3ª aula renasc-urb
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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMODISCIPLINA: THAUP II
PROFESSORA: MS MARCIA CRISTINA NUNES
UNIDADE I
O RENASCIMENTO NO ESPAÇO EUROPEU E AMÉRICA DO NORTE
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AS INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS REAIS DO
RENASCIMENTO
A PRAÇA
A composição urbana clássica uma perfeita complementaridade entre os três elementos
geradores principais: o traçado retilíneo, a quadrícula e a praça. Alguns autores distinguem
a praça como recintos espaciais, sendo a primeira – PRAÇA – uma criação mediterrânica,
italiana - a PIAZZA e francesa –a PLACE.
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Morris distingue três categorias de recintos:
Os espaços destinados ao tráfego e formando parte da rede principal de vias urbanas, usada
tanto por peões como por veículos; Os espaços residenciais, pensados só para
acesso pelo tráfego local aos edifícios e com propósitos recreativos;
Os espaços pedonais, nos quais é excluído o tráfego rodado.
Essa classificação ressalta as diferenças que o largo e a praça irão adquirir na estrutura urbana.
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A praça é entendida como um recinto ou lugar especial, e não apenas um vazio na estrutura
urbana. É o lugar público, onde se concentram os principais edifícios e monumentos. A praça
adquiri valor funcional e político-social, e também, o máximo valor simbólico e artístico.
Podiam ser limitadas por edifícios públicos, por igrejas ou edifícios religiosos, por filas de
habitações e palácios. Eram lugares de cenário urbano e decoração, suporte e enquadramento de monumentos (obeliscos, estátuas e fontes),
e também lugares de vida social e de manifestações de poder.
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Muitas praças italianas que serviram para dar lustre e magnificência às cidades mais nobres seguiram os princípios renascentistas como a
Praça de São Marcos, em Veneza, contribuição de Sansovino; a Praça Annunziata em Florença
e como regularidade das construções é levada ao máximo na principal; a harmoniosa Piazza de
Pienza inspiração de Campidoglio; Piazza de Vigevano, cidade predileta de Ludovico, o
Mouro; a Praça Farnese em Roma que serviu de átrio ao palácio de mesmo nome; e a Praça
do Capitólio em Roma.
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PRAÇA DE SÃO MARCO (SÉC.IX) – VENEZA
A piazza foi iniciada no século XIX, como área
pequena frente à Basílica de São Marcos original. Foi estendida para a sua forma e
tamanho atuais em 1177, quando o Rio Batario, que a limitava a oeste, e um porto que tinha
isolado o Palácio Ducal da praça, foram aterrados.
Foi pavimentada em finais do século XIII com ladrilhos em padrão em espinha, com linhas que
permitiam organizar o mercado e as muito frequentes procissões cerimoniais.
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Em 1723 os ladrilhos foram substituídos por um desenho geométrico mais complexo, composto
por pedra vulcânica escura com padrões geométricos em pedra branca, a cargo do
arquiteto veneziano Andrea Tirali, e esta oportunidade foi aproveitada para levantar a
praça em aproximadamente um metro. Em 1890 o pavimento renovou-se devido ao
desgaste seguindo um desenho similar ao de Tirali, mas eliminou-se as ovais e cortou-se a
esquina ocidental para acomodar melhor a Ala Napoleônicano final da praça.
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A praça tem sido sempre o centro de Veneza. Foi o local
onde se deram todos os
importantes eventos da história
da República de Veneza, e é a base
do arcebispado desde o século
XIX. Foi o foco de muitos festivais e é
um lugar imensamente
popular na Itália.
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HOJE: PATRIMÔNIO EM RISCOO centro histórico de Veneza ocupa hoje uma área de aproximadamente 7,6 km2 e é formado por 117 ilhas
muito próximas, recortadas por 150 canais. Devido aos crescentes custos de moradia, inundações
freqüentes e envelhecimento da população, o número de moradores caiu pela metade nos últimos 40 anos -
são 62 mil, atualmente. Se continuar nesse ritmo, especialistas estimam que até 2030 Veneza seja uma
cidade ocupada exclusivamente por turistas - 50 mil visitam a cidade diariamente.
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• Enchentes são comuns na cidade, principalmente nos últimos cem anos, em que
a cidade afundou quase 23 centímetros: 7,5 cm em função da elevação do nível das águas
e mais de 15 cm em razão da compressão natural do solo somada à exploração de poços
artesianos. Quando a maré sobe mais de 80 cm, locais mais baixos, como a praça San
Marco, alagam.
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NOVEMBRO DE 2012
70% da cidade de Veneza foi inundada por uma forte chuva atingindo 1,5metros. Turistas e moradores
enfrentam a sexta pior inundação em Veneza desde 1872; ruas e lojas ficaram embaixo d'água.
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De forma lenta, mas contínua, Veneza está
afundando. A cidade italiana luta contra as águas
desde a sua fundação, 1.600 anos atrás, em
uma lagoa pantanosa. Agora ela está
implementando um projeto gigantesco para
impedir que as enchentes ameacem o seu futuro
– mas os especialistas estão divididos quanto à
possibilidade do projeto funcionar.
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PRAÇA ANNUNZIATA (1250 À 1608)
FLORENÇA
Uma das praças mais belas em Florença, a Piazza della Santissima Annunziata
exemplifica a harmonia estilística de alguns dos maiores arquitetos do Renascimento. A
igreja que dá para a praça o seu nome, a Santissima Annunziata, está por trás do
pórtico central da praça.
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A área da praça foi escolhida em 1250 como um espaço para uma pequena igreja. No momento em que a praça estava em campo aberto, fora
dos muros de Florença, em uma área chamada Cafaggio.
A igreja abriga a Anunciação Milagrosa, uma obra-prima que, segundo a lenda foi pintada por
um anjo. A igreja tornou-se o destino de peregrinações e procissões e logo tornou-se
necessário ampliar a igreja e da praça, além de conectá-lo ao centro da cidade.
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A praça é ladeada pelo primeiro orfanato na construção da Europa. É inspirado em modelos clássicos que
Brunelleschi estudou em Roma. Sob o alpendre, ainda é possível observar a roda famosa onde você poderia deixar os bebês de forma anônima, colocando-os em
uma cavidade que abria e a roda girava. Edifício caracterizado pela sua proporção e pela repetição de
colunas, as quais constituíam o elemento de sustento e a sua planta de cruz latina. Esta foi considerada a
primeira manifestação de uma nova arquitetura, clara e organizada de uma forma racional.
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Criado por Rossellino entre 1459 e 1462, ele abre no centro da cidade, a piazza que recolhe em seu curto espaço todos os monumentos principais da
cidade.
A Piazza Pio II é circundada pela Duomo, onde a protagonista é a catedral,pelo Palazzo Piccolomini
e pelo Palazzo Pubblico. O Palazzo Piccolomini (antigo Palácio Papal) continuou sendo usado
pelos descendentes do Papa até 1968. A Duomo, por ter sido construída num espaço com péssimas
fundações sofre um afundamento importante em uma de suas laterais.
PIAZZA DE PIENZA (SÉCULO XV): inspiração de Campidoglio
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Fachada da Catedral Visão da praça, com a abertura estreita para o vale.
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PIAZZA DUCALE DE VIGEVANO (SÉCULO XV): construída de uma só vez, no tempo de 1493-95.
O programa inteiro remete a Filarete. A praça é circundada por arcadas, tal
como nas novas cidades construídas no século XIII, sendo o quarto lado ocupado pela fachada barroca da
catedral. A alta Torre de Bramante eleva-se sobre os edifícios
legislativos que circundam a praça, criada por Ludovico “Il Moro”, mais como um acesso ao seu castelo do que como um centro de atividade
local.
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Piazza Ducale vista da varanda do lado menor. O piso é coberto por seixos
guias que indicam as saídas dos caminhos escondidos convergentes dos arcos dos prédios.
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É interessante notar que, apesar das teorias renascentistas contemporâneas em
que a praça figura como um ponto de convergência para as ruas radiais, onde,
essa praça se assemelha a um pátio fechado.
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PIAZZA FARNESE – SÉCULO XVI-ROMA:
É uma praça no coração de Roma medieval. A praça é definida pelo
maior de Roma, palácio da Renascença, o Palazzo Farnese, construído no século XVI para o
cardeal Farnese Allessandro. As duas fontes de granito no centro da praça
foram criadas a partir de banheiras retirado da antiga Termas de
Caracalla. Eles são decorados com uma pedra esculpida chamada íris.
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A praça é dominada pelo Palazzo Farnese, um palácio renascentista
encomendada pelo cardeal Farnese Allessandro, que mais tarde se
tornaria papa Paulo III. A construção começou em 1517 depois de um
projeto por Antonio da Sangallo, o Jovem. Quando ele morreu em 1546
Michelangelo assumiu o projeto e acrescentou vários novos elementos
para o design.
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O CAPITÓLIO ROMANO (ROMA):
Preparado por Michelangelo em 1536 para a entrada do imperador
Carlos V em Roma, é uma obra prima na qual está presente o
sentido de unidade e da correspondência orgânica entre as
partes.
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ica O resto da Europa demorará algum tempo antes
de seguir os ensinamentos da Itália e ornamentar as suas cidades com grandes praças de arquitetura espetacular e ornada, com ruas e
composições de nível estético superior.
A França, nessa época fica muito aquém da Itália, e a Espanha, no entanto, em fins do século
XVI as praças maiores regulares são muito consideradas na história do urbanismo espanhol.
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