aula recursos (integral)

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Entender recursos penais

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RECURSOS

Prof. Claudio José Langroiva Pereira

- ASPECTOS GERAIS

Remédio jurídico-processual para reexame da matéria já decidida.

Controvérsia não dirimida em definitivo.

“Pedido de nova decisão judicial, com alteração de decisão anterior, previsto em lei, dirigido, em regra, a outro órgão jurisdicional, dentro do mesmo processo.” Vicente Greco Filho.

- NATUREZA JURÍDICA

Princípio do duplo grau de jurisdição – natureza constitucional (contido implicitamente no Art. 5°, LV, CF).

Influência do devido processo legal.

Princípio imposto pela Convenção Americana de Direitos humanos (Art. 8°, 2, “h”).

Inconformismo levado à instância superior.

- NATUREZA JURÍDICA

Questão: Houve ofensa ao duplo grau de jurisdição no julgamento da Ação Penal n° 470/STF.

Sim. Os réus se viram impossibilitados de contar com o reexame da matéria. Embargos infringentes não são instrumentos capazes de rediscussão fática.

Não. O duplo grau não emana diretamente da Constituição, portanto, pode existir limitação, tal qual nas ações penais originárias.

- TIPOS DE RECURSO

1. Recurso Voluntário.

- Conveniência da parte sucumbente de manifestar ou não seu inconformismo junto ao órgão de jurisdição mais elevada.

- Discordância entre defensor e réu, prevalece a defesa técnica – Jurisprudência).

- MP é obrigado à recorrer (Princípio da obrigatoriedade) quando decisão for contrária à lei ou a prova dos autos.

- TIPOS DE RECURSO

2. Recurso Necessário ou de Ofício (Art. 574 CPP).

- Casos em que legislador determina que o juiz recorra de sua própria decisão para aperfeiçoar trâ. julgado:

a) absolvição sumária, com fundamento no Art. 411 CPP;

b) decisão que conceder HC.

c) decisão que conceder reabilitação.

d) improcedente ação penal por crime contra economia popular

- EFEITOS DOS RECURSOS

Consequência processuais vinculadas a eficácia da decisão recorrida e o julgamento do próprio recurso.

1. Efeito devolutivo – delimita a extensão da devolução da questão.

2. Efeito suspensivo – adia os efeitos da decisão impugnada

- EFEITOS DOS RECURSOS

3. Efeito regressivo – devolutiva inverso (devolvido ao mesmo órgão – Ex. Embargos de declaração).

4. Efeito extensivo – decisão favorável é aproveitada por co-réu.

5. Efeito substitutivo – decisão de mérito do recurso substitui a decisão recorrida.

6. Efeito expansivo – julgamento do recurso enseja decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada.

- PRESSUPOSTOS RECURSAIS

I) Pressuposto lógico – Existência de decisão a ser atacada.

II) Pressuposto fundamental – Sucumbência.

III) Pressupostos objetivos:

-Previsão legal

-Tempestividade

-Adequação

-Regularidade formal

- PRESSUPOSTOS RECURSAIS

IV) Pressupostos subjetivos:

-Interesse

Visa alcançar objetivo que sem o recurso seria impossível.

-Legitimidade

Pertinência Subjetiva: Réu, MP e assistente da acusação.

- JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Juiz, ao receber a petição, verificará se os requisitos estão presentes.

Decisão de admissibilidade é interlocutória e deve ser fundamentada.

Da decisão de recebimento do recurso poderá existir pedido de reconsideração.

A decisão que não receber o recurso gera sucumbência, passível de novo recurso (Ex. RESE da decisão que denegar apelação).

- EXTINÇÃO ANORMAL

1. Falta de preparo – Custas na forma da lei (Art. 802, §2° CPP).

2. Desistência – Somente na presença do Advogado (Súmula n° 705 STF).

- PRINCÍPIOS RECURSAIS

Fungibilidade – não haverá prejuízo pela utilização do recurso inadequado (Art. 579 CPP).

Unirrecorribilidade – Singularidade recursal, parte interpõe um recurso para cada decisão atacada.

Duplo grau de jurisdição.

- PRINCÍPIOS RECURSAIS

Dialeticidade – Conter fatos que embasam o inconformismo do recorrente.

Voluntariedade – Parte decide se recorre.

“Tantum devolutum quantum appellatum” – parte não pode ser prejudicada por recurso interposto por ela.

- RECURSOS EM ESPÉCIE

Recurso em sentido estrito.

Apelação.

Protesto por novo júri.

Reclamação e Correição Parcial.

Carta testemunhável.

Recurso Especial.

Recurso Extraordinário.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

CABIMENTO:

artigo 581 do Código de Processo Penal.

Artigo 294 do Código de Trânsito Brasileiro.

Artigo 6º, p. único, Lei 1.508/51 (regula contravenções relativas ao “jogo do bicho” e jogo sobre corrida de cavalo fora do hipódromo).

Artigo 2º, III, do Dec.-lei 201/76 (dispões sobre crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores).

*atualmente algumas hipóteses não desafiam mais o RESE, mas sim Agravo em Execução (art. 197 da LEP)

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisões do art. 581, CPP que NÃO mais comportam Recurso em Sentido Estrito:

-que conceder, negar ou revogar sursis (inciso XI);

-que conceder, negar ou revogar livramento condicional (inciso XII);

-que decidir sobre a unificação das penas (inciso XVII);

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

-que decretar medida de segurança depois de transitar em julgado a sentença (inciso XIX);

-que impuser medida de segurança por transgressão de outra (inciso XX);

-que revogar medida de segurança por transgressão de outra (inciso XXII);

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

- que mantiver ou substituir a medida de segurança nos casos do art. 774 (inciso XXI);

- que deixar de revogar medida de segurança (XXIII);

- Que converter a multa em detenção ou em prisão simples (XXIV), embora esta possibilidade não exista mais no Código Penal;

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Inciso XI, trata da decisão que conceder, negar ou revogar o sursis:

- Sursis concedido ou negado na sentença: a decisão comporta recurso de apelação;

- Sursis concedido, negado ou revogado pelo juiz das execuções: a decisão comporta agravo em execução.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisões que são combatidas via Recurso em Sentido Estrito (RESE):

Decisão que rejeitar a denúncia ou queixa (inciso I);

-Decisão que concluir pela incompetência do juízo, de ofício (inciso II);

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisão que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição (inciso III);

- Decisão que declara a incompetência do juízo, acolhendo exceção de incompetência;

- Decisão que conclui pela litispendência (basta que o réu esteja sendo processado pelo mesmo fato);

- Decisão que declara ilegitimidade de parte (ad causam ou ad processum);

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

- Decisão que declara a existência de coisa julgada;

Não cabe recurso contra decisão que julga procedente exceção de suspeição.

Não cabe recurso contra as decisões que rejeitam as exceções, podendo ser alegado em habeas corpus ou ainda em apelação.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisão que pronunciar o réu (inciso IV);

Decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar, julgar inidônea a fiança ou, ainda, que julgá-la quebrado ou perdido o seu valor, que indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, que relaxar a prisão em flagrante ou que conceder liberdade provisória (inciso V e VII)

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

No tocante à liberdade provisória com fiança, caberá RESE:

- Decisão que conceder liberdade provisória com fiança (desde que concedida pelo juiz e não pela autoridade policial);

- Decisão que arbitrar fiança (pelo juiz e não pela autoridade policial);

- Decisão que negar a liberdade provisória com fiança (pelo juiz);

- Decisão que cassar a fiança ;

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

- Decisão que julgar inidônea a fiança (insuficiente);

- Decisão que julgar quebrada a fiança (não comparecimento quando intimado);

- Decisão que julga perdida a fiança (se, condenado, o réu não se apresentar à prisão);

Caberá RESE também contra a decisão que conceder liberdade provisória sem fiança.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Casos relacionados à prisão preventiva – cabível RESE contra a decisão que:

- Indeferir requerimento de decretação da preventiva;

- Revogar a prisão preventiva.

Casos relacionados à prisão em flagrante – cabível RESE contra a decisão que relaxar a prisão em flagrante.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisão que julgar extinta a punibilidade ou indeferir o pedido de extinção da punibilidade (art. 581, VIII e IX);

Decisão que conceder ou negar habeas corpus (art. 581, X)

Decisão que anular a instrução criminal, no todo ou em parte (art. 581, XIII)

Decisão que incluir ou excluir jurado da lista geral (júri – ar. 581, XIV)

Decisão que denegar apelação ou julgá-la deserta (art. 581, XV)

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Decisão que ordenar a suspensão do processo por questão prejudicial (art. 581, XVI);

Decisão que julgar o incidente de falsidade (art. 581, XVIII);

Decisão que suspender cautelarmente a permissão ou habilitação para dirigir ou proibição de sua obtenção ou indeferir o requerimento para suspensão (art. 294, CTB)

Decisão de arquivamento da representação (art. 6º, p.unico, Lei 1.508/51)

Despacho concessivo ou denegatório de prisão preventiva ou afastamento do cargo (art. 2º, III, Dec.-lei 201/67)

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Competência:

- A regra é que o RESE seja interposto perante o juízo de primeiro grau que proferiu a decisão recorrida. As razões podem ser oferecidas já no momento da interposição, ou posteriormente, após intimação para tanto.

- Isso porque o juiz de Primeiro Grau tem a oportunidade de retratar-se, ou seja, tanto manter quanto reformar o despacho recorrido.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Súmula 707 do Supremo Tribunal Federal:

CONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAÇÃO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA, NÃO A SUPRINDO A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Interposição endereçada ao juiz da Vara Criminal juízo de retratação

a) Dirigidas ao tribunal ad quem Razões b) anexadas à interposição,

endereçadas ao juízo a quo.

c) Anexadas à petição de juntada, endereçadas ao juiz a quo

Contrarrazões a) dirigidas ao tribunal ad quemb) Anexas à petição de juntada, endereçadas ao juiz a quo

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Legitimidade:

- Somente pode interpor Recurso em Sentido Estrito a parte que restou prejudicada.

- Determinadas decisões são recorríveis somente pela acusação, outras apenas pela defesa, outras por ambas.

- Há casos expressamente definidos em que o assistente da acusação também pode interpor RESE, apenas quando o Ministério Público não tiver recorrido. Caráter supletivo.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Prazo:

- Via de regra, o prazo para recorrer é de 5 (cinco) dias.

- Exceções:

- a) o recurso da decisão que incluir jurados na lista geral ou desta o excluir, cujo prazo é de 20 dias;

- b) recurso interposto supletivamente pelo assistente da acusação: prazo de 15 dias a contar do final do prazo do Ministério Público.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO O prazo inicia-se na data da audiência, se a decisão for aí

proferida e a parte estiver presente;

Na data em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da decisão ou na data da intimação.

Exclui-se o dia do começo e inclui-se o do final.

Súmula 310 do Supremo Tribunal Federal:

QUANDO A INTIMAÇÃO TIVER LUGAR NA SEXTA-FEIRA, OU A PUBLICAÇÃO COM EFEITO DE INTIMAÇÃO FOR FEITA NESSE DIA, O PRAZO JUDICIAL TERÁ INÍCIO NA SEGUNDA-FEIRA IMEDIATA, SALVO SE NÃO HOUVER EXPEDIENTE, CASO EM QUE COMEÇARÁ NO PRIMEIRO DIA ÚTIL QUE SE SEGUIR.

- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Razões devem ser apresentadas no prazo máximo de 02 (dois) dias.

É imprescindível a intimação do recorrente para apresentar razões, correndo a partir daí o prazo assinado pela lei.

Em seguida, intima-se o recorrido para, em igual prazo, apresentar suas contrarrazões.

- APELAÇÃO

Cabimento:

-Previstas, na sua maioria, nos incisos I, II e III do art. 593, além do art. 416 do Código de Processo Penal.

-Previsão na Lei 9.99/95 (que instituiu os Juizados Especiais Criminais)

Na sistemática do processo penal, APELAÇÃO é RESIDUAL. Ou seja, no caso de decisão definitiva ou com força de definitiva é preciso primeiro verificar se não seria cabível o Recurso em Sentido Estrito.

- APELAÇÃO

Sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas pelo juiz singular (art. 593, I, CPP):

-De todas as sentenças absolutórias ou condenatórias caberá apelação, inclusive da absolvição sumária, tanto dos ritos ordinário e sumário (art. 397 do CPP), quanto do júri (art. 415 complementado pelo art. 416, CPP).

-Só não comportam apelação as decisões absolutórias ou condenatórias proferidas pelos Tribunais nos processos de competência originária.

- APELAÇÃO

Decisões definitivas ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular, nos casos em que não caiba recurso em sentido estrito (art. 593, II, CPP):

- Decisões de caráter penal podem ser as seguintes:

a) Meros despachos: pronunciamento dos juiz para regular andamento do processo.

b) Decisões interlocutórias: comportam apreciação valorativa, mas não decidem o mérito.

b.1) simples: como, p. ex., decretação da preventiva.

- APELAÇÃO

b.2) mista.

b.2.1) terminativa: põe fim a relação jurídica (rejeição da denúncia, impronúncia)

b.2.2) não terminativa: encerra uma fase processual (pronúncia)

c) Sentenças: terminam o processo versando sobre o mérito.

c.1) absolutória ou condenatória

c.2) terminativa de mérito: encerra o processo principal ou incidente sem absolver ou condenar (extinção da punibilidade, julgamento dos incidentes)

- APELAÇÃO

Exemplos de decisões definitivas das quais cabe APELAÇÃO:

-sentença que julga o pedido de restituição de coisas apreendidas;

-sentença que acolhe ou não o pedido de sequestro ou especialização de hipoteca legal;

-sentença que autoriza o levantamento de sequestro;

-sentença que homologa ou não o laudo pericial de pedido de busca e apreensão em crimes contra a propriedade imaterial:

-sentença que indefere o pedido d ejustificação criminal;

-sentença que indefere o pedido de explicações em juízo;

-sentença que concede reabilitação.

- APELAÇÃO

Exemplos de decisões com força de definitivas das quais cabe APELAÇÃO:

-sentença de pronúncia (art. 416, CPP);

-decisão que indefere o pedido de levantamento de sequestro (para Tourinho, trata-se de decisão definitiva de mérito);

-decisão que remete as parte ao juízo cível no pedido de restituição de coisas apreendidas.

Despacho de mero expediente e decisões interlocutórias simples são irrecorríveis, salvo, quando a estas ultimas, quando houver previsão expressa de RESE (p. ex., decisão que concede liberdade provisória)

- APELAÇÃO

Regimento Interno do TJSP, art. 806, elenca as decisões definitivas ou com força de definitivas, das quais cabe apelação:

-que indefere petição do Ministério Público, inserindo na acusação agente não incluído na denúncia;

Indefere pedido de restituição de coisas apreendidas ou que, para exame da pretensão restituitória, remete os interessados ao juízo cível;

-autoriza levantamento de sequestro;

-indefere pedido de justificação criminal;

-indefere pedido de explicações em juízo.

- APELAÇÃO

Decisão do Tribunal do Júri (art. 593, III, CPP);

-Nulidade posterior à pronúncia (art. 593, III, a): quando tratar-se de nulidade absoluta

-Sentença do juiz presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados (art. 593, III, b): quando prolatada em desconformidade com o veredicto do júri; ou, p. ex., negar suspensão condicional da pena ao réu que preenche todos os requisitos para merecê-la.

-Erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de segurança (art. 593, III, c);

- APELAÇÃO

-Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos (art. 593, III, d): não reconhecimento da legítima defesa, atipicidade da conduta, negativa de autoria, excludente de culpabilidade, causa de diminuição de pena ou atenuante, desde que cabalmente comprovado.

- APELAÇÃO

Decisões no rito sumaríssimo (art. 76 e 82 da Lei 9.099/95):

-decisão que rejeitar a denúncia ou queixa: no sumaríssimo, tal decisão não é atacável pelo recurso em sentido estrito.

-sentença que aplica a transação penal: prazo de 10 dias.

- APELAÇÃO x RESE

Art. 593, II: decisões se couber recurso em sentido definitivas ou com estrito utiliza-se este,

força de definitivascaso contrário utiliza-se apelação.

Art. 593, §4º: decisões utiliza-se sempre a apelação, condenatórias ou ainda que somente de parte

absolutórias da decisão recorrida.

- APELAÇÃO

Competência:

- Interposto necessariamente perante o juiz de primeiro grau que proferiu a sentença ou decisão apelada.

- Juiz recebe a apelação, manda processar o recurso e intima as partes a apresentar sucessivamente as razões e contrarrazões do recurso.

- Oferecidas estas, o magistrado enviará os autos à superior instância para julgamento.

- APELAÇÃO

Interposição endereçada ao juiz a quo

a) Dirigidas ao tribunal ad quem Razões b) anexas à interposição,

c) anexas à petição de juntada, endereçadas ao juiz a quod) anexas à petição de juntada endereçada ao relator do recurso no tribunal ad quem

Contrarrazões a) dirigidas ao tribunal ad quemb) anexas à petição de juntada, endereçadas ao juiz a quoc) anexas à petição de juntada endereçada ao relator do recurso no tribunal ad quem

- PROTESTO POR NOVO JÚRI

O advento da Lei n. 11.689/2008 excluiu o Protesto por Novo Júri no ordenamento jurídico brasileiro. Com isso, surgiram dúvidas quanto à natureza da referida norma e, por conseguinte, da disciplina intertemporal aplicável à matéria.

Considerando que detém caráter processual penal, a referida previsão deve ser aplicada de imediato, desde a sua vigência, conforme determina o art. 2º do Código de Processo Penal.

- PROTESTO POR NOVO JÚRI

Até o advento da Lei 11.689/08:

-recurso exclusivo da Defesa;

-sentença condenatória com pena de reclusão igual ou superior a 20 (vinte) anos.

 

Norma de Natureza Penal, Processual Penal ou Mista?

- RECLAMAÇÃO

A reclamação é “garantia especial que pode ser subsumida na cláusula constitucional que assegura ‘o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder’ (CF, art. 5º, XXXIV, a)” (Ada Pellegrini Grinover, Antonio Magalhães Gomes Filho, Antonio Scarance Fernandes. Recursos no Processo Penal. 6. ed. São Paulo: Ed. RT, 2009)

- RECLAMAÇÃO

Cabimento:

-Art. 7º da Lei 11.417/06: Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplica-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

- RECLAMAÇÃO

-§1º. Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.

-§2º. Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja oferecida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.

- RECLAMAÇÃO

Competência

-Tratando de descumprimento de Súmula Vinculante, competência é do STF, sendo a reclamação endereçada ao Presidente do Supremo.

- RECLAMAÇÃO

Prevista na Constituição Federal de 88 dentre as competências do STF (art. 102, I) e do STJ (art. 105, I, f).

Com aprovação da Emenda Constitucional nº 45, ampliou-se a importância da reclamação, também prevista no art. 103-A.

- CORREIÇÃO PARCIAL

Cabimento

- Para alguns doutrinadores, não deveria sequer ser considerada no estudo do processo penal pela ausência de lei federal prevendo o referido instituto (no CPP Militar há previsão expressa, no art. 498, ainda que se delegue a previsão do rito ao regimento do STM).

- A CF/88, em seu art. 22, I, estabelece como competência privativa da União a elaboração de lei processuais penais, ou seja, a correição parcial apenas poderia ser aceita se prevista em lei federal e o CPP não traz tal previsão.

- CORREIÇÃO PARCIAL

- Tribunais aceitam a correição parcial, com base em previsões regimentais.

 - A ausência de previsão de recurso para decisões interlocutórias acaba por demandar instrumento capaz de permitir a correção, mesmo antes da decisão definitiva, de atos que claramente resultariam no reconhecimento de nulidade processual.

- Utilizada em casos de error in procedendo, ou seja em casos de “inversão tumultuária” do processo.

 - Não cabe nos casos de erros in judicando.

- CORREIÇÃO PARCIAL

Fundamentação

- Artigo 6º, inciso I, da Lei nº 5.010/66 (Justiça Federal de Primeiro Grau)

- Artigo 32, inciso I, da Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público)

- Artigos 93 a 96 do Código Judiciário do Estado de São Paulo

- CORREIÇÃO PARCIAL

Competência

 - Divergência doutrinária e jurisprudencial.

- Para jurisprudência: segue o rito do RESE, sendo apresentada ao juiz que proferiu a decisão atacada, com oportunidade de retratação (como acontece no Estado de São Paulo).

- Para doutrina: segue o rito do agravo de instrumento, sendo apresentada ao Presidente do Tribunal competente, contendo as razões recursais, cópia da decisão recorrida e certidão da respectiva intimação.

- CORREIÇÃO PARCIAL

Legitimidade

 

- Qualquer das partes da relação jurídico-processual que tenha sido prejudicada pela decisão atacada.

- CORREIÇÃO PARCIAL

Prazo

- No rito do RESE: prazo para interposição de 5 dias.

- No rito do Agravo: prazo de 10 dias.

- CARTA TESTEMUNHÁVEL

Cabimento

- Recurso interposto contra o não conhecimento ou não seguimento, pelo juiz de primeiro grau, do recurso em sentido estrito e do agravo em execução, no juízo prévio de admissibilidade (art. 639 do CPP).

- Não cabe mais carta testemunhável contra a decisão do Presidente do Tribunal que deixa de conhecer recurso extraordinário, recurso especial ou recurso ordinário constitucional.

- CARTA TESTEMUNHÁVEL

- Cabe ao testemunhante indicar as peças que devem compor o instrumento.

 - Intima-se a parte contrária para oferecer contrarrazões, em dois dias, remetendo-se os autos ao magistrado, que poderá retratar-se.

 - Não havendo retratação, os autos serão remetidos à instância superior.

- CARTA TESTEMUNHÁVEL

Competência

- O recurso deve ser endereçado ao escrivão-chefe do cartório do juízo onde tramita o processo, com razões dirigidas ao Tribunal competente.

- CARTA TESTEMUNHÁVEL

Legitimidade

- Pode manejar a carta testemunhável a parte que teve seu recurso denegado (não conhecido ou negado seguimento)

- CARTA TESTEMUNHÁVEL

Prazo

 

- O prazo é de 48 horas a partir da ciência da decisão que indeferiu ou negou seguimento ao recurso (art. 640 do CPP)

Recurso Especial

Conceito

Modalidade Recursal cujo julgamento se dá no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Não admite discussão sobre matéria de fato. (Súmula n° 07 STJ)

Admitido após o exaurimento, na origem, dos recurosos ordinários (Cabendo embargos infringentes, não se admite RESP – Súmula n° 207 STJ)

Lei n° 8.038/90

Recurso Especial

Hipóteses de cabimento (Art. 105 CF)

(a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.

(b) Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

(c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal

Recurso Especial

Prequestionamento

- Análise explícita da matéria debatida pelo Tribunal a quo.

- Essencial para o conhecimento do recurso.

- Súmula n° 211 STJ.

Recurso Especial

Prazo – 15 dias.

Juízo de admissibilidade – Duplo.

Negativa de recebimento – Interposição de agravo.

Efeito devolutivo – Início do cumprimento da pena. (Jurisprudência do STF no sentido de que deve se aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória).

Recursos repetitivos – Lei n° 11.672/08

Recurso Extraordinário

Conceito

Recurso destinado ao Supremo Tribunal Federal com o objetivo de manter o texto Constitucional.

Não admite discussão sobre matéria de fato.

Lei n° 8.038/90

Recurso Extraordinário

Hipóteses de cabimento (Art. 102 CF)

(a) contrariar dispositivo Constitucional.

(b) declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

(c) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

+

Repercussão geral e Prequestionamento.

Recurso Extraordinário

Prazo – 15 dias.

Juízo de admissibilidade – Duplo.

Negativa de recebimento – Interposição de agravo.

Efeito devolutivo – Início do cumprimento da pena. (Jurisprudência do STF no sentido de que deve se aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória).

Embargos de declaração

Conceito

Hipóteses (Art. 619 CPP):

a) obscuridade;

b) omissão;

c) contradição;

d) ambiguidade.

Embargos de declaração

Prazo – 2 dias

Possível em ambas instâncias (Art. 382 / Art. 619 CPP)

Mesmo Juízo/Tribunal Irá julgar os embargos.

Caráter de retratabilidade.

Interrompem prazo para outros recursos.

Não tem caráter infringente.

Embargos Infringentes

Conceito

Oponível contra decisão não unânime de segunda instância e desfavorável ao Réu.

Recurso exclusivo da defesa.

Prazo não inferior a 10 dias.

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