atualização da 7ª edição do manual de direito...
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Atualização da 7ª edição do Manual de Direito Previdenciário
Hugo Goes
Orientações:
Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:
1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho.
2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul.
3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.
Página 6 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
1.8 Ministério da Previdência Social
Em 1971, foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS); A partir de 1º de
fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominar-se
Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a
Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério.
Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), desvinculado
do Ministério do Trabalho (Lei 6.036, de 1º de maio de 1974).
A Lei 8.028, de 12 de abril de 1990, extinguiu o Ministério da Previdência e Assistência
Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
A Lei 8.490, de 19 de novembro de 1992, extinguiu o Ministério do Trabalho e da
Previdência Social e restabeleceu o Ministério da Previdência Social (MPS) e o Ministério do
Trabalho.
A Medida Provisória 813, de 1° de janeiro de 1995, transformou o Ministério da
Previdência Social (MPS) em Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).
A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e
Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS).
Atualmente, a assistência social está vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.
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Páginas 13 e 14 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho;
Acrescentar o azul.
Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem ingressado
no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima
referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplica-se o
limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)
da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o
teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16).
Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$4.390,24.
De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de
Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão
fiscalizador da autorização de aplicação dos regulamentos dos planos de benefícios de qualquer
das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades
fechadas de previdência complementar é a PREVIC.
No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC
MPS/PREVIC/DITEC 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Executivo
Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da
Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.
Portanto, para os servidores federais que tiverem ingressado no serviço público a partir dessa
data, aplica-se o teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da
União.
No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo
Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a
vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo
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Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União.
No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da
União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser
administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder
Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud para
os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os magistrados
federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério
Público.
2 Conceituação
Página 26 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
3.3. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (CF, art. 194,
parágrafo único, III)
A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios
e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a
atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de
proteção.1 Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos apenas aos
“necessitados”; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão concedidos aos
beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual
a R$ 1.025,81).2
1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87.
2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF 19, de 10/01/2014.
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Página 99 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar
o verde.
O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por pequeno prazo
determinado ou de trabalhadores eventuais autônomos, em épocas de safra, à razão de, no
máximo, 120 pessoas por dia dentro do no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou,
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de 8 horas/dia e 44 horas/semana
não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de
auxílio-doença. (Lei 8.213/91, art. 11, §7º). Esta relação pessoas/dia significa o seguinte: o
segurado especial poderá, por exemplo, contratar dois empregados e mantê-los por até 60 dias.
Se contratar 4 empregados, poderá mantê-los por 30 dias, e assim por diante. Contratando uma
quantidade de empregados superior ao limite estabelecido, o produtor rural torna-se contribuinte
individual.
A duração do contrato de emprego rural por pequeno prazo será de, no máximo, dois
meses dentro do período de um ano. A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que,
dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho
por prazo indeterminado (Lei nº 5.889/73, art. 14-A, § 1º).
Para verificar se a quantidade de trabalhadores contratados pelo segurado especial
ultrapassa ou não o limite estabelecido em lei, multiplica-se a quantidade de trabalhadores pela
quantidade de dias trabalhados. O resultado dessa multiplicação não pode superar 120.
2.1.4.2 Local da residência do segurado especial
Página 104 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
V – A utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesanal; e
VI – A associação em cooperativa agropecuária; e
VII – a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI sobre o produto das
atividades desenvolvidas nos termos do § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91.
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Conforme o § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91, a participação do segurado especial em
sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de
empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou
agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar 123/2006, não o exclui
de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma
estabelecida na Lei 8.213/91, art. 11, VII e § 1º, a pessoa jurídica componha-se apenas de
segurados de igual natureza [ou seja, apenas de segurados especiais] e sedie-se no mesmo
Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades.
Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado
diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do
Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI (Lei nº 8.212/91, art. 25, § 11).
Em regra, nos contratos de parceria ou meação, somente o outorgado (quando exerce a
atividade individualmente ou em regime de economia familiar) é segurado especial. Todavia, à luz
do art. 11, § 8º, I, da Lei nº 8.213/91, também será considerado segurado especial o outorgante
que tenha imóvel rural com área total de, no máximo, quatro módulos fiscais, que ceder em
parceria, meação ou comodato até 50% do imóvel rural, desde que outorgante e outorgado
continuem a exercer a atividade individualmente ou em regime de economia familiar.
Página 105 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.
III – Exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso3, não
superior a 120 dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no §
13 do art. 12 da Lei nº 8.212/91;4
3 Defeso é o período em que a pesca é proibida para garantir a reprodução dos peixes.
4 Lei 8.212/91, art. 12, § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 e no § 14 deste artigo não dispensa o recolhimento
da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos dispositivos.
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Páginas 139 e 140 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
A inscrição do segurado em qualquer categoria exige a idade mínima de 16 anos, exceto a
do aprendiz, que é permitida a partir dos 14 anos.
A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo
familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação: (a) da forma do exercício da
atividade, se individual ou em regime de economia familiar; (b) da condição no grupo familiar, se
titular ou componente; (c) do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código
Brasileiro de Ocupações; (d) da forma de ocupação do titular vinculando-o à propriedade ou
embarcação em que trabalha; (e) da propriedade em que desenvolve a atividade, se nela reside ou
o município onde reside; e (f) quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável
pelo grupo familiar.
A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo
familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que
desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o
caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar (Lei 8.213/91, art. 17, §
4º).
O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário do imóvel rural
ou da embarcação em que desenvolve sua atividade deve informar, no ato da inscrição, conforme
o caso, o nome e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou
assemelhado (RPS, art. 18, § 8º).
Simultaneamente com a inscrição do segurado especial, será atribuído ao grupo familiar
número de Cadastro Específico do INSS – CEI, para fins de recolhimento das contribuições
previdenciárias (Lei 8.213/91, art. 17, §6º).
O produtor rural pessoa física, poderá realizar contratação de trabalhador rural por
pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. Entende-se por pequeno
prazo aquele limitado a 2 (dois) meses dentro do período de 1 (um) ano. A filiação e a inscrição
deste trabalhador na Previdência Social decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo
empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social – GFIP (Lei 5.889/73, art. 14-A).
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Página 175 – Na última coluna da tabela, acrescentar a linha azul.
O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO
⇨ Aposentadoria por
invalidez
⇨ Aposentadoria por
idade
⇨ Aposentadoria por
tempo de contribuição
⇨ Aposentadoria especial
⇨ Aposentadoria da
pessoa com deficiência
⇨ Auxílio-doença
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Páginas 176 e 177 – Acrescentar as linhas azuis.
O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO
Aposentadoria
Especial
Sim Não (Obs. 3) Não Não
Aposentadoria
por tempo de
contribuição da
pessoa com
deficiência
Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não
Aposentadoria
por idade da
pessoa com
deficiência
Sim Sim Sim Não
Auxílio-doença Sim Sim Sim Não
[...]
Observações:
1) O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de
trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o segurado
facultativo que contribuam com a alíquota de 11% ou 5% sobre um salário mínimo,
não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição (Lei nº 8.213/91, art. 18, §
3º), nem à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência (RPS,
art. 70-B e art. 199-A).
2) O segurado especial somente terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição e
à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência se contribuir,
facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário-de-contribuição (RPS, art. 39,
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§ 2º, II e art. 70-B, parágrafo único).
3) A pessoa física filiada à cooperativa de trabalho ou de produção, mesmo sendo
considerado contribuinte individual, faz jus ao benefício da aposentadoria especial.
Página 182 – Acrescentar o azul.
Benefício Carência
Aposentadoria por idade, por tempo de
contribuição, especial e aposentadoria da
pessoa com deficiência.
Em regra, 180 contribuições mensais.
Aposentadoria por invalidez e auxílio-
doença.
Em regra, 12 contribuições mensais.
Salário-maternidade. Para as seguradas contribuinte individual,
especial e facultativa: 10 contribuições
mensais.
Página 186 – Acrescentar o azul.
O RESTANTE DA TABELA PERMANECE INALTERADO
Benefício Salário de benefício (SB)
Aposentadoria por idade, aposentadoria por
tempo de contribuição e aposentadoria da
pessoa com deficiência.
Média aritmética simples dos maiores
salários de contribuição correspondentes a
80% de todo o período contributivo,
multiplicada pelo fator previdenciário.
O fator previdenciário é obrigatório na
aposentadoria por tempo de contribuição e
facultativo na aposentadoria por idade e na
aposentadoria da pessoa com deficiência.
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Página 187 – Acrescentar o azul.
Tratando-se de aposentadoria por idade e de aposentadoria da pessoa com deficiência, o
INSS calculará o salário-de-benefício de duas formas diferentes: a primeira, aplicando o fator
previdenciário; a segunda, sem a aplicação do fator previdenciário. Será concedido ao segurado o
que resultar mais vantajoso.
Página 194 – Alterar o verde.
Tábua de expectativa de vida – IBGE 2012 – ambos os sexos
Idade exata Expectativa de vida Idade exata Expectativa de vida
45 anos 33,9 anos 56 anos 24,7 anos
46 anos 33,0 anos 57 anos 23,9 anos
47 anos 32,1 anos 58 anos 23,2 anos
48 anos 31,3 anos 59 anos 22,4 anos
49 anos 30,4 anos 60 anos 21,6 anos
50 anos 29,6 anos 61 anos 20,9 anos
51 anos 28,8 anos 62 anos 20,1 anos
52 anos 27,9 anos 63 anos 19,4 anos
53 anos 27,1 anos 64 anos 18,7 anos
54 anos 26,3 anos 65 anos 18,0 anos
55 anos 25,5 anos 66 anos 17,3 anos
Páginas 195 e 196 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Exemplo 1: Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 17 anos de
idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a
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tabela do IBGE, é de 32,1 anos. Qual é o valor do fator previdenciário?
Resposta:
Es = 32,1;
Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres);
Id = 47;
a = 0,31.
f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = 0,53
32,1 100
Exemplo 2: Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos de contribuição, requereu
aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 18,0
anos. Qual é o valor do fator previdenciário?
Resposta:
Es = 18,0;
Id = 65;
Tc = 34;
a = 0,31.
f = 34 x 0,31 x [1 + (65 + 34 x 0,31) ] = 1,03
18 100
O Plenário do STF, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, entendeu constitucional o fator
previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação
dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999.
1.3 Limites da renda mensal do benefício
A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário mínimo
(hoje, R$724,00), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje, R$4.390,24),5
respeitados os direitos adquiridos.
5 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF 19, de 10/01/2014.
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Página 201 – Alterar o verde.
Os benefícios do RGPS serão reajustados na mesma data de reajuste do salário mínimo,
mas não necessariamente pelo mesmo índice de reajuste do salário mínimo. Em janeiro de 2014,
por exemplo, os benefícios do RGPS foram reajustados em 5,56% (Portaria MPS/MF 19/2014),
enquanto o salário mínimo foi reajustado em 6,78% (Decreto 8.166/2013).
Páginas 209 – Acrescentar o azul.
A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos
casos, recuperar-se. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer
tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a
exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito
e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue,
que são facultativos. Os exames médico-periciais serão realizados bienalmente.
O Estatuto do Idoso assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perícia
médica do INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou
conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde – SUS, para expedição do laudo de saúde
necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária (Lei 10.741/2003, art. 15, §
6º).
O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a
realização de nova avaliação médico-pericial.
Páginas 246 e 247 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado
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a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e
cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física (RPS, art. 64).
A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante
o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo
de 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso.
A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação, durante o período
mínimo de quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso:
I – do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e
II – da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas
nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de
trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou
esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa. A avaliação qualitativa de riscos
e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:
I – das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou
associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a
jornada;
II – de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no item
anterior; e
III – dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a
intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato.
Como exceção à regra geral, a presença no ambiente de trabalho de agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador (RPS, art. 68, § 4º). Nesse
caso, não se leva em consideração o critério quantitativo. A simples existência do agente seria
potencialmente suficiente para produzir a patologia e, portanto, não haveria nível seguro de
exposição. Sendo assim, uma vez exposto, teria direito o segurado ao tempo especial.
Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não
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ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do
cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço
(RPS, art. 65).
O termo intermitente significa algo que para e recomeça (sofre interrupções). O que não
sofre interrupções é ininterrupto. O que sofre várias interrupções é intermitente.
Página 248 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar
o verde.
2.4.1 Comprovação da exposição
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emitido pela empresa ou seu
preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico
do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho (RPS, art. 68, § 3º). A cooperativa de trabalho
e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra
elaborarão o referido formulário com base nos laudos técnicos de condições ambientais de
trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em estabelecimento
da contratante (RPS, art. 68, § 11).
O PPP é o documento histórico-laboral do trabalhador que, entre outras informações, deve
conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos.
A empresa deverá elaborar e manter atualizado o PPP, abrangendo as atividades
desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou
do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento.
Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção
coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de
proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites
de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.
As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os
limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os
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procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho – Fundacentro.
O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador ao agente nocivo
presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de concentração superior
aos limites de tolerância estabelecidos.
O INSS definirá os procedimentos para fins de concessão da aposentadoria especial,
podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as
informações contidas no PPP e no laudo técnico.
No referido laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de
proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das
normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo
INSS. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de
comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às
penalidades previstas na legislação.
O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial,
podendo, se necessário, confirmar as informações contidas no mencionado laudo técnico.
A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador,
contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá
ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho,
sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável. Considera-se perfil
profissiográfico o documento com o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído
pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o
nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de
monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes. O trabalhador ou seu
preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico,
podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do
ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da
Previdência Social.
Nas avaliações ambientais, deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do
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RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na hipótese de não terem sido
estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao
Ministério do Trabalho e Emprego definir outras instituições que os estabeleçam.
2.4.2 Agentes nocivos
Página 251 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a
condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas
o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados
após conversão, conforme tabela abaixo, devendo ser considerada a atividade preponderante
para efeito de enquadramento. Na referida conversão, não serão considerados os períodos em
que a atividade exercida não estava sujeita a condições especiais. A mencionada conversão será
feita segundo a tabela abaixo:
Página 259 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
Todavia, de acordo com o parágrafo único do art. 69 do RPS, se o segurado retornar ao
exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, que prejudiquem sua
saúde ou integridade física, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que
seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, terá sua aposentadoria especial
automaticamente cessada, a partir da data do retorno à atividade o segurado que retornar ao
exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo
IV do RPS, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de
prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do
pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão
da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação
foi encerrado. Além disso, o STJ tem admitido a renúncia à aposentadoria sob regime geral para
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efeito de aproveitamento do respectivo tempo de contribuição em Regime Próprio de Previdência
Social.6
Páginas 260 e 261 – Acrescentar o azul.
Cessação do
benefício
Em regra, com a morte do segurado, mas também cessará se o
segurado retornar a atividade que o sujeite aos agentes
nocivos, que prejudiquem sua saúde ou integridade física.
2.5 Aposentadoria da pessoa com deficiência
No tocante aos segurados portadores de deficiência, o § 1º do art. 201 da Constituição
Federal prevê a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria,
nos termos definidos em lei complementar.
A Lei Complementar 142, de 8 de maio de 2013, regulamentou o § 1º do art. 201 da
Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime
Geral de Previdência Social – RGPS.
A aposentadoria da pessoa com deficiência pode ser por tempo de contribuição ou por
idade.
2.5.1 Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência
A aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, cumprida a
carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual e facultativo, que cumpra os seguintes requisitos:
I – aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência
grave;
II – aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com
6 STJ, REsp 663.336/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5ª T, DJ 07/02/2008, p. 1.
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deficiência moderada; e
III – aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com
deficiência leve.
Para uma melhor memorização, repito os requisitos acima por meio de uma tabela:
O segurado especial, desde que recolha contribuições com alíquota de 20% sobre o salário
de contribuição, durante os períodos supramencionados, também terá direito à aposentadoria por
tempo de contribuição da pessoa com deficiência.
O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro
Social – INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim (LC 142/2013, art. 5º).
A existência de deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar 142/2013
deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo
obrigatória a fixação da data provável do início da deficiência. A comprovação de tempo de
contribuição na condição de segurado com deficiência em período anterior à entrada em vigor da
Lei Complementar 142/2013 não será admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal. A
Lei Complementar 142/2013 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 09/05/2013 e,
conforme o seu artigo 11, entrou em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação
oficial.
É assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado
com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público
ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente (LC
142/2013, art. 9º, II).
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2.5.1.1 Segurado que, após a filiação ao RGPS, torna-se pessoa com deficiência, ou tem seu grau
de deficiência alterado
Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver
seu grau de deficiência alterado, o tempo de contribuição será proporcionalmente ajustado e os
respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o
grau de deficiência preponderante:
Dica: Não precisa memorizar a tabela acima. Para calcular o multiplicador de uma forma
rápida e simples, basta dividir o “tempo para” pelo “tempo de”. Por exemplo, para
encontrar o multiplicador da conversão de um tempo de 25 anos para 33 anos, basta
dividir 33 por 25, que é igual a 1,32.
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O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo
de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo
necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a
conversão (RPS, art. 70-E, § 1º). Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de
pessoa sem deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após
aplicação da conversão (RPS, art. 70-E, § 2º).
Exemplo:
João trabalhou 30 anos como empregado da empresa Delta S.A, na condição de pessoa
com deficiência. Durante os primeiros 8 anos de trabalho, a deficiência tinha grau leve e
nos 22 anos seguintes, grau moderado. Nesse caso, o grau de deficiência preponderante é
o moderado, cuja aposentadoria exige, para homem, 29 anos de contribuição. Os primeiros
8 anos serão multiplicados por 0,88, para fins de ajuste (de 33 para 29), resultando em 7,04
anos. Depois do ajuste, o segurado passa a ter 29,04 anos de contribuição (7,04 + 22 =
29,04). Como a aposentadoria do homem com deficiência moderada exige, no mínimo, 29
anos de contribuição e João já conta com 29,04 anos, conclui-se que ele já adquiriu direito
à aposentadoria.
2.5.1.2 Conversão do tempo de contribuição especial para fins de aposentadoria por tempo de
contribuição da pessoa com deficiência
A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência, prevista na Lei
Complementar 142/2013, não poderá ser acumulada, no tocante ao mesmo período contributivo,
com a redução assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física (LC 142/2013, art. 10).
É, contudo, garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com
deficiência, para fins da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, se
resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo:
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Dica: Não precisa memorizar a tabela acima. Para calcular o multiplicador de uma forma
rápida e simples, basta dividir o “tempo para” pelo “tempo de”. Por exemplo, para
encontrar o multiplicador da conversão de um tempo de 20 anos para 29 anos, basta
dividir 29 por 20, que é igual a 1,45.
Exemplo:
Mateus foi, durante 10 anos, empregado do Hospital Alfa S.A., onde trabalhava como
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operador de máquina de Raio-X, com efetiva exposição a radiações ionizantes. Esse tipo de
atividade dá direito à aposentadoria especial aos 25 anos de contribuição. Em seguida,
Mateus ficou durante 2 anos desempregado, época em que adquiriu deficiência sensorial
leve. Nos últimos 20 anos, Mateus trabalha como empregado da empresa Beta S.A., sem
nenhuma exposição a agentes nocivos, mas continua sendo portador de deficiência de
grau leve. Nesse caso, a aposentadoria exige, para homem, 33 anos de contribuição. Para
efeito de conversão do tempo especial (de 25 para 33), os primeiros 10 anos serão
multiplicados por 1,32, resultando em 13,2 anos. Depois da conversão, o segurado passa a
ter 33,2 anos de contribuição (13,2 + 20 = 33,2). Como a aposentadoria do homem com
deficiência leve exige, no mínimo, 33 anos de contribuição e Mateus já conta com 33,2
anos, conclui-se que ele já adquiriu direito à aposentadoria.
É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de
concessão da aposentadoria especial (RPS, art. 70-F, § 2º).
2.5.2 Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência
A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao
segurados aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se
mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de
contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período
(RPS, art. 70-C).
Para uma melhor memorização, repito os requisitos acima por meio de uma tabela:
Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, é assegurada a conversão
do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de
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cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência
(RPS, art. 70-F, § 3º).
2.5.3 Beneficiários
Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados como
pessoas com deficiência são beneficiários da aposentadoria da pessoa com deficiência de que
trata a Lei Complementar 142/2013.
Contudo, vale frisar que, para o segurado especial ter direito à aposentadoria por tempo
de contribuição da pessoa com deficiência, é necessário que ele recolha contribuições com
alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, durante os períodos de contribuição exigidos para
fins de concessão dessa aposentadoria.
Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata a Lei Complementar
142/2013, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que
tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de
deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa
com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos
para o benefício (RPS, art. 70-A).
É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie
de aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa (LC 142/2013, art. 9º, V).
2.5.4 Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, seja por
idade ou por tempo de contribuição, é de 180 contribuições mensais (RPS, art. 29, II; art. 70-B e
art. 70-C).
Vale, contudo, frisar que a Lei Complementar 142/2013 não prevê a necessidade de
cumprimento de carência para a concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência. De
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acordo com a referida lei complementar, bastaria comprovar o tempo de contribuição. O
cumprimento do período de carência é uma exigência dos artigos 70-B e 70-C do Regulamento da
Previdência Social (Decreto 3.048/99). Temos aqui mais um caso polêmico, em que o Regulamento
extrapola o texto legal.
2.5.5 Renda mensal inicial
No caso da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, a renda
mensal inicial será de 100% do salário de benefício.
No caso da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, a renda mensal inicial será
de 70% mais 1% do salário de benefício por grupo de 12 contribuições mensais. O valor dessa
aposentadoria não pode exceder a 100% do salário de benefício.
No cálculo do salário de benefício da aposentadoria da pessoa com deficiência, seja por
idade ou por tempo de contribuição, o fator previdenciário somente será aplicado se resultar em
renda mensal de valor mais elevado (LC 142/2013, art. 9º, I).
Quadro-resumo – Aposentadoria da pessoa com deficiência
Fato gerador I – 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência grave;
II – 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência moderada;
III – 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência leve; ou
IV – 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher,
independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de
contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual
período.
Beneficiários Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados
como pessoas com deficiência.
Carência 180 contribuições mensais.
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Renda mensal I – No caso da aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do SB.
II – No caso da aposentadoria por idade: 70% do SB + 1% do SB para cada grupo de
12 contribuições mensais. Não pode superar 100% do SB.
2.6 Auxílio-doença
Página 279 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
2.8. Salário-família
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao trabalhador
avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$1.025,81,7 na proporção do
respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição, até 14 anos de idade ou
inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83).
[...]
Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste
aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.025,81.
2.8.1 Beneficiários
Página 281 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho.
I – R$35,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$682,50; e
II – R$24,66, para o segurado com remuneração mensal superior a R$682,50 e igual ou
inferior a R$1.025,81.
Os valores acima são os vigentes a partir de 1º/01/2014, de acordo com a Portaria MPS/MF
19, de 10/01/2014. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção
dos demais benefícios do RGPS.
7 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a R$1.025,81 não têm
direito ao salário-família.
Páginas 282 e 283 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho.
Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se remuneração
mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da
soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MPS/MF
19/2014, art. 4º, § 1º). O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que
seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente
trabalhados (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 2º).
Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como
parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no
inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de salário-
família (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 3º).
[...]
Exemplo:
Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em comum,
quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) e João (4 anos).
A remuneração mensal de Maria é R$800,00, e a de Joaquim, R$900,00. Neste caso, Maria
receberá três cotas de salário-família, sendo R$24,66 o valor de cada cota, perfazendo um
total de R$73,98. Joaquim também receberá três cotas, sendo R$24,66 o valor de cada
cota, perfazendo um total de R$73,98. Note-se que, apesar da existência de quatro filhos,
cada um dos segurados só terá direito a três cotas de salário-família, pois o primeiro filho
(Mateus) já tem mais de 14 anos de idade.
No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário-família, um valor total de
R$147,96 (que corresponde a 73,98 + 73,98). Quando a empresa Beta S.A. for recolher as
contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados que lhes prestam
serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o pagamento de salário-
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família.
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês,
devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, § 2º). Já para o
empregado, a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses
de admissão e demissão (Portaria MPS/MF 19/2014, art. 4º, § 4º).
Página 286 – Alterar o verde.
O restante da tabela permanece como está.
Quadro-resumo – Salário-família
Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.025,81); e
Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.
Beneficiários a) Segurado empregado e trabalhador avulso;
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos
de idade, se mulher.
Carência Não é exigida.
Renda
mensal
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou
inválido. O valor da cota é de:
I – R$35,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a
R$682,50; e
II – R$24,66, para o segurado com remuneração mensal superior a R$608,80
e igual ou inferior a R$1.025,81.
[...]
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2.9 Salário-maternidade
Salário-maternidade é o benefício devido à segurada da Previdência Social em função do
parto, de aborto não criminoso, da adoção ou da guarda judicial obtida para fins de adoção de
criança pelo período estabelecido em lei, conforme o motivo da licença.
Páginas 288 e 289 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e
realçado em vermelho.
2.9.3. Adoção de criança
De acordo com o disposto no art. 71-A da Lei 8.213/91, o salário-maternidade é devido à
segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança com idade:
I – Até um ano completo, por 120 dias;
II – A partir de um ano até quatro anos completos, por 60 dias; ou
III – A partir de quatro anos até completar oito anos, por 30 dias.
Note-se que, nos termos do art. 71-A da Lei 8.213/91, a adoção de criança com idade
superior a 8 anos não dá direito ao salário-maternidade. Mas nos autos da Ação Civil Pública
5019632-23.2011.404.7200/SC, ajuizada pelo Mi- nistério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal
de Florianópolis declarou a inconstitucionalidade do art. 71-A, caput, no que diz respeito ao
fraciona- mento do salário-maternidade e sua previsão em período inferior a 120 dias. Na referida
ação, o juiz proferiu sentença determinando ao INSS que conceda salário-maternidade de 120 dias
às seguradas que adotaram ou que obtiveram a guarda judicial para fins de adoção de criança ou
adolescente independente- mente da idade do adotado. A referida sentença foi prolatada no dia
03/05/2012 e deve ser cumprida pelo INSS em âmbito nacional.
Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 dias (Lei 8.213/91,
art. 71-A).
Não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo
processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a
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Regime Próprio de Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 71-A, §2º). Ou seja, nos casos de adoção
ou guarda em conjunto, se ambos os adotantes forem segurados da Previdência Social, o salário-
maternidade somente será concedido a um dos adotantes.
O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter
recebido o mesmo benefício quando do nas- cimento da criança (RPS, art. 93-A, § 1º).
Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de
nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem
como, deste último, tratar-se de guarda para fins de adoção. (RPS, art. 93-A, § 3º).
O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação
de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge (marido) ou companheiro da
segurada (RPS, art. 93-A, § 2º). Na adoção realizada por casal, somente a mulher receberá o
salário-maternidade, pois este benefício é restrito às seguradas. Se o adotante for,
exclusivamente, o homem, não haverá qualquer pagamento de salário-maternidade.
Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido
um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade (RPS, art. 93-A, § 4º).
2.9.4 Beneficiários
Todas as seguradas do RGPS têm direito ao salário-maternidade.
Com o advento da Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013, em caso de adoção ou guarda
judicial para fins de adoção de criança, o segurado do sexo masculino também pode receber o
salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. Ou seja, agora, em caso de adoção
ou guarda judicial para fins de adoção de criança, o benefício poderá ser concedido ao segurado
ou à segurada. Mas não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do
mesmo processo de adoção ou guarda.
Em princípio, por razões naturais, em caso de parto e aborto não criminoso, apenas as
seguradas do sexo feminino fazem jus ao benefício.
Em suma, podemos dizer que:
a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RPGPS têm direito ao
salário-maternidade;
b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os
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segurados e todas as seguradas têm direito ao salário-maternidade.
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria
direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no
caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-
maternidade (Lei 8.213/91, art. 71-B).
Exemplo:
João é casado com Maria, sendo ambos segurados do RGPS, na condição de empregados.
Maria morreu durante o parto, mas o bebê sobreviveu. Nesse caso, João terá direito ao
recebimento do salário-maternidade pelo período de 120 dias.
2.9.5 Situação da desempregada
Página 293 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.
Também como exceção à regra geral, na hipótese de adoção ou guarda judicial para fins de
adoção, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social, mesmo que o
adotante seja segurado empregado (Lei 8.213/91, art. 71-A, parágrafo único).
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria
direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no
caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-
maternidade. Nesse caso, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o
período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário.
Para os segurados trabalhador avulso, empregado doméstico, especial, contribuinte
individual e facultativo, em relação a todos os fatos geradores, o salário-maternidade será pago
diretamente pela Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 72, §3º e art. 73).
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2.9.9 Incidência de contribuição previdenciária
Páginas 294 e 295 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e
realçado em vermelho.
2.9.12 Período de duração
O período de duração do salário-maternidade será:
I – Em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto).
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser
aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.
II – Em caso de aborto não criminoso: duas semanas.
III – Em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.
a) Se a criança tiver até 1 ano completo: 120 dias;
b) A partir de 1 ano até 4 anos completos: 60 dias;
c) A partir de 4 anos até completar 8 anos: 30 dias.
Contudo, vale frisar que nos autos da Ação Civil Pública 5019632- 23.2011.404.7200/SC,
ajuizada pelo Ministério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal de Florianópolis proferiu
sentença determinando ao INSS que conceda salário-maternidade de 120 dias às seguradas que
adotaram ou que obtiveram a guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente
independentemente da idade do adotado. A referida sentença foi prolatada no dia 03/05/2012 e
deve ser cumprida pelo INSS em âmbito nacional.
Em caso de parto, em regra, os 120 dias serão contados da seguinte forma: 28 dias antes
do parto + o dia do parto + 91 dias após o parto. Contudo, em muitos casos, é difícil definir o dia
exato do parto, que pode não ocorrer na data marcada. Por isso, em caso de parto antecipado ou
não, a segurada sempre terá direito aos 120 dias.
Páginas 296 e 297 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e
realçado em vermelho.
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Frise-se, contudo, que o objetivo da Lei 11.770/2008 não é a prorrogação do salário-
maternidade (benefício previdenciário), e sim da licença-maternidade (direito trabalhista). O prazo
de duração do salário-maternidade continua o mesmo visto no item anterior.
2.9.14 Suspensão do benefício
A percepção do salário-maternidade está condicionada ao afastamento do segurado do
trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício (Lei 8.213/91, art.
71-C).
2.9.15 Cessação do benefício
O pagamento do salário-maternidade cessa:
a) Após o decurso do prazo legal (visto no tópico 2.8.10);
b) Pelo óbito da segurada do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a ser
pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado);
c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período de
estabilidade.
2.9.16 Óbito do beneficiário
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria
direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no
caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-
maternidade (Lei 8.213/91, art. 71-B). O pagamento do benefício deverá ser requerido até o
último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. Nesse caso, o
salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data
do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre:
I – a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;
II – o último salário de contribuição, para o empregado doméstico;
III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados
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em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e
desempregado; e
IV – o valor do salário mínimo, para o segurado especial.
Exemplo:
João é casado com Maria, sendo ambos segurados do RGPS, na condição de empregados. A
remuneração mensal de Maria é um salário mínimo e a de João é de R$ 20.000,00. Maria
morreu durante o parto, mas o bebê sobreviveu. Nesse caso, João terá direito ao
recebimento do salário-maternidade pelo período de 120 dias. A renda mensal do salário-
maternidade a ser recebido por João será de R$ 20.000,00.
No exemplo acima, João também terá direito ao benefício de pensão por morte. Não há
impedimento legal para o recebimento conjunto dos benefícios de salário-maternidade e pensão
por morte.
Quadro-resumo – Salário-maternidade
Fato gerador a) Parto;
b) Aborto não criminoso; ou
c) Adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança de até 8 anos de idade.
Beneficiários Todas as seguradas.
a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RPGPS;
b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os
segurados e todas as seguradas.
Carência a) Contribuinte individual e facultativa: 10 contribuições mensais;
b) Segurada especial: exercício de atividade rural nos últimos 10 meses anteriores à
data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto,
mesmo que de forma descontínua;
c) Empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica: independe de carência.
Renda mensal a) Empregada e trabalhadora avulsa: remuneração integral, limitada ao subsídio dos
Ministros do STF;
b) Empregada doméstica: seu último salário de contribuição;
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c) Segurada especial: um salário mínimo;
d) Contribuinte individual e facultativa: 1/12 da soma dos 12 últimos salários de
contribuição, apurados em período não superior a 15 meses.
Pagamento a) Será pago pela empresa à segurada empregada, nos casos de parto e aborto não
criminoso;
b) Para os demais segurados, será pago diretamente pela previdência social, para
qualquer fato gerador.
c) No caso de adoção de criança, será pago diretamente pela previdência social,
mesmo que a adotante seja segurada empregada;
d) Caso o empregador seja um MEI, será pago diretamente pela previdência social,
para qualquer fato gerador;
e) No caso de falecimento do beneficiário antes do término do salário-maternidade,
será pago diretamente pela Previdência Social ao cônjuge ou companheiro
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado.
Período de
duração
I – Em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois do
parto). Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto
podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.
II – Em caso de aborto não criminoso: duas semanas.
III – Em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.
a) Se a criança tiver até 1 ano completo: 120 dias;
b) A partir de 1 ano até 4 anos completos: 60 dias;
c) A partir de 4 anos até completar 8 anos: 30 dias.
Cessação do
benefício
a) Após o decurso do prazo legal (período de duração);
b) Pelo óbito da segurada do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a
ser pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de
segurado);
c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período de
estabilidade.
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Página 312 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, restringiu a
concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com
o art. 13 da Emenda Constitucional nº 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário-família e
auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão
concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, que, até
a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime
geral de previdência social”. Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos
índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a
R$1.025,81.8
Página 313 – Alterar o verde.
Assim, para que os dependentes tenham direito ao auxílio-reclusão é necessário que o
segurado:
a) Tenha sido recolhido à prisão;
b) Não receba remuneração da empresa;
c) Não esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em
serviço; e
d) Desde que o seu último salário-de-contribuição seja igual ou inferior a R$1.025,81.
Página 315 – Alterar o verde
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até doze
8 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os
dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do salário-de-contribuição do segurado
recluso ser superior a R$1.025,81 9 (RPS. art. 118, parágrafo único).
Páginas 371 e 372 – Alterar o verde.
Em valores atualizados, a partir de 01/01/2014, a tabela de contribuição destes segurados
é a seguinte:
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA
Até 1.317,07 8%
De 1.317,08 a 2.195,12 9%
De 2.195,13 até 4.390,24 11%
[...]
A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será
demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$ 2.196,00,
e Pedro, R$ 2.195,00. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o
desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro.
Vejamos:
Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do
segurado
Remuneração líquida
João R$2.196,00 11% R$241,56 R$1.954,44
Pedro R$2.195,00 9% R$197,55 R$1.997,45
A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias é diferente da utilizada para
o cálculo do imposto de renda. No cálculo do imposto de renda da pessoa física não ocorre a
distorção verificada no exemplo acima.
A contribuição do segurado só incide até o teto do salário-de-contribuição (que atualmente
é R$ 4.390,24). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar R$4.390,24, o segurado não paga
9 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais adiante) incide sobre a
remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração mensal é de R$ 5.000,00 terá
descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$ 482,93 (que é o equivalente
a 11% de R$ 4.390,24). Mas a contribuição da empresa incidirá sobre R$ 5.000,00.
Página 373 – Alterar o verde.
Exemplo 2: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.
Empresa Remuneração Salário de
contribuição
Alíquota Contribuição
Alfa S.A. 3.000,00 3.000,00 11% 330,00
Beta S.A. 2.000,00 1.390,24 11% 152,93
Total 5.000,00 4.390,24 11% 482,93
Neste caso, a empresa Beta S.A. descontará a contribuição do segurado somente sobre o
valor que falta para atingir o limite máximo do salário-de-contribuição. Em ambas as empresas a
alíquota a ser aplicada é de 11%.
Exemplo 3: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.
Empresa Remuneração Salário de
contribuição
Percentual Contribuição
Alfa S.A. 5.000,00 4.390,24 11% 482,93
Beta S.A. 3.000,00 - - -
Total 8.000,00 4.390,24 11% 482,93
Neste caso, a empresa Beta S.A. não descontará a contribuição do segurado, pois ele já
contribui sobre o teto na empresa Alfa S.A.
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Páginas 374 e 375 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e
realçado em vermelho.
O produtor rural pessoa física supramencionado pode ser, inclusive, um segurado especial.
Vale lembrar que o segurado especial poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo
determinado, em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 pessoas por dia no ano civil, em
períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não
sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-
doença (Lei 8.213/91, art. 11, §7º).
É segurado obrigatório do RGPS, como empregado, o trabalhador rural contratado por
produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei 5.889/73, para o exercício de atividades
de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano (RPS,
art. 9º, I, “r”). A contribuição deste empregado, qualquer que seja a remuneração, será sempre de
8% sobre o respectivo salário de contribuição (Lei 5.889/73, art. 14-A, §5º). Ou seja, neste caso
não se aplica a tabela progressiva de 8%, 9% ou 11%.
No caso em tela, cabe ao produtor rural pessoa física descontar (reter) a contribuição
previdenciária dos empregados a seu serviço e recolhê-la até o dia vinte do mês subsequente ao
da competência. Mas se o empregador for um segurado especial, ele está obrigado a arrecadar a
contribuição dos trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao
da competência, antecipando para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente
bancário naquela data (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º).
O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar na forma aqui definida
apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base
de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho
Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os
recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 32-C).
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2.3.1.3 Contribuição do contribuinte individual
Página 376 – Alterar o verde.
Exemplo:
Paulo, bombeiro hidráulico, reformou a estrutura hidráulica da residência de Rosana e
cobrou R$700,00 pelo serviço. Este foi o único serviço prestado por Paulo durante o mês
de março de 2014. Neste caso, a contribuição previdenciária de Paulo, referente à
competência 03/2014, será de R$140,00 (que corresponde a 20% de R$700,00). Paulo terá
até o dia 15/04/2014 para recolher sua contribuição por iniciativa própria, pois, neste caso,
Rosana (pessoa física) não tem a obrigação de descontar a contribuição do segurado
contribuinte individual.
Se no caso acima exposto, a remuneração recebida por Paulo fosse, por exemplo, de
R$5.000,00, a contribuição que o segurado teria de recolher seria de R$878,05 (que corresponde a
20% de R$4.390,24). Se a remuneração de Paulo tivesse sido de R$400,00, sua contribuição seria
de R$144,80 (que corresponde a 20% de R$724,00). É assim por que a contribuição do
contribuinte individual deve respeitar os limites (mínimo e máximo) do salário-de-contribuição.
Páginas 377 e 378 – Alterar o verde.
Exemplo: No dia 02/02/2014, a advogada Rosana (segurada contribuinte individual)
prestou serviço à empresa Alfa S.A. e recebeu R$ 7.000,00 pelos serviços prestados. No dia
25/02/2014, Rosana prestou serviço à empresa Delta Ltda. e recebeu R$1.000,00 pelos
serviços prestados.
A empresa Alfa é obrigada a descontar da remuneração de Rosana a contribuição de
R$482,93 (que corresponde a 11% x R$4.390,24). Assim, a remuneração líquida que a
empresa Alfa pagou a Rosana foi de R$6.517,07 (que corresponde a R$7.000,00 –
R$482,93). A contribuição a cargo da empresa é de R$1.400,00 (que corresponde a 20% x
R$7.000,00). A empresa Alfa é obrigada a recolher a contribuição descontada de Rosana
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juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20/03/2014. Neste caso, o valor a ser
recolhido pela Empresa Alfa é de R$1.882,93 (que corresponde a R$1.400,00 + R$482,93).
A empresa Delta Ltda. não é obrigada a efetuar nenhum desconto na remuneração de
Rosana, pois, no mês de fevereiro de 2014, a segurada já contribuiu sobre o limite máximo
do salário-de-contribuição (R$4.390,24). Todavia, a empresa Delta é obrigada a recolher a
contribuição a seu cargo, no valor de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00).
Se, no exemplo acima, a Remuneração de Rosana na empresa Alfa tivesse sido de
R$4.000,00 (em vez de R$7.000,00), a contribuição descontada da segurada pela empresa Alfa
seria de R$440,00 (que corresponde a 11% x R$4.000,00). Na empresa Delta (mantendo-se a
remuneração de R$1.000,00), a contribuição descontada seria de R$42,93 (que corresponde a 11%
x R$390,24). Ou seja, a empresa Delta descontaria a contribuição da segurada sobre o valor que
faltava para atingir o teto de R$4.390,24.
O contribuinte individual contratado por pessoa jurídica obrigada a proceder à arrecadação
e ao recolhimento da contribuição por ele devida, cuja remuneração recebida ou creditada no
mês, por serviços prestados a ela, for inferior ao salário mínimo, é obrigado a complementar sua
contribuição mensal, diretamente, mediante a aplicação da alíquota 20% sobre o valor que faltar
para atingir o salário mínimo (Lei 10.666/2003, art. 5º e RPS, art. 216, § 27). Caso não efetue a
complementação, a contribuição não será considerada para fins de contagem de tempo de
contribuição nem de carência.
Exemplo: Pedro, contribuinte individual, prestou serviço para a empresa Beta S.A.
recebendo uma remuneração de R$400,00. Este foi o único serviço prestado por Pedro
durante o mês de abril de 2014. Neste caso, a empresa descontará da remuneração de
Pedro a quantia de R$44,00 (que corresponde a 11% x R$400,00), sendo obrigada a
recolher o valor descontado, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia
20/05/2014. Pedro terá de recolher, por iniciativa própria, até o dia 15/05/2013, a
contribuição de R$64,80 (que corresponde a 20% de R$324,00) para complementar sua
contribuição mensal.
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Página 380 – Alterar o verde.
Exemplo 2: Um contribuinte individual (um eletricista, por exemplo) prestou serviço a
outro contribuinte individual (um médico, por exemplo, em seu consultório particular) e
recebeu uma remuneração de R$5.000,00.
● Neste caso, o salário-de-contribuição do eletricista é R$4.390,24.
● Contribuição do segurado (sem dedução) = R$878,05 (que corresponde a 20% de
R$4.390,24).
● Contribuição patronal do médico (contribuinte individual equiparado a empresa) =
R$1.000,00 (que corresponde a 20% de 5.000,00).
● Dedução (sem aplicação do limite máximo) = R$450,00 (que corresponde a 45% de
1.000,00).
● Limite máximo da dedução = R$395,12 (que corresponde a 9% x 4.390,24).
● Contribuição do segurado = R$482,93 (que corresponde a R$878,05 – R$395,12).
Páginas 390 e 391 – Alterar o verde
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Direito à
Aposentadoria
por tempo de
contribuição
Situação Base de cálculo Alíquota
Com direito Regra geral
Salário de contribuição,
respeitados os limites de
R$724,00 a R$4.390,24.10
20%
Sem direito Regra geral Um salário mínimo. 11%
10
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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Segurado facultativo
sem renda própria
que se dedique
exclusivamente ao
trabalho doméstico
no âmbito de sua
residência, desde que
pertencente a família
de baixa renda.
Um salário mínimo. 5%
Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, a
sua contribuição será de 20% sobre o seu salário-de-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 21, caput).
Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele declarado, observado o
limite máximo de R$4.390,24 e o limite mínimo de um salário mínimo mensal (atualmente,
R$724,00).
Páginas 399 a 401 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.
Saliente-se que o sujeito passivo desta contribuição é a empresa contratante (tomadora do
serviço), e não a cooperativa de trabalho. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE 15% INCIDENTE
SOBRE A NOTA Fiscal. ART. 22, IV, DA Lei nº 8.212/1991, ALTERADA PELA Lei nº
9.786/1999. COOPERATIVA. RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO. TOMADOR DO SERVIÇO DOS
COOPERADOS. 1. O art. 121 do Código Tributário Nacional estabelece como sujeito passivo
a pessoa obrigada ao pagamento de determinado tributo ou penalidade pecuniária,
dizendo-se contribuinte quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador, e responsável quando, sem se revestir da condição de
contribuinte, seu encargo decorre de disposição expressa em lei. 2. A Lei nº 8.212/1991,
em seu art. 22, IV, apenas mencionou como sujeito passivo da obrigação tributária
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referente à contribuição de 15% incidente sobre nota fiscal ou fatura a empresa tomadora
de serviços, e não a cooperativa de trabalho, que é a empresa prestadora de serviços.
Assim, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuição é da empresa tomadora dos
serviços [...]11
No caso de contratação de cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, na
atividade de transporte rodoviário de carga ou passageiro, a contribuição a cargo da empresa
contratante será de 15% sobre a parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos
cooperados, que não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura (RPS, art. 201, § 20).
Além do valor dos serviços prestados pelos cooperados, o valor bruto da nota fiscal ou fatura
inclui também outros custos, como combustível, manutenção dos veículos etc. Por isso, neste
caso, a base de cálculo da contribuição não é o valor total da nota fiscal ou fatura, mas somente o
valor da parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos cooperados. Contudo, o
valor da base de cálculo não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura.
Será devida contribuição adicional de 9%, 7% ou 5%, a cargo da empresa tomadora de
serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota
fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente (Lei
10.666/2003, art. 1º, §1º). Assim, se o cooperado, em razão da sua exposição aos agentes nocivos,
tiver direito à aposentadoria especial, a empresa tomadora do serviço deverá suportar, além dos
15%, o ônus adicional de 9%, 7% ou 5%, conforme o tipo de agente nocivo. Neste caso, as
alíquotas totais da contribuição em comento poderão alcançar 24%, 22% ou 20% sobre o valor
bruto da nota fiscal ou fatura. Para fins de cálculo deste adicional, será emitida nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a
concessão de aposentadoria especial (RPS, art. 202, §12). Ou seja, se na prestação de serviço há
cooperados expostos e cooperados não expostos aos agentes nocivos, a cooperativa deve emitir
uma nota fiscal relativa aos cooperados expostos, e outra nota fiscal relativa aos cooperados não
expostos aos agentes nocivos.
A contribuição previdenciária em comento tem sido questionada judicialmente pelos
contribuintes. A Confederação Nacional da Indústria – CNI propôs a Ação Direta de
11
STJ, AgRg no AgRg no AgRg no Ag 1352316/SC, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 22/06/2011.
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Inconstitucionalidade – ADIn 2594, que tem por objetivo obter a declaração de
inconstitucionalidade do artigo 22, inciso IV, da Lei 8.212/91. O STF ainda não julgou a ADIn 2594.
No âmbito do STJ, os argumentos dos contribuintes não têm sido acolhidos. Confira, nesse
sentido, a seguinte decisão do STJ:
TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DEVIDA PELO TOMADOR DE SERVIÇO –
ART. 22, IV DA LEI 8.212/91 – VIOLAÇÃO DO ART. 135 DO CTN: INOCORRÊNCIA. 1. O
legislador, ao exigir do tomador do serviço contribuição previdenciária de 15% (quinze por
cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços que lhe são
prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, nos termos do art.
22, IV da Lei nº 8.212/91 (com a redação dada pela Lei nº 9.876/99), em nenhum momento
valeu-se da regra contida no art. 135 do CTN, que diz respeito à desconsideração da
personalidade da pessoa jurídica para que seus representantes respondam pessoalmente
pelo crédito tributário nas hipóteses que menciona. 2. A referência a “cooperados” contida
no art. 22, IV da Lei nº 8.212/91 diz respeito tão somente ao fato de que, embora firmado
o contrato com a cooperativa de trabalho, o serviço, efetivamente, é prestado pela pessoa
física do cooperado. 3. Inexistência de ofensa ao art. 135 do CTN. 4. Recurso especial
improvido.12
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, declarou a
inconstitucionalidade de dispositivo da Lei 8.212/1991 (artigo 22, inciso IV) que prevê a
contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor de serviços prestados por meio de
cooperativas de trabalho. A decisão foi tomada na sessão do dia 23/04/2014, no julgamento do
Recurso Extraordinário (RE) 595.838/SP, com repercussão geral reconhecida. Vale frisar que uma
vez reconhecida a existência de repercussão geral, a tese jurídica objeto da decisão do STF deverá
ser observada posteriormente pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão
idêntica (CPC, art. 543-B). A repercussão geral apresenta o chamado efeito multiplicador, ou seja,
o de possibilitar que o STF decida uma única vez e que, a partir dessa decisão, uma série de
processos idênticos seja atingido. O Tribunal, dessa forma, delibera apenas uma vez e tal decisão é
12
STJ, REsp. 787.457/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T, DJ de 23/08/2007, p. 247
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multiplicada para todas as causas iguais. Os recursos localizados nas instâncias inferiores que
tenham o mesmo tema ficam sobrestados, ou seja, o andamento desses processos é suspenso
para aguardar a decisão do Supremo. Uma vez que o STF resolve o mérito da questão, dizendo se
é constitucional ou não determinada lei, por exemplo, todos esses recursos são decididos à luz do
que o Supremo julgou, garantindo isonomia às decisões.
No julgamento do RE 595.838/SP, o STF entendeu que a contribuição previdenciária em
tela não poderia ter sido instituída por meio de lei ordinária.
Para ser instituída por meio de lei ordinária, a referida contribuição teria de encontrar
fundamento de validade em algum dos quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal. Caso
contrário, tal contribuição só poderia ter sido instituída por meio de Lei Complementar (CF, art.
195, § 4º, e art. 154, I). Analisando os quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal, o único
que poderia fundamentar a referida contribuição seria o inciso I, alínea “a”, que prevê a incidência
de contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
[...]
Observe que para a contribuição da empresa se enquadrar no art. 195, I, “a”, da
Constituição Federal, a pessoa que lhe presta serviço há de ser física, e não uma pessoa jurídica.
Os cooperados são pessoas físicas, mas a cooperativa de trabalho é uma pessoa jurídica. No caso
em tela, quem está prestando serviço à empresa é a cooperativa ou os cooperados? No
julgamento do RE 595.838/SP, o STF entendeu que o prestador do serviço é a cooperativa de
trabalho. Por esta razão, declarou a inconstitucionalidade da contribuição previdenciária prevista
na Lei 8.212/91, art. 22, IV.
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2.3.2.4 Contribuição da empresa para o RAT (antigo SAT)
Página 407 – Alterar o verde.
(na tabela, as 4 primeiras linhas permanecem inalteradas).
Exemplo: No mês de abril de 2014, o resumo da folha de pagamento dos segurados que
prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte:
[...]
Mateus 20% x 5.000,00 0,00 11% x 4.390,24 1.482,93
TOTAL R$ 1.600,00 R$ 174,96 R$ 742,93 2.517,89
A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia
20/05/2014, o valor de R$ 2.517,89. Ressalte-se que, neste valor, estão incluídas a parcela da
contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados.
Página 426 – Alterar o verde
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
O salário-família é devido ao empregado com salário de contribuição de até R$1.025,81.13
Páginas 428 e 429 – Alterar o verde.
Se, por exemplo, a empregada doméstica tem uma remuneração mensal de R$5.000,00, a
contribuição do empregador doméstico será de R$526,83 (que corresponde a 12% de R$4.390,24).
A contribuição que o empregador doméstico descontará da empregada doméstica será de
R$482,93 (que corresponde a 11% de R$4.390,24). Neste caso, o empregador doméstico recolherá
aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, o valor de R$1.009,76 (que 13
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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corresponde à soma das duas contribuições).
Se no exemplo anterior a remuneração mensal da empregada doméstica fosse R$1.000,00,
a contribuição do empregador doméstico seria de R$120,00 (correspondente a 12% de
R$1.000,00). A contribuição que o empregador doméstico descontaria da empregada doméstica
seria de R$80,00 (correspondente a 8% de R$1.000,00). Neste caso, o empregador doméstico
recolheria aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, a quantia de R$200,00
(correspondente à soma das duas contribuições).
Página 439 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Segurado Conceito do salário de contribuição Limites
Mínimo Máximo
Empregado e
Trabalhador
avulso
A remuneração auferida em uma ou
mais empresas, assim entendida a
totalidade dos rendimentos pagos,
devidos ou creditados a qualquer
título, durante o mês, destinados a
retribuir o trabalho, qualquer que seja
a sua forma, inclusive as gorjetas, os
ganhos habituais sob a forma de
utilidades e os adiantamentos
decorrentes de reajuste salarial, quer
pelos serviços efetivamente prestados,
quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços,
nos termos da lei ou do contrato ou,
O piso salarial
legal ou
normativo da
categoria ou,
inexistido piso
salarial, o salário
mínimo, tomado
no seu valor
mensal, diário ou
horário,
conforme o
ajustado e o
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_________
Empregado
doméstico
_________
Contribuinte
individual
_________
Facultativo
ainda, de convenção ou acordo
coletivo de trabalho ou sentença
normativa;
_______________________
A remuneração registrada na carteira
profissional e/ou na Carteira de
Trabalho e Previdência Social.
___________________________
A remuneração auferida em uma ou
mais empresas ou pelo exercício de sua
atividade por conta própria, durante o
mês.
_____________________________
O valor por ele declarado.
tempo de
trabalho efetivo
durante o mês.
_____________
O salário mínimo
mensal
(atualmente,
R$724,00)
R$4.390,24 14
Página 442 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
O salário-maternidade é considerado salário de contribuição (Lei 8.212, art. 28, §2º), sendo
o único benefício do RGPS que sofre a incidência da contribuição previdenciária. Mas no
julgamento do Resp 1322945 / DF, a Primeira Seção do STJ alterou a jurisprudência até então
dominante na Corte e decidiu que não incide contribuição previdenciária sobre o valor do salário-
maternidade.15 No julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão
realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela incidência de contribuição previdenciária sobre o salário
maternidade. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de julgamento dos
recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como paradigma a ser
observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-
14
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 15
STJ, Resp 1322945 / DF, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 08/03/2013.
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C, § 7º).
IV – Valores recebidos a título de prorrogação da licença-maternidade.
Páginas 444 a 445 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
O terço constitucional incidente sobre as férias também integrará o salário de contribuição,
desde que as férias sejam gozadas. A ideia é a de que se sobre o principal incide a contribuição,
haverá também a incidência sobre o acessório. Tendo as férias gozadas natureza salarial, o terço
também tem. Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na
sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência de contribuição previdenciária
sobre o terço constitucional de férias, mesmo quando as férias são gozadas. De acordo com o
entendimento do STJ, o terço constitucional de férias possui natureza
indenizatória/compensatória e não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre
ela não é possível a incidência de contribuição previdenciária. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS
foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a
ser considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se
depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º). Contudo, o STJ, após o julgamento da Pet
7.296/DF, realinhou sua jurisprudência para acompanhar o STF pela não incidência de contribuição
previdenciária sobre o terço constitucional de férias. Em prova de concurso, caso a questão
mencione a jurisprudência, o candidato deve posicionar-se a favor da não incidência de
contribuição sobre esta rubrica. Confira, nesse sentido, o seguinte julgado do STJ:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÕES
PREVIDENCIÁRIAS SOBRE ADICIONAL DE FÉRIAS. NÃO INCIDÊNCIA. ADEQUAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA DO STJ AO ENTENDIMENTO FIRMADO NO PRETÓRIO EXCELSO. 1. A
Primeira Seção do STJ considerava legítima a incidência da contribuição previdenciária
sobre o terço constitucional de férias. 2. Entendimento diverso foi firmado pelo STF, a
partir da compreensão da natureza jurídica do terço constitucional de férias,
considerado como verba compensatória e não incorporável à remuneração do servidor
para fins de aposentadoria. 3. Realinhamento da jurisprudência do STJ, adequando-se
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à posição sedimentada no Pretório Excelso, no sentido de que não incide Contribuição
Previdenciária sobre o terço constitucional de férias, dada a natureza indenizatória
dessa verba. [...].16
A jurisprudência consolidada do STJ é no sentido de afastar a contribuição previdenciária
do terço de férias também de empregados celetistas contratados por empresas privadas (AgRg no
REsp 1221674/SC, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJe 18/04/2011).
A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII do art. 7º da Constituição
Federal integra o salário de contribuição, no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas
antecipadamente na forma da legislação trabalhista.
Exemplo:
Lucas recebe uma remuneração mensal de R$1.500,00. Gozou suas férias no período de 21
de setembro a 20 de outubro. A empresa, em obediência à legislação trabalhista,
antecipou-lhe a remuneração de férias, pagando-lhe, ainda no mês de setembro, a quantia
de R$2.000,00 (férias acrescidas do terço constitucional). Nesse caso, em setembro, a
contribuição previdenciária relativa às férias incidirá sobre R$666,66 (10 dias de férias); em
outubro, a incidência da contribuição será sobre R$1.333,33 (20 dias de férias).
VII – 13º salário.
Páginas 446 a 447 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
Tem o adicional de horas extras natureza salarial e não indenizatória, pois remunera o
trabalho prestado após a jornada normal de trabalho. Assim sendo, incidirá contribuição
previdenciária sobre o valor da remuneração das horas extras.
A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na sessão realizada em
23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide contribuição previdenciária sobre o adicional de
horas extras. Vale frisar que o REsp 1.358.281/SP foi submetido à sistemática de julgamento dos
recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como paradigma a ser 16
STJ, AgRg no AgRg no REsp 1123792/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 17/03/2010.
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observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-
C, § 7º).
O STJ possui a orientação de que é possível a incidência de contribuição previdenciária
sobre os valores pagos a título de horas extras, tendo em vista o seu caráter remuneratório.17
IX – O valor total das diárias para viagem, quando excederem a 50% da remuneração mensal do
empregado.
Página 449 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
Os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno possuem caráter retributivo e,
portanto, natureza salarial. Assim, incidirá contribuição previdenciária sobre estes adicionais.
Confira, nesse sentido, a seguinte decisão do STJ:
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DOS EMPREGADORES. ARTS. 22 E 28 DA LEI
N.° 8.212/91. SALÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO. ADICIONAIS
DE HORA-EXTRA, TRABALHO NOTURNO, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. NATUREZA
SALARIAL PARA FIM DE INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA PREVISTA NO ART. 195, I, DA CF/88. SÚMULA 207 DO STF. ENUNCIADO 60
DO TST. 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que a
contribuição previdenciária incide sobre o total das remunerações pagas aos empregados,
inclusive sobre o 13º salário e o salário-maternidade (Súmula n° 207/STF). 2. Os adicionais
noturno, hora-extra, insalubridade e periculosidade possuem caráter salarial. Iterativos
precedentes do TST (Enunciado n.° 60). 3. A Constituição Federal dá as linhas do Sistema
Tributário Nacional e é a regra matriz de incidência tributária. 4. O legislador ordinário, ao
editar a Lei nº 8.212/91, enumera no art. 28, § 9°, quais as verbas que não fazem parte do
salário de contribuição do empregado, e, em tal rol, não se encontra a previsão de exclusão
17
STJ, AgRg no REsp 1270270/RN, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 17/11/2011.
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dos adicionais de hora-extra, noturno, de periculosidade e de insalubridade. 5. Recurso
conhecido em parte, e nessa parte, improvido.18
A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na sessão realizada em
23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide contribuição previdenciária sobre os adicionais
de insalubridade, periculosidade e trabalho noturno. Vale frisar que o REsp 1.358.281/SP foi
submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser
considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem
com questão idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º).
XI – Adicional de transferência.
Página 451 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
Nos termos do art. 60, §3º, da Lei 8.213/91, a natureza salarial do pagamento em tela é
incontestável. Assim, levando em consideração a literalidade da Lei, incide contribuição
previdenciária sobre o salário recebido pelo empregado referente aos 15 primeiros dias de
afastamento por motivo de doença ou acidente. Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a
egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência
de contribuição previdenciária sobre a importância paga nos quinze dias que antecedem o auxílio-
doença. De acordo com o entendimento do STJ, não obstante nesse período haja o pagamento
efetuado pelo empregador, a importância paga não é destinada a retribuir o trabalho, sobretudo
porque no intervalo dos quinze dias consecutivos ocorre a interrupção do contrato de trabalho, ou
seja, nenhum serviço é prestado pelo empregado. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi
submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser
considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem
com questão idêntica (CPC, art. 543-C, §7º). Contudo, o STJ, de forma reiterada, tem entendido
18
STJ, REsp 486697/PR, Rel. Min. Denise Arruda, 1ª T, DJ 17/12/2004, p. 420.
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não ser devida esta contribuição. Nesse sentido, confira o seguinte precedente:
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-DOENÇA. Não INCIDÊNCIA. 1. O
STJ pacificou o entendimento de que não incide Contribuição Previdenciária sobre a verba
paga pelo empregador ao empregado durante os primeiros quinze dias de afastamento por
motivo de doença, porquanto não constitui salário. 2. Recurso Especial provido.19
Em prova de concurso, caso a questão mencione a jurisprudência, o candidato deve
posicionar-se a favor da não incidência de contribuição previdenciária sobre o valor recebido pelo
empregado referente aos 15 primeiros dias de afastamento por motivo de doença ou acidente.
Página 452 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
Assim, analisando a literalidade dos dispositivos legais supramencionados, chegaríamos à
conclusão que o pagamento relativo ao período do aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à
incidência da contribuição previdenciária. Seguindo esta linha de raciocínio, conclui-se que o
período de aviso prévio (trabalhado ou não) conta como tempo de contribuição para fins de
aposentadoria.
Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão
realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência de contribuição previdenciária sobre o
aviso prévio indenizado. De acordo com o entendimento do STJ, se o aviso prévio é indenizado, no
período que lhe corresponderia o empregado não presta trabalho algum, nem fica à disposição do
empregador. Para o STJ, as importâncias pagas a título de indenização, que não correspondam a
serviços prestados nem a tempo à disposição do empregador, não ensejam a incidência de
contribuição previdenciária. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de
julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C), passando a ser considerado como
paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica
19
STJ, REsp 1181405 / RS, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe 06/04/2010.
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(CPC, art. 543-C, § 7º). Contudo, o STJ tem entendido que não incide contribuição previdenciária
sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado, por não se tratar de verba salarial.20 Em
prova de concurso, caso a questão mencione a jurisprudência, o candidato deve posicionar-se a
favor da incidência sobre o aviso prévio trabalhado e da não incidência sobre o aviso prévio
indenizado.
XVI – Comissões e percentagens.
Página 471 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul; Alterar
o verde.
A Lei 10.101/2000 dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados
da empresa. De acordo com o disposto no §2º do art. 3º dessa Lei, “é vedado o pagamento de
qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados
da empresa em periodicidade inferior a um semestre civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano
civil mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre
civil”.
Página 480 – Alterar o verde.
O salário mínimo é estabelecido em valor mensal, diário e horário. Conforme estabelece o
caput do art. 1º do Decreto 8.166/2013, “a partir de 1º/01/2014, o salário mínimo será de
R$724,00”. O parágrafo único do art. 1º determina que “em virtude do disposto no caput, o valor
diário do salário mínimo corresponderá a R$24,13 e o seu valor horário a R$3,29”.
Página 482 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o tachado e realçado em
vermelho.
20
STJ, REsp 1198964/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 04/10/2010.
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O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher a
contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de sua produção rural, caso
comercializem a sua produção, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro
produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial (Lei 8.212/91, art. 30, X). O produtor
rural pessoa física é obrigado a recolher essa contribuição deve ser recolhida até o dia 20 do mês
seguinte, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.
O segurado especial é obrigado a recolher essa contribuição até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao
da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário
naquele dia (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º).
O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou
trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores,
aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social
e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da
Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do
Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada
única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei
8.212/91, art. 32-C). O segurado especial está obrigado a recolher as contribuições previdenciárias
arrecadadas (descontadas) dos trabalhadores a seu serviço, os valores referentes ao FGTS e os
encargos trabalhistas sob sua responsabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da
competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele
dia (Lei 8.212/91, art. 32-C, §§ 3º e 5º). Por meio de ato conjunto dos Ministros de Estado da
Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego, essa sistemática de entrega das
informações e recolhimentos poderá ser estendida para o produtor rural pessoa física (Lei
8.212/91, art. 32-C, § 13).
De acordo com o art. 30, X, “a”, da Lei 8.212/91, o produtor rural pessoa física e o
segurado especial também são obrigados a recolher suas contribuições quando comercializem a
sua produção no exterior. Contudo, a própria Receita Federal do Brasil entende que a citada
contribuição não incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja
comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do
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§2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB
971/2009, art. 170). O referido dispositivo constitucional determina que as contribuições sociais
não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
Páginas 483 e 484 – Acrescentar a linha azul.
As demais linhas da tabela permanecem como estão.
Até 2 dias úteis após a
realização do evento.
A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de
espetáculos desportivos.
Até dia 7 do mês seguinte ao
da competência. Se não
houver expediente bancário,
o recolhimento deverá ser
antecipado para o dia útil
imediatamente anterior.
(Lei 8.212/91, art. 32-C, §§
3º e 5º)
a) Contribuição recolhida pelo segurado especial incidente
sobre a receita bruta da comercialização da produção
rural (Lei 8.212/91, art. 25);
b) Contribuição arrecadada pelo segurado especial dos
trabalhadores a seu serviço.
Até o dia 20 do mês seguinte
ao da competência, ou até o
dia útil imediatamente
anterior se não houver
expediente bancário
naquele dia.
a) As contribuições descontadas dos segurados empregados
e trabalhadores avulsos;
b) As contribuições descontadas do contribuinte in- dividual
(inclusive as descontadas do cooperado pela cooperativa
de trabalho);
c) As contribuições da empresa incidentes sobre a
remuneração de segurados empregado, trabalhador
avulso e contribuinte individual;
d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o
valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a
serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados,
por intermédio de cooperativas de trabalho;
e) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos
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em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de
obra ou empreitada;
f) As contribuições incidentes sobre a comercialização da
produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado
especial);
g) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio,
licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos.
Página 536 – Acrescentar o azul.
As referidas informações deverão ser apresentadas até o dia 30 de abril do ano seguinte ao
encerramento do exercício.
7.5 Segurado especial
O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou
trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores,
aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social
e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da
Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do
Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada
única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei
8.212/91, art. 32-C). Aqui temos dois tipos de obrigação tributária: o ato de apresentar as
informações é uma obrigação acessória; o ato de efetuar os recolhimentos é obrigação principal.
As informações prestadas no referido sistema eletrônico têm caráter declaratório,
constituem instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e encargos apurados e
substituirão, na forma regulamentada por ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da
Previdência Social e do Trabalho e Emprego, a obrigatoriedade de entrega de todas as
informações, formulários e declarações a que está sujeito o grupo familiar, inclusive as relativas ao
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recolhimento do FGTS (Lei 8.212/91, art. 32-C, § 2º).
Por meio de ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social e do
Trabalho e Emprego, essa mesma sistemática de entrega das informações e recolhimentos poderá
ser estendida para o produtor rural pessoa física que não se enquadre como segurado especial (Lei
8.212/91, art. 32-C, § 13).
8 Prazo de arquivamento de documentos
Páginas 547 a 549 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul;
Alterar do verde.
ATENÇÃO: excluir e acrescentar também as notas de rodapé.
Serão, portanto, inscritas como dívida ativa da União as contribuições previdenciárias que
não tenham sido recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas na GFIP (Lei
8.212/91, art. 39, §3º). Como o valor devido é declarado pelo próprio sujeito passivo, fica
dispensado o processo administrativo de natureza contenciosa. Confira, nesse sentido, o seguinte
julgado do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL – DÉBITO DECLARADO PELO
CONTRIBUINTE E PAGO A MENOR NO VENCIMENTO – DCTF OU GFIP – CONSTITUIÇÃO
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – APLICAÇÃO DO ART. 557 DO CPC. 1. Tem-se por pacificado
nesta Corte o entendimento de que declarado e não pago (ou pago a menor) o débito
no vencimento, a confissão do débito pelo contribuinte equivale à constituição do
crédito tributário, podendo ser imediatamente inscrito em dívida ativa,
independentemente de qualquer procedimento por parte do Fisco. Precedentes da
Primeira Seção e Primeira e Segunda Turmas. 2. Decisão monocrática que se enquadra
nas hipóteses previstas no art. 557 do CPC. 3. Agravo regimental não provido.21
TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS. DECLARAÇÃO DO DÉBITO PELO
CONTRIBUINTE. FORMA DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, INDEPENDENTE
DE QUALQUER OUTRA PROVIDÊNCIA DO FISCO. 1. A apresentação, pelo contribuinte,
de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF (instituída pela IN SRF
129/86, atualmente regulada pela IN SRF 395/04, editada com base nos arts. 5º do DL
21
STJ, AgRg no REsp 774291/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 02/10/2007, p. 231.
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2.124/84 e 16 da Lei nº 9.779/99) ou de Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA,
ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de formalizar a
existência (= constituir) do crédito tributário, dispensada, para esse efeito, qualquer
outra providência por parte do Fisco. Precedentes da 1ª Seção: AgRg nos ERESP
638.069/SC, DJ de 13.06.2005; AgRg nos ERESP 509.950/PR, DJ de 13.06.2005. 2. No
que se refere especificamente às contribuições sociais declaradas em GFIP (Guia de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), cuja apresentação
obrigatória está prevista no art. 32, IV, da Lei nº 8.212/91 (regulamentado pelo art.
225, IV e seus §§ 1º a 6º, do Decreto 3.048/99), a própria Lei instituidora é expressa no
sentido de que a referida declaração é um dos modos de constituição do crédito da
seguridade social (Lei nº 8.212/91, art. 33, § 7º, redação da Lei nº 9.528/97). 3. A falta
de recolhimento, no devido prazo, do valor correspondente ao crédito tributário assim
regularmente constituído acarreta, entre outras consequências, as de (a) autorizar a
sua inscrição em dívida ativa; (b) fixar o termo a quo do prazo de prescrição para a sua
cobrança; (c) inibir a expedição de certidão negativa do débito; (d) afastar a
possibilidade de denúncia espontânea. 4. Recurso especial a que se nega
provimento.22
TRIBUTÁRIO. APRESENTAÇÃO DE GFIP. DESNECESSIDADE DE LANÇAMENTO FORMAL
PELO FISCO.
1. A declaração de débito apresentada pelo devedor dispensa a formalização de
procedimento administrativo pelo Fisco, com vista a constituir definitivamente o
crédito tributário. Este entendimento está consolidado nesta Corte segundo o rito
reservado aos recursos repetitivos, REsp 1.143.094/SP, Rel. Min. Luiz Fux.
2. A interposição de agravo regimental para debater questão já apreciada em recurso
submetido ao rito do art. 543-C do CPC atrai a aplicação da multa prevista no art. 557,
§ 2º, CPC.
Agravo regimental improvido, com aplicação de multa.23
Para consolidar o seu entendimento sobre o tema em tela, o STJ editou a seguinte súmula:
Páginas 582 e 583 – Acrescentar o azul.
De acordo com o art. 151 do CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (I)
22
STJ, REsp 832394/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 1ª T, DJ 31/08/2006, p. 258. 23
STJ, AgRg no AREsp 313928/RN, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, 2ª Turma, DJe 26/08/2013.
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moratória; (II) o depósito do seu montante integral; (III) as reclamações e os recursos, nos termos
das leis reguladoras do processo tributário administrativo; (IV) a concessão de medida liminar em
mandado de segurança; (V) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial; (VI) o parcelamento.
Vale, contudo, frisar que de acordo com a jurisprudência do STJ, o pedido de parcelamento
do débito tributário interrompe a prescrição nos termos do art. 174, parágrafo único, IV, do CTN,
por representar ato inequívoco de reconhecimento da dívida. Assim, caso o devedor deixe de
cumprir o acordo de parcelamento celebrado, o prazo prescricional de 5 anos recomeça a fluir, em
sua integralidade, a partir da data do descumprimento.
Com o parcelamento, ocorre a SUSPENSÃO da exigibilidade do crédito tributário, mas não
ocorre a SUSPENSÃO do prazo prescricional. Com relação ao prazo prescricional, o parcelamento
provoca a sua INTERRUPÇÃO. Isso ocorre porque o parcelamento tributário só pode ser feito se o
contribuinte confessar a dívida tributária (reconhecimento do débito). E de acordo com o CTN, a
prescrição se interrompe, entre outras hipóteses, por qualquer ato inequívoco ainda que
extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor (CTN, art. 174, parágrafo
único, IV). Sobre esse tema, confira o seguinte julgado do STJ:
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. PARCELAMENTO. [...].
1. Nos termos da jurisprudência do STJ, o parcelamento suspende a exigibilidade do
crédito tributário e interrompe o prazo prescricional, que volta a correr no dia em que
o devedor deixa de cumprir o acordo.
[...]
(STJ, AgRg no REsp 1368317 / SE, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
DJe 26/08/2013).
2.4 Prescrição na restituição e compensação de contribuições
Páginas 615 e 616 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir e acrescentar também a nota de rodapé.
A falta da declaração mensal de informações, por intermédio da GFIP, impede a expedição
da certidão de prova de regularidade fiscal (CND ou CPD-EN), mesmo que tenham sido cumpridas
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as demais exigências (Lei 8.212/91, art. 32, §10). Nesse sentido, confira o seguinte julgado da
Segunda Turma do STJ:
TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO NEGATIVO. GFIP. AUSÊNCIA. ART. 32,
IV, § 10º DA 8.212/91. 1. Nos termos do artigo 32, IV, § 10º, da Lei nº 8.212/91, a falta
de apresentação das GFIPs é “condição impeditiva para expedição da prova de
inexistência de débito para com o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS”. 2. Recurso
especial provido.24
Posteriormente, contudo, o STJ mudou de posição, passando a entender que a falta de
apresentação de GFIP não legitima, por si só, a recusa do fornecimento de CND. Nesse sentido,
confira o seguinte julgado da Primeira Turma do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. ENTREGA
DA GFIP (Lei nº 8.212/91). ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO
ACESSÓRIA. AUTO DE INFRAÇÃO CONTENDO O LANÇAMENTO DE OFÍCIO SUPLETIVO
ACRESCIDO DA MULTA. INEXISTÊNCIA. RECUSA NO FORNECIMENTO DE CND.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/ STJ. 1. A mera alegação de descumprimento de
obrigação acessória, consistente na entrega de Guia de Recolhimento do FGTS e
Informações à Previdência Social (GFIP), não legitima, por si só, a recusa do
fornecimento de certidão de regularidade fiscal (Certidão Negativa de Débitos - CND),
uma vez necessário que o fato jurídico tributário seja vertido em linguagem jurídica
competente (vale dizer, auto de infração jurisdicizando o inadimplemento do dever
instrumental, constituindo o contribuinte em mora com o Fisco), apta a produzir
efeitos obstativos do deferimento de prova de inexistência de débito tributário. (...)25
Em prova de concurso público, se o enunciado da questão não fizer menção à
jurisprudência, o candidato deve seguir a literalidade da lei e considerar que a falta de entrega de
GFIP impede a expedição de CND ou de CPD-EN.
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
EXPEDIÇÃO DE CPD-EN. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. NÃO
APRESENTAÇÃO DA GFIP. IMPOSSIBILIDADE DA EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO REQUERIDA.
24
STJ, REsp 835341/MG, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., DJ 01/08/2006, p. 424. 25
STJ, REsp 944744/SC, Rel. Min. LUIZ FUX, 1ª T., DJe 07/08/2008.
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MATÉRIA PACIFICADA NO STJ. RECURSO REPETITIVO. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. "A Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei 9.528/97, determina que o
descumprimento da obrigação acessória de informar, mensalmente, ao INSS, dados
relacionados aos fatos geradores da contribuição previdenciária, é condição impeditiva
para expedição da prova de inexistência de débito (artigo 32, IV e § 10)" (REsp
1.042.585/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 21/5/10, julgado pela sistemática do 543-C do
CPC).
2. Agravo regimental não provido.26
6.4 Divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente recolhidos
Página 636 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
b) a folha de pagamento mensal não ultrapasse o valor de R$1.510,00, sendo este valor
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência
social. Atualmente, para que se aplique o disposto no § 3º do art. 337-A do CP, a folha de
pagamento mensal não pode ultrapassar a R$3.875,88.27
Página 647 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Por infração a qualquer dispositivo das Leis 8.212/91, 8.213/91 e 10.666/2003, para a qual
não haja penalidade expressamente cominada, fica o responsável sujeito a multa variável de R$
1.812,87 a R$ 181.284,63, conforme a gravidade da infração (RPS, art. 283).28
1. Valores das multas
I – a partir de R$1.812,87 nas seguintes infrações:
26
STJ, AgRg no REsp 1252945/PE, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, 1ª Turma, DJe 15/08/2013. 27
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 28
Os valores das multas previstas neste capítulo foram atualizados, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº
19, de 10/01/2014.
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Páginas 648 e 649 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
II – a partir de R$ 18.128,43 nas seguintes infrações:
[...]
e) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir
a apresentação do documento comprobatório de inexistência de débito na alienação ou oneração,
a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo permanente da empresa, de valor superior a
R$ 45.320,71;29
Página 654 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Multa: Pelo descumprimento dessas obrigações será aplicada multa de R$238,50 a
R$23.851,49, para cada competência em que tenha havido a irregularidade (RPS, art. 287, caput).30
Página 655 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
Multa: O descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa de R$
53.003,29 (RPS, art. 287, parágrafo único, I).31
b) Exigência de CND
A instituição financeira é obrigada a exigir das empresas com as quais tenham efetuado
operações de crédito que envolvam os mesmos recursos enumerados no item anterior.
29
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 30
Valores atualizados, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 31
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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Multa: O descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa de R$
265.016,44 (RPS, art. 287, parágrafo único, II).32
Página 656 – Alterar o verde.
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.
1.7 Demais infrações
As demais infrações a dispositivos da legislação, para as quais não haja penalidade
expressamente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$ 1.812,87 (RPS, art. 283, § 3º).33
Página 687 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
Exemplo:
Um servidor ocupante de cargo efetivo, que tenha ingressado no serviço público depois da
data da instituição da FUNPRESP, e que receba uma remuneração mensal de R$10.000,00,
contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$5.841,00 (que corresponde a 10.000,00
menos 4.159,00).
Exemplos
1. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de
R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público até a data da instituição da
FUNPRESP, mas a ela não tenha aderido, contribuirá para o RPPS da União com 11% de
R$10.000,00.
2. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de
R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público até a data da instituição da
FUNPRESP, e que a ela tenha aderido, contribuirá para o RPPS da União com 11% de
R$4.390,24.
32
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. 33
Valor atualizado, a partir de 1º/01/2014, pela Portaria MPS/MF nº 19, de 10/01/2014.
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3. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de
R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público depois da data da instituição da
FUNPRESP, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$4.390,24,
independentemente de ter aderido ou não à FUNPRESP.
4. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de
R$4.000,00, que tenha ingressado no serviço público antes ou depois da data da
instituição da FUNPRESP, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$4.000,00,
independentemente de ter aderido ou não à FUNPRESP.
Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou
quaisquer outras vantagens, excluídas:
Página 689 – Alterar o verde.
Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo
RPPS que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, com alíquota igual
ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (CF, art. 40, § 18). Quando o
beneficiário for portador de doença incapacitante, conforme definido pelo ente federativo e de
acordo com laudo médico pericial, a contribuição incidirá apenas sobre a parcela de proventos de
aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios
do RGPS (CF, art. 40, § 21). Atualmente, o limite máximo dos benefícios do RGPS é R$4.390,24.
Páginas 698 a 700 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.
Conforme determinação da Lei 9.717/98, art. 5º, parágrafo único, “fica vedada a concessão
de aposentadoria especial, nos termos do §4º do art. 40 da Constituição Federal, até que lei
complementar federal discipline a matéria”. Assim, o §4º do art. 40 da CF é uma norma de eficácia
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limitada, ou seja, enquanto não for editada lei complementar regulamentando a matéria, as
aposentadorias especiais não poderão ser concedidas. Contudo, o STF tem entendido que
enquanto não existir disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a
adoção, via pronunciamento judicial, das regras da aposentadoria especial do RGPS. Nesse
sentido, confira o seguinte julgado a seguinte Súmula Vinculante do STF:
Súmula Vinculante nº 33 – Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do
Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo
40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.
MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º
da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente
declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas
premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS.
Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação
jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS -
PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40,
§ 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria
especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria
aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.34
A decisão do STF supra está em consonância com o §12 do art. 40 da CF, que manda aplicar
ao RPPS, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o RGPS.
Portanto, enquanto a regulamentação do art. 40, §4º, da CF não for produzida, os
servidores portadores de deficiência, bem como os que exerçam atividades de risco, ou cujas
atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física poderão solicitar, via judicial, a aplicação analógica das regras da aposentadoria especial do
RGPS (Lei 8.213/91, arts. 57 e 58).
Em razão das decisões proferidas em Mandados de Injunção, em 27/10/2010, foi publicada
a Instrução Normativa MPS/SPS 1/2010, que estabelece instruções para o reconhecimento do
tempo de serviço público exercido sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física pelos Regimes Próprios de Previdência Social para fins de concessão de
34
STF, MI 721/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 30-11-2007, p. 29.
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aposentadoria especial aos servidores públicos amparados por ordem concedida, em Mandado de
Injunção, pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com o art. 7º da referida Instrução
Normativa, o procedimento de reconhecimento de tempo de atividade especial pelo órgão
competente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluídas as suas
autarquias e fundações, deverá ser instruído com os seguintes documentos:
I – formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais;
II – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, observado o disposto no
art. 9º, ou os documentos aceitos em substituição àquele, consoante o art.10;
III – parecer da perícia médica, em relação ao enquadramento por exposição a agentes
nocivos.
O formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais é o
modelo de documento instituído para o RGPS, segundo seu período de vigência, sob as siglas SB-
40, DISESBE 5235, DSS-8030 ou DIRBEN 8030, que serão aceitos, quando emitidos até 31 de
dezembro de 2003, e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é o formulário exigido a
partir de 1º de janeiro de 2004. O formulário será emitido pelo órgão ou entidade responsável
pelos assentamentos funcionais do servidor público no correspondente período de exercício das
atribuições do cargo.
Os julgados mais recentes do STJ vêm ratificando o entendimento de que o servidor
público ex-celetista que tenha exercido atividade laboral em condições insalubres possui direito à
contagem especial desse período de trabalho para fins de aposentadoria, de acordo com o
previsto na legislação vigente à época da prestação do serviço.35
Página 709 – Alterar o verde.
Atualmente, o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS é R$4.390,24.
35
STJ, AgRg no REsp 496813 / PB, Rel. Min. ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA, 6ª Turma, DJe 25/10/2012.
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Exemplo 1: Maria, servidora aposentada pelo RPPS, recebe proventos no valor de
R$10.000,00. Caso venha a falecer, a pensão por morte que Maria deixará para o conjunto
de seus dependentes será calculada da seguinte forma: 4.390,24 + 70% x (10.000,00 –
4.390,24) = 8.317,07.
Página 718 – Alterar o verde; Excluir o tachado e realçado em vermelho;
Acrescentar o azul.
Assim, para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem
ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência
Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de
benefícios, aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio
de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes
da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa
opção (CF, art. 40, § 16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$ 4.390,24.
De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de
Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão
fiscalizador da autorização de aplicação dos regu- lamentos dos planos de benefícios de qualquer
das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades
fechadas de previdência complementar é a PREVIC.
No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC
MPS/PREVIC/DITEC 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Exe- cutivo
Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da
Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.
Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder Executivo, que tiverem
ingressado no serviço público a partir dessa data de 04/02/2013, aplica-se o teto do RGPS às
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
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239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo
Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a
vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo
Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União. Portanto, para os servidores federais,
titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo e membros do Tribunal de Contas da União, que
tiverem ingressado no serviço público a partir de 07/05/2013, aplica-se o teto do RGPS às
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da
União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser
administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder
Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud,
para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os
magistrados federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional
do Ministério Público. Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder
Judiciário, magistrados, membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do
Ministério Público, que tiverem ingressado no serviço público a partir de 14/10/2013, aplica-se o
teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
11 Abono de permanência
Página 759 – Alterar o verde.
Embora o texto constitucional não determine expressamente, mas é óbvio que para aquele
servidor que tiver seus proventos de aposentadoria e pensão limitados ao teto do RGPS, a base de
cálculo de sua contribuição ao RPPS também obedecerá ao mesmo teto (atualmente, R$4.390,24).
Sendo assim, suponhamos um servidor ocupante de cargo efetivo que receba uma
remuneração mensal de 10.000 reais e tenha ingressado no serviço público após a instituição da
previdência complementar pública. Esse servidor contribuirá para o RPPS sobre R$4.390,24 (teto
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do RGPS). Mediante adesão facultativa, contribuirá para a previdência complementar pública
sobre R$ 5.609,76 (parcela da remuneração que excede ao teto do RGPS). Caso não tenha aderido
à previdência complementar, contribuirá somente para o RPPS sobre R$4.390,24.
Página 761 – Excluir o tachado e realçado em vermelho; Acrescentar o azul.
De acordo com o art. 30 da Lei 12.618/2012, considera-se instituído o Regime de
Previdência Complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão
fiscalizador da autorização de aplicação dos regu- lamentos dos planos de benefícios de qualquer
das entidades (Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud). O órgão fiscalizador das entidades
fechadas de previdência complementar é a PREVIC.
No Diário Oficial da União do dia 04/02/2013, foi publicada a Portaria PREVIC
MPS/PREVIC/DITEC nº 44/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano Executivo
Federal, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 04/02/2013, começa a vigência da
Funpresp Funpresp-Exe, para os servidores federais titulares de cargo efetivo do Poder Executivo.
Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder Executivo, que tiverem
ingressado no serviço público a partir dessa data de 04/02/2013, aplica-se o teto do RGPS às
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
No Diário Oficial da União do dia 07/05/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
239/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Poder Legislativo
Federal – LegisPrev, administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe. Assim, a partir do dia 07/05/2013, começa a
vigência da Funpresp para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo
Federal e para os membros do Tribunal de Contas da União. Portanto, para os servidores federais,
titulares de cargo efetivo do Poder Legislativo e membros do Tribunal de Contas da União, que
tiverem ingressado no serviço público a partir de 07/05/2013, aplica-se o teto do RGPS às
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
No Diário Oficial da União do dia 14/10/2013, foi publicada a Portaria MPS/PREVIC/DITEC
559/2013, com o objetivo de aprovar o Regulamento do Plano de Benefícios do Judiciário da
Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202
União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, a ser
administrado pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder
Judiciário – Funpresp-Jud. Assim, a partir do dia 14/10/2013, começa a vigência Funpresp-Jud,
para os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário Federal, para os
magistrados federais e para os membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional
do Ministério Público. Portanto, para os servidores federais, titulares de cargo efetivo do Poder
Judiciário, magistrados, membros do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do
Ministério Público, que tiverem ingressado no serviço público a partir de 14/10/2013, aplica-se o
teto do RGPS às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS da União.
De acordo com a Lei 12.618/2012, art. 4º, § 1º, a Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a
Funpresp-Jud serão estruturadas na forma de fundação, de natureza pública, com personalidade
jurídica de direito privado, gozarão de autonomia administrativa, financeira e gerencial e terão
sede e foro no Distrito Federal (Lei 12.618/2012, art. 4º, §2º). A Lei autoriza que, por ato conjunto
das autoridades competentes para a criação das referidas fundações, possa ser criada fundação
que contemple os servidores públicos de dois ou dos três Poderes (Lei 12.618/2012, art. 4º, §2º).
Amparados por estes dispositivos legais, foram criadas apenas a Funpresp-Exe e a Funpresp-Jud. O
Plano de Benefícios do Poder Legislativo Federal — LegisPrev é administrado pela Funpresp-Exe
(Portaria MPS/PREVIC/DITEC 559/2013). Assim, a Funpresp-Exe administra os planos de benefícios
do Poder Executivo Federal e do Poder Legislativo Federal.
A União, suas autarquias e fundações são responsáveis, na qualidade de patrocinadores,
pelo aporte de contribuições e pelas transferências às enti- dades fechadas de previdência
complementar das contribuições descontadas dos seus servidores.
Página 811 – Acrescentar o azul.
28 – É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação
judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário.
33 – Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência
Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III, da Constituição
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Federal, até edição de lei complementar específica.
Súmulas Comuns
Página 815 – Acrescentar o azul.
483 – O INSS não está obrigado a efetuar depósito prévio do preparo por gozar das prerrogativas e
privilégios da Fazenda Pública.
507 – A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e
a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei 8.213/1991
para definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho.
508 – A isenção da Cofins concedida pelo art. 6º, II, da LC n. 70/1991 às sociedades civis de
prestação de serviços profissionais foi revogada pelo art. 56 da Lei 9.430/1996.
3 Súmulas da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais
Página 819 – Acrescentar o azul.
68 – O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da
atividade especial do segurado.
69 – O tempo de serviço prestado em empresa pública ou em sociedade de economia mista por
servidor público federal somente pode ser contado para efeitos de aposentadoria e
disponibilidade.
70 – A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de
reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional.
71 – O mero contato do pedreiro com o cimento não caracteriza condição especial de trabalho
para fins previdenciários.
72 – É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em que houve
exercício de atividade remunerada quando comprovado que o segurado estava incapaz para as
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atividades habituais na época em que trabalhou.
73 – O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de
acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência
quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a
previdência social.
74 – O prazo de prescrição fica suspenso pela formulação de requerimento administrativo e volta
a correr pelo saldo remanescente após a ciência da decisão administrativa final.
75 – A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito
formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando
prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de
emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
76 – A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o coeficiente de
cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei nº 8.213/91.
77 – O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer a
incapacidade do requerente para a sua atividade habitual.
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Exercícios de Fixação
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