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  • DPC SEMESTRAL Processo Penal

    Guilherme Madeira Data: 17/05/2013

    Aula 15

    DPC SEMESTRAL 2013 Anotador(a): Tiago Ferreira

    Complexo Educacional Damsio de Jesus

    RESUMO

    SUMRIO

    1) Provas em espcie (Prova testemunhal; Busca e apreenso)...continuao.

    PROVAS NO PROCESSO PENAL (Arts. 155 a 250 do CPP): PROVA TESTEMUNHAL (Arts. 202 a 225 do CPP): 3) Procedimento para a oitiva de testemunha: 3.1) Momento para arrolar testemunha: a) Denncia ou queixa e resposta acusao pela defesa. b) Na 2 fase do jri (Art. 422 CPP). c) Ao final da audincia de instruo no procedimento comum ordinrio (Art. 400 CPP). d) Mutatio Libelli (Art. 384 CPP). 3.2) Desistncia da testemunha: Em regra, a parte pode desistir da oitiva da testemunha e no precisa da concordncia da parte adversa. Exceo: Plenrio do jri - Aps a instalao da sesso obrigatria a concordncia da outra parte E dos jurados. 3.3) Substituio da testemunha: O CPP no prev de maneira expressa. Aplica-se subsidiariamente o artigo 408 do CPC. 4) Deveres da testemunha: 4.1) Dever de depor. Excees: Arts. 206 e 207 do CPP.

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    4.2) Dever de comparecimento. Ateno 1: As pessoas mencionadas no Art. 221, 1 podem optar por prestar o depoimento por escrito. 1o O Presidente e o Vice-Presidente da Repblica, os presidenteS do Senado Federal, da Cmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal podero optar pela prestao de depoimento por escrito, caso em

    que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes sero transmitidas por ofcio. Ateno 2: As pessoas mencionadas no caput do Art. 221 podem agendar data e horrio do depoimento. Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da Repblica, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territrios, os secretrios de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municpios, os deputados s Assembleias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judicirio, os ministros e juzes dos Tribunais de Contas da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do

    Tribunal Martimo sero inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. OBS: Para o STF, se esta prerrogativa do caput do Art. 221 no for utilizada no prazo de 30 dias, ser perdida e o juiz marcar a data (usavam desse benefcio para procrastinar o processo e tentar alcanar eventual prescrio). Ateno 3: Atenuao no caso de carta precatria (Art. 222 CPP). Ateno s smulas 155 do STF e 273 do STJ.

    Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdio do juiz ser inquirida pelo juiz do lugar de sua residncia, expedindo-se, para esse fim, carta precatria, com prazo razovel, intimadas as partes. 1

    o A expedio da precatria no suspender a instruo criminal.

    2o Findo o prazo marcado, poder realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatria, uma vez

    devolvida, ser junta aos autos. 3

    o Na hiptese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poder ser realizada por meio de

    videoconferncia ou outro recurso tecnolgico de transmisso de sons e imagens em tempo real, permitida a presena do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realizao da audincia de

    instruo e julgamento. Ateno 4: Carta rogatria (Art. 222-A do CPP): a nica hiptese de prova testemunhal em que a parte deve previamente demonstrar a importncia da oitiva da testemunha e arcar com os custos de sua expedio. Art. 222-A. As cartas rogatrias s sero expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio. Pargrafo nico. Aplica-se s cartas rogatrias o disposto nos 1

    o e 2

    o do art. 222 deste Cdigo.

    4.3) A testemunha tem o dever de prestar compromisso: Regra: Como regra, todas prestam. Excees: a) Testemunhas dispensadas (Art. 206); b) Menor de 14 anos e deficiente mental (Art. 208). 4.4) Com o compromisso, a testemunha tem o dever de dizer a verdade. OBS: A testemunha s poder silenciar sobre fatos que importem no reconhecimento de crime por ela praticado.

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    4.5) Dever de comunicar a alterao de endereo (Art. 224 CPP). 5) Procedimento para a oitiva da testemunha: a) Qualificao da testemunha: Ateno: Se houver dvida sobre a identidade ela ser ouvida mesmo assim, nos termos do Art. 205 do CPP (ouve-se a testemunha e depois confirma a sua identidade). b) Contradita: o procedimento para afastar a testemunha. Ocorre logo aps a qualificao, sob pena de precluso. c) Rejeitada a contradita, ou se no ocorrer, ocorrer a advertncia, ou seja, tem o dever de dizer a verdade (Art. 210). d) Aps vem as perguntas com o chamado cross examination. 5.1) Cross Examination (Art. 212 do CPP): As partes perguntam diretamente para a testemunha, e o juiz o ltimo a perguntar. Ateno: O juiz pode indeferir as perguntas irrelevantes, impertinentes, repetidas ou que induzam resposta. Ateno: Para o STF, se o juiz for o primeiro a perguntar haver, quando muito, nulidade RELATIVA (RHC 110623/DF - Rel. Min. Ricardo lewandowski - J. 13.03.12). Exceo: No plenrio do jri, o juiz o primeiro a perguntar, nos termos do Art. 473 do CPP. Ateno: O jurado pergunta por meio do juiz.

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    BUSCA E APREENSO (Arts. 240 a 250 do CPP): 1) Natureza Jurdica: a) Doutrina Clssica: A B&A uma medida cautelar probatria (mais solicitada em concurso). b) Doutrina Moderna: A B&A configura meio de obteno de prova. 2) Previso legal / constitucional: Art. 5, XI da CF/88 e Art. 240 do CPP. 3) Busca e Apreenso Pessoal: No precisa de mandado, basta que haja fundada suspeita de que algum oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do pargrafo anterior -1 do Art. 240 - conforme disposio do Art. 240, 2 do CPP. Ateno: A busca e apreenso pessoal em mulher deve ser feita por outra mulher ( a regra), SALVO se importar em retardamento ou prejuzo da diligncia ( a exceo), conforme Art. 249 do CPP. 4) Busca e Apreenso Domiciliar: Segundo a CF/88, s pode ser feita de dia e com mandado, SALVO nos casos de: -flagrante; -desastre; -para prestar socorro; -com o consentimento do morador. Ateno: Nas excees, a busca e apreenso domiciliar pode ser feita de dia, de noite, com ou sem mandado. Ateno: O consentimento do morador pode ser retirado a qualquer tempo. 5) Conceito de domiclio / casa (Art. 150, 4 e 5 do CP): a) Compreende qualquer compartimento habitado; b) Aposento ocupado ou de habitao coletiva; c) Compartimento no aberto ao pblico onde algum exerce sua atividade. 6) Conceito de dia / noite: a) Conceito sociolgico: Noite o perodo de repouso (no o conceito adotado no Brasil).

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    b) Conceito geogrfico (Jos Pimenta Bueno): Dia o perodo entre a aurora e o crepsculo. c) Conceito temporal (Bento de Faria e Eduardo Espnola): Dia o perodo que vai das 06h s 18h ( o que prevalece no Brasil). Ateno: Esse o perodo que se exige para iniciar a diligncia, podendo obviamente ser estendida aps o seu decurso (desde que iniciada corretamente). Cabimento da busca domiciliar: Art. 240, 1 do CPP. 7) Questes outras (Temas polmicos): 7.1) Descoberta fortuita de provas / Encontro fortuito / Serendipidade: Serendipidade, no dicionrio, significa descoberta feliz / achado feliz. Conceito 7.1: Trata-se da descoberta de um novo crime ou de um novo autor de crime no previsto na investigao inicial. a) Serendipidade de 1 grau: Nesta o fato novo descoberto tem relao com o fato investigado e, segundo a jurisprudncia, pode ser utilizada como prova. Exemplo: investiga traficante e descobre que este matou porque a vtima roubava do trfico. b) Serendipidade de 2 grau: O novo fato descoberto no tem relao com o fato investigado e no pode ser usada a prova descoberta (mas pode ser utilizada como noticia criminis). Exemplo: investiga traficante e descobre que este matou porque foi trado pela mulher. 7.2) Carro: Se o carro tiver funo precpua de domiclio, ser domiclio. Exemplo: trailer e motorhome (Boleia do caminho no considerada como domiclio). 7.3) Droga / Trfico e crime permanente: A simples alegao de que se trata de crime permanente no permite a entrada na residncia. Deve haver indcios concretos de que tenha droga l dentro - Aps denncia annima, deve investigar, deve verificar a procedncia das informaes, para somente ento adotar providncias. 7.4) Busca e apreenso em escritrio de advocacia (Art. 7 da L 8.906/94): S pode realizar busca e apreenso em escritrio de advocacia se houver indcio da prtica de crime pelo advogado e constituda a materialidade.

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    O mandado deve ser especializado e pormenorizado, devendo ser cumprido na presena de representante da OAB. 7.5) Flrida vs Jardines - J. Outubro/2012 - Suprema Corte Norte-americana: Se a pessoa possui expectativa de privacidade, precisa de mandado judicial. Se a pessoa no tem expectativa de privacidade, no precisa de mandado. 7.6) Busca e apreenso pessoal e celular: A busca e apreenso pessoal realizada no momento da priso em flagrante permite polcia que mexa no celular da pessoa e veja o histrico de ligaes. 7.7) Busca e apreenso em Lan House: O Supremo entendeu que se o proprietrio da Lan House autorizar a entrega do computador aos policiais, que no possuam mandado de busca, vlida esta prova (A teoria da expectativa de privacidade foi usada aqui).

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