmio sade/doena, integrado de modo eficaz na fora de trabalho social, colaborando para o desenvolvimento da Regio Amaznica; Prestar adequado atendimento ao homem na sade e na doena, colaborando para a melhoria das condies de sade e bem-estar individual e coletivo; Propiciar ao aluno condies para uso do prprio raciocnio, para que ocorra o desenvolvimento das habilidades cognitivas e no a simples aquisio de conhecimentos; Aumentar a produtividade do sistema formador para o setor da sade, melhorando as condies de ensino e aprendizagem mediante o

desenvolvimento docentes e profissionais dos servios de ateno sade; Valorizar o trabalho da equipe de sade, visando integralidade da ateno e o cuidado em sade, em todos os nveis de ateno sade.

6.5. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO.

O Curso de Graduao em Medicina tem como perfil do formando egresso/profissional o mdico, com formao geral, humanista, crtica e reflexiva, competente, capaz de atuar pautado em princpios ticos no processo de sadedoena em seus diferentes nveis de ateno, com aes de promoo, preveno,

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recuperao e reabilitao sade, na perspectiva da integralidade da assistncia, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da sade integral do ser humano.

6.6. COMPETNCIAS GERAIS

Ateno sade: aptido para desenvolver aes de preveno, promoo,

proteo e reabilitao da sade, tanto em nvel individual quanto coletivo, assegurando que sua prtica seja realizada de forma integrada e contnua com as demais instncias do sistema de sade, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar solues para os mesmos. Realizar seus servios dentro dos mais altos padres de qualidade e dos princpios da tica/biotica, tendo em conta que a responsabilidade da ateno sade no se encerra com o ato tcnico, mas sim, com a resoluo do problema de sade, tanto em nvel individual como coletivo; Tomada de decises: capacidade de tomar decises visando o uso

apropriado, eficcia e custo-efetividade, da fora de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de prticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competncias (conhecimentos, habilidades e atitudes) para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidncias cientficas; Comunicao: ser acessveis e manter a confidencialidade das informaes

a eles confiadas, na interao com outros profissionais de sade e o pblico em geral. A comunicao envolve comunicao verbal, no-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domnio de, pelo menos, uma lngua estrangeira, e de tecnologias de comunicao e informao; Liderana: no trabalho em equipe multiprofissional, devero estar aptos a

assumir posies de liderana, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderana envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decises, comunicao e gerenciamento de forma efetiva e eficaz; Administrao e gerenciamento: estar aptos a tomar iniciativas, fazer o

gerenciamento e administrao tanto da fora de trabalho quanto dos recursos

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fsicos e materiais e de informao, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranas na equipe de sade; Educao permanente: ser capazes de aprender continuamente, tanto na

sua formao, quanto na sua prtica. Desta forma, os profissionais de sade devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educao e o treinamento/estgios das futuras geraes de profissionais, mas proporcionando condies para que haja benefcio mtuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos servios, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadmico/profissional, a formao e a cooperao por meio de redes nacionais e internacionais. 6.7. COMPETNCIAS ESPECFICAS Promover estilos de vida saudveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto s de sua comunidade, atuando como agente de transformao social; Atuar em diferentes nveis de atendimento sade, com nfase nos atendimentos primrios e secundrios; Comunicar-se adequadamente com os colegas de trabalho, os pacientes e seus familiares; Informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relao promoo da sade, preveno, tratamento e reabilitao das doenas, usando tcnicas apropriadas de comunicao; Realizar com proficincia a anamnese e a conseqente construo da histria clnica, bem como dominar a arte e a tcnica do exame fsico; Dominar os conhecimentos cientficos bsicos da natureza

biopsicosocioambiental subjacentes prtica mdica e ter raciocnio crtico na interpretao dos dados, na identificao da natureza dos problemas da prtica mdica e na sua resoluo; Diagnosticar e tratar corretamente as principais doenas do ser humano em todas as fases do ciclo biolgico, tendo como critrios a prevalncia e o potencial mrbido das doenas, bem como a eficcia da ao mdica;

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Reconhecer suas limitaes e encaminhar, adequadamente, pacientes portadores de problemas que fujam ao alcance da sua formao geral; Aperfeioar o uso dos recursos propeduticos, valorizando o mtodo clnico em todos seus aspectos; Exercer a medicina utilizando procedimentos diagnsticos e teraputicos com base em evidncias cientficas; Utilizar adequadamente recursos semiolgicos e teraputicos, validados cientificamente, contemporneos, hierarquizados para ateno integral sade, no primeiro, segundo e terceiro nveis de ateno;

Reconhecer a sade como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistncia entendida como conjunto articulado e contnuo de aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema;

Atuar na proteo e na promoo da sade e na preveno de doenas, bem como no tratamento e reabilitao dos problemas de sade e

acompanhamento do processo de morte; Realizar procedimentos clnicos e cirrgicos indispensveis para o

atendimento ambulatorial e para o atendimento inicial das urgncias e emergncias em todas as fases do ciclo biolgico; Conhecer os princpios da metodologia cientfica, possibilitando-lhe a leitura crtica de artigos tcnico-cientficos e a participao na produo de conhecimentos; Lidar criticamente com a dinmica do mercado de trabalho e com as polticas de sade; Atuar no sistema hierarquizado de sade, obedecendo aos princpios tcnicos e ticos de referncia e contra-referncia; Cuidar da prpria sade fsica e mental e buscar seu bem-estar como cidado e como mdico; Considerar a relao custo-benefcio nas decises mdicas, levando em conta as reais necessidades da populao; Ter viso do papel social do mdico e disposio para atuar em atividades de poltica e de planejamento em sade; Atuar em equipe multiprofissional;

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Manter-se atualizado com a legislao pertinente sade.

6.8. OBJETIVOS POR ANO DO CURRCULO 1 ANO Conhecimentos: Conhecer e analisar de forma crtica e construtiva os cenrios de ensinoaprendizagem; Conhecer e analisar de maneira crtica e construtiva os cenrios de prtica do mdico; Adquirir e aplicar os conhecimentos das cincias bsicas na compreenso do funcionamento corpo humano; Conhecer procedimentos de suporte bsico de vida; Discutir as relaes entre sociedade, sade e medicina, utilizando conceitos das cincias sociais, com enfoque na famlia, sob a perspectiva do modelo de ateno pautado na vigilncia sade; Conhecer o sistema de sade brasileiro, em especial do Estado do Par; Identificar problemas de sade da populao identificando grupos de risco; Identificar e descrever os aspectos bio-psico-sociais envolvidos no processo sade-doena; Identificar e descrever os aspectos legais e ticos envolvidos na prtica profissional do mdico. Propiciar aproximao e insero do aluno em atividades de iniciao cientfica. Atitudes: Iniciar o desenvolvimento de posturas ticas para trabalho em equipe, relacionamento interpessoal e relao mdico-paciente; Integrar-se ao ambiente interno e externo Universidade, procurando compreender e relacionar-se com ele; Reconhecer e avaliar o significado do contato fsico (toque) com uma complementaridade da comunicao humana; Iniciar o desenvolvimento de postura humanizada como pessoa e profissional.

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Habilidades: Iniciar o desenvolvimento de habilidades necessrias para a atividade profissional; Desenvolver aes de sade em Unidades Bsicas de Sade; Iniciar o desenvolvimento de habilidades para a educao continuada e autodirigida, auto avaliao, e raciocnio cientfico, crtico e clnico; Buscar e manusear adequadamente as informaes em diferentes meios (biblioteca, Internet, computao, etc.). Desenvolver a capacidade de autopercepo e reconhecimento de atitudes adequadas e inadequadas frente ao outro, em diferentes situaes; Desenvolver a capacidade de observar e ouvir; Iniciar o reconhecimento dos fenmenos psicolgicos relacionados infncia, adolescncia, idade adulta e velhice; Reconhecer o outro (usurios, comunidade e equipe), como parte fundamental para a realizao do trabalho mdico; Desenvolver a capacidade de formular perguntas abertas, de comunicao simples. 2 ANO Conhecimentos: Adquirir e aplicar conhecimentos das cincias bsicas na compreenso do funcionamento do corpo humano; Adquirir conhecimentos para realizar anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos (macro e microscpicos); Identificar e descrever os aspectos bio-psico-sociais envolvidos no processo sade-doena; Identificar e descrever os aspectos legais e ticos envolvidos na prtica profissional do mdico. Adquirir conhecimentos de bioestatstica, desenvolvimento de pesquisa quantitativa e qualitativa, e princpios de medicina baseada em evidncias.

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Atitudes: Desenvolver atitudes ticas para trabalho em equipe, relacionamento interpessoal e na relao mdico-paciente; Desenvolver atitudes de responsabilidade em relao a si mesmo, aos seus colegas, universidade, comunidade e ao Hospital Universitrio; Assumir responsabilidade pelo desempenho pessoal; Desenvolver capacidade de lidar com as diferenas; Assumir postura humanizada como pessoa e profissional. Habilidades: Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar a anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos (macro e microscpicos); Desenvolver aes de ateno sade em programas de vigilncia sade; Desenvolver aes de ateno sade da mulher em programas de pr-natal e puerprio; Desenvolver aes de ateno sade do adulto em programas de acompanhamento de hipertenso arterial e diabetes; Desenvolver habilidades para a educao continuada e autodirigida, autoavaliao, e raciocnio cientfico, crtico e clnico; Utilizar adequadamente as habilidades para discusso em grupo; Realizar entrevista com a comunidade, pacientes da rede bsica e hospitais; Buscar e manusear adequadamente as informaes em diferentes meios, incluindo pronturios, registros de produo, notificaes, etc; Desenvolver a capacidade de lidar com emoes e impulsos; e de perceber sentimentos e necessidades e de preocupar-se com os demais; Antever, reconhecer e satisfazer as necessidades do outro (colega, professor, paciente e familiares) dentro de critrios ticos e crtico-analticos; Desenvolver a relao mdico-paciente; Desenvolver a percepo poltica sobre o sistema de sade nas relaes sociais; Desenvolver aptides sociais tais como: formao de vnculos, comunicao, colaborao e cooperao, capacidade de trabalho em equipe.

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3 ANO Conhecimentos: Adquirir conhecimento e compreenso da evoluo bio-psico-social do ser humano, da concepo morte, e dos fatores genticos e ambientais determinantes da sade e da doena. Em relao s doenas prevalentes nos diversos ciclos de vida: Apresentar conhecimentos dos quadros clnicos tpicos e de suas variantes; Realizar diagnstico diferencial e identificar as etiologias implicadas; Solicitar e interpretar exames complementares (laboratoriais, de imagem e morfopatolgicos) necessrios definio do diagnstico, de maneira racional e crtica, utilizando evidncias cientficas e considerando a relao custobenefcio; Propor medidas preventivas e de promoo da sade, de maneira racional e crtica, utilizando evidncias cientficas e considerando a relao custobenefcio. Atitudes: Assumir atitudes ticas para trabalho em equipe, relacionamento interpessoal e relao mdico-paciente; Assumir condutas clnicas baseadas em evidncias cientficas; Desenvolver atitudes facilitadoras da comunicao frente aos diversos padres de comportamento dos pacientes; Responsabilizar-se com a orientao/educao em sade de pacientes, famlias e comunidade; Desenvolver postura humanizada como pessoa e profissional. Habilidades: Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia, necessrios ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico; Desenvolver habilidades necessrias para lidar adequadamente com indivduos enfermos, graves, terminais, deficientes e seus familiares e com a morte;

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Realizar atendimento atravs do programa de ateno integral sade da criana e do adolescente e dos programas de pr-natal, ateno sade do adulto e do idoso, visando definio de diagnstico;

Desenvolver dilogo claro e coerente considerando aspectos scio-culturais do paciente e da famlia; Compreender seu papel e lugar na relao com o paciente-famlia equipe e comunidade; Desenvolver capacidade de trabalho em equipe e de liderana; Desenvolver habilidades para educao continuada e autodirigida, autoavaliao e raciocnio cientfico, crtico e clnico; Reconhecer e avaliar as prprias emoes diante da morte e do envelhecimento; diante de portadores de doenas graves, crnicas e incurveis e diante de portadores de deficincia mental, fsica, visual, auditiva e (ou) mltipla;

Desenvolver a autoconfiana e a capacidade de tomar iniciativa diante de situaes imprevisveis e sob presso. 4 ANO Conhecimentos:

Desenvolver e aplicar os conhecimentos necessrios para o tratamento das doenas prevalentes com resoluo em nvel primrio e secundrio de ateno sade, considerando as caractersticas bio-psico-sociais dos indivduos nos diferentes ciclos de vida e os fatores que influenciam e modificam a resposta teraputica;

Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de medicina interna e farmacologia-clnica na prescrio medicamentosa; Indicar terapias complementares e no convencionais respeitando critrios legais e ticos; Identificar a necessidade de tratamento cirrgico; Realizar procedimentos de suportes e avanados de vida e pequenas cirurgias ambulatoriais;

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Iniciar

a

prtica

do

atendimento

global

e

acompanhamento

do

politraumatizado e das emergncias clnico-cirrgicas na criana, adulto e idoso; Realizar o atendimento parturiente; Definir a indicao de teraputica de suporte/medicina paliativa. Atitudes: Desenvolver atitudes necessrias para a atividade profissional; Desenvolver atitudes ticas para trabalho em equipe, relacionamento interpessoal e relao mdico-paciente; Compreender seu papel e lugar como mdico na relao com o pacientefamlia equipe - comunidade; Utilizar critrios racionais e crticos baseados em evidncias cientficas considerando a relao custo-benefcio frente deciso teraputica; Assumir condutas clnicas baseadas em evidncias cientficas; Desenvolver postura humanizada como pessoa e profissional. Habilidades: Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia, necessrios ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico, visando a definio do diagnstico e tratamento; Prestar assistncia integral aos usurios das unidades de ateno primria e secundria integrantes do sistema de sade, nos diversos ciclos de vida; Desenvolver capacidade de trabalho em equipe e de liderana; Desenvolver habilidades necessrias para lidar adequadamente com indivduos enfermos, graves, terminais, deficientes e seus familiares e com a morte; Desenvolver dilogo claro e coerente levando em conta os aspectos socioculturais do paciente e sua famlia; Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar intervenes clnicas e cirrgicas de urgncia e emergncia; Desenvolver habilidades para educao continuada e autodirigida, autoavaliao e raciocnio cientfico

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ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO Objetivos do internato de medicina a) Gerais: Formar o mdico com viso geral e integral do binmio sade-doena. Formar profissionais competentes, compromissados e ticos. Formar profissionais proativos e que tenham capacidade de resolutividade frente aos agravos da comunidade.

b) Especficos 5. Ano: Possibilitar a prtica mdica com as interfaces de outras reas da sade, compreendendo os nveis hierrquicos, com forte insero no aprendizado em urgncia e a emergncia; Incentivar o desenvolvimento do contedo terico, preferencialmente com mtodos ativos de aprendizagem em at 20% da carga horria total do mdulo; Avaliar a aquisio de competncias (conhecimentos, habilidades e atitudes) necessrias graduao profissional. 6. Ano: Possibilitar o aprendizado na prtica mdica em nveis crescentes de complexidade, estabelecendo conexes na rede de assistncia sade municipal, estadual e regional; Incentivar o desenvolvimento do contedo terico, preferencialmente com mtodos ativos de aprendizagem em at 20% da carga horria total do mdulo; Avaliar a aquisio de (conhecimentos, habilidades e atitudes) necessrias graduao profissional.

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7. ORGANIZAO CURRICULAR DO CURSO

7.1. CONSIDERAES INICIAIS O novo projeto rompe com a disposio disciplinar clssica dos contedos a serem aprendidos e apreendidos pelos estudantes, organiza-se em eixos com mdulos interdisciplinares, prioriza a construo ativa do conhecimento pelo futuro mdico e prope uma completa reestruturao do Internato. Delineando uma nova trajetria para os estudantes, partiu-se do princpio de Eixo como um caminho a ser percorrido pelo aluno de medicina do primeiro ao ltimo dia do curso, com um objetivo pr-estabelecido. Assim os Eixos longitudinais do novo modelo curricular dos oito primeiros semestres so: 1 Eixo de Ateno Integral Sade do Indivduo, Famlia e Comunidade; 2 Eixo Terico Prtico Integrado; 3 Eixo de Habilidades Mdicas; 4 Eixo de Formao Cientfica.

Figura 2. EIXOS FORMATIVOS DO PROJETO PEDAGGICO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPA.

A figura 3 mostra o detalhamento dos contedos curriculares dos Eixos longitudinais nos oito semestres letivos que antecedem o Internato.

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Figura 3. CONTEDOS DOS EIXOS LONGITUDINAIS DO PROJETO PEDAGGICO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPA.

Na construo do eixo longitudinal de Ateno Integral Sade pretende-se efetivar a insero precoce dos estudantes nos programas de ateno primria sade em todos os semestres previstos, transformando a atuao de observador para participante das aes de sade individual e coletiva, de gesto e educao em sade, de acordo com a complexidade e o grau de autonomia no desenvolvimento do curso. Na construo do eixo longitudinal de Habilidades Mdicas pretende-se aproximao s prticas mdicas de acordo com a complexidade e o grau de autonomia no desenvolvimento do curso. Na construo do eixo longitudinal de Formao Cientfica dos Estudantes, prope-se a progresso com iniciao ao estudo cientfico, leitura e anlise de pesquisas mdicas, Medicina Baseada em Evidncias, at a elaborao do TCC. O Eixo Terico Prtico Integrado foi construdo na lgica dos sistemas orgnicos e distribudo em trs momentos no decorrer do currculo:

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1. 2. 3.

Bases Morfo-Funcionais, celulares e moleculares da Medicina; Semiologia Mdica; Fisio-antomopatologia, clnica, diagnstico e tratamento das

doenas prevalentes;

Assim, os sistemas orgnicos sero discutidos em cada um destes momentos que se entrecruzam, conforme o esquema abaixo:

Figura 4. ESQUEMA DOS SISTEMAS ORGNICOS DOS EIXOS LONGITUDINAIS DO PROJETO PEDAGGICO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPA.

A proposta curricular dos Eixos longitudinais por semestres do Curso Mdico esto descritas nos quadros 5 e 6.

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QUADRO 5 - PROPOSTA CURRICULAR DOS EIXOS LONGITUDINAIS POR SEMESTRE DO CURSO MDICO.

PRIMEIRO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Conhecer e discutir as prticas mdicas: PSF, UMS, PS, CAPS, hospitais (enfermaria, ambulatrios, centro cirrgico, UTI). Introduzir conhecimentos e prticas de biossegurana; Suporte Bsico de vida Treinamento de habilidades (suporte bsico de vida no adulto e na criana e primeiros socorros)

SEGUNDO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Relaes humanas, tcnicas de abordagem e entrevistas, tcnicas de comunicao e relacionamento interpessoal. Introduo s tcnicas bsicas: administrao de injetveis, puno venosa perifrica, manuteno de acessos venosos, clculo de velocidade de infuso, tcnica de coleta e armazenamento de materiais biolgicos para laboratrio, tcnica de realizao de curativos, medio de sinais vitais (presso arterial, pulsos, temperatura, freqncia respiratria), atendimento prhospitalar do trauma.

TERCEIRO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Relaes humanas, tcnicas de abordagem e entrevistas, tcnicas de comunicao e relacionamento interpessoal. Desenvolver psicomotoras anamnese. habilidades realizar

QUARTO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Bases da tcnica cirrgica e cirurgia experimental desenvolver habilidades psicomotoras para realizar intervenes cirrgicas Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia necessrias ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico Conhecer e desenvolver habilidades para solicitao e interpretao de exames complementares (laboratoriais, de imagem e morfopatolgicos) necessrios definio do diagnstico de maneira racional e crtica EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Sistema reprodutor (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas, agentes de agresso e mecanismos de defesa) Sistema digestrio (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas, agentes de agresso e mecanismos de defesa) Processos patolgicos bsicos Fundamentos de Oncologia

para

EIXO TERICO PRTICO INTEGRADO Molculas, clulas, gnese e nveis de organizao (gentica, biologia celular e molecular, bioqumica, biofsica, histologia, biologia do desenvolvimento (embriologia), farmacologia e anatomia) Sistema hematopoitico (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas, farmacolgicas, agentes de agresso e mecanismos de defesa Processos gerais de agresso e defesa

EIXO TERICO PRTICO INTEGRADO Sistema neuro-sensorial (gentica, biologia celular e molecular, bioqumica, biofsica, histologia, biologia do desenolvimento (embriologia), farmacologia e anatomia) Sistema endcrino (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas, agentes de agresso e mecanismos de defesa)

EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Sistema cardio-vascular (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas) Sistema respiratrio (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas, Agentes de agresso e mecanismos de defesa Sistema urinrio (anatomia, histologia, bases bioqumicas, fisiolgicas e farmacolgicas, agentes de agresso e mecanismos de defesa)

Casos motivadores AIS I Conceito de sade ampliado; Integralidade do indivduo; Ateno sade em nveis de complexidade; Processo sade-doena no contexto das condies de vida da comunidade;

Casos motivadores AIS II Sociedade e Trabalho; Integralidade da sade sob a tica dos princpios e diretrizes do SUS e da ESF; Indicadores de Sade, Qualidade de Vida e de Desenvolvimento Social; Poltica Nacional Humanizao. de

Casos Motivadores AIS III Interao Comunitria: visualizar e reconhecer os aspectos intervenientes no perfil epidemiolgico da comunidade, nas atividades realizadas quanto promoo e proteo da sade criana, da mulher, do adulto e do idoso.

Casos motivadores AIS IV Aspectos bio-psico-sociais envolvidos no processo sadedoena dos trabalhadores; Promoo, proteo, recuperao e reabilitao dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho RENAST

Aes de preveno e promoo sade da criana, adulto e idoso

Aes de preveno e promoo sade da criana, adulto e idoso FORMAO CIENTFICA

Aes de preveno e promoo sade da criana, adulto e idoso

Aes de preveno e promoo sade da criana, adulto e idoso. FORMAO CIENTFICA

FORMAO CIENTFICA

FORMAO CIENTFICA

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QUADRO 6 - PROPOSTA CURRICULAR DOS EIXOS LONGITUDINAIS POR SEMESTRE DO CURSO MDICO.QUINTO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Propeduticas especiais (cardiovascular e respiratrio) SEXTO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Propeduticas especiais (digestrio, hematopoitico e reprodutor) Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar a anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos. Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia, necessrios ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico, visando a definio do diagnstico e tratamento. STIMO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Propeduticas especiais (neurosensorial, locomotor e endcrino) Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar a anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos OITAVO SEMESTRE EIXO HABILIDADES MDICAS Propeduticas especiais (urinrio, tegumentar e ocular) Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar a anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia necessrias ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico, visando a definio do diagnstico e tratamento. Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar intervenes clnicas e cirrgicas de urgncia e emergncia. EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Ateno Sade do Sistema Ocular (FCDTDP)

Desenvolver habilidades psicomotoras para realizar a anamnese e exame fsico integrando os aspectos fisiopatolgicos e morfopatolgicos. Conhecer e desenvolver habilidades para solicitao e interpretao de exames complementares (laboratoriais, de imagem e morfopatolgicos) necessrios definio do diagnstico de maneira racional e crtica

Aplicar de forma integrada conhecimentos/habilidades de semiologia, fisiopatologia e patologia necessrias ao desenvolvimento do raciocnio cientfico, crtico e clnico, visando a definio do diagnstico e tratamento.

EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Gentica mdica Ateno Sade do Sistema Cardiovascular (fisioantomopatologia, clnica, diagnstico e tratamento de doenas prevalentes [FCDTDP] Ateno Sade do Sistema Respiratrio (FCDTDP)

EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Ateno Sade do Sistema Reprodutor (FCDTDP) Ateno Sade do Sistema Digestrio (FCDTDP)

EIXO TERICO-PRTICO INTEGRADO Ateno Sade do Sistema Endcrino (FCDTDP) Ateno Sade do Sistema Neurolgico (FCDTDP)

Ateno Sade do Sistema Tegumentar (FCDTDP) Ateno Sade do Sistema Urinrio (FCDTDP)

Ateno Sade do Sistema Hematopoitico (FCDTDP)

Ateno Sade do Sistema Locomotor (FCDTDP)

Casos motivadores ATENO INTEGRAL SADE DA CRIANA E DO ADOLESCENTE A famlia como enfoque da ateno sade da criana e do adolescente; A integralidade como princpio da ateno sade da criana e do adolescente; Estatuto da Criana e do Adolescente; Aes de preveno e promoo sade da criana e do adolescente. Sade mental FORMAO CIENTFICA

Casos motivadores ATENO INTEGRAL SADE DA MULHER Ateno Sade da Mulher em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etrias e dos distintos grupos populacionais.

Casos motivadores ATENO INTEGRAL SADE DO ADULTO O homem adulto na sociedade; Ateno sade do adulto focando aos principais programas, dentro de um conceito de integralidade, mudando o foco de ateno na doena para ateno global de sade, Aes de preveno e promoo sade da criana, adulto e idoso.

Casos motivadores ATENO INTEGRAL SADE DO IDOSO Ateno ao idoso portador de patologias crnicas. O idoso e a sexualidade. Promoo, preveno e recuperao da sade ou manuteno da qualidade de vida do idoso (atividade fsica, trabalho, lazer, etc. ). Estatuto do Idoso

Aes de preveno e promoo sade da mulher.

Sade mental FORMAO CIENTFICA

Sade mental FORMAO CIENTFICA

Sade mental FORMAO CIENTFICA

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7.2. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO Consequncia natural do currculo, estruturado nos eixos de formao, emerge o delineamento e valorao do desempenho final esperado do aluno concluinte, nos trs domnios: cognitivo, afetivo e psicomotor. Estes

condicionamentos gradativamente se revelam por integrao vertical e horizontal durante o processo de construo do conhecimento. A atividade de TCC ter a carga horria de 68h, entretanto, as orientaes para a elaborao do Trabalho de Concluso de Curso iniciam-se no primeiro semestre, no eixo de Formao Cientfica. Ao longo do curso, as atividades curriculares, deste eixo de formao, sero direcionadas para o auxlio do aluno na produo do trabalho cientfico. O Conselho da Faculdade de Medicina regulamentar, em resoluo prpria, as diversas formas de concepo, desenvolvimento e apresentao do TCC, bem como a organizao das defesas, o calendrio especfico, o evento prprio para as apresentaes pblicas, as formas e os instrumentos de avaliao, respeitando o disposto nos Art. 92 ao Art. 96 do Regulamento do Ensino de Graduao da UFPA. 7.3. ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO DE TREINAMENTO EM SERVIO. Do nono ao dcimo segundo semestres do Curso de Graduao em Medicina, os alunos passam pelo Estgio Curricular Obrigatrio (ECO) considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduao do Curso de Graduao de Medicina (Resoluo 4/2001), que prev: Como competncias e habilidades do mdico a ser formado a ateno sade, a tomada de decises, a comunicao, a liderana, a administrao e gerenciamento e a educao permanente; Que os contedos essenciais devem estar relacionados com o processo de sade-doena do cidado, da famlia e da comunidade, integrando com a realidade epidemiolgica e profissional; Que o estgio curricular obrigatrio de treinamento em servio incluir necessariamente aspectos essenciais nas reas de Clnica Mdica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrcia, Pediatria e Sade Coletiva, devendo incluir

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atividades no primeiro, segundo e terceiro nveis de ateno em cada rea. Estas atividades devem ser eminentemente prticas e sob orientao, com carga horria terica no excedendo 20% do total dos estgios; As avaliaes dos alunos devero basear-se nas competncias (habilidades, atitudes e contedos curriculares desenvolvidos); Que se adotem metodologias e critrios para acompanhamento e avaliao do processo de ensino-aprendizagem e do prprio curso, em consonncia com o sistema de avaliao e a dinmica curricular definidos pela IES a qual pertence. O Estgio Curricular Obrigatrio de Treinamento em Servio (ECOTS) ser operacionalizado com carga horria total de 3.520 horas, distribudas em 3.168 horas para rodzios nas reas de Clnica Mdica, Clnica Cirrgica, Pediatria, TocoGinecologia, Medicina de Famlia e Comunidade, Urgncia e Emergncia e Temas Especiais e 352 horas para os plantes. Tambm, ser ofertado o Internato Eletivo, com carga horria de 160 horas, esta carga horria, poder ser contabilizada como atividade complementar do currculo. Os dois anos correspondero a quatro (04) semestres, com incio no primeiro dia til dos meses de fevereiro e agosto, tendo os dois primeiros semestres correspondentes ao 5 ano e os dois ltimos semestres correspondentes ao 6 ano. A matrcula do aluno no ECO s poder ser efetuada aps a integralizao de todas as atividades curriculares do primeiro ao oitavo semestre, de acordo com o currculo vigente poca da admisso do aluno. O ECOTS ser realizado nas dependncias das Unidades da rede bsica de sade, dos Hospitais Universitrios e de ensino, bem como em instituies conveniadas, mediante aprovao do Conselho da Faculdade de Medicina, com superviso direta dos docentes do prprio curso atendendo s Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Medicina. Somente o Conselho da Faculdade de Medicina da UFPA poder autorizar a realizao do ECOTS fora da unidade federativa, em at no mximo 25% da carga horria total estabelecida para o ECO, na rea escolhida de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Medicina (CNE/CES 4/2001) e em Instituies Hospitalares Universitrias e servios do SUS que mantenham

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Programa de Residncia Mdica credenciada pela Comisso Nacional de Residncia Mdica e/ou outros programas de qualidade equivalente em nvel intelectual reconhecidos pelo MEC, em ateno distribuio equivalente das reas do internato por semestre no qual o aluno est matriculado. A Instituio a ser credenciada dever ser avaliada pela Coordenao Geral do Internato quanto ao atendimento das finalidades e equivalncias do Internato. A insero dos discentes nas Unidades de Ateno Primria Sade, dever ocorrer atravs da instituio de Convnio de Cooperao Tcnico Pedaggico com a Prefeitura Municipal de Sade do Municpio de Belm e outros convnios que a Instituio de Ensino Superior julgar convenientes, sempre com orientao de docentes e/ou preceptores dos servios, visando maior integrao ensino/servio. A mesma lgica, de orientao ser utilizada nos hospitais de ensino. Cerca de trezentos discentes so matriculados regularmente no Estagio Curricular Obrigatrio. Para que o ensino e aprendizagem ocorram adequadamente, relao mdia de um docente para cada seis ou sete alunos, dever ser preservada. O detalhamento do Estgio Curricular Obrigatrio ser normatizado pelo Conselho da Faculdade do Curso de Graduao em Medicina em Resoluo especfica. 7.4 ATIVIDADES COMPLEMENTARES O projeto pedaggico do Curso de Medicina contempla atividades complementares, que representam o conjunto de atividades acadmicas em que os alunos participam sem vnculo empregatcio, como em pesquisas, conferncias seminrios, palestras, congressos, debates e outras atividades cientficas, artsticas e culturais, escolhidas e desenvolvidas pelos discentes durante o perodo disponvel para integralizao curricular: - A carga horria das atividades complementares, totalizar um mnimo de 476 horas para efeito de integralizao curricular. - Sero ofertadas disciplinas optativas, com carga horria de 34 horas por semestre (2h/sem), carga horria esta, j inclusa na contabilidade das atividades complementares. As disciplinas ofertadas sero Libras, entre outras, de acordo com

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a necessidade de formao profissional do mdico. O discente far opo por apenas uma delas. - A Coordenao do Curso de Medicina definir os critrios para a validao das atividades complementares, bem como computar e registrar aquelas que forem validadas. 7.5. ARTICULAO DO ENSINO COM A PESQUISA E A EXTENSO A formao mdica exige permanente articulao do ensino com a pesquisa e a extenso especialmente em projetos que desenvolvam atividades integradas ao Sistema nico de Sade, no atendimento ao paciente, no desenvolvimento de pesquisas em sade ou na formao dos profissionais da rede pblica e dos discentes nela inseridos. Esta articulao busca garantir a interface entre a universidade, o sistema de sade e a populao, favorecendo a aprendizagem feita na prtica, suportada pela metodologia cientfica e integrada ao sistema prestador de servios. Tais projetos necessitam se caracterizar tambm como estratgia de educao continuada, funcionando como ncleos geradores de atividades, produtores de conhecimento e aglutinadores de recursos humanos. 7.5.1 Poltica de Pesquisa A pesquisa funo indissocivel da Universidade, voltada busca de novos conhecimentos, destinada ao cultivo da atitude cientfica indispensvel completa formao de nvel superior. O desenvolvimento da pesquisa dar-se- em todos os nveis, especialmente por meio da ps-graduao, em permanente interao com a graduao e a extenso. Para atingirmos esse intento, necessrio criar algumas estratgias essenciais, a fim de que o curso possa ser institudo e sustentado como base nesses trs pilares da formao acadmica. Tais estratgias devem ser amparadas nos seguintes pressupostos: a) Reconhecimento de que a formao acadmica no se restringe s

atividades curriculares desenvolvidas no ambiente das salas de aula, mas se estende aos espaos formais de pesquisa e de extenso universitria. b) Concepo de que professor, pesquisador e extensionista dizem

respeito a funes diferenciadas do docente, porm no dissociadas no tempo/espao.

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c)

Compreenso da extenso no somente como atividades de prestao

de servio, de ao comunitria ou como instrumento poltico-social, mas enquanto realidade permanente e inerente ao papel da universidade junto sociedade. Concebe-se, ento, que a associao contnua das atividades de ensino, pesquisa e extenso deve ser perseguida pelas unidades e subunidades acadmicas, sob pena de afetar todo processo educativo. A FAMED atravs deste projeto pedaggico almeja alcanar estes objetivos por meio do planejamento ordenado que envolva a criao do Programa de Extenso em Medicina (PEM) e do Programa de Pesquisa em Medicina (PPM). Salienta-se que, em primeiro momento, esses programas funcionaro apenas para fins de planejamento de atividades curriculares e no como atos normativos, uma vez que, as aes de Ensino, Pesquisa e Extenso j possuem seus respectivos marcos regulatrios no contexto da UFPA. Em acepo mais ampla, o PEM far o reconhecimento das aes desenvolvidas pelo PPM e delinear como essas aes podem ser articuladas junto coletividade. J o PPM debater junto aos pesquisadores de que forma os temas de investigao mdica podero servir como subsdio para as atividades de extenso. Esse processo tambm poder ocorrer em sentido inverso, ou seja, os pesquisadores podem demandar aes de extenso do PEM para subsidiar suas anlises, quando necessrio. O PEM e o PPM faro relatrios anuais ou semestrais dos projetos de pesquisa em execuo e apresentaro, em documento especfico, propostas de extenso universitria oriundas destes para divulgao e apreciao dos docentes. Os docentes, por sua vez, se encarregaro de delinear aes de extenso com base nos documentos do PEM e do PPM no exerccio da atividade curricular a qual se encontra responsvel, a exemplo de disciplinas, produo de trabalhos acadmicos, seminrios, estgios, orientao de TCC, prticas pr-profissionais, dentre outras. A partir de ento, os discentes participaro como executores finais dessas atividades. O diagrama a seguir tenta explanar de que forma esses programas podero colaborar para unificar, de forma sustentvel, as aes de ensino, pesquisa e extenso do Curso de Medicina do ICS da UFPA.

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Figura 5. DIAGRAMA DOS PROGRAMAS DE UNIFICAO DAS AES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSO DO CURSO DE MEDICINA DO ICS DA UFPA.

O trabalho de pesquisa , sem suspeita, um dos mais extraordinrios das instituies de ensino superior. A pesquisa cientfica objetiva, essencialmente, colaborar para o desenvolvimento da cincia humana em todos os domnios, sendo metodicamente delineada e efetuada segundo rgidos critrios de processamento do conhecimento. Nas ltimas dcadas, a cincia mdica tem procurado, cada vez mais, se apropriar de assuntos e elementos de averiguao que se aproximam da sociedade. O PPM como citado antes, se responsabilizar em nortear e auxiliar os pesquisadores antes e durante sua atividade de pesquisa, bem como operar na constante construo de eixos de referncia cientfica que atendam s necessidades loco regionais. O programa auxiliar na estruturao formal do projeto, na orientao para anlise do conselho, no agenciamento de bolsistas e colaboradores, no acompanhamento dos relatrios, no requerimento de bolsas de iniciao cientfica e no financiamento junto s instituies de fomento. Com isso, o desempenho do PPM beneficia uma maior participao dos docentes na pesquisa e extenso e, conseqentemente, inserem a graduao no processo de identificao desses eixos de referncia. Em sentido oposto, o programa prover ao ensino de graduao materiais, estratgias e mtodos para a abordagem de temas que envolvem a construo da prtica mdica profissional, assim como a reflexo cientfica acerca de problemas e situaes complexas.

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Os temas de investigao sero norteados pelas linhas de pesquisa consolidadas pelos docentes a partir de sua produo cientfica. Convm que tais linhas estejam inseridas no conjunto de eixos temticos propostos com base na realidade local e nas propostas de outros cursos atuantes.

QUADRO 7 DELINEAMENTO DAS REAS DE CONCENTRAO E LINHAS DE PESQUISA.REA DE CONCENTRAO Anatomia Patolgica Clnica Mdica Anatomia Patolgica Patologia da Nutrio Anatomia Patolgica Clnica Mdica Pediatria Ginecologia Polticas Pblica Pediatria Psicologia Mdica Nutrio Cardiologia Vascular Pneumologia LINHA DE PESQUISA Hepatopatias Crnicas Cncer Gstrico e Nutrio Patogenia das ArbovirosesAmaznicas Hepatopatias em Pacientes com Doenas Hematolgicas Cncer Ginecolgico e Vrus do Papiloma Humano (HPV) Desenvolvimento Infantil Infeces congnitas Aleitamento Materno Sade e Nutrio da Criana Cardiovascular Clnica e Experimental Micobactrias tuberculosas e no tuberculosas Micoses Pulmonares Asma DPOC, Bronquiectasias Doenas Sexualmente Transmissveis Doenas Infecciosas e Parasitrias Micoses Profundas Doenas Infecciosas e Parasitrias Doenas Provocadas por Animais Peonhentos Ictismo Preveno da Cegueira na Infncia Preveno de Dependncia Qumica Epidemiologia da Malria no Estado do Par. Ateno primria Metodologias de ensino e aprendizagem Educao em sade Avaliao do ensino e aprendizagem

Dermatologia Urologia Assistncia Integral Sade Ginecologia Proctologia Doenas Tropicais e Infecciosas Assistncia Integral Sade Oftalmologia Psiquiatria Sade Coletiva Bioestatstica Epidemiologia Educao Mdica

Vale destacar que, a partir da implantao deste currculo, as reas de concentrao e linhas de pesquisas podero ser ampliadas de acordo com demandas sociais e interesses do corpo acadmico.

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7.5.2 Poltica de extenso

A extenso processo educativo, cultural e cientfico, articulado ao ensino e pesquisa de forma indissocivel, que visa estabelecer uma relao da Universidade Federal do Par e a sociedade por meio de aes interdisciplinares da comunidade acadmica, objetivando a formao cidad, a produo e a socializao do conhecimento. Os programas e projetos de extenso so formalizados como: integrao docente-assistencial, internato rural, vivncias complementares, estgios, estgios de campo, atividade acadmica a distncia, entre outras, que sero desenvolvidas ao longo das atividades curriculares nos diferentes eixos de formao. Em cumprimento ao Regulamento da Graduao as atividades extensionistas devero ocupar no mnimo 10% da carga horria no Curso de Medicina, estas atividades fazem parte da formao do profissional mdico que busca a transformao da realidade social. No presente Projeto Pedaggico estas atividades tem presena marcante no Eixo Ateno Integral Sade do Indivduo, Famlia e Comunidade e no Estgio Curricular Obrigatrio.

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8. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS E PLANEJAMENTO DO TRABALHO DOCENTE

As Diretrizes Curriculares Nacionais sinalizam como um pilar fundamental inovaes no ensino em sade a assuno do estudante como sujeito de aprendizagem. Neste sentido, o novo currculo enfatizar as metodologias ativas de ensino-aprendizagem, delineando um percurso de formao ancorado na articulao teoria e prtica, na realidade como eixo estruturante e no investimento em cenrios de sade. Nos eixos longitudinais, a problematizao com vivencia da realidade, discusso e levantamento de hipteses para posterior busca da teoria ser a estratgia privilegiada. Neste contexto, as abordagens do processo didtico pedaggico, sero consolidadas via momentos de exposies orais e dialogadas, dinmicas de grupos para estudos de casos, anlises de casos controles, sesses de estudos individuais, seguidos de exerccios em sala de aula e prticas de campo, estudos dirigidos, seminrios para aprofundamentos temticos, visitas tcnicas orientadas, estudos orientados com apresentao e devoluo de tcnicas especficas, teleconferncias e alm de outras situaes didticas que possam enriquecer o processo de ensino e aprendizagem. No eixo longitudinal Terico Prtico Integrado, casos motivadores,

previamente elaborados pelos docentes sero discutidos mensalmente em grupos de 12 a 14 estudantes, buscando a aprendizagem significativa e a articulao teoriaprtica, bsico-clnico e preventivo-curativo.

8.1. O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR.

A DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR a atividade que faz a articulao dos eixos de formao. So situaes clnicas fundamentalmente relacionadas a determinadas estruturas e processos fisiolgicos - os objetivos fundamentais de aprendizagem vivenciados, e que abordam conceitos e conhecimentos

morfofuncionais, de semiologia, fisiopatologia e clnica, alm de aspectos psicolgicos, sociais, ticos e legais. Assim, partindo do tema central, apresentado

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como um caso problema, os alunos iro integrar conhecimentos de diferentes reas. Os professores que participam dessa atividade so mdicos, professores de disciplinas bsicas, clnicas e cirrgicas.

8.2. OBJETIVOS DA DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR

Diante do caso motivador o aluno deve ser capaz de: 1. Descrever a morfologia micro e macroscpica do sistema/rgo/tecido envolvido na situao clnica apresentada; 2. Explicar as bases fisiolgicas do sistema/rgo/tecido afetado, incluindo os aspectos bioqumicos necessrios para a compreenso do metabolismo; 3. As bases fisiopatolgicas do processo sade-doena; 4. Relacionar os sinais e sintomas apresentados pelo paciente ao processo fisiopatolgico; 5. Descrever resumidamente o quadro clnico; 6. Descrever resumidamente os aspectos histopatolgicos; 7. Identificar o agente etiolgico e descrev-lo resumidamente; 8. Identificar os fatores ambientais (culturais, scio-econmicos) relacionados ao caso; 9. Descrever os aspectos psicolgicos relacionados ao paciente, famlia ou doena; 10. Identificar quando presentes os componentes psicopatolgicos; 11. Citar a freqncia, incidncia ou prevalncia, assim como os dados de morbimortalidade da doena; 12. Identificar os aspectos tico-legais envolvidos na situao.

8.3 METODOLOGIA

O Caso Motivador dever ser enviado, previamente, aos discentes. As discusses sero realizadas em pequenos grupos de 12 a 14 alunos. Para cada tema, a discusso ser realizada em uma ou duas sesses. Aps definidos os principais objetivos de aprendizagem de cada caso, o grupo deve organizar a busca de informaes de modo a aprender a encontrar e utilizar

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apenas informaes fundamentadas cientificamente. O laboratrio morfofuncional ser utilizado semanalmente, como complementao a dinmica de ensino e aprendizagem. Caso necessitem mais informaes a respeito da bibliografia, laboratrios, outras maneiras de acessar informaes e opinio de especialistas, o professor poder orient-los. A seguir ser apresentado como os alunos devero trabalhar para o melhor aproveitamento dessas discusses. DISCUSSO: O Grupo dever escolher um coordenador e um secretrio entre os alunos. As funes do professor, coordenador, secretrio e demais alunos constam, mais adiante do item FUNES DOS MEMBROS DA SESSO. Durante as sesses o professor s interfere quando os alunos se afastam dos objetivos propostos ou chegam a concluses erradas sobre um tpico, deve evitar responder quanto ao contedo, dar explicaes ou aulas; apenas auxilia com perguntas que redirecionem a discusso, interferindo o mnimo possvel. Na reunio, o grupo ler o caso, discutir seus conhecimentos prvios em relao ao mesmo, seguindo a lista de objetivos propostos para a discusso. A discusso deve ser rica na troca de contedos j estudados ou conhecidos pelos alunos, levantamento de hipteses, perguntas e dvidas quanto a contedos passados, presentes e futuros. Os objetivos de aprendizagem so definidos de acordo com a lista de objetivos especficos apresentada adiante. As situaes e casos apresentados como problemas permitem cumprir vrios desses objetivos, mas podem no contemplar todos, que sero contemplados em outros casos. A definio dos objetivos deve ser clara e no deve ser uma lista de contedos, mas sim uma lista de perguntas, e a organizao das tarefas entre os alunos devem ser pelas fontes de busca e no pela diviso do contedo. Perguntas que podem ser feitas diante de um caso: Conheo o significado de todos os termos? Compreendo a situao? E todos os conceitos? Tenho a descrio completa? Tenho todos os fatos? Pensei em todas as possibilidades? Que dados necessito?

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Qual o significado do achado? Qual a melhor maneira de manusear os dados? J encontrei situao semelhante anteriormente? Estou certo ou existe outra maneira de interpretar? Tenho conhecimento suficiente sobre isso? Que conhecimento preciso? Onde encontrar esse conhecimento?

8.4. BUSCA DA INFORMAO Aps a entrega do Caso Motivador os alunos devem buscar informaes no laboratrio morfofuncional que estar disponvel para a aprendizagem independente. Alm disso, o tema estar relacionado com as aulas tericas e prticas, organizando os conhecimentos e permitindo que os alunos discutam suas dvidas com os professores nas diferentes reas do conhecimento. Cada aluno do grupo dever expor as informaes coletadas, com o objetivo de esclarecer cada questo levantada, o que permite a discusso dos diferentes pontos de vista, das interpretaes e das concluses. No deve ser uma seqncia de apresentaes pelos alunos, mas uma conversa onde ocorra troca de informaes e que possibilite a todos terminar o perodo com o conhecimento adquirido. Uma discusso sobre as informaes que buscaram s pode ocorrer se todos leram um texto bsico, levantaram questionamentos e dvidas e procuraram outras fontes. Todas as fontes de informao utilizadas tais como, referncias bibliogrficas, endereos, pessoas, e sites, devero ser registradas. Ao final da discusso, sero realizadas a auto-avaliao e a avaliao dos membros do grupo, considerando a participao dos alunos e do professor assim como o contedo discutido. Tambm devem ser avaliados: como ocorreu a discusso do grupo e a dinmica do grupo, e como foram abordados os aspectos psicolgicos dos casos, assim como, a freqncia do discente no laboratrio morfofuncional. Estas avaliaes tambm devero ser registradas em fichas apropriadas.

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8.5. FUNES DOS MEMBROS DA SESSO DE DISCUSSO DO CASO MOTIVADOR

PROFESSOR(A): 1. Orientar os trabalhos; 2. Interferir quando os alunos se afastam dos objetivos propostos ou chegam a concluses erradas sobre um tpico, redirecionando a discusso; 3. Deve evitar, responder quanto ao contedo, dar explicaes ou aulas; 4. Realizar as funes do (a) aluno-coordenador (a) caso esse no as cumpra; 5. Registrar o andamento da discusso e a avaliao ao final da sesso; 6. Realizar a avaliao dos alunos; 7. Orientar o grupo ou cada aluno nas suas dificuldades e falhas observadas.

GRUPO DE ALUNOS(AS): 1. Aprender e aplicar as seguintes habilidades: Identificar as necessidades pessoais e coletivas; Fazer perguntas e buscar respostas de forma sistemtica; Buscar a compresso de mecanismos e conceitos (no apenas listar); Manter o equilbrio entre seus objetivos e os da atividade; Manter o equilbrio entre suas necessidades educacionais e as do grupo; Cooperar e compartilhar fontes de informao; Ser tico no seu trabalho e favorecer o esprito de trabalho em grupo; Apresentar senso crtico, avaliar e aplicar as informaes a situaes concretas; Avaliar suas atividades, as dos colegas e dos professores; Avaliar criticamente, de maneira construtiva o material didtico e as atividades.

ALUNO(A) COORDENADOR(A): 1. Procurar manter-se calmo, objetivo, amigo e evitar crticas aos colegas; 2. Ler o texto, planejar e coordenar o cumprimento das etapas e o tempo gasto;

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3. Solicitar a participao dos alunos mais calados; 4. Interromper quando um (a) aluno (a) monopoliza a discusso, perguntando o que os demais tm para contribuir, se concordam ou discordam, se est dentro dos objetivos da correlao; 5. Reler os objetivos e sempre que preciso redirecionar o grupo; 6. Fazer cumprir os horrios programados pelo grupo para cada item.

ALUNO(A) SECRETRIO(A): 1. Registrar os termos e conceitos levantados pelo grupo; 2. Registrar os objetivos propostos como biolgicos, psicossociais e ticos; 3. Reler e apresentar ao grupo os objetivos ao final da discusso; 4. Anotar os objetivos escolhidos pelo grupo; 5. Ler os objetivos escolhidos pelo grupo no incio das discusses de fechamento; 6. Introduzir cada novo objetivo na discusso; 7. Checar se todos os objetivos escolhidos pelo grupo foram cumpridos. O aluno dever construir seu prprio saber, buscando e avaliando criticamente