aula 02 videoarte

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Profª Venise Melo/UFMS

FUNDAMENTOS DO DESENHO

E DA IMAGEM DIGITAL

AULA02

vídeo-instalações

videoarte

Tentativa de mapeamento (breve) da produção artística no campo de intersecção entre arte, ciência e tecnologia:

1. Arte em movimento (cinética)2. Arte e meios de comunicação (videoarte)3. Arte e computador (Hipermídia ou webart)

Toda arte é feita com os meios de seu tempo.

Por que então o artista de nosso tempo recusaria o vídeo, o computador, a Internet, os programas de modelação, processamento e edição de imagem, a engenharia genética?

Desde suas primeiras experiências, a videoarte sempre esteve marcada por figurasnormalmente avessas à comunicação, como o ruído, a distorção, a metamorfose.

APROPRIAÇÃO E SUBVERSÃO DO MEIO

Ao contrário do cinema, A VIDEOARTE não está interessada em encenar uma história, em apresentar uma narrativa, seja ela linear,fragmentada ou labiríntica.

INACABADADESCONTÍNUAFRAGMENTADADISPERSA

VIDEOARTE:imagem distorcida, decomposta, suja, sobreposta e desintegrada.

IMAGEM RENASCIDA

Na VIDEOARTE, portanto, é a própria imaterialidade que importa, a imagem não mais como janela para o mundo, mas como realidade em si mesma, como um mundo próprio dotado de matéria, corpo, textura própria.

O grande convidado, neste domínio, é o corpo, o sensível, o sentir.

O Grupo Fluxus foi um movimento de músicos, cineastas, escritores liderados por George Maciunas, que marcou as artes das décadas de 1960 e 1970, influenciadas por

Marcel Duchamp e John Cage.

artistas,

Grupo FLUXUS

Livrem o mundo da doença burguesa ,da cultura "intelectual", profissional e

comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata.

Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística , para ser compreendida por todos, não apenas pelos críticos, diletantes

e profissionais. Aproximem e amalgamem os revolucionários culturais, sociais e políticos em

uma frente unida de ação.(Maciunas apud WOOD, 2001:23)

Arte múltiplaValorizando a criação coletiva, esses

artistas integravam diferentes linguagens como música, cinema e

dança, se manifestando principalmente através de performances, happenings,

instalações, entre outros suportes transitórios e inovadores para a época

01

de criar composições não-narrativas e aleatórias, incorporando ruídos e

interferências, inspirou os artistas na tentativa de dialogar com o cotidiano em

seus trabalhos.

Objetivo

Transdiciplinaridade (hibridismo)Projetos colaborativosPostura anti-arteArte anti-institucionalistaCrítica ao modernismoObra aberta a interpretaçõesAcasoArte e cotidiano (aproximação)Arte evento e processo (efemeridade)Arte e vidaArte instalada, parte do espaço cotidianoArte para ser vivenciadaPerformance/happening/ instalações e videoarte

Movimento Dadaísta Obra de Marcel Duchamp

Contestação dos valoresApropriação de elementos do cotidiano A arte deve ser compreendida, por isso

deve estar no cotidiano.

Referências

John CageJoseph Beuys

Wolf Vostell Nam June Paik

Yoko Onoentre outros.

Surgiu na década de 1960, como meio artístico, num contexto

no qual os artistas procuravam uma arte contrária à comercial.Entre seus princípios está

a crítica à televisão

Videoarte

contra-televisão

Subversão do meio.

Os artistas do Grupo Fluxus procuravam, atravésdos novos suportes

audiovisuais, criar uma espécie de “contra-televisão”.

Flux Films 02

Nam June PaikeExperimentalismodistorções do fluxo televisivo

03

Paik foi o primeiro artista a enxergar no vídeo uma mídia maleável, fluída, uma

forma capaz de abandonar as estruturas discursivas formais e de operar a um

nível mais transcendente.

Wolf VostellTelevision Decollage

04

A Videoarte gera uma comunicabilidade plena,livre das leis de perspectiva, das

regras de composição, das amarras sintáticas tradicionais.

Conceitualismo, experimentalismo

Ações performáticas, produção de sentidos,

VIVÊNCIA.

Artistas pós década 70

1ª pessoa, intimista e performática2ª Geração Videoarte

Ed Emshwiller 5

Bruce Nauman 6

Bill Viola 7

entre outros.

Viola propõe pensarmos no potencial estético da imagem, no uso dos

componentes de montagem e do vídeo para incitar efeitos por vezes

destituídos de uma lógica cronológica “narrativa” ou “real”.

Artistas pós década 80

O ambiente faz parte da obra: videoinstalações

3ª Geração Videoarte

Gary Hill 8

Douglas Gordon 9

Pipilotti Rist 10

Tony Oursler 11

entre outros

A Videoarte se transforma em video-instalação: arte multimídia, múltipla.

A complexidade do espaço, da luz, do plano, da forma, do som, do movimento, do

homem e das múltiplas possibilidades de combinar todos estes elementos.

Tudo convergindo para o sensorial, os sentidos sendo levados ao hipertudo.

Múltiplas telas e projeções com o objetivo de expandir o horizonte visual e

intensificar a experiência sensorial

Eder Santos Kika Nicolela13

igor Amin 14

12

Videoarte Nova Geração

Outros exemplos:profª Venise 15 (Digineurais e

Todos os corpos no mesmo espaço 16)e anônimo.

http://www.arthurtuoto.com/

http://bek.no/~hc/dowloads.htm

http://www.iar.unicamp.br/pesquisas/videoartedigital/videointernetarga.htm

http://brocolis.org/videoarte/home.htm

para assitir:

O lugar da representação e do sujeito é questionado, re-trabalhado,

redimensionado. As novas tecnologias de imagem permitem a criação de um espaço

e de objetos, sem recurso a qualquer materialidade prévia, sem qualquer relação

a referentes preexistentes.

A videoarte surge como o meio privilegiado no qual o artista pode expor as suas

obsessões, fragilidades, sonhos; explorar a sua fisicalidade, exorcizar das suas

memórias, medos, fobias etc., de forma intima, autônoma e privada.

Longe de se deixar escravizar pelas normas de trabalho, pelos modos

estandardizados de operar e de se relacionar com as máquinas, longe ainda de se deixar seduzir pela festa de efeitos

e clichês que atualmente dominam o entretenimento de massa, o artista digno

desse nome busca se reapropriar das tecnologias eletrônicas numa perspectiva

inovadora, fazendo-as trabalhar em benefício de suas idéias estéticas.

Mais do que nunca, chegou a hora de traçar uma diferença nítida entre o que é, de um

lado, a mera produção industrial de desenhos agradáveis para as mídias de

massa e, de outro, a busca de uma ética e uma estética para a era tecnológica.

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