aula ccih/cti
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Controle de Infecções Controle de Infecções
Hospitalares na Terapia Hospitalares na Terapia
IntensivaIntensiva
Dra Dominique Thielmann
Infectologista
� Diagnósticos da América - RJ
� Infecto Conssultoria em CCIH - Hospital Pró Cardíaco – RJ
� Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião - RJ
Portaria n° 2616 - 12 de maio de 1998 – Ministério da SaúdePortaria n° 2616 - 12 de maio de 1998 – Ministério da Saúde
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIHComissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH
Estrutura da CCIH
� Membros consultores - equipe multidisciplinar representada pelos serviços
médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia, administração.médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia, administração.
� Membros executores - representam o SCIH e são responsáveis pela vigilância,
elaboração e execução das ações de controle de infecção.
OO queque éé InfecçãoInfecção HospitalarHospitalar (IH)(IH) ??
� Infecção adquirida dentro do ambiente hospitalar (>48h de
internação hospitalar), podendo manifestar-se durante a
internação do paciente ou após a sua alta hospitalar.
Fatores que contribuem para a aquisição de IH
� Condições básicas do paciente
� Tempo de hospitalização
� Frequência de procedimentos invasivos
Utilização de antimicrobianos / imunossupressores� Utilização de antimicrobianos / imunossupressores
� Escassez de recurso material e humano
� Falta de atenção / má qualificação dos profissionais
� Ausência de um programa de controle das infecções hospitalares
Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianosambiente antimicrobianos
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianos
Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
ControleControle dodo ambienteambiente -- MedidasMedidas BásicasBásicas::
�� HigienizaçãoHigienização dada mãosmãos
� Retirar adereços durante o horário de trabalho
� Lavagem básica ou simples das mãos - antes e após:
� prestar cuidados aos pacientes em geral
� atos fisiológicos pessoais
� usar luvas de procedimentos
� Tempo mínimo de 15 segundos.
� ÁLCOOL GEL – DESINFECÇÃO DAS MÃOS
PrecauçõesPrecauções básicasbásicas ee específicasespecíficas
� Precauções básicas (universais)
� Indicadas sempre, independente do diagnóstico do paciente.
Controle do ambiente Controle do ambiente
� Precauções específicas
� Indicadas de acordo com o modo de transmissão do agente
infeccioso: Contato (direto x indireto), Aérea, Gotículas
� Limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos
� Realizar os procedimentos com máxima atenção
� Respeitar as técnicas assépticas
�� VigilânciaVigilância microbiológicamicrobiológica –– bactériasbactérias multirresistentesmultirresistentes (MR)(MR)
Controle do ambiente Controle do ambiente
Acinetobacter: Mecanismos de Resistência
NEJM 358;12 Mar 20,2008
The Epidemic of Antibiotic-Resistant Infections • CID 2008:46 (15 January)
Importância da terapia empírica inicial - Escolha do ATB
Kollef (1999)
Luna (1997)
Rello (1997)
Ruiz (2000)Escolha Inicial Inadequada
Escolha Incial adequada
0 20 40 60 80 100
Alvarez-Lerma (1996)
Dupont (2001)
Mortalidade (%)
Ruiz M, et al. Am J Respir Crit Care Med. 2000;162:119-125. Rello J, et al. Am J Respir Crit Care Med. 1997;156:196-200.
Luna CM, et al. Chest. 1997;111:676-685.Kollef MH, et al. Chest. 1999;115:462-474.
Dupont H, et al. Intensive Care Med. 2001;27:355-362.Alvarez-Lerma F. Intensive Care Med. 1996;22:387-394.
ANTIBIÓTICOS
RE•Invasão •Superuso
DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA
RESISTÊNCIA BACTERIANARESISTÊNCIA BACTERIANA
RESISTÊNCIA
•Invasão
•Hospedeiros suscetíveis
•Imunodepressão
•Superuso
•Uso inadequado
•Pressão seletiva
SHEA/IDSA Guidelines. CID 1997; 25
Fatores de Risco para Patógenos MR:
� Terapia antimicrobiana prévia (3 meses anteriores)
� Tempo de hospitalização atual ≥ 5 dias
� Internação em Unidade de Terapia Intensiva
� Alta incidência de resistência antimicrobiana em determinado setor do hospital� Alta incidência de resistência antimicrobiana em determinado setor do hospital
� Programa de Diálise
� Doença ou terapia imunossupressora
� Asilos, homecare, “hospital dia”
Guidelines for the management of adults with hospital acquired, ventilator-associated, and healthcare-associated pneumonia. IDSA/TSA 2005
� Devemos considerar todos os mobiliários e aparelhos de um paciente colonizado por MDR, igualmente
colonizados!
� Por isso, todo equipamento deve ser manuseado de forma a prevenir a transmissão do microrganismo para
o profissional de saúde, para o ambiente e para os outros pacientes.
� Os equipamentos não críticos (aparelho de pressão, termômetro, estetoscópio) devem ser restritos a este
paciente.
Compreensão do problemaCompreensão do problema
DISSEMINAÇÃODISSEMINAÇÃOEMERGÊNCIA
RESISTÊNCIARESISTÊNCIA
DISSEMINAÇÃODISSEMINAÇÃOEMERGÊNCIA
Pressão seletiva de Pressão seletiva de antibióticosantibióticos
Medidas básicas de Medidas básicas de controle de IHcontrole de IH
Centers for Disease Control and Prevention - National Center for Infectious DiseasesDivision of Healthcare Quality Promotion
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianos
Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
Pneumonia Associada à Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (VAP)Ventilação Mecânica (VAP)
VAP – Definições:� VAP: pct em ventilação mecânica (VM) no momento
ou dentro de 48 horas antes do início do quadro.
� Não há tempo mínimo de ventilação necessário para
ser considerada VAP.
� Ventilador: equipamento para assistir ou controlar a � Ventilador: equipamento para assistir ou controlar a
respiração continuamente, via traqueostomia ou tubo
endotraqueal, inclusive o período de desmame.
� Obs.: equipamentos de expansão pulmonar NÃO são
considerados ventiladores, exceto se acoplado via
traqueostomia ou tubo endotraqueal.
Introdução - VAP
� Acomete 8 a 20% dos pacientes em terapia intensiva
� Acomete até 27% dos pacientes em ventilação mecânica
� Principais fatores de risco descritos: duração da VM, pneumopatia crônica, sepse, SARA,
doença neurológica, trauma, uso prévio de antimicrobianos, hemotransfusão
� Mortalidade de pacientes com VAP: 20 a 50%. Patógenos MR: 70%
Fatores independentes associados a maior mortalidade na VAP: escore APACHE II alto, � Fatores independentes associados a maior mortalidade na VAP: escore APACHE II alto,
necessidade de vasopressores e terapia antimicrobiana inicial inadequada.
� Aumento de morbidade: tempo CTI, tempo VM, custo.
� Diagnóstico tardio: pior prognóstico
� Diagnóstico incorreto: tratamento desnecessário
•Guidelines for the management of adults with hospital acquired, ventilator-associated, and healthcare-associated pneumonia. IDSA/TSA 2005•Incidence, risk factors, and outcome of ventilator-associated pneumonia. JCrit Care 2006•The attributable morbidity and mortality of ventilator associated pneumonia in the critically ill patient. Am J Respir Crit Care Med 1999•Epidemiology and outcomes of ventilator-associated pneumonia in a large US database. Chest 2002•The Seven Deadly Sins of Ventilator-Associated Pneumonia Chest 2008Strategies to Prevent Ventilator-Associated Pneumonia in Acute Care Hospitals. ICHE 2008
Classificação da VAP:
Diretrizes sobre PAV da Sociedade Paulista de infectologia - 2006
� Chegada de um microrganismo àtraquéia por aspiração de patógenosorofaríngeos ou pela passagem desecreções contendo bactérias emtorno do balonete do tuboendotraqueal;
FisiopatogeniaFisiopatogenia
endotraqueal;
� Colonização local;
� Invasão tecidual ���� ocorre quando asdefesas mecânicas (epitélio ciliar emuco) e celulares (PMN, macrófagos,linfócitos e citocinas) do hospedeirosão superadas = início da infecção.
Fonte dos patógenosEquipamentos, ar, água, medicamentos,
mãos do profissional de saúde
Colonização
Fatores hospedeiro:
gravidade doença de
base, cirurgias
Fatores tratamentoUso ATB, ventilação invasiva,
medicamentos
Reservatórios Embolização
Vias aéreas
inferiores
Aspiração de secreção orofaringe ou redor do
TOT
Hematogênica Translocação bacteriana
Inoculação direta
Reservatórios colonizadores (orofaringe,
estômago, seios da face)
Embolizaçãobiofilme infectado
interior TOT
Pneumonia
� Anamnese e exame físico
� Radiografia de tórax
� Gasometria arterial, hemograma e bioquímica
� Coleta de hemoculturas (sensibilidade é baixa: 8 a 20% )
VAP VAP -- Recomendações diagnósticas:Recomendações diagnósticas:
� Avaliação de abordagem de derrame pleural volumoso ou com suspeita de
empiema
� Coleta de amostra QUANTITATIVA de secreção do trato respiratório inferior
(aspirado traqueal ou BAL) antes do início do ATB. Só coletar amostra para
cultura em caso de suspeita de infecção!!!
American Thoracic Society and Infectious Disease Society of America. Am J Respir Crit Care Med 2005;171:388-416.Diagnosis of ventilator-associated pneumonia: a systematic review of the literature. Critical Care 2008, 12:R56
� Rx-tórax: Infiltrado pulmonar novo ou em progressão
+
� 2 dos 3 critérios:
ESTRATÉGIA CLÍNICA – IDSA e TSA (Johanson criteria)
� Febre > 38ºC
� Leucocitose ou leucopenia
� Secreção traqueobrônquica purulenta
American Thiracic Society and Infectious Disease Society of America. Am J Respir Crit Care Med 2005;171:388-416.Diagnosis of ventilator-associated pneumonia: a systematic review of the literature. Critical Care 2008, 12:R56
Clinical diagnosis of ventilator associated pneumonia revisited: comparative validation using immediate post-mortem lung biopsies
Variável e combinação de variáveisSensibilidade
% (n)
Especificidade
% (n)
Valor Preditivo
Positivo % (n)
Valor Preditivo
Negativo % (n)
Radiografia de tórax 92 (12/13) 33 (4/12) 60 (12/20) 80 (4/5)
Leucocitose 77 (10/13) 58 (7/12) 67 (10/15) 70 (7/10)
Febre 46 (6/13) 42 (5/12) 46 (6/13) 42 (5/12)
Fabregas N, Ewig S, Torres A et al. Thorax 1999; 54(10):867-873
Secreção purulenta 69 (9/13) 42 (5/12) 56 (9/16) 56 (5/9)
Radiografia de tórax + 1 dos 3 critérios 85 (11/13) 33 (4/12) 58 (11/19) 67 (4/6)
RadiografiaRadiografia dede tóraxtórax ++ 22 dosdos 33 critérioscritérios 69 (9/13)69 (9/13) 75 (9/12)75 (9/12) 75 (9/12)75 (9/12) 69 (9/13)69 (9/13)
Radiografia de tórax + todos 3 critérios 23 (3/13) 92 (11/12) 75 (3/4) 52 (11/21)
Melhor critério clinico para orientar início de terapia empírica.
Parâmetro Parâmetro ValorValor PontosPontos
1- Temperatura ºC≥≥≥≥36,5 ≤≤≤≤ 38,4≥≥≥≥38,5 ≤≤≤≤ 38,9≥≥≥≥39 ou ≤≤≤≤ 36
012
2- Leucometria
≥≥≥≥4000 ≤≤≤≤ 11000
<4000 ou >11000
+ Formas jovens
012
Escore clínico de infecção pulmonar Escore clínico de infecção pulmonar –– CPIS modificadoCPIS modificado
3- Sec. traqueal purulenta
AusentePresente
Abundante/Nova e Purulenta
012
4- PAO2/FIO2 ( mmHg)240
<240 sem SARA02
5- Radiografia de tórax
Sem infiltrado/progressãoInfiltrado não alveolarInfiltrado alveolar
012
Singh N. Am J Resp Crit Care Med 2000; 162:505-511
CPIS >6
Antibioticoterapia
CPIS ≤≤≤≤ 6
Antibioticoterapia e
Escore clínico de infecção pulmonar Escore clínico de infecção pulmonar –– CPIS modificadoCPIS modificado
Comparado ao padrão ouro: Sensibilidade: 72-77% e Especificidade: 42-85%.
Comparado ao BAL: Sensibilidade: 30-89% e Especificidade: 17-80%
Antibioticoterapia
E reavaliar em 3 dias
CPIS >6
Tratar como pneumonia
Antibioticoterapia e
reavaliar em 3 dias
CPIS ≤≤≤≤ 6
Considerar susper o ATB
(Não altera mortalidade)
Singh N. Am J Resp Crit Care Med 2000; 162:505-511
Possíveis causas de febre, infiltrado pulmonar e taquipnéia:
� SARA
� TEP e infarto pulmonar;
� Hemorragia pulmonar;
� ICC e hipervolemia iatrogênica;
Does This Patient Have Ventilator-Associated Pneumonia?
Michael Klompas, MD
� ICC e hipervolemia iatrogênica;
� Pneumonite por drogas;
� Atelectasia;
� Metástase pulmonar;
� Pneumonia relacionada a ventilação mecânica - VAP
� Sobreposição de 2 condições: bacteremia por cateter em paciente com Neo pulmonar.
JAMA, April 11, 2007—Vol 297, No. 14
INFECÇÃO DAINFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEACORRENTE SANGUÍNEARELACIONADA A CATETER VASCULARRELACIONADA A CATETER VASCULAR
(ICS(ICS--RC)RC)
� Os cateteres vasculares são indispensáveis na prática da assistência em saúde!!!
� Diversas finalidades: HV, medicamentos, hemoderivados, NPT, QT, hemodiálise,monitorização hemodinâmica, exames contrastados, etc.
� Cateteres de curta x longa permanência.
� A aderência microbiana e a colonização dos cateteres vasculares dependem da interação dealguns fatores.alguns fatores.
� ICS-RC:
� Aumento da morbidade � prolonga hospitalização em média 12 dias
� Aumento da mortalidade � em até 35%, variável de acordo com a gravidade do doente
� Aumento dos custos hospitalares� até U$ 34 mil por episódio.
• COLONIZAÇÃO DO CATETER
• INFECÇÃO LOCAL RELACIONADAA CATETER
DEFINIÇÕES DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AOS DEFINIÇÕES DAS INFECÇÕES RELACIONADAS AOS
CATETERES VASCULARESCATETERES VASCULARES
•• INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA A CATETER (ICSINFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA A CATETER (ICS--RC)RC)
•CVC presente no momento ou 48 horas antes do início do evento infeccioso
•NÃO há tempo mínimo de instalação do cateter para que a infecção seja considerada
relacionada a este dispositivo
•Sinais e sintomas de infecção sistêmica estão presentes
Patogênese das ICSPatogênese das ICS--RCRC
ETIOPATOGENIA DAS ICSETIOPATOGENIA DAS ICS
UNIDADES DE TTO X TAXA DE ICSUNIDADES DE TTO X TAXA DE ICS--RCRC
FatoresFatores AssociadosAssociados com com InfecçãoInfecção emem PacientesPacientes com com CateterCateterVenosoVenoso Central Central
�� ColonizaçãoColonização no local RR 13,2no local RR 13,2
�� TromboseTrombose --
�� DificuldadeDificuldade nana inserçãoinserção RR 5,4RR 5,4�� DificuldadeDificuldade nana inserçãoinserção RR 5,4RR 5,4
�� PoliuretanoPoliuretano RR 0,2RR 0,2
�� EritemaEritema no local de no local de inserçãoinserção RR 4,4RR 4,4
Maki & Mermel. Hospital Infections, 1998
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianos
Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica:
Medidas de PrevençãoMedidas de Prevenção
Intervenções efetivas
Programa de Controle de Infecção Hospitalar
Monitorar infecções em UTI
Via oral para tubo traqueal e gástrico
Evitar reintubação
Não permitir acúmulo de condensado nos circuitos ventilatórios (drenagem
programada)
Aspiração subglótica continuaAspiração subglótica continua
Manter pressão do cuff adequada
Higienização das mãos entre pacientes
Cabeceira elevada (30° a 45°)
Nutrição via enteral (evitar NPT)
Intervenções efetivas em cenários selecionados
Clorexidina oral (pacientes submetidos à cirurgia cardíaca ���� meta-análise)
Descontamiação digestiva seletiva em situações de surto de MR
Intervenções sem impacto
Troca rotineira do circuito ventilatório
Troca diária umidificador
Fisioterapia ventilatória
Uso rotineiro de profilaxia ATB, clorexidina oral, descontaminação seletiva do trato
digestivo
Intervenções de efetividade indeterminada
Mudança postural (camas cinéticas com benefício em pcts cirúrgicos e neurocirúrgicos)
Prevenção de úlcera gástrica com sulcrafato
SMART Approaches for Reducing Nosocomial Infections in the ICU. Marin Kollef. Chest 2008;134;447-456
Implementação do “Ventilator Bundle”- Bundle da VAP
� O QUE É UM BUNDLE? É um “pacote” de medidas que, QUANDO APLICADAS
DE FORMA CORRETA E EM CONJUNTO, são EFICAZES em prevenir uma
determinada infecção hospitalar
� Intervenções práticas: fácil aplicabilidade
� Deve-se MEDIR a adesão as medidas do pacote: “TUDO ou NADA”
SMART Approaches for Reducing Nosocomial Infections in the ICU. Marin Kollef. Chest 2008;134;447-456
Implementação do “Ventilator Bundle”- Bundle da VAP
SMART Approaches for Reducing Nosocomial Infections in the ICU. Marin Kollef. Chest 2008;134;447-456
Infecção da Corrente Sanguinea Relacionada ao
Cateter Vascular:
Medidas de Prevenção
� Usar apenas quando necessário
� Usar o cateter correto
� Cuidados na inserção
ICS-RC: Medidas de Prevenção
� Cuidados na inserção
� Protocolos de manutenção
� Retirar assim que possível
Inserção de cateteres venosos centrais - IA:
> Risco infecção > Risco infecção �������� >> nível de precauções de barreira necessárionível de precauções de barreira necessário
• Higiene das mãos com clorexidina ou PVPI degermante.
• Uso de precauções de barreira máxima (máscara, gorro, capote e luvas estéreis, campos
Higiene das Mãos e Técnica Asséptica Higiene das Mãos e Técnica Asséptica -- IAIA
estéreis ampliados).
• Diminuição da tx de ICS-RC em até 6 vezes.
Local de Inserção do CVC Local de Inserção do CVC -- IAIA
� FATORES:
• Risco de tromboflebite
• Densidade da flora microbiana cutânea no local (PRINCIPAL)
���� Risco de infecção em adultos: extremidades inferiores >
superiores.superiores.
Escolha do sítio de inserçãoEscolha do sítio de inserção::
1ª opção 1ª opção ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ subcláviasubclávia2ª opção 2ª opção ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ jugularjugular3ª opção 3ª opção ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ femuralfemural
4ª opção 4ª opção ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ dissecção venosadissecção venosa
ConsiderarConsiderar: experiência do profissional, características do paciente : experiência do profissional, características do paciente
AntissepsiaAntissepsia da pele da pele -- IAIA
ClorexidinaClorexidina alcoólicaalcoólica >> PVPI 10% > álcool 70%>> PVPI 10% > álcool 70%
� O QUE É UM BUNDLE?
� É um “pacote” de medidas que, QUANDO APLICADAS DE FORMA
CORRETA E EM CONJUNTO, são EFICAZES em prevenir uma
determinada infecção hospitalar.
Bundle do CateterBundle do Cateter
� OBJETIVO DO BUNDLE DO CATETER:
� Reduzir a taxa de infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter
vascular central nos diversos setores do hospital.
� MEDIDAS:
1. Degermação correta das mãos antes do procedimento: técnica e uso
de clorexidina degermante;
2. Escolha do sítio de punção: VEIA SUBCLÁVIA;
Bundle do CateterBundle do Cateter
2. Escolha do sítio de punção: VEIA SUBCLÁVIA;
3. Paramentação estéril máxima (máscara, gorro, luvas e capote estéreis,
campo estéril ampliado);
4. Limpeza da pele: CLOREXIDINAALCOÓLICA;
5. Reavaliação diária da necessidade de manter o cateter.
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianos
Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
Desafio no Uso de AntimicrobianosDesafio no Uso de Antimicrobianos
Uso de antimicrobianos
ResistênciaFalência de tratamento antimicrobiano
Medidas para Prevenção e Controle de Microrganismos ResistentesMedidas para Prevenção e Controle de Microrganismos Resistentes
É o emprego adequado de antibiótico para a resolução da infecção
USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOUSO RACIONAL DE ANTIBIÓTICO
É o emprego adequado de antibiótico para a resolução da infecção
e
para o controle da resistência bacteriana no hospital.
Apoio diagnósticoPerfil microbiológico
Prevenção e controlede Infecção nosocomial
Otimização da
Política e uso racional de antibióticos
Otimização daAntibioticoterapia
FarmacodinâmicaFarmacocinética
� Concentração inibitória mínima (CIM ou MIC)
� Definição por isolado;
Importante marcador da potência do antibiótico!
Conceitos em Microbiologia:Conceitos em Microbiologia:
� Importante marcador da potência do antibiótico!
� Ponto de corte ou Breakpoint - Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).
� MIC de Referência para definição de resistência ou sensibilidade;
� Concentração sérica é o referencial.
Distribuição da potência antimicrobiana Distribuição da potência antimicrobiana in vitroin vitro
Número de microrganismos População bacteriana
CIM (µg/mL)S I RS = Susceptível
I = IntermediárioR = Resistente
75
100
Farmacocinética dos Antibióticos Farmacocinética dos Antibióticos –– Conceitos:Conceitos:
Conc
Dependem do Antibiótico
Dependem do patógeno
mg/ml
0
25
50
T
Sangue Tecido CBM CIM
Dependem do patógeno
FARMACODINÂMICAFARMACODINÂMICA
� Relaciona a concentração do fármaco com sua atividade antimicrobiana;
� Classificação dos antibióticos:
� Tempo-dependentes;� Tempo-dependentes;
� Concentração-dependentes.
Relação entre crescimento ou morte bacteriana com o tempo de Relação entre crescimento ou morte bacteriana com o tempo de exposição à crescentes concentrações do atbexposição à crescentes concentrações do atb
controle
Doses
sub-inibitórias
estático
bactericida
t
UFC
sub-inibitórias
Uso Racional de Antibiótico
� Indicação:
� Evitar o uso desnecessário;
� Tempo de uso menor possível.
� Finalidade:
� Profilaxia ou Tratamento.
� Condições do paciente:
� História de alergia, Comorbidade, Idade,
Gravidez, Obesidade, Presença de prótese.
ImportânciaImportância
�� Eficácia do tratamento ou Eficácia do tratamento ou
Gravidez, Obesidade, Presença de prótese.
� Fatores da infecção:
� Escolha empírica adequada e ajuste após
cultura: antibiograma e MIC
�Fatores do antibiótico:
� Posologia mais eficaz;
� Evitar associação desnecessária
�Controle de nível sérico
da profilaxiada profilaxia
��Minimizar efeitos colateraisMinimizar efeitos colaterais
��Minimizar custosMinimizar custos
�� Combater a resistência Combater a resistência
bacterianabacteriana
VAP - Tratamento e resposta ao tratamento:
� Resposta ao tratamento: melhora CLÍNICA inicia após 48-72 horas do início do ATB
(não trocar esquema nesse período, exceto se piora ou isolado germe não
contemplado)
� Duração do tratamento: estudos mostram que ciclos de 7-8 dias são tão eficazes
quanto 14-15 dias, com poucas exceções discutíveis. (ex: P. aeruginosa,
Acinetobacter spp.)
Guidelines for the management of adults with hospital acquired, ventilator-associated, and healthcare-associated pneumonia. IDSA/TSA 2005
Otimizando o uso dos betalactâmicos
� Utilizar doses elevadas nas infecções graves
� Reduzir o intervalo das doses para atbs com ½ vida curta
�� Otimizar a exposição:Otimizar a exposição:
� Meta bactericida %Tempo > MIC para BGN:
60% – 70% para cefalosporinas� 60% – 70% para cefalosporinas
� 50% para penicilinas
� 40% para carbapenemas
� Infusão prolongada – ex: meropenem
� Infusão contínua (24h) – ex: pip/tazo
Uso do Meropenem 1000 mg e o percentual de Eliminação Bacteriana Uso do Meropenem 1000 mg e o percentual de Eliminação Bacteriana Máxima Máxima P. aeruginosaP. aeruginosa
100
90
80
70
60
0.5 h infusão
1.0 h infusão
2.0 h infusão
3.0 h infusãoDistribuição das CIM 60
50
40
30
20
10
0
0,01
%%
1 10 100
MIC (mg/L)MIC (mg/L)
3.0 h infusãoDistribuição das CIM
Distribuição das CIM
de P. aeruginosa para
meropenem
Drusano G. et al. Usado com permissão.
Guide de Vanco – IDSA 2009:
- Parâmetro de PK/PD - alvo: AUC/MIC > 400. Em pct com função renal normal e posologia
habitual de vanco, cepas com MIC > 2,0, o alvo de AUC/MIC NÃO CONSEGUE SER
ATINGIDO: considerar terapia alternativa.
- Dose inicial: calcular pelo peso real do paciente, inclusive pcts obesos. Dose de Manutenção:
Monitorar nível sérico de antimicrobiano
ajustar pelo nível sérico do vale. Pacientes muito graves: pode utilizar dose de ataque de 25–30
mg/kg para atingir alvo + rápido, seguido de 15–20 mg/kg a cada 8–12 h.
-Infusão contínua x intermitente: sem benefício comprovado
-Nível sérico: monitorar nível do vale (nível de pico é inferior). Primeira medida: realizar
imediatamente antes da quarta dose de vanco. Alvo de vale, pp infecções graves: 15–20
mg/L.
Controle do
ambiente
Uso racional de
antimicrobianos
Conclusão... Infecções hospitalares:Controlar é possível?
Vigilância dos
processos
Vigilância ativa
das IH
Sim!!!Sim!!!