eav aula 1 [ olhar, cinema e video game]
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EMENTA
• Apresentar os fundamentos teóricos e práticos de áudio e vídeo para inserção no projeto de jogos.
• Apresentar e estudar ferramentas de vídeo (design) no processo de desenvolvimento do jogo.
• Analisar, criar e gerar elementos sonoros e visuais para jogos.
OBJETIVOS
• Apresentar os fundamentos teóricos e práticos de áudio e vídeo para inserção no projeto de jogos.
• Apresentar e estudar ferramentas de vídeo (design) no processo de desenvolvimento do jogo.
• Analisar, criar e gerar elementos sonoros e visuais para jogos.
1. Pequena história do Cinema e videojogo; 2. Cinema, videojogo e criação do imaginário; 3. Conceitos básico de som; 4. História da evolução da música no videojogo; 5. Paisagem sonora; 6. Áudio e imersão; 7. Áudio e psicologia; 8. Modelo IEZA para game audio; 9. Audacity: Configuração básicas e avançadas; 10. Gravação, edição, amplificação e remoção de ruídos de faixa de
áudio no Audacity; 11. Cinema, HQ e videojogos; 12. Planos de enquadramento, movimentos de câmera e
storyboard;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
13. Roteiro: Concreto e Abstrato, Modelos, Criação e Diretrize 14. O futuro da narrativa no ciberespaço; 15. Transmídia e novas formas de narração. 16. Qualidade de som e imagem, cores e resoluções; 17. Gêneros e formatos de jogos e sincronismo, coerência, coesão e elementos de complementação da ação; 18. Criação de climas em áudio e vídeo e a estrutura do suspense e os fluxos de informação; 19. Edição Premiere : Vídeos digitais e novas tecnologias; 20. Mixagem de som e imagem; 21. Montagem e gênero; 22. Montagem sonora, clareza e criatividade; 23. Machinima e o cinema na era do videojogo; 24. Análise de filme e videojogos..
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
METODOLOGIA DE AULA • As aulas serão expositivas com participação
dos alunos. Poderão ser utilizados recursos áudio visuais, vídeos, exercícios e análise crítica, laboratório de informática.
• Exercícios práticos individuais ou em equipe serão realizados para fixação do conteúdo.
• Em sintonia com o Projeto Integrado serão realizados trabalhos de pesquisa e exercícios extra-classe, individuais e em grupo.
AVALIAÇÕES [1] Avaliações Continuadas (30%) [0 a 3,0 pontos] composta por: Avaliação Acumulativa: até 1 ponto. • Avaliação até 2 ponto, composta por 5 exercícios práticos: • Exercício de reflexão, com produção textual de análise do filme “ Viagem a Lua” e
a criação de mundo imaginário na concepção do videojogo como o novo cinema - Até 0.25 pontos.
• Edição de áudio audacity– Até 0.25 pontos. • Edição de vídeo, áudio, montagem e tratamento de imagem- Até 0.5 pontos. • Redesigner sonoro - Até 0.5 pontos . • Criação, edição e criação de arquitetura sonora de uma autobiografia - Até 0.5
pontos. [2] Avaliação Regimental: (70%) [0 a 7,0 pontos]: Avaliação semestral, individual e dissertativa.
IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]
• A imagem complexa é um conceito que nos permite repensar as imagens.
• Vivemos uma época de uma grande proliferação de imagens e de uma grande poluição da imagem.
• O vídeo game, filme ensaio e interface são aspectos da imagem complexa
IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]
• A imagem complexa é um conceito que nos permite repensar as imagens.
• Vivemos uma época de uma grande proliferação de imagens e de uma grande poluição da imagem.
• Filme ensaio e interface são aspectos da imagem complexa
O OLHAR
No teatro grego o espectador contempla uma representação cercado pelos outros espectadores, mas com o surgimento da câmara obscura o “espetáculo se privatizou e agora é um espectador individualizado quem observa (CATALÀ, 2005: 537). • Essa comparação revelar a mudança e a forma
como observamos uma vez que a câmara obscura fundamentou a distinção entre o olhar artístico e a visão cientifica: “uma regida pela emoção e outra pela razão”(CATALÀ, 2005: 538).
• No teatro se organiza as vários imaginações e representações construindo uma arquitetura. Organiza realidade e ficção.
• O Teatro grego organiza o pensamento grego.
• No melodrama teatral não é possível captar toda a realidade, diferentemente do cinema.
• O cinema vem do melodrama teatral. • Os primeiros filmes são parados, sem
movimentos, como se fosse um grande palco.
O PENSAMENTO
• A pintura renascentista deseja a janela e usa a janela.
• É preciso criar a ideia de janela para que o visitante possa olhar pela janela.
• As imagens ao entrar nos olhos e são guardados.
• Segue a ideia de câmera escura.
The Virgin of Chancellor Rolin - 1433-34 - Jan van Eyck Musee du Louvre, Paris
A visão, em sentido geral, não está só relacionada com os olhos. Na verdade, podemos dizer que vemos também com o corpo, já que o campo de visão e as experiências que dele derivam estão conectados à posição do corpo em relação à realidade que o rodeia, assim como toda experiência visual tem que ver com os estímulos que são recebidos do entorno por meio do corpo em sua totalidade. [...] A nossa visão não é outra coisa que não a propriedade de um corpo. Mas tudo isso só pode ter sentido para nós se o considerarmos a partir do momento em que já temos uma ideia clara do que significa a visão e das relações que ela mantém com o que chamamos de imagem ( CATALÀ: 2011: 19)
A VISÃO
A VISÃO Fora da imagem, o espectador ( ou ator, nos processos de interatividade contemporâneos) situa-se diante dela de uma maneira que determina a percepção que se tem dela, ao mesmo tempo que a própria imagem, ou fenômeno visual, o coloca em uma posição social que articula sua identidade dentro desse marco. Perceber, ser receptor ou usuário de uma imagem, significa em primeiro lugar iniciar um jogo entre a identidade social e a identidade individual ( CATALÀ: 2011: 19).
[ As imagens como ponte para o conhecimento]
• Uma produção pictórica do hermetismo medieval onde 15 gravuras que descreve o método da grande obra da alquímica.
• Não é um livro sem palavras. Na lâmina 14, existe uma expressão latina conhecida dos alquimistas: “Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invenies” (“Reza, lê, lê, lê, relê, trabalha e encontrarás”).
• A ideia de livro mudo vem a ser à total incompreensão dos seus sinais por parte dos leigos em alquimia, já que só os entendidos compreendiam as revelações das gravuras.
• Uma complexa composição de imagens em que nada está representado por acaso. Mutus Liber – Editado por
Eugene Canseliet 1958.
• A verdade da imagem se encontra através da técnica, por ser um instrumento profundamente ligado a cultura visual contemporânea.
• A tecnologia fez com que as imagens contemporâneas tornassem imagens complexas.
• Todas as imagens podem ser complexas uma vez que a nossa “mirada” é complexa.
El poeta y el pinto - Chirico
IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]
A FORMA DAS IDEIAS
A perspectiva representa a tendência no sentido da globalidade da imagem época renascentista e pós-renascentista. A técnica implica uma vontade integradora muito forte que constitui o embasamento de seu realismo essencial (CATALÀ,2011: 123).
Vittore Carpaccio (1460-1526). O retorno do Embaixador.
• Durante o renascimento, ocorre uma recuperação do mundo clássico cuja tradição tinha sido supostamente, esquecida durante a longa Idade Média.
• Um movimento cultural faz renascer tradições perdidas e consideradas transcendentais.
A FORMA DAS IDEIAS
[ As imagens como ponte para o conhecimento]
A Entrega das Chaves a São Pedro, Capela Sistina [1481–82]
Reconstrução do templo de Jerusalém - Guillaume de Tyr. [Entre 1200 e1300].
As arestas paralelas dos objetos, ao se distanciarem do observador, fixo, deveriam convergir para um ponto (ponto de fuga),
porém, elas não o fazem.
• O interesse em recuperar o pensamento clássico é acompanhado de um interesse pela arte do passado e então há uma tomada de consciência de que esses restos tinham permanecidos até o momento sob o mesmo subsolo que sustentava as construções da sociedade atual.
• Materializava-se também a ideia moderna da temporalidade.
• Há uma ruptura profunda que de alguma forma explica o que acontece hoje.
• O século XX foi uma preparação do que estamos vivendo hoje, ao mesmo tempo que manteve os equívocos de interpretração desse tipo de imagem.
• Na contemporaneidade podemos regressar e reinterpretar a imagens do século XIX.
Panorama de Daguerre: Boulevard parisien - 1827
Nicéphore Niépce [ 1826]
Mudança do imaginário [ A fotografia]
• A sensação da imagem em movimento.
• Um tipo de imagem anterior ao cinematógrafo [ não são considerado imagens já que as imagens seriam produtos de um movimento.
Proto imagem cinematográfica
A modernização do olhar/observador
• A suposição do olhar às novas formas racionalizadas de movimento.
• Essa mudança coincidiu com a crescente abstração da experiência óptica diante de um referente estável.
• Um desraizamemto visão diante do sistema representacional [câmara escura] .
• Méliès tinha uma imaginação transbordante e fazia algo pode ser considerado moderno e contemporâneo.
• Há um dispositivo de representação que hoje a TV e o cinema estão utilizando: a tela dividida em diferentes ações.
• Uma imagem complexa por possuir movimento em potencial, um mecanismo interno, uma técnica e uma visualidade não visível.
• Esse mecanismo tipicamente modernista oculta a complexidade atrás da impressão de modernidade.
• Há um prolongamento do imaginário renascentista que pretendia a ilusão do realismo.
A modernização do olhar/observador
• Méliès faz uma colagem, não é uma vista direta do que está direta da camera
• Nos anos 30 isso se repete: compor uma imagem atraves de outra imagem.
• Quentin Tarantino faz isso hoje. • Essa forma faz esconder algo
para fazer uma anunciação visual escondendo a complexidade interna.
• Nascia uma outra forma de representação distinta do cinematógrafo.
• Uma representação em uma página e que produzem articulações dentro da página que parecem ser cinematograficas, mas com a virtude de estar presente na superfície.
• Nesse sentido a imagem de Méliès seria mais complexa.
IMAGEM COMPLEXA HQ como forma de exposição
• Uma representação em uma página e que produzem articulações dentro da página que parecem ser cinematograficas, mas com a virtude de estar presente na superfície.
IMAGEM COMPLEXA HQ como forma de exposição
IMAGEM COMPLEXA [ Gabinetes das curiosidades ]
The Gallery of Cornelis van der Geest – 1628. Willem van Haecht
The Gallery of Cornelis van der Geest – 1628. Willem van Haecht
Jan van Eyck, Femme à sa toilette
IMAGEM COMPLEXA [ Gabinetes das curiosidades ]
Cultura visual [ Novas configurações ]
• A imagem na cultura visual permite ver e explicar as novas configurações .
• Ao tentar explicar novas configurações temos que recorrrer as novas visualidades que tem em comum determinadas configurações.
• O que há no fundo do conhecimento. • Hipertextual implica uma leitura distinta. • Qualquer imagem ou instrumento visual introduzidos
nesses textos permitem através de mapas e interface descontruir e também reconstruir o texto através dos instrumentos visuais.
• Qualquer Tecnologia aplicada a anterior, possibilita ver a complexidade da tecnologia.
• Imagem de vídeo é possível desconstruir o quadro.
IMAGEM COMPLEXA [ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO] Photosynth
• Fotografias que vieram de variados bases de dados.
• Photosynth tem uma grande coleção de fotos de um lugar ou objeto, analisa-los por semelhanças e os exibe em um espaço dimensional reconstruído.
• Já não estamos fazendo montagem com imagem de apenas uma pessoa, mas com fotos tiradas de diferentes pessoas, que são colocadas na internet e que existem conexões entre elas.
• A tela aparece como diferentes tábulas que os planos podem ser colocadas de diferentes formas.
• É um passo adiante da linguagem cinematográfica. • Há a criação de espaços virtuais diferentes. • Uma imagem metafórica baseada em bancos de
dados.
IMAGEM COMPLEXA [ Interface ]
• Modelo mental é uma maneira de organizar o conhecimento.
• A interface é um novo modelo mental. • Organizamos através de imagens, pode ser
parecido com cinematográfica. • No videojogos a se que faz na tela cria uma nova
disposição visual que permite avançar um passo a mais.
• Videojogo pretende ser realista. • Não observamos como um avanço e sim como uma
imersão ao universo virtual realista com ações e gestões que são naturais.
• Mas essas ações não toma com base a imaginação como o espectador de um espetáculo.
• Toma a decisão também com a ação de uma corpo.
• Do universo que configuramos surgem uma série de “objetos” que constituem a materialização da fenomenologia virtual.
• Os objetos surgem de uma estrutura anteriormente delimitada, do seu funcionamento multi-estável.
• Ao considerar estes elementos como objetos, extraímos da arquitetura que fazem parte e do seu fluxo constante.
• Ao descrevê-los e determinar o seu significado levar em conta que são objetos complexos e por isso estão abertos tanto a constelação ( arquitetura) e à rede ( circulação) a que pertence.
• Imagem interface em um novo tipo de imagem [mutante, fluida].
• Todo esse elementos não estáveis, se articulam e daí a necessidade de de compreender o que significa.
• E onde esta organizado o nosso pensamento?
• Estamos na era da representação fluida e em movimento.
• Os meios anteriores não somem. • Assumem camadas, novas epidermes
e complicando a estrutura de imagem. • Os meios se transformam a medida
que assumem novos meios.
IMAGEM COMPLEXA [ Interface ]
Camponês trabalhador Wang Daisheng trabalhador na cidade de Chengdu ao lado da imagem do filho deixado na na província de Sichuan.
The Left-behind Family - liu jie
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro, Martins Fontes, 1987. CALABRESE, Omar. A linguagem da arte. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1987. CATALÀ, Josep M.. La Imagen Compleja. La Fenomenológia de las Imagenes en la Era de la Cultura Visual. Bellaterra: Servei de Publicacions, 2005. ________________. El Murmullo de la imágense. Imaginación, documental y silencio. Cantabria, Shangrila, 2012. ________________. A forma do real: introdução aos estudos visuais. São Paulo: Sumus: 2011. ________________. La imagen interfaz. Representación audiovisual y conocimiento en la era de la complejidad. Bilbao: Servicio Editorial D. L., 2010. DANCYGER, K. Técnicas de Edição para Cinema e Vídeo. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 2007. Laurent Jullier e Michel Marie. Lendo Imagens do cinema. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009. JOLY, Martine. La Imagen Fija. Buenos Aires: La Marca Editora,2012. MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. São Paulo: Cia das Letras, 2001. OLIVEIRA, José Geraldo. Grafitecidade e visão travelar. Disponível em http://www.portalcomunicacion.com/monograficos_det.asp?id=226&lng=por
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