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Apostila de iluminação

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Apostila do Curso Iluminação Para Arte da Escola de Artes Visuais do Parque Lage Rogério Emerson Magalhães

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Apostila de iluminação

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A Historia da luzHá milhões de anos a primeira mudança do

comportamento do homem na terra foi o fogo, que juntamente com o luar, eram as únicas fontes de luz que

abastecia homem na terra. Com o passar do tempo, a gordura animal e um pouco mais a frente, quando o

homem começa a extrair óleo dos vegetais, foram as fontes de energia encontrado manter o fogo aceso e

consequentemente, a mudança de comportamento do próprio homem.

Mas podemos dizer que a história da Iluminação, começa na Grécia, em 500 a.c., quando o teatro grego surge a partir

da evolução das artes e das cerimônias gregas, como homenagens ao Deus Dionísio, deus do vinho e da alegria.

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• Os temas que mais representados nas peças teatrais, eram as relacionadas com mitos e lendas em homenagens aos deuses gregos, e a fatos cotidianos, em que os participantes representavam papéis inclusive femininos, usavam mascaras e túnicas, além de utilizar muito da mímica, da poesia lírica e da música para representar. Criaram a tragédia e a comédia, como as de Téspis, seguindo por Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, que foram os principais autores e escreveram e produziram peças como: “Prometeu Acorrentado”, “Édipo Rei”, “Antigona” e “Medéia” . Aristófanes com peças satíricas, mesclando paródias mitológicas com sátira política.

• O teatro em sua origem possuía um caráter ritualístico. • Na época clássica, foram construídos diversos teatros ao ar livre,

provavelmente utilizando-se da ideia de que o teatro deveria ter luz natural ao longo do dia, sem que a sombra do prédio nunca fizesse sombra na área encenada.

• Mas o fogo também era muito utilizado, principalmente quando havia sacrifício de algum animal, podendo assim dizer que os espetáculos gregos, eram encenados sob a luz natural, e com ”efeitos de fogo”.

• Outras civilizações como os egípcios (2000 a.c) e chineses (1800 a.c.), de alguma forma, utilizavam representações litúrgica como encenação teatral.

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• O teatro romano influenciado basicamente do teatro grego, uma vez que a própria arquitetura deriva diretamente da arquitetura, do período helenístico, sendo que o Teatro de Pompeu foi o primeiro teatro grandioso em Roma, erguido em 55.a.c., tendo Plauto e Terencio como nomes importantes das realizações das produções teatrais.

• Predomina a comédia e a tragédia é cheia de situações grotescas e efeitos especiais. Durante o Império Romano (de 27 a.c. a 476 d.c.) a cena é dominada por pantomimas, exibições acrobáticas e jogos circenses.

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• Na verdade, naquela época, e mesmo antes na Grécia, os espetáculos eram sempre encenados em grandes teatros, e tinha também os grupos que se formavam e representavam os espetáculos precariamente pelas cidades, o que hoje poderíamos chamar de “Teatro Mambembe”.

• Com o triunfo do cristianismo no século I ou II, todos os teatros foram fechados até o século X, por ser considerado um “evento” pagão, principalmente o teatro romano. Isso não impedia que grandes obras literárias, como Tristão e Isolda, serem criadas e encenadas.

• Com o surgimento do canto gregoriano no século VI, estabelecido pelo Papa Gregório I, o renascimento do teatro se da através da própria igreja, na Era Medieval, com a representação da ressurreição de Cristo, mas entrando em franco declínio a partir de meados do século XVI. Utilizando-se como veículo de propagação de conteúdos bíblicos, os dramas litúrgicos e focados no cristianismo, eram representados por membros da igreja (padres e monges), e as encenações eram realizadas principalmente nas igrejas, a “Sacra Representazione” como os italianos chamam as representações litúrgicas. Os vitrais dessas igrejas era a iluminação em destaque nessas representações.

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• Posteriormente, quando os dramas passaram também para os adros, praças públicas e ruínas dos teatros, novamente a luz solar foi a principal iluminação. No século XV, no renascimento, as encenações pelas trupes teatrais, que agregavam como empregados aos domínios de Reis, senhores nobres e famílias ricas, constituindo mais tarde o chamado “Teatro Elisabetano”. Mas essas apresentações ainda eram realizadas em jardins e estabelecimentos com claraboias, tendo como iluminação principal a luz do sol, e apenas em alguns casos, o uso de velas se fazia necessário.

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•Nos templos e nas igrejas, utilizava-se a vela, assim como os incensos apenas como forma litúrgica. O uso de velas se tornou muito comum no ainda século XV, se incorporado nos castelos, na iluminação pública e, posteriormente nas encenações, porém apenas como forma de iluminar o recinto.•A vela, a grande invenção dos fenícios, foi durante muito tempo a única iluminação que os teatros possuíam e precariamente garantiam a visibilidade. •As velas eram moldadas em chapas metálicas, o sebo era colocado dentro do molde, e os pavios feitos de algodão, eram presos a um fio ou haste acima da abertura de cada molde. Depois do resfriamento, o molde era rapidamente posicionado na água quente e as velas removidas para que endurecessem.•As velas de gordura animal eram as mais usadas. Velas misturadas com sebo eram mais cheirosas e melhores. Porém, a melhores eram velas feitas de cera de abelha, que eram reservadas para serem usadas nos palácios, igrejas ou então para apresentações especiais no teatro.

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• Antes, ainda no final do XIV, candelabros e lamparinas a óleo começaram a ser fabricadas em bronze e utilizadas na iluminação pública e domésticas, tornando-se muito comum nos teatros ingleses e franceses até o final do século XVIII.

• Essas “lâmpadas” a óleo consistia de um pavio, que quando imerso em um óleo de baixa qualidade ou de gordura animal, produzia não somente pouca luz como também muita fumaça e um cheiro forte e desagradável. Óleos vegetais de boa qualidade, como o azeite de oliva, produzia mais luz, menos fumaça e um cheiro melhor.

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No centro desses espaços, eram destinados ao povo de menor poder aquisitivo e os nobres e famílias ricas, ficavam nos balcões. Há relatos que os nobres, se sentido enciumados pela importância dada aos grupos teatrais, assistiam os espetáculos sentados no próprio palco da encenação, sem a menor cerimonia. O palco era coberto por um teto de lona apoiada em colunas e a iluminação era solar, mas na noite, tochas e velas garantiam as apresentações. Mas de maior importância da época, é que os escritores, principalmente William Shakespeare, sempre faziam indicações em seus textos, em que hora do dia, ou em que situação de tempo ocorria a cada cena.

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• Com a evolução da utilização das velas no teatro, na metade do século XV, os aparadores de pavio começaram a aparecer nos teatros, já que a luz da vela poderia sumir depois de aproximadamente dez minutos, ou um pouco mais se as velas fossem de boa qualidade, e pra reviver a chama, as pontas dos pavios deveriam ser cortadas periodicamente.

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• Um aparato de grande utilização no teatro, por volta do século XVI , foi o “Boze”, utilizado para foco e luz colorida, principalmente na forma de “colorir a cena ou o cenário”, descrito por Sebastiano Serlio, (1475 – 1554) arquiteto Italiano que concebeu vários tratados da arquitetura, no “Segundo Livro de Arquitetura”(Il Primo Secondo Libro d’Architectura, 1545). Bozze consistia em um recipiente de vidro, originalmente feito para armazenar líquidos, mas quando usado com vinho ou água com alguma substancia de côr, proporcionava uma luz colorida e por consequencia do seu formato convexo, funcionava como uma lente de foco.

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• Sebastiano Serlio já tinha a noção da influência da iluminação na dramaturgia, e propunha três tipos básicos de cenário para os gêneros da comédia, da tragédia e da sátira. Com os estudos e pesquisas, concebia grandes novidades nos espetáculos, sugerindo por exemplo, que a iluminação também fosse diferenciada entre os espetáculos de tragédia, comédia e sátira. Para as tragédias, o cenário deveria ser mais claro com luzes mais escuras e comédias, o cenário deveria ser mais escuro, com luzes mais claras. Segundo ele, “O palco trágico, deveria ser para os personagens do alto escalão, pois os desastres amorosos, os acontecimentos inesperados e as mortes violentas, sempre aconteciam na casa dos nobres”.

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A Ilustração da esquerda a definição de Serlio para a comédia. A da direita o efeito de luz no cenário.

A ilustração da esquerda é a configuração para a tragédia e a da direita com a visualização do efeito descrito por Sérlio

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• Outro arquiteto de suma importância para o teatro foi o alemão Joseph Furttebach (1591 – 1667), que estudava sobre as perspectivas da iluminação em relação ao cenário, com luzes da ribalta localizadas no chão e na frente do palco, luzes que no fundo do palco iluminava o cenário e as luzes instaladas por cima do palco para iluminar a cena. Em seu livro “Arquitetura Recreacional “ (Architectura Recreationes, de 1640), ele recomendava o uso de uma vela, com uma cera de boa qualidade, nos candelabros e arandelas e nas ribaltas. Havia alguns exemplos de “refletores para o palco” como as Lâmpadas Refletoras para o Palco. Essas “lâmpadas” consistem em um candelabro e um refletor de mica (mineral brilhante) sustentado por uma rede de losangos feita de arame dourado.

• Nessa época, os atores italianos, basicamente amadores, mas em um intenso processo de profissionalização com o surgimento da chamada “Commedia Dell`Arte, assim como na França, com a “Commedie Française” de Moliere. Esse também era um dos motivos que alguns encenadores já buscavam a “magia da teatralidade”, e era muito comum as novidades na iluminação dos espetáculos.

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Reconstrução das Lâmpadas Refletores de Furttenbach

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Nessa época, os atores italianos, basicamente amadores, mas em um intenso processo de profissionalização com o surgimento da chamada “Commedia Dell`Arte, assim como na França, com a “Commedie Française” de Moliere. Esse também era um dos motivos que alguns encenadores já buscavam a “magia da teatralidade”, e era muito comum as novidades na iluminação dos espetáculos.

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A diminuição da luminosidade na plateia, concentrando a iluminação somente na área encenada foi uma delas ainda no século XVI. Outra grande surpresa foi concebida pelo arquiteto Nicola Sabbatini Arquiteto Italiano (1574 – 1654) que inovou nas técnicas de iluminação do teatro. A mais importante ele descreve no livro “Instruções para a Fabricação de Cenários e Maquinários para o Palco (Practica de FabricaScene e Machine ne Teatri, 1638) descreve a prática da cenografia, equipamentos e métodos de iluminação do século XVI e começo do século XVII. No capítulo 12 “como escurecer o palco por um instante, ele descreve e ilustra o mecanismo do dimmer.

Par a diminuir e aumentar a intensidade da luz, Sabbatini inventou um dispositivo com cilindros de metal, que descem e sobem sobre as velas. (é considerado o primeiro “dimmer” da iluminação cênica, chamado “Método Sabbatini de controle de Intensidades” ). Quando os cilindros eram baixados sobre as velas, localizadas fora do palco e longe da vista dos espectadores, uma escuridão repentina envolvia o palco “magicamente”.

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Nos palcos Elizabetano da época da Restauração Inglesa, como no interior dos teatros Red Bull, no Convent Garden ou mesmo no The Globe por volta de 1670, as construções tinham um tipo básico de arquitetura circular.

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Candelabros acima do balcão e lamparinas a óleo na ribalta faziam como essas indicações fossem realizadas. As velas usadas nos candelabros eram provavelmente feitas de sebo de baixa qualidade e por conta disso, produziam muita fumaça e mau cheiro. Podemos imaginar o quanto de fumaça proveniente dessas velas, não incomodava quem estava nos balões e quanto de cera não pingava no povo, acomodados no centro dessas construções.Outro problema e esse de suma importância, era a constante atenção sobre as velas para que não caísse ou encostasse em algum tecido das vestimentas ou do cenário, já que esse era o motivo de grandes incêndios nos teatros daquela época.

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Além de já contar com aparatos de iluminação, os espetáculos encenados para os reis e nobres em seus castelos, eram realizados em salas construídas especialmente para esses eventos, tendo como principal característica a luz do dia, que entrava diretamente de frente para o palco, fazendo que os atores fossem iluminados diretamente por essa luz frontal

Um desenho de uma performance no Palais Richelieu (1641) e uma pintura da companhia de Moliere (1670).

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A Lâmpada de Argand

O bico de lâmpada Argand, foi um dos maiores avanços para a iluminação, comparando-se as tradicionais lâmpadas a óleo. Foi introduzido em 1784, pelo então inventor e matemático amador, o suíço Jean Robert Argand, mas que ficou famoso pela sua interpretação geométrica dos números complexos. Argant aplicou seus conhecimentos científicos sobre o papel do oxigênio na combustão. Ao adicionar uma chaminé, no topo da luminária, conseguiu aumentar o fluxo de ar para a chama, aumentando de forma significativa à saída de luz. A nova lâmpada era a mais avançada da época e 10 vezes mais luminosa do que as de lâmpadas a óleo. As lâmpadas de Argand foram primeiramente utilizadas no teatro Frances, expandindo gradativamente pela Europa, porem por conta de seu auto custo, não se tornou um padrão em todos os teatros europeus.

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Já o Lampião Astral surge em seguida, criado por Bernard Carcel, produzindo uma luz mais constante. Usava-se muito óleo de baleia, mas com o custo também eram muito alto, tanto na Europa como nos Eua, experimentava-se vários tipos de óleo, como o “colza” (extraído de um tipo de nabo) e o canfeno (extraídos de vegetais). Mas também bastantes inconvenientes, além de sujar os tetos e cortinas, pingava gotas de óleo na cabeça dos artistas e do público. Posteriormente veio o querosene, mas queimava muito combustível além de produzir fuligem e calor.

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Desde o século XVIII, as mudanças na estrutura dramática dos espetáculos, foram reflexos dos acontecimentos históricos como a revolução industrial ou a revolução Francesa por exemplo. Surgiam formas como o melodrama, que atendia o grande gosto do publico e com isso, novos teatros eram erguidos para atender essa demanda. No século XX as inovações cênicas e de infra estruturas dos teatros, tiveram ainda mais prosseguimento. Alguns teatros já usavam recursos como o elevador hidráulico entre outros avanços, assim como o advento da luz a gás.

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Luz a Gás

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Começando pelo lampião a gás, que usa o mesmo princípio da lâmpada de Argand. O gás passa através de um anel de combustão perfurado, para que o calor que se acumula, no centro do anel, acelere a passagem de ar pela chaminé de vidro, melhorando o fluxo de ar. Isso cria uma chama de maior luminosidade com menos fuligem. Os gases oxigênio e hidrogênio costumavam ser misturados nos maçaricos e cada tipo de maçarico havia um bico próprio. Os mais comuns eram o jato soprado, o jato de mistura de gases e o jato Gwyer, que datam da metade do século XIX.

A – Jato soprado, B – Jato De misturas de gases, C – Jato Gwyer

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A Lâmpada de Carbureto

A lâmpada de Carbureto serviu como o primeiro Canhão Teatro, após o invento do engenheiro escocês Thomas Drummond, em 1816. Ele usou o núcleo de uma pedra calcária até a incandecencia por uma mistura inflamante de oxigênio e hidrogênio. No teatro, a lâmpada de carbureto foi usada pela primeira vez em 1855 e a partir de 1860 se tornou comum por toda a Europa, considerado um grande invento para a iluminação teatral.

Primeiro Canhão Teatro

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Com essa nova tecnologia, a iluminação publica passa a usar esse sistema, e claro, também nos teatros. Como as saídas de gases podia ser operados por medidores, editores de pressão do gás, válvulas e reguladores, os condutores de gás com saída para cada luminária, eram manipuladas para que a plateia se apagasse enquanto no palco acontecia o espetáculo, dando definitivamente destaque ao palco do teatro.

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A sua intensidade fez com que a lâmpada fosse utilizada para fazer foco e para simulações de efeito de luz, como o sol e a lua. Também podia ser usado como iluminação do palco, com a face aberta como um holofote. A grande desvantagem da luz de carbureto era que ela requeria constante atenção de um operador individual para cada lâmpada, que deveria ajustar a pedra de carbureto, enquanto ela queimava e para tomar conta do gás que alimentava a mesma. O gás podia escapar da bolsa, caso a pressão não fosse nivelada. Um risco que poderia causar explosões e por conta disso, um peso era usado para manter a pressão. A assistente do operador manipula o peso para garantir um fluxo de gás constante e, quando necessário, ficava em cima da placa, usando seu próprio corpo como peso.

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A Lâmpada Elétrica

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A primeira lâmpada elétrica foi apresentada pelo inglês Joseph Swan seguido do americano Thomas Edson em 1879, tornando-se um novo acontecimento revolucionário na vida pública e mais ainda nos teatros.A lâmpada incandescente é um dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia luminosa, utilizando uma haste carvão (carbono) muito fina que, quando aquecida até próximo ao ponto de fusão, passa a emitir luz.A haste era inserida numa ampola de vidro onde havia sido formado alto vácuo. Diferente do sistema da lâmpada de arco voltaico, o filamento de carvão saturado em fio de algodão ficava incandescente, ao invés do centelhamento ocasionado pela passagem de corrente das lâmpadas de arco. Como o filamento de carvão tinha pouca durabilidade, Edson começou a fazer experiências com ligas metálicas, sendo que a lâmpada de filamento de bambu carbonizado foi a que teve melhor rendimento e durabilidade. Em seguida foi substituídas pela de celulose, e finalmente a conhecida até hoje, com filamento de tungsténio cuja temperatura de trabalho chega a 3000°C.

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Para evitar que os filamentos entrem em combustão e se queimem rapidamente, remove-se todo o ar da lâmpada, enchendo-a com a mistura de gases inertes, nitrogênio e argônio ou criptônio. Quando se aciona um interruptor, a corrente elétrica passa pela lâmpada através de duas gotas de solda de prata que se encontram na parte inferior, e em seguida, ao longo de fios de cobre que se acham firmemente fixados dentro de uma coluna de vidro. Entre as duas extremidades dos fios de cobre estende-se outro fio muito fino chamado filamento. Quando a corrente passa por este último, torna-o incandescente, produzindo luz. O rendimento da lâmpada incandescente é mínimo: apenas o equivalente a 5% da energia elétrica consumida é transformado em luz, os outros 95% são transformados em calor. Por causa deste desperdício, a União Européia decidiu abolir as lâmpadas incandescentes a partir de 2012.

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Em 1881, o teatro Savoy na Inglaterra, anuncia que a sua iluminação é totalmente convertido para luz elétrica. Lâmpadas incandescentes foram instaladas nos soquetes dos maçaricos, tornando-se obsoletos. Usavam ainda o arco-voltaico assim como o Teatro Opera de Paris, que também foi convertido para a luz elétrica. Em 1890 a luz incandescente é encontrada na maioria dos teatros, mas em alguns ainda convive com o arco e até com a luz a gás.

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Sala de energia elétrica no porão da Ópera de Paris, 1887.

A alimentação para as lâmpadas eram feitas através de corrente alternada enquanto para as baterias dos arcos elétricos eram feitas através de corrente direta, como veremos em um capítulo posteriormente.

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Uma novidade também nessa época era o Dimmer da Água Salgada. Ao invés de um fio de resistência para controlar a voltagem, por consequência a intensidade da luz, para o dimmer de água era usado um liquido. O dimmer consistia em um recipiente com água e um eletrólito, como sal ou ácido sulfúrico diluído. Um eletrodo foi fixado no fundo do recipiente e outro eletrodo acoplado ao pistão que era operando por um fio condutor através de roldanas. Posteriormente vieram os sistemas do SCR e do TRIAC.

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O painel de controle na Ópera de Paris em 1887, ficava localizado embaixo do palco próximo ao ponto, de onde os operadores pegavam suas deixas para executa as mudanças de luz.

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Arco Voltaico

Essa lâmpada foi inventado por Humphpy Davy por volta de 1800, que descobriu o fluxo intenso de corrente elétrica que se forma entre dois pontos de eletrodos de carvão energizados com alta voltagem, forma-se um arco de luz brilhante e de alta temperatura. Composto de uma potente bateria, dois bastões de carbono pontiagudos, separados a uma determinada distancia. O contato mecânico inicial e a passagem da corrente elétrica geravam arco voltaico com incidência de alta luminosidade.

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Os eletrodos de carvão com vida muito curta devido à queima, necessitavam de ajustes constantes de um operador, que acompanhava seu funcionamento através de pequenos motores elétricos. Uma luz considerada de alta eficiência, comercializada e utilizada na iluminação pública e nos mais variados ambientes até meados de 1920/30, sendo empregado até hoje em projetores de cinema, canhões seguidores em shows e teatros. Mais a evolução dos Arcos Voltaicos, a pesar de desuso, gerou o conceito das novas novas lâmpadas de descarga.

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Lâmpada de descarga

Lâmpadas de Descarga que usamos na forma eficiente, onde o arco de luz é usado dentro de um bulbo de vidro, com mais pressão, gerando muito mais luz e calor. São divididas em variados tipos como:

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Lâmpada HID ( High Intensity Discharge) Um termo geral para as lâmpadas de descarga de Alta-Intensidade e pressão. São lâmpadas utilizadas em refletores mais pesados e robustos, devido a sua alta temperatura de aquecimento, podendo causar explosões do seu bulbo, que contém tubos de arcos compactos com sais de metais e gases diversos em temperaturas e pressões relativamente altas, gerando o “Arco voltaico” muito mais luz e calor no interior das lâmpadas de vapor de mercúrio, nas de vapor de sódio, nas de xenônio e nas HMI.Para o funcionamento dessas lâmpadas e gerar o “arco voltaico”, se faz necessário à utilização de reatores, já que é preciso usar uma alta voltagem (entorno de 12.000 volts) e que ligando, tem ainda um período de aproximadamente 5 minutos até a sua estabilização total do fluxo luminoso. Os gazes em seu interior são muito quentes, elas não podem ser desligadas e ligadas imediatamente, já que para uma nova ionização, elas precisam estar frias. Os reatores atuais são eletrônicos, permitido um uso eficiente da energia, mais duráveis, e com menos ruídos do que os antigos, que tinham enrolamento de fio de cobres, além de terem a cintilação da luz emitida, conhecido como Flicker, devido ao uso da corrente alternada que essas lâmpadas usavam.

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Lâmpada HMI, proporciona elevado índice de reprodução de cores e elevada eficiência luminosa de até 100lm/W. Possuem uma temperatura de cor do tipo luz do dia de 6.000K e permitem serem reacesas, mesmo quando aquecidas.A maioria das lâmpadas HMI é utilizada em produções cinematográficas e em estúdios de televisão, Moving Head, canhão seguidor onde mais a qualidade da luz é imprescindível.

Lâmpada HTI tem como característica mais importante o fato de sua alta luminância, que permite o excelente aproveitamento da luz gerada. Devido a isto, as lâmpadas HTI estão em operação nas mais modernas aplicações de iluminação de efeito. Graças à sua alta luminância é possível aumentar a potência de iluminação do equipamento, tornando-o ao mesmo tempo menor e mais fácil de fabricar, e tudo isso sem aumentar o consumo de energia da lâmpada.

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Lâmpada HSR são particularmente robustas e os seus bulbos externos proporcionam segurança adicional no manuseio e operação. São encontradas em diversos equipamentos de iluminação de efeito, inclusive para uso externo.

Lâmpada de Mercúrio com aparência branca azulada de 6.000 k e eficiência de até 55lm/wts, com potencia de 80 a 1.000 wts, normalmente são utilizadas em vias públicas e áreas industriais é uma fonte de luz de descarga de intensidade alta na qual a luz é produzida pela irradiação proveniente do mercúrio, mais os halóides dos metais tais como sódio, scendium, índio e disprósio. Alguns tipos de lâmpadas podem também utilizar revestimentos forosos. Os nomes comerciais destas lâmpadas incluem: Multi-Vapor, XL, Watt-Miser, Chromafit e Arcstream.

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Lâmpada de Sódio de Alta-Pressão (HPS) Com eficiência energética de até 130lm/W, de longa durabilidade, é a mais econômica fonte de luz das de alta pressão. Com formatos tubulares e elipsoidais, emitem luz branca dourada (2.000k) e são utilizadas em locais onde a reprodução de cor não é um fato importante, como em ruas, avenidas, estradas, portos, ferrovias e estacionamentos entre outros lugares públicos.As lâmpadas HPS são fontes de luz de descarga de alta intensidade, que produzem luz por uma descarga elétrica diretamente no vapor de sódio em temperaturas e pressões relativamente altas.

Lâmpada de Vapor de Sódio BrancaSeu diferencial é a emissão de luz branca, decorrente da combinação dos vapores de sódio e gás xênon, resultando numa luz brilhante como as halógenas ou com aparência de cor das incandescentes. Acionadas por reatores eletrônicos podem ter, através de chaveamento, a temperatura de cor alterada de 2.600 para 3.000K ou vice versa. São utilizadas em áreas comerciais, hotéis, exposições, edifícios históricos, teatros, estandes entre outros lugares.

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Lâmpada de Vapores Metálicos São lâmpadas de descarga de alta intensidade, que combinam iodetos metálicos, com altíssima eficiência energética, excelente reprodução de cor, longa durabilidade e baixa carga térmica. Sua luz é muito branca e brilhante. Tem versões de alta potência (para grandes áreas, têm índice de reprodução de cor de até 90%, eficiência energética de até 100lm/W e temperatura de cor de 4.000 a 6.000K, em vários formatos) e de baixa potência (de 70 a 400W, formato tubular com diversas bases, apresentando alta eficiência, ótima reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica). Alguns tipos de lâmpadas podem também utilizar revestimentos fosforosos. Os nomes comerciais destas lâmpadas incluem: Multi-Vapor, XL, Watt-Miser, Chromafit e Arcstream.

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Lâmpadas Fluorescentes

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Lâmpada Fluorescente Uma lâmpada de alta eficiência que utiliza uma descarga elétrica diretamente de vapor de mercúrio de baixa pressão para produzir energia ultravioleta (UV). A UV excita os materiais fosforosos aplicados como uma fina camada no interior de um tubo de vidro, o qual integra a estrutura da lâmpada. O fósforo transforma a UV para luz invisível. São fabricadas em diversas temperaturas de cor dentre as mais quentes (3.500K) às mais frias (6.500k). Com baixo consumo de energia e geração de calor, reatores de voltagem 110 e 220 e componentes do tipo starters, eram usados para ionizar o gás dentro do tubo gerando o arco voltaico, dando partida na lâmpada. Mais produzia o “flicker”, que é a sensação da luz tremula e por conta disso, não eram recomendadas na utilização de iluminação para vídeo, mas usada em larga escala em quase todos os ambientes. Porem hoje em dia, já existem as lâmpadas fluorescentes corrigidas, com a correção de temperatura de cor nas lâmpadas do tipo luz do dia (day light) ou tungstênio, que funcionando em alta frequência, elimina o problema do “flicker” mantendo a luz de forma contínua. Existem também as coloridas, nas tonalidades da RGB. Seu IRC é baixo, variando de 50 a 90, dependendo do modelo.

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Lâmpada Fluorescente Luz mista são lâmpadas compostas por um filamento e um tubo de descarga, funcionam em tensão de rede de110 ou 220V, sem uso de reator. Essas novidades representam alternativa de maior eficiência para substituição de lâmpadas incandescentes, principalmente em casas onde se deseja economizar energia.

No cinema e na tv, esse tipo de luz é largamente utilizada, na linha de luz mais geral e suavizada, chamado de Kino Fluo.

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Lâmpadas Incandescentes

Lâmpada Incandescente proporciona luz quando um filamento é aquecido até a incandescência por uma corrente elétrica, em uma ampola de vidro alcalino ou quartzo sem ar, mas com um gás inerte. As lâmpadas incandescentes são a forma mais antiga de tecnologia de iluminação elétrica.

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Lâmpadas Halógenas

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Lâmpada Halógena nome é forma abreviada para uma lâmpada de tungstênio-halógeno Com o tempo de vida maior e em média 30% mais brilhante que as incandescentes (de 2000 a 4000 horas), possuem uma maior eficiência luminosa usando uma potência menor, sua temperatura de cor é de aproximadamente de 3.200K e seu IRC é de aproximadamente de 100. Do pequeno spot até o wall washers, o filamento em espiral trabalha no interior de uma ampola compacta de vidro do tipo quartzo em altas temperaturas, permite que os gases tais como o iodo ou o bromo desencadeie uma reação química com o tungstênio. As lâmpadas halógenas produzem diferentes feixes de luz com a ajuda de variados refletores como vemos a seguir:

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Lâmpada PAR é na verdade um refletor completo, com lâmpada, espelho e lente. O nome “PAR” é um acrônismo para um “Parabólico Aluminizado Refletora”. Surgiu em 1956 pela GE (hoje também fabricada pela Phillips, Osran entre outras) e é o princípio do farol de carro, conhecido como Sealed Bean. Com uma maior pressão interna dos gases, a lâmpada PAR pode utilizar um filamento incandescente, ou um tubo de filamento halógeno ou tubo de arco HID. Fabricada com vidro resistente ao calor (hard glass), é uma lâmpada refletora com preciso facho de luz, e controla o seu facho de luz por meio do seu “refletor interno” e de uma lente com prismas difusores. Os números propostos ao nome PAR, refere-se ao diâmetro do espelho parabólico. Quanto menor o filamento em relação ao espelho, melhor será o paralelo dos raios luminosos. Nos EUA foi convencionado que este diâmetro seria expresso em oito polegadas de diâmetro, ou seja, 203, 2 mm. A seguir a família das “Lâmpadas Par”.

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Par 64 de 500 e 1000 wts, em 110 e 220 vts.

Foco 5 ou MFL - Médium Flood ---23° x 11°

Foco 2 ou Nsp – Narrow Spot ------ 14° x 7°

Foco 1 ou VNSP – Very Narrow Spot – 12° x 6°

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Par 56 de 100, 150, 300, 500 wts, em 12, 110 e 220vts. Originalmente usado no farol da Locomotiva, é conhecido por Loco Light e tem aberturas variadas do seu feixe. WFL 44° x 20°, 35° x 18°; MFL 22° x 13°; NSP 13°x 18°, 10° x 8°; VNSP – 9° x 6°.Par 38 de 50, 60, 100, 120, 150 wts, em 110 e 220 vts. Conhecida também por Foto Flood, tem o seu soquete tipo A26, utilizada em exposições e interiores de arquitetura, nas cores branca, azul, verde, vermelha, amarela e âmbar. WFL 55°, NFL 37°, NSP 29°, 27° e 25° e VNSP 18°.

Par 36 de 50, 100, 120, 150, 650 wts, em 12, 110 e 220 vts e nas cores branca, azul, verde, vermelha, amarela e âmbar conhecida como Pin Bean (raio de luz de alfinete) pelo seu feixe de luz bem fechado, também denominada de ACL – Air Crafit Landing em virtude de sua origem, usado para pousos e decolagens de avião. WFL 55° x 27°; NSP 13°,10°,9°; VNSP 6°, 5°

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Par 30 de 50, 60, 75 e 150 wts, em 110 e 220 vts e nas cores branco, azul, verde, vermelha, âmbar e amarelo. WFL 40°; NFL 37° NSP 25°; VNSP 9°Par 20 de 35 e 50 wts, em 110 e 220 vts e nas cores branca, azul, verde, vermelha, amarela e âmbar. WFL 40° e 36°; NFL 30° e 28°; NSP 16° e 10°; VNSP 9°

Par 16 de 50 wts em 110 e 220 vts e na cor branca. WFL 30°; NSP 10°; VNSP 8°.

Dicróicas de 35, 50 e 75 wts, em 12, 110 e 220 vts e nas cores branca, azul, verde, vermelha, amarela e âmbar. WFL 30° e 28°; NSP 10°; VNSP 8°.

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Lâmpadas halógenas palito, são usados em refletores do tipo Set Light ou Colortran, nas potencias de 100, 150, 300, 500 e 1000 wts e nas voltagem de 110 e 220 vts. O nome Set Lght vem dos fundos cenográficos (sets) e Colortran em referencia ao fabricante nos EUA. Por ser um refletor com uma abertura de luz muito ampla, é muito usado para iluminar cicloramas, (telões brancos no fundo do palco), em set de filmagem, exposições ou mesmo como luz de serviço, entre outras tantas utilizações.

Lâmpadas halógenas halopin bipino, são lâmpadas utilizadas em spot arquitetural e refletores para a arte cênica do tipo Plano Convexo, Fresnel e Elipsoidal.

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Lâmpadas de Led

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Lâmpadas de Led (Light Emitting Diode) é um componente eletrônico, mais precisamente um diodo semicontudutor que quando energizado, emite luz visível. Diferente da maioria dos componentes eletrônicos, que liberam energia através do calor, o LED consegue liberar a energia excedente na forma de luz visível.Com a evolução do processo de construção do LED, estes componentes passaram a emitir luzes em cores diferentes, mesmo tendo uma carcaça transparente. Sua funcionalidade básica é a emissão de luz em locais e instrumentos onde se torna mais conveniente a sua utilização, no lugar de outro tipo lâmpada. Especialmente utilizado em produtos de microeletrônica como sinalizador de avisos, sinais de transito, painéis, televisores e em uma enorme variedade de lâmpadas para qualquer seguimento, seja cênica, arquitetural. Além de serem ecologicamente correto, pois não contem mercúrio e nem qualquer outra substancia perigosa, elas proporcionam até 80% de economia de energia comparando com as soluções de iluminação tradicional e requerem o mínimo de manutenção, devido à vida extremamente longa, é a lâmpada de maior durabilidade já criada, chegando a durar em média 50.000 horas.

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Refletores Cênicos

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Por volta de 1822, Augustin Jean Fresnell (1788-1827) desenvolveu uma lente para ser usada em faróis de sinalização para embarcações, uma lente que levou o seu nome. Com suas lentes de sulcos prismáticos concêntricos, que concentrava o facho de luz e ao mesmo tempo torna-se difuso. Essa lente foi adaptada a um refletor para uso em teatro, por volta de 1920. Utilizam lâmpadas halogenas.

Fresnel

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Com a virada do século XX, as inovações na iluminação se acentuam mais rápido ainda. Por volta de 1915, é criado um refletor que daria mais significado para o conceito de foco. É o “Spot”, que com um sistema de lâmpada incandescente, um parabólico de alumínio e a lente óptica, transforma a possibilidade de se destacar o foco de luz no meio de uma luz mais geral, ou criando diferentes climas dramáticos nas cenas idealizados pala direção. Esses Refletores utilizam lâmpadas halogenas.

Plano Convexo

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Elipssoidal

ELIPSOIDAL (300, 350, 500, 1000, 2000 e 5.000 wts) Com lâmpadas em 110 e 220vts, o nome vem em virtude de sua forma elíptica, que possibilita um ponto de foco entre as duas lentes reguláveis, que diminui ou aumenta o tamanho do feixe de luz. Quanto mais distante uma lente da outra, mais estreito o facho de luz. Tem ajuste de zoom em variados graus de 2 graus até 56 graus, diafragma circular para regulagem do tamanho de foco (íris) recurso de facas com cortes quadrados ou triangulares. Possui ainda a possibilidade de inserção de gobos (mascaras) e porta gelatinas

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SET LIGHT ou Colortran. (100, 150, 300, 500 e 1000 wts), Com lâmpadas halogenas de 110 e 220 vts, o nome Set Lght vem dos fundos cenográficos (sets) e Colortran em referencia ao fabricante nos EUA. Muito usado em sets de cinema, eficiente para iluminar cicloramas brancos no fundo do palco, é também bastante usado em exposições, quando se quer obter uma luz homogênea por toda a parede, onde estão expostos os quadros, devendo utilizar nesses casos, set light com lâmpadas de 100 ou 150 wts.

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A Luz

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A luz que conhecemos é uma gama de comprimento de onda. É uma radiação eletromagnética pulsante, que se situa entre as radiações de infravermelho e ultravioletas, dentro de um espectro com diferentes ondas, como as do rádio, radar, raio x e micro-ondas. A luz com certeza é uma forma de energia. A energia por ela transportada não é mecânica, mas sim eletromagnética. Todas as fontes de luz são iguais. Só há luz onde acontece a transformação de matéria em energia. A energia gerada se dissipa expulsando partículas. Algumas dessas partículas atingem aceleração suficiente para transformarem em fótons. No caso particular da luz, a unidade é o Angstrom.

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Espectro EletromagnéticoUma sucessão contínua de irradiação magnética e elétrica que pode ser caracterizada pela frequência ou comprimento da onda. A luz visível para o olho humano, abrange uma parte pequena do espectro eletromagnético na região de cerca de 380 nanômetros (violeta) até 770 nanômetros (vermelho) de comprimento da onda. Que há nesse intervaloNesse intervalo encontramos as cores que formam a luz branca, ou seja, para cada comprimento do espectro da luz, o nosso aparelho de visão registra como uma cor.Estrelas como o Sol emitem luz, enquanto que os planetas e seus satélites, assim como nossa lua, refletem a luz solar.

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ÓpticaA óptica é um ramo da física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética, visível ou não. A óptica explica os fenómenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o meio. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível, infravermelho e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenómenos análogos acontecem com os raio x, micro-ondas ondas de rádio e outras formas de radiação electromagnéticas. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a mecânica quântica.

Irradiação Infra-VermelhaEnergia eletromagnética irradiada na faixa do comprimento de onda de cerca de 770 a 1106 nanômetros. A energia nessa faixa não pode ser vista pelo olho humano, mas, pode ser sentida como calor pela pele.

Irradiação Ultravioleta A radiação ultravioleta (UV) é a radiação eletromagnética ou os raios ultravioleta com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raio X, de 380 nm a 1 nm.

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A Luz do SolQuando a luz do sol atravessa do meio "vácuo" para o meio "atmosfera" os raios sofrem um fenômeno e com isso alguns componentes de cor são desviados. A luz gerada pelo sol é a mesma em todos os horários. O que muda é o ângulo em que os raios luminosos penetram na atmosfera terrestre. Os estudos de óptica na física mostram que quando há mudança de meio por onde trafegam os raios luminosos, há o fenômeno da refração e da difração.Quando o sol está na posição do meio dia, os raios luminosos penetram na atmosfera formando um ângulo de 90 graus em relação à entrada na atmosfera. Neste horário praticamente todos os componentes de cor estão atingindo a superfície da terra. Pela manhã e ao entardecer o ângulo de entrada da luz do sol provoca uma difração, fazendo com que muitos componentes azuis da luz sejam absorvidos ou devolvidos para fora da atmosfera, não atingindo a superfície da terra. Por esta razão tanto ao amanhecer quanto ao entardecer vemos a luz do sol avermelhada, alaranjada.A medida que a Terra vai girando em torno do sol, os ângulos de entrada da luz do sol vão mudando, por isso a temperatura de cor que começa pela manhã em menos de 500º K, formando a imagem alaranjada do céu, voltando a cair até o anoitecer.

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Temperatura da Cor (Cromaticidade)Medida científica do equilíbrio dos comprimentos de onda encontrados em qualquer luz “branca”. Originalmente, o termo é utilizado para descrever a “brancura” da luz da lâmpada incandescente. A temperatura da cor está diretamente relacionada com a temperatura física do filamento nas lâmpadas incandescentes, de forma que a escala de temperatura Kelvin (K) é utilizada para descrever a temperatura da cor. Para lâmpadas de descarga, onde nenhum filamento está envolvido, o termo “temperatura de cor correlatada” (TCC) é utilizado para indicar que a luz aparece ”como se” a descarga estivesse operando em uma dada temperatura da cor.Muito embora isto não possa ser considerado fisicamente, uma temperatura de cor mais alta (K) descreve uma fonte de luz azulada, visualmente "fria".

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Com o resumo da tabela no quadro seguinte, os profissionais de fotografia e iluminação passam a ter um referencial sobre as condições da luz para captar, registrar e reproduzir a cena com a maior fidelidade possível do original. Com a ajuda de filtros de correção, confeccionados em acetato colorido, e também chamados de gelatinas, Existem filtros em todas as cores necessárias para se atingir uma correção adequada para cada caso. A função do filtro é permitir passar ou bloquear determinados componentes de cor de uma fonte de luz.

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A cor É uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pre-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor de um material é determinada pelas “médias de freqüência” de onda que as suas moléculas constituinte refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver os raios correspondentes à freqüência daquela cor. Ou seja, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as freqüências fora do vermelho.A cor é relacionada com os diferentes comprimentos da onda do espectro eletromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica ( zona do visível), e por alguns animais através dos órgãos de visão, como uma sensação que nos permite diferenciar os objetos do espaço com maior precisão.Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores por meio de um prisma. Como na natureza seria o arco-íris.

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Moneclaturas

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Ângulo do CampoDimensão angular do cone de luz proveniente de lâmpadas refletoras (tais como os tipos AR e PAR) abrangendo a parte central do facho luminoso dentro do ângulo onde a intensidade é 10% do máximo.

Ângulo do Facho LuminosoDimensão angular do facho de luz proveniente de lâmpadas refletoras (tais como os tipos AR e PAR) abrangendo a parte central do facho luminoso limitada pelo ângulo onde a intensidade é 50% do valor máximo. O ângulo do facho luminoso, algumas vezes chamado "dispersão do facho luminoso" é freqüentemente parte do código de ordem de com-pra das lâmpadas refletoras. Exemplo: A lâmpada GE 50PAR30/HIR/NFL25°, é uma lâmpada halógena pequena de 50 watts, PAR30, com um ângulo de facho luminoso de 25 graus. Ver também Ângulo do Campo.

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Cores da Série Specification (SP) Tipo de cor de lâmpadas fluorescentes de alta eficiência com tri-fósforo, que proporcionam excelente Índice de Reprodução de Cores (IRC). O IRC para as cores SP é 70 ou acima e varia de acordo com o tipo de lâmpada. Cromaticidades disponíveis (ou 'tons") no grupo SP, incluem: SP30 (3000K) - uma boa combinação para as lâmpadas fluorescentes "Branca Morna", incandescentes halogenas ou incandescentes; SP 35 (3500K) - tom neutro para diversas finalidades SP41 (4100K) - projetada para combinar com a cor "branca fria" tradicional;SP50 - ainda mais fria, muito parecida com a combinação sol-céu-nuvens; SP65 - uma cor com aparência muito fria, muito parecida com a luz do sol do norte e projetada para combinar com a cor "luz do dia" tradicional. As cores fluorescentes SP estão disponíveis na maioria dos tipos de lâmpadas lineares utilizadas amplamente incluindo os tipos T8, T12, slimline, U-tube, HO e 1500 mA.

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Cores da Série Specification Deluxe (SPX)Tipo de cor de lâmpadas fluorescentes de alta eficiência com tri-fósforos, que proporcionam Índice de Reprodução de Cores (IRC) melhores do que as cores da série Specification. O IRC das lâmpadas SPX é 80 ou mais e variam de acordo com o tipo de lâmpada. As cromaticidades disponíveis dentro do SPX incluem:SPX27 (2700K) - um tom "quente" cuja intenção é combinar visualmente com a aparência visual das lâmpadas incandescentes de baixa potência; SPX30 (3000k) - uma combinação boa com as lâmpadas incandescentes halógenas e incandescentes de alta potência; SPX35 (3500K) - tom neutro para diversas finalidades; SPX41 (4100K) - Fria na aparência;SPX 50 (5000K) - uma cor simulando luz do dia com uma aparência muito fria mais parecida com a luz celeste.Cores fluorescentes SPX estão disponíveis na maioria dos tipos de lâmpadas utilizadas incluindo T8, T12, U-tube, High Lumen Biax. Lâmpadas fluorescentes compactas GE (CFL's) tipicamente utilizam somente cores SPX.

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Curva de Distribuição da Intensidade LuminosaCurva, geralmente polar, que representa a variação da intensidade luminosa de uma fonte, segundo um plano passando pelo centro, em função da direção. Distribuição de Energia Espectral Um gráfico da energia irradiante emitida por uma fonte de luz como função do comprimento de onda. Estas distribuições proporcionam uma “impressão digital” ou visual das características de cor da fonte de luz por toda a faixa visível do espectro. Eficiência da LumináriaA razão entre os lumens emitidos por uma luminária divididos pelos lumens emitidos pela lâmpada, ou lâmpadas, em uso. Eficiência Luminosa É o fluxo luminoso (lumens) de uma fonte de iluminação dividido pela energia total (watt) consumida por aquela fonte. É expressa em lumens por watts.

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Fator de Potência (FP) Uma avaliação da diferença de fase entre a tensão e a corrente em circuitos de corrente alternada. Os fatores de potência podem ser calculados de 0 até 1,0, com 1,0 sendo ideal. O fator de potência é algumas vezes expresso como um percentual. Um fator de potência alto significa que um aparelho ou sistema elétrico está utilizando eficientemente a potência. As lâmpadas incandescentes já possuem fatores de potência perto de 1,0 porque elas são cargas “resistivas” simples. O fator de potencia de um sistema de lâmpada de descarga é determinado pelo reator utilizado. O fator de potência “alto” significa uma classificação de 0,9 ou maior. O fator de potência de reatores eletromagnéticos com “ núcleo e espiral” pode ser tão baixo quanto 0,5 – 0,6.

Fluxo LuminosoÉ a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz e avaliada pelo olho humano. Sua unidade é o lumen (lm).

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FósforoUm composto químico inorgânico processado em um pó e depositado sobre a superfície de vidro interna dos bulbos de lâmpadas fluorescentes e de algumas lâmpadas de vapor metálico e de mercúrio. Os fósforos estão projetados para absorver radiação ultravioleta de comprimento de onda curto, transformá-la e emiti-la como luz visível.

FotometriaÉ o ramo da ótica que se preocupa em medir a luz, em termos de como seu brilho é percebido pelo olho humano. Aquela se diferencia da radiometria, que é a ciência que mede a luz em termos de sua potência absoluta, por descrever a potência radiante associada a um dado comprimento de onda, usando a função de luminosidade modeladora da sensibilidade do olho humano ao brilho.

Foton Partícula elementar associada ao campo eletromagnético.

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Iluminância É uma medida da densidade de fluxo luminoso incidente em uma superfície. Ela é o quociente do fluxo luminoso pela área da superfície, quando esta é uniformemente iluminada. A iluminancia em um ponto da superfície perpendicular à fonte de luz é determinada pela razão entre a Intensidade Luminosa e a distância ao quadrado. Para incidência oblíqua, este valor é multiplicado pelo coseno do ângulo. A iluminancia é medida em footcandle ou lux (SI).

Índice de Reprodução de Cor (IRC)É um sistema internacional utilizado para avaliar a capacidade da própria lâmpada para representar as cores dos objetos. Quanto mais alto o IRC (baseado em uma escala de 0 a 100), melhor aparecem as cores. As classificações IRC de lâmpadas diversas podem ser comparadas. Contudo, uma comparação numérica somente é válida se as lâmpadas são também avaliadas quanto a mesma cromaticidade. As diferenças de IRC entre lâmpadas de maneira geral não são significantes, ou seja visíveis a olho nu, a menos que a diferença seja maior que três a cinco pontos. Consultar o ítem Cromaticidade.

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Intensidade LuminosaÉ a potência de radiação visível, disponível em certa direção. A sua unidade é expressa em lumens ou candelas (cd) (unidade internacional de intensidade luminosa. O termo é proveniente do passado da iluminação, quando uma vela padrão de composição e tamanho fixo foi utilizada como um fundamento para avaliação da intensidade de outras fontes de luz.

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LâmpadaTermo utilizado para se referir ao conjunto completo da fonte de iluminação, incluindo as peças internas bem como o tubo ou o bulbo externo. "Lâmpada", também é utilizado para se referir ao tipo de luminária para pequena iluminação, tal como, uma lâmpada de mesa

Lâmpada RefletoraPode ser uma lâmpada incandescente, fluorescente compacta ou HID com um bulbo com superfície refletora. As versões incandescente e HID são fabricadas de uma peça única de vidro alcalino ou borosilicato. As versões CFL podem ser de peça única ou podem ser projetadas de forma que a lâmpada interna possa ser substituída.

Lâmpada Refletora Elíptica (ER)Uma lâmpada incandescente com um refletor de formato elíptico. Este formato produz um ponto focal a frente da parte frontal da lâmpada, o que reduz a absorção da luz em alguns tipos de luminárias. Isto é particularmente positivo quando a lâmpada é utilizada em luminárias embutidas, pois reduz a perda de luz no interior da luminária.

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Lumen (lm)A unidade internacional (SI) do fluxo luminoso ou quantidade de luz. Uma vela de jantar emite cerca de 12 lumens. Uma lâmpada incandescente Cristal de 60W é muito mais potente com cerca de 864 lumens. Fotometricamente, ele é o fluxo luminoso emitido dentro de um ângulo sólido unitário (um steradiano) por uma fonte pontual tendo a intensidade luminosa uniforme de uma candela.

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Lumens MédiosÉ o rendimento médio de luz de uma lâmpada relacionada com sua vida útil publicada. Para lâmpadas multi-vapor e fluorescentes, os lumens médios são avaliados a 40% da vida útil publicada da lâmpada. Para lâmpadas de vapor de mercúrio, incandescentes e de vapor de sódio de alta-pressão, os lumens médios são avaliadas a 50% da vida útil publicada da lâmpada.

Lumen Por Watt (lpw)Uma avaliação da eficiência de uma fonte de iluminação. A eficiência é facilmente calculada tomando-se o fluxo lumen de uma lâmpada e dividindo-o pela potência (watt) da lâmpada. Por exemplo, 100 watts produzindo 1750 lumens tem uma eficiência de 17,5 lumens por watt. A primeira lâmpada de Edison: 1,4 lpw; Lâmpadas incandescentes: 10 a 40 lpw; Lâmpadas halogenas: 20 a 45 lpw; Lâmpadas fluorescentes: 35 a 100 lpw; Lâmpadas vapor de mercúrio: 50 a 60 lpw; Lâmpadas multi-vapor: 80 a 125 lpw; Lâmpadas vapor de sódio de alta pressão: 100 a 140 lpw.

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Luminância É uma medida da sensação de claridade que o olho humano percebe da superfície. A luminancia depende do tamanho aparente da superfície, dada pelo ângulo de observador, e da Intensidade Luminosa emitida pela superfície na direção do olho. Sua unidade é a candela por metro quadrado (cd/m²). Ela também pode ser expressa em candelas por polegada2, muito embora em unidades mais antigas, o ‘foot-lambert’ é ainda algumas vezes utilizado. LumináriaUnidade completa de iluminação consistindo de uma lâmpada (ou lâmpadas), junto com as partes projetadas para distribuir a luz, posicionar, proteger e conectar a lâmpada com a fonte de energia.

Lux (lx)Unidade de iluminação do Sistema Internacional e é definida como um lumen uniformemente distribuído por uma área de um metro quadrado. Um lux é igual a 0,0929 footcandle. Consultar também Footcandle.

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Manutenção de Lumens É como uma lâmpada mantém seu brilho original através de sua vida. À medida que uma lâmpada vive, ela reduz o seu nível de iluminação. As lâmpadas halogenas possuem alta manutenção de lumens, mantendo ao final de sua vida, praticamente, o mesmo brilho de quando eram novas. A manutenção do lumen é, usualmente, estabelecida como uma curva.

NanômetroUnidade de medida do comprimento de onda igual a 10-9 metros.

Partida Rápida Trata-se de um circuito lâmpada fluorescente -reator que utiliza aquecimento contínuo do catodo, enquanto o sistema está energizado, para dar partida e manter o fluxo luminoso da lâmpada em níveis eficientes. Reatores de partida rápida podem ser tanto eletromagnéticos, eletrônicos ou híbridos. A dimerização total da lâmpada fluorescente somente é possível com sistemas de partidas rápidas.

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Radiometria, que é a ciência que mede a luz em termos de sua potência absoluta, por descrever a potência radiante associada a um dado comprimento de onda, usando a função de luminosidade modeladora da sensibilidade do olho humano ao brilho.

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Eletrecidade

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Ampères ("Amps" ou "A") Medida da corrente elétrica. Nas lâmpadas incandescentes, a corrente está relacionada com a tensão e a potência, da seguinte forma: Corrente (Amps) = Potência (Watts) / Tensão (Volts). Quilowatt (kW)Unidade de potência que representa mil watts (1 watt x 1.000 = 1 quilowatt).

Quilowatt-Hora (kWh)É a unidade padrão de energia elétrica e também a unidade de cobrança típica utilizadas pelas empresas de serviços públicos de eletricidade. Uma lâmpada de 100 watts operada por 10 horas consome 1000 watt-horas (100 x 10) ou 1 quilowatt-hora. Se a empresa de serviços públicos cobra $ 0,10/kWh, então, o custo da eletricidade para as 10 horas de operação poderia então ser 10 centavos (1 x 0,10).

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Reatores Equipamento auxiliar projetado para proporcionar a partida de lâmpadas, tais como as de descarga, bem como prover tensão e corrente elétrica adequada ao funcionamento das mesmas. Algumas lâmpadas requerem reatores com proteção térmica.

Reator EletrônicoEste tipo de reator utiliza componentes eletrônicos e, tipicamente, operam lâmpadas fluorescentes em frequências na faixa de 25-35 kHz. As vantagens são: Aumento da eficiência da lâmpada, redução da potência consumida pelo sistema (lâmpada + reator), tamanho mais compacto e peso mais leve quando comparado com os reatores eletromagnéticos. Reatores eletrônicos também podem ser utilizados com lâmpadas HID, mas, os circuitos são completamente diferentes.

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Tensão (V) É a força eletromotiva em um aparelho ou circuito elétrico expressa em volts. A tensão pode ser lembrada como sendo análoga à pressão na linha da água. Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o Volt em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta. Por outras palavras, a tensão elétrica é a "força" responsável pela movimentação de elétrons. O potencial elétrico mede a força que uma carga elétrica experimenta no seio de um campo elétrico, expressa pela lei de Coulomb, portanto a tensão é a tendência que uma carga tem de ir de um ponto para o outro. Normalmente toma-se um ponto que se considera de tensão zero e mede-se a tensão do resto dos pontos relativos a este.R = Resistência (Ohms)I = Intensidade da corrente (Ampères)U = Diferença de potencial ou tensão (Volts)Watt (W) Uma unidade de potência elétrica. As lâmpadas são marcadas em watts para indicar o seu consumo de energia. A energia consumida multiplicada pelo tempo de utilização é igual a energia elétrica utilizada.