direito processual civil introdução ao processo de execução

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Direito Processual Civil

Introdução ao Processo de Execução.

Noções gerais.

• A atividade jurisdicional identifica-se pela atuação da vontade concreta da lei, através da substituição das partes pelo Estado Juiz.

• Essa atividade jurisdicional pode ser cognitiva (Processo de Conhecimento) ou executória (Processo de Execução).

Processo de Conhecimento X Processo de Execução

• No Processo de Conhecimento o juiz investiga os fatos ocorridos, definindo a aplicação da norma jurídica ao caso concreto.

• No Processo de Execução busca-se o resultado prático, a satisfação do direito previamente reconhecido. Não há discussão sobre a existência do direito.

Processo de Conhecimento X Processo de Execução

• Wambier: Há dois tipos de atividade jurisdicional: a cognitiva e a executória. A primeira é prevalentemente intelectual: o juiz investiga fatos ocorridos anteriormente e define qual a norma que está incidindo no caso concreto. Enfim, é uma atividade lógica, e não material. A segunda é prevalentemente material: busca-se um resultado prático, fisicamente concreto.

Aplicação subsidiária do Processo de Conhecimento.

• Art. 598. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições que regem o processo de conhecimento.

• Ex.: regras para as práticas de atos processuais, contagem de prazos, recursos, etc.

Requisitos do Processo de Execução e da “fase de cumprimento da sentença”.

• Incidência das regras gerais sobre os pressupostos processuais e as condições da ação, exigidas no Processo de Conhecimento.

• Existência, no entanto, de outros requisitos, chamados de específicos (art. 580):

a) Título executivo;b) Liquidez, certeza e exigibilidade; ec) Inadimplemento.o Artigos 586 e 618, I.

Objetivo da Execução.

• Através da execução forçada, o Estado intervém no patrimônio do devedor para tornar efetiva a vontade sancionatória, realizando, à custa do devedor, sem ou até contra a vontade deste, o direito do credor.

Título executivo (I).• É cada um dos atos jurídicos que a lei

reconhece como necessários e suficientes para legitimar a realização da execução, sem qualquer nova ou prévia indagação acerca da existência do crédito.

• É ato, retratado documentalmente, necessário e suficiente para ensejar atuação executiva, sem nova ou prévia investigação do mérito.

• Nulla executio sine titulo.

Título executivo (II).

• A lei enumera exaustivamente os títulos executivos. Podem ser:

a) Judiciais (art. 475-N); eb) Extrajudiciais (art. 585).

Títulos executivos judiciais (475-N):

I. A sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia.

• Refere-se à parte condenatória de qualquer sentença do Processo de Conhecimento, transitada em julgado. Inclui, também, as sentenças de natureza constitutiva e declaratória, no que diz respeito à parte condenatória (ex., sucumbência).

Títulos executivos judiciais (475-N):

II. A sentença penal condenatória transitada em julgado.• A sentença condenatória no processo crime vale, para a

vítima ou familiares, de título executivo para receber indenização do criminoso, no âmbito cível.

• Não será necessário novo processo para verificar a responsabilidade do autor do ilícito.

• Basta que se proceda a liquidação do valor devido, em procedimento de liquidação de sentença (será visto adiante).

Títulos executivos judiciais (475-N):

III. A sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que verse matéria não posta em juízo.

IV. A sentença arbitral.• Lei n. 9.307/96, arts. 23 e seguintes.

V. O acordo extrajudicial, homologado judicialmente.

Títulos executivos judiciais (475-N):

VI. A sentença estrangeira, homologada pelo STF.

• Arts. 483 e 484 do CPC e arts. 215 e seguintes do RISTF.

VII. Formal e a certidão de partilha.

Títulos executivos extrajudiciais (585):

I. A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicada, a debênture e o cheque.

• Títulos de crédito.II. A escritura pública ou outro documento

público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo MP, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores.

Títulos executivos extrajudiciais (585):

III. Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida.

• Nova redação. Hipoteca, penhor, anticrese e caução são direitos reais de garantia (arts. 1419 e seguintes do CCivil).

IV. O crédito decorrente de foro e laudêmio.• Nova redação.

Títulos executivos extrajudiciais (585):

V. V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio (nova redação).

VI. o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial (nova redação).

Títulos executivos extrajudiciais (585):

• VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei (nova redação).

• VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva (nova redação).

Liquidez, certeza e exigibilidade.

• Artigo 586. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

• Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de 15 dias, (...).

• Certeza: não se discute o direito, mas a exata definição de seus elementos (obrigação certa, com a natureza da prestação, seu objeto e sujeitos).

• Exigibilidade: precisa indicação de que a obrigação já deve ser cumprida (ver art. 582).

• Liquidez: exata definição do quantum devido.

Exemplo de falta de certeza e liquidez em um título:

• Contratos de abertura de crédito em conta corrente: Não é título executivo nem mesmo quando acompanhado de extrato pormenorizado do débito (Súmula 233, STJ).

Inadimplemento (I).• Art. 580.  A execução pode ser instaurada caso o

devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo

• Art. 581. O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação; mas poderá recusar o recebimento da prestação, estabelecida no título executivo, se ela não corresponder ao direito ou à obrigação; caso em que requererá ao juiz a execução, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la.

Inadimplemento (II).• Art. 582. Em todos os casos em que é defeso a um

contraente, antes de cumprida a sua obrigação, exigir o implemento da do outro, não se procederá à execução, se o devedor se propõe satisfazer a prestação, com meios considerados idôneos pelo juiz, mediante a execução da contraprestação pelo credor, e este, sem justo motivo, recusar a oferta. (Regra da exigibilidade)

• Parágrafo único. O devedor poderá, entretanto, exonerar-seda obrigação, depositando em juízo a prestação ou a coisa; caso em que o juiz suspenderá a execução, não permitindo que o credor a receba, sem cumprir a contraprestação, que lhe tocar.

A ação de execução:

• Direito de exigir que o Estado tome providências efetivas para o cumprimento da obrigação pelo devedor.

• Remanesce no título extrajudicial. Todavia, a fase de “cumprimento da sentença” também tem caráter de tutela executiva (Wambier).

Competência (I).• Art. 575. A execução, fundada em título

judicial, processar-se-á perante:I. Os tribunais superiores, nas causas de sua

competência originária (ver art. 475-P, I).II. O juízo que decidiu a causa no primeiro grau

de jurisdição (ver art. 475-P, II).III. Revogado.IV. O juízo cível competente, quando o título for

sentença penal condenatória ou sentença arbitral (ver art. 475-P, III).

Competência (II).

• Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o juízo competente, na conformidade do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e III.

• Art. 578. A execução fiscal será proposta no foro do domicílio do réu; se não o tiver, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

Alguns princípios informativos da tutela jurisdicional executiva (I).

• Toda execução é real, isto é, incide direta e exclusivamente sobre o patrimônio (e não sobre a pessoa).

• A execução tende apenas à satisfação do direito do credor. Tanto é assim que o art. 659 define que serão penhorados “tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custas e honorários advocatícios.”

Alguns princípios informativos da tutela jurisdicional executiva (II).

• Princípio do menor sacrifício do executado. Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”.

Direito Processual Civil

Sujeitos da Execução.

Podem promover a execução (art. 566):

• I - o credor a quem a lei confere título executivo;

• II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.

Podem promover a execução (art. 567):

I. O espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo.

II. O cessionário, quando o direito resultante do título executivo for transferido por ato entre vivos.

III. O sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.

Podem sofrer a execução (568):

I. O devedor, reconhecido como tal no título;II. O espólio, os herdeiros ou sucessores de

devedor;III. O novo devedor, que assumiu, com o

consentimento do credor, a obrigação resultante do título;

IV. O fiador judicial;V. O responsável tributário, assim definido em

legislação própria.

Também ficam sujeitos à execução, os bens (art. 592):

• I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;

• II - do sócio, nos termos da lei;• III - do devedor, quando em poder de terceiros;• IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens

próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida;

• V - alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução.

Direito Processual Civil

Responsabilidade patrimonial.

Noções gerais.

• É a situação em que se encontra o devedor de não poder impedir que a sanção seja realizada mediante agressão direta ao seu patrimônio.

• Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (I).• Bens absolutamente impenhoráveis (art. 649):• Mas podem ser penhorados se o devedor nomeá-

los.I. Os bens inalienáveis e os declarados, por ato

voluntário, não sujeitos à execução;• Pacto de impenhorabilidade.II. Os móveis, pertences e utilidades domésticas que

guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida (nova redação).

• Devem guarnecer a residência do executado. Exemplo de móvel penhorável: tv de plasma.

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade

patrimonial (II).III. Os vestuários, bem como os pertences

de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor (nova redação).

• Impenhorabilidade de bens para a sobrevivência própria. Joias podem ser penhoradas.

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (III).

IV. Os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo (nova redação).

• O parágrafo terceiro foi vetado.• Assis: é impenhorável a participação do empregado no

lucro da empresa; os créditos obtidos na reclamação trabalhista; é ilegal realizar descontos em folha, sem autorização do empregado; com o veto do parágrafo terceiro, independentemente do valor, o salário é impenhorável.

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (IV).

• Bens absolutamente impenhoráveis (art. 649) - continuação:

IV. Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão (nova redação).

V. O seguro de vida (nova redação).• § 2o  O disposto no inciso IV do caput deste

artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia (nova redação).

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (V).

• Bens absolutamente impenhoráveis (art. 649) - continuação:

VII. Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas (nova redação).

VIII. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família (nova redação).

• Ver inciso XXVI, artigo 5o, CF.IX. Os recursos públicos recebidos por instituições

privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social (nova redação).

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (VI).

• Bens absolutamente impenhoráveis (art. 649) - continuação:

VII. Até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança (nova redação).

• Segundo Araken de Assis, a regra só se aplica a esse tipo de aplicação financeira. Pouco importa quantas poupanças o devedor possui, será impenhorável a somatória dos valores até atingir quarenta salários mínimos.

• § 1o  A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem (nova redação).

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (VII).

• Art. 650.  Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados à satisfação de prestação alimentícia (nova redação).

Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (VIII).

• Bem de família (Lei n. 8.009/90).• Art. 1o. O imóvel residencial próprio do casal, ou

da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei.

Fraude contra credores.

• Fraude contra credores (arts. 158/165, CCivil).• Requisitos:1. Objetivo: eventus damni, caracterizado pela

insolvência do devedor.2. Subjetivo: consilium fraudis, isto é, a

intenção fraudulenta bilateral.• Exige ação pauliana.

Fraude à execução.

• Considera-se fraude à execução (art. 593, CPC) a alienação ou oneração de bens:

I. Quando sobre eles pender ação fundada em direito real;

II. Quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência.

Conseqüências da fraude à execução:

• Seu ataque dispensa o manejo de ação especificamente destinada ao desfazimento dos efeitos prejudiciais do ato.

• É tipificada como crime (art. 179, CP).• Não se põe como requisito a intenção de

prejudicar terceiros (consilium fraudis)

Jurisprudência• Embargos de Terceiro - Fraude de Execução - Imóvel alienado antes

do início da execução do sócio - Inocorrência - A fraude de execução é um instituto processual que prescinde de qualquer intenção dolosa ou culposa do adquirente, tornando irrelevante o consilium fraudis para caracterização da fraude, que se aperfeiçoa quando há demanda capaz de reduzir o demandado à insolvência (art. 593, inciso II, do CPC). A alienação de bens particulares do sócio quotista, antes do início da execução de seu patrimônio, não gera a fraude de execução, porquanto a sua responsabilidade é secundária. Não se caracteriza a fraude de execução quando terceiro de boa-fé adquire bens de sócio que não estava sendo executado, pois inexistia demanda capaz de reduzi-lo à insolvência, sob pena de conferir interpretação extensiva ao mandamento legal, com conseqüente insegurança nas relações comerciais. Agravo de Petição provido. Inteligência do art. 593, inciso II, do CPC (TRT-2ª Região - 7ª T.; AgP em ET nº 02167200706902000-SP; ac nº 2008.0725850; Rel. Des. Federal do Trabalho José Carlos Fogaça; j. 21/8/2008; v.u.).

Quadro comparativo

Fraude de execução

• Instituto de Direito Processual • Presume-se a má-fé e a

insolvência. • Interesse do credor e do Estado,

sendo considerados atentatórios à dignidade da Justiça os atos praticados (art. 600, I, do CPC).

• Atos declarados ineficazes • Declarável mediante incidente

• Tipifica ilícito penal (art. 179, do CP).

Fraude contra credores

• Instituto de Direito Material • Ônus da prova do credor

• Interesse somente do credor como particular prejudicado.

• Atos anuláveis • Objeto de ação anulatória

autônoma e específica • Interesse puramente particular.

2ª Fase OAB/SP – Exame 137, de janeiro de 2009.

• Diógenes deve a Daniele o valor de R$ 40.000,00, representado por nota promissória emitida pelo devedor em 10/8/2008, com vencimento estipulado para 15/10/2008, que deveria ser liquidada no foro do domicílio do devedor, em Campinas – SP. Como a obrigação não foi cumprida no seu vencimento, Daniele, após proceder ao protesto cambial, propôs ação de execução contra Diógenes, que, no tríduo legal, não efetuou o pagamento da dívida nem indicou bens à penhora, apesar de regularmente intimado, para tal fim, pelo juiz. Em seguida, a credora ficou sabendo que Diógenes, no dia 3/10/2008, doara a Marcos, seu filho, o único bem livre e desembargado que então possuía — um terreno urbano avaliado em R$ 45.000,00, agora registrado, em nome do donatário, na matrícula 6.015 R.5, no Cartório de Registro de Imóveis de Campinas – SP.

• Em face dessa situação hipotética, elabore a medida judicial adequada para prover a satisfação do direito de crédito de Daniele. Além das argumentações fáticas, apresente os fundamentos legais de direito material e processual aplicáveis ao caso. Os dados eventualmente ausentes no contexto da situação hipotética, se obrigatórios sob o aspecto legal, devem ser complementados, observada a respectiva pertinência temática

Gabarito oficial.• Deve ser elaborada petição de ação pauliana, prevista nos arts. 158-165 do

CC/02, a ser processada pelo rito comum ordinário (arts. 282 - 475-R do CPC). Assim, petição inicial deverá agregar os requisitos previstos no art. 282 do CPC, a saber: a) indicação da justiça, foro e juízo competentes, ou seja, a vara cível da justiça comum da comarca de Campinas-SP; b) a qualificação completa da autora [Daniele] e dos réus [Diógenes e Marcos – litisconsórcio necessário], bem como a indicação da tutela jurídica pleiteada, qual seja, a ação pauliana ou revocatória a ser processada pelo rito comum ordinário; c) os fatos constitutivos do direito da autora [<i>. a existência da obrigação de pagar quantia representada por nota promissória vencida, protestada e não paga; <ii>. citação do executado em ação de execução e ausência de pagamento e da indicação de bens à penhora]; d) os fundamentos jurídicos do pedido [doação de bens após a constituição da obrigação com a intenção de se esquivar do pagamento da obrigação]; e) o pedido de citação do réu; f) o pedido do bem da vida (anulação da doação feita por Diógenes a Marcos]; g) pedido de indicação ou especificação de provas; h) pedido de condenação dos réus em honorários e despesas processuais; i) o valor da causa [R$ 45.000,00 - art. 259, inciso VII do CPC]; j) local e data.

Direito Processual Civil

Espécies de Execução.

Classificação:

• Quanto à origem do título, a Execução poderá ser fundada em título judicial (art. 475-N) ou extrajudicial (art. 585).

• Quanto à estabilidade do título, a Execução poderá ser definitiva ou provisória (art. 475-O).

• Fala-se em execução provisória apenas nos casos de títulos judiciais.

Classificação (cont.):

• Quanto à natureza e ao objeto da prestação, a Execução poderá ser por quantia certa (art. 475-J e arts. 646 e seguintes), de obrigação de entregar coisa incerta (arts. 629 e seguintes), de obrigação de entregar coisa certa (arts. 621 e seguintes), de obrigação de fazer (arts. 632 e seguintes) e de obrigação de não fazer (arts. 642 e 643).

Classificação (cont.):

• Quanto à especificidade do objeto da prestação, a Execução poderá ser específica ou genérica.

• Quanto à solvabilidade do devedor, a Execução pode ser contra devedor solvente ou devedor insolvente.

Direito Processual Civil

Execução das Obrigações de Fazer, não Fazer e

Entregar Coisa, quando baseada em título

executivo extrajudicial.

Obrigação de fazer e não fazer.Noções gerais (I).

• No caso de títulos executivos judiciais, que condenam na obrigação de fazer ou não fazer, desde 1994, o artigo 461 permite a efetivação de medidas executivas e imposição de ordens ao réu dentro do próprio processo de conhecimento.

• Título extrajudicial: Artigos 632/643.

Procedimento inicial.• Apresentada a Inicial, cita-se o devedor para

satisfazer a obrigação em prazo assinado pelo juiz ou consignado no título (art. 632).

• Não satisfeita a obrigação no prazo ajustado, “é lícito ao credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em indenização” (art. 633). “O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa” (parágrafo único).

Quando o fato puder ser prestado por terceiro:

• É realizado às custas do devedor (art. 634), mas o exeqüente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado (par. Único).

• Prestado o fato, o juiz ouve as partes em 10 dias (art. 635).

Prestação personalíssima.

• Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente, o credor poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-Ia.

• Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do devedor converter-se-á em perdas e danos, aplicando-se outrossim o disposto no artigo 633.

Obrigação de não fazer.• Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja

abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que lhe assine prazo para desfazê-lo.

• Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.

• Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos

Entrega de coisa.Noções gerais.

• Mais um caso de tutela específica.• Restrita aos títulos extrajudiciais.

Inicial.• Inicial segue os artigos 614, 615 e 282:• Art. 614.  Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a

citação do devedor e instruir a petição inicial: I - com o título executivo, salvo se ela se fundar em sentença (art. 584); II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa; III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572).

• Art. 615.  Cumpre ainda ao credor: I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada; II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto; III - pleitear medidas acautelatórias urgentes; IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.

Citação.

• Citação para entregar a coisa em 10 dias:• Art. 621. O devedor de obrigação de

entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II - revogado), apresentar embargos.

Posturas do devedor (I).1. Entrega a coisa no prazo assinalado. Encerra-se a

execução, salvo se existir exigências condenatórias: Art. 624. Se o executado entregar a coisa, lavrar-se-á o respectivo termo e dar-se-á por finda a execução, salvo se esta tiver de prosseguir para o pagamento de frutos ou ressarcimento de prejuízos.

• Executado deposita a coisa em juízo no prazo e, em seguida, tem 10 dias para oferecer embargos: Art. 622.  O devedor poderá depositar a coisa, em vez de entregá-la, quando quiser opor embargos. Art. 623. Depositada a coisa, o exeqüente não poderá levantá-la antes do julgamento dos embargos.

Posturas do devedor (II).

3. Caso não deposite ou não entregue, expede-se mandado de busca e apreensão ou imissão de posse: Art. 625.  Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos da execução, expedir-se-á, em favor do credor, mandado de imissão na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de móvel.

Outros dispositivos.• Art. 626.  Alienada a coisa quando já litigiosa, expedir-se-á mandado

contra o terceiro adquirente, que somente será ouvido depois de depositá-la.

• Art. 627.  O credor tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da coisa, quando esta não Ihe for entregue, se deteriorou, não for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente.

• § 1o Não constando do título o valor da coisa, ou sendo impossível a sua avaliação, o exeqüente far-lhe-á a estimativa, sujeitando-se ao arbitramento judicial.

• § 2o Serão apurados em liquidação o valor da coisa e os prejuízos. • Art. 628.  Havendo benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo

devedor ou por terceiros, de cujo poder ela houver sido tirada, a liquidação prévia é obrigatória. Se houver saldo em favor do devedor, o credor o depositará ao requerer a entrega da coisa; se houver saldo em favor do credor, este poderá cobrá-lo nos autos do mesmo processo.

Direito Processual Civil Cumprimento da

sentença na condenação em tutela específica.

Noções gerais.• Classificação tradicional (tripartida) das sentenças

no processo de conhecimento: a) meramente declaratórias; b) constitutivas; e c) condenatórias.

• Classificação quinária de Pontes de Miranda: d) mandamental (contém ordem para o réu, a ser atendida sob pena de imposição de medida coercitiva); e e) executivas (podem ser efetivadas no próprio processo, com a execução da ordem pelo juízo, ex officio, como ocorre com o despejo, a reintegração de posse e as tutelas dos artigos 461 e 461-A).

Cumprimento da obrigação.• Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento

de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

• § 1o  A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

• § 2o  A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).

Efetivação da tutela específica.• Art. 461. § 5o Para a efetivação da tutela específica

ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 

• Art. 461. § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.

Tutela antecipada na tutela específica.

• Art. 461. § 3o  Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.

• Art. 461. § 4o  O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 

Nas obrigações de entrega de coisa.

• Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.

• § 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.

• § 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.

• § 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.

Direito Processual Civil

Execução por quantia certa contra devedor solvente, quando baseada em título

executivo extrajudicial.

Petição Inicial (I).• A Execução (baseada em título extrajudicial)

é um processo autônomo. A Execução somente é iniciada mediante provocação do credor: petição inicial.

• A Inicial segue os requisitos do art. 282. Mas não precisa causa de pedir (deverá haver apenas menção ao título), nem pedido de prova.

• Deve ser acompanhada do demonstrativo atualizado do crédito.

Petição Inicial (II).•  Art. 614.  Cumpre ao credor, ao requerer a

execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:

I. Com o título executivo extrajudicial (nova redação).

II. Com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa.

III. Com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572).

Petição Inicial (III).• Art. 615-A.  O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter

certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.

• § 1o  O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.

• § 2o  Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.

Petição Inicial (IV).• § 3o  Presume-se em fraude à execução a

alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593).

• § 4o  O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.

• § 5o  Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo.

Petição Inicial (V).

• Art. 652-A.  Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 4o).

• Parágrafo único.  No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.

Citação (I).• Deve ser feita através de oficial de justiça (art. 222, d). • Nova redação:• Art. 652.  O executado será citado para, no prazo

de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.• Assis: “Em decorrência da ampla modificação do

art. 241, não se afigura claro, absolutamente, o termo inicial desse prazo, nem a Lei n. 11382/06 aproveitou o ensejo para esclarecê-lo (…) Assim, o prazo fluirá da data da citação, jamais da juntada do mandado ou da carta precatória aos autos.”

Citação (II).• § 1o  Não efetuado o pagamento, munido da

segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.

• § 2o  O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655) .

• Citado, o devedor poderá: a) pagar a obrigação (art. 794, I); b) oferecer exceção de pré-executividade (segundo Assis); c) embargar a pretensão de executar, no prazo de 15 dias (art. 738). Não há mais a possibilidade de “nomear bens”.

Citação (III).• § 3o  O juiz poderá, de ofício ou a requerimento

do exeqüente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora.

• § 4o  A intimação do executado far-se-á na pessoa de seu advogado; não o tendo, será intimado pessoalmente.

• § 5o  Se não localizar o executado para intimá-lo da penhora, o oficial certificará detalhadamente as diligências realizadas, caso em que o juiz poderá dispensar a intimação ou determinará novas diligências.

Citação (IV).

• No sistema anterior, a citação não se prestava para dar oportunidade de defesa para o devedor, mas para chamá-lo ao pagamento. No sistema atual, é possivel o oferecimento da defesa, mesmo queo juízo não esteja garantido.

• O prazo de 3 dias não é contado da juntada do mandado aos autos, mas da citação.

Citação (V).

• A penhora de bens deve respeitar a ordem do artigo 655.

• Penhorado, o devedor deve exibir os documentos que comprovem a propriedade, lavrando-se, em seguida, o termo de penhora (parágrafo primeiro, art. 655).

Pré-penhora ou arresto (I).• É possível a citação por edital, quando o oficial de

justiça não encontrar o devedor, mas encontrar bens do devedor, caso em que irá arrestar esses bens.

• Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

• Parágrafo único. Nos dez (10) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três (3) vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.

Pré-penhora ou arresto (II).

• Feito o arresto, nos termos do art. 654. compete ao credor, dentro de 10 dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o artigo 652 (24 horas), convertendo-se o arresto em penhora em caso de não pagamento.

Penhora (I).

• A penhora tem como objetivo imediato destacar um ou alguns bens do devedor para sobre eles fazer concentrar e atuar a responsabilidade patrimonial. Com a penhora, inicia-se o procedimento expropriatório através do qual o Judiciário obterá os recursos necessários ao pagamento forçado do crédito.

Penhora (II)

• A penhora vincula bem específico à execução, conservando-o e individualizado-o.

• A penhora confere ao credor preferência em relação aos outros credores, da mesma categoria, que penhorem o mesmo bem (art. 612).

Penhora (III).• Nova redação:• Art. 655.  A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:I. Dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; II. Veículos de via terrestre; III. Bens móveis em geral; IV. Bens imóveis; V. Navios e aeronaves;VI. Ações e quotas de sociedades empresárias; VII. Percentual do faturamento de empresa devedora; VIII. Pedras e metais preciosos; IX. Títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação

em mercado; X. Títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;XI. Outros direitos.

Penhora (IV).

• STJ: “A gradação estabelecida para efetivação da penhora tem caráter relativo, já que o seu objetivo é realizar o pagamento do modo mais fácil e célere. Pode ela, pois, ser alterada por força de circunstâncias e tendo em vista as particularidades de cada caso concreto e no interesse das partes.”

Penhora (IV).• Nova redação (art. 655):• § 1o  Na execução de crédito com garantia

hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora.

• § 2o  Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado.

Penhora (V).• Nova redação:• Art. 655-A.  Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito

ou aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.

• § 1o  As informações limitar-se-ão à existência ou não de depósito ou aplicação até o valor indicado na execução.

• § 2o  Compete ao executado comprovar que as quantias depositadas em conta corrente referem-se à hipótese do inciso IV do caput do art. 649 desta Lei ou que estão revestidas de outra forma de impenhorabilidade.

Penhora (VI).• § 3o  Na penhora de percentual do faturamento da

empresa executada, será nomeado depositário, com a atribuição de submeter à aprovação judicial a forma de efetivação da constrição, bem como de prestar contas mensalmente, entregando ao exeqüente as quantias recebidas, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.

• Art. 655-B.  Tratando-se de penhora em bem indivisível, a meação do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem

Penhora (VII).• Nova redação:• Art. 656.  A parte poderá requerer a substituição da penhora:I. Se não obedecer à ordem legal;II. Se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou

ato judicial para o pagamento; III. Se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido

penhorados;IV. Se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens

já penhorados ou objeto de gravame; V. Se incidir sobre bens de baixa liquidez; VI. Se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ouVII. Se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer

das indicações a que se referem os incisos I a IV do parágrafo único do art. 668 desta Lei.

Penhora (VIII).• Art. 656. § 1o  É dever do executado (art. 600), no prazo

fixado pelo juiz, indicar onde se encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte ou embarace a realização da penhora (art. 14, parágrafo único).

• Art. 656. § 2o  A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, mais 30% (trinta por cento).

• Art. 656. § 3o  O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira com a expressa anuência do cônjuge.

Penhora (IX).

• Art. 657.  Ouvida em 3 dias a parte contrária, se os bens inicialmente penhorados (art. 652) forem substituídos por outros, lavrar-se-á o respectivo termo.

• Parágrafo único.  O juiz decidirá de plano quaisquer questões suscitadas.

Penhora (X).

• Art. 659.  A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.

• § 1o  Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros.

Penhora (XI)• Penhora de imóvel:• Art. 659. § 4o  A penhora de bens imóveis realizar-se-á

mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, § 4o), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial.

• Art. 659. § 5o Nos casos do § 4o, quando apresentada certidão da respectiva matrícula, a penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, será realizada por termo nos autos, do qual será intimado o executado, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado, e por este ato constituído depositário

Penhora (XII)

• Penhora de numerários em conta:• Art. 659. § 6º.  Obedecidas as normas de

segurança que forem instituídas, sob critérios uniformes, pelos Tribunais, a penhora de numerário e as averbações de penhoras de bens imóveis e móveis podem ser realizadas por meios eletrônicos.

Penhora (XIII).

• Se a penhora recair sobre dinheiro, decorrido em branco o prazo para interposição de embargos ou depois da rejeição destes, chega-se imediatamente à fase final da execução, com o credor levantando a quantia depositada (arts. 709 e seguintes).

• Outros dispositivos: arts. 671/679.

Penhora (XIV)

• Se os bens penhorados são insuficientes para a satisfação da dívida, pode-se pedir um reforço da penhora.

• Segunda penhora ocorre quando a primeira for anulada.

• Artigo 667.

Exemplo de termo

de penhora:

Depósito (I).• Ato integrante da penhora, pelo qual se incumbe

alguém da guarda e conservação dos bens penhorados.

• Preferencialmente, a incumbência caberá ao devedor (art. 666).

• O depósito ocorre para bens móveis e imóveis. Neste caso, mesmo se o imóvel estiver depositado com outra pessoa, o devedor ficará com a posse imediata e o depositário a posse mediata.

Depósito (II)

• O encargo de depositário é uma função pública, na condição de auxiliar do Judiciário.

• Deve guardar e conservar os bens. Não deve usá-los em benefício próprio.

Depositário (III)• “No desempenho natural desta atividade (...), o depositário

empregará o melhor de seu tirocínio, o maior dos zelos, ou, consoante fórmula que se tornou universal, a diligência de um bom pai de família. (...) O depositário não possui a disponibilidade jurídica da coisa. O domínio pertence ao executado. Mas, ostentando a disponibilidade material, pois, na maioria das vezes usufrui da posse imediata, não é lícito utilizá-la em seu próprio proveito. Desta sorte, penhorado veículo (art. 655, VI), o uso dependerá de explícita autorização judicial e beneficiará o devedor, ou se, for o caso, a massa ativa.” (Assis).

• “O depositário fica incumbido da guarda (...). Não pode dispor deste, nem o usar a seu bel-prazer. O uso que fizer destinar-se-á à conservação da coisa (exemplo: fazer funcionar o motor do veículo depositado....).” (Wambier).

Depositário infiel (I).• Wambier: “Nos termos do art. 7o., parágrafo sétimo da

Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), a prisão civil seria possível apenas no caso de dívida alimentícia. A Convenção foi ratificada, sem qualquer reserva, pelo Congresso brasileiro, através do Decreto Legislativo 27/92, e promulgada pelo Presidente através do Decreto 678/92, ingressando, assim, na ordem jurídica brasileira. Pode-se afirmar que, desde então, a garantia constitucional da proibição de prisão civil foi ampliada, passando a ser também vedada a medida constritiva contra o depositário infiel. Essa conclusão é reforçada pela previsão de que os direitos e garantias fundamentais expressos na Constituição não excluem outros decorrentes de tratados internacionais de que o Brasil participe (CF, art. 5o., par. 2o.).”

Depositário infiel (II).• STF: HC 90172 / SP - SÃO PAULO. Relator:  Min. GILMAR MENDES. Julgamento: 

05/06/2007. Órgão Julgador:  Segunda Turma. EMENTA: Habeas Corpus. 1. No caso concreto foi ajuizada ação de execução sob o nº 612/2000 perante a 3ª Vara Cível de Santa Bárbara D'Oeste/SP em face do paciente. A credora requereu a entrega total dos bens sob pena de prisão. 2. A defesa alega a existência de constrangimento ilegal em face da iminência de expedição de mandado de prisão em desfavor do paciente. Ademais, a inicial sustenta a ilegitimidade constitucional da prisão civil por dívida. 3. Reiterados alguns dos argumentos expendidos em meu voto, proferido em sessão do Plenário de 22.11.2006, no RE nº 466.343/SP: a legitimidade da prisão civil do depositário infiel, ressalvada a hipótese excepcional do devedor de alimentos, está em plena discussão no Plenário deste Supremo Tribunal Federal. No julgamento do RE nº 466.343/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, que se iniciou na sessão de 22.11.2006, esta Corte, por maioria que já conta com sete votos, acenou para a possibilidade do reconhecimento da inconstitucionalidade da prisão civil do alienante fiduciário e do depositário infiel. 4. Superação da Súmula nº 691/STF em face da configuração de patente constrangimento ilegal, com deferimento do pedido de medida liminar, em ordem a assegurar, ao paciente, o direito de permanecer em liberdade até a apreciação do mérito do HC nº 68.584/SP pelo Superior Tribunal de Justiça. 5. Considerada a plausibilidade da orientação que está a se firmar perante o Plenário deste STF - a qual já conta com 7 votos - ordem deferida para que sejam mantidos os efeitos da medida liminar.

• Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 05.06.2007.

Depositário infiel (III).• Exame OAB – Nacional. 2009.1. Prova de segunda fase de Direito

Constitucional.

• João é depositário de determinado bem móvel, decorrente de contrato civil. Devidamente notificado para entregá-lo, não cumpriu

com a obrigação nem indicou o local onde estaria o bem. O interessado ingressou com a ação pertinente na justiça cível e, após

o trâmite regular do processo, houve determinação no mesmo sentido pelo juiz que conduzia o processo, ou seja, que João deveria

entregar o bem. João permaneceu inerte, o que ocasionou a determinação de sua ordem de prisão por 60 dias. Inconformado,

João impetrou habeas corpus no tribunal competente • Diante da situação hipotética apresentada, indique a posição

majoritária mais recente do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade da ordem de prisão do depositário infiel, informando, com fundamento nessa posição, se o habeas corpus deve ser concedido

em favor de João.

Avaliação (I).• Ato preparatório da expropriação pelo qual se

define o valor dos bens penhorados.• Como regra, deve ser feita pelo Oficial de

Justiça, no momento da penhora.• Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de

justiça (art. 652), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo. (nova redação)

Avaliação (II).• Art. 681.  O laudo da avaliação integrará o auto de penhora

ou, em caso de perícia (art. 680), será apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter: I - a descrição dos bens, com os seus característicos, e a indicação do estado em que se encontram; II - o valor dos bens.

• Parágrafo único.  Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, o avaliador, tendo em conta o crédito reclamado, o avaliará em partes, sugerindo os possíveis desmembramentos.

• Apresentado o laudo, em respeito ao princípio do contraditório, as partes devem ser ouvidas, mesmo que não haja previsão legal. Mesmo porque existe possibilidade de uma nova avaliação (art. 683).

Avaliação (III).• Art 684. Não se procederá à avaliação se:I. O exeqüente aceitar a estimativa feita

pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V);

II. Se tratar de títulos ou de mercadorias, que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação oficial;

III. Os bens forem de pequeno valor – revogado.

Avaliação (IV).• Após a avaliação, a requerimento do interessado e ouvida a

parte contrária, poderá o juiz determinar a redução ou a ampliação (reforço) da penhora.

• Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária: I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que bastem à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exeqüente e acessórios; Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito.

• Parágrafo único.  Uma vez cumpridas essas providências, o juiz dará início aos atos de expropriação de bens.

Expropriação.A expropriação consiste (art. 647):

• (I) na adjudicação em favor do exeqüente ou das pessoas indicadas no § 2o do art. 685-A;

• (II) na alienação por iniciativa particular;• (III) na alienação em hasta pública; e• (IV) no usufruto de bem móvel ou imóvel.

Adjudicação (I).

• Ato pelo qual o credor adquire o bem penhorado, por valor não inferior ao da avaliação (art. 685-A).

Adjudicação (II).• Art. 685-A.  É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da

avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados.• § 1o  Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará

de imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

• § 2o  Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado.

• § 3o  Havendo mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação; em igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem.

• § 4o  No caso de penhora de quota, procedida por exeqüente alheio à sociedade, esta será intimada, assegurando preferência  aos  sócios.

• § 5o  Decididas eventuais questões, o juiz mandará lavrar o auto de adjudicação.

Arrematação.

• Arrematação: é forma de expropriação executiva pela qual os bens penhorados são transferidos por procedimento licitatório, realizado pelo juízo da execução, ou por iniciativa particular do credor.

Alienação por iniciativa particular (I)

• Nova redação:• Art. 685-C.  Não realizada a adjudicação

dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

Alienação por iniciativa particular (II)

• Art. 685-C. § 1o  O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for o caso, a comissão de corretagem.

• Art. 685-C. § 2o  A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de entrega ao adquirente.

• Art. 685-C. § 3o  Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos.

Alienação pública (I).

• Ocorre em hasta pública, que pode ser:1.Leilão, nos casos de bens móveis;2.Praça, nos casos de bens imóveis.

Alienação pública (II).• Art. 686.  Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do

bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública, que conterá:• I - a descrição do bem penhorado, com suas características e, tratando-se de

imóvel, a situação e divisas, com remissão à matrícula e aos registros; • II - o valor do bem; • III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e

ação, os autos do processo, em que foram penhorados; • IV - o dia e a hora de realização da praça, se bem imóvel, ou o local, dia e hora de

realização do leilão, se bem móvel; • V - menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a

serem arrematados; • VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância

da avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (art. 692).

Alienação pública (III).

• Parágrafo terceiro do art. 686: Quando o valor dos bens penhorados não exceder 60 vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação, será dispensada a publicação de editais; nesse caso, o preço da arrematação não será inferior ao da avaliação.

Alienação pública (IV).• Art. 687.O edital será afixado no local do costume e

publicado, em resumo, com antecedência mínima de 5 dias, pelo menos 1 vez em jornal de ampla circulação local.

• Parágrafo primeiro. A publicação do edital será feita no órgão oficial, quando o credor for beneficiário da justiça gratuita.

• § 5o  O executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo.

• Serão intimados, também, outros credores, que detenham garantia real sobre os bens penhorados (arts. 619 e 698).

Alienação pública (V).• Alienação pela internet: Art. 689-A.• Condições e legitimidade para arrematar:• Art. 690.  A arrematação far-se-á mediante o pagamento

imediato do preço pelo arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução.

• § 1o  Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à avaliação, com oferta de pelo menos 30% (trinta por cento) à vista, sendo o restante garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel.

• O credor submete-se exatamente ao mesmo regime dos outros licitantes, também podendo arrematar por preço inferior ao da avaliação, na segunda hasta.

Alienação pública (VI).• § 2o  As propostas para aquisição em prestações,

que serão juntadas aos autos, indicarão o prazo, a modalidade e as condições de pagamento do saldo.

• § 3o  O juiz decidirá por ocasião da praça, dando o bem por arrematado pelo apresentante do melhor lanço ou proposta mais conveniente.

• § 4o  No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante pertencerão ao exeqüente até o limite de seu crédito, e os subseqüentes ao executado.

Alienação pública (VII).• Caso a primeira hasta não se ofereça lanço

superior à avaliação, realiza-se a segunda, em que se poderá alienar o bem por valor inferior. Por isso o edital e as intimações anunciarão desde logo a data, lugar e hora de ambas as hastas públicas (art. 686, VI).

• Veda-se, na segunda hasta, que o bem seja alienado por “preço vil” (art. 692). Não há definição legal de “preço vil”, mas a jurisprudência costuma fixá-lo como sendo o inferior a 60% do valor do bem.

Alienação pública (VIII).• Aperfeiçoamento da arrematação:• Art. 693.  A arrematação constará de auto que será

lavrado de imediato, nele mencionadas as condições pelas quais foi alienado o bem.

• Parágrafo único.  A ordem de entrega do bem móvel ou a carta de arrematação do bem imóvel será expedida depois de efetuado o depósito ou prestadas as garantias pelo arrematante.

• Art. 694.  Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado.

Alienação pública (IX).• Nulidade da arrematação – Parágrafo único do art.

694: Poderá ser desfeita quando:I. Por vício de nulidade; II. Se não for pago o preço ou se não for prestada a

caução; III. Quando o arrematante provar, nos 5 dias seguintes, a

existência de ônus real não mencionado no edital; IV. A requerimento do arrematante, na hipótese de

embargos à arrematação (art. 746, §§ 1o e 2o);V. Quando realizada por preço vil (art. 692); VI. Nos casos previstos neste Código (art. 698).

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