agentes fÍsicos unilins fundaÇÃo paulista de tecnologia e educaÇÃo engenharia e segurança do...

Post on 17-Apr-2015

107 Views

Category:

Documents

1 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

AGENTES FÍSICOS

UNILINSFUNDAÇÃO PAULISTA DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

“Engenharia e Segurança do Trabalho”2010

Jefferson Benedito Pires de Freitas

RUÍDO

• Agente mais comum nos ambientes de trabalho.

RUÍDO

• Seus efeitos nocivos não se limitam às

lesões do aparelho auditivo,

comprometendo diversos outros órgãos,

aparelhos e funções do organismo

(hipertensão, estresse, aumento do

número de acidentes).

RUÍDO

• Necessidade de vários anos para

manifestação da surdez.

FÍSICA DO RUÍDO

• Som - qualquer perturbação vibratória em um

meio elástico, que produz uma sensação auditiva.

• Som - complexo formado por uma freqüência

fundamental e harmônica sensação prazerosa.

• Ruído - espectro de freqüências aleatórias, não

harmônicas entre si som indesejável.

CARACTERÍSTICAS DO RUÍDO

• Intensidade: quantidade de energia vibratória que

se propaga nas áreas próximas a partir da fonte

emissora. Definida em termos de energia

(watt/m2) ou em termos de pressão (N/m2 ou

Pascal).

• Freqüência: representada pelo número de

vibrações completas em um segundo, medida em

Hertz (Hz).

TIPOS DE RUÍDO

• Contínuo estacionário: ruído com variações dos níveis desprezíveis durante o período de observação.

• Contínuo flutuante: ruído cujo nível varia continuamente de um valor apreciável durante o período de observação.

• Impacto: ruído que se apresenta em picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo.

AVALIAÇÃO SONORAINTENSIDADE OU PRESSÃO

• O uso desta unidade é em virtude de que a mínima intensidade

perceptível pelo ouvido humano é muito pequena (10-12

watt/m2 ou 2 x 10-5 N/m2) e os sons existentes na prática, no

meio ambiente, são muito mais intensos, o que resulta num

número muito elevado da relação entre a pressão ou

intensidade encontrada sobre a de referência.

• Uso de uma escala relativa adotando o decibel (dB) como

unidade de relação logarítmica.

AVALIAÇÃO SONORA

Nível de Pressão Sonora: é uma adaptação da unidade de pressão sonora efetiva aos níveis de audibilidade humana. Unidade de medida é o Bel ou sua décima parte o decibel (dB).

NPS (dB) = 20 log P/Po onde P = pressão sonora efetiva (N/ m2)

Po = Pressão sonora de referência (N/m2)

AVALIAÇÃO SONORA

Para cada duplicação da intensidade sonora ocorre um aumento de 3 dB.

• Toda vez que ocorrer um aumento de 3 dB, o risco de alteração auditiva será duplicado.

• A cada duplicação da distância da fonte emissora, o nível de pressão sonora decresce em 6 dB.

AVALIAÇÃO SONORAExemplos de Nível de Pressão SonoraSala de Biblioteca...............30 - 40 dBConversação.......................50 - 60 dBTrânsito(a 5 - 10 m)...........70 - 80 dBInterior de ônibus...............80 - 90 dBSoldagem a arco..................80 - 90 dBSerra circular.......................90 - 100 dBMartelete pneumático........100 - 110 dBAvião a jato........................130 dB ou mais*Limiar da dor...................120 - 130 dB

AVALIAÇÃO SONORA

Freqüência da onda sonora

• A orelha humana capta freqüências na faixa

de 16 à 16.000 Hz.

• Faixa de freqüência da fala humana: 500 à

2.000 Hz.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

1.Ouvido Externo

• Constituído pelo aurículo e o conduto auditivo

externo.

• Papel importante na recepção dos sons

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

2. Ouvido Médio

• Estão localizados a membrana timpânica e os

ossículos. A membrana timpânica separa o ouvido

médio do externo.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

2. Ouvido Médio

• A membrana é circular, côncava e transparente,

flexível, transmitindo de forma muito eficiente as

ondas de pressão sonora à cadeia ossicular,

reproduzindo o espectro do estímulo sonoro

proveniente do conduto auditivo externo.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

2. Ouvido Médio

• O som é conduzido ao ouvido interno através da

cadeia ossicular.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

O ouvido médio é muito importante para a audição.

• A ausência ou disfunção das estruturas do ouvido

médio resulta em deficiência auditiva da ordem

de 40 a 60 dB, especialmente em relação as altas

e médias freqüência.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

• Mecanismos de proteção auditiva, com

capacidade de regular a passagem de certos sons

extremamente intensos, que podem lesar as

estruturas do ouvido interno se chegarem com o

total de sua energia, através do reflexo

estapediano.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

3. Ouvido interno

• Possui 3 componentes: o vestíbulo, os canais

semicirculares e a cóclea, um sistema de 3 canais

enrolados, denominados escala vestibular, média e

timpânica.

• No interior da escala média, temos uma estrutura

denominada de Órgão de Corti, que contém cerca de 20

mil células sensitivas: as células ciliadas.

PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO

• Modificações mecânicas, exaustão

metabólicas e alterações vasculares e

crônicas do órgão sensorial auditivo

(prolongadas no tempo, ou muito intensas)

lesão das células sensoriais.

• Degeneração das células ciliadas, as mais

vulneráveis estruturas do Órgão de Corti.

RUÍDO• Perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR)

relacionada ao trabalho é uma diminuição gradual

da acuidade auditiva decorrente da exposição

continuada a níveis elevados de pressão sonora.

• Trauma acústico é a perda súbita da acuidade

auditiva, decorrente de uma única exposição a

pressão sonora intensa ou devido a trauma físico

do ouvido, crânio ou coluna cervical.

PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO

• Na faixa das freqüências mais agudas, ocorre uma

rápida evolução da perda auditiva nos primeiros

10 anos de exposição, que com o passar dos anos,

torna-se mais lenta, tendendo a um platô.

• Perda auditiva nas freqüências de 500, 1000 e

2000 Hz cresce lenta mas continuamente durante

o período de exposição.

QUADRO CLÍNICO

• Zumbidos

• Recrutamento

• Surdez

• Trauma acústico

• Efeitos extra-auditivos

DIAGNÓSTICO

Anamnese

1. História laborativa

• exposição a ruído atual e pregressa;

• ambiente de trabalho (setor, presença de ruído neste

ou em setores vizinhos);

• função ou atividade atuais e pregressas;

• exposição a substâncias ototóxicas (dissulfeto de

carbono, tolueno).

DIAGNÓSTICO

2. Outros antecedentes

• uso de medicação ototóxica;

• história familiar;

• exposição extralaborativa a ruído;

• antecedentes mórbidos que possam influir na

audição (sarampo, cachumba, meningite)

DIAGNÓSTICO

3. Anamnese clínica

• queixa de hipoacusia ou surdez;

• queixa de dificuldade em discriminar a voz;

• presença de zumbidos;

• queixas extra-auditivos como insônia, cefaléia,

hipertensão arterial, gastrite, irritabilidade.

DIAGNÓSTICO

• Otoscopia

• Audiometria

AUDIOMETRIA

• É o procedimento utilizado para se avaliar a audição e

para o diagnóstico diferencial das perdas auditivas.

• Consiste na determinação da menor intensidade

sonora necessária para provocar a sensação auditiva

em cada freqüência.

– Via aérea através do fone

– Via óssea através de vibradores ósseos que estimulam

diretamente as duas cócleas.

AUDIOMETRIA

• Comparação das duas medidas auxiliam na

topodiagnóstico das lesões auditivas que possam

atingir o ouvido externo, médio e interno.

• As lesões do ouvido médio e externo não alteram os

resultados obtidos por via óssea. Esta serve para

avaliar a integridade ou não da via neuro-sensorial.

AUDIOMETRIA

• O diagnóstico feito baseando-se apenas na

configuração audiométrica, mas sim no conjunto

de exames e anamnese detalhada, incluindo

sintomatologia e história ocupacional.

AUDIOMETRIA

DIRETRIZES E PARÂMETROS MÍNIMOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA

AUDIÇÃO EM TRABALHADORES EXPOSTOS A NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ELEVADA (NPS)

AUDIOMETRIA

• Realização de avaliação e acompanhamento da

audição através da realização de exames

audiológicos de referência e seqüenciais.

• Fornecer subsídios para adoção de programas que

visem a prevenção da perda auditiva induzida por

NPS elevada e a conservação da saúde auditiva dos

trabalhadores.

AUDIOMETRIA

• Devem ser submetidos a exames audiométricos

de referência e seqüencia, todos os trabalhadores

que exerçam ou exercerão suas atividades em

ambientes cujo NPS ultrapasse os limites de

tolerância estabelecidos nos Anexos 1 e 2 da NR

15, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho,

independente do uso de protetor auricular.

AUDIOMETRIA

• Controle periódico do audiômetro

– aferição acústica anual.

– calibração acústica sempre que a aferição acústica

indicar alterações e, obrigatoriamente a cada 5 anos.

– Aferição biológica precedendo o exame.

AUDIOMETRIA• O exame audiométrico será executado por profissional

habilitado, ou seja, médico ou fonoaudiólogo, conforme

resoluções dos respectivos conselhos federais

profissionais.

• Será realizado, no mínimo, no momento da admissão, no

6º mês após a mesma, anualmente a partir de então, e na

demissão.

• O exame audiométrico de referência é aquele com o qual

os seqüenciais serão comparados.

AUDIOMETRIA

• O trabalhador permanecerá em repouso auditivo por

um período mínimo de 14 horas até o momento de

realização do exame audiométrico.

• O responsável pela execução do exame audiométrico

inspecionará o meato acústico externo de ambas as

orelhas e anotará os achados na ficha de registro. Se

identificada alguma anormalidade, encaminhar ao

médico responsável.

AUDIOMETRIA

• O exame audiométrico será realizado, sempre, pela via aérea nas

freqüências de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000 Hz.

• No caso de alteração detectada no teste pela via aérea ou segundo a

avaliação do profissional responsável pela execução do exame, o

mesmo será feito, também, pela via óssea nas freqüências de 500,

1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 Hz.

• Segundo a avaliação do profissional responsável, no momento da

execução do exame, poderão ser determinados os limiares de

reconhecimento da fala

AUDIOMETRIA

• O exame audiométrico seqüencial, aquele que

será comparado com o de referência, aplica-se a

todo o trabalhador que já possua um exame

audiométrico de referência prévio.

AUDIOMETRIA

• São considerados dentro dos limites aceitáveis,

para efeito desta norma técnica de caráter

preventivo, os casos cujos audiogramas mostram

limiares auditivos menores ou iguais a 25 dB (NA),

em todas as freqüências examinadas.

AUDIOMETRIA

• São considerados sugestivos de perda auditiva induzida

por NPS elevados os casos cujos audiogramas, nas

freqüências de 3.000 e/ou 4.000 e/ou 6.000 Hz,

apresentam limiares auditivos, acima de 25 dB(NA) e mais

elevados do que outras freqüências testadas, estando

estas comprometidas ou não, tanto no teste de via aérea

quanto da via óssea, em um ou em ambos os lados.

AUDIOMETRIA

• São considerados sugestivos de desencadeamento de

perda auditiva induzida por NPS elevados, os casos em

que os limiares auditivos em todas as freqüências testadas

no exame audiométrico de referência e no seqüencial

permaneçam menores ou iguais a 25 DB (NA), mas a

comparação do audiograma seqüencial com o de

referência mostra:

AUDIOMETRIA

1. diferença entre as médias aritméticas dos limiares

auditivos no grupo de freqüências de 3.000, 4.000 e

6.000 Hz iguá-la ou ultrapassa 10 dB (NA);

2. a piora em pelo menos uma das freqüências de 3.000,

4.000 ou 6.000 Hz igual ou ultrapassa 15 dB(NA).

AUDIOMETRIA

• O diagnóstico conclusivo, o diagnóstico diferencial e a

definição de aptidão para o trabalho, na suspeita de perda

auditiva induzida por NPS elevados, estão a cargo do

médico coordenador do PCMSO de cada empresa, ou do

médico encarregado pelo mesmo para realizar o exame

médico, dentro dos molde previstos na NR-7, ou, na

ausência destes, do médico que assiste ao trabalhador.

AUDIOMETRIA

• A perda auditiva induzida por NPS elevados, por si

só, não é indicativa de inaptidão para o trabalho,

devendo-se levar em consideração na análise de

cada caso, além do traçado audiométrico ou da

evolução seqüencial de exames audiométricos,

uma série de fatores.

AUDIOMETRIA

• Após sua instalação, as mudanças dos

limiares auditivos não tem recuperação.

• A prevenção é a única estratégia a ser

adotada.

PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO (PCA)

• É um conjunto de medidas a serem desenvolvidas

com o objetivo de prevenir a instalação ou a

evolução das lesões auditivas nos trabalhadores.

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO

1. Na fonte emissora

– aumentar a distância da fonte emissora;

– redução na concentração de máquinas;

– substituição por máquinas mais silenciosas;

– alterações no ritmo de funcionamento;

– melhorias ou adequação da manutenção preventiva;

– alterações na fonte emissora.

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO2. Na propagação

2.1. Por via aérea

2.1.1. Direta: barreiras; silenciadores; revestimento de

máquinas (cobertura total ou parcial)

2.1.2. Indireta - uso de anteparos de vidros de segurança

em prensa mecânicas (diminui até 10 dB)

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO

2.2. Por via sólida

• assentamento de materiais antivibrantes

• isolamento do posto de trabalho do local de

transmissão da vibração.

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO

3. No operador

3.1. Redução do tempo de exposição

• mais operadores

• redução da jornada

• reorganização do trabalho

• aumento de pausas

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO

3.2. Proteção individual

• protetores auriculares

• cabinas isolantes

top related