bioproteção e ccih
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Unievangélica - Liga Acadêmica Doenças
Infecciosas e ParasitáriasBioproteção e Conceitos Básicos em CCIH
Conceitos Básicos no Controle de Infecção Hospitalar
Infecção Hospitalar: Infecção adquirida dentro do ambiente hospitalar
e que se manifestam 48h após a admissão do paciente no hospital. Trabalhadores da área de saúde e visitantes Doenças adquiridas na comunidade podem manifestar-se após a
internação hospitalar. Ex: varicela Paciente que recebe sangue em um hospital e 06 meses depois
apresenta hepatite por vírus B – Infecção Hospitalar Infecção do sítio cirúrgico (até 30 dias após o ato cirúrgico ou
até 01 ano após colocação da prótese), detectada após a alta hospitalar
Infecção Associada à Assistência à saúde: Home care; Hemodiálise; assistência domiciliar
Classificação das IH ( Modo de aquisição)
Exógenas: Adquiridas a partir de microrganismos externos ao paciente. Geralmente responsáveis por surtos. Ex: instrumentos contaminados, inoculação através de cateteres pelas mãos dos profissionais de saúde; lotes de medicamentos ou soros contaminados.
Endógenas: Causadas por microrganismos que já colonizam previamente o paciente (flora própria). São mais graves e de controle e prevenção mais difíceis. Fatores de riscos.
Modos de Transmissão dos Microrganismos:1. Contato direto: Contato direto entre pessoas. Ex: escabiose
2. Contato indireto: Objetos ou mãos de profissionais de saúde.
3. Fonte Comum: Objeto, produto ou medicamento contaminado que é utilizado por um ou mais pacientes. Responsável por surtos.
4. Gotículas: Produção de gotículas por um paciente, que atingem outro paciente. As gotículas têm alcance de 01 metro. Ex: IVAS
5. Aerossóis: Eliminação de gotículas, que após o ressecamento, se transformam em núcleos de gotículas com dimensão menor que 5 micras. Ex: TB; sarampo; varicela
6. Vetores: Raro. Ex: aquisição hospitalar da dengue.
Programa de controle de Infecção HospitalarCCIH
Regulamentação: 1983/1992 ( portaria MS: 196/83; 930/92) Lei 9431 de 1997: Obrigatoriedade da existência de Programa de Controle
de Infecção Hospitalar em todos os hospitais do pais. Constituição da CCIH para executar as ações do programaConceito: Conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente
com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.
Único para cada instituição, baseado nas particularidades da mesma.Participação em processos de compras de artigos de impacto sobre as IH;
Planejamento de obras; Política de proteção do trabalhador(medicina do trabalho).
CCIHEscrever um PCIH que deve ser atualizado
periodicamente (anualmente) e que contém as metas que o serviço tem para a instituição com respeito ao controle das IH.
PCIH devem constar o tipo de trabalho a ser desenvolvido, parcerias a serem estabelecidas e o que se pretende atingir (metas) com os trabalhos desenvolvidos.
A tarefa de reduzir a incidência e a gravidade das IH deve ser uma meta abrangente a todo hospital, com a participação de seus colaboradores, usuários e voluntários.
NÃO HÁ PCIH EFICAZ SEM A INTEGRAÇÃO DOS DIVERSOS SERVIÇOS DA INSTITUIÇÃO
Precauções e Isolamentos
Cadeia Epidemiológica de Transmissão de Microrganismos:
Agente Infeccioso Fonte
Porta de saída
Forma de transmiss
ão
Porta de entrada
Hospedeiro
susceptível
Agente Infeccioso: bactérias, fungos, parasitas, vírus, protozoários.
Fonte: Local (reservatório)onde o agente infeccioso se encontra. Pessoas, água, soluções, medicamentos, equipamentos
Porta de Saída: Via pela qual o agente infeccioso deixa a fonte ou reservatório humano. Excreções, secreções, gotículas, outros fluidos
Formas de Transmissão: Forma pela qual o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível. Contato (direto e indireto), gotículas, aérea
Porta de Entrada: Via pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro susceptível. TGI; TGU; Trato respiratório; pele não íntegra; mucosas
Hospedeiro Susceptível: Pessoa que com 01 ou mais mecanismos de defesa comprometidos (pacientes ou PS). Imunossuprimidos, idosos, RN, queimados, cirúrgicos.
Quebra dos elos da cadeia epidemiológica de transmissão de microrganismos: Identificação rápida do microrganismo; Tratamento antimicrobiano adequado; descontaminação seletiva
Boas condições de saúde e higiene pessoal; Limpeza
ambiental; desinfecção, esterilização, preparo e administração adequada de medicamentos
Uso adequado de EPI, Descarte adequado de resíduos, Contenção das secreções e excreções.
Agente infeccios
o
Fonte
Porta de
saída
Higiene das mãos, Sistema especial de ventilação de ar, precauções específicas, cuidado no preparo e manuseio de alimentos, desinfecção/ esterilização
Higiene das mãos, técnicas assépticas, cuidado com feridas, cuidado com dispositivos invasivos
Tratamento das doenças de base, reconhecer os pacientes de risco
Forma de transmiss
ão
Porta de Entrada
Hospedeiro
susceptível
Precauções e Isolamentos Medidas técnicas estabelecidas com o intuito de impedir a
disseminação de agentes infecciosos de um paciente a outro, pacientes a funcionários, a visitantes e ao meio ambiente
Pacientes hospitalizados são considerados fontes potenciais de patógenos veiculados pelo sangue, líquidos corporais e vias respiratórias
Todo profissional de saúde deve evitar contato com sangue, líquidos corporais, mucosas, pele não íntegra e também com secreções respiratórias
Barreiras de proteçãoLavagem das mãos: Proteção individual e coletiva Antes e depois de: realização do turno de trabalho diário; atos e funções
fisiológicas normais; contato com doentes; após contato com sangue ou líquidos corporais (mesmo não havendo evidência de contaminação); ministrar medicamentos por via oral e parenteral; manusear materiais e equipamentos hospitalares; uso de luvas
Preferencial: lavatório com torneira acionada com o pé Na falta: fechar a torneira manualmente com o papel toalha que foi
utilizado na secagem das mãos Usar preferencialmente sabão Álcool: pode ser usado na ausência de sujidade visível
• Uso de luvas não estéreis Possibilidade de contato direto ou indireto com sangue ou outros fluidos
corporais, membranas mucosas, pele não íntegra, pele intacta potencialmente contaminada e na realização de venopunção.
Trocadas após o atendimento de cada paciente e as mãos lavadas antes de colocá-las e retirá-las
Não substitui a lavagem das mãos
Máscaras: Respingos de sangue ou líquidos corporais na face Proteção contra infecções que possam ser transmitidas por via respiratória (gotículas e aerossóis) Uso pessoal e único Não pode ficar dependurada no pescoço Cobrir a boca e o nariz e desprezar em local apropriado, quando
descartável N95 ou PFF2 pode ser usada por períodos mais longos Perdem a eficácia quando umedecidas
Avental: Proteger a pele e prevenir a contaminação ou sujidade da roupa sempre
que houver risco de contato com sangue, fluidos corporais, secreções e/ou excreções
Retirar o avental e higienizar as mãos antes de deixar o ambiente próximo ao paciente
Não reutilizar avental, mesmo no contato com o mesmo paciente Avental plástico impermeável: grande quantidade de secreções ou sangue,
principalmente em procedimentos cirúrgicos. Deve ser estéril e pode ser usado por cima de outro avental
Calçados fechados: Proteger os pés contra respingos de secreções e produtos Atenuar e amortecer possíveis traumas ou acidentes com material
contaminado, inclusive perfurocortantes
• Óculos de proteção e protetor facial: Todos os procedimentos que apresentem risco de respingos de sangue ou
líquidos corporais na face.
Recomendações específicas• Agulhas e instrumentos cortantes: Não de devem ser reencapadas, entortadas e nem quebradas com as mãos Devem ser desprezadas em recipientes próprio e resistentes
• Envio de amostras ao laboratório: As amostras de sangue e líquidos corporais devem ser enviadas dentro de
saco plástico transparente e manuseadas com luvas
• Profissionais de saúde com lesões exsudativas ou dermatite: Devem evitar contato com os pacientes bem como o manuseio de instrumentos
• EPI: Contato com sangue e líquidos corpóreos e remover antes de sair do quarto ou box.
Precauções/Isolamentos Precauções Padrão: Indicadas a todos os pacientes quando previsto o
contato com sangue e todos os líquidos, secreções ou excreções corporais, pele não íntegra ou mucosa.
Lavar as mãos antes e após tocar o paciente ou objeto potencialmente contaminado
Usar luvas não estéreis para o manuseio de material não infectante e a higienização do paciente
Usar avental não estéril para o manuseio de material não infectante e a higienização do paciente
Usar máscara, óculos e protetor facial (respingo de sangue ou outros líquidos corpóreos na face)
Manusear com cuidado os artigos sujos de sangue ou outro fluido corpóreo para evitar a disseminação
Cuidado com o transporte de material perfurocortante: conduzido preferencialmente em bandejas, para prevenir acidentes e a transferência de microrganismos para o ambiente ou para outro paciente
Etiqueta de tosse
Precauções de contato: Indicados para pacientes que possam ser colonizados ou infectados por microrganismos epidemiologicamente importantes, passíveis de transmissão por contato direto ou indireto (superfícies).
Quarto privativo individual ou com pacientes que apresentem a mesma doença ou o mesmo microrganismo (coorte)
Utilizar luvas na realização de qualquer procedimento que exija contato direto e indireto com o paciente, desprezando-as ao concluir a assistência
Usar avental limpo não estéril, se previsto contato direto com o paciente ou com equipamentos / superfícies potencialmente contaminadas
Restringir a movimentação e o transporte do paciente Sempre que possível, usar para um único paciente materiais não críticos
(estetoscópio, aparelho de pressão, criado-mudo) ao lado do paciente. Caso não seja possível proceder a adequada desinfecção do material antes de usar em outro paciente
Manter recomendações de precauções padrão Fazer limpeza e desinfecção dos equipamentos utilizados no transporte do
paciente após o uso Restringir e orientar visitas
Precauções Respiratórias para Gotículas: Indicada nos casos de infecções causadas por microrganismos transmitidos por gotículas liberadas na tosse, espirros, escarros.
Usar quarto privativo, de preferência, mantendo a porta fechada ou coorte Usar máscara comum (tipo cirúrgica) para todas as pessoas que entrar no
quarto, incluindo as visitas, e orientá-las a desprezar a máscara ao sair do quarto
Utilizar avental para o manuseio do paciente Manter recomendações de precauções padrão Reduzir movimentação e transporte do paciente e orientá-lo a usar
máscara comum quando precisar sair do quarto Realizar a troca da paramentação e higiene das mãos entre o atendimento
de diferentes pacientes
Precauções Respiratórias para Aerossóis: Indicada para pacientes suspeitos ou com infecção por microrganismos transmitidos por aerossóis, ou seja, por partículas iguais ou menores que 5 mícrons, que permanecem suspensos no ar e podem ser dispersadas a longa distância
Usar quarto privativo, mantendo a porta fechada e com pressão negativa em relação às áreas vizinhas
Utilizar máscara N95 (capacidade de filtragem para 95% das partículas com diâmetro igual ou superior a 0,3 mícrons e 99% das bactérias)
Profissionais não imunes (sarampo; varicela) não devem entrar no quarto Limitar ao máximo a movimentação e o transporte do paciente, mas se
necessário, ele deve utilizar máscara comum Manter recomendações de precauções padrão Sarampo, Varicela, TB Pulmonar ou laríngea
Ambiente Protetor: Destinado a pacientes de alto risco (transplante de medula óssea), com o objetivo de impedir a aquisição de infecções fúngicas do ambiente.
Quarto com pressão positiva em relação aos corredores e filtragem entrante com filtro HEPA
Quartos bem lacrados Utilizar superfícies lisas e laváveis Proibir flores e vasos dentro dos quartos Evitar uso de carpetes e tapetes Transporte limitado. Quando houver necessidade utilizar máscara N95 para
o paciente, principalmente quando houver reforma ou construção Reforçar as práticas de precauções padrão
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