ccih erika

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INTRODUÇÃO O presente trabalho abordará A CCIH e a Central de Material de Esterilização, onde o trabalho na CEM tem o enfermeiro como seu responsável. Antigamente a CME não era valorizada, situava-se em locais inadequados e com recursos insuficientes ou antiquados, onde o trabalho de enfermagem nesse local não era valorizado no conjunto da prática social da enfermagem, sendo permeado por um sentido desqualificatório e pejorativo e para lá encaminhados muitos profissionais da enfermagem que apresentavam problemas de relacionamento na assistência de saúde ou de desajustes no trabalho foram transferidos para lá.Nas ultimas décadas com a emergência e gravidade da infecção hospitalar endógena e multiresistente, exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de doenças epidemiológicamente importantes causaram valorização a CME, onde revolução tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre ele os artigos médico- hospitalares, o que demandou novos desafios para seu reprocessamento e reutilização, determinando então uma nova visão da CME, referente a local, instalações, equipamentos e metodologias de trabalho e de controle de qualidades baseados 4

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordará A CCIH e a Central de Material de Esterilização, onde

o trabalho na CEM tem o enfermeiro como seu responsável. Antigamente a CME não era

valorizada, situava-se em locais inadequados e com recursos insuficientes ou antiquados, onde

o trabalho de enfermagem nesse local não era valorizado no conjunto da prática social da

enfermagem, sendo permeado por um sentido desqualificatório e pejorativo e para lá

encaminhados muitos profissionais da enfermagem que apresentavam problemas de

relacionamento na assistência de saúde ou de desajustes no trabalho foram transferidos para

lá.Nas ultimas décadas com a emergência e gravidade da infecção hospitalar endógena e

multiresistente, exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de

doenças epidemiológicamente importantes causaram valorização a CME, onde revolução

tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre ele os artigos médico-hospitalares, o que

demandou novos desafios para seu reprocessamento e reutilização, determinando então uma

nova visão da CME, referente a local, instalações, equipamentos e metodologias de trabalho e

de controle de qualidades baseados em conhecimento científico, exigindo-se assim um

profissional qualificado e atualizado e cresceu a produção de estudos pelos enfermeiros,

consolidando uma importante área de saber desses profissionais e configurando-lhe

significativo grau de autonomia e especificidade. O trabalho na CME é gerenciado pelo

enfermeiro e previsto por lei, e a CME é uma das unidades mais importantes do hospital, tanto

do ponto de vista econômico, quanto técnico-administrativo e assistencial, onde de acordo

com seu funcionamento pode-se avaliar a eficiência hospitalar prestada ao cliente.

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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM UMA CCIH

 Faz-se necessário que os profissionais que atuam em uma CCIH possuam

treinamento para a atuação nesta área. Havendo uma exigência legal para manutenção de pelo

menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital, estando isto regulamentado

em uma portaria do Ministério da Saúde. Outros profissionais do hospital também devem

participar da CCIH, onde devem contribuir para a padronização correta dos procedimentos a

serem executados, devendo estes profissionais possuir formação de nível superior e são eles:

farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica,

clínica e obstétrica. Sendo que representantes da administração do hospital devem atuar

também na CCIH para colaborar na implantação das recomendações.

 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA CCIH

O trabalho na Central de Material e Esterilização tem o enfermeiro como o seu

responsável, sendo o trabalho realizado pela enfermagem e gerenciado pelo enfermeiro é

previsto pela Lei do Exercício da Enfermagem e na Resolução SS-392, além de também ser

defendido por vários autores.

“ O enfermeiro é a figura chave no setor de Controle de Infecção Hospitalar. Sua

presença é indispensável na realização de tarefas inerentes ao trabalho.”(HOSPITAL

UNIMED, 2005)Algumas de suas atribuições são:

Fazer rotineiramente uma visita ao hospital para detectar algum problema;

Elaborar plano de limpeza, desinfecção e esterilização das unidades;

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Em conjunto com os demais profissionais da CCIH, normalizar a utilização de

germicidas hospitalares;

Avaliar e orientar medidas de isolamento e precauções de doenças perante a

equipe multiprofissional;

Verificar o funcionamento mensal das autoclaves, pressão, temperatura,

controle de esterilização através de marcadores biológicos e químicos;

Treinar profissionais quanto à importância da lavagem das mãos;

Não deixar faltar sabão e álcool para a limpeza das mãos.

A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção das

infecções hospitalares, impedindo que os microrganismos presentes nas mãos dos

profissionais de saúde sejam transferidos para o paciente e a infecção de um paciente pode

ser transmitida de um paciente para outro (infecção cruzada), caso a lavagem de mãos não

seja praticada. Não se deve comparar as taxas de infecção hospitalar entre os hospitais porque

cada hospital possui uma clientela diferente e variados níveis de atendimento. Dentro de um

mesmo hospital o risco de adquirir infecção hospitalar também varia, de acordo com os

diversos serviços e procedimentos realizados. Só um profissional qualificado pode reconhecer

as circunstâncias que permitem a comparação entre serviços. Caso contrário, as taxas de

infecção hospitalar tornam-se um número sem sentido, podendo parecer muito ou pouco,

conforme o entendimento pessoal, porém sem base científica.

CENTRAL DE MATERIAL

É um centro especializado com área física de 94,03 m² que é destinado à lavagem,

desinfecção, preparo, esterilização, guarda e distribuição de material por pessoal habilitado,

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visando oferecer condições máximas de segurança aos pacientes e a equipe. Seus objetivos

principais são: fornecer material estéril com segurança e qualidade; seguir rigorosamente as

técnicas de prevenção e controle de infecção; centralizar o fornecimento de material

proporcionando controle de qualidade e otimização dos serviços; realizar o preparo de

materiais de consumo para atendimento nas clínicas e centro-cirúrgico; promover ensino,

pesquisa e treinamento. Deve ser localizado próximo das unidades que utilizam materiais

esterilizados, em local próprio para receber ventilação, luz natural, instalações hidráulicas,

elétricas e vapor. Se localizado fora do CC, deve manter um bom sistema de comunicação,

como por exemplo, elevadores e monta-carga.

Existem três tipos de Centro de materiais:

Centralizado : todas as fases do processo são executadas em suas dependências;

Semi-centralizado : o material já vem limpo e acondicionado das unidades, para ser

esterilizado;

Descentralizado : cada unidade ou conjuntos delas prepara e esteriliza seu próprio

material.

TIPO CENTRALIZADO-VANTAGENS:

1. Economia de pessoal, material, área, equipamento e energia, pois evita

multiplicidade de recursos;

2. maior controle de materiais, equipamentos e técnicas de esterilização;

3. maior segurança;

4. padronização de técnicas, evitando desgastes do material e pouca durabilidade;

5. treinamento e eficiência do pessoal: gerando, conseqüentemente, maior

produtividade;

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6. estímulo a ensino e pesquisa;

7. flexibilidade no uso do material, atendendo prontamente às necessidades de

qualquer unidade.

ORGANIZAÇÃO

Com relação à organização da Central de Material, não devemos esquecer a

problemática enfrentada pelas instituições de saúde em que a descentralização ou a

centralização parcial de processos ainda é uma realidade, os problemas advindos dessas

práticas resultam em falta de controle de qualidade do produto, duplicação de pessoal, gasto

com equipamentos e principalmente dificuldade no treinamento e supervisão de funcionários.

A centralização do processamento dos artigos, ou seja, a definição de um local destinado à

recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades

do estabelecimento de Saúde, permite a otimização dos recursos materiais, desenvolvimento

de técnicas seguras para o trabalhador e solução dos problemas mencionados. A estrutura

física da CME deve proporcionar condições para que o desenvolvimento dos procedimentos

ocorra de forma realmente centralizada, devendo atender a duas áreas distintas, uma delas

denominada área suja (expurgo) que é destinada a receber materiais sujos, efetuar limpeza,

descontaminação e secagem. A outra é chamada área limpa, é um local reservado à seleção de

materiais, acondicionamento, identificação, esterilização, armazenamento e distribuição.

Ambas devem ser separadas por uma barreira física, guichê que impeça o fluxo de pessoal de

uma área à outra.

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FINALIDADES

A central de material tem por finalidades:

1. fornecer material estéril com segurança e qualidade;

2. seguir rigorosamente as técnicas de prevenção e controle de infecção;

3. centralizar o fornecimento de material proporcionando controle de qualidade e

otimização dos serviços;

4. realizar o preparo de matérias de consumo para atendimento nas clínicas e centro-

cirúrgico;

5. promover ensino, pesquisa e treinamento.

ESTRUTURA

A Central de material deve compor de salas como:

Área para recepção e triagem - além de receber os materiais e tria-los para limpeza, a

devolução de materiais não conformes é feita nesta sala,depois de analisados na Sala

de limpeza, sendo necessário neste ambiente a existência de uma bancada para o apoio

dos materiais recepcionados e equipamentos, como a secadora e a seladora. A

secadora serve para uso em materiais que chegam molhados e a seladora é usada para

fechar as embalagens dos materiais que serão devolvidos. É importante a existência de

prateleiras para acomodar os materiais recebidos até sua distribuição.

Sala de Limpeza – o acesso a esta sala deve ser feito através de uma antecâmara, neste

ambiente, são desenvolvidas atividades de limpeza utilizando ar comprimido, ultra-

som e processos manuais. Após a limpeza os materiais são encaminhados para a Sala

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de preparo. Deve existir bancada de trabalho com boa iluminação e balde porta

detritos, deve ser executada lavagem final com água deionizada pelo sistema de

osmose reversa, em um balcão com cubas. Os materiais devem passar por um processo

de secagem antes de serem enviados para a sala de preparo.

Sala de Preparo – o acesso a esta sala também deverá ser feito por antecâmara, neste

ambiente os materiais após passarem pelo processo de limpeza, são embalados,

classificados e encaminhados para a esterilização, nesta sala são desenvolvidas

atividades de empacotamento e de classificação, sendo necessárias seladoras,

etiquetadores em tamanhos diversos, prateleiras e/ou armários para guarda de

embalagens, bancadas de trabalho, microcomputador com mesa de trabalho e

impressora para a classificação.

Sala de Estoque, Armazenamento e Distribuição – ambiente destinado à guarda e à

distribuição de materiais, neste ambiente são necessárias bancadas de trabalho, local

para armazenamento dos materiais antes de serem distribuídos e equipamentos como

seladoras, suporte para embalagens,pistola para fita adesiva.

Laboratório de Controle de Qualidade – deve possuir equipamentos como

cromatógrafo, refrigerador com temperatura controlada, incubadora de bioindicadores,

estufa de cultura, capela de fluxo laminar, dentre outros que permitam a realização das

análises necessárias.

Além dos ambientes técnicos são imprescindíveis outros de apoio como: área de

carga e descarga, área de degermação, depósito de material de limpeza, almoxarifado,

administração, recepção, depósito de lixo, sanitário e vestiário para funcionários.

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ATIVIDADES

Limpeza – é o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica,

sujidade) de superfícies e de objetos, normalmente é realizada através de fricção mecânica,

utilizando água e sabão ou detergente, ou através d máquinas de limpeza e ultra-som.

Descontaminação – é o processo de limpeza terminal de objetos e de superfícies

contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para a

manipulação. Nesses casos, utiliza-se comumente a imersão em soluções desinfectantes.

Enxágüe – para o enxágüe, após a limpeza e/ou descontaminação, a água deve ser potável e

corrente.

Secagem - a secagem dos artigos objetiva evitar a interferência da umidade nos processos

posteriores e pode ser feita com pano limpo e seco, por secador de ar quente/frio, por estufa

ou por ar comprimido medicinal.

Processamento – pode ser de dois tipos, esterilização ou desinfecção.

Estocagem – após submeter os artigos ao processamento adequado, a estocagem deve ser feita

em área separada, limpa, livre de poeiras, em armários fechados, são proibidas áreas de

estocagem próximas a pias, águas ou tubos de drenagem.

Além das etapas acima descritas, antes da limpeza, os artigos passam pela etapa de

conferência e classificação. Na primeira, todo material a ser submetido à limpeza deve ser

conferido, pois os incompletos ou danificados não serão submetidos ao processo. E na

segunda, o artigo é classificado de acordo com o risco potencial de infecção. Entre as etapas

de secagem e processamento é realizada a embalagem, onde é feito o acondicionamento

adequado de cada artigo.

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FLUXOGRAMA DOS ARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES REPROCESSADOS

NA CME

UNIDADES UNIDADESCONSUMIDORAS FORNECEDORAS

CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

RECEPÇÃO DE RECEPÇÃO DE ROUPAS RECEPÇÃO DE ARTIGOS SUJOS ARTIGOS LIMPOS

LIMPEZA E SECAGEM DOS ARTIGOS

PREPARO E ACONDICIONAMENTO

ESTERILIZAÇÃO

ARMAZENAMENTO DE ARTIGOS PROCESSADOS

DISTRIBUIÇÃO DE ARTIGOS LIMPOS E ESTERILIZADOS

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FLUXOGRAMA INTERNO

O fluxo de trabalho numa Central de esterilização deve acontecer de forma direta, de

modo que não haja retorno de materiais para um ambiente pelo qual já passou. Esse cuidado

visa evitar a contaminação dos mesmos. Com esse mesmo objetivo, os materiais são

recepcionados

na Área para Recepção e Triagem através de um guichê e levados para a Sala de

Limpeza. Desta sala para a sala de Preparo a passagem do material também se dá através de

guichê. Da sala de preparo os materiais saem devidamente empacotados, sendo transportados

em carros para a Sala de Esterilização. Após o processo de esterilização, os materiais são

levados para a Sala de Aeração e, em seguida, para a Sala de Estoque, Armazenamento e

Distribuição.

SETORES E FUNÇÕES

Expurgo – a conscientização para a utilização dos EPIs pelos funcionários é ponto relevante

para a prevenção de acidentes com secreções biológicas e perfurocortantes, são utilizados

protetores auriculares adequados para o tipo de ruído dos equipamentos, botas impermeáveis

com certificado de aprovação,luvas antiderrapantes, de procedimentos e aventais descartáveis.

Máquina ultra-sônica : facilita a limpeza do instrumental cirúrgico, pois lava por

processo de cavitação, fazendo com que a matéria orgânica se desprenda dos

instrumentais com maior rapidez que no método manual.

Máquina desinfetadora : utiliza jatos de água quente e fria, enxágüe e drenagem

automatizado, que, junto como detergente enzimático, facilita a limpeza.

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Preparo – as embalagens utilizadas para o acondicionamento dos materiais são selecionadas

por testes realizados na CME, levando-se em conta não só seu custo, mas a qualidade para a

manutenção dos materiais esterilizados.

Testes biológicos: a esterilização é monitorada por indicadores biológicos de terceira

geração, cuja leitura é realizada em incubadora com método de fluorescência, obtendo

resultado para liberação dos testes em três horas, trazendo maior segurança na

liberação dos materiais.

Impressora: as autoclaves na CME são monitoradas por técnicos de enfermagem que

são treinados para operar equipamentos de alta tecnologia, os parâmetros de

esterilização são registrados a cada minuto por impressoras específicas para autoclaves

e são arquivadas para controle.

Liberação do material esterilizado : os materiais submetidos à esterilização são

liberados após cheque list feito pelo enfermeiro especializado no setor, garantindo o

processo e minimizando as falhas.

Esterilização a baixa temperatura por vapor de folmaldeido: está sendo testada a

esterilização por vapor e folmaldeido em autoclave, uma tecnologia nova para o

Brasil, mas muito utilizada na Europa para materiais termossensíveis.

Processo de Validação das Autoclaves – é realizado anualmente por firma terceirizada.

EQUIPAMENTOS (EPIs)

Os EPIs são fornecidos gratuitamente por cada empresa, adequados aos riscos e em

perfeito estado de conservação (NR-6 da portaria 3214, de 1978), cabendo ao usuário zelar

por sua conservação, limpeza e guarda, o objetivo do uso dos EPIs é proteger a integridade

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física do trabalhador e são regulamentados pelo Ministério do Trabalho. È também de

responsabilidade da empresa periodicamente realizar programas de treinamento para a correta

utilização dos EPIs, a adequação desses equipamentos deve levar em consideração não só a

eficiência necessária para controle do risco de exposição, mas também o conforto oferecido

ao profissional,pois se há desconforto no uso do equipamento,é maior a possibilidade de o

profissional deixar de incorporá-lo rotineiramente.Os EPIs mais utilizados pela equipe de

Enfermagem são:

a) Luvas de procedimento: descartáveis ao término de cada procedimento, indicadas

para uso sempre que for previsto contato com matéria orgânica ou superfície

contaminada e precaução de contato. Ao calçá-las verificar sua integridade sempre e

optar por um tamanho adequado às mãos.

b) Luvas cirúrgicas: descartáveis e indicadas quando se requer técnica asséptica, garante

a não-contaminação do procedimento, ao calçá-las verificar sempre sua integridade e

optar por tamanho adequado às mãos.

c) Luvas de borracha: reutilizáveis, oferecem proteção à pele no manuseio de material

biológico e produtos químicos, devem possuir cano longo quando se prevê exposição

até o antebraço, após o uso lavá-las com água e sabão e desinfecção com hipoclorito

de sódio a 1%.

d) Óculos de acrílico: reutilizáveis, oferecem proteção da mucosa ocular, devem ser de

acrílico e não interferir com a acuidade visual do profissional e permitir uma perfeita

adaptação à face, oferecendo ainda proteção lateral, após o uso, devem ser lavados

com água e sabão e desinfecção com germicida.

e) Protetor facial de acrílico: reutilizável e oferece proteção à face, deve ser de acrílico

de modo que não interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma

perfeita adaptação à face, deve oferecer proteção lateral, é indicado durante a limpeza

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mecânica de instrumentais (CME, expurgos, laboratórios, sala de necropsia), após o

uso deve ser lavado com água e sabão e desinfecção com germicida.

f) Máscara cirúrgica: de uso único devendo ser descartada ao término do procedimento

ou quando o profissional avaliar que está úmida, comprometendo a proteção, é

indicada para a proteção da mucosa oronasal em situações assépticas e proteção

ambiental de secreções respiratórias.

g) Avental impermeável e capote de manga comprida: artigos reutilizáveis e oferecem

a proteção à roupa e à pele do profissional, após o uso devem ser reprocessados com

lavagem e desinfecção.

h) Bota ou sapato fechado impermeável: são artigos reutilizáveis, mas devem ser

utilizados individualmente, oferecem proteção à pele do profissional em locais úmidos

ou com quantidade significativa de material infectante, devem possuir um solado

antiderrapante, são de uso exclusivo das áreas de trabalho e necessitam ser guardados

em local ventilado.

i) Gorros: artigos descartáveis que oferecem proteção aos cabelos e couro cabeludo de

matéria orgânica ou produtos químicos, e em situações assépticas, propiciam proteção

relativa à cabeça.

j) Jaleco e calça em TNT para uso diverso: vestimentas de segurança que além de

hidro-repelência, oferecem impermeabilidade e resistência mecânica as névoas e

partículas sólidas. Sua durabilidade é limitada e havendo deteriorização deverá ser

trocada, e este tipo de material não deve ser usado próximo ao calor de fogo, faísca ou

em ambientes que contenham produtos inflamáveis ou ainda explosivos, pois sua

consumação é rápida.

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RECURSOS HUMANOS

A gestão de recursos humanos é a função que permite colaboração eficiente e eficaz

das pessoas para alcançar objetivos organizacionais e individuais.AS organizações atualmente

reconhecem que as pessoas são parceiras das empresas, e não mais simples empregados

contratados, é por meio da administração de Recursos Humanos que se estabelece políticas e

práticas para conduzir grupos, incluindo recrutamento, seleção, desenvolvimento e avaliação

de desempenho. Nos serviços de Enfermagem a gestão de recursos humanos é conduzida pelo

Serviço de Educação Continuada onde este serviço e chefes ou responsáveis pela Equipe de

Enfermagem devem trabalhar em conjunto para estabelecer a gestão dos recursos humanos,

desenvolvendo um planejamento que atenda as necessidades de pessoal da instituição e a

alocação e desenvolvimento dos profissionais de Enfermagem, dessa forma, a Educação

Continuada é vista como estratégia de promover transformações e oferecer oportunidades de

capacitação e desenvolvimento.

RECUSROS MATERIAIS

Os recursos materiais representam 75% do capital das organizações e na área da

saúde são responsáveis por 30 a 45% das despesas, tornando necessário o aprimoramento de

sistemas de gerenciamento desses recursos para garantir assistência de qualidade com custo

aceitável e menor risco para pacientes, Normalmente os hospitais dispõem de departamentos

específicos para desenvolver a administração de materiais, acompanhando todas as suas fases

e levando em consideração 3 aspectos fundamentais:

A grande quantidade de material utilizado;

A diversidade de materiais hoje num mercado em constante mudança;

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E as ações de saúde que envolvem uso de recursos materiais e não podem sofrer

interrupções.

Antes da compra devem-se executar alguns passos para melhor escolha dos produtos:

- padronização: determina o produto específico para procedimentos específicos;

- especificação: descrição dos materiais que se pretende adquirir

- previsão: quantidade a ser requisitada.

Após a obtenção da quantidade necessária, passa-se a fase de provisão, que consiste

na reposição dos materiais feita através da solicitação aos serviços responsáveis. Podendo a

reposição ser feita de várias maneiras:

Reposição por tempo: determina-se o tempo para reposição com cota estabelecida,

possibilita a formação de estoques;

Reposição por quantidade: determina-se a quantidade de material a ser solicitado

quando chegar a um numero mínimo;

Reposição por quantidade e tempo: determina-se a cota necessária para um intervalo

de tempo pré-estabelecido, o que evita estoque, pois se solicita a justa quantidade para

repor a cota;

Reposição imediata: repõe logo após o uso pelo paciente.

Por fim, fica evidente a responsabilidade e envolvimento da equipe de Enfermagem

como gerenciamento de recursos materiais, uma vez que a previsão, provisão, organização e

controle dependem de sua participação para garantir a continuidade do atendimento aos

pacientes, evitando faltas ou imprevistos indesejáveis na utilização de recursos materiais.

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PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS

Lavar as mãos antes de iniciar o preparo e empacotamento do artigo;

Selecionar embalagem de acordo como processo, peso e tamanho do artigo;

Avaliar necessidade de embalagens duplas, ajustando-as para que não apresentem

dobras internas;

Identificar na embalagem o artigo contendo: descrição do conteúdo, método de

esterilização, controle do lote, data da esterilização, data de validade e nome do

preparador do artigo;

As informações devem estar em etiqueta adequada ou fita, e não na própria

embalagem, utilizar canetas que não manchem e a tinta deve ser atóxica;

Observar a integridade da selagem, para que não se favoreça a entrada de

microorganismos;

Remover (se houver) o ar do interior da embalagem no caso do grau cirúrgico e papel-

filme, pois no interior da câmara de esterilização pode haver a abertura do pacote;

Adotar técnica universalmente aceita;

Atender às especificações das normas estabelecidas pela ABNT ou às internacionais

vigentes.

Durante o acondicionamento é muito importante estar atento à posição do artigo no

interior do pacote, considerando os seguintes aspectos:

Colocar o artigo no interior do pacote de forma a facilitar o manuseio por parte do

usuário, obedecendo aos princípios da técnica asséptica;

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Não colocar artigo pequeno em embalagens grandes, pois dificulta a saída do ar, a

entrada do agente esterilizante e, conseqüentemente, a esterilização, pois pode

comprometer a manutenção da esteriliza;

Utilizar o princípio de “ergonomia”, ou seja, padronizar as dobraduras de forma a

evitar movimentos desnecessários do pessoal escalado para essa atividade,

economizando tempo para a confecção de cada pacote e, conseqüentemente,

aumentando a produtividade e tornando o trabalho menos cansativo.

A seleção de embalagens deve ocorrer de acordo como processo de esterilização e o

artigo a ser preparado, tendo por finalidade e características:

Permitir a esterilização e ser compatível com o artigo;

Assegurar a esterilidade dos artigos até o momento do uso;

Favorecer a transferência do conteúdo com técnica asséptica.

Manter a integridade da selagem e ser à prova de violação;

Resistir a gotículas de água, rasgos e perfurações;

Ser barreira microbiana;

Ser isento de furos e microfuros;

Ser livre de resíduos tóxicos como corante, alvejante e amido;

Estabelecer relação de custo-benefício favorável;

Permitir adequada remoção do ar.

Tipos e principais embalagens:

Algodão cru:

Indicação: vapor (calor úmido)

Características: 40 a 56 fios por cm², deve ser utilizado duplo, não possuir amido

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Validade de esterilização: entre 7 e 30 dias (depende do monitoramento)

Vantagens: baixo custo, atende a características idéias em termos de memórias no

empacotamento

Desvantagens: dificuldade de monitoração do desgaste após vários processos de

lavagem (micro e microfuros por rompimento das fibras), falta de regulamentação

de manufatura (não há garantia de qualidade do produto), BEF 34%

Observações: O tecido de algodão deve ser lavado antes do primeiro uso para

retirar o amido.Lavar após cada uso: remover a sujeira e hidratar fibras,realizar

teste de permeabilidade com água, comparando vazamento com tecidos novos.

Manter a embalagem à temperatura ambiente entre 18 e 22 ºC e umidade relativa

doa ar de 35 a 70%.

Papel Kraft/manilha

Indicação: calor seco/calor úmido

Características: possuir superfície regular com gramatura 60g/m² para evitar furos

Validade: 7 dias

Observações: devido à presença de amido, corantes e gramatura irregular, a

Associação Paulista de Estudos e Controle da Infecção Hospitalar não recomenda o

uso destes materiais.

Papel grau cirúrgico

Indicação: vapor, ETO (esterilização com óxido de etileno), gás formaldeído

Características: ser isento de furos, manchas, rugas e rasgos; ser apto a receber

impressão de tintas atóxicas e resistentes ao processo de esterilização; propiciar

selagens íntegras e resistentes; possuir poros de no máximo 0,22micra de diâmetro;

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resistência a tração e perfuração; possuir no máximo 1,5% de amido; pH entre 6 e 7;

absorção de água de no máximo 30g/m²,umidade máxima de 7%.

Composição: Papel (gramatura 70g/m², 100% de polpa de celulose), filme

(bilaminado de poliéster e polipropileno)

Validade da esterilização: 60 dias

Observação: não deve ser usado em Peróxido de Hidrogênio; a largura da selagem

não deve ser inferior a 6 mm, esterilidade garantida até violação da embalagem.

Papel crepado

Composição: 100% de celulose tratada e resiste à temperatura de até 150ºC por 1

hora, deve possuir gramatura mínima de 56g/m²

Indicação: ETO, gás formaldeído, irradiações ionizantes e vapor

Vantagens: alta eficiência de filtragem BEF de 99,9% atóxico, flexível e de fácil

manuseio

Desvantagens: menor resistência à tração, rasgando com mais facilidade; possui

grande efeito de memória, o que pode dificultar técnica asséptica.

Tyvek/Mylar

Indicação: vapor, ETO, Peróxido de Hidrogênio, cobalto, gás formaldeído

Características: não possui celulose

Composição: Tyvek (poliolefina polímero de polietileno) e mylar (poliéster com

camadas termoselantes de polipropileno) igual à transparência e barreira microbiana

Validade: 1 ano

Desvantagens: alto custo

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Vantagens: compatível com quase todos os processos de esterilização, com exceção

ao calor seco, excelente barreira microbiana, não gera partículas durante a abertura da

embalagem, altamente resistente à penetração da água.

Manta de polipropileno (não-tecido)

Indicação: vapor, ETO, Peróxido de Hidrogênio

Características: possui 3 camadas de não-tecido 100% polipropileno SMS (tem 3

camadas: Spunbond, Meltblown e Spunbond)

Validade: 30 dias

Observação: utilizar embalagens duplas para melhor proteção dos materiais.

Container rígido

Indicação: calor úmido

Características: possui válvulas ou filtros (papel hidrófobo) e furos na tampa superior

e fundo, ou só na tampa.

Composição: liga de alumínio anodizado e/ou aço inox

Vantagem: resistência mecânica, sistema de tratamento e vedação que proporciona

maior segurança

Desvantagens: custo elevado, inspeção constante quanto à integridade, troca constante

dos filtros.

Caixas metálicas

Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa;

Não armazenar pacotes quentes, com exceção de cestos aramados;

Local de armazenamento distante de fonte de água, janelas abertas, portas e

tubulações expostas;

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Manter ambiente limpo diariamente e temperatura entre 18 2 e 22ºC, e umidade

relativa do ar entre 30 e 60ºC;

Estocar os artigos de forma estéril à distância de 20 cm do piso, 45cm do teto e

5cm das paredes;

Guardar e distribuir os artigos obedecendo à ordem cronológica de seus lotes de

esterilização, liberando primeiramente os mais antigos;

Proteger os artigos de modo a evitar contaminação durante o transporte, utilizando

recipiente rígido ou saco plástico impermeável;

Utilizar preferencialmente armários fechados com prateleiras em fórmica para

armazenar artigos estéreis.

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS

Os critérios estabelecidos para a classificação estão baseados no risco potencial

inerente a cada material, em relação à qualidade e segurança do produto e a segurança do

profissional e sua interação.

Materiais críticos: São aqueles que entram em contato direto com os tecidos,

cortando-os ou perfurando-os, e/ou com secreções que são consideradas contaminantes em

potencial. Esses artigos devem ser esterilizados devido ao risco elevado de infecção, exemplo:

lâmina de bisturi, instrumental cirúrgico, cateteres, agulhas, etc.

Materiais semi-críticos: são aqueles que entram em contato direto com tecidos,

mucosas e pele íntegra, sem, entretanto, cortá-los ou perfurá-los, exemplo: equipamentos

respiratórios, endoscópios, termômetros, etc.Devendo receber desinfecção de alto nível.

Materiais não-críticos: são aqueles que não entram em contato direto com os

tecidos, entram contato com a pele normal, mas não com as mucosas, exemplo:

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esfigmomanômetro, muletas, comadres, talas para fratura, grade dos leitos, móveis do quarto

de pacientes, interruptores de luz, etc. Devendo ser limpos com água e sabão.

PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO

Esterilização é o processo pelo qual os microorganismos são mortos a tal ponto que

não seja mais possível detectá-los no meio da cultura-padrão na qual previamente haviam

proliferado, um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sua sobrevivência é da

ordem de 1:1 milhão. (GRAZIANO; SILA; BIANCHI, apud MURTA, 2000).

Os métodos de esterilização são classificados em: físicos, químicos e físico-

químicos.

Físicos: agem por ação física ou radiação ionizante:

Vapor saturado sob pressão: autoclaves

Calor seco: forno de Pauster – estufa

Radiação

Químicos: agem unicamente por ação química:

Aldeídos

Glutaraldeído

Formaldeído

Paraformaldeído

Físico-químicos: associa ação química a ação física

Óxido de Etileno

Peróxido de Hidrogênio –Sterrad

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Formaldeído gasoso – VBTF

Esterilização sob vapor saturado sob pressão (Físico)

É o mais eficiente método de esterilização utilizado no meio hospitalar para materiais

termo-resistentes, esse processo é obtido através da máquina denominada autoclave.

Temperatura: entre 121 e 134ºC. Mecanismo de ação: morte celular através da coagulação das

proteínas bacterianas por meio do calor.

Vantagens:

Rápido aquecimento e rápida penetração nas embalagens;

Destruição dos esporos bacterianos em curto período de exposição;

Fácil controle de qualidade;

Não deixa resíduo tóxico.

Desvantagens:

Riscos ocupacionais;

Não esteriliza óleos, pós e materiais termo-sensíveis.

Esterilização por calor seco – Estufa (físico)

O processo é composto por: resistência, termostato, lâmpada-piloto, termômetro e interruptor.

Tipos: estufa de convecção por gravidade e estufa de convecção mecânica

Mecanismo de ação: Oxidação e dessecação celular (desidratação)

Indicador biológico para estufa: Bacillus Subtillis

Tempo de exposição: 121ºC – 12 horas, 160ºC – 120 minutos (pós e óleos), 140ºC – 180

minutos.

Indicado: para óleos e pós

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Atualmente pouco utilizada.

Esterilização por Cobalto 60 (Físico)

Processo através de fonte de radiação-gama para esterilização de artigos críticos, esse

processo requer local específico e monitorização constante.

Mecanismo de ação: interação com ácido desoxirribonucléico (DNA), ou seja, modificação

do DNA da célula.

Temperatura: 1333 a 1,73 Mev

Indicado: materiais descartáveis produzidos em larga escala (industriais)

Monitoramento por indicador biológico: Bacillus pumillus

Recomendações: controle da dose no material irradiado; controle permanente da equipe para

assegurar integridade de sua saúde; temperatura ambiente, com processo a frio; simplicidade

no processo, pois o produto já sai esterilizado na embalagem final.

Esterilização por vapor de baixa temperatura e conteúdo gasoso – VBTF (físico-

químico)

Processo realizado em autoclaves de formaldeído gasoso na presença de vapor saturado.

Indicação: materiais termo-sensíveis

Temperatura: entre 50 a 78ºC

Mecanismo de ação: alquilação das proteínas e ácidos nucléicos microbianos

Toxicidade: até 10ppm causam irritação da conjuntiva, dores de cabeça e fadiga

Monitoramento por indicador biológico: Bacillus de Stearothermophillus

Tempo total de ciclo: 210 a 330 minutos.

Esterilização por Óxido de Etileno (físico-químico)

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Processo realizado em autoclaves específicas que associam gás à temperatura, umidade e

pressão, é altamente inflamável e tóxico.

Indicado: para materiais termo-sensíveis

Umidade: 20 a 40%

Concentração de gás: 450 a 600mg/l

Aeração: 3 a 12 horas (a 50ºC)

Monitoramento por indicador biológico: Bacillus Subtilis

Mecanismo de ação: age pela alquilação protéica.

Plasma de Peróxido de Hidrogênio- (físico-químico)

Processo realizado por uma máquina denominada Sterrad que gera plasma por meio do

substrato de peróxido de hidrogênio e ondas de radiofreqüência, produzindo radicais livres

que matam os microorganismos.

Mecanismo de ação: age peal ação dos radicais livres que interagem com as membranas

celulares dos microorganismos, distribuindo-os .

Temperatura: em torno de 50ºC

Tempo de processo: 1 hora

Vantagem: atóxico, não precisa de aeração

Desvantagens: alto custo, não aceita celulose como embalagem, não é indicada para artigos

com lumens com mais de 6mm de diâmetro (necessita de booster)

Indicação: materiais termo-sensíveis

Monitoramento por indicador biológico: Bacillo Stearothermóphillus.

CONTROLE DE EFICÁCIA DA ESTERILIZAÇÃO

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O controle da segurança dos processos de esterilização depende do tipo de

equipamento, da natureza do artigo processado, do seu acondicionamento e do carregamento

do material no equipamento.

Indicadores químicos: indicam possíveis falhas no processo de esterilização através

da mudança na cor.

Indicadores biológicos: proporcionam a eficácia do processo de esterilização com

que toda monitoração deve ser documentada, ao classificados em primeira, segunda r terceira

geração, de acordo com a ordem crescente de velocidade e rapidez na revelação de resultados.

AGENTES QUÍMICOS

Aldeídos (glutaraldeído, formaldeído, ortoftaldeído)

Gluratarldeído alcalino:

1. concentração: 2% solução aquosa;

2. pH: 7,5 a 8,5;

3. atividades: 14 ou 28 dias

4. indicações de uso: desinfecção de artigos semi-críticos e instrumentos sensíveis ao

calor: endoscópios digestivos, broncoscópio,laringoscópios e artigos críticos:

artroscópios. A esterilização é considerada o método ideal.

5. tempo de exposição: 30-45 minutos para desinfecção

6. tempo de exposição: 10 horas para esterilização

7. mecanismo de ação: alquilação do grupo sulfidril, hidroxil,amino, DNA, RNA, síntese

protéica

8. espectro de ação: fungicida, bactericida, viruscida, esporicida

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9. vantagens: não é corrosivo, resiste à presença de matéria orgânica, não danifica

plástico nem borracha

10. desvantagens: não deve ser usado em superfícies ambientais,é irritante para olhos,

nariz e garganta, local deve ser bem ventilado e possuir sistema de exaustão,obriga ao

uso de EPI, requer enxágüe abundante.

Glutaraldeído ácido

1. pouco utilizado

2. pH: 3 a 4

3. ativação: período bem maior que o alcalino, porém, é altamente corrosivo am metal.

Formaldeído:

1. ação desinfetante/esterilizante em estado líquido e gasoso

2. como desinfetante, seu uso foi praticamente abandonado

3. tempo de exposição para desinfecção – 30 minutos

4. tempo de exposição para esterilização – 18 horas

5. concentração – solução aquosa a 10 % e solução alcoólica 8% sólida (pastilhas) para

formaldeído

6. apresentação – associação com quaternário de amônia

7. mecanismo de ação – fungicida, bactericida, esporicida, viruscida

8. desvantagens – tóxico altamente carcinogênico, corrosivo,odor forte e desagradável,

irritante de vias aéreas, pele, olhos< requer uso de EPI

9. validade – não apresenta especificação definida

Ortoftaldeído (cidex opa)

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1. não apresenta ativação

2. não é irritante para olhos e mucosa nasal

3. 14 dias de validade

4. redução acentuada da carga microbiana após 5 minutos

5. desinfecção entre 5 e 10minutos

6. esterilização após 10 horas

Fenólicos

Uso recomendado para desinfecção de nível intermediário, período de exposição: 30 minutos,

vantagens: ação residual e pouca reatividade na presença de matéria orgânica. Desvantagens:

não é indicado para artigos que entrem em contato com vias respiratórias e alimentos; não

deve ser usado em berçários (ocorrência de bilirrubinemia em criança).

Quaternário de amônia

Utilizado para desinfecção de baixo nível

1. mecanismo de ação: inativação enzimática, desnaturação protéica,destruição das

membranas celulares

2. espectro de ação: bactericida, fungicida, viruscida

3. tempo de exposição: 30 minutos

4. vantagens: baixa toxicidade, bom agente de limpeza

Compostos orgânicos liberadores de cloro

Apresentação: forma líquida (hipoclorito de sódio), forma sólida (hipoclorito de cálcio,

dicloroisocianurato)

1. indicação: desinfecção nível intermediário

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2. mecanismo de ação: inibem reações enzimáticas, desnaturação protéica, inativação do

ácido nucléico

3. espectro de ação: viruscida, bactericida, fungicida

4. vantagens: custo baixo, baixa toxicidade

5. desvantagens: inativados na presença de matéria orgânica,são corrosivos para metais,

tem odor forte em concentrações maiores, são irritantes para mucosa e garganta,devem

ser usados dentro de 24 horas.

Há ainda o ácido peracético indicado para desinfecção de alto nível para artigos termo-

sensíveis; o álcool indicado como desinfetante de nível intermediário; o iodo usado como

anti-séptico; os iodóforos e as biguanidas (clorexidina) também usados como anti-sépticos.

BIOSSEGURANÇA

O conceito de biossegurança vem se tornando cada dia mais amplo no Brasil e no

mundo, este termo pode ser analisado em aspectos diversos, partindo de organismos

geneticamente modificados até a segurança ocupacional vivida diariamente nas instituições. A

Biossegurança surgiu no século XX, voltada para a diminuição dos riscos na prática de

diferentes tecnologias, seja no âmbito laboratorial ou ambiental, assim caracteriza-se como

vida com segurança. Podemos entender que o termo se aplica ao conjunto de ações voltadas

para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,

produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviços.

Ao profissional de Enfermagem cabe, sobretudo, a consciência de sua

responsabilidade quanto à prática da biossegurança em todos os seus procedimentos de

trabalho e também junto aos seus pacientes para que se protegendo possa garantir boas

condições de saúde para assim, estar apto ao cuidado com o próximo.

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CONCLUSÃO

Com o presente trabalho compreendeu-se a importância do papel da CME em âmbito

hospitalar, avaliando e estudando todos os aspectos que a englobam desde estrutura física até

os métodos mais complexos como esterilização e fluxograma, compreendeu-se também que o

papel do enfermeiro em uma CCIH e quais os profissionais que participam da mesma. A

realidade social da evolução do modo de produção dominante de assistência à saúde vem

demandando novos processos de trabalho não relacionados com o cuidado direto ao paciente,

sendo vários deles realizados por enfermeiros: CIH, controle de qualidade hospitalar, captação

de órgãos, etc. como também o gerenciamento da higiene hospitalar. Essa expansão dos

processos de trabalho realizados por enfermeiros implica no aumento de seu reconhecimento

social, assim como novos empregos. A prática profissional, na atual conjuntura do modo de

produção e reprodução social, ainda se constitui em uma das mais importantes, senão a

principal forma de inserção social, configurando grupos sociais específicos, os quais

determinam a representação de papéis sociais, assim este estudo buscou compreender também

como os enfermeiros que atuam em uma CME e se configuram enquanto grupo social,

percebem seus papéis e os relaciona tanto com a estrutura dominante da assistência à saúde,

quanto caráter identificador da enfermagem, o processo de cuidar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CENTRAL de Material e Esterilização. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br>Acesso em 11. Setembro. 2007.

CENTRAL de Material e Esterilização. Disponível em <http://www.flexeventos.com.br>Acesso em 13. Setembro. 2007

CENTRAL de Material e Esterilização. Uma abordagem arquitetônica. Disponível em <http://www.unifor.br> Acesso em 13. Setembro. 2007

COUTO, Renato Camargos; PEDROSA, Tânia M. Grillo. Guia Prático de Controle de Infecção Hospitalar: Epidemiologia, Controle e Terapêutica. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2004. p.173-206.

SANTOS, Angélica Barbosa dos. et al. Saberes e Práticas: Guia para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. 3 ed. vol 3. São Caetano do Sul : Difusão Editora, 2007.p.351-379.

SANTOS, Angélica Barbosa dos. et al. Saberes e Práticas: Guia para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. 3ed.vol 1. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2007. P 87-89, 141.

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