aula 8a doencas subitas- desmaio hipoglicemia asma dor toracica 2011

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DOENÇAS SÚBITAS

Sílvia AlminhasMarço de 2011

PERDA SÚBITA DE CONHECIMENTO

- DESMAIO -

Perda repentina da consciência

em consequência de várias

situações, inclusive de

origem nervosa.

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DESMAIO

Pode ocorrer por:

Exaustão

Esforço empreendido em estado de fadiga

Emoção, susto ou receio

Acidentes mesmo de pouca importância

Falta de ar puro, atmosfera pesada e calor...

A perda súbita do conhecimento, vulgarmente conhecida

por «desmaio» ou lipotímia, pode ter várias origens, bem

como indicar vários quadros clínicos.

Os mais frequentes são:

• A descida súbita da pressão arterial (hipotensão), que

dá origem a uma má perfusão cerebral;

• A descida acentuada do açúcar no sangue.

No entanto, pode também indicar situações de maior

gravidade, ou seja, quando a perda de conhecimento

esteja associada a:

• Dor torácica;

• Convulsão,

• outros.

Sinais e Sintomas

Palidez

Suores frios

Falta de força

Pulso fraco

Tonturas

Perda de

consciência por um

curto período

Perda súbita de conhecimento

Reconhecer um desmaio:

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DESMAIO

Primeiros socorros:Elevar as pernas (favorecer a irrigação

cerebral)Desapertar roupas em redor do pescoço e

cinturaArejar o ambiente

SBVEnvio para a unidade de saúde mais

próxima

Actuação

Pessoa inconsciente

• Verificar a boca e retirar próteses dentárias ou outras substâncias que possam

provocar obstrução

• Verificar se a pessoa respira. Se não respira, ligar 112 (caso esteja acompanhado

mandar ligar 112) e, após o pedido de ajuda estar garantido, iniciar as manobras

de SBV

• Se a pessoa respira, continuar com os procedimentos

• Colocar a pessoa em PLS

• Tentar saber o que aconteceu

• Manter a pessoa quente

• Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:

– Informar:

- Local;

- Número de telefone de contacto;

- Descrever a situação;

- Seguir as instruções dadas pelo operador de central.

Actuação

A pessoa recuperou a consciência

Na maioria dos casos, a pessoa irá recuperar ao fim de alguns

minutos.

Assim, deve proceder-se da seguinte forma:

• Acalmar a pessoa

• Desapertar alguma roupa como, por exemplo, o colarinho da

camisa e o cinto das calças

• Elevar os membros inferiores (basta a altura de algumas

almofadas ou de uma pequena cadeira)

• Saber quais são as queixas que a pessoa refere e o que

aconteceu

• Manter a pessoa quente;

• Ligar 112 e transmitir a informação recolhida

Acidente vascular cerebral (AVC)

O acidente vascular cerebral (AVC),

é uma das maior causas de morte em Portugal.

A melhor medida de combate a este tipo de doença é a

prevenção, ou seja:

• Ter uma alimentação saudável;

• Não fumar;

• Praticar desporto;

• Realizar exames médicos regularmente.

Sinais e sintomas que podem

indicar uma situação de AVC:

• Cefaleias intensas e súbitas (dores

de cabeça);

• Perda da força ou do movimento de

um dos lados do corpo;

• Desvio da comissura labial (boca de

lado);

• Dificuldade em falar ou em articular

as palavras;

• Incontinência (principalmente

urinária);

• Comportamento repetitivo.

• Manter a calma e um ambiente calmo em redor da

pessoa;

• Deitar a pessoa, colocando-a em PLS;

• Identificar correctamente as queixas, se esta tem

algum antecedente e se faz alguma medicação;

• Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:

• Aguardar pelo socorro;

• Se a pessoa ficar inconsciente, verificar se existe

respiração espontânea eficaz. Se necessário SBV.

Perante estes Sinais e sintomas:

Dor Torácica

Dor Torácica

Origem não Cardíaca

Origem Cardíaca

Dor Torácica de Origem Cardíaca

Sinais e Sintomas:

Dor torácica tipo:• «Facada»;• Opressão;• Esmagamento;• Aperto.

Dor que pode irradiar para o membro superior esquerdo, pescoço e mandíbula.

Esta dor pode ainda ser acompanhada de:

• Náuseas ou vómitos;• Alterações do ritmo cardíaco;• Sensação de desmaio;• Dificuldade em respirar.

Perante estes sinais e sintomas:

•Não deixar a pessoa efectuar qualquer

esforço;

•Colocar a pessoa numa posição confortável;

•Identificar se é o primeiro episódio, se existem

doenças anteriores e se faz medicação;

•Ligar 112 e responder com calma às

perguntas que são feitas, fornecendo as

informações recolhidas anteriormente;

•Aguardar pelo socorro.

Dor Torácica de Origem Não Cardíaca

A dor de origem não cardíaca resulta, na maioria dos casos, de

processos

inflamatórios ou de traumatismo.

No entanto, existe um conjunto de situações em que esta pode ser

grave e em que o socorro ao doente deve ser efectuado o mais cedo

possível.

Por este motivo devem ser adoptados os mesmos procedimentos que

foram indicados para a dor de origem cardíaca.

Diabetes

A diabetes é uma doença marcada pelo mau

funcionamento do pâncreas,

o que provoca um desequilíbrio entre a quantidade de

açúcar e de insulina no sangue.

Classificação:

•Diabetes Tipo 1

•Diabetes Tipo 2

•Diabetes Gestacional

Diabetes Insulinotratados (Tipo 1)

Na diabetes tipo 1 não há produção de insulina pelo pâncreas.

Aparece geralmente antes dos 40 anos de idade, sendo a razão desta

anomalia desconhecida e havendo várias teorias, desde genéticas a

ambientais.

Existe uma teoria sobre a possibilidade de aparecer após uma infecção

viral…

Esta falta de insulina é irreversível e só pode ser tratada dando insulina a

estes doentes.

Diabetes Não Insulinotratados (Tipo 2)

A diabetes tipo 2 surge geralmente após os 40 anos de idade.

É uma doença do mundo dito civilizado onde os erros alimentares por

excesso e o sedentarismo, levam a uma ingestão exagerada e

desequilibrada de calorias. Está intimamente ligada à obesidade

No início existe insulina, mas as células do corpo não são suficientemente

sensíveis à sua acção.

É como se houvesse “falta” de insulina, e no entanto ela está em

circulação.

O tratamento consiste em medicação (comprimidos), exercício físico e

alimentação equilibrada

Condições normais: 80-110 mg/dl

Diabetes (mínimo 2 análises): > 126 mg/dl

Tendência para diabetes: 111-126 mg/d

Valores recomendados para um

adulto:

A diabetes por si só não é uma emergência, mas sim

uma doença que pode ser evitada ou pelo menos as

suas consequências minimizadas.

No entanto, se não forem seguidas algumas

orientações, por parte do doente, pode originar uma

de duas situações que podem por em risco a vida:

•Hiperglicémia

•Hipoglicémia

Hiperglicemia

Quando existe um subida exagerada de açúcar no sangue.

Pode provocar estados de inconsciência, no entanto, esta é

uma situação que não provoca uma situação de risco de

vida a curto prazo.

O doente deve ser encaminhado para uma unidade de

saúde ou contactar o seu médico assistente.

Sinais e sintomas:

•Inconsciência ou sonolência,

•Pele vermelha e quente,

•Hálito cetónico.

A hipoglicémia é perigosa, porque pode parar a chegada de

glicose ao cérebro, onde é essencial. As células cerebrais só se

alimentam de glicose e a glicose entra nelas sem ter de esperar pela

insulina. A única condição é que tem de haver glicose em circulação!

As hipoglicémias podem ser fatais, podendo originar graves lesões das

células cerebrais.

As hipoglicémias, podem surgir quando se toma excesso de medicação,

se falha uma refeição ou quando se faz excesso de actividade física que

“queima glicose”.

Os sintomas são intensos e graves, dependendo da fase em que são

detectados:

Sinais Precoces – fome, sensação de cabeça leve

Agravamento – suores, palpitações, ansiedade, tremores

Sintomas graves – confusão, dificuldade em

falar, agressividade, coma, morte

Hipoglicemia

A quantidade de açúcar no sangue é baixa e pode levar rapidamente à

morte.

Este tipo de situação pode surgir por erro na administração da

medicação ou por jejum prolongado, podendo surgir em doentes não

diabéticos, principalmente em resultado de um esforço físico, infecções

ou por ingestão de alguns medicamentos.

Devido à gravidade da situação torna-se fundamental a identificação da

situação.

Deve suspeitar-se de hipoglicemia quando se estiver perante uma

pessoa diabética que esteve sujeito a um jejum prolongado ou a esforço

físico continuado e que se apresente:

•Inconsciente,

•confuso ou agitado,

•pálido e suado.

Sendo a hipoglicemia a situação mais grave e que resulta

da baixa de açúcar no sangue torna-se fundamental a sua reposição.

Primeiros Socorros

- Lidar com a pessoa com calma, meiguice e delicadeza

(habitualmente há rejeição e teimosia em relação ao que lhe é

proposto).

- Dar açúcar: 1 colher de sopa cheia ou 2 pacotes de açúcar.

Aguardar 2-3 minutos e repetir a operação até melhoria dos

sintomas. O açúcar deve ser “empapado em água” (não dissolvido,

mas sim misturado apenas com algumas gotas de água). Após

melhoria dar um bolo, pão ou bolachas e um copo de leite ou água.

Note bem:

Usar e abusar do açúcar à menor suspeita, pois tomado em exagero

de vez em quando não prejudica, enquanto a falta ou o atraso ataca

o cérebro e pode levar ao coma e à morte.

Primeiros Socorros

• Doente se consciente e capaz de

deglutir administrar de imediato

uma bebida açucarada

• Doente inconsciente ou muito

sonolento, deitar de lado e

administrar uma papa de açúcar, dentro

da bochecha, de forma a que não exista

risco de obstrução da via aérea

•Alimentar

Se está na dúvida se é uma hipoglicemia ou

hiperglicemia e se o doente for diabético, deve

administrar-se sempre açúcar.

Dificuldade Respiratória(“Falta de ar” ou “Dispneia”)

Dificuldade Respiratória

Sem gravidade Esforço físico extenuante

Desaparece, progressivamente, com o repouso

Grave •Agravamento de uma doença pulmonar ou cardíaca

•Intoxicação

Quando resulta:Considerada:

A maioria das situações de falta de ar no adulto têm

as seguintes causas:

• Asma (por «aperto» dos brônquios);

• Agravamento da bronquite crónica

(por acumulação de secreções);

• Edema pulmonar (por problemas cardíacos);

• Angina de peito ou enfarte agudo do miocárdio;

• Intoxicações (as mais frequentes por

inalação de fumos ou gases);

• Etc..

Medidas para evitar o agravamento da situação:

• Manter um ambiente calmo em redor da pessoa;

• Acalmar a pessoa;

• Manter a pessoa sentada sem que esta faça qualquer esforço;

• Ajudar a pessoa a respirar, pedindo a esta que inspire pelo nariz e

expire devagar pela boca (como se estivesse a cheirar uma flor e a

apagar uma vela);

• Identificar doenças anteriores e a medicação da pessoa;

• Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:

• Aguardar pelo socorro.

ASMA

O que é a asma?

Trata-se de uma patologia brônquica crónica, cujo sintoma

principal é a grande dificuldade respiratória. Esta resulta da

diminuição do calibre dos brônquios (por espasmo brônquico), que

desencadeia a opressão, a sufocação e os sibilos.

Normalmente, aparece com inflamação da mucosa brônquica, a

qual é responsável pelo aumento das secreções e aparecimento da

tosse.

Durante uma crise, os músculos que rodeiam os brônquios

contraem-se e o doente inspira e, sobretudo, expira muito

dificilmente, como se o fizesse através de uma palinha entupida.

Sinais e Sintomas

- Tosse seca e repetitiva - Dificuldade em respirar - Respiração sibilante, audível, ruidosa ("pieira" e/ ou "farfalheira").

- Ar aflito, ansioso. - Respiração rápida e difícil. - Pulso rápido, palidez e suores. - Prostração, apatia ("ar parado")

Note bem:Na fase de agravamento da crise, a respiração é muito difícil, lenta e há cianose nas extremidades, isto é, as unhas e os lábios estão

arroxeados.

PRIMEIROS SOCORROS:

Desdramatizar a situação. É importante controlar a ansiedade da pessoa falando-lhe calmamente e assegurando ajuda prontamente

Ficar com a pessoa num local arejado onde não haja pó, cheiros ou fumos

Colocá-la numa posição que facilite a respiração

(sentada numa cadeira com os braços apoiados numa mesa ou nas costa da cadeira)

Contactar a família

Se houver conhecimento do tratamento aconselhado pelo médico, poder-se-á administrar

Se não houver melhoria transportar para o hospital

Inalação de broncodilatadores

A inalação de broncodilatadores efectua-se através do uso de nebulizadores.

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