aspectos epidemiolÓgicos das doenÇas transmissÍveis
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ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS DAS
DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
ADRIENE CASSIANA DA SILVA
Conceitos Básicos
Séc XX: primeiras intervenções estatais nocampo da prevenção e controle dedoenças sob bases científicas
Fleming – 1929 – penicilina período deesperança
Waksman, 1941; Florey e Chain – síntese deantibióticos
Resistência bacteriana – novosmecanismos de sobrevivência
1. rompimento de barreiras mantenedoras doequilíbrio ambiental
2. oportunismo de hospedeiros suscetíveis
3. mutações – provedoras de doençasemergentes
Conceitos Básicos Agente infectante: é o ser vivo (vírus, bactérias,
fungos, protozoários, helmintos, esporos, príons, etc.) capaz de transportar a doença até o hospedeiro susceptível. Agente patogênico, Agente Biológico.
Vetor: é o animal capaz de causar uma infecção.
Hospedeiro susceptível: é o homem ou animal que permite a multiplicação e o desenvolvimento do agente infectante e pode ser capaz de desenvolver a doença.
Doença
“Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto” (ROUQUAYROL et al, 2003).
Causando: perturbação da estrutura ou função de um órgão, sistema, todo o organismo, funções vitais (ROUQUAYROL et al, 2003).
Doença – Categoria de
Mecanismo Etiológico
Doença Infecciosa (aguda, crônica)
“ doença clinicamente manifesta, do
homem ou animais, resultante de uma
infecção” (OPAS, 1983)
Ex.: raiva, tuberculose
Doença não infecciosa (aguda, crônica)
Doenças não resultantes de infecção.
Ex.: doença coronariana, diabetes
EXEMPLOS
Doença
A história natural da doença mostra quede um estado inicial de saúde oorganismo sadio encontra agentespatogênicos ou fatores de risco, interagecom eles e provocarão:
perturbações leves estágios avançados
alterações irreversíveis
Doenças infecciosas
incubação
período de exposição
ao agente ao aparecimento
de sinais e sintomas
transmissibilidade: período durante
o qual o agente infeccioso pode ser
transmitido
isolamento:segregação
da pessoa durante o período
de transmissibilidade
Doenças infecciosas
• Respiratória Caxumba
Difteria
Doença meningocócica
Gripe
Pneumonias
Sarampo
Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars)
Rubéola
Tuberculose
Varicela
Doenças infecciosas
Sexual Aids
Cancro-mole
Corrimentos (cervical e vaginal)
Donovanose
Hepatite B
Herpes genital
Linfogranuloma
Papilomatoses
Sífilis
Uretrites
Nomenclatura
Infectividade Patogenicidade Virulência Dose infectante Poder invasivo Imunogenicidade Resistência Suscetibilidade Resistência natural Resistência Adquirida Indivíduo imune Imunidade
Modos de Transmissão
Transmissão Horizontal de pessoa para pessoa
1) Transmissão Direta Imediata
2) Transmissão Indireta
1) Transmissão Direta Imediata – contato direto
✓ DST( gonorréia,sífilis, uretrites não gonocócocas, herpes genital, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, cancro mole, tricomoníase, candidíase, hepatite B, AIDS
2) Transmissão Direta Mediata (mãos, secreções, fomites)
✓ Sarampo, TB, Hanseníase, Tracoma
Modos de Transmissão
Transmissão Indireta
✓ Esquistossomose, Chagas, Cólera
Transmissão Vertical (via materna –
leite, placenta)
✓ AIDS, sífilis congênita
Processo Unitário de
Transmissão
Meios transmissão
Meios de transmissão
Tipos de Transmissão
Febre Amarela
Há dois diferentes ciclos
epidemiológicos de transmissão:
silvestre;
urbano.
Tipos de Transmissão
Febre Amarela Apesar desses ciclos diferentes, a febre amarela tem as
mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico:
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
Elos de Transmissão de
Bioagentes Patogênicos
Fômites
Materiais contaminados que sirvam de meio
mecânico auxiliando um agente infeccioso a ser
transportado e introduzido em um hospedeiro
suscetível.
Através de objetos contaminados
Plantas
Seringas
Agulhas
Pérfuro-cortantes
Fatores que poderão
gerar epidemias
Veículos
Substâncias contaminadas que sirvam de meio
mecânico auxiliando um agente infeccioso a ser
transportado e introduzido em um hospedeiro
suscetível.
Através de meios contaminados
Água
Leite
Alimentos
Esperma
Fatores que poderão
gerar epidemias
Veículos
Veículo transportador e indutor: o bioagente é passivamente levado e introduzido no hospedeiro “ transmitido por”- ex – cólera, tétano
Veículo Suporte: “ através de”
✓ solo: ancilostomose
✓ água: esquistossomose
✓ ar: tuberculose
Doenças Infecciosas
Transmissão*
Água e alimentos
Infecção/Doença
Cólera
Diarréia dos viajantes (e intoxicações alimentares)
Febre tifóide
Hepatite A
Hepatite E
Toxoplasmose
Verminoses
Veículos
Contato com água Esquistossomose
Infecções por
amebas de vida
livre
Leptospirose
Veículos
Ferimentos e animais Doença da arranhadura do gato
Doença da mordedura do rato
Infecções secundárias
Raiva
Tétano
Veículos
Insetos e carrapatos Dengue
Doença de Chagas
Febre amarela
Malária
Mecanismo de
Eliminação
Eliminação Natural: lesão,
excreção, secreção, placenta
Extração Mecânica: seringa, sexo,
transplante, mosquitos
Morte de Infectados: carnes
Estágio do Agente
Infeccioso no Ambiente
Maturação: tempo Ascaris, Trichocephalus, após eliminação das fezes necessitam 3 semanas para se tornarem maduros e produzirem a doença.
Multiplicação: Legionella pneumophilasobrevive meses em água destilada, condensadores de evaporação de ar condicionado.
Estágio do Agente
Infeccioso no Ambiente
Desenvolvimento:
• depende de um hospedeiro - vida parasitária
• parte da vida livre - parte da vida parasitária
Medidas preventivas
Transmissão direta imediata - DST
• Esclarecer a população sobre medidas de
prevenção;
• Manter controle de sangue;
• Oferecer teste HIV;
• Educação de adolescentes dos múltiplos
parceiros;
• Uso de EPI’s e medidas de biossegurança
Mecanismo de
Penetração Ingestão
Inalação
Transmissão da mães para o feto por via transplacentária
Penetração através da mucosa
Penetração através de solução de continuidade na pele
Deposição sobre a pele seguida de propagação localizada
Penetração ativa por alguma forma de sobrevivência do bioagente patogênico
Introdução no organismo com auxílio de objetos e instrumentos
Introdução em tecido muscular ou na corrente sanguínea por picada de insetos ou mordedura de animais
Ingestão com tecido animal utilizado como alimento
Mecanismo de
Penetração
Transmissão mediata
✓ Por meio de mãos;
✓ Por meio de fômites;
✓ Por secreções oronasais.
Mecanismo de
Penetração
Sarampo
Tuberculose pulmonar
Hanseníase
Meningite
COVID 19
Mecanismo de
Penetração
Transmissão Indireta
✓ Esquistosomose Mansônica
✓ Doença de Chagas
✓ Cólera
Esquistossomose
Esquistossomose
Doença de Chagas
Doença de Chagas
Cólera
Vibrio cholerae
vibrião colérico
• Causada pela bactéria em
forma de vírgula ou
bastonete (origem
indonésia)
• Multiplica-se rapidamente no intestino humano
eliminando potente toxina
• Causa diarréia intensa, a
doença é transmitida
através da ingestão de
água ou alimentos
contaminados.
Cólera
Medidas preventivas de
caráter geral
Imunização;
Saneamento;
Notificação dos casos;
Vigilância epidemiológica;
Higiene pessoal e dos alimentos;
Hipoclorito de sódio a 5% ou hipoclorito de cálcio
a 25% - em fezes e vômitos
Prevenção e Controle
Recomendações Gerais – vigilância e controle, pesquisa, informação e comunicação
• Definir prioridades;
• Incrementar sistema de informação (estratégia, indivíduos, ONGS – governamentais, veículos de comunicação);
• Educação continuada;
• Desenvolver esforços na vigilância aberta.
Resistência Antimicrobiana
• Reduzir acesso;
• Normas para uso racional;
• Recomendações para prolongar vida útil dos antibióticos;
• Campanha de custo-benefício;
• Colaboração de indústria – venda ética.
Prevenção e Controle
Controle de surtos
• Sistema padronizado ao acesso a vacinas, acesso à medicação, divulgação de
informações precisas a população, avaliações
formais da doença e surtos
Informação e Comunicação
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