correntes de literatura que marcaram a 1ª metade do século xx

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Correntes de literatura que marcaram a 1ª metade

do século XX

A poesia portuguesa conhece a sua primeira feição de vanguarda em março de 1915, com a publicação de dois números da revista “Orpheu”.

O modernismo, apressado pela Grande Guerra e pelo mal-estar provocado por um mundo em crise, carateriza-se por um perspetiva otimista da vida confiante no progresso, na tecnologia e no futuro, traduzida numa linguagem nova.

A poesia de Orpheu está, porém, longe de apresentar programa doutrinário definido ou homogeneidade literária. Cruzam-se diferentes tendências, habitualmente designadas por ismos, que chegam tanto do passado - os simbolistas e decadentistas – como do presente – o paulismo, o sensacionalismo, degenerando em futurismo e o interseccionismo

Primeiro modernismo

Segundo modernismo

Em março de 1927, surge uma revista intitulada Presença/Folha de Arte e Crítica, que contava com nomes como José Régio, João Gaspar Simões, Branquinho de Fonseca, seus fundadores, Miguel, entre outros. Produziram essencialmente poesia, embora alguns escritores tenham enveredado pela ficção e pelo teatro.

Ao tomarem como mestres os homens do Orpheu tiveram a influência decisiva na atenção que viria a dar a estes poetas, que a opinião pública da altura não tinha levado muito a sério. Desempenharam assim um papel preponderante na difusão do Modernismo, representando uma segunda fase, mais teórica do que prática, desta corrente estética.

Neorrealismo Foi um movimento literário que se desenvolveu em

Portugal entres finais dos anos 30 e dos anos 50 do século XX .

A corrente neorrealista carateriza-se por ser uma literatura que parte de uma consciência sociopolítica e económica tomando partido nas questões do seu tempo e tornando-se assim num instrumento de intervenção e de revolução no plano da realidade.

O seu comprometimento revela-se ao nível da temática da luta de classes, ligada ao proletariado e á sua condição económica, como contributo para a criação de uma sociedade de tipo marxista, onde o homem não fosse explorado pelo homem,

Surrealismo O surrealismo surgia na cena literária portuguesa como

forma de rutura com o bipolarismo que marcava as posições perante a ditadura fascista: a herança de neutralidade e isenção da presença, que marcava agora a produção literária de revistas como Távola Redonda e Árvore, e o comprometimento da arte neorrealista como forma de resistência e denúncia.

Com esta posição vai caraterizar-se pelo recurso à técnica bretoniana do automatismo psíquico e coletivismo na criação literária, pela associação verbal, pela imagística absurda, pelo humor negro, pela desarticulação da frase feita e do discurso, numa desarrumação propositada da linguagem poética.

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