departamento de taquigrafia, revisÃo e redaÇÃo nÚcleo de ... · dr. raimundo simão de melo,...
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CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO
NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES
TEXTO COM REDAÇÃO FINAL
COMISSÃO ESPECIAL - REFORMA TRABALHISTAEVENTO: Reunião Ordinária N°: 0263/03 DATA: 09/04/03INÍCIO: 15h42min TÉRMINO: 17h11min DURAÇÃO: 01h29minTEMPO DE GRAVAÇÃO: 1h26min PÁGINAS: 24 QUARTOS: 17REVISÃO: Madalena, VíctorSUPERVISÃO: DanielCONCATENAÇÃO: Daniel
DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO
SUMÁRIO: Discussão e votação de requerimentos de audiência pública.
OBSERVAÇÕESHá intervenções inaudíveis.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINALNome: Comissão Especial - Reforma TrabalhistaComissão Especial - Reforma TrabalhistaNúmero: 0263/03 Data: 09/04/03
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O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Boa tarde, nobres Sras. e Srs.
Deputados, demais senhoras e senhores assistentes.
Havendo número regimental, declaro abertos os trabalhos da 5ª reunião
ordinária da Comissão Especial destinada ao estudo das matérias em tramitação na
Casa cujo tema abranja a Reforma Trabalhista.
Tendo em vista que os nobres Deputados e Deputadas já têm em mãos cópia
da ata da 4ª reunião, gostaria de saber se há necessidade da sua leitura.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, peço a palavra pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Peço a dispensa da leitura da ata.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Havendo concordância do
Plenário, está dispensada a leitura da ata.
Em discussão a ata. (Pausa.)
Não havendo quem queira discuti-la, em votação.
Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como estão. (Pausa.)
Aprovada.
Expediente.
Comunico que esta Comissão recebeu ofício do Exmo. Sr. Deputado Walter
Feldman solicitando que o Projeto de Lei nº 598/03, de sua autoria, que institui o
gatilho-desemprego, faça parte dos estudos desta Comissão, razão por que já
encaminhamos a V.Exas. e ao Relator cópia do material para que possam analisá-
lo.
Ordem do Dia.
Item A. Definição do roteiro dos trabalhos.
Antes de conceder a palavra ao nobre Relator, Deputado José Chaves,
gostaria de informar aos nossos pares que tivemos a oportunidade de, entre uma
reunião e outra, fazer contato com outras pessoas a respeito da reforma trabalhista,
que a cada dia está ficando mais importante.
Tivemos a oportunidade, eu e os Deputados José Chaves e Maurício Rands,
de nos reunir com o Ministro Jaques Wagner, que manifestou apreço, preocupação
e compromisso com a construção conjunta desse belo trabalho.
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Vamos iniciá-lo, portanto, no próximo dia 23, quarta-feira, às 15h. A primeira
audiência pública será com o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner. Provavelmente
muitos ainda estarão em viagem por causa da Semana Santa. Por isso, estamos
decidindo não convocar audiência ou reunião para esse dia.
Informo-lhes ainda que tivemos a honra de participar, como palestrantes, eu e
os Deputados José Múcio e Maurício Rands, juntamente com especialistas
nacionais e internacionais do mundo do trabalho, de um grande seminário produzido
pelo Tribunal Superior do Trabalho que começou na segunda-feira e termina hoje.
Foi um grande momento. Como V.Exas. sabem, venho do mundo do trabalho e já
manifestei a intenção de propor o fim do Tribunal Superior do Trabalho. Novos
tempos, novas personalidades, grande possibilidade de reforma.
Gostaria de relatar a V.Exas. que, antes de estarmos com os Ministros do
TST, tivemos uma audiência com o Presidente do Tribunal, que manifestou grande
expectativa com relação aos trabalhos desta Comissão. Portanto, as luzes se voltam
para esta Casa. Também conversei com o Presidente da Força Sindical, Paulo
Pereira, com Luiz Marinho, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, com o
Presidente da CUT, João Felício, e eles revelaram também, nos seminários, grande
expectativa e apreensão.
Em conversa com o Presidente da República, na semana passada, após essa
audiência, informei-o a respeito da composição da Comissão e da Relatoria, a cargo
do digníssimo companheiro Deputado José Chaves. Trata-se de compromisso deste
Governo promover mudanças. Portanto, já começamos a perceber por aí que
grande exposição está sendo dada para o nosso trabalho ser um sucesso de agora
em diante. Para tanto, precisamos definir a forma e o caminho.
Quero saudar o meu companheiro Manoel, trabalhador da Scania, que só
agora estou reconhecendo. Muito obrigado, Manoel, pela sua presença. Manoel é
um grande lutador no combate ao alcoolismo, um grande exemplo dentro e fora do
local de trabalho.
Concedo a palavra ao nobre Relator, Deputado José Chaves, que
apresentará ao Plenário sua proposta de roteiro para os nossos trabalhos.
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O SR. DEPUTADO JOSÉ CHAVES - Boa tarde a todos. Temos lutado muito
para iniciar os trabalhos desta Comissão Especial. Acredito que todos estão
sentindo essa dificuldade.
Eu, o Deputado Vicentinho e o Deputado Maurício Rands, dentre outros,
estamos tentando dar a partida. Para que não fiquemos somente na discussão,
propus ao Presidente, que aceitou de pronto, levar ao Plenário a sugestão, que não
é imutável, de aprovarmos um primeiro estágio de debates. Isso levará cinco
semanas. Teremos cinco semanas de plenário cheio, com os melhores quadros
imagináveis, com representantes de empregados e empregadores, do setor público,
da Justiça do Trabalho e dos sindicatos. Vamos começar com esses cinco setores.
No decorrer dos trabalhos iremos ajustando os próximos cinco.
Temos um número muito grande de requerimentos. Poderíamos levar o ano
inteiro para apreciá-los. Resolvemos, então, fazer uma síntese e submetê-la aos
senhores.
Nossa primeira audiência seria com o Ministro Jaques Wagner, com quem
estamos tendo uma relação muito boa. Eu e o Deputado Vicentinho o visitamos. Lá
as pessoas estão absolutamente convictas de que essa parceria é importante e de
que daqui sairá o embrião de uma grande reforma trabalhista. Isso seria no dia 23.
Para o dia 29, chamaríamos três presidentes de confederações para
representar os empregadores. Temos o requerimento do Deputado Ronaldo Dimas
para que sejam convidados o Presidente da Confederação Nacional da Agricultura,
Sr. Antonio Ernesto Werna de Salvo; o Presidente da Confederação Nacional do
Comércio — CNC, Sr. Antônio Oliveira Santos; e o Presidente da Confederação
Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto. Portanto, no dia 29 teríamos esses
três representantes aqui. O segundo painel já estaria resolvido.
Para o terceiro painel chamaríamos os representantes das centrais sindicais.
Não temos a obrigação de manter o mesmo número. Estabelecemos três
representantes dos empregadores. Consideramos que seria necessário convidar um
número maior de empregados, da classe operária. É preciso um avanço no número
de pessoas. Então, decidimos chamar os presidentes da CUT e da CGT, e os
representantes da Força Sindical, da CGTB, da Social Democracia Sindical e da
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CONTAG. Teríamos, portanto, a presença desses seis representantes dos
trabalhadores. Esta seria a nossa terceira audiência.
Encerrado esse bloco de audiências, chamaríamos para a semana seguinte,
dia 14 de maio, o representante do setor público designado por nós, preenchendo
mais ou menos o eixo sindicalismo/Justiça do Trabalho. Seria a primeira etapa.
Do setor público chamaremos o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
Dr. Francisco Fausto Paula de Medeiros, e o Presidente da ANAMATRA, Dr. Hugo
Cavalcanti Melo Filho, e chamaremos o Dr. Nilton Correia, Presidente da ABRAT —
Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas. Incluímos um quarto nome, o do
Dr. Raimundo Simão de Melo, Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho
da 15ª Região, Campinas, São Paulo.
Na quinta etapa teremos um debate com a presença de grandes profissionais
da área trabalhista. A primeira sugestão foi de que chamássemos José Pastore, que
tem uma posição clara a respeito do tema. Seria um contraponto. Chamaríamos
também o Dr. Francisco Siqueira Neto, jurista e advogado da classe trabalhadora. E
o Dr. Celso Soares. Cada um representa uma tendência.
O último convidado dessa primeira etapa, para o dia 28 de maio, seria o Dr.
Manoel Antonio Teixeira Filho, processualista de renome, e também o Dr. Estevão
Mallet, o Dr. Morse Lyra Neto, Procurador em Pernambuco, e o Dr. Roberto Caldas,
da OAB.
Tentamos dar abrangência à primeira etapa. Mas nada está decidido. É
apenas uma proposta. Se alguém desejar cancelar algum convite ou trocar algum
convidado, estamos prontos para ouvir a sugestão e colocá-la em votação. Essa é
uma proposta de início de trabalho. O que não podemos é continuar sem um roteiro
de trabalho. Elaborar uma agenda muito longa é pior, porque temos que aguardar as
reformas tributária e previdenciária. Vamos começar a trabalhar ao mesmo tempo e,
em determinados momentos, haverá conexão. Podemos, nesses trinta dias do mês
de maio, promover um debate com as mais altas figuras da área.
Gostaria de colocar em discussão essa proposta e ouvir os companheiros
para saber se há alguma sugestão de modificação, adaptação ou ampliação do rol
de convidados.
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O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Sr. Presidente, peço a palavra
pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Um momento, Deputado. Quero
fazer uma correção. A CONTAG virá num outro momento, porque é filiada à CUT.
Virá com o outro conjunto de confederações. Depois desse primeiro conjunto de
reuniões faremos o contato.
A partir deste momento vou conceder a palavra para o debate da proposta.
Todos receberam cópia. Debateremos três eixos: reforma sindical, parte material e
processual. Depois voltaremos à proposta do Deputado José Chaves.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CHAVES - Sr. Presidente, peço a palavra pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CHAVES - Sr. Presidente, preciso me retirar,
porque tenho uma audiência no Ministério. A matéria será discutida hoje. Manifesto
antecipadamente minha concordância com a decisão do Plenário.
Convoquei o Deputado Maurício Rands, de Pernambuco, para ficar como
Relator-adjunto, dando-me suporte técnico, por ser um profissional da área.
Gostaria de dar uma última notícia antes de me retirar. Conseguimos com o
Presidente da Casa, numa grande demonstração de apoio a esta Comissão, a
utilização, a partir da próxima semana, no Anexo II, no pavimento superior, ala B, da
sala 165-B, ao lado do Serviço de Comissões Especiais, para tratarmos de assuntos
relativos à Comissão ou às Subcomissões que serão formadas e para nossas
reuniões internas. Poderemos requisitar uma secretária. Assim, não dependeremos
mais do gabinete do Presidente ou do Relator.
Agradeço a V.Exa., Sr. Presidente, e peço licença para me retirar.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Obrigado, Deputado José
Chaves. Realmente nossa Comissão está ganhando musculatura, como disse o
companheiro.
Concedo a palavra ao Deputado Maurício Rands.
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RANDS - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, sou favorável à proposta apresentada pelo Relator, Deputado José
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Chaves. Como disse o Presidente Deputado Vicentinho, precisamos, antes de mais
nada, começar a dar musculatura a esta Comissão.
Vimos, em pesquisas recentemente divulgadas pela imprensa, que o
desemprego preocupa o brasileiro mais do que a fome. A matéria está na Folha de
S.Paulo de hoje e mostra a responsabilidade de cada Deputado desta Comissão e o
que o Brasil espera de nós e da reforma trabalhista.
As outras Comissões já estão com seus trabalhos adiantados, e nós ainda
não realizamos as audiências públicas que havíamos combinado fazer.
Evidentemente, qualquer proposta aqui apresentada é passível de alteração. Mas
qual é o espírito da proposta apresentada aos nobres colegas?
Em primeiro lugar, ela é tripartite. É preciso que haja uma reunião para definir
quais as posições dos empregadores. A seguir, no dia 23, faremos uma audiência
com o Ministro, que virá sozinho. A próxima seria com as entidade patronais — CNI,
CNA, CNC —, para amadurecer o que há de comum entre as principais entidades
representativas de cúpula do sistema sindical de empregadores. Na semana
seguinte viriam as principais centrais sindicais de trabalhadores — CUT, Força
Sindical, CGT, CGT-2 (CGTdoB, como diz meu amigo Deputado Vicentinho) e a
Social Democracia Sindical. Algumas pessoas perguntaram por que não a
CONTAG. Porque a CONTAG é uma confederação. Já que no campo dos
empregados temos as centrais, chamaríamos todas as centrais para uma segunda
rodada.
Em uma terceira rodada, nossa intenção é juntar todos os entes paraestatais
que lidam com as relações de trabalho. Teríamos aqui representantes do Tribunal
Superior do Trabalho, da ANAMATRA, que está muito envolvida com as relações de
trabalho, do Ministério Público do Trabalho, da Associação Brasileira dos Advogados
Trabalhistas — ABRAT e da Ordem dos Advogados do Brasil.
Em um quarto painel, discutiríamos os temas materiais do trabalho e a
legislação individual do trabalho. A idéia é trazer o Pastore representando uma
posição mais afinada com as confederações de empregadores, o Celso Soares, um
advogado ligado à ABRAT, que está mais vinculado aos empregados, e o Francisco
Siqueira, que ajudou o ex-Ministro Walter Barelli naquele fórum sobre contrato de
trabalho. Assim manteríamos uma posição entre a do Pastore e a do Celso Soares,
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na linha da estrutura sindical do direito coletivo. No painel Direito Material do
Trabalho participariam esses três.
Em um quinto painel discutiríamos aspectos processuais do Direito do
Trabalho. Seria um terceiro eixo da reforma trabalhista brasileira. O primeiro seria o
direito sindical; o segundo, o direito individual; e o terceiro, processo e estrutura do
trabalho. Neste último pretendemos ter aqui o Dr. Manoel Antonio Teixeira Filho,
que, como todos sabem, talvez seja o luminar do Direito Processual no País.
Também deverão estar presentes o Dr. Estevão Mallet, processualista, do escritório
Octávio Bueno Magano, de São Paulo, muito ligado às federações e entidades
patronais. Há a sugestão de convidarmos um terceiro participante, Procurador do
Trabalho, excelente processualista, Dr. Morse Sarmento Pereira de Lyra Neto, cujas
posições aproximam-se às das centrais de trabalhadores.
A idéia é tentar esse equilíbrio com a preocupação inicial de fazer o trabalho
fluir. Como disse o Relator, Deputado José Chaves, esta é a fase inicial da maratona
de trabalho que vamos ter aqui. Vamos ter de nos articular com outros fóruns de
discussão da reforma trabalhista. Daí o apelo aos Srs. Deputados para caminharmos
com essa estrutura para termos equilíbrio e musculatura, de forma a dar ao Brasil a
contribuição que espera de nós.
O SR. DEPUTADO DR. RIBAMAR ALVES - Em apoio ao Deputado Maurício
Rands, sugiro, já que esta é uma Comissão multifacetária — seus membros
possuem as mais diversas formações; eu, por exemplo, sou médico —, que façamos
um seminário com pelo menos três palestrantes sobre a situação trabalhista atual. O
mesmo se fez no caso do TST e não pudemos estar presentes devido à nossa gama
de atividades. Que fosse feito também pela Comissão da Reforma Trabalhista,
preliminarmente a essas audiências.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - A intervenção do nobre
Deputado é desnecessária, porque é um adendo a outras que surgirão. Seria de
bom alvitre ouvirmos primeiro quem está inscrito, porque as propostas surgirão.
De qualquer forma, Deputado, está consignada a sua sugestão.
Vamos seguir a lista de inscrições. Só concederemos a palavra a Deputado
não inscrito no caso de questão de ordem a respeito do andamento dos trabalhos.
Concedo a palavra ao Deputado Leonardo Picciani.
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O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Sr. Presidente, gostaria de
parabenizá-lo pela forma como tem conduzido os trabalhos da nossa Comissão, que
tem a nobre finalidade de definir uma nova linha para as relações de trabalho em
nosso País. Como disse o companheiro José Chaves, precisamos de um ponto de
partida para iniciar o amplo debate que ensejará a proposta de reforma trabalhista.
Que nesta primeira fase seja coletado material suficiente para então partirmos para
os desdobramentos.
Acredito que as propostas apresentadas permitirão à Comissão adquirir a
musculatura de que tanto fala o eminente Relator.
Finalizando, gostaria de dizer que é de muita propriedade a proposta
apresentada pelo Relator.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Obrigado, Deputado Leonardo.
Lembro que os requerimentos serão votados daqui a pouco.
Concedo a palavra ao nobre Deputado Júlio Delgado.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, o número de
requerimentos apresentados demonstra o interesse dos Parlamentares. Tivemos,
por exemplo, uma série de requerimentos do companheiro Ronaldo Dimas.
Posteriormente, vários requerimentos do companheiro Miguel de Souza e outros
ainda dos colegas Almir Moura, Luiz Alberto e Daniel Almeida. Apóio a sugestão do
Relator e da Mesa e sugiro que sejam convidados para a audiência os demais
nomes frutos desses requerimentos, para que também participem da audiência.
Temos quatro convidados das entidades patronais, mas há outros setores da
construção que também são interessantes e que poderão contribuir com os Srs.
Parlamentares, cada um no dia dos debates propícios para sua área: das centrais
sindicais, do setor patronal, da área processual e das áreas afins, sem que haja
prejuízo de um dos requerimentos apresentados. Faríamos uma votação em bloco
para apoiarmos a sugestão da Mesa e que sejam convidados a participar da
audiência, com direito a participação em plenário. É uma sugestão.
Outra sugestão que, aliás, foi esquecimento, fruto de um requerimento do
Deputado Ronaldo Dimas, é que no terceiro ou quarto painel — excetuando o painel
do Ministro, que é uma figura à parte — mas nos outros três, o patronal, o das
centrais sindicais e o dos empregados, convidemos um representante da
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Organização Internacional do Trabalho para que ele venha dar sua contribuição para
o requerimento do Deputado Ronaldo. No terceiro ou quarto painel, que ele venha
nos passar sua visão da Organização Internacional do Trabalho, fruto da discussão
da reforma trabalhista que estaremos propondo para nosso País.
Assim, estaremos fechando o ciclo desse debate, teremos todos participando
e teremos condições de encaminhar a proposta dessa Comissão. Gostaria de contar
ainda com a colaboração dos autores dos requerimentos apresentados.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - O Deputado Júlio Delgado
apresentou duas propostas muito importantes: uma depende de aprovação do
Plenário e a outra depende da coordenação dos nossos trabalhos. A única
preocupação que temos é a de que cada orador fale no máximo cinco minutos,
porque temos pouco tempo. Podemos, se o Plenário concordar, convidá-los por uma
questão de gentileza. Eles poderiam vir aqui manifestar suas opiniões, respeitando,
obviamente, os membros da Mesa que falarão.
Com relação à convocação da OIT, a proposta seria muito bem incorporada à
proposta do Deputado Ronaldo Dimas. Na oportunidade, estaremos convidando o
Dr. Pastore e o Dr. Francisco Siqueira Neto. Trata-se de um nome de grande
importância e terá o seu tempo adequado. Faremos assim, caso haja entendimento.
Concedo a palavra ao Deputado Ronaldo Dimas.
O SR. DEPUTADO RONALDO DIMAS - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
gostaria que nesse painel em que estarão presentes os representantes dos
empregadores fosse incluído o nome de Luiz Roberto Ponte, Presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção, que representa um setor que gera muitos
empregos. O Presidente Lula lançou um programa de habitação com o qual espera
sejam criados 600 mil novos empregos.
Tenho dúvidas sobre a necessidade do último painel, embora ache muito
positivo o contexto em que foi apresentado.
Por outro lado, preocupam-me as interferências, nos nossos trabalhos, das
reformas previdenciária e tributária, que, segundo tem sido divulgado pela imprensa,
ainda neste mês serão encaminhadas à Câmara dos Deputados. Essas
interferências, de uma forma ou de outra, acabarão se refletindo aqui. Precisamos
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alcançar um consenso sobre o que é trabalhista na reforma tributária, o que interfere
diretamente na questão trabalhista. Esta é uma questão que temos de discutir a
partir do momento em que as reformas forem remetidas a esta Casa.
Nessa expectativa, sugiro que marquemos as duas primeiras reuniões e
deixemos um espaço para recebermos a proposta de reforma tributária para, a partir
daí, marcarmos as demais. Pode haver o inconveniente de esse assunto tornar-se
mais importante, dando a segurança necessária à Comissão Especial de Reforma
Tributária para continuar com seus trabalhos.
Peço esse tempo para analisarmos o assunto ou que marquemos as três
primeiras reuniões para ver a real interferência das reformas propostas nos nossos
trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Deputado Ronaldo Dimas, acho
que não devemos suspender nossos trabalhos em razão do que pode vir. Chegará o
momento em que definiremos propostas, e a reforma previdenciária já deverá ter
sido até votada nesta Casa.
Sugiro, pois, que não corramos o risco de adiar a matéria por causa do que
não sabemos sequer quando virá. Mas entendo, sim, que devemos estar todos
atentos a que tipo de influência poderá essa outra reforma exercer na nossa
caminhada. Como Parlamentares temos o direito regimental, independentemente do
tempo, de apresentar propostas, emendas, inclusive na reforma trabalhista. Acho
que devemos refletir sobre isso.
Tivemos uma certa dificuldade para iniciar os trabalhos desta Comissão. Até
agora o PSDB e o PFL não indicaram seus Vices. Não vamos mais procurá-los para
que o façam. Não há problema, temos aqui um Vice muito bom. Alguns não
puderam vir, tiveram dificuldades.
É grande a expectativa em relação à nossa Comissão. Vamos conciliar essa
preocupação de V.Exa., que é de toda a Comissão, sem atrapalhar o andamento
dos trabalhos. Caso haja entendimento, incorporaremos a proposta de convidar
representantes da indústria da construção, dada a emergência do debate.
Concedo a palavra ao Deputado Isaías Silvestre.
O SR. DEPUTADO ISAÍAS SILVESTRE - Sr. Presidente, parabenizo o
Relator, Deputado José Chaves, pela preocupação em fazer deslancharem nossos
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trabalhos. Estamos um pouco amarrados. A luz surgida com as plenárias nos dará
sustentação para desenvolver os trabalhos.
Concordo com o Deputado Júlio Delgado, no sentido de que não podemos
deixar de chamar os diversos segmentos para participar de nossos trabalhos. Mas
nossa grande preocupação é com o tempo. Nossas discussões não podem se
perder no contexto em razão das grandes figuras que teremos aqui.
Quando iremos formar as subcomissões: antes ou depois?
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - À medida que os trabalhos
forem progredindo. Já pedimos ao Deputado José Chaves que fique atento a essa
questão.
Tenho certeza de que ao final dos trabalhos esta Comissão obterá uma bela
vitória, ainda neste ano.
Concedo a palavra ao Deputado Nelson Meurer.
O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, parabenizo a Mesa pela decisão de adotar uma agenda reduzida para
os trabalhos da Comissão da Reforma Trabalhista. Caso contrário, com tantos
requerimentos para a oitiva de autoridades, que aqui viriam repetir a mesma coisa,
passaríamos todo o ano de 2003 realizando audiências públicas para ouvi-las,
deixando de realizar o nosso verdadeiro trabalho, que é discutir a reforma
trabalhista.
Foi acertada a decisão de convocar em primeiro lugar representantes de
entidades dos empregadores — Confederação da Agricultura, Confederação
Nacional da Indústria e Confederação Nacional do Comércio. Assim, teremos uma
visão global das reivindicações dos empregadores do País.
Entendo que devemos convocar a CONTAG juntamente com as centrais
sindicais. Muitos sindicatos do interior são filiados à CONTAG e não são filiados à
CUT, à CGT ou à Força Sindical. A CONTAG representa categorias menores e deve
estar presente aqui para nos dizer a palavra oficial do setor.
Feito isto, teríamos também a visão global das reivindicações dos
trabalhadores, passando depois por uma ou duas audiências públicas do setor
público, ouvindo representantes da Justiça do Trabalho e da OAB para, logo em
seguida, apresentarmos um esboço da reforma trabalhista.
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Começaríamos a discutir os pontos da reforma e teríamos condições de
apresentar nossas idéias, de pesquisar nas nossas regiões o que o setor quer e
como poderá ser concretizada a reforma.
Temos de fazer isso nos meses de abril e maio para, no mês de junho, a
Mesa submeter à apreciação dos Srs. Deputados um esboço do que virá a ser, aí
sim, a verdadeira reforma trabalhista.
Precisamos, o mais rápido possível, elaborar o projeto de lei e apresentá-lo
ao Presidente da Casa, Deputado João Paulo Cunha.
Se assim não fizermos e começarmos a realizar repetidas audiências
públicas, não acontecerá nada. Todas as outras reformas serão feitas, o Governo
enviará a esta Casa o seu projeto de reforma trabalhista e não teremos encontrado o
caminho para sugerir mudanças para o setor, porque existem muitas.
Não podemos nos esquecer de que a tentativa de se fazer a reforma
trabalhista, no ano passado, foi muito complicada. O tema foi muito explorado,
houve muitas distorções, muitas mentiras e muita gente com boas intenções em
relação ao tema foi prejudicada. Precisamos definir o que realmente é necessário
para melhorarmos a relação trabalho/capital no País.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Deputado, a preocupação de
V.Exa. coincide com a da Mesa.
Mas cabem alguns esclarecimentos para colocar as coisas em seus devidos
lugares. A CONTAG é filiada à CUT. Se as duas viessem juntas a uma mesma
audiência, poderia haver questionamento. Muitos sindicatos não são filiados à
CONTAG. É o caso, por exemplo, dos sindicatos da agricultura familiar, dos
assalariados rurais. E existem confederações no âmbito da CONTAG igualmente
importantes que seriam contempladas em uma audiência exclusiva, depois da
avaliação dessa primeira fase. Por exemplo, prevemos a vinda da CNTI —
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, da Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Educação — CNTE e de outras confederações que tenham
representatividade e pontos comuns. Por isso a deliberação de trazermos essas
confederações para uma audiência exclusiva, pois estaríamos evitando um
problema com as centrais sindicais.
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O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, na formação sindical
temos as federações dos trabalhadores nos Estados e as confederações em âmbito
nacional. São segmentos mais antigos que representam o setor sindical. A Central
Única, a Força Sindical e a CGT surgiram posteriormente com os interesses dos
trabalhadores mais organizados. Precisamos valorizar a CONTAG, que penso ser a
mais legítima representante dos trabalhadores, como as outras também o são. Não
podemos convidar a CNA e deixar de convidar a CONTAG. Temos que convocar
essas duas entidades para saber o que pensam do assunto, porque temos sérios
problemas trabalhistas na área da agricultura. Precisamos discutir muito as relações
de trabalho na agricultura.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Nobre Deputado, não vamos
polemizar, até porque as divergências serão decididas no voto. É apenas questão de
chegarmos a um entendimento. É claro que a CONTAG será chamada, está sendo
feita uma indicação neste sentido. Mas será chamada juntamente com as outras
confederações, na próxima etapa do debate. Se houver esse entendimento ninguém
será prejudicado e todos participarão, certo?
Concedo a palavra ao Deputado Paes Landim.
O SR. DEPUTADO PAES LANDIM - Sr. Presidente, quero desculpar-me. Sou
membro suplente da Comissão, mas da Comissão da Reforma Política, que se
reúne neste momento, sou membro titular.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Seja bem-vindo, nobre
Deputado Paes Landim.
O SR. DEPUTADO PAES LANDIM - Também sou membro da Comissão do
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Quando soube, na segunda-feira passada,
que V.Exa., nobre Deputado Vicentinho, era o Presidente desta Comissão, animei-
me com aquele que poderá vir a ser o desfecho dos trabalhos.
Digo isto pela indicação de vários líderes sindicais da indústria para aqui
exporem seus pontos de vista e porque V.Exa. tem grande experiência na luta
sindical, um bonito passado de lutas — e agora é estudante de Direito —, uma boa
relação com a base sindical, gozando de grande credibilidade junto aos
trabalhadores do setor industrial, sobretudo no setor mais moderno e pesado, que é
o metalúrgico.
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Acho que os papéis estão invertidos. Com todo respeito ao meu querido
colega Deputado José Chaves, de Pernambuco, que muito aprecio, S.Exa. deveria
ser o Presidente e V.Exa., Deputado Vicentinho, o Relator, pela sua sensibilidade.
Sr. Presidente, quero deixar, permita-me, duas sugestões: a primeira, de que
não sejam trazidos a esta Comissão o Presidente da federação nacional das
instituições financeiras e o Presidente da FEBRABAN, porque essas entidades são
irmãs gêmeas, sediadas no mesmo prédio, no mesmo endereço em Brasília.
Temos na FEBRABAN o Sr. Miguel Jorge, advogado, um estudioso do Direito
Bancário e Financeiro, um guardião burocrático do Bradesco, que tem grande
dimensão na FEBRABAN.
Estará a Comissão economizando tempo se chamar apenas um
representante, porque são entidades gêmeas, que têm, inclusive, como já disse, o
mesmo endereço. V.Exa. poderá perceber isto aqui na direção nacional, em Brasília.
Quero parabenizar o autor do requerimento de realização de audiência
pública com a presença do Sr. José Pastore, que não é empregado nem
empregador, é sociólogo, é um estudioso das relações trabalhistas no mundo inteiro
e pode trazer à Comissão uma boa experiência comparativa das regras dos
contratos de trabalhos, das relações trabalhistas no Brasil e no mundo. Trata-se de
uma pessoa preocupada com a qualificação da mão-de-obra, que é hoje um
instrumento muito importante para a ascensão social dos trabalhadores.
Sr. Presidente, embora saiba que já é grande a lista de possíveis convidados,
tomo a liberdade de indicar mais dois nomes de pessoas que têm uma biografia e
uma história interessante: o ex-Ministro Almir Pazzianotto, advogado que militou
num movimento sindical difícil, no regime autoritário. S.Exa. foi Ministro do Trabalho
e posteriormente tornou-se Ministro do Tribunal Superior do Trabalho — TST. O
Deputado Vicentinho talvez fosse garoto na época, mas deve conhecer a história do
Ministro Almir Pazzianotto nas lutas sindicais, tendo inclusive sido advogado de Lula
naquele momento difícil do movimento sindical brasileiro.
Vi também o nome do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, para mim
uma boa indicação.
Em discurso que fez na segunda-feira, o Presidente da Comissão, Deputado
Vicentinho, criticou a estrutura corporativista da atual CLT. Fiquei muito
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entusiasmado. Foi um ponto muito positivo do discurso, conduzido dentro de uma
linha muito moderna. Hoje o que mais prevalece? Tem que haver um instrumento
legal para proteger o trabalhador humilde, menos favorecido. Mas hoje nos grandes
centros urbanos desenvolvidos, como é o caso da cidade de São Paulo, embora
haja a proteção ao trabalhador no texto constitucional, o que prevalece é a figura do
contrato, a negociação direta entre empregado e empregador. Essa vai ser a grande
tônica do Direito do Trabalho no século XXI.
Meu caro Presidente, Deputado Vicentinho, não sou expert em Direito do
Trabalho, tenho uma vaga noção de Direito Constitucional, mas, lendo um pouco os
acórdãos do Tribunal Superior do Trabalho, percebi que há um Ministro interessante
— não sei se veio da advocacia ou da magistratura —, Ministro Gelson de Azevedo,
que em seus votos, pelo que percebi, faz prevalecer a força do contrato. Ele prefere
a negociação entre empregador e empregado à aplicação da lei corporativista, a
CLT.
Cito, portanto, esses dois nomes para reflexão. Concordo com os nomes
relacionados. Quero, inclusive, parabenizar o Deputado Miguel de Souza, que deu
uma excelente sugestão, que foi o nome de Leôncio Martins Rodrigues, grande
professor da Universidade de São Paulo, que há trinta anos já dizia que a burocracia
estatal sindical soviética ia levar à falência do comunismo. Figura interessante o
Leôncio Martins Rodrigues. Preocupa-se com a burocracia sindical, que pode levar à
destruição do próprio movimento.
Sugiro, então, mesmo sabendo da existência de uma extensa lista de nomes,
sejam convidados o Dr. Almir Pazzianotto e o Dr. Gelson de Azevedo, Ministros do
Tribunal Superior do Trabalho. São os nomes que submeto à consideração da
Comissão para, oportunamente, decidir da conveniência ou não de serem
formulados os respectivos convites.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Muito obrigado por suas
palavras generosas, Deputado Paes Landim. A nomeação do Deputado José
Chaves para a relatoria é emblemática, por se tratar de um trabalhador e
empregador.
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Recomendo a V.Exa. que apresente um requerimento por escrito, conforme
determina o Regimento Interno. Pessoalmente, não tenho nada contra os nomes
indicados por V.Exa.
O SR. DEPUTADO PAES LANDIM - Eu farei o requerimento.
Peço desculpas, mas neste momento terei que me ausentar porque estou
sendo aguardado em outra Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Está bem, Deputado. Muito
obrigado por sua presença.
Informo que a nossa bancada já está nos chamando para comparecer ao
plenário. Vamos aguardar o chamado oficial da Casa.
Passo a palavra à Dra. Clair, a última inscrita, para entrarmos no próximo
item, que é a discussão dos requerimentos.
A SRA. DEPUTADA DRA. CLAIR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria
de ratificar a proposta, já feita à Mesa, de convidar o representante da OIT para
participar do painel sobre Direito Sindical, Convenção nº 87 etc. Da forma como
ficou, o representante da OIT vai participar do painel que trata de Direito Material.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Da minha parte, não há problema
nenhum, até porque o requerimento é do nosso colega Ronaldo Dimas. Se S.Exa.
aceitar, não há problema. De minha parte, acho a participação importante.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Faz sentido, Deputada Dra.
Clair.
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RANDS - Talvez possa entrar junto com as
confederações de empregadores, para que as Mesas fiquem balanceadas.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Obrigado, Deputada Dra. Clair.
As propostas apresentadas estão registradas.
Submeto a votos a proposta de dinâmica dos trabalhos apresentada pelo
Relator, com as alterações propostas.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, peço a palavra pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Gostaria de fazer uma proposta de
encaminhamento. Dos requerimentos apresentados, houve uma proposta que
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contou com o consentimento da Mesa, que foi a inclusão, no setor patronal, do nome
do Sr. Luiz Roberto Ponte, da Indústria da Construção Civil. Proponho uma votação
em bloco dos requerimentos, aprovando a sugestão da Mesa, com a inclusão do
nome Sr. Luiz Roberto Ponte no setor patronal, convidando os demais para
participar como convidados — e não debatedores — das audiências públicas.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Acho que não há problema.
Mas, de qualquer forma, isso tem de ser formalizado. O Deputado José Múcio
Monteiro teve que se retirar. S.Exa. poderia, até em nome do que foi feito, assinar os
requerimentos. Sendo assim, melhor ainda, porque não haverá perda de tempo.
O SR. DEPUTADO RONALDO DIMAS - Sr. Presidente, peço a palavra pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. DEPUTADO RONALDO DIMAS - Sr. Presidente, estamos convidando
o representante da OIT no Brasil para comparecer a esta Comissão junto com os
representantes das centrais patronais. Na verdade poderíamos ir um pouco além:
conseguir que o Presidente da OIT viesse junto com o Ministro na abertura dos
trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Compreendo a sua
preocupação de dar uma atenção especial ao Presidente da OIT. Vamos conversar.
Talvez, nesse caso, tenhamos que conversar pessoalmente com o representante da
OIT, não apenas fazer o requerimento. Disponho-me a ir com V.Exa. ao
representante da OIT para conversarmos e saber quando poderá estar presente a
esta Comissão. Considero isso extraordinário. Sou um dos defensores das
convenções da OIT. V.Exa. sabe que já fiz até greve de fome no Congresso
Nacional em defesa da Convenção nº 158 da OIT. E a Convenção nº 87 é fruto de
um longo período de lutas. Mas não achamos conveniente essa audiência junto com
o Ministro, porque quero que todos sejam bem tratados.
O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, peço a palavra pela
ordem.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, não entendi muito
bem a proposta do companheiro de estender aos 39 convidados que constam dos
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requerimentos o direito de participar das três ou quatro audiências públicas. Não sei
como seria a participação desses convidados, se eles compareceriam à audiência
pública desta Comissão para assistir à palestra e à discussão dos Parlamentares ou
se teriam condições de participar do debate. Entendo que só teriam condições de
participar do debate se participassem da audiência pública. Só podem participar do
debate os Parlamentares e as pessoas, as autoridades que participarem da
audiência pública. Quero saber da Mesa se os convidados podem participar, senão
haverá uma confusão muito grande durante as audiências públicas.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Deputado, foi exatamente este
o ponto que eu disse que o Plenário teria que decidir. A participação seria com
direito a voz, evidentemente. Não havendo entendimento, vamos definir isso
coletivamente. Parece-me que todas as outras questões são consensuais.
O SR. DEPUTADO DR. RIBAMAR ALVES - Sr. Presidente, tivemos ontem,
na Comissão de Seguridade Social, audiência pública para ouvir representantes de
hospitais universitários. Foram aprovados requerimentos para o comparecimento de
oito pessoas. O Presidente João Paulo liberou. Mas existe uma deliberação do
Presidente da Casa no sentido de que sejam convidadas no máximo quatro pessoas
para cada audiência, não mais do que isso.
O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, depois consulta-se o
Regimento para saber quem pode participar das audiências.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, gostaria de
apresentar uma sugestão à Mesa. No caso do setor patronal, virão os
representantes da CNI, CNA e CNC, mais o Sr. Luiz Roberto Ponte.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Deputado Júlio Delgado, estou
vendo a quantidade de gente que vai falar em cada audiência. É muita gente. Sugiro
que convidemos essas pessoas para assistirem às audiências. A essas audiências,
certamente, estarão presentes os trinta e poucos Deputados. Se houver a aceitação
da unanimidade dos membros da Comissão, essas pessoas poderão pedir a palavra
pela ordem e falar em igualdade de condições com os Deputados.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, na semana passada,
na instalação de Comissões nesta Casa, representantes de setores específicos
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usaram a palavra antes dos Parlamentares, com a aquiescência destes.
Considerando-se a relevância da questão...
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Era audiência pública?
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sim. Por exemplo, na fala do setor
patronal, convidando-se o representante da Confederação Nacional das Instituições
Financeiras, com certeza, será muito mais relevante a sua participação do que o
valor da passagem que eventualmente lhe seja dada. E ele poderá, desde que
esteja presente, usar a palavra. É uma sugestão, em contraposição às já
apresentadas, para o funcionamento da Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Está clara a proposta. Como
não há consenso, o assunto será definido pelo Plenário.
O SR. DEPUTADO NELSON MEURER - Sr. Presidente, quero saber se o
Regimento permite que os assistentes, não sendo Parlamentares, participem do
debate.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - A assessoria responde
afirmativamente, desde que o Plenário concorde.
O SR. DEPUTADO LUIZ ALBERTO - Sr. Presidente, em todas as audiências
públicas de que tenho participado nesta Casa só se tem permitido o uso da palavra
a convidados para a audiência pública e secundando os Srs. Parlamentares.
Penso que, se não houver consenso, o Regimento Interno tem de ser
aplicado. Não podemos votar se o tema é regimental. A não ser que a Comissão, de
forma consensual, sem nenhuma ausência, assim decida. Quanto a convidar para
participar da audiência, não vejo problema algum.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Concedo a palavra ao
Deputado Leonardo Picciani.
O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Sr. Presidente, vou citar um
exemplo prático. Ontem, em audiência pública realizada na Comissão de Trabalho
sobre pirataria de discos, os convidados, por sugestão do Presidente e decisão
consensual do Plenário, puderam se manifestar.
Portanto, há um precedente.
O SR. DEPUTADO RONALDO DIMAS - Sr. Presidente, achei de extremo
bom senso os demais nomes sugeridos. Acredito que haverá constrangimentos se
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uns puderem falar e outros não. É melhor deixarmos para, em um outro momento,
convocarmos todos juntos, para que ninguém se sinta preterido.
O SR. DEPUTADO JÚLIO DELGADO - Sr. Presidente, apresentei uma
sugestão para agilizarmos nossos trabalhos. Retiro-a porque está gerando muito
problema.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Não havendo mais quem queira
discutir, em votação.
Os Srs. Deputados que concordam com a proposta do Deputado José
Chaves, com as introduções consignadas, permaneçam como estão. (Pausa.)
Aprovada.
Passo a ler os requerimentos na ordem em que chegaram à Comissão.
Informo que alguns já estão contemplados no primeiro grupo.
Farei a votação em bloco.
Temos que seguir o Regimento. É uma matéria tão consensual que
poderíamos decidir tudo de uma vez.
Se os Deputados concordarem, farei a leitura de todos os nomes indicados,
dos autores e números dos requerimentos, dizendo inclusive quem já está nestes
debates. Se houver consenso a respeito de todos os nomes, podemos votar em
bloco. (Pausa.)
Estou sendo informado de que a votação tem de ser feita item por item, não
tem jeito. Mas podemos votar em bloco e dizer que foi um a um.
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RANDS - Sr. Presidente, regimentalmente os
requerimentos teriam que ser votados um a um. Mas há um consenso geral de que
estamos aprovando esses cinco blocos, que em parte contemplam esses.
Por que não damos por aprovados os requerimentos que estão contemplados
nessa proposta que foi amplamente discutida e depois a secretaria da Comissão faz
a triagem daqueles que vão ficar para um segundo momento?
O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - O Presidente retira de ofício os
que não forem contemplados nos blocos.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Está certo. Mas, se é para
valer, insisto na sugestão de votar em bloco e os nossos assessores que façam algo
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para dizer que os requerimentos foram votados um a um. Temos que resolver o
problema. Temos uma posição política a respeito de tudo isso.
De qualquer forma, seguindo a proposta do nobre Deputado Leonardo
Picciani, para não termos problemas mais à frente, vamos votar a proposta
apresentada em bloco. Depois o Secretário da Comissão acerta tudo.
Vamos votar os requerimentos com os nomes que estão contemplados no
primeiro debate, sem excluir aqueles que serão apreciados numa próxima reunião.
Portanto, a primeira proposta é para convidar o Ministro do Trabalho e
Emprego, Jaques Wagner, para comparecer a esta Comissão no dia 23. A proposta
é da Deputada Dra. Clair e de outros Parlamentares.
Os Srs. Deputados que aprovam o requerimento permaneçam como estão.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Ronaldo Dimas propondo a realização de
audiência pública com o Sr. Antonio Ernesto Werna de Salvo, Presidente da
Confederação Nacional de Agricultura.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Ronaldo Dimas propondo a realização de
audiência pública com o Sr. Antônio Oliveira Santos, Presidente da Confederação
Nacional do Comércio.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Ronaldo Dimas propondo a realização de
audiência pública com o Sr. Armando Monteiro Neto, Presidente da Confederação
Nacional da Indústria.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
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Requerimento propondo a realização de audiência pública com a presença do
representante da OIT no Brasil, Sr. Armand Pereira, com a condição aqui
estabelecida.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Luiz Alberto solicitando a realização de audiência
pública com a participação da Central Única dos Trabalhadores.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Luiz Alberto solicitando a realização de audiência
pública com a participação da CGT — Confederação Geral dos Trabalhadores.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Luiz Alberto solicitando a realização de audiência
pública com a participação da CGTB — Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Vicentinho propondo seja convidado o Dr.
Francisco Fausto Paula de Medeiros, Presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
para ser ouvido nesta Comissão.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Vicentinho, em co-autoria com o Deputado
Maurício Rands, propondo seja convidado o Dr. Hugo Cavalcanti Melo Filho,
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho — ANAMATRA,
para comparecer a esta Comissão.
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Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Daniel Almeida solicitando a realização de
audiência pública na Comissão Especial da Reforma Trabalhista com o Dr. Nilton
Correia, Presidente da ABRAT — Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Vicentinho propondo seja convidado o Sr.
Raimundo Simão de Melo, Procurador-Chefe do Ministério Púbico do Trabalho da
15ª Região, Campinas, São Paulo, para ser ouvido em audiência pública.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Requerimento do Deputado Ronaldo Dimas propondo a realização de
audiência pública com o Sr. José Pastore, Professor da Universidade Federal de
São Paulo.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Há uma proposta no sentido de que seja convidado o Dr. Francisco Siqueira
Neto, jurista. O requerimento, que nos será entregue oportunamente, já está
aprovado.
O mesmo em relação ao Dr. Celso Soares, advogado e jurista, ao Dr. Manoel
Antonio Teixeira Filho, ao Dr. Estevão Mallet, ao Dr. Morse Lyra Neto e ao Dr.
Roberto Caldas. Esses nomes, portanto, estão aprovados. Falta o requerimento.
Requerimento do Deputado Luiz Alberto propondo a realização de audiência
pública com a participação da SDS — Social Democracia Sindical.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
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Requerimento do Deputado Luiz Alberto propondo a realização de audiência
pública com a CGTB e a Força Sindical.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
(Intervenção inaudível.)
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - No Nº 7 está a CGTB.
(Intervenção inaudível.)
O SR. PRESIDENTE (Deputado Vicentinho) - Certo. Desculpe, Deputado. Por
isso entendo que seria bom votar os requerimentos em bloco.
Requerimento do Deputado Roberto Dimas propondo a realização de
audiência pública com o Sr. Luiz Roberto Ponte, Presidente da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção.
Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.)
Aprovado.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião, antes
convocando reunião para o dia 23 de abril, quarta-feira, às 14h30min, no Plenário
13, com a seguinte pauta: audiência pública com o Sr. Ministro do Trabalho, Jaques
Wagner.
No dia 16 de abril não haverá reunião.
Está encerrada a reunião.
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